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SEMERJ www.semerj.org.br semerj@semerj.org.br Caso sua instituição ainda

não seja associada ao SEMERJ, visite nosso site

e descubra as vantagens em associar-se ao Sindicato das Entidades Mantenedoras do Estado do Rio de Janeiro. Lembramos que prestamos atendimento jurídico especializado para todas as instituições associadas às terças-feiras mediante pré-agendamento através do telefone n. (21) 3852-0577. Covac Sociedade de Advogados www.advcovac.com.br advcovac@advcovac.com.br

Covac Educação & Soluções Clipping 19/07/2012

Clipping de Notícias Educacionais

Fontes: Valor e iG.

Ministério da Educação muda data de prova do Enade 2012

Foi adiada por uma semana – de 18 para 25 de novembro – a data de aplicação do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), componente curricular obrigatório para os cursos de graduação. A edição 2012 terá alcance ampliado: fazem a prova os alunos com expectativa de terminar o curso até julho de 2013 e os estudantes concluintes que tiverem atingido mais de 80% da carga horária mínima do currículo até agosto deste ano.De 21 a 28 de agosto, os estudantes devem conferir se estão inscritos para a prova, que este ano abrange nove cursos da UFMG – administração, ciências contábeis, ciências econômicas, comunicação social, design, direito, psicologia, relações internacionais e turismo.

Já no período de 26 de outubro a 25 de novembro, os inscritos devem responder questionário que estará disponível na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Após esse procedimento, cada estudante será informado sobre o próprio local de prova.

“A prova do Enade é tão importante quanto uma disciplina curricular obrigatória, ou seja, sem ela os estudantes desses cursos estarão impedidos de colar grau no final deste ano e no primeiro semestre de 2013”, esclarece a professora Maria do Carmo Lacerda Peixoto, diretora de Avaliação Institucional da UFMG.

O Enade avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação, ingressantes e concluintes, em relação aos conteúdos programáticos dos cursos em que estão matriculados. Os ingressantes são todos aqueles matriculados em 2012, e sua inscrição é feita pela instituição de ensino, mas estão dispensados da realização da prova, porque é contabilizada a nota por eles obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Os resultados do Enade são utilizados pelo MEC na elaboração do Índice Geral de Cursos (IGC) e do Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicadores de qualidade de instituições de ensino e de seus cursos superiores. Aplicado anualmente pelo Inep, o exame integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), criado em 2004 e que, além da avaliação estudantil, também contempla cursos e instituições. A professora Maria do Carmo Lacerda Peixoto alerta que participar do Enade deve ser do interesse do estudante, pois embora não resulte em

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pontuação no seu histórico escolar, ele contribui para a nota do curso e da instituição de origem com base no resultado da prova.

Como lembra o próprio site do exame, “ter diploma de um curso bem conceituado significa maior aceitação no mercado de trabalho e mais oportunidade de construir carreira de sucesso”. A professora comenta que o bom desempenho dos estudantes de um curso no Enade demonstra a qualidade desse curso, “o que é importante tanto para a instituição de ensino, quanto para o aluno”. O desempenho insatisfatório de um curso nas avaliações leva o MEC a determinar desde medidas de enfoque corretivo dos problemas até abertura de processo administrativo para aplicação de penalidades.

Para governo, reajuste salarial de professores supera a inflação

O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, declarou nesta quarta-feira, em nota, que o Brasil vive um "momento econômico delicado" para conceder aumentos salariais, mas que o governo está disposto a dar reajustes "acima da inflação" aos professores da rede pública federal até 2015.

Docentes de 57 das 59 instituições federais estão em greve há dois meses. "Estamos em um momento econômico delicado, mas continuamos a valorizar os professores, porque a prioridade do governo é a educação", disse Mendonça. "A valorização dos docentes não começou hoje, não começou este ano. A reestruturação da carreira dos professores vem acontecendo desde 2003, com recomposição salarial ano após ano".

Em resposta à manifestação realizada neste quarta-feira na Esplanada dos Ministérios, o secretário disse que a negociação com os professores "mantém a política de valorização da carreira", que teria sido iniciada no governo Lula, em 2003. "Desde este período, os professores vêm recebendo aumentos reais de salário, recompondo as perdas de vencimentos acumuladas em décadas passadas", afirma a nota.

O Planejamento declarou que a prioridade do governo federal é "qualificar a educação". Os reajustes, segundo o ministério, chegam a 77,27% acima da inflação até 2015 para docentes das universidades; e 75,48% para professores dos institutos tecnológicos. "Em 2015, o salário dos docentes titulares com dedicação exclusiva chegará a R$ 17.057,74", informou, em nota, o ministério.

Os cálculos, segundo o secretário, consideram a inflação do período desde janeiro de 2003, e têm como base índices estimados de 4,7% em 2012 e 4,5% previstos para 2013, 2014 e 2015.

