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MÓDULO II ESTUDO DE CASOS CASE VII

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Academic year: 2021

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MÓDULO II

ESTUDO DE CASOS

CASE VII

Rua Barão do Serro Azul, 199 – Centro – Curitiba-Paraná – Fone: 41 3323-1717

(2)

2

Sumário

1. COMENTÁRIOS INICIAIS ... 3  2 - CAPA DO PROCESSO ... 4  3 – PETIÇÃO INICIAL ... 5  4 - CONTESTAÇÃO ... 9  5 – RECIBOS DE PAGAMENTOS ... 15  6 - COMENTÁRIOS ... 17  7 – SENTENÇA DE 1º GRAU ... 18  8 - COMENTÁRIOS ... 22 

9 – DECISÃO DE EMBARGOS DECLARATÓRIOS ... 23 

10 – ACÓRDÃO – DECISÃO DE RECURSO ORDINÁRIO - TRT ... 24 

11- COMENTÁRIOS ... 25 

12 – SEGUNDA SENTENÇA DE 1º GRAU – NOVO JULGAMENTO ... 26 

13 - COMENTÁRIOS ... 30 

14 – ACÓRDÃO – DECISÃO DO RECURSO ORDINÁRIO -TRT ... 31 

15 – DECISÃO DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS - TRT ... 32 

16 – RECURSO DE REVISTA PROPOSTO PELO RÉU ... 33 

17 – DESPACHO DE NOMEAÇÃO DE PERITO PARA CÁLCULOS... 35 

18 – COMENTÁRIOS ... 36 

19 – APRESENTAÇÃO DE CÁLCULOS PELO PERITO JUDICIAL ... 37 

20 – PRAZO PARA AS PARTES CONTESTAREM OS CÁLCULOS ... 56 

21 – EMBARGOS À EXECUÇÃO – MANIFESTAÇÃO DO AUTOR ... 57 

22 – IMPUGNAÇÃO À SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO ... 67 

23 – CONTRAMINUTA AOS EMBARGOS À EXECUÇÃO ... 77 

24 – SENTENÇA DE EMBARGOS/IMPUGNAÇÃO ... 79 

25 – AGRAVO DE PETIÇÃO PROPOSTO PELO RÉU ... 82 

26 – RESPOSTA DO RECLAMANTE AO AGRAVO DE PETIÇÃO DO RÉU ... 95 

27 – DECISÃO DO AGRAVO DE PETIÇÃO - TRT ... 98 

28 – DESPACHO DETERMINANDO A ATUALIZAÇÃO DOS CÁLCULOS ... 99 

(3)

3

 1. COMENTÁRIOS INICIAIS 

Estudo de casos é um instrumento pedagógico, idealizado pela equipe de profissionais da empresa Portal Cível & Trabalhista, com o propósito de fortalecer e contribuir para o processo de aprendizagem dos alunos que participam do curso de Cálculos Trabalhistas oferecido por nossa empresa.

Os processos são analisados em detalhes, passo a passo, desde a petição inicial até a conclusão dos cálculos, possibilitando ao aluno ter uma visão ampla de todos os procedimentos realizados nos autos.

Os estudos são realizados por meio de “CASES”, reproduzidos e extraídos de casos reais, os quais são analisados através de vídeo-aulas, onde o professor faz uma série de comentários e explicações sobre as particularidades do processo trabalhista examinado. Estudo de casos oportuniza ao aluno observar a aplicação das matérias teóricas na reprodução de casos reais, em todas as suas fases.

No presente caso foram discutidas as seguintes matérias: 1. Adicional de Insalubridade e Reflexos;

2. Equiparação Salarial e Reflexos; 3. Horas Extras e Reflexos;

4. Domingos e Feriados Laborados e Reflexos;

5. Vantagens das CCT´s dos Bancários – PLR e Auxílio Alimentação; 6. Violação do Art. 66 da CLT e Reflexos;

7. Violação do Art. 67 da CLT e Reflexos; 8. Multa do Art, 477 da CLT;

9. FGTS 11,2%.

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4

 2 ‐ CAPA DO PROCESSO 

PODER JUDICIÁRIO

JUSTIÇA DO TRABALHO PROCESSO No.: 1.004/2007 Vara do Trabalho de XXXXXXXXX Autor...: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Advogado .: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Réu ...: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Advogado ..: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

A U T U A Ç Ã O

Em 26 de junho de 2007, na secretaria da 1ª Vara do Trabalho de XXXXXX, autuo a petição inicial que segue, com --- folhas de documentos.

Eu, ________________________ , diretor de secretaria assino este termo.

(5)

5

 3 – PETIÇÃO INICIAL 

EXMO. SR. DR. JUÍZ TITULAR DA __ VARA DO TRABALHO DE XXXXXXX

(Reclamado) XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, brasileiro, casado, RG

x.xxx.xxx-x, CPF xxx.xxx.xxx-xx.xxx.xxx-x, residente e domiciliado à rua Barão do Serro Azul xxx.xxx.xxx-x, Curitiba/Pr., por seu advogado qualificado no presente caso, vem à presença de V. Exa., para propor RECLAMAÇÃO TRABALHISTA contra (Reclamante)

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, pessoa jurídica de direito privado, estabelecido à

Rua Marechal Deodoro, No. XXX, Centro, cep xxxxxx, Curitiba – Paraná, na pessoa do seu representante legal, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

1. CONTRATO DE TRABALHO

O autor foi admitido pelo réu em 01 de Junho de 2006, para exercer a função de operador de máquina de pintura. Foi dispensado injustamente em 16 de março de 2007, quando auferia R$ 479,60 mensais.

2. JORNADA DE TRABALHO

O autor foi contratado para laborar das 08:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:00 horas, entretanto, na prática o horário contratual sempre era extrapolado.

Por todo o período contratual a real jornada diária praticada pelo reclamante era das 08h00min às 19h00min, com 01 hora de intervalo intrajornada e cerca de três vezes na semana laborava até às 23h00min.

(6)

6 Assim sendo, são devidas as horas extras prestadas, assim consideradas as excedentes da 8a diária e da 44a semanal, com adicional de 100% sobre a hora normal, por todo o contrato de trabalho.

Também são devidas as horas extras, com adicional de 200%, relativas aos domingos e feriados (todos) laborados.

Habituais, geram diferenças reflexas sobre os repousos semanais remunerados (domingos e feriados) e, com estes, sobre: aviso prévio, 13os. Salários, férias, abono de férias e fgts.

3. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

O reclamante sempre trabalhou sem proteção, em contato direto com produtos químicos, tais como diluentes e catalizadores para preparo de tintas, devendo também ser ressaltado que o ambiente de trabalho era impregnado de odores químicos fortes e com grande concentração de poeira de matéria em suspensão, o que é comprovado pelo atestado de exame demissional e pelo perfil profissiográfico previdenciário (PPP) em anexo.

Em que pese o labor do autor ser desenvolvido em ambiente insalubre, jamais recebeu o adicional legalmente estabelecido.

Desta forma, requer-se o pagamento do adicional na ordem de 20% sobre o total da remuneração, bem como os reflexos decorrentes: horas extras, aviso prévio, 13os salários, férias, abono de férias e fgts, durante todo contrato de trabalho.

4. INTERVALO PREVISTO NO ARTIGO 66 DA CLT

Da jornada praticada no período contratual resta claro que houve a violação prevista no artigo 66 da CLT.

Requer-se, desta forma, o pagamento dos minutos / horas faltantes para complementar o intervalo mínimo de 11 horas entre uma jornada e outra, com os mesmos reflexos requeridos para as horas extras.

5. INTERVALO PREVISTO NO ARTIGO 67 DA CLT

Da jornada praticada no período contratual resta claro que houve a violação prevista no artigo 67 da CLT.

Requer-se, desta forma, o pagamento dos minutos / horas faltantes para complementar o intervalo mínimo de 35 horas entre duas semanas, com os mesmos reflexos requeridos para as horas extras.

(7)

7 6. EQUIPARAÇÃO SALARIAL

O autor, durante todo o contrato, fazia o serviço de operador de máquina de pintura, função idêntica e exercida com mesma produtividade e perfeição técnica do que seus colegas de nomes xxxxxxxx, xxxxxx, xxxxxxx, os quais sempre receberam salários 100% maiores que o autor.

