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REGIMENTO INTERNO DOS PROGRAMAS DE RESIDÊNCIAS MÉDICAS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO - UFJF

COMISSÃO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

REGIMENTO INTERNO DOS PROGRAMAS

DE RESIDÊNCIAS MÉDICAS

(2)

SUMÁRIO

TÍTULO I – DOS PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA

Capítulo I - Da definição, Objetivos e Organização... 03

Capítulo II - Da Coordenação... 03

Capítulo III - Dos Direitos... 04

Capítulo IV - Do Processo de Seleção à Residência Médica... 05

Capítulo V - Da Avaliação e Aprovação... 05

Capítulo VI - Do Regime Disciplinar... 06

Capítulo VII - Das Disposições Finais... 07

TÍTULO II - DA COREME Capítulo I - Da Categoria, Finalidade e Competência da Comissão de Residência Médica... 07

Capítulo II - Da Estrutura da COREME Seção I – Da Composição da COREME... 08

Seção II – Da Coordenação da COREME... 09

Seção III – Da Secretaria... 09

Seção IV – Das Reuniões... 09

Capítulo III - Das Disposições Finais... 10

ANEXOS 1 - Normas do UFJF para estabelecimento de Convênios para estágios de Médicos Residentes... 11

2 - (Lei 6.932 de julho de 1981 e Resoluções da CNRM em vigor (www.mec.gov.br) Lei 6.932 de julho de 1981... 12

Resolução nº6/2010 – Dispõe sobre transferência de médicos residentes... 16

Resolução nº1/2011 – Descanso obrigatório após plantão... 18

Resolução nº 4/2010 – Proíbe plantão de sobreaviso... 19

Orientações da CRM sobre licença maternidade... 20

Parecer da Previdência Social sobre contribuição obrigatória dos residentes... 22

3 - Decreto nº 7.562, de 15 de setembro de 2011... 24

Resolução nº3/2011 – Processo de Seleção Pública para PRM... 34

Resolução nº2/2011 – Data de início dos PRM... 36

Resolução nº4/2011 - Dispõe sobre a reserva de vaga para residente médico que presta Serviço Militar... 37

Resolução nº8/2005 – Revalidação de certificados de PRM... 39

4 - Resolução CFM 1.973/2011... 40

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3 TÍTULO I

DOS PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA

CAPÍTULO I

DA DEFINIÇÃO, OBJETIVOS E ORGANIZAÇÃO

Art. 1º - A Residência Médica constitui modalidade de ensino de pós-graduação lato sensu, destinada a médicos, sob a forma de cursos de especialização, caracterizada por treinamento em serviço, com períodos de atividade e orientação determinados pelo corpo clínico do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU/UFJF), estando ligada à Pró-reitoria de Pós-graduação da UFJF.

Parágrafo Único – Outras unidades de saúde, atinentes ao bom preparo do profissional médico, poderão ser incorporadas à Residência Médica, desde que essas incorporações sejam devidamente justificadas e aprovadas nas diferentes instâncias e que tenham a concordância da Comissão de Residência Médica (COREME).

Anexo 1 Normas do UFJF para estabelecimento de Convênios para estágios de Médicos Residentes

Art. 2º - Os Programas de Residência Médica (PRM) têm como objetivo fundamental o progressivo aperfeiçoamento profissional e científico, bem como de habilidades e atitudes do médico nas várias áreas do conhecimento, com vistas à capacitação e qualificação que possibilitem o desempenho ético e zeloso da profissão.

Art. 3º - Os PRM a serem desenvolvidos serão definidos e propostos pelos Serviços, com aprovação da Direção Geral do HU/UFJF, analisados pela COREME e submetidos aos órgãos competentes, nos termos da lei.

Anexo 2 (Lei 6.932 de julho de 1981 e Resoluções da CNRM (www.mec.gov.br)

Art. 4º - Os PRM incluem Programas em Áreas Básicas, em Áreas Especializadas de Acesso Direto e Áreas Especializadas com pré-requisito, respeitadas as Resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB) e da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).

CAPÍTULO II DA COORDENAÇÃO

Art. 5º - A Coordenação da Residência Médica será exercida pela Comissão de Residência Médica (COREME).

Parágrafo Único: - As competências e estruturas de funcionamento da COREME estão definidas no

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Anexo 3 Decreto nº. 7.562, de 15 de setembro de 2011. (www.mec.gov.br/sesu/residencia) Art. 6º - Cada Programa de Residência Médica ficará sob a responsabilidade de um SUPERVISOR médico e seu suplente, indicados pelo respectivo programa de residência médica e referendado pela Chefia do Serviço.

§ 1º. – Sempre que julgar necessário o médico residente, individualmente ou em grupo, encaminhará as suas

eventuais solicitações e reivindicações ao responsável imediato pelo estágio e ao médico supervisor do PRM. O médico supervisor do PRM julgará da pertinência de acionar a COREME para resolução do evento, devendo, entretanto, SEMPRE encaminhar à COREME relatório final sobre o caso.

§ 2º. – O médico residente, individualmente ou em grupo, diretamente, ou por intermédio de suas

representações associativas, poderá acionar qualquer das instâncias mencionadas no parágrafo 1º deste artigo.

CAPÍTULO III DOS DIREITOS

Art. 7º – Os médicos residentes da instituição terão pleno acesso ao presente regulamento.

Art. 8º - O médico residente fará jus a uma bolsa, com as características previstas na legislação vigente. Art. 9º - A Instituição proporcionará alimentação aos médicos residentes, nos termos da Lei.

Art. 10 – À médica residente, quando gestante, será assegurada licença por tempo determinado em Lei. O período de licença será reposto em ocasião a ser definida, em comum acordo entre a médica residente, o supervisor do PRM e o Serviço, após referendo da COREME.

Art. 11 – Ao médico residente será assegurada licença paternidade de acordo com a legislação em vigor, sem necessidade de reposição do estágio.

Art. 12 - O afastamento do médico residente, por impossibilidade de desempenhar suas atividades, será de no máximo 120 (cento e vinte) dias por ano de atividade, por motivo de saúde ou para tratar de assuntos privados, desde que devidamente justificado e aprovado pelo supervisor do Programa e pela COREME. Após esse prazo, o residente será automaticamente desligado do PRM.

Parágrafo Único. - Outros afastamentos poderão ser autorizados pela COREME e referendados pela CNRM.

Art. 13 - Para obtenção de licença e/ou afastamento, o médico residente deve realizar todos os procedimentos relacionados em lei.

Parágrafo Único. - Em caso de qualquer afastamento, quando o período no qual estiver afastado for

considerado prejudicial à formação do médico residente, este mesmo período deverá ser reposto integralmente. O pagamento da bolsa no período de reposição seguirá o determinado pela legislação vigente. Art. 14 – A carga horária de cada atividade do residente será de acordo com o previsto em Lei.

Parágrafo único – Os plantões, parte integrante do processo de formação também estarão de acordo com a

Lei.

Anexo 2 (Lei 6.932 de julho de 1981 e Resoluções da CNRM em vigor, (www.mec.gov.br)

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5 CAPÍTULO IV

DO PROCESSO DE SELEÇÃO À RESIDÊNCIA MÉDICA

Art. 15 – Somente podem se candidatar aos PRM, médicos formados no país por instituições oficiais ou reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC), ou formados por instituições estrangeiras, cujos diplomas tenham sido revalidados, em consonância com a legislação em vigor.

Anexo 4 Resolução CFM 1973/2011

Parágrafo único - Somente podem se candidatar aos PRM em especialidades com pré-requisito, os médicos

que tiverem realizado o(s) pré-requisito(s) exigido(s) em programas credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).

Art. 16 - O candidato deverá apresentar a documentação em conformidade com o estabelecido em edital. Art. 17 - Todo o processo de seleção será de acordo com a legislação vigente.

Anexo 3 Resoluções da CNRM (www.mec.gov.br/sesu/residencia) Art. 18 - Os candidatos selecionados deverão efetivar a matrícula, no prazo determinado pelo edital.