Greve nas federais é resultado da expansão das universidades

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Como entender a greve que paralisou quase a totalidade das universidades federais, ficou em segundo plano nas editorias da grande imprensa e só veio fazer, efetivamente, parte da pauta do debate nacional depois que o governo apresentou sua proposta, quase dois meses depois de seu início?

No governo Fernando Henrique houve greve nas federais praticamente todos os anos. A era Lula foi diferente, com movimentos pontuais, e nenhum movimento colocou em risco um semestre inteiro de milhares de alunos.

Mas foi durante a gestão de Lula que ocorreu a gestação desta que é a maior greve, em volume de alunos prejudicados, que as federais já passaram em toda sua história. Se a ampliação do orçamento do Ministério da Educação, logo no início do governo Lula, satisfez parte das lutas históricas dos professores, logo esta ampliação foi direcionada para a expansão de vagas no ensino superior.

Passamos de 45 para 59 federais no Brasil. Todas as universidades que já existiam fizeram opção por entrar no Reuni e abriram mais de 120 câmpus em cidades polo de todo o Brasil.

Ótimo. Mas, com a expansão, que ainda é necessária para incluirmos mais brasileiros no ensino superior público, seria necessário que tivéssemos orçamento ainda maior e uma melhor gestão das instituições. Não foi exatamente o que aconteceu. Na Unifesp Guarulhos falta refeitório. Na UFABC não há laboratório. Na UFRJ falta hospital universitário para os alunos da Medicina de Macaé. Os hospitais universitários de quase todas as federais apresentam processo de sucateamento. Por todo lugar que procuramos é fácil achar, nos novos câmpus, obras inacabadas ou nem iniciadas, equipamentos que não chegam, bibliotecas defasadas.

Ou o governo federal fez a opção de fazer universidade de segunda linha para a inclusão ou a decisão política do governo de expandir o ensino superior não foi consensual em todas as áreas da administração, sobretudo dos mandatários do Planejamento e das Finanças.

Esta expansão incluiu milhares de professores nas universidades e criou conflitos brancos, que não aparecem aos olhos da população acadêmica, mas que amarga os novos professores. Entraram na base da carreira. Hoje, o piso do professor, em início de carreira, para 20 horas semanais, é de cerca de R$ 1.500. Sim, existem salários maiores para professores novos, mas nada perto dos R$ 12.000 divulgados pelo governo, com possibilidade de chegar aos R$ 17.000 em 2015.

Mesmo com salários menores, estes professores têm que manter aulas da mesma forma que os que estão há mais tempo e com remuneração maior. São eles que estão nos novos câmpus, – aqueles com mais dificuldades –, mais distantes de suas famílias. Dentro da estrutura das universidades que já

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q j existiam, em geral é para eles que sobra o trabalho de cumprir uma das metas do Reuni, a de ter 18 alunos por professor nas universidades publicas federais. Naturalmente, a organização acadêmica deixa as maiores dificuldades para quem chega depois. E esta geração de novos professores vê frustrada, por tempo, estrutura e financiamento, suas expectativas de desenvolvimento de pesquisa e de extensão universitária. Aliás, essa é uma das armadilhas da proposta feita pelo governo, que atrela os níveis de carreira, além do tempo de serviço, a aperfeiçoamento, especialização, mestrado e doutorado. Mas, já que a proposta aumenta o tempo de aula de cada professor, deixa-os com pouco tempo para essas atividades, sobretudo se precisarem complementar seus salários com

outros trabalhos. Sobre a proposta salarial do governo é claramente notável que o

governo mentiu sobre os números. O aumento de 45% não é verdadeiro. Ele só existe para o topo da carreira, lugar em que a maioria dos professores nunca chegará. A média dos aumentos propostos é de pouco menos de 29%, a ser paga, efetiva e integralmente, só em 2015.

Ora, se o último aumento para os professores foi em junho de 2010 (os 4% deste ano já estão no cálculo do aumento), e a economia continuar da forma que está, teremos uma inflação de pelo menos 5% ao ano. E, com uma simples conta de juros compostos, podemos ver que o aumento real, médio, do professor, será de algo entre 6% e 7%.

Em alguns casos, o salário proposto pelo governo deve baixar. É o caso do professor em início de carreira, que deve passar a ganhar R$ 1.800 em 2015, valor que não cobre a inflação do período.

A expansão do ensino superior deveria continuar entre as pautas do governo Dilma, pelo bem do País.

Para cumprir o anúncio que fez em agosto de 2011 – de criar quatro universidades federais, 47 câmpus e 208 institutos federais – o governo tem que tratar educação como prioridade e colocar o Brasil em um caminho sustentado para o desenvolvimento. Prioridade, neste caso, significa também definir prioridades orçamentárias. Se a Dilma vetar os 10% do PIB para a educação previstos no novo Plano Nacional de Educação (PNE), saberemos que a expansão do ensino superior, como a de outros níveis, foi organizada para fazer parte de um número, e não de uma política pública que ajude a tirar o País da miséria.