Requer-se o pagamento de diferenças salariais diante a equiparação com os paradigmas citados, o que irá acarretar reflexos em repousos semanais remunerados, bem como, reflexos acrescidos dos repousos sobre as demais verbas (aviso prévio, 13os salários, férias, abono de férias e fgts).

7. FGTS

O FGTS na ordem de 11,2% incide sobre as verbas requeridas nos itens anteriores. Requer-se, ainda, a execução direta do fgts 8%, bem como da multa de 40%, sobre todas as verbas deferidas.

8. DIANTE DO EXPOSTO REQUER-SE

a. Adicional de insalubridade sobre o salário contratual pago ao autor no período contratual, com reflexos sobre as horas extras, aviso prévio, 13os salários, férias e abono de férias;

b. Equiparação salarial com reflexos, acrescidas dos repousos semanais remunerados sobre as horas extras, aviso prévio, 13os salários, férias e abono de férias;

c. Horas extras com 100% de adicional, consideradas as excedentes da 8a diária bem como as excedentes da 44a semanal, com reflexos sobre os repousos semanais remunerados e, acrescidas destes em: aviso prévio, 13os salários, férias e abono de férias;

e. Domingos e feriados trabalhados com 200% de adicional, com reflexos sobre o aviso prévio, 13os salários, férias e abono de férias;

f. Horas extras em face da violação ao intervalo mínimo de 11 horas entrejornadas (violação ao artigo 66 da CLT), devendo para tanto considerar-se a diferença entre o intervalo praticado no período contratual e o intervalo mínimo de 11 horas, com reflexos sobre os repousos semanais remunerados, e juntamente com estes sobre o aviso prévio, 13os salários, férias e abono de férias;

(8)

8 g. Horas extras em face da violação ao intervalo mínimo de 35 horas entrejornadas (violação ao artigo 67 da CLT), devendo para tanto considerar-se a diferença entre o intervalo praticado no período contratual e o intervalo mínimo de 35 horas, com reflexos sobre os repousos semanais remunerados, e juntamente com estes sobre o aviso prévio, 13os salários, férias e abono de férias;

h. FGTS 8% mais a multa de 40% sobre todas as verbas ora reclamadas nos itens “a” a “g”;

i. Multa do artigo 477 da CLT pelo não pagamento das verbas rescisórias;

9. REQUERIMENTOS FINAIS

Requer seja a reclamada notificada na pessoa do seu procurador legal, para que, no prazo legal, querendo, conteste a presente reclamatória, sob pena de confissão e revelia. Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, tais como, pericial, documental, testemunhal e o depoimento pessoal do representante legal da Ré, sob pena de confissão.

Requer, finalmente, seja a presente reclamatória julgada procedente, condenando-se a reclamada no pagamento dos pedidos, acrescidos de juros e correção monetária, custas processuais e honorários profissionais na ordem de 20% sobre o total da condenação. Dá-se à presente causa, para efeitos fiscais e de alçada, o valor de R$ 16.400,00 (dezesseis mil e quatrocentos reais).

Nestes termos Pede deferimento.

XXXXXXXX, 25 de Junho de 2007.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX OAB – PR XXXXXXXX

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9

 4 ‐ CONTESTAÇÃO 

EXMO. SR. DR. JUÍZ TITULAR DA __ VARA DO TRABALHO DE XXXXXXX

Autos RT XXXXX/XXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX (reclamado), pessoa jurídica de direito privado,

inscrita no CNPL/MF xx.xxx.xxx/xxxx-xx, com sede na rua xxxxxxxxxxx, cidade xxxxx, estado xxxxx, neste ato representado por seu procurador, vem respeitosamente perante Vossa Excelência para apresentar CONTESTAÇÃO em resposta a reclamatória que lhe move XXXXXXXXXXXXXXX (Reclamante), anteriormente qualificado nos autos em epígrafe, pelas razões a seguir aduzidas:

MÉRITO

1. CONTRATO DE TRABALHO

O autor prestou serviços na empresa no período de 01 de junho de 2006 até 16 de março de 2007, como auxiliar de produção, função esta que exerceu até o término da relação empregatícia, a qual se deu por iniciativa do empregado. Conforme consta do termo rescisório em anexo, sua última remuneração foi de R$ 479,60, mensais.

2. HORAS EXTRAS

O autor afirma ter laborado, durante todo o contrato de trabalho, em jornada elastecida e sem a correta contraprestação de horas extraordinárias, com o que a ré não pode concordar.

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10 Ocorre que o horário praticado pelo autor era o constante dos cartões ponto ora anexados pela ré, tendo variado durante o vínculo, mas nunca excedendo os limites legais, nem interjornada. Importante registrar que o ponto era fechado do dia 26 de um mês até o dia 27 do mês seguinte, às vezes variava, conforme o início ou término da semana a que se referisse. Tais fatos estão demostrados e anotados nos assentamentos de ponto. E isso se menciona para que não haja confusões na hora de apresentar eventuais demonstrativos de diferenças.

Não é verdadeiro o horário de trabalho declarado na petição inicial, pois jamais laborou o autor em tais horários, e, quando houve a realização de horas extraordinárias, essas foram devidamente quitadas em folha de pagamento, como se bem pode observar da inclusa documentação.

Resta, portanto, IMPUGNADA a assertiva de jornada conforme noticiado na inicial. Impugna-se também os adicionais de 200%, para os domingos e feriados, eis que, totalmente desprovidos de qualquer fundamento legal. Numa eventual e inesperada condenação, o máximo que se pode esperar é a aplicação de adicional de 100%, previsto na legislação e corroborado pelo C. TST.

Entrementes, havia na empresa acordo de compensação dos sábados (documentos em anexo), razão pela qual havia o extrapolamento de 48 minutos diários.

Os sábados não eram trabalhados, como demonstram os cartões anexados aos autos. Como Vossa Excelência poderá constatar, os acordos foram firmados por escrito, e, sobre sua validade jurídica, já decidiu nosso Egrégio TRT/PR:

TRT-PR-30-01-2007 HORAS EXTRAS – ACORDO INDIVIDUAL DE COMPENSAÇÃO DE JORNADA – VALIDADE – O acordo de

compensação de jornada celebrado entre as partes, a despeito de não ter sido previsto em CCT, é válido, conforme jurisprudência consubstanciada na OJ 182 da SDI – I do C. TST, a qual confere validade ao acordo de compensação individual. No mesmo sentido a nova redação do Enunciado 85, inciso II, do TST. Grifo nosso. Registre-se que a inicial contém pleito de integração dos reflexos das horas extras habitualmente praticadas pelo reclamante durante a contratualidade, o que também não é devido pela empresa. Como pode-se observar na inclusa documentação, as horas extras sempre foram quitadas em sua integralidade nas folhas de salário e, sobre elas incidiram todos os encargos e reflexos legais. O mesmo se diga com relação às verbas rescisórias, quando a média laborada foi integrada à sua remuneração.

Por outro lado, o reclamante não aponta uma diferença sequer que justifique seu pleito, o que o torna genérico e contrário às disposições do artigo 286 do CPC, requerendo seja julgado improcedente o pedido.

(11)

11 Portanto, nada é devido ao reclamante a título de diferenças de horas extras, nem de 2ª a 6ª feira, nem em sábados ou domingos e feriados. Também não são devidos os reflexos, uma vez que o acessório segue a sorte do principal.

Isto posto, não há como prosperar o pedido do autor.

3. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

O reclamante não tinha direito à percepção do adicional de insalubridade porque o local onde realizava suas tarefas não oferecia perigo à sua saúde e integridade física, como quer fazer crer. Não é verídico que tenha manipulado produtos químicos diretamente e nem que seu ambiente de trabalho estivesse impregnado de fortes odores químicos e grande concentração de matéria em suspensão. O reclamante sempre recebeu os equipamentos de proteção (EPI’s) para neutralizar os eventuais agentes agressores à sua saúde, conforme demonstra a documentação em anexo.

