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GUSTAVO FILIPE BARBOSA GARCIA REFORMA TRABALHISTA. Análise Crítica da Lei / a. revista atualizada ampliada. edição

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2019

REFORMA

TRABALHISTA

Análise Crítica da

Lei 13.467/2017

revista atualizada ampliada

5

a edição

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CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

Observa-se intenso debate a respeito da necessidade de reforma nas relações de trabalho no atual momento de crise econômica, mere-cendo destaque a prevalência do negociado em face do legislado.

A relevância da questão impõe a sua análise com base em critérios objetivos e científicos, devidamente justificados, e não segundo prefe-rências pessoais e interesses circunstanciais ou políticos.

Não se desconhece o papel fundamental da negociação coletiva para o aperfeiçoamento das relações de trabalho, ao adequar a sua regulação à dinâmica da evolução social e econômica.

A verdade é que a prevalência da negociação coletiva em face da legislação trabalhista, segundo o modelo constitucional em vigor, em princípio, é admitida com o objetivo de melhoria das condições so-ciais dos trabalhadores.

Vale dizer, integra o núcleo fundamental da ordem jurídica a de-terminação de que a norma mais favorável ao empregado tem pre-ferência em face de disposições menos benéficas (art. 7º, caput, da Constituição da República Federativa do Brasil).

Mesmo quanto à chamada flexibilização, a norma constitucio-nal já estabelece as hipóteses em que, excepcioconstitucio-nalmente, admite-se a adequação das condições de trabalho, mesmo em situações de crise econômica, por meio de negociação coletiva, com vistas à proteção do emprego, isto é, em casos de redução de salário, da jornada de trabalho e de turnos ininterruptos de revezamento (art. 7º, incisos VI, XIII e XIV).

Como toda exceção, naturalmente, não se admite interpretação extensiva voltada a reduzir direitos.

Desse modo, em termos jurídicos, de nada adianta a instituição de reforma trabalhista que disponha sobre a ampla prevalência da

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negociação coletiva diante da legislação, se aquela estabelecer direitos em nível inferior a esta. A previsão nesse sentido, por contrariar a essência do Estado Democrático de Direito (arts. 1º e 3º da Constitui-ção da República), não terá validade.

Essa conclusão não resulta de escolha ideológica ou preferência doutrinária, mas de determinação cogente, que decorre de preceitos fundantes do sistema jurídico, nos planos constitucional e internacio-nal, pautados na consideração de que os direitos sociais, neles inclu-ídos os trabalhistas, têm natureza fundamental, são imprescindíveis à dignidade da pessoa humana e, por isso, não admitem retrocessos.

Quanto à oportunidade da reforma trabalhista, notadamente em mo-mentos de crise econômica mais acentuada, a ameaça, ainda que implí-cita, de desemprego e de dispensas coletivas, como é evidente, reduz o poder de negociação dos trabalhadores organizados em sindicatos, com vistas à melhoria e mesmo à manutenção das condições sociais.

Por consequência, autorizar a prevalência do negociado em tem-pos de maior instabilidade e fragilidade é deixar justamente a classe já desfavorecida, que não detém os meios de produção, em vulnerabili-dade ainda mais acentuada em face do setor econômico.

Trata-se, ademais, de medida nitidamente contraditória perante os objetivos almejados, pois a flexibilização prejudicial de direitos tra-balhistas, ao reduzir o nível salarial em termos globais, desaquece o mercado de consumo e, consequentemente, desacelera a produção, aprofundando a crise econômica.

Em verdade, antes de se estabelecer a prevalência da negociação coletiva em face do legislado, exige-se coragem para a eliminação de eventuais privilégios financeiros de certos setores, bem como o forta-lecimento da organização dos sindicatos, instituindo, de forma plena, a liberdade sindical, como requisito para a própria legitimidade de-mocrática do que vier a ser pactuado.

Nesse contexto, a proposta de reforma trabalhista foi inicialmente apresentada, em dezembro de 2016, pelo Poder Executivo federal, sob a forma do Projeto de Lei 6.787/20161, tendo como objetivo alterar

previsões da Consolidação das Leis do Trabalho e da Lei 6.019/1974.

1. Disponível em: <http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitaca o?idProposicao=2122076>. Acesso em: 03 maio 2017.

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Cap. 1 • INTRODUÇÃO 21

A Câmara dos Deputados, em 26 de abril de 2017, aprovou o Pro-jeto de Lei 6.787-B, de 2016, alterando a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e as Leis 6.019/1974, 8.036/1990 e 8.212/1991, a fim de adequar a legislação às novas relações de trabalho.