Caso sua instituição ainda não seja associada ao SEMERJ, visite nosso site – www.semerj.org.br – e descubra as vantagens em associar-se ao Sindicato das Entidades Mantenedoras do Estado do Rio de Janeiro.

O SEMERJ respeita a sua privacidade. Este email lhe foi encaminhado pois seu endereço consta do nosso banco de dados. Caso deseje não mais receber nossos informativos, envie uma mensagem para informativo@semerj.org.br com o assunto REMOVER.

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SEMERJ www.semerj.org.br semerj@semerj.org.br Caso sua instituição ainda

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Covac Educação & Soluções Clipping 19/07/2012

Clipping de Notícias Educacionais

Fontes: Valor e iG.

Ministério da Educação muda data de prova do Enade 2012

Foi adiada por uma semana – de 18 para 25 de novembro – a data de aplicação do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), componente curricular obrigatório para os cursos de graduação. A edição 2012 terá alcance ampliado: fazem a prova os alunos com expectativa de terminar o curso até julho de 2013 e os estudantes concluintes que tiverem atingido mais de 80% da carga horária mínima do currículo até agosto deste ano.De 21 a 28 de agosto, os estudantes devem conferir se estão inscritos para a prova, que este ano abrange nove cursos da UFMG – administração, ciências contábeis, ciências econômicas, comunicação social, design, direito, psicologia, relações internacionais e turismo.

Já no período de 26 de outubro a 25 de novembro, os inscritos devem responder questionário que estará disponível na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Após esse procedimento, cada estudante será informado sobre o próprio local de prova.

“A prova do Enade é tão importante quanto uma disciplina curricular obrigatória, ou seja, sem ela os estudantes desses cursos estarão impedidos de colar grau no final deste ano e no primeiro semestre de 2013”, esclarece a professora Maria do Carmo Lacerda Peixoto, diretora de Avaliação Institucional da UFMG.

O Enade avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação, ingressantes e concluintes, em relação aos conteúdos programáticos dos cursos em que estão matriculados. Os ingressantes são todos aqueles matriculados em 2012, e sua inscrição é feita pela instituição de ensino, mas estão dispensados da realização da prova, porque é contabilizada a nota por eles obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Os resultados do Enade são utilizados pelo MEC na elaboração do Índice Geral de Cursos (IGC) e do Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicadores de qualidade de instituições de ensino e de seus cursos superiores. Aplicado anualmente pelo Inep, o exame integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), criado em 2004 e que, além da avaliação estudantil, também contempla cursos e instituições. A professora Maria do Carmo Lacerda Peixoto alerta que participar do Enade deve ser do interesse do estudante, pois embora não resulte em

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pontuação no seu histórico escolar, ele contribui para a nota do curso e da instituição de origem com base no resultado da prova.

Como lembra o próprio site do exame, “ter diploma de um curso bem conceituado significa maior aceitação no mercado de trabalho e mais oportunidade de construir carreira de sucesso”. A professora comenta que o bom desempenho dos estudantes de um curso no Enade demonstra a qualidade desse curso, “o que é importante tanto para a instituição de ensino, quanto para o aluno”. O desempenho insatisfatório de um curso nas avaliações leva o MEC a determinar desde medidas de enfoque corretivo dos problemas até abertura de processo administrativo para aplicação de penalidades.

Para governo, reajuste salarial de professores supera a inflação

O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, declarou nesta quarta-feira, em nota, que o Brasil vive um "momento econômico delicado" para conceder aumentos salariais, mas que o governo está disposto a dar reajustes "acima da inflação" aos professores da rede pública federal até 2015.

Docentes de 57 das 59 instituições federais estão em greve há dois meses. "Estamos em um momento econômico delicado, mas continuamos a valorizar os professores, porque a prioridade do governo é a educação", disse Mendonça. "A valorização dos docentes não começou hoje, não começou este ano. A reestruturação da carreira dos professores vem acontecendo desde 2003, com recomposição salarial ano após ano".

Em resposta à manifestação realizada neste quarta-feira na Esplanada dos Ministérios, o secretário disse que a negociação com os professores "mantém a política de valorização da carreira", que teria sido iniciada no governo Lula, em 2003. "Desde este período, os professores vêm recebendo aumentos reais de salário, recompondo as perdas de vencimentos acumuladas em décadas passadas", afirma a nota.

O Planejamento declarou que a prioridade do governo federal é "qualificar a educação". Os reajustes, segundo o ministério, chegam a 77,27% acima da inflação até 2015 para docentes das universidades; e 75,48% para professores dos institutos tecnológicos. "Em 2015, o salário dos docentes titulares com dedicação exclusiva chegará a R$ 17.057,74", informou, em nota, o ministério.