Art. 19 - Vencido o prazo mencionado no artigo 18º deste Regulamento, serão convocados os candidatos seguintes pela ordem de classificação, de acordo com resolução nacional.

Parágrafo Único. - O trancamento de matrícula no PRM só será possível nos casos previstos pela CNRM.

CAPÍTULO V

DA AVALIAÇÃO E APROVAÇÃO

Art. 20 - Ao aproveitamento do médico residente será atribuída uma nota, pelo Programa de Residência.

§ 1º - Para efeito de atribuição dessa nota, o período de residência deve ser dividido em estágios de acordo

com o critério de cada Programa, nunca superiores a três meses, cabendo a cada estágio uma nota.

§ 2º - O aproveitamento será avaliado com base em assiduidade, pontualidade, interesse, responsabilidade,

compromisso, profissionalismo, conhecimentos adquiridos, e provas escritas semestrais. A critério do Programa, poderão ser utilizadas provas práticas, portfólio e monografia.

§ 3º - Os conceitos serão expressos pelas notas de 0 (zero) a 10 (dez).

§ 4º - Os Programas terão o prazo de 30 dias após o término de cada estágio, para enviar as notas e as

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deverá encaminhar à COREME a nota do médico residente no mínimo dez dias antes do término do estágio, para proporcionar condições de confecção do Certificado de Conclusão.

§ 5º - O Supervisor do Programa deverá propiciar ao médico residente conhecimento prévio da forma como

será avaliado, bem como lhe dar ciência de seu aproveitamento (feed-back), justificando-o.

§ 6º – Quando enviar à COREME as notas e as avaliações, os programas já devem enviá-los com a ciência

do residente (assinatura nos documentos).

Art. 21 - Ao residente aprovado, ao final do PRM, será concedido um certificado de conclusão, onde constará o reconhecimento como especialista na área do PRM cursado e o registro na CNRM/MEC.

§ 1º – Os títulos de especialista serão validados, para divulgação em cartões de visita ou equivalente, apenas

quando devidamente registrados nos Conselhos Regionais de Medicina da área de jurisdição onde atuará o médico.

§ 2º – A confecção e entrega do certificado de conclusão seguirão as normas de documento anexo.

Anexo 5 Normas para Confecção e Entrega dos Certificados de Residência Médica. Art. 22 - Ao final de cada estágio, o residente será reprovado se não alcançar média final igual ou superior a 7,0 (sete).

Art. 23 – Ao residente reprovado será permitido repetir o estágio e/ou o ano, entretanto, sem o recebimento de bolsa de estudos correspondente.

§ 1º - A reprovação de que trata este caput deverá ser adequadamente documentada, devendo ser

demonstrada a ciência e responsabilidade unilateral, por parte do médico residente, de seu baixo desempenho ao longo do estágio.

§ 2º - O supervisor e/ou responsável pelo estágio deverá documentar a ampla oportunidade de recuperação

dada ao médico residente naquele estágio.

Art. 24 - Recursos contra reprovações poderão ser interpostos junto à COREME, pelo médico reprovado, no prazo máximo de 10 (dez) dias contados da data da ciência da reprovação.

Parágrafo Único – O recurso, formulado por escrito, deve ser fundamentado com as razões, devidamente

documentadas, que justifiquem uma nova deliberação.

CAPÍTULO VI DO REGIME DISCIPLINAR

Art. 25 - Sendo a Residência Médica um Curso de Pós-graduação lato sensu da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), além do Regimento Interno do Hospital Universitário da UFJF e do Código de Ética Médica em vigor, os médicos residentes também estão submetidos ao regime disciplinar estabelecido no Regimento Geral e ao Código de Ética da Universidade Federal de Juiz de Fora.

§ 1º. –Serão submetidos à Comissão de Ética Médica do HU/UFJF, os casos em que o médico residente

infringir dispositivos do Código de Ética Médica.

§ 2º. – A aplicação de qualquer penalidade, ao médico residente, apenas poderá ser feita em conformidade

com as normas estabelecidas no Regimento Interno, no Código de Ética Médica, no Regimento Geral e no Código de Ética da Universidade Federal de Juiz de Fora, após aprovação da COREME.

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7 Art. 26 - As infrações do Regime Disciplinar cometidas pelo residente serão punidas pelas sanções

seguintes:

I - advertência por escrito; II - suspensão;

III - eliminação.

§ 1º. As penas referidas no artigo 27 deste Regimento serão aplicadas após discutidas e determinadas pela

COREME, em reunião:

I - Pena de advertência por escrito, nos casos de manifestação de desrespeito às normas disciplinares, constantes nos Regimentos qualquer que seja a sua modalidade e reconhecida a sua mínima gravidade; II - Pena de suspensão nos casos de reincidência de falta já punida com advertência por escrito e/ou todas as vezes em que a transgressão da ordem se revestir de maior gravidade;

III - Pena de eliminação definitiva nos casos em que for demonstrado, por meio de inquérito, ter o residente praticado falta considerada muito grave.

§ 2º- A pena de suspensão implicará na consignação de falta às atividades, durante todo o período em que perdurar a punição, ficando o residente impedido durante esse tempo de freqüentar a Unidade onde estiver matriculado. Deve haver reposição de todo o período de suspensão, sem recebimento da bolsa.

§ 3 - A penalidade será agravada, em cada reincidência, o que não impede a aplicação, desde logo, a critério da COREME, de qualquer das penas, segundo a natureza e gravidade da falta praticada.

§ 4 - A penalidade disciplinar constará do histórico do infrator.

§ 5 - As sanções referidas neste artigo e parágrafos não isentarão o infrator da responsabilidade criminal em que haja incorrido.

CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 27 - Modificações a este regulamento podem ser feitas por sugestão dos médicos residentes e dos Supervisores de PRM, após aprovação pela COREME.

Art. 28 - Os casos omissos neste Regulamento serão resolvidos pela COREME, ouvidos os Programas, se necessário. A CNRM poderá ser consultada nesses casos.

Art. 29 - Este regulamento entrará em vigor na data de sua aprovação.

TÍTULO II DA COREME

CAPÍTULO I

DA CATEGORIA, FINALIDADE E COMPETÊNCIA DA COMISSÃO DE RESIDÊNCIA MÉDICA Art. 30 - A Comissão de Residência Médica, doravante denominada COREME, é órgão de assessoria vinculado à Direção de Ensino e Pesquisa (DEP) do HU/UFJF, encarregado da Coordenação da Residência

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Médica, com a finalidade de planejar e zelar pela perfeita execução dos seus Programas de Residência Médica e atividades correlatas, no âmbito da Unidade, de acordo com as normas nacionais em vigor.

Art. 31 - São da competência específica da COREME as seguintes ações:

I - Opinar sobre o oferecimento de novos Programas de Residência Médica (PRM);

II – Analisar e definir o número de vagas a ser oferecido por Programa de Residência Médica no edital do processo seletivo;

III - Definir, providenciar a execução e acompanhar o processo seletivo para os Programas de Residência Médica (PRM) da Instituição;

IV – Avaliar os Programas de Residência Médica em curso;

V - Opinar sobre os conteúdos curriculares dos Programas de Residência Médica, quando solicitado.

CAPITULO II

ESTRUTURA DA COREME

SEÇÃO I

DA COMPOSIÇÃO DA COREME Art. 32 - A COREME terá a seguinte composição:

I - Um médico supervisor – e respectivo suplente – por Programa de Residência Médica, membro do Corpo Clínico do HU/UFJF;

II – Um representante dos médicos residentes de cada um dos Programas de Residência Médica e respectivos suplentes, indicados por seus pares;

III – Um representante da Direção de Ensino e Pesquisa (DEP) do HU/UFJF; IV- Um representante da Pró-reitoria de Pós-Graduação da UFJF;

V - São membros convidados:

a – Um representante docente e seu suplente, indicados pela Comissão de Graduação da Faculdade de Medicina da UFJF;

b – Um estudante de graduação em Medicina e respectivo suplente, indicados por seus pares; c – O Presidente da Associação dos Médicos Residentes do HU/UFJF.

d- Um representante do CRM.

