COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
Expectativas
Inflação
Fonte: Focus BCB
Números ruins para a atividade em agosto
O IBC-Br interrompeu a alta observada nos últimos dois meses ao registrar uma queda de 0,38%, com ajuste sazonal. Maior do que a antecipada, a variação reflete as quedas observadas nas pesquisas referentes à produção industrial, ao comércio e aos serviços. O número corrobora a percepção das dificuldades do processo de recuperação econômica. Olhando prospectivamente, os números para o mês de setembro da produção e venda de veículos, da rodagem de caminhões, da confiança da indústria e do consumidor e do consumo de energia indicam sinais mais positivos. O IPCA-15 para o mês de outubro mostrou uma aceleração ao encerrar com um avanço mensal de 0,34%. Com isso, o índice acumula uma alta de 2,71% em 12 meses. Em setembro, a arrecadação federal mostrou sinais de recuperação ao apresentar uma alta real de 8,7% frente a set/16, positivamente influenciada pela maior arrecadação com PIS/Cofins. Também em trajetória de melhora, o mercado de trabalho em agosto registrou uma criação líquida de 34,4 mil postos, enquanto que o ano de 2017 acumula um saldo positivo de 141 mil empregos. No mercado de câmbio, o dólar ganhou força em termos globais diante da maior expectativa de adoção de estímulos fiscais nos EUA, o que pode vir a aumentar o risco para os países emergentes.
O Boletim Focus da semana mostrou um aumento nas projeções de inflação. Para outubro, espera-se agora que o IPCA fique em 0,47%, uma alta de 0,07 p.p. em relação à semana anterior. Já para novembro, a expectativa de inflação permaneceu em 0,35%. Assim, para o encerramento de 2017, houve um aumento de 0,06 p.p. para 3,06%, enquanto que para 2018 não houve alterações com a mediana indicando 4,02%. A inflação implícita de 12 meses medida na negociação de títulos públicos encerrou com uma alta de 0,1 p.p., a 4,53% a.a.. Quanto à taxa básica de juros, as projeções indicam que, ao final do ano, a Selic estará em 7,00% a.a.. Para a reunião do Copom no início de 2018, espera-se uma redução de 25 pontos base, para Fonte: Anbima
Fonte: BCB
Informativo Assessoria Econômica 13 a 20 de outubro de 2017| www.abbc.org.br
13/10/17 Há 1 semana Há 4 semanas Out 0,47 0,40 0,35 Nov 0,35 0,35 0,36 2017 3,06 3,00 2,97 2018 4,02 4,02 4,08 IPCA (%) Mediana - agregado 4,53% 3% 4% 5% ab r/ 17 mai/17 jun /17 ju l/17 ag o /17 se t/17 o u t/17
Inflação Implícita
Em 12 meses 7,50% 7,00% 7,00% 7,00% 7,00% 6,75% 6,75% 6,75%out/17 dez/17 fev/18 mar/18 mai/18
Projeção Selic
Mediana
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
A inflação medida pelo IPCA-15 mostrou uma aceleração no mês de outubro ao apresentar uma alta de 0,34%, em consonância com as expectativas de mercado. Em setembro, o índice havia ficado em 0,11%, enquanto que no mesmo mês de 2016 foi observado um avanço de 0,19%. Com isso, em 12 meses, o índice acumula uma alta de 2,71%. No ano de 2017, o avanço é da ordem de 2,25%, ante a alta de 6,11% observada no igual período do ano passado. O comportamento dos preços dos alimentos e bebidas segue sendo o destaque positivo, apesar do menor ritmo de redução. Pelo quinto mês consecutivo, esse grupo apresentou uma deflação (-0,15%), levando a uma evolução anual negativa da ordem de 5,22%, ante uma expressiva alta de 15,39% em out/16 e uma deflação de 5,44% em set/17. Dentre os componentes que apresentaram alta no mês, destaque para o grupo de habitação (0,66%) e transportes (0,60%), os quais sofreram influências dos aumentos nos preços do gás de botijão (5,72%) e dos combustíveis (1,29%).