Com base nos exames realizados no meio ambiente de trabalho, através da realização de PPRA’s e PCMSO’s, empresa competente concluiu que as medidas de segurança coletivas adotadas pela empresa eram suficientes para neutralizar quaisquer agentes agressivos. Assim, não havia agentes agressivos que justificassem o pagamento do pretendido adicional.

Como se pode perceber, o reclamante fez os exames admissional, periódicos e demissional, não apresentando qualquer sintoma de agressão à sua saúde durante todo período em que se entendeu o vínculo empregatício, inexistindo a constatação de agentes nocivos à saúde no local de trabalho ou, ainda, mesmo que existentes, com neutralização de seus efeitos em razão da utilização dos equipamentos individuais de proteção fornecidos pela empresa. Outra conclusão não há, se não indeferir o pleito em questão.

Por óbvio, a prova com relação ao adicional de insalubridade deve ser produzida por meio de perícia técnica, a qual deve ficar a cargo do autor, posto que é quem a postula. Assim, independentemente da prova pericial a ser produzida, levando-se em conta as condições de trabalho, o local e o fornecimento de EPI’s, requer-se seja julgado improcedente o pedido, assim como seus reflexos nas demais parcelas de caráter salarial, porque acessórios.

A apuração da insalubridade em ambientes de trabalho é tarefa complexa, posto que necessita de laudo emitido por profissionais competentes e credenciados, tanto na parte de saúde ambiental quanto saúde física do trabalhador. Sobre a caracterização e a forma de apuração do adicional de insalubridade já decidiu o E. TRT/PR:

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12

TRT-PR-03-2006 – ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – CARACTERIZAÇÃO – À luz da OJ nº 4 da SDI-1 do C. TST, para

caracterizar a insalubridade, faz-se necessária a classificação da atividade insalubre na relação de oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho, não bastando a constatação por laudo pericial. TRT-PR-00588-2004-653-09-00-9-ACO-06225-2006. Relator xxxxxxx, publicado em 07/03/2006.

No tocante à discussão sobre a base de cálculo do adicional insalubridade – quando devido pela empresa, por óbvio, o que não é o caso destes autos – é curial salientar que há entendimento majoritário nos Regionais e no TST sobre a incidência do percentual no salário mínimo e não sobre a remuneração do empregado, como pretende o reclamante.

A OJ 228, do C. TST expressamente diz que a base de cálculo do adicional de insalubridade é o salário mínimo, especificado no artigo 76 da CLT, vale dizer, o mínimo permitido por lei ou convenção coletiva da categoria. Par este último, aplica-se o vocábulo “salário profissional”, vejamos:

TST – Orientações Jurisprudenciais SDI – I: Nº 228 – ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – BASE DE CÁLCULO - O

percentual do adicional de insalubridade incide sobre o salário mínimo de que se cogita o artigo 76 da CLT, salvo as hipóteses previstas na Súmula 2º 17.

Entretanto, esse critério não é adotado quando o salário contratual percebido é maior que esse, o que verifica-se no caso do reclamante. Nessas situações, prevalecem:

- piso da categoria, quando e desde que previsto em acordo ou convenção coletiva da categoria;

- salário mínimo governamental.

No presente caso, o reclamante não recebia o salário mínimo governamental, nem o piso da categoria, e, nem há, nas convenções coletivas, expressa determinação de incidência do adicional de insalubridade sobre o salário profissional ou normativo. Logo, não há que se cogitar da utilização do salário contratual como base de cálculo. Ante tais razões expressas, restam improcedentes os pedidos elencados a título de adicional de insalubridade, e seus reflexos, eis que acessórios.

4. INTERVALOS ENTREJORNADA

O reclamante sempre gozou dos intervalos, ademais não aponta de forma clara e inconteste, em que meses ou dias, houve violação aos artigos 66 e 67 da CLT, fazendo alegações de forma aleatória e genérica

(13)

13 Impugna-se a pretensão do autor, neste sentido.

5. EQUIPARAÇÃO SALARIAL

O autor afirma que durante todo o pacto laboral, exerceu as mesmas funções e sob as mesmas condições dos paradigmas, XXXXXX, XXXXXX e XXXXXXX o que não pode prosperar.

Pela documentação juntada, podemos perceber que sempre laborou na função de auxiliar de serviços gerais, tarefa que compreende em unicamente auxiliar os operadores de máquina, alimentando e retirando peças, enquanto eles executavam os seus trabalhos com a própria máquina.

Portanto, as tarefas desenvolvidas pelo reclamante eram totalmente distintas das executadas pelos paradigmas citados, funções estas que exigiam maior qualidade técnica e conhecimento, inclusive com certificação de cursos profissionalizantes, que deveriam ser comprovados através de documentação específica, requisito básico para contratação de funcionário para esta função (operador de máquina).

Conhecimento e documentação que sequer foram solicitados e, ou exigidos para contratação do autor, sem desmerecer os trabalhos executados por este, que também eram necessários para o andamento e para a produção exigida pelo mercado. Como se vê o autor não preenche nenhum requisito básico para o deferimento de tais diferenças salariais, pois não havia identidade de funções, nem ao menos a mesma perfeição técnica e produtividade, o que por si só afasta qualquer possibilidade de identidade de funções. O TRT da 9ª Região, já decidiu a respeito, eis que o reclamante, não preenche os requisitos legais previstos no artigo 461 da CLT, a saber:

IDENTIDADE DE FUNÇÃO INDEPENDENTEMENTE DA IDÊNTICA NOMENCLATURA. IGUALDADE DE SALÁRIO INDEVIDA. A equiparação salarial prevista no

artigo 461 da CLT tem pressuposto o exercício de idênticas funções e não de identidade entre as mesmas nomenclaturas de cargos. Comprovada a diferenciação entre paragonada e modelo no exercício da função, pelo fato de as atividades por elas exercidas dirigirem-se à esfera de atribuições dos seus superiores, os quais pertenciam a setores distintos –indevidas as diferenças salariais postuladas, somente pelo fato de idêntica nomenclatura. Recurso que se nega provimento. Grifo nosso.

Assim, pelas razões acima expostas, restam impugnadas as assertivas autorais e pugna-se pelo total indeferimento dos pedidos de diferenças salariais e pugna-seus reflexos.

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14

6. CORREÇÃO MONETÁRIA

Se, eventualmente, o que se espera que não aconteça, resultar condenação para a ora reclamada, requer seja liquidada a sentença com base na tabela de índices do TRT 9ª Região, incidindo a correção a partir do mês de vencimento da obrigação, exigibilidade (mês subsequente ao vencido), e não com base no mês da competência, como pleiteia a autora.

Impugna-se.

REQUERIMENTO

Nessas condições, requer seja julgado improcedente a reclamatória proposta pela reclamante.

Requer, por derradeiro, provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente oitiva de testemunhas, juntadas de novos documentos, depoimento pessoal do reclamante sob pena de confissão quanto à matéria de fato.

Nestes termos Pede deferimento.

XXXXXXXX, 21 de Novembro de 2007.