Parágrafo Único – Têm direito a voto, na COREME, apenas os médicos supervisores (ou seus suplentes), os

representantes da Direção de Ensino e da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e 20% (vinte por cento) dos representantes dos médicos residentes mencionados no item II deste artigo (ou seus suplentes).

Art. 33 - A duração do mandato de cada supervisor é igual à duração oficial do Programa de Residência Médica correspondente, podendo haver recondução seqüencial.

§ 1º - O mandato do representante dos alunos de graduação automaticamente se extingue com a colação do

grau de médico e será exercido de acordo com o Regulamento da Residência Médica.

§ 2º - O programa que não tiver presença do médico Supervisor ou do seu Suplente em 02 (duas) reuniões

consecutivas, sem justificativa, perderá o direito de voto. Voltará a adquirir o direito de voto, na terceira reunião consecutiva em que se fizer presente. O mesmo acontece com o representante dos médicos residentes dos respectivos programas.

§ 3º - O representante dos médicos residentes de cada um dos PRM será escolhido por seus pares. Caso não

haja indicação do mesmo ao supervisor do PRM, este indicará, à COREME, anualmente no mês de agosto, um residente cursando o segundo ano de residência para representar os seus pares.

§ 4º - Deverá constar, na grade horária do residente e do Supervisor do PRM o horário reservado para

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9 SEÇÃO II

DA COORDENAÇÃO DA COREME

Art. 34 - Dentre os seus membros Supervisores de Programa, serão eleitos, por todos membros do colegiado, o Coordenador Geral da COREME o 1º Vice-Coordenador e o 2º Vice Coordenador.

Art. 35 – A duração do mandato do Coordenador Geral da COREME, do 1º Vice-Coordenador e do 2º Vice Coordenador, será de 4 (quatro anos), podendo haver recondução seqüencial.

§ 1º. – Se o Coordenador Geral da COREME perder a condição de Supervisor de Programa durante o

exercício do seu mandato, este será mantido no cargo, desde que se mantenha como membro do corpo clínico do HU/UFJF. O mesmo procedimento será adotado para o 1º Vice-Coordenador e 2º Vice Coordenador.

§ 2º. – O Coordenador Geral, o 1º Vice-coordenador e o 2º Vice-Coordenador, mesmo sem a condição de

Supervisor de Programa durante seus mandatos, são membros da COREME com direito a voz e voto. Art. 36 – São atribuições do Coordenador Geral da COREME:

I – Dirigir a COREME, respondendo diretamente às Direções do HU/UFJF; II - Convocar e presidir as reuniões;

III - Elaborar a pauta das reuniões;

IV - Encaminhar aos órgãos competentes as solicitações de informações requeridas pela COREME; V - Encaminhar às Diretorias do HU/UFJF as deliberações tomadas pela COREME;

VI - Representar a COREME nas reuniões colegiadas;

VII - Nomear, entre os coordenadores, representante substituto em caso de impedimento temporário do exercício de suas funções;

VIII - Coordenar o processo seletivo aos Programas de Residência Médica do HU/UFJF.

IX – Coordenar os aspectos pedagógicos de todos os PRM, zelando pelo cumprimento das normas e bom andamento dos Programas de Residência Médica, no tocante ao conteúdo formativo.

SEÇÃO III DA SECRETARIA

Art. 37 – O Diretor de Ensino e Pesquisa do HU designará um(a) Secretário(a) para o serviço de Secretaria da COREME, que ficará ligado à Direção de Ensino e Pesquisa (DEP) do HU/UFJF.

Art. 38 – Ao (À) Secretário(a) da COREME compete: I - Dirigir o serviço de secretaria;

II - Assistir às reuniões da COREME, gravando-as e lavrando as atas; III - Submeter ao Coordenador Geral os assuntos em pauta;

IV - Cumprir o que for determinado pelo Coordenador Geral. SEÇÃO IV DAS REUNIÕES

Art. 39 – A COREME fará reuniões mensais ordinárias, sempre que possível na data fixa pré-estabelecida em reunião. Extraordinariamente, serão realizadas quantas reuniões se fizerem necessárias.

§1º. – O calendário de reuniões ordinárias será divulgado amplamente, no início de cada ano letivo. §2º. – Será instalada sessão com a presença mínima de 1/3 (um terço) dos membros da COREME.

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Art. 40 – As convocações para as reuniões deverão ser realizadas com antecedência mínima de 3 (três) dias úteis para as reuniões ordinárias e de 24 (vinte e quatro)horas para as extraordinárias.

Parágrafo Único: As reuniões extraordinárias serão convocadas pelo Coordenador Geral ou por solicitação

da maioria dos membros da COREME.

Art. 41 – As deliberações serão aprovadas por maioria simples dos votos dos membros presentes e, em caso de empate, prevalecerá o voto do Coordenador Geral.

Art. 42 – O Coordenador Geral, após aprovação da COREME, poderá constituir sub-comissões assessoras. Art. 43 – O Coordenador Geral, após aprovação da COREME, poderá convidar, temporariamente, assessores para auxiliar em assuntos específicos.

Art. 44 – A COREME poderá propor a alteração, complementação ou retificação dos termos do presente Regimento Interno a qualquer tempo.

§ 1º. – As propostas referidas no caput deste artigo, poderão ser apresentadas por qualquer dos membros da

COREME, acompanhadas de justificativas, e deverão ser discutidas e aprovadas pelo voto de no mínimo 2/3(dois terços) dos membros da COREME, em reunião convocada especificamente para esta finalidade.

CAPÍTULO III DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 45 – As dúvidas e os casos omissos surgidos na aplicação deste Regimento Interno serão resolvidos pelo Diretor de Ensino do HU/UFJF, ouvidos o Coordenador Geral da COREME.

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11 Anexo 1

Normas da UFJF para estabelecimento de Convênios para estágios de Médicos Residentes

Convênio é um instrumento jurídico, utilizado pela UFJF para, estabelecer parcerias, visando a cooperação acadêmica, científica e cultural. Compete à Gerência de Convênios, entre outras atividades, a análise formal da proposta de convênio e sua confecção – se for o caso, seu encaminhamento aos colegiados competentes e à Procuradoria Geral, para apreciação. Sendo favorável a deliberação, os originais serão encaminhados para assinatura do Reitor.

As solicitações para efetivação de convênios devem conter os dados do parceiro (nome, endereço, nº do CNPJ, nome do representante legal para assinatura) bem como informações específicas como objetivo, obrigações da partes, etc.

Os pedidos originários de programas de residência médica deverão ser encaminhados pelo supervisor do programa, ter aprovação do Departamento da Unidade Acadêmica onde estão lotados os supervisores, do Diretor da Unidade Acadêmica, do Chefe do Setor do HU, parecer da COREME, da Diretoria de Ensino e Pesquisa que juntamente com a Direção Geral farão o encaminhamento à Gerência de Convênios da Pró-Reitoria de Extensão.

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Anexo 2

LEI No 6.932, DE 7 DE JULHO DE 1981.

Texto compilado Dispõe sobre as atividades do médico residente e dá

outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - A Residência Médica constitui modalidade de ensino de pós-graduação, destinada a médicos, sob a forma de cursos de especialização, caracterizada por treinamento em serviço, funcionando sob a responsabilidade de instituições de saúde, universitárias ou não, sob a orientação de profissionais médicos de elevada qualificação ética e profissional.

§ 1º - As instituições de saúde de que trata este artigo somente poderão oferecer programas de Residência Médica depois de credenciadas pela Comissão Nacional de Residência Médica.

§ 2º - É vedado o uso da expressão residência médica para designar qualquer programa de treinamento médico que não tenha sido aprovado pela Comissão Nacional de Residência Médica.

Art. 2º - Para a sua admissão em qualquer curso de Residência Médica o candidato deverá submeter-se ao processo de seleção estabelecido pelo programa aprovado pela Comissão Nacional de Residência Médica.