Fonte: IBGE
Fonte: IBGE Fonte: IBGE
IPCA-15 – out/17
Informativo Assessoria Econômica 13 a 20 de outubro de 2017| www.abbc.org.br
0,19% 0,26% 0,19% 0,31% 0,54% 0,15% 0,21%0,24% 0,16% -0,18% 0,35% 0,11% 0,34% o ut/1 6 n o v/16 d e z/16 jan /17 fev/ 17 mar/17 ab r/ 17 mai/17 jun /17 ju l/17 ag o /17 se t/17 o ut/1 7
Variação mensal
0,34% -0,15% 0,66% -0,13% 0,48% 0,60% 0,54% 0,50% 0,01% 0,48% 0,11% -0,94% 0,26% 0,04% 0,31% 1,25% 0,10% 0,45% 0,09% -0,18% Geral Alimentação e Bebidas Habitação Artigos de Residência Vestuário Transporte Saúde e Cuidados Pessoais Despesas Pessoais Educação ComunicaçãoVariação mensal
Por grupo set/17 out/17 2,71% -5,22% -6% -2% 2% 6% 10% 14% 18% o u t/15 d e z/15 fe v/16 ab r/ 16 ju n /16 ag o /16 o u t/16 d e z/16 fev/17 abr/ 17 ju n /17 ag o /17 o u t/17IPCA-15
Evolução em 12 meses IPCA-15 AlimentaçãoTaxa de Juros
Fonte: B3 Fonte: B3 Fonte: B3 2,97% 2,8% 3,3% 3,8% 4,3% 4,8% 5,3% ab r/ 17 mai/17 jun /17 ju l/17 ag o /17 se t/1 7 o u t/17 a.a.Taxa Real de Juros
Ex- ante 7,0% 7,4% 7,8% 8,2% 8,6% 9,0% 9,4% hoje 3 6 12 18 24 30 36 42 48 MesesEstrutura a Termo das Taxas de Juros
20/10/17 13/10/17 22/09/17 a.a
.
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
No mercado de juros futuros, observou-se uma acomodação nos prêmios negociados diante da expectativa em relação à reunião do Copom dessa semana. A taxa de juros para o swap DI pré fixada de 360 dias encerrou em 7,10% a.a., com uma leve retração de 0,1 p.p.. Em linha, a taxa de juros real
ex-ante mostrou uma baixa de 0,02 p.p., fechando em 2,97% a.a.. Já a estrutura a termo das taxas de
juros mostrou reduções mais expressivas para os vértices de curto prazo, enquanto que o de dois anos fechou estável e o de três anos com uma leve queda de 0,02 p.p.
7,10% 7% 8% 9% 10% 11% ab r/ 17 mai/17 jun /17 ju l/17 ag o /17 se t/17 o u t/17 a.a.
Swap DI Pré - 360
Fonte: Bloomberg 3,19 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 ab r/ 17 mai/17 jun /17 ju l/17 ag o /17 se t/17 o ut/1 7
Real/US$
Câmbio
Fonte: BloombergNo mercado de câmbio, a semana foi marcada pelo fortalecimento do dólar norte-americano com a aprovação de proposta de orçamento que prevê cortes tributários levarão a um déficit de US$ 1,5 trilhão. Com o estímulo fiscal e a provável aceleração do crescimento da atividade econômica, a trajetória da inflação será impactada e, consequentemente, a evolução da política monetária. Em linha, o indicador de moedas emergentes, que mede o comportamento das divisas desses países em relação ao dólar, sofreu uma baixa de 1,0%, encerrando aos 69,18 pts.. Já o Dollar Index, que acompanha o desempenho da moeda norte-americana em relação às principais divisas globais, apresentou uma alta de 0,7%, terminando aos 93,7 pts.. Assim, o dólar se apreciou em 1,57% frente ao real, encerrando cotado a R$ 3,19. Ainda na semana, houve importantes emissões no exterior, sinalizando uma maior entrada de divisas.