Os cálculos, segundo o secretário, consideram a inflação do período desde janeiro de 2003, e têm como base índices estimados de 4,7% em 2012 e 4,5% previstos para 2013, 2014 e 2015.

Greve nas federais é resultado da expansão das universidades

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Como entender a greve que paralisou quase a totalidade das universidades federais, ficou em segundo plano nas editorias da grande imprensa e só veio fazer, efetivamente, parte da pauta do debate nacional depois que o governo apresentou sua proposta, quase dois meses depois de seu início?

No governo Fernando Henrique houve greve nas federais praticamente todos os anos. A era Lula foi diferente, com movimentos pontuais, e nenhum movimento colocou em risco um semestre inteiro de milhares de alunos.

Mas foi durante a gestão de Lula que ocorreu a gestação desta que é a maior greve, em volume de alunos prejudicados, que as federais já passaram em toda sua história. Se a ampliação do orçamento do Ministério da Educação, logo no início do governo Lula, satisfez parte das lutas históricas dos professores, logo esta ampliação foi direcionada para a expansão de vagas no ensino superior.

Passamos de 45 para 59 federais no Brasil. Todas as universidades que já existiam fizeram opção por entrar no Reuni e abriram mais de 120 câmpus em cidades polo de todo o Brasil.

Ótimo. Mas, com a expansão, que ainda é necessária para incluirmos mais brasileiros no ensino superior público, seria necessário que tivéssemos orçamento ainda maior e uma melhor gestão das instituições. Não foi exatamente o que aconteceu. Na Unifesp Guarulhos falta refeitório. Na UFABC não há laboratório. Na UFRJ falta hospital universitário para os alunos da Medicina de Macaé. Os hospitais universitários de quase todas as federais apresentam processo de sucateamento. Por todo lugar que procuramos é fácil achar, nos novos câmpus, obras inacabadas ou nem iniciadas, equipamentos que não chegam, bibliotecas defasadas.

Ou o governo federal fez a opção de fazer universidade de segunda linha para a inclusão ou a decisão política do governo de expandir o ensino superior não foi consensual em todas as áreas da administração, sobretudo dos mandatários do Planejamento e das Finanças.

Esta expansão incluiu milhares de professores nas universidades e criou conflitos brancos, que não aparecem aos olhos da população acadêmica, mas que amarga os novos professores. Entraram na base da carreira. Hoje, o piso do professor, em início de carreira, para 20 horas semanais, é de cerca de R$ 1.500. Sim, existem salários maiores para professores novos, mas nada perto dos R$ 12.000 divulgados pelo governo, com possibilidade de chegar aos R$ 17.000 em 2015.

Mesmo com salários menores, estes professores têm que manter aulas da mesma forma que os que estão há mais tempo e com remuneração maior. São eles que estão nos novos câmpus, – aqueles com mais dificuldades –, mais distantes de suas famílias. Dentro da estrutura das universidades que já

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q j existiam, em geral é para eles que sobra o trabalho de cumprir uma das metas do Reuni, a de ter 18 alunos por professor nas universidades publicas federais. Naturalmente, a organização acadêmica deixa as maiores dificuldades para quem chega depois. E esta geração de novos professores vê frustrada, por tempo, estrutura e financiamento, suas expectativas de desenvolvimento de pesquisa e de extensão universitária. Aliás, essa é uma das armadilhas da proposta feita pelo governo, que atrela os níveis de carreira, além do tempo de serviço, a aperfeiçoamento, especialização, mestrado e doutorado. Mas, já que a proposta aumenta o tempo de aula de cada professor, deixa-os com pouco tempo para essas atividades, sobretudo se precisarem complementar seus salários com

outros trabalhos. Sobre a proposta salarial do governo é claramente notável que o

governo mentiu sobre os números. O aumento de 45% não é verdadeiro. Ele só existe para o topo da carreira, lugar em que a maioria dos professores nunca chegará. A média dos aumentos propostos é de pouco menos de 29%, a ser paga, efetiva e integralmente, só em 2015.

Ora, se o último aumento para os professores foi em junho de 2010 (os 4% deste ano já estão no cálculo do aumento), e a economia continuar da forma que está, teremos uma inflação de pelo menos 5% ao ano. E, com uma simples conta de juros compostos, podemos ver que o aumento real, médio, do professor, será de algo entre 6% e 7%.

Em alguns casos, o salário proposto pelo governo deve baixar. É o caso do professor em início de carreira, que deve passar a ganhar R$ 1.800 em 2015, valor que não cobre a inflação do período.

A expansão do ensino superior deveria continuar entre as pautas do governo Dilma, pelo bem do País.

Para cumprir o anúncio que fez em agosto de 2011 – de criar quatro universidades federais, 47 câmpus e 208 institutos federais – o governo tem que tratar educação como prioridade e colocar o Brasil em um caminho sustentado para o desenvolvimento. Prioridade, neste caso, significa também definir prioridades orçamentárias. Se a Dilma vetar os 10% do PIB para a educação previstos no novo Plano Nacional de Educação (PNE), saberemos que a expansão do ensino superior, como a de outros níveis, foi organizada para fazer parte de um número, e não de uma política pública que ajude a tirar o País da miséria.