(15)

15 Č

 5 – RECIBOS DE PAGAMENTOS 

Recibo de Pagamento Recibo de Pagamento

Funcionário: XXXXXXX Mês..: jun-2006 Funcionário: XXXXXXX Mês ..: jul-2006

Descontos Descontos

Salário Base: 479,60 INSS..…….: 49,60 Salário Base.: 479,60 INSS...….: 73,20

IRRF ……..: IRRF.……..:

DSR s/ HE: 28,26 DSr s/ HE: 59,15

HE Com 50%: 34,00 Soma: 49,60 HE Com 50%: 88,55 Soma: 73,20

HE Com 60%: 4,83 HE Com 60%: 35,91

HE C/ 100%: 102,50 HE C/ 100%: 183,12

Soma……: 680,67 Líquido ..….: 437,33 Soma ...…: 846,33 Líquido……: 319,87

FGTS 8%....: 649,19 FGTS 8%....: 846,33

Recibo de Pagamento Recibo de Pagamento

Funcionário: XXXXXXX Mês ..: ago-2006 Funcionário: XXXXXXX Mês ..: set-2006

Descontos Descontos

Salário Base.: 479,60 INSS...….: 40,32 Salário Base.: 479,60 INSS…….: 38,02

IRRF.……..: IRRF.……..:

DSR s/ HE: 6,12 DSR s/ HE: 2,90

HE Com 50%: 13,70 Soma: 40,32 HE Com 50%: 14,62 Soma: 38,02

HE Com 60%: 0,00 HE Com 60%: 0,00

HE C/ 100%: 27,64 HE C/ 100%: 0,00

Soma ...…: 558,54 Líquido……: 137,10 Soma …: 528,60 Líquido …: 113,50

FGTS 8%....: 527,09 FGTS 8% .: 497,12

Recibo de Pagamento Recibo de Pagamento

Funcionário.: XXXXXXX Mês ..: out-2006 Funcionário..: XXXXXXX Mês ..: nov-2006

Descontos Descontos

Salário Base.: 479,60 INSS …….: 41,53 Salário Base.: 479,60 INSS …….: 47,01

IRRF.……..: IRRF ...…..:

DSR s/ HE: 15,36 DSR s/ HE: 27,00

HE Com 50%: 6,77 Soma: 41,53 HE Com 50%: 47,71 Soma: 47,01

HE Com 60%: 0,00 HE Com 60%: 57,69

HE C/ 100%: 57,16 HE C/ 100%: 0,00

Soma …: 590,37 Líquido ...: 162,69 Soma…: 646,80 Líquido …: 550,13

FGTS 8%..: 542,90 FGTS 8%...: 614,60

(16)

16 Recibo de Pagamento Recibo de Pagamento

Funcionário: XXXXXXX Mês..: dez-2006 Funcionário: XXXXXXX Mês ..: jan-2007

Descontos Descontos

Salário Base.: 479,60 INSS..…….: 46,63 Salário Base.: 479,60 INSS...….: 38,37

IRRF ……..: IRRF.……..:

DSR s/ HE: 25,14 DSR s/ HE: 6,00

HE Com 50%: 69,85 Soma: 46,63 HE Com 50%: 58,05 Soma: 38,37

HE Com 60%: 35,00 HE Com 60%: 4,02

HE C/ 100%: 0,00 HE C/ 100%: 0,00

Soma……: 641,07 Líquido ..….: 548,38 Soma ...…: 549,15 Líquido……: 400,66

FGTS 8%....: 609,59 FGTS 8%....: 501,69

Recibo de Pagamento Recibo de Pagamento

Funcionário: XXXXXXX Mês ..: fev-2007 Funcionário: XXXXXXX Mês ..: mar-2007

Descontos Descontos

Salário Base.: 479,60 INSS…….: 57,56 Salário Base.: 479,60 INSS…….: 21,71

IRRF……..: INSS 13º: 12,50

DSR s/ HE: 43,52 DSR s/ HE: 4,58

HE Com 50%: 47,51 Soma: 57,56 HE Com 50%: 3,50 Soma: 34,21

HE Com 60%: 6,99 HE Com 60%: 0,00

HE C/ 100%: 206,83 HE C/ 100%: 36,32

Soma…: 784,45 Líquido ….: 632,16 Soma …: 1.173,60 Líquido …: 835,90

FGTS 8%..: 752,49 FGTS 8% .: 835,90

(17)

17

 6 ‐ COMENTÁRIOS 

Esta fase é chamada de fase de instrução ou conhecimento, onde o reclamante apresentou seu pedido e o réu apresentou sua contestação/defesa.

Nesta fase são apresentadas as provas, documentos, recibos de pagamentos, recibos de férias, recibos de 13º salários, rescisão contratual, comprovação de depósitos fundiários, demonstrativos de diferenças salariais, horas extras e outras diferenças que se façam necessárias.

Na audiência inaugural ou una, a reclamada deverá apresentar sua defesa/contestação, e a carta de preposição;

Em caso de audiência una, o reclamante tem 20 minutos para manifestar-se sobre a defesa e documentos juntados pela reclamada.

O reclamante, o representante legal da empresa bem como as testemunhas de ambas as partes, são ouvidos pelo Juízo, podendo as testemunhas que moram em outras comarcas serem ouvidas por carta precatória.

As partes têm prazo legal de 10 dias para impugnar documentos ou diferenças apresentadas pela parte contrária.

Por último são apresentadas as razões finais (reclamante e reclamado): - Por memoriais = escritas;

- Remissivas = ao contido na inicial ou na defesa; - Orais = 20 minutos diante do Juízo.

Reunidos todos os dados e fatos, o caso será analisado pelo Juízo para a prolação da sentença.

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18

 7 – SENTENÇA DE 1º GRAU 

P O D E R J U D I C I Á R I O

JUSTIÇA DO TRABALHO 1a VARA DO TRABALHO DE XXXXXX/XX. PROCESSO No. RT 1.004/2007 Termo de Audiência

Aos 20 dias do mês de Outubro de 2007, às 14h40min, na sala de audiência desta vara do trabalho, sob a presidência do Exmo. Sr. Juiz do Trabalho Dr. XXXXXXXXX, foram apregoados os litigantes: XXXXXXXXXXXXXX, reclamante e XXXXXXXXXXXXXX, reclamada.

S E N T E N Ç A

Vistos e examinados os autos, decide-se:

1. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE:

Ausente perícia, ante o artigo 195 da CLT, indefere-se.

2. EQUIPARAÇÃO SALARIAL:

Restou confesso nos autos que os paradigmas ensinaram o autor, o que ao Juízo demonstra maior perfeição técnica e produtividade, e que o paradigma XXXXXXX trabalhava em máquina diversa, indefiro.

3. HORAS EXTRAS:

O autor alegou que trabalhava das 8h às 19h, de segunda à sexta, e em três vezes por semana até às 23h, ainda em três sábados e três domingos por mês das 8h às 18h.

O autor disse que as horas da semana constavam dos cartões de ponto, que passava os cartões aos domingos, as horas extras eram pagas “por fora”.

(19)

19 Inexistem horas até às 23h nos cartões, e não se confirma o percentual de domingos mencionados.

Inexiste qualquer previsão legal ou convencional para o adicional de 200% em domingos laborados, todavia, observando-se os controles de frequência e os holerites, observa-se que as horas de 100% não correspondiam aos domingos trabalhados. A um, a ré não colacionou o espelho de julho, para se comparar ao demonstrativo a fls. 71. Em junho de 2006 foram pagas 12,24 horas a 100%, e naquele mês, às fls. 62, inexiste qualquer domingo trabalhado. Ora, tudo indica, portanto, que as horas em domingos eram pagas por fora, com adicional de 200%.

Nesse sentido, entende o Juízo que não há prova da quitação de tais horas, não sendo válidos para tal, os recibos acostados aos autos. Nesse sentido, defiro o pagamento das horas em domingos com adicional de 200%, conforme constam nos espelhos, exceto, nos meses em que não juntados quando serão considerados três domingos conforme noticiado na inicial.

No que toca às demais horas, o acordo de compensação à fl. 47 é de nenhuma validade em face do trabalho em domingos e sábados. O autor às fls. 107/108 demonstrou diferenças e ante a invalidade do acordo, condeno a ré ao pagamento de horas extras, assim consideradas as excedentes da 8ª diária, e, não compreendidas nessas, as excedentes da 44ª semanal.

Os critérios serão os seguintes:

- divisor é 220 ante a jornada trabalhada;

- adicional de 60% durante a semana, e de 100% aos sábados, conforme praticado pela ré.

A base de cálculo será o salário base do autor, considerada a evolução salarial.

Devidos ainda, reflexos em DSR’s e, com estes, em férias com 1/3, 13º salário, e aviso prévio. As horas laboradas em domingos não refletem em DSR’s, sob pena de “bis in idem.

Sobre o principal, diferenças de DSR’s, 13º salário e aviso prévio, incidirá o FGTS 11,2%.

(20)

20 Observem-se os dias efetivamente laborados.

Serão abatidos todos os valores pagos sob os mesmos fundamentos jurídicos, a título de horas extras e reflexos, no período não prescrito, ou seja, horas com 60% e 100%, separadamente, mês a mês.