Art. 3º - O médico residente admitido no programa terá anotado no contrato padrão de matrícula: a) a qualidade de médico residente, com a caracterização da especialidade que cursa;

b) o nome da instituição responsável pelo programa; c) a data de início e a prevista para o término da residência;

d) o valor da bolsa paga pela instituição responsável pelo programa.

Art. 4º - Ao médico residente será assegurada bolsa de estudo de valor equivalente ao vencimento inicial da carreira de médico, de 20 (vinte) horas semanais, do Departamento Administrativo do Serviço Público - DASP, paga pela instituição, acrescido de um adicional de 8% (oito por cento), a título de compensação previdenciária, incidente na classe da escala de salário-base a que fica obrigado por força de sua vinculação, como autônomo, ao regime da Previdência Social.

Art. 4º - Ao médico-residente será assegurada bolsa de estudo de valor igual ao fixado no art. 5º da Lei nº 3.999, de 15 de dezembro de 1961, acrescido de um adicional de 35% (trinta e cinco por cento) por regime especial de treinamento em serviço de 60 (sessenta) horas semanais, mais 10% (dez por cento), a título de compensação previdenciária, incidente na classe de salário-base a que fica obrigado por força de sua vinculação, como autônomo, ao regime da Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº 7.217, de 1984).

§ 1º - As instituições de saúde responsáveis por programa de residência médica oferecerão aos residentes alimentação e alojamento no decorrer do período da residência.

§ 2º - Ao médico residente, inscrito na Previdência Social na forma deste artigo, serão assegurados todos os direitos previstos na Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960, bem como os decorrentes do seguro de acidentes do trabalho.

§ 3º - À médica residente será assegurada a continuidade da bolsa de estudo durante o período de 4 (quatro) meses, quando gestante, devendo, porém, o período da bolsa ser prorrogado por igual tempo para fins de cumprimento das exigências constantes do art. 7º desta Lei.

Art. 4º Ao médico residente será assegurada bolsa de estudo no valor de 70% (setenta por cento), do salário do Professor Auxiliar, Nível 1, em regime de dedicação exclusiva, das Instituições Federais de Ensino Superior. (Redação dada pela Lei nº 7.601, de 1987).

§ 1º O médico residente é filiado ao Sistema Previdenciário na qualidade de segurado autônomo. (Redação dada pela Lei nº 7.601, de 1987).

§ 2º Para efeito do reembolso previsto no § 1º do art. 69 da Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960, na redação dada pela Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973, combinada com o § 1º do art. 1º do Decreto-lei nº 1.910, de 29 de dezembro de 1981, o valor da bolsa referida neste artigo será acrescido de 10% (dez por cento) sobre o salário-base ao qual está vinculada a contribuição do médico residente, em sua qualidade de segurado autônomo do Sistema Previdenciário. (Redação dada pela Lei nº 7.601, de 1987).

§ 3º Para fazer jus ao acréscimo de que trata o § 2º deste artigo, o médico residente deverá comprovar, mensalmente, os recolhimentos efetivados para a Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº 7.601, de 1987).

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13 § 5º Ao médico residente filiado ao Sistema Previdenciário na forma do § 1º deste artigo, são assegurados os direitos previstos na Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960, e suas alterações posteriores, bem como os decorrentes de acidentes do trabalho. (Incluído pela Lei nº 7.601, de 1987).

§ 6º À médica residente será assegurada a continuidade da bolsa de estudo durante o período de 4 (quatro) meses, quando gestante, devendo, porém, o período da bolsa ser prorrogado por igual tempo para fins de cumprimento das exigências constantes do art. 7º desta Lei. (Incluído pela Lei nº 7.601, de 1987).

Art. 4° Ao médico residente será assegurada bolsa de estudo no valor de setenta e cinco por cento dos vencimentos do médico do Ministério da Educação, Nível V, acrescido de um adicional de cem por cento, por regime especial de treinamento ao serviço de sessenta horas semanais. (Redação dada pela Lei nº 8.138, de 1990).

Art. 4º Ao médico residente será assegurada bolsa de estudo no valor correspondente a oitenta e cinco por cento da remuneração atribuída ao servidor ocupante do cargo de médico, classe D, padrão I, constante da Tabela de Vencimento, Anexo III, quarenta horas, da Lei nº 8.460, de 17 de setembro de 1992, acrescido de cem por cento, por regime especial de treinamento em serviço de sessenta horas semanais. (Redação dada pela Lei nº 8.725, de 1993).

Art. 4o Ao médico residente será assegurada bolsa no valor correspondente a 85% (oitenta e cinco por cento) do vencimento básico fixado para os cargos de nível superior posicionados no padrão I da classe A do Anexo da Lei no 10.302, de 31 de outubro de 2001, em regime de 40 (quarenta) horas semanais, acrescido de adicional no percentual de 112,09% (cento e doze vírgula zero nove por cento), por regime especial de treinamento em serviço de 60 (sessenta) horas semanais. (Redação dada pela Lei nº 10.405, de 2002). (Efeitos financeiros)

Art. 4o Ao médico residente será assegurada bolsa no valor correspondente a R$ 1.916,45 (mil, novecentos e dezesseis reais e quarenta e cinco centavos), em regime especial de treinamento em serviço de 60 (sessenta) horas semanais. (Redação dada pela Lei nº 11.381, de 2006).

§ 1° O médico residente é filiado ao Sistema Previdenciário na qualidade de segurado autônomo. (Redação dada pela Lei nº 8.138, de 1990).

§ 2° Para efeito do reembolso previsto no art. 69 da Lei n° 3.807, de 26 de agosto de 1960, com redação dada pela Lei n° 5.890, de 8 de junho de 1973, combinada com o § 1° do art. 1° do Decreto-Lei n° 1.910, de 29 de dezembro de 1981, o valor da bolsa referida neste artigo será acrescido de dez por cento sobre o salário-base ao qual está vinculada a contribuição do médico residente, em sua qualidade de segurado autônomo do Sistema Previdenciário. (Redação dada pela Lei nº 8.138, de 1990).

§ 3° Para fazer jus ao acréscimo de que trata o § 2° deste artigo o médico residente deverá comprovar, mensalmente, os recolhimentos efetivados para a Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº 8.138, de 1990).

§ 4° As instituições de saúde responsáveis por programas de residência médica oferecerão aos residentes alimentação e moradia no decorrer do período de residência. (Redação dada pela Lei nº 8.138, de 1990).

§ 5° Ao médico residente filiado ao Sistema Previdenciário na forma do § 1° deste artigo são assegurados os direitos previstos na Lei n° 3.807, de 26 de agosto de 1960 e suas alterações posteriores, bem como os decorrentes de acidentes de trabalho. (Redação dada pela Lei nº 8.138, de 1990).

§ 6° A médica residente será assegurada a continuidade de bolsa de estudos durante o período de quatro meses, quando gestante, devendo, porém, o período da bolsa ser prorrogado por igual tempo para fins de cumprimento das exigências constantes desta lei. (Redação dada pela Lei nº 8.138, de 1990).