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
Fonte: J.P. Morgan 69,18 67 69 71 73 ab r/ 17 mai/17 jun /17 ju l/17 ag o /17 se t/17 o u t/17
Índice Emergentes*
*Cesta de Moedas:Lira turca, Rublo russo, Rand sul-africano, Florim húngaro, Real, Peso mexicano, Peso chileno, Reminbi chinês, Rupia indiana e Dólar de Singapura.
93,70 90 92 94 96 98 100 102 ab r/ 17 mai/17 jun /17 ju l/17 ag o /17 se t/17 o u t/17
Dollar Index
Fonte: J.P. Morgan Fonte: Bloomberg 57,75 44 49 54 59 ab r/ 17 mai/17 jun /17 ju l/17 ag o /17 se t/17 o u t/17
Petróleo
Brent - última cotação US$
Aversão ao Risco
Mesmo diante do fortalecimento dos indicadores relacionados à economia dos EUA, observou-se uma menor aversão ao risco na semana. O prêmio do CDS de cinco anos para a economia brasileira recuou 11 pts., encerrando aos 170 pts. – o menor patamar desde dezembro de 2014. Considerando o período de 30 dias, a retração é da ordem de 31 pts. Já o EMBI, índice que acompanha o spread dos retornos dos títulos soberanos de países emergentes, teve uma queda de quatro pts., encerrando em 316 pts.. Quanto à cotação do petróleo, o preço do barril do tipo Brent apresentou uma alta de 1,0%, terminado cotado a US$ 57,75. Contribuiu para esse movimento a queda acima da esperada dos estoques da commodity nos EUA.
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
316 310 320 330 340 350 ab r/ 17 mai/17 jun /17 ju l/17 ag o /17 se t/17 o ut/1 7
EMBI
Pontos-base Fonte: Bloomberg -11 0 3 2 -2 -8 1 -31 0 9 -12 -6 -7 -16 Bras il Fr an ça Es p an h a Á fri ca d o S u l Ch ile Mé xi co R ú ss iaCredit Default Swap (CDS)
Variação em pontos base
Na semana No mês
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
O índice do Banco Central que acompanha a atividade econômica (IBC-Br) interrompeu a trajetória de alta observada nos últimos dois meses ao registrar uma queda de 0,38%, com ajuste sazonal. Maior do que a antecipada pelos analistas econômicos, a variação reflete as quedas observadas nas pesquisas referentes à produção industrial, comércio e serviços, que compõem o IBC-Br. Para o mês de jul/17, houve uma revisão para baixo, de 0,41% para 0,36%. O número corrobora a percepção das dificuldades do processo de recuperação econômica. Entretanto, a expectativa é que a variação em setembro seja positiva, como apontariam os números da produção e venda de veículos, do fluxo de caminhões, da confiança da indústria e do consumidor e do consumo de energia para o mês. No acumulado em 12 meses, observa-se uma retração de 1,08%, ante -5,4% em ago/16. Já para o ano de 2017, observa-se uma alta de 1,8%, enquanto que no mesmo período de 2016, a retração era de 2,7%.