Enquanto o texto original do referido Projeto de Lei abrangia cerca de 7 (sete) artigos da CLT, a versão aprovada pela Câmara dos Deputados, decorrente de Substitutivo apresentado por Comissão Es-pecial, em 12 de abril de 2017, alcança mais de uma centena de dispo-sitivos do referido diploma legal.

Impressiona, assim, o açodamento com que essa ampla e profun-da modificação na legislação trabalhista foi aprovaprofun-da na Câmara dos Deputados, sem o efetivo e necessário debate democrático, por meio de texto bastante diverso e muito mais amplo do que a versão inicial-mente apresentada.

Ainda quanto ao processo legislativo (art. 65 da Constituição Fe-deral de 1988), após a provação pela Câmara dos Deputados, o texto foi enviado ao Senado, sendo cadastrado como Projeto de Lei da Câ-mara 38/20172.

No Senado Federal, o texto foi aprovado sem alterações e aperfei-çoamentos, que certamente eram necessários, seguindo para a sanção do Presidente da República.

Desse modo, a Lei 13.467, de 13 de julho de 2017, com início de vigência depois de 120 (cento e vinte) dias de sua publicação oficial (art. 6º)3, ocorrida em 14.07.2017, alterou a Consolidação das Leis

do Trabalho e as Leis 6.019/1974, 8.036/1990 e 8.212/1991, a fim de adequar a legislação às novas relações de trabalho.

A Lei 13.467/2017, portanto, entrou em vigor em 11 de novembro de 2017.

Posteriormente, a Medida Provisória 808, de 14 de novembro de 2017, com início de vigência na data de sua publicação oficial

2. Disponível em: <http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/ 129049>. Acesso em: 06 maio 2017.

3. Cf. art. 8º, § 1º, da Lei Complementar 95/1998, acrescentado pela Lei Comple-mentar 107/2001: “§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua

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(art. 3º), ocorrida em 14.11.2017, alterou a Consolidação das Leis do Trabalho.

Entretanto, a Medida Provisória 808/2017 perdeu eficácia em 24 de abril de 2018, desde a edição, por não ter sido convertida em lei (art. 62, § 3º, da Constituição da República), uma vez que não chegou nem mesmo a ser votada no Congresso Nacional.

A Portaria 349, de 23 de maio de 2018, estabelece regras voltadas à execução da Lei 13.467, de 13 de julho de 2017, no âmbito das com-petências normativas do Ministério do Trabalho.

Ao se analisar em termos científicos o referido diploma legal, ob-serva-se a necessidade de sua compreensão em consonância com a Teoria Geral do Direito e o Direito Constitucional, bem como a sua interpretação em conformidade com o Direito do Trabalho e o Direi-to Processual do Trabalho.

Cabe verificar nos Capítulos seguintes as suas principais previ-sões, visando ao aprimoramento do controvertido e relevante tema.

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CAPÍTULO 2

GRUPO ECONÔMICO

A caracterização do grupo econômico para fins trabalhistas é obje-to de nova disciplina legal.

Conforme o art. 2º, § 2º, da CLT, na redação decorrente da Lei 13.467/2017:

“Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego”.

No Direito do Trabalho não são exigidos requisitos formais para a configuração do grupo de empresas, que pode decorrer de situação de fato, mesmo porque incide o princípio da primazia da realidade.

O grupo econômico é formado por duas ou mais empresas, cada uma com personalidade jurídica própria.

A rigor, quem tem personalidade jurídica é a pessoa física ou na-tural (art. 2º do Código Civil) ou a pessoa jurídica (art. 44 do Código Civil) que integra o grupo econômico, sabendo-se que a empresa é a

atividade econômica organizada para oferecer bens e serviços ao

mer-cado, normalmente com fim de lucro1.

Por se tratar de grupo econômico, integrado por empresas, não se admite a sua constituição exclusivamente por entidades assim não consideradas, que não exerçam atividades econômicas e em-presariais.

1. Cf. art. 966, caput, do Código Civil: “Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”.

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Nesse sentido, a rigor, não se configura grupo de empresas quan-do estão presentes apenas entidades consideradas empregaquan-dores por equiparação, que não exerçam atividades econômicas ou não tenham fins lucrativos, conforme art. 2º, § 1º, da CLT2.

Ainda assim, defende-se ser possível a existência de grupo que tenha atividade econômica em seu todo, embora de natureza mista, por ser composto de empresas e também de entidades consideradas empregadores por equiparação.