Art. 4o Ao médico-residente é assegurada bolsa no valor de R$ 2.384,82 (dois mil, trezentos e oitenta e quatro reais e oitenta e dois centavos), em regime especial de treinamento em serviço de sessenta horas semanais. (Redação dada pela Medida Provisória nº 536, de 2011)

§ 1o O médico-residente é filiado ao Regime Geral de Previdência Social - RGPS como contribuinte individual. (Redação dada pela Medida Provisória nº 536, de 2011)

§ 2o O médico-residente tem direito, conforme o caso, à licença paternidade de cinco dias ou à licença maternidade de cento e vinte dias. (Redação dada pela Medida Provisória nº 536, de 2011)

§ 3o A instituição de saúde responsável por programas de residência médica poderá prorrogar, nos termos da Lei no 11.770, de 9 de setembro de 2008, quando requerido pela médica-residente, o período de licença maternidade em até sessenta dias. (Redação dada pela Medida Provisória nº 536, de 2011)

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§ 4o O tempo de residência médica será prorrogado por prazo equivalente à duração do afastamento do médico-residente por motivo de saúde ou nas hipóteses dos §§ 2o e 3o. (Redação dada pela Medida Provisória nº 536, de 2011)

§ 5o A instituição de saúde responsável por programas de residência médica oferecerá ao médico-residente, durante todo o período de residência: (Redação dada pela Medida Provisória nº 536, de 2011) I - condições adequadas para repouso e higiene pessoal durante os plantões; (Incluído pela Medida Provisória nº 536, de 2011)

II - alimentação; e (Incluído pela Medida Provisória nº 536, de 2011)

III - moradia, se, nos termos do regulamento, comprovada a necessidade. (Incluído pela Medida Provisória nº 536, de 2011)

Art. 4o-A. Ao médico-residente é assegurada bolsa no valor de R$ 2.338,06 (dois mil, trezentos e trinta e oito reais e seis centavos), em regime especial de treinamento em serviço de sessenta horas semanais. (Incluído pela Medida Provisória nº 521, de 2010)

§ 1o O médico-residente é filiado ao Regime Geral de Previdência Social - RGPS como contribuinte individual. (Incluído pela Medida Provisória nº 521, de 2010)

§ 2o O médico-residente tem direito, conforme o caso, à licença paternidade de cinco dias ou à licença maternidade de cento e vinte dias. (Incluído pela Medida Provisória nº 521, de 2010)

§ 3o A instituição de saúde responsável por programas de residência médica poderá prorrogar, nos termos da Lei no 11.770, de 9 de setembro de 2008, quando requerido pela médica-residente, o período de licença maternidade em até sessenta dias. (Incluído pela Medida Provisória nº 521, de 2010)

§ 4o O tempo de residência médica será prorrogado por prazo equivalente à duração do afastamento do médico-residente por motivo de saúde ou nas hipóteses dos §§ 2o e 3o. (Incluído pela Medida Provisória nº 521, de 2010)

§ 5o A instituição de saúde responsável por programas de residência médica fornecerá ao médico-residente alimentação e condições adequadas para repouso e higiene pessoal durante os plantões. (Incluído pela Medida Provisória nº 521, de 2010)

Art. 5º - Os programas dos cursos de Residência Médica respeitarão o máximo de 60 (sessenta) horas semanais, neIas incluídas um máximo de 24 (vinte e quatro) horas de plantão.

§ 1º - O médico residente fará jus a um dia de folga semanal e a 30 (trinta) dias consecutivos de repouso, por ano de atividade.

§ 2º - Os programas dos cursos de Residência Médica compreenderão, num mínimo de 10% (dez por cento) e num máximo de 20% (vinte por cento) de sua carga horária, atividades teórico-práticas, sob a forma de sessões atualizadas, seminários, correlações clínico-patológicas ou outras, de acordo com os programas pré-estabelecidos.

Art. 6º - Os programas de Residência Médica credenciados na forma desta Lei conferirão títulos de especialistas em favor dos médicos residentes neles habilitados, os quais constituirão comprovante hábil para fins legais junto ao sistema federal de ensino e ao Conselho Federal de Medicina.

Art. 7º - A interrupção do programa de Residência Médica por parte do médico residente, seja qual for a causa, justificada ou não, não o exime da obrigação de, posteriormente, completar a carga horária total de atividade prevista para o aprendizado, a fim de obter o comprovante referido no artigo anterior, respeitadas as condições iniciais de sua admissão.

Art. 8º - A partir da publicação desta Lei, as instituições de saúde que mantenham programas de Residência Médica terão um prazo máximo de 6 (seis) meses para submetê-los à aprovação da Comissão Nacional de Residência Médica.

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15 Art. 9º - Esta Lei será regulamentada no prazo de 90 (noventa) dias contados de sua publicação.

Art. 10 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. Art. 11 - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, em 07 de julho de 1981; 160º da Independência e 93º da República. JOÃO FIGUEIREDO

Rubem Ludwig Murilo Macêdo

Waldir Mendes Arcoverde Jair Soares

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RESOLUÇÃO CNRM Nº 06, DE 20 DE OUTUBRO DE 2010 Publicada no D.O.U. de 21/10/2010, Seção 1, p. 21

Dispõe sobre a transferência de médicos residentes. A Presidente da Comissão Nacional de Residência Médica - CNRM, no uso das atribuições que lhe conferem o Decreto nº 80.281, de 05 de setembro de 1977, e

CONSIDERANDO que Residência Médica é um sistema público de formação de especialistas médicos que deve funcionar de forma articulada e solidária;

CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar os casos de transferências, tendo por objetivo a capacitação plena e adequada de médicos residentes para atender às necessidades sociais;

CONSIDERANDO que as instituições e os Programas de Residência Médica possuem liberdade para executar o disposto nas normas em vigor, resolve:

Art. 1º A transferência de médico residente de um Programa de Residência Médica para outro, da mesma especialidade, decorrente de solicitação do próprio residente, somente será possível a partir do segundo ano de residência médica, obedecidas as disposições internas e as resoluções da CNRM.

Art. 2º O residente interessado deverá elaborar solicitação de transferência à COREME da instituição onde está cumprindo o Programa de Residência Médica, acompanhada de exposição de motivos e de documento da COREME de destino, comprovando a existência de vaga, de pagamento da bolsa e de concordância com a transferência. Deve constar, ainda, parecer favorável da CEREM dos Estados de origem e destino.

Art. 3º A documentação de que trata o artigo anterior deverá ser entregue à COREME de origem, que analisará e encaminhará para a CEREM onde se localiza o PRM que o médico está cursando. A CEREM de origem é responsável por encaminhar à Comissão Nacional de Residência Médica a solicitação para análise e parecer final.

Art. 4º A transferência de que trata o art. 1º somente poderá ocorrer após a análise e aprovação da CNRM, que avaliará a procedência da exposição de motivos, a comprovação da existência de vaga e bolsa e a concordância das COREMES de origem e destino, bem como das Comissões Estaduais de Residência Médica - CEREM dos Estados envolvidos.

Art. 5º Nos casos de descredenciamento de um Programa de Residência Médica pela CNRM, os médicos residentes deverão ser transferidos para programas credenciados da mesma especialidade, em outras instituições.

§ 1º Os médicos residentes de programas descredenciados serão realocados, preferencialmente, em vagas credenciadas ociosas ou, conforme determinação da CNRM, em vagas credenciadas em caráter extraordinário, as quais serão automaticamente desativadas ao término do cumprimento do programa pelo residente transferido.

§ 2º As instituições credenciadas pela CNRM ficam obrigadas a receber os médicos residentes transferidos, conforme determinação do plenário da CNRM.

§ 3º O pagamento da bolsa continuará a cargo da instituição de origem pelo tempo necessário para a conclusão do Programa de Residência Médica, desconsideradas as eventuais reprovações por parte dos médicos residentes transferidos.

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17 Art. 6º Nos casos de transferências por descredenciamento, o médico residente transferido será submetido a uma análise documentada de grau de equivalência quanto aos conhecimentos, habilidades e atitudes, com o objetivo de se estabelecer plano de estudos e a devida adaptação e capacitação.

§1º A análise de equivalência curricular, conhecimentos, habilidades e atitudes deverá ser realizada por uma banca composta pelo supervisor do programa de destino e por (03) três especialistas designados pela CNRM. §2º Caberá à CNRM a decisão final sobre o processo de análise de equivalência, conhecimentos, habilidades e atitudes do médico residente transferido.

§3º O médico residente transferido será alocado no nível de treinamento compatível com o grau de conhecimentos, habilidades e atitudes demonstrados na análise de equivalência citada.

§4º No caso de ser constatada a necessidade de o médico residente refazer parte do período já cursado, a instituição de origem deverá arcar também com o financiamento do período adicional necessário.

§5º O médico residente transferido que estiver insatisfeito com a decisão poderá recorrer à CNRM, num prazo de cinco dias úteis, a partir da sua notificação.