Fonte: BCB
IBC-Br – ago/17
Informativo Assessoria Econômica 13 a 20 de outubro de 2017| www.abbc.org.br
-0,51% -0,02% -0,21% 0,06% -0,20% 0,48% 1,33% -0,40% 0,16% -0,19% 0,47% 0,36% -0,38% ag o /16 se t/16 o u t/16 n o v/16 d e z/16 jan /17 fev/17 mar/ 17 ab r/ 17 mai/17 jun /17 ju l/17 ag o /17
IBC-Br
Variação mensal - com ajuste sazonal
-1,08% -8% -6% -4% -2% 0% 2% 4% 6% 8% ag o /11 fev/12 ago /12 fev/13 ago /13 fev/14 ago /14 fev/15 ago /15 fev/16 ago /16 fev/17 ago /17
Acumulado em 12 meses
Fonte: BCBCOMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
Em agosto, foi registrada uma queda de 1,0% no volume de serviços prestados no Brasil, segundo os dados dessazonalizados da PMS. Na abertura, o pior desempenho foi observado para os serviços prestados à família, que se contraíram em 4,8%. Já os serviços profissionais e administrativos registraram uma alta de 1,6% no mês. Comparando com o mesmo mês de 2016, observa-se uma retração de 2,4%, enquanto que no acumulado em 12 meses a baixa é da ordem de 4,6%. A receita nominal dos serviços prestados também apresentou queda, de 0,6% na margem para os dados com ajuste sazonal. No acumulado em 12 meses, a receita encerrou com um aumento de 0,7%, ante o avanço de 0,2% observado em ago/16.
Fonte: IBGE
Fonte: IBGE Fonte: IBGE
PMS – ago/17
Informativo Assessoria Econômica 13 a 20 de outubro de 2017| www.abbc.org.br
0,0% -0,8% -1,5% 0,9% 0,4% 2,1% 0,2% -1,4% 0,8%1,0%1,1% -0,4% -0,6% ago /16 se t/16 o u t/16 n o v/16 d e z/16 jan /17 fev/17 mar/17 abr/ 17 mai/17 jun /17 ju l/17 ago /17
Receita Nominal
Variação mensal – com ajuste sazonal
1,0% 0,7% 1,6% 0,3% -4,8% -1,0% -2,7% -0,7% -1,9% -0,8% 0,8% -0,8% Outros Transp., auxiliares e correio Profissionais, adm e compl. Informação e comunicação Prestados à família Geral
Volume por segmento
Com ajuste sazonal jul/17
ago/17 -0,9% -0,5% -2,1% 0,3%0,3%0,2%0,2% -2,4% 1,1% 0,3% 1,3% -0,8% -1,0% ago /16 se t/16 o u t/16 n o v/16 d e z/16 jan /17 fev/17 mar/17 abr/ 17 mai/17 jun /17 ju l/17 ago /17
Índice de Volume
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
No mês de setembro, a Receita Federal arrecadou um total de R$ 105,6 bilhões em tributos. Na margem, houve um aumento de 1,3%. Em termos reais, esse montante representa uma elevação de 8,7% em relação ao verificado no mesmo período de 2016. No ano de 2017, a evolução real já acumula um avanço de 2,4%. Quanto à arrecadação acumulada em 12 meses, prossegue a tendência de alta, com o mês encerrando com um aumento real de 4,6%, ante a retração de 8,4% observada em set/16. Esse comportamento positivo reflete a relativa retomada da atividade econômica, além dos efeitos dos aumentos das contribuições sociais sobre os combustíveis. Em termos nominais, o PIS/Cofins tiveram aumentos de mais de 10% cada em relação ao arrecadado em set/16. Com isso, foi intensificada a trajetória de melhora da evolução real em 12 meses, com a Cofins encerrando com uma queda de 1,1% (ante -2,15 em agosto e -8,3% em set/16) e o PIS terminando com uma retração de 0,8% (ante -2,1% em agosto e -8,4% em set/16).