4. JUSTIÇA GRATUITA:

Defiro a justiça gratuita ante a lei 1060/50. Visto que a declaração da inicial não foi desconstituída.

5. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA:

Os juros incidem a partir da data do ajuizamento da ação, nos termos do artigo 883 da CLT, observados os demais critérios estabelecidos no artigo 39 da lei 8177/91 e Enunciado 200 do C. TST.

Quanto à correção monetária, determina-se a observância dos índices do mês subsequente ao da prestação dos serviços, apenas quanto aos salários.

Quanto às demais parcelas, deverão ser observadas as regras próprias de pagamento.

6. DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS:

Descontos previdenciários mês a mês, observando-se o limite máximo do salário de contribuição do empregado, e fiscais sobre o total da condenação, referente às parcelas tributáveis, calculados ao final, inclusive juros de mora.

7. DEVER DE OFICIAR:

Existe prova nos autos de que a ré pratica pagamento de horas extras “por fora”, oficie-se, imediatamente, a DRT e a Receita federal com cópia da sentença e da ata a fls. 130/132.

(21)

21

CONCLUSÃO

Ante o exposto, decidiu a XX Vara do Trabalho de XXXXX, ACOLHER PARCIALMENTE os pedidos formulados por XXXXXXXXXXXX, reclamante, e, desta forma, condenar, XXXXXXXXXXXXXXXX, reclamada, a pagar, no prazo legal, conforme fundamentação que passa a fazer parte integrante deste dispositivo, bem como todas as diretrizes nela traçadas, para todos os efeitos legais, as verbas conforme a fundamentação, a seguir discriminadas:

1. horas extras e reflexos;

2. domingos laborados com 200% 3. Juros de mora e correção monetária;

Liquidação por cálculos.

Custas pela reclamada no importe de R$ 100,00, calculadas sobre o valor provisoriamente arbitrado à condenação de R$ 5.000,00, sujeitas à complementação.

INTIMEM-SE AS PARTES. Cumpra-se no prazo legal. Nada mais.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXX Juiz Presidente

(22)

22

 8 ‐ COMENTÁRIOS 

A partir da publicação da sentença as partes podem:

1º - No prazo de 05 (cinco) dias, entrar com Embargos Declaratórios sobre a sentença. Cabem embargos declaratórios em caso de omissão, incorreção, erro material, etc.; neste caso o prazo para a interposição de recurso ordinário fica interrompido até a decisão dos embargos declaratórios;

Após a publicação da sentença de embargos declaratórios, começa a contar o prazo de 08 (oito) dias para recurso ordinário;

2º - Se não ocorrer a hipótese de embargos declaratórios, as partes têm 08 (oito) dias para oferecerem suas razões para a reforma da sentença através de Recurso Ordinário encaminhado ao Tribunal Regional.

Sempre é oportunizado às partes para se manifestarem sobre os recursos oferecidos pela parte contrária.

No presente caso, o Réu apresentou embargos de declaração, requerendo a reforma quanto às horas extras em domingos com adicional de 200%.

O reclamante ofereceu recurso ordinário.

O réu apresentou contrarrazões ao recurso ordinário do autor. O réu apresentou recurso ordinário.

O autor ofereceu contrarrazões ao recurso ordinário da reclamada.

(23)

23

 9 – DECISÃO DE EMBARGOS DECLARATÓRIOS 

PODER JUDICIÁRIO

JUSTIÇA DO TRABALHO

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA XX REGIÃO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

CERTIDÃO DE JULGAMENTO

Processo TRT-XX-RO-01.1004/2007

CERTIFICO que, em sessão realizada nesta data, sob a presidência do Exmo. Juiz XXXXXXXXXXXXXX, presentes os senhores Juízes: XXXXXXXXXXXX, XXXXXXXXXXX, XXXXXXXXXXXXX e o Representante do Ministério Público do Trabalho, Dr. XXXXXXXXXXXXX, RESOLVEU a 1a Turma do Tribunal Regional do Trabalho, por unanimidade de votos, CONHECER

DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PROPOSTOS PELO RECLAMADO

para, no mérito, sem divergência de votos, julgá-los improcedentes.

Certifico e dou fé.

XXXXXXXXX, 28 de Outubro de 2008.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Secretário da 1a. Turma

(24)

24

 10 – ACÓRDÃO – DECISÃO DE RECURSO ORDINÁRIO ‐ TRT 

PODER JUDICIÁRIO

JUSTIÇA DO TRABALHO

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA XX REGIÃO

CERTIDÃO DE JULGAMENTO

Processo TRT-XX-RO-01.1004/2007

CERTIFICO que, em sessão realizada nesta data, sob a presidência do Exmo. Juiz XXXXXXXXXXXXXX, presentes os senhores Juízes: XXXXXXXXXXXX, XXXXXXXXXXX, XXXXXXXXXXXXX e o Representante do Ministério Público do Trabalho, Dr. XXXXXXXXXXXXX, RESOLVEU a 1a Turma do Tribunal Regional do Trabalho, por unanimidade de votos, CONHECER

DOS RECURSO ORDINÁRIOS DAS PARTES, assim como as respectivas contrarrazões. No mérito, por igual votação, DAR PROVIMENTO AO RECURSO ORDINÁRIO DO AUTOR para, nos termos do fundamentado: a) acolher a

preliminar de nulidade processual por cerceamento de defesa para declarar nulos os atos processuais a partir do indeferimento da prova oral sobre a equiparação salarial (fl. 130), com ressalva das declarações já prestadas pelas partes e testemunhas, e determinar o retorno dos autos à origem para nova oitiva sobre a questão e prolação de nova sentença, como for de direito. Em consequência, resta prejudicada a análise do RECURSO ORDINÁRIO DA RÉ, nos termos da fundamentação. Sem custas, por ora.

Certifico e dou fé.

XXXXXXXXX, 04 de Março de 2009.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Secretário da 1a Turma

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25

 11‐ COMENTÁRIOS 

A partir da publicação da sentença as partes têm: 08 (oito) dias para recorrer da decisão.

- Embargos declaratórios em caso de omissão, incorreção, erro material, etc.;

No presente caso, houve determinação de retorno dos autos à vara de origem para prolação de nova sentença, quanto à equiparação salarial.

Restou prejudicada a análise do recurso da reclamada. Houve nova oitiva de testemunhas.

Obs.: Estamos apresentando nova sentença proferida, em que não houve alteração quanto à sentença anterior.

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26

 12 – SEGUNDA SENTENÇA DE 1º GRAU – NOVO JULGAMENTO 

P O D E R J U D I C I Á R I O

JUSTIÇA DO TRABALHO 1a VARA DO TRABALHO DE XXXXXX/XX. PROCESSO No. RT 1.001/2001 Termo de Audiência

Aos 19 dias do mês de Maio de 2009, às 14h40min, na sala de audiência desta vara do trabalho, sob a presidência do Exmo. Sr. Juiz do Trabalho Dr. XXXXXXXXX, foram apregoados os litigantes: XXXXXXXXXXXXXX, reclamante e XXXXXXXXXXXXXX, reclamada.

S E N T E N Ç A

Vistos e examinados os autos, decide-se:

1. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE:

Ausente perícia, ante o artigo 195 da CLT, indefere-se.

2. EQUIPARAÇÃO SALARIAL:

Tendo em vista o Julgado a fls. 191 entendendo que o depoimento pessoal do autor não obsta a equiparação salarial, passo a analisar a prova testemunhal.

Conforme depoimento da testemunha do reclamante, esse operava máquina, porém não soube informar acerca da regulagem, demonstrando que apenas presumia os fatos, mas não tinha conhecimento específico.

A empresa trouxe em Juízo um dos paradigmas, que afirmou que ensinava o autor, e que se esse tivesse alguma dificuldade na operação da máquina, o autor o chamaria.

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27 Dessa forma, com o devido respeito à tese obreira, não há como deferir-lhe a equiparação postulada.

3. HORAS EXTRAS:

O autor alegou que trabalhava das 8h às 19h, de segunda à sexta, e em três vezes por semana até às 23h, ainda em três sábados e três domingos por mês das 8h às 18h.