Art. 7º No caso de uma instituição solicitar o descredenciamento de um Programa de Residência Médica por considerar-se insuficiente para a sua adequada condução, deverá arcar com a responsabilidade da completa formação dos médicos residentes matriculados, de acordo com critérios da CNRM expressos em parecer específico.

Art. 8º O certificado de conclusão do Programa de Residência Médica será registrado pela CNRM, consignando como emissora a instituição de destino do médico residente transferido.

Parágrafo único. O certificado de conclusão do Programa de Residência Médica será registrado pela CNRM, consignando como emissora a instituição de origem, nos casos de transferência em período igual ou inferior a seis (06) meses para a conclusão do programa do médico residente transferido.

Art. 9º Os casos omissos serão resolvidos em plenária da CNRM. Art. 10 Esta resolução entra em vigor a partir da data de sua publicação. Art. 11 Ficam revogadas as disposições em contrário.

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RESOLUÇÃO CNRM No- 1, DE 16 DE JUNHO DE 2011

Dispõe sobre o estabelecimento e condições de descanso obrigatório para o residente que tenha cumprido plantão noturno.

O PRESIDENTE DA COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições que lhe conferem o Decreto 80.281, de 05 de setembro de 1977, e a Lei 6.932, de 07 de julho de 1981, e

Considerando o disposto no art. 5o- da Lei no- 6.932, de 7 de julho de 1981, que se refere à carga horária semanal dos programas de residência médica, bem como a quantidade de horas semanais destinadas ao plantão;

Considerando o desgaste físico e psíquico do médico residente decorrente do treinamento em serviço desenvolvido em plantão;

Considerando as evidências científicas nacionais e internacionais que evidenciam o estresse sofrido pelos médicos residentes, durante o treinamento em serviço nos plantões e suas conseqüências, resolve:

Art. 1o- . Estabelecer o descanso obrigatório para o residente que tenha cumprido plantão noturno. §1 o- O plantão noturno a que se refere o caput terá duração de, no mínimo, 12 (doze) horas. §2 o- O descanso obrigatório terá seu início imediatamente após o cumprimento do plantão noturno. Art. 2o- . O descanso obrigatório será de, invariavelmente, de 6 (seis) horas consecutivas, por plantão noturno.

Art. 3o- . Não será permitido o acúmulo de horas de descanso para serem gozadas a posteriori.

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19 COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA

RESOLUÇÃO No- 4, DE 12 DE JULHO DE 2010

Proíbe o plantão de sobreaviso para Médicos Residentes no âmbito da Residência Médica.

A Presidente da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), no uso de suas atribuições que lhe conferem o Decreto nº 80.281, de 05 de setembro de 1977, e a Lei nº 6.932, de 07 de julhode 1981, e

CONSIDERANDO a Lei Federal 6.932/1981, que estabelece a Residência Médica como treinamento em serviço, sob supervisão dos preceptores e que a lógica do plantão de sobreaviso contraria esta Lei;

CONSIDERANDO que o plantão de sobreaviso dos Médicos Residentes foi implantado sem autorização da Comissão Nacional de Residência Médica, e que nenhum uso ou costume pode ser consagrado contrariando o instituído pela Lei 6932/1981;

CONSIDERANDO que o Médico Residente no plantão de sobreaviso atua invariavelmente sem supervisão, assumindo, portanto, responsabilidades não inerentes à função e ficando exposto a demandas éticas e judiciais;

CONSIDERANDO que a maneira apropriada de treinamento para o Médico Residente, tendo por objetivo formação adequada com ganho de autonomia e independência para enfrentar a vida profissional futura, é em serviço, sob supervisão de preceptor, em um Programa de Residência Médica devidamente credenciado pela CNRM;

CONSIDERANDO que a atividade-fim do Médico Residente se relaciona ao processo de ensino e aprendizagem, não devendo ser ele o responsável pela Assistência Médica em substituição ao preceptor; CONSIDERANDO que a Resolução Nº 1834/2008 do Conselho Federal de Medicina sobre o plantão de sobreaviso não se aplica aos Médicos Residentes, tendo sido elaborada como um ato de proteção aos médicos assistentes, pois reconheceu o direito de esses profissionais serem remunerados pelo plantão a distância, dado o tempo disponibilizado e a responsabilidade assumida; resolve:

Art. 1º O plantão presencial do Médico Residente sob supervisão de preceptor capacitado é a única modalidade de plantão reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica.

Art. 2º Consideram-se irregulares, no âmbito do programa de residência médica, outras modalidades de plantão, incluindo os de sobreaviso, a distância, acompanhados ou não por preceptores.

Parágrafo único. A irregularidade descrita no caput enseja a restituição dos valores recebidos a título de bolsa no período em que se der o plantão irregular, sem prejuízo de outras medidas cabíveis, nos termos da legislação aplicável.

Art. 3º Revoguem-se as disposições em contrário.

(20)

COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA PERGUNTAS FREQUENTES

TÓPICO – LICENÇA MATERNIDADE

SUBTÓPICO – BOLSA E LICENÇA MATERNIDADE

DURANTE O PERÍODO DE LICENÇA MATERNIDADE GARANTIDO POR LEI ÀS MÉDICAS RESIDENTES, A INSTITUIÇÃO DE ENSINO DEVE CONTINUAR EFETUANDO O PAGAMENTO DA BOLSA OU DEVE RECORRER À PREVIDÊNCIA? POR SUA VEZ, NO PERÍODO DE PRORROGAÇÃO DAS ATIVIDADES EM RAZÃO DA LICENÇA MATERNIDADE, A MÉDICA RESIDENTE CONTINUARÁ RECEBENDO A BOLSA? De acordo com a Lei da Residência (Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981, e atualizações), o médico residente é filiado ao Regime Geral de Previdência Social – RGPS como contribuinte individual e tem direito, conforme o caso, à licença paternidade de cinco dias ou à licença maternidade de cento e vinte dias (Art. 4º, §§ 1º e 2º).

A base legal que rege os direitos e obrigações do contribuinte individual com o RGPS e, em decorrência, com o Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS encontra-se nos seguintes normativos: Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, Decreto nº 3.048, de 6 de maio 1999 e Instrução Normativa INSS/PRES nº 45, de 06 de agosto de 2010.

Estando filiada ao RGPS como contribuinte individual, a médica residente precisa cumprir um período de carência de 10 (meses) antes de ter direito ao benefício do salário maternidade1. Sendo assim, há duas situações possíveis:

1ª Situação: O período da carência foi cumprido – Nesse caso, durante o período da licença, a médica residente terá direito ao salário maternidade, que será pago diretamente pela Previdência2. Enquanto estiver recebendo pela Previdência, a bolsa da residente será suspensa e só voltará a ser paga quando a médica retornar às suas atividades para completar a carga horária regular prevista para conclusão do Programa. 2ª Situação: O período da carência não foi cumprido – Nesse caso, durante o período da licença, a médica não terá direito ao salário maternidade pago diretamente pela Previdência aos contribuintes individuais e nem à bolsa de Residência, visto não estar em treinamento. Por conseguinte, enquanto a residente estiver de licença, a bolsa será suspensa e só voltara a ser paga quando a médica retornar às atividades para completar a carga horária regular prevista para conclusão do Programa.

AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SÃO OBRIGADAS A PRORROGAR O TEMPO DA LICENÇA MATERNIDADE EM ATÉ 60 (SESSENTA) DIAS?

Nos termos do § 3º do art. 4º da Lei 6.932/1981, “a instituição de saúde responsável por programas de

residência médica poderá prorrogar, nos termos da Lei no 11.770, de 9 de setembro de 2008, quando requerido pela médica-residente, o período de licença maternidade em até sessenta dias” (grifos nossos).