Caso sua instituição ainda não seja associada ao SEMERJ, visite nosso site – www.semerj.org.br – e descubra as vantagens em associar-se ao Sindicato das Entidades Mantenedoras do Estado do Rio de Janeiro.

O SEMERJ respeita a sua privacidade. Este email lhe foi encaminhado pois seu endereço consta do nosso banco de dados. Caso deseje não mais receber nossos informativos, envie uma mensagem para informativo@semerj.org.br com o assunto REMOVER.

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Covac Educação & Soluções Clipping 19/07/2012

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Ministério da Educação muda data de prova do Enade 2012

Foi adiada por uma semana – de 18 para 25 de novembro – a data de aplicação do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), componente curricular obrigatório para os cursos de graduação. A edição 2012 terá alcance ampliado: fazem a prova os alunos com expectativa de terminar o curso até julho de 2013 e os estudantes concluintes que tiverem atingido mais de 80% da carga horária mínima do currículo até agosto deste ano.De 21 a 28 de agosto, os estudantes devem conferir se estão inscritos para a prova, que este ano abrange nove cursos da UFMG – administração, ciências contábeis, ciências econômicas, comunicação social, design, direito, psicologia, relações internacionais e turismo.

Já no período de 26 de outubro a 25 de novembro, os inscritos devem responder questionário que estará disponível na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Após esse procedimento, cada estudante será informado sobre o próprio local de prova.

“A prova do Enade é tão importante quanto uma disciplina curricular obrigatória, ou seja, sem ela os estudantes desses cursos estarão impedidos de colar grau no final deste ano e no primeiro semestre de 2013”, esclarece a professora Maria do Carmo Lacerda Peixoto, diretora de Avaliação Institucional da UFMG.

O Enade avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação, ingressantes e concluintes, em relação aos conteúdos programáticos dos cursos em que estão matriculados. Os ingressantes são todos aqueles matriculados em 2012, e sua inscrição é feita pela instituição de ensino, mas estão dispensados da realização da prova, porque é contabilizada a nota por eles obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Os resultados do Enade são utilizados pelo MEC na elaboração do Índice Geral de Cursos (IGC) e do Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicadores de qualidade de instituições de ensino e de seus cursos superiores. Aplicado anualmente pelo Inep, o exame integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), criado em 2004 e que, além da avaliação estudantil, também contempla cursos e instituições. A professora Maria do Carmo Lacerda Peixoto alerta que participar do Enade deve ser do interesse do estudante, pois embora não resulte em

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pontuação no seu histórico escolar, ele contribui para a nota do curso e da instituição de origem com base no resultado da prova.

Como lembra o próprio site do exame, “ter diploma de um curso bem conceituado significa maior aceitação no mercado de trabalho e mais oportunidade de construir carreira de sucesso”. A professora comenta que o bom desempenho dos estudantes de um curso no Enade demonstra a qualidade desse curso, “o que é importante tanto para a instituição de ensino, quanto para o aluno”. O desempenho insatisfatório de um curso nas avaliações leva o MEC a determinar desde medidas de enfoque corretivo dos problemas até abertura de processo administrativo para aplicação de penalidades.

Para governo, reajuste salarial de professores supera a inflação

O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, declarou nesta quarta-feira, em nota, que o Brasil vive um "momento econômico delicado" para conceder aumentos salariais, mas que o governo está disposto a dar reajustes "acima da inflação" aos professores da rede pública federal até 2015.

Docentes de 57 das 59 instituições federais estão em greve há dois meses. "Estamos em um momento econômico delicado, mas continuamos a valorizar os professores, porque a prioridade do governo é a educação", disse Mendonça. "A valorização dos docentes não começou hoje, não começou este ano. A reestruturação da carreira dos professores vem acontecendo desde 2003, com recomposição salarial ano após ano".

Em resposta à manifestação realizada neste quarta-feira na Esplanada dos Ministérios, o secretário disse que a negociação com os professores "mantém a política de valorização da carreira", que teria sido iniciada no governo Lula, em 2003. "Desde este período, os professores vêm recebendo aumentos reais de salário, recompondo as perdas de vencimentos acumuladas em décadas passadas", afirma a nota.

O Planejamento declarou que a prioridade do governo federal é "qualificar a educação". Os reajustes, segundo o ministério, chegam a 77,27% acima da inflação até 2015 para docentes das universidades; e 75,48% para professores dos institutos tecnológicos. "Em 2015, o salário dos docentes titulares com dedicação exclusiva chegará a R$ 17.057,74", informou, em nota, o ministério.

Os cálculos, segundo o secretário, consideram a inflação do período desde janeiro de 2003, e têm como base índices estimados de 4,7% em 2012 e 4,5% previstos para 2013, 2014 e 2015.