O autor disse que as horas da semana constavam dos cartões de ponto, que passava os cartões aos domingos, as horas extras eram pagas “por fora”.

Inexistem horas até às 23h nos cartões, e não se confirma o percentual de domingos mencionados.

Inexiste qualquer previsão legal ou convencional para o adicional de 200% em domingos laborados, todavia, observando-se os controles de frequência e os holerites, observa-se que as horas de 100% não correspondiam aos domingos trabalhados. A um, a ré não colacionou o espelho de julho, para se comparar ao demonstrativo a fls. 71. Em junho de 2006 foram pagas 12,24 horas a 100%, e naquele mês, às fls. 62, inexiste qualquer domingo trabalhado. Ora, tudo indica, portanto, que as horas em domingos eram pagas por fora, com adicional de 200%.

Nesse sentido, entende o Juízo que não há prova da quitação de tais horas, não sendo válidos para tal os recibos dos autos, nesse sentido, defiro o pagamento das horas em domingos com adicional de 200%, conforme constam nos espelhos, exceto, nos meses em que não juntados quando serão considerados três domingos conforme noticiado na inicial.

No que toca às demais horas, o acordo de compensação à fl. 47 é de nenhuma validade em face do trabalho em domingos e sábados. O autor às fls. 107/108 demonstrou diferenças e ante a invalidade do acordo, condeno a ré ao pagamento de horas extras, assim consideradas as excedentes da 8ª diária, e, não compreendidas nessas, as excedentes da 44ª semanal.

Os critérios serão os seguintes:

- divisor é 220 ante a jornada trabalhada;

- adicional de 60% durante a semana, e de 100% aos sábados, conforme praticado pela ré.

A base de cálculo será o salário base do autor, considerada a evolução salarial.

(28)

28 Devidos ainda, reflexos em DSR’s e, com estes, em férias com 1/3, 13º salário, e aviso prévio. As horas laboradas em domingos não refletem em DSR’s, sob pena de “bis in idem.

Sobre o principal, diferenças de DSR’s, 13º salário e aviso prévio, incidirá o FGTS 11,2%.

Observem-se os dias efetivamente laborados.

Serão abatidos todos os valores pagos sob os mesmos fundamentos jurídicos, a título de horas extras e reflexos, no período não prescrito, ou seja, horas com 60% e 100%, separadamente, mês a mês.

4. JUSTIÇA GRATUITA:

Defiro a justiça gratuita ante a lei 1060/50 e a declaração da inicial não desconstituída.

5. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA:

Os juros incidem a partir da data do ajuizamento da ação, nos termos do artigo 883 da CLT, observados os demais critérios estabelecidos no artigo 39 da lei 8177/91 e Enunciado 200 do C. TST.

Quanto à correção monetária, determina-se a observância dos índices do mês subsequente ao da prestação dos serviços, apenas quanto aos salários.

Quanto às demais parcelas, deverão ser observadas as regras próprias de pagamento.

6. DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS:

Descontos previdenciários mês a mês, observando-se o limite máximo do salário de contribuição do empregado, e fiscais sobre o total da condenação, referente às parcelas tributáveis, calculados ao final, inclusive juros de mora.

7. DEVER DE OFICIAR:

Existe prova nos autos de que a ré pratica pagamento de horas extras “por fora”, oficie-se, imediatamente, a DRT e a Receita federal com cópia da sentença e da ata a fls. 130/132.

(29)

29

CONCLUSÃO

Ante o exposto, decidiu a XX Vara do Trabalho de XXXXX, ACOLHER PARCIALMENTE os pedidos formulados por XXXXXXXXXXXX, reclamante, e, desta forma, condenar, XXXXXXXXXXXXXXXX, reclamada, a pagar, no prazo legal, conforme fundamentação que passa a fazer parte integrante deste dispositivo, bem como todas as diretrizes nela traçadas, para todos os efeitos legais, as verbas conforme a fundamentação, a seguir discriminadas:

4. horas extras e reflexos;

5. domingos laborados com 200% 6. Juros de mora e correção monetária;

Liquidação por cálculos.

Custas pela reclamada no importe de R$ 100,00, calculadas sobre o valor provisoriamente arbitrado à condenação de R$ 5.000,00, sujeitas à complementação.

INTIMEM-SE AS PARTES. Cumpra-se no prazo legal. Nada mais.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXX Juiz Presidente

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30

 13 ‐ COMENTÁRIOS 

A partir da publicação da sentença as partes têm: 08 (oito) dias para recorrer da decisão.

- Embargos Declaratórios em caso de omissão, incorreção, erro material, etc.; - Recurso Ordinário;

- Recurso de Revista;

Obs.: Estamos apresentando apenas o dispositivo com efeito modificativo em relação

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31

 14 – ACÓRDÃO – DECISÃO DO RECURSO ORDINÁRIO ‐TRT 

PODER JUDICIÁRIO

JUSTIÇA DO TRABALHO

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA XX REGIÃO

CERTIDÃO DE JULGAMENTO

Processo TRT-XX-RO-01.1004/2007

CERTIFICO que, em sessão realizada nesta data, sob a presidência do Exmo. Juiz XXXXXXXXXXXXXX, presentes os senhores Juízes: XXXXXXXXXXXX, XXXXXXXXXXX, XXXXXXXXXXXXX e o Representante do Ministério Público do Trabalho, Dr. XXXXXXXXXXXXX, RESOLVEU a 1a. Turma do Tribunal Regional do Trabalho, por unanimidade de votos, CONHECER

DO RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMANTE. No mérito, por igual votação, DAR PROVIMENTO PARCIAL AO RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMANTE para, nos termos do fundamentado:

a) restringir o adicional de horas laboradas em domingos para 100%. Custas na forma da lei.

Certifico e dou fé.

XXXXXXXXX, 02 de Setembro de 2009.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Secretário da 1a. Turma

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32

 15 – DECISÃO DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS ‐ TRT 

PODER JUDICIÁRIO

JUSTIÇA DO TRABALHO

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA XX REGIÃO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

CERTIDÃO DE JULGAMENTO

Processo TRT-XX-RO-01.1004/2007

CERTIFICO que, em sessão realizada nesta data, sob a presidência do Exmo. Juiz XXXXXXXXXXXXXX, presentes os senhores Juízes: XXXXXXXXXXXX, XXXXXXXXXXX, XXXXXXXXXXXXX e o Representante do Ministério Público do Trabalho, Dr. XXXXXXXXXXXXX, RESOLVEU a 1a. Turma do Tribunal Regional do Trabalho, por unanimidade de votos, CONHECER

DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PROPOSTOS PELO RECLAMADO

para, no mérito, sem divergência de votos, dar-lhes provimento para, nos termos da fundamentação, sanar a omissão apontada, sem, contudo, imprimir efeito modificativo ao julgado.

Certifico e dou fé.

XXXXXXXXX, 14 de Outubro de 2009.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Secretário da 1a. Turma

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33

 16 – RECURSO DE REVISTA PROPOSTO PELO RÉU 

PODER JUDICIÁRIO

JUSTIÇA DO TRABALHO

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA XX REGIÃO RECURSO DE REVISTA

Recorrentes: XXXXXXXX e XXXXXXX Recorridos : XXXXXXXX e XXXXXXX

Processo TST-XX-RR-01.1004/2007

RECURSO DO RECLAMADO

Pretende o recorrente a reforma do V. Acórdão regional, no tocante às horas extras e reflexos, e domingos laborados e reflexo

Todavia, não merece conhecimento o apelo. Não houve a ofensa alegada aos dispositivos constitucionais apontados pelo recorrente.

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34

PODER JUDICIÁRIO

JUSTIÇA DO TRABALHO

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

CERTIDÃO DE JULGAMENTO

Processo TST-XX-RR-01.2001/2001

CERTIFICO que, em sessão realizada nesta data, sob a presidência do Exmo. Ministro XXXXXXXXXXXXXX, Relator, presentes Exmos. Ministros XXXXXXXXXXX e XXXXXXXXX e o Exmo. Subprocurador Geral do Trabalho, Dr. XXXXXXXXXX, conhecer do Agravo de Instrumento proposto pelo réu, e, por unanimidade negar provimento ao recurso.