Portanto, a prorrogação não é obrigatória. Sendo, porém, requerida e concedida, nos termos da lei, a extensão do benefício, a instituição de ensino deverá se responsabilizar pelo pagamento do salário maternidade nesse período extra, tendo direito ao ressarcimento nos termos do art. 5º da Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008, que cria o Programa Empresa Cidadã, destinado à prorrogação da licença maternidade mediante concessão de incentivo fiscal:

A pessoa jurídica tributada com base no lucro real poderá deduzir do imposto devido, em cada período de apuração, o total da remuneração integral da empregada pago

(21)

21

nos 60 (sessenta) dias de prorrogação de sua licença maternidade, vedada a dedução como despesa operacional.

No caso de instituições de ensino financiadas pelo Ministério da Educação, a saber, Instituições Federais de Ensino Superior, a prorrogação da licença maternidade em até 60 (sessenta) dias será financiada por este Ministério. Da mesma forma, a prorrogação do treinamento em decorrência da dilatação do período da licença maternidade em até 60 (sessenta) dias também será financiada por este Ministério.

1

O Art. 29, inciso III do Decreto nº 3.048, de 6 de maio 1999, assim dispõe:

“Art. 29. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social, ressalvado o disposto no art. 30, depende dos seguintes períodos de carência:

(...)

III - dez contribuições mensais, no caso de salário-maternidade, para as seguradas contribuinte individual, especial e facultativa, respeitado o disposto no § 2º do art. 93 e no inciso II do art. 101. (Redação dada pelo Decreto nº 3.452, de 9/05/2000).” (Grifos nossos)

2

No Art. 101, inciso III do Decreto nº 3.048, de 6 de maio 1999, lê-se:

“Art. 101. O salário-maternidade, observado o disposto nos arts. 35, 198, 199 ou 199-A, pago diretamente pela previdência social, consistirá: (Nova redação dada pelo Decreto nº 6.722,de 30/12/2008)

(...)

III- em um doze avos da soma dos doze últimos salários-de-contribuição, apurados em período não superior a quinze meses, para as seguradas contribuinte individual, facultativa e para as que mantenham a qualidade de segurada na forma do art. 13. (Nova redação dada pelo Decreto nº 6.122 - de 13/0/62007 - DOU DE 14/06/2007)”. (Grifos nossos)

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NOTA CGLEN Nº 185/2011

Ref.: Ofício 651/2011 – MEC/SESu/DHR/CGRS, de 17 de junho de 2011. Int.: Coordenação-Geral de Residência em Saúde/Diretoria de Hospitais Universitários Federais e Residências em Saúde/Secretaria de Educação Superior/Ministério da Educação.

Ass.: Dúvidas suscitadas pela Medica Provisória nº521, de 2010.

Trata-se de Ofício nº651/2011 - MEC/SESu/DHR/CGRS, de 17 de junho de 2011, da Coordenação-Geral de Residência em Saúde/Diretoria de Hospitais Universitários Federais e Residências em Saúde/Secretaria de Educação Superior/Ministério da Educação, por intermédio do qual solicita informações acerca de dúvidas suscitadas pela Medida Provisória nº536, de 2010.

Cabe informar inicialmente que foi editada a Medida Provisória nº536, de 24 de junho de 2011 (DOU de 25 de junho de 2011) que trata do assunto e reproduz o teor da Medida Provisória nº521, de 2010, com pequenas alterações.

Transcreveremos a seguir os questionamentos e, para facilitar a leitura e entendimento, responderemos a seguir:

A. Como contribuinte individual e estudante bolsista (portanto, sem vínculo empregatício), qual é a alíquota da contribuição patronal sobre o valor da bolsa a ser recolhida pela instituição que oferta programas de Residência Médica ao INSS? Essa alíquota varia em função da natureza da instituição (privada com fins lucrativos)?

R. A alíquota de contribuição previdenciária patronal incidente sobre a remuneração paga ao contribuinte individual é de 20% (art. 22, inciso III da Lei nº8.212, de 24 de julho de 1991).

A empresa também está obrigada, desde 1º de abril de 2003, a descontar 11% da remuneração para a contribuinte individual a seu serviço, limitado ao limite máximo do salário-de-contribuição, e recolher juntamente com a contribuição a seu cargo (art. 4º da Medida Provisória nº83, de 12.12.2002, convertida na Lei nº10.666, de 8.5.2003).

A bolsa do médico residente integra a remuneração para fins de dedução contribuição previdenciária (11% a cargo do médico-residente, deduzida e recolhida pela empresa, e 20% (patronal) (art 201 do Regulamento da Previdência Social – RPS, aprovado pelo Decreto nº3.048, de 6 de maio de 1999).

Relativamente à segunda parte da pergunta (natureza da instituição – com fins lucrativos ou não) convém esclarecer que as “entidades beneficentes de assistência social” estão isentas da contribuição patronal, ou seja, aquelas que de acordo com a Lei são assim consideradas. Neste caso, ela não está obrigada a recolher a contribuição patronal. Porém, está obrigada a deduzir da bolsa do médico-residente, a alíquota de 20% e repassar à Previdência Social.

Exemplo:

Empresas em geral (contribuição patronal de 20% + 11% - estes 11% deduzidos da bolsa)

Entidade beneficente de assistência social isenta do pagamento de contribuições previdenciárias (20% deduzida da bolsa).

Como já referenciado, nos dois casos, a obrigatoriedade de dedução do recolhimento da contribuição previdenciária estão a cargo da empresa na qual o médico-residente presta serviços.

(23)

23 B. Procede o período de carência de 10 (dez) meses para a médica-residente filiada ao RGPS como

contribuinte individual poder gozar o benefício do salário-maternidade?

R. A carência é de 10 contribuições mensais (inciso III do art. 25 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991). Em caso de parto antecipado, o período de carência de 10 contribuições mensais será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado (Parágrafo único do citado art. 25).

C. Durante o período de licença maternidade, quem arca com o benefício previsto em lei: a instituição responsável pelo financiamento da bolsa ou a previdência? A razão desta pergunta fundamenta-se nas alterações da Lei 8.213, de 24 de julho de 191, visto que pela nova regra o pagamento do salário maternidade ser feito diretamente pelas empresas, que são posteriormente ressarcidas pela Previdência. Gostaríamos de esclarecer se tal situação também se aplica às residentes gestantes.

R. O salário maternidade é um benefício a cargo da Previdência Social, ou seja, faz parte das prestações do Regime Geral de Previdência Social. Para a segurada gestante é devido por 120 dias e para a segurada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido por 120 dias, se a criança tiver até 1 ano de idade; por 60 dias, se a criança tiver entre 1 e 4 anos de idade; e por 30 dias, se a criança tiver de 4 a 8 anos de idade (art. 71 e 71-A. da Lei nº8.213, de 1991).

A operacionalização do pagamento do salário-maternidade é que se processa diferentemente. O pagamento do salário maternidade para a segurada empregada é pago diretamente pela empresa que efetiva a compensação quando do recolhimento das contribuições incitantes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço (1º do art. 72). Para a adotante e demais contribuintes (empregada doméstica, segurada especial, e contribuinte individual e trabalhadora avulsa), o salário-maternidade é pago diretamente pela Previdência Social (Parágrado único do art. 71-A; e 3º do art. 72).

Como pode ser observado, o salário maternidade da médica residente é pago diretamente pela Previdência Social.

Fora do âmbito de competência da Previdência Social, a Lei nº11.770, de 9.9.2008 que cria o Programa Empresa Cidadã, destinado à prorrogação da licença-maternidade mediante concessão de incentivo fiscal, dispõe:

“ Art. 1º É instituído o Programa Empresa Cidadã, destinado a prorrogar por 60 (sessenta) dias a duração da licença-maternidade prevista no inciso XVIII do Caput do art. 7º da Constituição Federal.

1º A prorrogação será garantida à empregada da pessoa jurídica que aderir ao Programa, desde que a empregada a requeira até o final do primeiro mês após o parto, e concedida imediatamente após a fruição da licença-maternidade de que trata o inciso XVIII do caput do art. 7º da Constituição Federal.

2º A prorrogação será garantida, na mesma proporção, também à empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança.