Fonte: Receita Federal
Fonte: Receita Federal Fonte: Receita Federal
Arrecadação Federal – set/17
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94,8 148,7 102,2 127,6 137,4 92,4 99,0 118,0 97,7 104,1 109,9 104,2 105,6 se t/16 o ut/1 6 n o v/16 d e z/16 jan /17 fev/ 17 mar/17 ab r/ 17 mai/17 jun /17 ju l/17 ag o /17 se t/17
Impostos + Previdência
Em R$ bi 4,6% -10% -8% -6% -4% -2% 0% 2% 4% 6% se t/15 n o v/15 jan /16 mar/16 mai/16 ju l/16 se t/16 n o v/16 jan /17 mar/17 mai/17 ju l/17 se t/17Acumulado em 12 meses
Em termos reais -1,1% -0,8% -9% -8% -7% -6% -5% -4% -3% -2% -1% 0%set/15 mar/16 set/16 mar/17 set/17
PIS/Cofins
Acumulado em 12 meses – em termos reais
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
Segundo os dados do Caged, em setembro foram criadas 34,4 mil vagas de trabalho, resultado de 1,15 milhão de admissões e 1,11 milhão de demissões. Com isso, o saldo acumulado em 2017 é positivo em 141 mil postos de trabalho, enquanto que no mesmo período de 2016 o saldo havia sido negativo em 718 mil ocupações. Dentre os grupos, destaque para os setores agropecuário, de serviços e a indústria, com saldos de 97,2 mil, 78,2 mil e 76,3 mil postos de trabalho, respectivamente. O setor que mais fechou vagas no ano foi o de comércio, com um saldo negativo de 87,9 mil. No acumulado em 12 meses, a geração de empregos encerrou negativa em 513,1 mil vagas, uma expressiva melhora em relação ao mesmo período de 2016, quando o contingente negativo estava quase três vezes maior (-1,6 milhão). Quanto à evolução dos salários, nota-se que persiste a defasagem entre as remunerações quando da admissão e da demissão, com a média móvel semestral da proporção ficando em 87,5%, abaixo dos níveis vistos nos últimos anos.
Fonte: MTE
Fonte: MTE Fonte: MTE
Caged – set/17
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1.252 827 730 -730 -718 141 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Saldo de emprego
Em milhares - acumulado jan-set
-0,51 -2,5 -2,0 -1,5 -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 se t/1 2 mar /13 se t/1 3 mar/14 se t/14 mar/15 se t/15 mar/16 se t/16 mar/17 se t/17
Geração de empregos
Acumulada em 12 meses (milhões)
87,5% 85% 88% 90% 93% 95% se t/11 mar/12 se t/12 mar/13 se t/13 mar/14 se t/14 mar/15 se t/15 mar/16 se t/16 mar /17 se t/17
Salários reais
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
Em setembro, os desembolsos do BNDES
totalizaram R$ 5,0 bilhões, com uma alta de 6,4% em relação a agosto e uma queda de 25,2% em comparação set/16. No acumulado do ano, o total de liberações ficou em R$ 50,0 bilhões, patamar 19,2% inferior ao registrado no mesmo período de 2016. Desse total, 10% correspondem aos recursos liberados para a linha de capital de giro, a qual vem apresentando um expressivo crescimento. Também em expansão, as linhas Finame e Automático demonstram que há um maior apetite por operações de menor volume em detrimento do financiamento de grandes projetos. Isso pode ser observado na abertura dos desembolsos, aonde os setores de infraestrutura, indústria e comércio e serviços exibem retrações anuais de 31,2%, 37,3% e 28,0%, respectivamente. Quanto às consultas prévias, que sinalizam o apetite por recursos do banco, houve uma reversão da trajetória de recuperação que vinha sendo observada desde junho, com o acumulado em 12 meses encerrando em R$ 100,4 bilhões, 14,3% abaixo do visto em set/16.
Fonte: BNDES
Fonte: BNDES Fonte: BNDES
BNDES – set/17
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13,9% -37,3% -31,2% -28,0% -60% -50% -40% -30% -20% -10% 0% 10% 20% jan /16 mar/16 mai/16 ju l/16 se t/16 n o v/16 jan /17 mar/17 mai/17 ju l/17 se t/17
Desembolsos por Setor
Variação acumulada em 12 meses
Agropecuária Indústria
Infraestrutura Comércio e Serviços
129,6 94,4 62,2 50,0 2014 2015 2016 2017
Desembolsos
Acumulados no ano (jan a set) - R$ bilhões
100,4 95 100 105 110 115 120 125 130 jan /16 m ar/ 16 mai/16 ju l/16 se t/16 n o v/16 jan /17 m ar/ 17 mai/17 ju l/17 se t/17
Consultas Prévias
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
Em setembro, os indicadores da Serasa Experian para a demanda por crédito apontaram retrações. Para a demanda do consumidor por crédito, foi
observada uma baixa de 6,9% no mês.