Greve nas federais é resultado da expansão das universidades

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Como entender a greve que paralisou quase a totalidade das universidades federais, ficou em segundo plano nas editorias da grande imprensa e só veio fazer, efetivamente, parte da pauta do debate nacional depois que o governo apresentou sua proposta, quase dois meses depois de seu início?

No governo Fernando Henrique houve greve nas federais praticamente todos os anos. A era Lula foi diferente, com movimentos pontuais, e nenhum movimento colocou em risco um semestre inteiro de milhares de alunos.

Mas foi durante a gestão de Lula que ocorreu a gestação desta que é a maior greve, em volume de alunos prejudicados, que as federais já passaram em toda sua história. Se a ampliação do orçamento do Ministério da Educação, logo no início do governo Lula, satisfez parte das lutas históricas dos professores, logo esta ampliação foi direcionada para a expansão de vagas no ensino superior.

Passamos de 45 para 59 federais no Brasil. Todas as universidades que já existiam fizeram opção por entrar no Reuni e abriram mais de 120 câmpus em cidades polo de todo o Brasil.

Ótimo. Mas, com a expansão, que ainda é necessária para incluirmos mais brasileiros no ensino superior público, seria necessário que tivéssemos orçamento ainda maior e uma melhor gestão das instituições. Não foi exatamente o que aconteceu. Na Unifesp Guarulhos falta refeitório. Na UFABC não há laboratório. Na UFRJ falta hospital universitário para os alunos da Medicina de Macaé. Os hospitais universitários de quase todas as federais apresentam processo de sucateamento. Por todo lugar que procuramos é fácil achar, nos novos câmpus, obras inacabadas ou nem iniciadas, equipamentos que não chegam, bibliotecas defasadas.

Ou o governo federal fez a opção de fazer universidade de segunda linha para a inclusão ou a decisão política do governo de expandir o ensino superior não foi consensual em todas as áreas da administração, sobretudo dos mandatários do Planejamento e das Finanças.

Esta expansão incluiu milhares de professores nas universidades e criou conflitos brancos, que não aparecem aos olhos da população acadêmica, mas que amarga os novos professores. Entraram na base da carreira. Hoje, o piso do professor, em início de carreira, para 20 horas semanais, é de cerca de R$ 1.500. Sim, existem salários maiores para professores novos, mas nada perto dos R$ 12.000 divulgados pelo governo, com possibilidade de chegar aos R$ 17.000 em 2015.

Mesmo com salários menores, estes professores têm que manter aulas da mesma forma que os que estão há mais tempo e com remuneração maior. São eles que estão nos novos câmpus, – aqueles com mais dificuldades –, mais distantes de suas famílias. Dentro da estrutura das universidades que já

(12)

q j existiam, em geral é para eles que sobra o trabalho de cumprir uma das metas do Reuni, a de ter 18 alunos por professor nas universidades publicas federais. Naturalmente, a organização acadêmica deixa as maiores dificuldades para quem chega depois. E esta geração de novos professores vê frustrada, por tempo, estrutura e financiamento, suas expectativas de desenvolvimento de pesquisa e de extensão universitária. Aliás, essa é uma das armadilhas da proposta feita pelo governo, que atrela os níveis de carreira, além do tempo de serviço, a aperfeiçoamento, especialização, mestrado e doutorado. Mas, já que a proposta aumenta o tempo de aula de cada professor, deixa-os com pouco tempo para essas atividades, sobretudo se precisarem complementar seus salários com

outros trabalhos. Sobre a proposta salarial do governo é claramente notável que o

governo mentiu sobre os números. O aumento de 45% não é verdadeiro. Ele só existe para o topo da carreira, lugar em que a maioria dos professores nunca chegará. A média dos aumentos propostos é de pouco menos de 29%, a ser paga, efetiva e integralmente, só em 2015.

Ora, se o último aumento para os professores foi em junho de 2010 (os 4% deste ano já estão no cálculo do aumento), e a economia continuar da forma que está, teremos uma inflação de pelo menos 5% ao ano. E, com uma simples conta de juros compostos, podemos ver que o aumento real, médio, do professor, será de algo entre 6% e 7%.

Em alguns casos, o salário proposto pelo governo deve baixar. É o caso do professor em início de carreira, que deve passar a ganhar R$ 1.800 em 2015, valor que não cobre a inflação do período.

A expansão do ensino superior deveria continuar entre as pautas do governo Dilma, pelo bem do País.

Para cumprir o anúncio que fez em agosto de 2011 – de criar quatro universidades federais, 47 câmpus e 208 institutos federais – o governo tem que tratar educação como prioridade e colocar o Brasil em um caminho sustentado para o desenvolvimento. Prioridade, neste caso, significa também definir prioridades orçamentárias. Se a Dilma vetar os 10% do PIB para a educação previstos no novo Plano Nacional de Educação (PNE), saberemos que a expansão do ensino superior, como a de outros níveis, foi organizada para fazer parte de um número, e não de uma política pública que ajude a tirar o País da miséria.