Art. 2º É a administração pública, direta, indireta e fundacional, autorizada a instituir programa que garanta prorrogação da licença-maternidade para suas servidoras, nos termos do que prevê o art. 1º desta Lei.

Art. 3º Durante o período de prorrogação da licença-maternidade, a empregada terá direto à sua remuneração integral, nos mesmos moldes devidos

(24)

Anexo 3

Presidência da República

Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO Nº 7.562, DE 15 DE SETEMBRO DE 2011.

Dispõe sobre a Comissão Nacional de Residência Médica - CNRM e o exercício das funções de

regulação, supervisão e avaliação de instituições que ofertam residência médica e de programas de residência médica.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 9o

, incisos VIII e IX, e 46, da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, na Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e na Lei no 6.932, de 7 de julho de 1981,

DECRETA:

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1o Este Decreto dispõe sobre a composição e a competência da Comissão Nacional de Residência Médica - CNRM, e sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação das instituições que ofertam residência médica e de seus respectivos programas.

Art. 2o A CNRM é instância colegiada de caráter consultivo e deliberativo do Ministério da Educação que tem a finalidade de regular, supervisionar e avaliar as instituições e os programas de residência médica.

Parágrafo único. A regulação das instituições e dos programas de residência médica deverá considerar a necessidade de médicos especialistas indicada pelo perfil socioepidemiológico da população, em consonância com os princípios e as diretrizes do Sistema Único de Saúde - SUS.

CAPÍTULO II

DA COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA

Art. 3o A CNRM é composta pela Plenária e pela Câmara Recursal e presidida pelo Secretário de Educação Superior do Ministério da Educação.

Seção I Da Plenária Art. 4o A Plenária é composta por doze conselheiros, a saber:

I - dois representantes do Ministério da Educação, como membros natos; II - um representante do Ministério da Saúde, como membro nato;

III - um representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS;

IV - um representante do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde - CONASEMS; V - um representante do Conselho Federal de Medicina - CFM;

VI - um representante da Associação Brasileira de Educação Médica - ABEM; VII - um representante da Associação Médica Brasileira - AMB;

VII - um representante da Associação Nacional de Médicos Residentes - ANMR; IX - um representante da Federação Nacional de Médicos - FENAM;

X - um representante da Federação Brasileira de Academias de Medicina - FBAM; e

XI - um médico de reputação ilibada, docente em cargo de provimento efetivo em Instituição de Educação Superior pública, que tenha prestado serviços relevantes ao ensino médico, à residência médica e à ciência médica em geral.

§ 1o Cada conselheiro terá um suplente.

(25)

25 § 3o O conselheiro previsto no inciso XI do caput exercerá o papel de Conselheiro Secretário-Executivo e terá mandato de dois anos, renováveis por igual período, sendo escolhido pelo Ministro de Estado da Educação em lista tríplice elaborada pela Plenária.

§ 4o As indicações dos conselheiros referidos nos incisos III a X do caput serão de médicos de reputação ilibada que tenham prestado serviços relevantes ao ensino médico, à residência médica e à ciência médica em geral, podendo recair em nomes que não sejam de associados ou de titulares de instituições associadas às entidades representadas.

§ 5o Os conselheiros referidos nos incisos III a X do caput cumprirão mandatos não coincidentes de dois anos, renováveis por igual período.

Seção II Da Câmara Recursal

Art. 5o A Câmara Recursal é composta por três médicos de reputação ilibada, docentes em cargos de provimento efetivo de Instituições de Educação Superior públicas, que tenham prestado serviços relevantes ao ensino médico, à residência médica e à ciência médica em geral, a saber:

I - um representante do Ministério da Educação; II - um representante do Ministério da Saúde; e

III - um representante das entidades médicas que integram a Plenária.

§ 1o Os membros integrantes da Câmara Recursal serão indicados pelos órgãos ou entidades representadas e designados pelo Ministro de Estado da Educação.

§ 2o É vedada a participação dos conselheiros da Plenária na Câmara Recursal. Seção III

Das Instâncias Auxiliares Art. 6o São instâncias auxiliares da CNRM:

I - a Câmara Técnica; e

II - as Comissões Estaduais de Residência Médica - CEREM, unidades descentralizadas da CNRM nos Estados e no Distrito Federal.

CAPÍTULO III DAS COMPETÊNCIAS

Seção I

Da Comissão Nacional de Residência Médica Art. 7o Compete à CNRM:

I - credenciar e recredenciar instituições para a oferta de programas de residência médica; II - autorizar, reconhecer e renovar o reconhecimento de programas de residência médica;

III - estabelecer as condições de funcionamento das instituições e dos programas de residência médica; e

IV - promover a participação da sociedade no aprimoramento da residência médica no país. Art. 8o Compete à Plenária:

I - assessorar o Secretário de Educação Superior nos assuntos afetos à residência médica;

II - deliberar, com base em processo instruído pela Câmara Técnica, sobre pedidos de credenciamento e recredenciamento de instituições e pedidos de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de programas de residências médica;

III - celebrar os protocolos de compromisso a que se refere o art. 25;

IV - elaborar os instrumentos de avaliação educacional para credenciamento e recredenciamento de instituições e autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de programas;

V - exercer a supervisão de instituições e programas com a colaboração das CEREMs;

VI - gerir o Banco Público de Avaliadores da Residência Médica a que se refere o art. 37, e capacitar seus integrantes;

(26)

VIII - organizar e manter atualizados os dados das instituições e dos programas em sistema de informação a ser mantido pela CNRM com apoio das CEREMs;

IX - receber pedidos de credenciamento e recredenciamento de instituições e autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de programas e encaminhá-los para avaliação educacional;

X - instituir grupos de trabalho para a realização de estudos e pesquisas em tema específico de interesse da CNRM;

XI - aplicar as medidas administrativas previstas no art. 28; e XII - decidir sobre o descredenciamento de instituições.

Art. 9o Compete à Câmara Recursal decidir os recursos apresentados nos processos originariamente examinados pela Plenária e, após decisão, encaminhá-los ao Conselheiro Presidente da CNRM para homologação.

Seção II Do Presidente Art. 10. Compete ao Conselheiro Presidente:

I - emitir os atos administrativos para efetivação das deliberações da Plenária; II - proferir o voto de qualidade em casos de empate nas deliberações da Plenária; e

III - homologar às decisões da Câmara Recursal quanto aos recursos apresentados nos processos de credenciamento e recredenciamento de instituições e dos processos de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de programas;

IV - homologar as decisões da Câmara Recursal quanto aos recursos apresentados nos processos de supervisão; e

V - representar institucionalmente a CNRM.

Seção III

Do Secretário-Executivo Art. 11. Compete ao Conselheiro Secretário-Executivo: I - assessorar o Conselheiro Presidente;

II - coordenar estudos e pesquisas de interesse da CNRM;

III - coordenar e promover a integração das atividades da CNRM; e

IV - representar institucionalmente a CNRM, na ausência do Conselheiro Presidente. Seção IV

Das Instâncias Auxiliares Art. 12. Compete à Câmara Técnica:

I - instruir os processos referentes aos atos autorizativos de instituições e programas;

II - instruir os processos referentes à supervisão de instituições e programas, quando solicitado pela CNRM; e

III - instruir os processos referentes aos demais assuntos de pauta da CNRM, quando solicitado. Art. 13. Compete às CEREM:

I - contribuir com as coordenações de residência médica, estabelecidas no âmbito das instituições que ofertam residência médica, denominadas COREME, com os médicos residentes, os professores, os preceptores e o pessoal técnico-administrativo no esclarecimento e na difusão da regulamentação da residência médica;

II - receber dos médicos residentes, dos professores, dos preceptores e do pessoal técnico-administrativo, por meio dos respectivos órgãos representativos, demandas e propostas para o aperfeiçoamento da residência médica no país e encaminhá-las à Plenária;

III - acompanhar o funcionamento das instituições e dos programas quanto ao cumprimento das normas e decisões da CNRM;

IV - designar observador para acompanhar visita de avaliação educacional in loco, quando entender pertinente;

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