Recorrente: XXXXXXXXXXXXXX Recorrido : XXXXXXXXXXXXXX

Lavro a presente certidão e dou fé.

Brasília, 08 de janeiro de 2010.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX DIRETOR DA SECRETARIA DA 1a. TURMA

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 17 – DESPACHO DE NOMEAÇÃO DE PERITO PARA CÁLCULOS 

P O D E R J U D I C I Á R I O

JUSTIÇA DO TRABALHO 1a VARA DO TRABALHO DE XXXXXX/XX. PROCESSO No. RT 1.001/2001

Em face do trânsito em julgado do presente caso, nomeio o Perito ..., para que em 10 dias apresente os cálculos de liquidação.

Juiz do Trabalho. xxxxxxxxxxxxxxxxxxx

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36

 18 – COMENTÁRIOS 

Após o trânsito em julgado da sentença, finda-se a fase recursal e inicia-se a fase de liquidação de sentença.

Esta é a fase da apresentação dos cálculos trabalhistas, fase da quantificação do valor devido ao reclamante.

Neste momento do processo o Juiz poderá remeter o caso ao reclamante para que apresente seus cálculos, abrindo prazo ao reclamado para conferir a conta e impugná-la, de forma fundamentada, se considerá-la incorreta.

O Juiz poderá também enviar o caso diretamente a um perito por ele designado, abrindo prazo para as partes efetuarem a conferência dos cálculos, podendo cada uma das partes (reclamado e reclamante) apresentarem sua manifestação contrária aos cálculos periciais, de forma fundamentada.

O presente caso foi enviado ao perito do Juízo para a elaboração da conta.

O cálculo foi homologado pelo Juízo que abriu prazo para as partes apresentarem embargos ou impugnação aos cálculos.

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 19 – APRESENTAÇÃO DE CÁLCULOS PELO PERITO JUDICIAL 

EXMO. SR. DR. JUÍZ TITULAR DA __ VARA DO TRABALHO DE XXXXXX

AUTOS.: 1.004/2007

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, Perito designado para a realização dos cálculos de liquidação, vem à presença de V. Exa., seguindo o que restou determinado no despacho de fls. dos autos, apresentar seus cálculos de liquidação de acordo com as diretrizes traçadas nos autos.

Requer, ainda, sejam arbitrados os honorários periciais por Vossa Excelência.

Em 31 de janeiro de 2010.

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 20 – PRAZO PARA AS PARTES CONTESTAREM OS CÁLCULOS 

P O D E R J U D I C I Á R I O

JUSTIÇA DO TRABALHO 1a VARA DO TRABALHO DE XXXXXX/XX PROCESSO No. RT 1.004/2007

Prazo para embargos à execução 5 dias a contar da garantia do Juízo. Após, ao reclamante para contraminutar os embargos do réu e, se for o caso, que apresente sua impugnação aos cálculos ofertados pelo Perito. As partes devem observar os prazos Legais.

Juiz do Trabalho. xxxxxxxxxxxxxxxxxxx

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 21 – EMBARGOS À EXECUÇÃO – MANIFESTAÇÃO DO AUTOR 

EXMO. SR. JUIZ TITULAR DA __ VARA DO TRABALHO DE ...

Autos.: 1.004/2007

xxxxxxxxxxxxxxx (reclamado), por seu advogado adiante firmado, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, de reclamação trabalhista, promovida por xxxxxxxxxxxxxxxxx (reclamante), vem, mui respeitosamente, à presença de V. Exa., por seu procurador judicial, infra firmado, para opor

EMBARGOS À EXECUÇÃO, na forma do Art. 884 da CLT, combinado com todas as

demais disposições legais pertinentes à matéria, motivo pelo qual pede vênia a V. Exa. para expor e no final requerer o que segue:

1) DOS REFLEXOS EM DSR’S:

Não merecem prosperar os cálculos do Sr. Perito quanto ao número de horas em domingos e feriados, senão vejamos.

Em seus cálculos o Sr. Expert, equivocadamente, deixou de apurar os DSR’s sobre os domingos laborados.

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2) DO ABATIMENTO DE VALORES PAGOS:

Restam prejudicados os cálculos apresentados pelo Perito nesse particular, eis que, não observou corretamente os critérios para abatimento de valores pagos, senão vejamos.

Os valores pagos sob o mesmo título devem ser abatidos de forma global, independentemente do mês, a fim de se evitar o enriquecimento sem causa do autor.

Ocorre, que em seus cálculos o Sr. Perito exclui os valores negativos em detrimento do autor, não observando que se trata de títulos iguais, conforme explicitamente demonstrado e comprovado nas folhas de pagamento anexadas.

REQUERIMENTO

À vista do exposto, requer-se, assim, que essa MM. Junta, receba os presentes Embargos à Execução, considerando subsistentes as suas razões para, julgando-as procedentes, determinar a correção da conta homologada, em face dos critérios constantes no bojo desta fundamentação. E assim fazendo, estar-se-á distribuindo às partes, a mais salutar justiça.

Nestes Termos, Pede Deferimento.

Curitiba, 10 de fevereiro de 2010.

XXXXXXXXXXXXXXXXXX OAB XXXXX

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 22 – IMPUGNAÇÃO À SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO 

EXMO. SR. JUIZ TITULAR DA 1ª VARA DO TRABALHO DE XXXXXXXX

Processo...: RT 1.004/2007

XXXXXXXXXXX (Reclamante), por seu advogado

adiante firmado, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, de reclamação trabalhista promovida contra XXXXXXXXX (Reclamado), em fase de execução de sentença, vem, mui respeitosamente, à presença de V. Exa. para apresentar sua

Impugnação à Sentença de Liquidação, na forma do Art. 884 da CLT, combinado

com todas as demais disposições legais pertinentes à matéria, motivo pelo qual pede vênia a V. Exa. para expor e no final requerer o que segue:

1) DOS ADICIONAIS DE HORAS EXTRAS:

Equivocados os critérios adotados pelo Sr. Perito em seus cálculos, com relação aos adicionais de horas extras, senão vejamos.

Determina a sentença de 1º grau que as horas extras em dias de semana devem ser pagas com adicional de 60% e as laboradas em sábados, com adicional de 100%.

Ocorre que em seus cálculos o Sr. Perito aplica adicional de 50% para as horas extras em dias de semana, em afronta ao comando sentencial, e

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68 ocasionando sensível diferença nos valores devidos ao reclamante, que já encontra-se em nítido prejuízo ante a inadimplência da reclamada.

Portanto devem ser reformados os cálculos apresentados pelo perito, para aplicar de forma adequada os adicionais de horas extras, conforme determinação deste Douto Juízo.

2) DO ABATIMENTO DOS VALORES PAGOS:

Não merece prosperar o cálculo apresentado pelo Contador do Juízo neste particular, senão vejamos.

Determina a sentença, que o abatimento das horas extras pagas deverão ser feitos de forma separada, assim entendendo-se, as horas com 60% e as horas com 100%, critério esse que não devidamente observado pelo Sr. Perito.

Podemos observar em suas planilhas que apura de forma inadequada as horas extras, apresentado horas com 50% e horas com 60%, e consequentemente, abatimento a título de horas extras com 50%.

Ora, a sentença de forma clara determina que o adicional a ser aplicado das horas extras em dias de semana, é de 60%, não havendo que se falar em 50%, e muito menos em abatimento de valores pagos a tal título.

Ante tais considerações, devem ser reformados os cálculos do Sr. Perito, e reconhecidos como devidos os valores apontados nos cálculos apresentados em anexo.

REQUERIMENTO

À vista do exposto, requer-se a procedência integral do presente apelo e, para que sejam devidamente retificados os cálculos de fls. ... dos autos, de acordo com a fundamentação retro.

Nestes Termos, Pede Deferimento.

Em 20 de fevereiro de 2008.