Caso sua instituição ainda não seja associada ao SEMERJ, visite nosso site – www.semerj.org.br – e descubra as vantagens em associar-se ao Sindicato das Entidades Mantenedoras do Estado do Rio de Janeiro.

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Covac Educação & Soluções Clipping 19/07/2012

Clipping de Notícias Educacionais

Fontes: Valor e iG.

Ministério da Educação muda data de prova do Enade 2012

Foi adiada por uma semana – de 18 para 25 de novembro – a data de aplicação do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), componente curricular obrigatório para os cursos de graduação. A edição 2012 terá alcance ampliado: fazem a prova os alunos com expectativa de terminar o curso até julho de 2013 e os estudantes concluintes que tiverem atingido mais de 80% da carga horária mínima do currículo até agosto deste ano.De 21 a 28 de agosto, os estudantes devem conferir se estão inscritos para a prova, que este ano abrange nove cursos da UFMG – administração, ciências contábeis, ciências econômicas, comunicação social, design, direito, psicologia, relações internacionais e turismo.

Já no período de 26 de outubro a 25 de novembro, os inscritos devem responder questionário que estará disponível na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Após esse procedimento, cada estudante será informado sobre o próprio local de prova.

“A prova do Enade é tão importante quanto uma disciplina curricular obrigatória, ou seja, sem ela os estudantes desses cursos estarão impedidos de colar grau no final deste ano e no primeiro semestre de 2013”, esclarece a professora Maria do Carmo Lacerda Peixoto, diretora de Avaliação Institucional da UFMG.

O Enade avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação, ingressantes e concluintes, em relação aos conteúdos programáticos dos cursos em que estão matriculados. Os ingressantes são todos aqueles matriculados em 2012, e sua inscrição é feita pela instituição de ensino, mas estão dispensados da realização da prova, porque é contabilizada a nota por eles obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Os resultados do Enade são utilizados pelo MEC na elaboração do Índice Geral de Cursos (IGC) e do Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicadores de qualidade de instituições de ensino e de seus cursos superiores. Aplicado anualmente pelo Inep, o exame integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), criado em 2004 e que, além da avaliação estudantil, também contempla cursos e instituições. A professora Maria do Carmo Lacerda Peixoto alerta que participar do Enade deve ser do interesse do estudante, pois embora não resulte em

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, p

pontuação no seu histórico escolar, ele contribui para a nota do curso e da instituição de origem com base no resultado da prova.

Como lembra o próprio site do exame, “ter diploma de um curso bem conceituado significa maior aceitação no mercado de trabalho e mais oportunidade de construir carreira de sucesso”. A professora comenta que o bom desempenho dos estudantes de um curso no Enade demonstra a qualidade desse curso, “o que é importante tanto para a instituição de ensino, quanto para o aluno”. O desempenho insatisfatório de um curso nas avaliações leva o MEC a determinar desde medidas de enfoque corretivo dos problemas até abertura de processo administrativo para aplicação de penalidades.

Para governo, reajuste salarial de professores supera a inflação

O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, declarou nesta quarta-feira, em nota, que o Brasil vive um "momento econômico delicado" para conceder aumentos salariais, mas que o governo está disposto a dar reajustes "acima da inflação" aos professores da rede pública federal até 2015.

Docentes de 57 das 59 instituições federais estão em greve há dois meses. "Estamos em um momento econômico delicado, mas continuamos a valorizar os professores, porque a prioridade do governo é a educação", disse Mendonça. "A valorização dos docentes não começou hoje, não começou este ano. A reestruturação da carreira dos professores vem acontecendo desde 2003, com recomposição salarial ano após ano".

Em resposta à manifestação realizada neste quarta-feira na Esplanada dos Ministérios, o secretário disse que a negociação com os professores "mantém a política de valorização da carreira", que teria sido iniciada no governo Lula, em 2003. "Desde este período, os professores vêm recebendo aumentos reais de salário, recompondo as perdas de vencimentos acumuladas em décadas passadas", afirma a nota.

O Planejamento declarou que a prioridade do governo federal é "qualificar a educação". Os reajustes, segundo o ministério, chegam a 77,27% acima da inflação até 2015 para docentes das universidades; e 75,48% para professores dos institutos tecnológicos. "Em 2015, o salário dos docentes titulares com dedicação exclusiva chegará a R$ 17.057,74", informou, em nota, o ministério.

Os cálculos, segundo o secretário, consideram a inflação do período desde janeiro de 2003, e têm como base índices estimados de 4,7% em 2012 e 4,5% previstos para 2013, 2014 e 2015.