Entretanto, no acumulado em 12 meses, o indicador segue em trajetória positiva ao encerrar com uma alta de 4,7%, ante a neutralidade vista em set/16. No que tange às empresas, o cenário é mais negativo. No mês, observou-se uma queda de 7,3%, enquanto que em 12 meses persiste a tendência negativa uma vez que o indicador terminou com uma retração de 5,0%, ante o movimento positivo -1,4% em set/16. Na abertura de acordo com o porte das empresas, destaque para a expressiva queda das micro e pequenas (-7,4%), ante a alta de 5,05 vista no mês anterior. As médias e as grandes registraram baixas de 4,5% e de 2,2%, respectivamente.
Fonte: Serasa Experian
Fonte: Serasa Experian Fonte: Serasa Experian
Demanda por Crédito – set/17
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-1,6% -7,2% 20,7% -15,1% 18,6% 2,2% -1,6% 5,9% -6,9% 12,6% -6,4% 15,3% -12,2% 12,3% -6,6% 6,6% 4,8% -7,3% jan -17 fev-17 mar-17 ab r-17 mai-17 jun -17 ju l-17 ag o -17 se t-17
Variação mensal
Consumidor Empresas 4,7% -5,0% -10% -8% -6% -4% -2% 0% 2% 4% 6% 8% se t-12 mar-13 se t-13 mar-14 se t-14 mar-15 se t-15 mar-16 se t-16 mar-17 se t-17Acumulado em 12 meses
Consumidor Empresas 5,0% -0,3% -0,2% 4,8% -7,4% -4,5% -2,2% -7,3% MPE Médias Grandes TotalVariaçao mensal
Por porte de empresa
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
Em agosto, o indicador de formação bruta de capital fixo (FBKF), elaborado pelo Ipea, se mostrou praticamente estável ao apresentar uma ligeira queda de 0,1% na margem, segundo os dados dessazonalizados. Terminando aos 141 pts., o indicador esboça uma trajetória de melhora desde junho. Na abertura, destaque para a queda de 2,3% para a construção civil, ante o aumento na mesma medida observado em julho.
Já o consumo aparente de máquinas e
equipamentos apresentou uma alta de 1,8% no mês, ante a retração de 0,9% em junho. No acumulado em 12 meses, este último também mostra uma trajetória de melhora ao encerrar com uma queda de 4,8%, ante a retração de -24,5% observada em ago/16. Já a construção civil encerrou com uma queda de 6,7%, melhorando levemente em relação ao mesmo mês de 2016 (-7,8%). Assim, para o índice cheio, foi registrada uma baixa de 0,9% em 12 meses, melhorando significativamente em relação ao observado um ano atrás (-14,3%).
Fonte: Ipea
Fonte: Ipea Fonte: Ipea
Formação Bruta de Capital Fixo – ago/17
Informativo Assessoria Econômica 13 a 20 de outubro de 2017| www.abbc.org.br
-6,7% -0,9% -4,8% -30,0% -25,0% -20,0% -15,0% -10,0% -5,0% 0,0% 5,0% 10,0% ag o /12 fev/ 13 ag o /13 fev/ 14 ag o /14 fev/ 15 ag o /15 fev/ 16 ag o /16 fev/ 17 ag o /17
Evolução
Acumulada em 12 meses Construção Civil Máquinas e Equipamentos Indicador FBKF 2,3% -0,9% 1,3% -2,3% 1,8% -0,1% Construção Civil Máquinas e Equipamentos Indicador FBKFAbertura
Variação mensal - com ajuste sazonal
jul/17 ago/17 141 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 ag o /12 jan /13 ju n /13 n o v/13 ab r/ 14 se t/14 fev/15 jul/15 dez/15 mai/16 ou t/16 mar/17 ago /17