XXXXXXXXXXXXXXXX OAB XXXXXX

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 23 – CONTRAMINUTA AOS EMBARGOS À EXECUÇÃO 

EXMO. SR. JUIZ TITULAR DA 1ª VARA DO TRABALHO DE XXXXXXX

Processo...: RT 1.004/2007

XXXXXXXXXXX (Reclamante), por seu advogado

adiante firmado, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, de reclamação trabalhista promovida contra XXXXXXXXX (Reclamado), em fase de execução de sentença, vem, mui respeitosamente, à presença de V. Exa. para CONTRAMINUTAR

OS EMBARGOS À EXECUÇÃO propostos pelo reclamado, motivo pelo qual pede

vênia a V. Exa. para expor e no final requerer o que segue:

Dos Valores Pagos

Não há como prosperar a irresignação patronal quanto aos valores pagos, eis que referidos valores encontram-se em consonância com o a r. sentença, que determina o abatimento mês a mês, sendo vedado o saldo negativo em detrimento da parte autora.

Pela rejeição da matéria.

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Reflexos dos Domingos Laborados Sobre DSR´s

As horas praticadas nos domingos são horas extras pagas com adicional de 100%, e, portanto, não devem refletir sobre os repousos semanais remunerados, critério esse observado corretamente pelo Sr. Perito.

Corretos os cálculos periciais, neste particular. Pela improcedência da matéria.

REQUERIMENTO

À vista do exposto, requer-se a rejeição integral dos embargos à execução propostos pelo réu.

Nestes Termos, Pede Deferimento.

Em 20 de fevereiro de 2010.

XXXXXXXXXXXXXXXX OAB XXXXXX

(79)

79

 24 – SENTENÇA DE EMBARGOS/IMPUGNAÇÃO 

P O D E R J U D I C I Á R I O

JUSTIÇA DO TRABALHO 1a. VARA DO TRABALHO DE XXXXXX/XX. PROCESSO No. RT 1.004/2007

SENTENÇA DE EMBARGOS À EXECUÇÃO 1. Admissibilidade.

Oportunamente apresentados, conforme preceitua o artigo 884 da CLT, estando garantido o Juízo e presentes as demais condições da ação de Embargos à Execução, recebo-os.

2. Valores Pagos.

A sentença não determinou que o abatimento dos valores pagos fosse efetuado de forma global, como posto na manifestação proposta pela reclamada.

Portanto, os critérios adotados pelo Sr. Contador encontram-se corretos, restando indeferida a pretensão do réu, neste sentido.

3. Reflexos dos Domingos Laborados Sobre DSR.

Sem razão o reclamado quanto aos dsr´s sobre as horas laboradas nos domingos.

O comando sentencial especificou com clareza sobre quais verbas os domingos laborados devem refletir, ou seja, somente sobre o aviso prévio, 13º salários, férias e terço de férias.

Em seus cálculos o Sr. Contador considerou para efeito de cálculo as horas prestadas nos referidos dias, sem os reflexos nos repousos semanais remunerados, restando totalmente infundados os embargos propostos pela reclamada.

(80)

80

DECISÃO DE IMPUGNAÇÃO À SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO 1. Dos Adicionais de Horas Extras.

Sem razão o reclamante.

Os adicionais aplicados nos cálculos do Sr. Contador, encontram-se corretos, visto que a encontram-sentença determina que encontram-sejam obencontram-servados os critérios utilizados pela reclamada, os quais, podemos observar que eram escalonados, sendo, 50% para as duas primeiras horas extras diárias e 60% para as excedentes, como esclarecido no resumo da condenação às fls. XXX.

Portanto não merece reparo o cálculo apresentado neste particular.

Indefiro a reforma requerida pelo autor.

2. Do Abatimento dos Valores Pagos.

Encontram-se corretos os critérios de abatimento adotados pelo Sr. Contador.

As horas extras foram apuradas com adicionais escalonados, devendo, portanto, utilizar o mesmo critério para o abatimento dos valores que foram pagos, evitando, assim, prejuízo para as partes envolvidas, e a correta apuração dos valores efetivamente devidos.

(81)

81

CONCLUSÃO

Ante o exposto, conheço dos embargos à execução apresentados pelo Réu bem como da impugnação proposta pelo Autor, e, no mérito, julgo improcedentes os embargos, e improcedente a impugnação autoral, nos termos da fundamentação.

INTIMEM-SE AS PARTES. Cumpra-se no prazo legal. Nada mais.

Em 31.03.2010.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXX Juiz Presidente

(82)

82

 25 – AGRAVO DE PETIÇÃO PROPOSTO PELO RÉU 

EXMO. SR. JUIZ TITULAR DA __ VARA DO TRABALHO DE XXXXXXXX

Autos.: 1.004/2007

XXXXXXXXXX (Reclamado), já qualificado nos autos

do processo em epígrafe, de reclamação trabalhista, promovida por XXXXXXXXXXX, em fase de execução de sentença, vem, mui respeitosamente, à presença de V. Exa., por sua procuradora judicial, adiante assinado, dela interpor AGRAVO DE PETIÇÃO, nos termos do Art. 897, letra “a”, da CLT, requerendo seja o mesmo recebido e processado, pois presentes todos os pressupostos de conhecimento e admissibilidade, devendo encaminhá-lo ao E. Tribunal ad quem, para a demandada revisão sentencial.

Nestes Termos, Pede Deferimento.

XXXXXX, 08 de Abril de 2.010. XXXXXXXXXXXXXXXXXX OAB XXXXXX

(83)

83

EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 9ª REGIÃO – PR.

RAZÕES DE AGRAVO DE PETIÇÃO. AGRAVANTE: Reclamado.

AGRAVADO : Reclamante.

PROCESSO....: RT 1.004-2010 - 1ª Vara do Trabalho de XXXXX. EMÉRITOS JULGADORES.

1) DOS REFLEXOS EM DSR’S:

Não merecem prosperar os cálculos elaborados pelo Sr. Perito quanto ao número de horas lançadas para efeito de cálculo dos domingos.

Ocorre que, em seus cálculos, o Auxiliar do Juízo, equivocadamente, integrou os DSR’s no cômputo mensal de horas apuradas para efeito de cálculo dos domingos, contrariando o comando sentencial, o qual determinou expressamente as parcelas reflexas dos domingos laborados e, entre elas, não constam os DSR’s.

Merece reforma o cálculo apresentado neste aspecto.

2) DO ABATIMENTO DE VALORES PAGOS:

Restam prejudicados os cálculos apresentados pelo Perito nesse particular, eis que, não observou corretamente os critérios para abatimento de valores pagos.

(84)

84 Os valores pagos sob o mesmo título devem ser abatidos de forma global, independentemente do mês, a fim de se evitar o enriquecimento sem justa causa por parte do autor.

Observa-se, entretanto, que em seus cálculos o Sr. Perito excluiu os valores negativos, não observando que os referidos valores se tratam de títulos iguais, conforme explicitamente demonstrado e comprovado nas folhas de pagamento anexadas.

Isto posto, requer-se a reforma dos cálculos, devendo para tanto o Auxiliar do Juízo proceder o abatimento integral dos valores pagos no período contratual a título de horas extras e domingos laborados.

Pela reforma.

REQUERIMENTO

À vista do exposto, requer-se a procedência integral do presente apelo, para que sejam devidamente retificados os cálculos periciais, de acordo com a fundamentação retro.

Nestes Termos, Pede Deferimento.

XXXXXXXX, 08 de abril de 2010.

XXXXXXXXXXXXXXXXXX OAB XXXXX

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95

26 – RESPOSTA DO RECLAMANTE AO AGRAVO DE PETIÇÃO DO RÉU 

EXMO. SR. JUIZ TITULAR DA __ VARA DO TRABALHO DE ...

Autos.: 1.004/2007

XXXXXXXXXX (Reclamante), já qualificado nos autos

do processo em epígrafe, de reclamação trabalhista, em que contende contra

XXXXXXXXXXX (reclamado), em fase de execução de sentença, vem, mui

respeitosamente, à presença de V. Exa., por seu procurador judicial, adiante assinado, para apresentar sua resposta ao AGRAVO DE PETIÇÃO proposto pelo Réu, requerendo seja o mesmo recebido, processado e encaminhado ao E. Tribunal Regional.

Nestes Termos, Pede Deferimento.

XXXXXX, 16 de Abril de 2.008. XXXXXXXXXXXXXXXXXX OAB XXXXXX

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