Greve nas federais é resultado da expansão das universidades

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Como entender a greve que paralisou quase a totalidade das universidades federais, ficou em segundo plano nas editorias da grande imprensa e só veio fazer, efetivamente, parte da pauta do debate nacional depois que o governo apresentou sua proposta, quase dois meses depois de seu início?

No governo Fernando Henrique houve greve nas federais praticamente todos os anos. A era Lula foi diferente, com movimentos pontuais, e nenhum movimento colocou em risco um semestre inteiro de milhares de alunos.

Mas foi durante a gestão de Lula que ocorreu a gestação desta que é a maior greve, em volume de alunos prejudicados, que as federais já passaram em toda sua história. Se a ampliação do orçamento do Ministério da Educação, logo no início do governo Lula, satisfez parte das lutas históricas dos professores, logo esta ampliação foi direcionada para a expansão de vagas no ensino superior.

Passamos de 45 para 59 federais no Brasil. Todas as universidades que já existiam fizeram opção por entrar no Reuni e abriram mais de 120 câmpus em cidades polo de todo o Brasil.

Ótimo. Mas, com a expansão, que ainda é necessária para incluirmos mais brasileiros no ensino superior público, seria necessário que tivéssemos orçamento ainda maior e uma melhor gestão das instituições. Não foi exatamente o que aconteceu. Na Unifesp Guarulhos falta refeitório. Na UFABC não há laboratório. Na UFRJ falta hospital universitário para os alunos da Medicina de Macaé. Os hospitais universitários de quase todas as federais apresentam processo de sucateamento. Por todo lugar que procuramos é fácil achar, nos novos câmpus, obras inacabadas ou nem iniciadas, equipamentos que não chegam, bibliotecas defasadas.

Ou o governo federal fez a opção de fazer universidade de segunda linha para a inclusão ou a decisão política do governo de expandir o ensino superior não foi consensual em todas as áreas da administração, sobretudo dos mandatários do Planejamento e das Finanças.

Esta expansão incluiu milhares de professores nas universidades e criou conflitos brancos, que não aparecem aos olhos da população acadêmica, mas que amarga os novos professores. Entraram na base da carreira. Hoje, o piso do professor, em início de carreira, para 20 horas semanais, é de cerca de R$ 1.500. Sim, existem salários maiores para professores novos, mas nada perto dos R$ 12.000 divulgados pelo governo, com possibilidade de chegar aos R$ 17.000 em 2015.

Mesmo com salários menores, estes professores têm que manter aulas da mesma forma que os que estão há mais tempo e com remuneração maior. São eles que estão nos novos câmpus, – aqueles com mais dificuldades –, mais distantes de suas famílias. Dentro da estrutura das universidades que já

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q j existiam, em geral é para eles que sobra o trabalho de cumprir uma das metas do Reuni, a de ter 18 alunos por professor nas universidades publicas federais. Naturalmente, a organização acadêmica deixa as maiores dificuldades para quem chega depois. E esta geração de novos professores vê frustrada, por tempo, estrutura e financiamento, suas expectativas de desenvolvimento de pesquisa e de extensão universitária. Aliás, essa é uma das armadilhas da proposta feita pelo governo, que atrela os níveis de carreira, além do tempo de serviço, a aperfeiçoamento, especialização, mestrado e doutorado. Mas, já que a proposta aumenta o tempo de aula de cada professor, deixa-os com pouco tempo para essas atividades, sobretudo se precisarem complementar seus salários com

outros trabalhos. Sobre a proposta salarial do governo é claramente notável que o

governo mentiu sobre os números. O aumento de 45% não é verdadeiro. Ele só existe para o topo da carreira, lugar em que a maioria dos professores nunca chegará. A média dos aumentos propostos é de pouco menos de 29%, a ser paga, efetiva e integralmente, só em 2015.

Ora, se o último aumento para os professores foi em junho de 2010 (os 4% deste ano já estão no cálculo do aumento), e a economia continuar da forma que está, teremos uma inflação de pelo menos 5% ao ano. E, com uma simples conta de juros compostos, podemos ver que o aumento real, médio, do professor, será de algo entre 6% e 7%.

Em alguns casos, o salário proposto pelo governo deve baixar. É o caso do professor em início de carreira, que deve passar a ganhar R$ 1.800 em 2015, valor que não cobre a inflação do período.

A expansão do ensino superior deveria continuar entre as pautas do governo Dilma, pelo bem do País.

Para cumprir o anúncio que fez em agosto de 2011 – de criar quatro universidades federais, 47 câmpus e 208 institutos federais – o governo tem que tratar educação como prioridade e colocar o Brasil em um caminho sustentado para o desenvolvimento. Prioridade, neste caso, significa também definir prioridades orçamentárias. Se a Dilma vetar os 10% do PIB para a educação previstos no novo Plano Nacional de Educação (PNE), saberemos que a expansão do ensino superior, como a de outros níveis, foi organizada para fazer parte de um número, e não de uma política pública que ajude a tirar o País da miséria.

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