Da mesma forma, admite-se a existência de grupo econômico em que as empresas exercem atividades econômicas de diversas na-turezas, inclusive o grupo formado de empresas urbanas e de pes-soas físicas ou jurídicas que exerçam atividade agroeconômica (em-pregadores rurais).

O grupo econômico pode ser configurado de dois modos alter-nativos:

1) quando as empresas envolvidas estão sob a direção, controle ou administração de outra; ou

2) quando, mesmo guardando cada uma das empresas a sua auto-nomia, integrem grupo econômico.

A primeira hipótese refere-se ao grupo econômico hierarquizado

ou sob subordinação, em que uma das empresas exerce o poder de

dominação em face das demais.

Essa dominação da empresa principal é exercida sob a forma de

direção, controle ou administração das empresas subordinadas.

Logo, no grupo econômico hierarquizado, a empresa principal, ao exercer o seu poder de dominação:

a) dirige as empresas subordinadas, determinando o que fazer e como elas devem exercer as suas atividades; ou

b) controla as empresas subordinadas, decidindo a respeito dos rumos a serem tomados ou das diretrizes a serem observadas por elas

2. “§ 1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de em-prego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalha-dores como empregados”.

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Cap. 2 • GRUPO ECONÔMICO 25

(como ocorre, por exemplo, quando a empresa controladora detém quantidade de ações suficiente para exercer o controle das empresas controladas); ou

c) administra as empresas subordinadas, gerindo as suas ativida-des e organizando o modo de atuarem no mercado.

A segunda hipótese diz respeito ao grupo econômico não

hierar-quizado, ou seja, em que as empresas mantêm relação horizontal3,

isto é, de coordenação, e não de dominação, inexistindo uma empresa principal e outras a ela subordinadas.

Entretanto, mesmo nesse caso, a mera identidade de sócios não caracteriza o grupo econômico, pois são necessários para a configura-ção do grupo 3 (três) requisitos, quais sejam: a demonstraconfigura-ção do inte-resse integrado, a efetiva comunhão de inteinte-resses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes (art. 2º, § 3º, da CLT, acrescentado pela Lei 13.467/2017).

Portanto, a existência de sócios comuns, por si só, não configura o grupo de empresas, embora possa ser um indício da sua presença, a qual exige a efetiva comprovação dos 3 (três) requisitos indicados.

Assim, mesmo quando as empresas mantêm a autonomia entre si, mediante relação horizontal de coordenação, a presença de interes-ses comuns e compartilhados entre elas, fazendo com que exerçam as suas atividades de modo conjunto, configura a presença do grupo econômico para fins trabalhistas.

Ainda a respeito do tema, conforme dispõe a Súmula 239 do TST:

“Bancário. Empregado de empresa de processamento de dados. É bancário o empregado de empresa de processamento de dados que presta serviço a banco integrante do mesmo grupo econômi-co, exceto quando a empresa de processamento de dados presta serviços a banco e a empresas não bancárias do mesmo grupo econômico ou a terceiros”.

No âmbito rural, nos termos do art. 3º, § 2º, da Lei 5.889/1973, sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas

3. Cf. RUSSOMANO, Mozart Victor. Curso de direito do trabalho. 6. ed. Curitiba: Juruá, 1997. p. 67; NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do

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personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou financeiro ru-ral, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de emprego.

Como se pode notar, na esfera rural também se admite o grupo econômico hierarquizado, ou seja, por dominação, e o grupo econô-mico em que as empresas mantêm entre si relação de coordenação4.

A consequência da existência de grupo econômico é que todas as empresas que o integram são solidariamente responsáveis pelas obri-gações decorrentes da relação de emprego.

Isso significa que tanto a empresa principal como as empresas su-bordinadas (no grupo econômico hierarquizado) e todas as empresas que mantêm relação de coordenação entre si (no grupo econômico não hierarquizado) são responsáveis solidárias pelos direitos devidos aos empregados do grupo econômico e das empresas que o integrem.

Trata-se, no caso, de solidariedade passiva, decorrente de expressa previsão legal.

Nos termos do art. 265 do Código Civil, a solidariedade não se presume, pois resulta da lei (como ocorre no caso) ou da vontade das partes.

Por consequência, o credor (empregado) tem direito a exigir e re-ceber de um ou de alguns dos devedores (empresas integrantes do grupo econômico), parcial ou totalmente, a dívida comum. Se o paga-mento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obri-gados solidariamente pelo restante (art. 275 do Código Civil).

Além disso, não importa renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor em face de um ou alguns dos devedores (uma ou algumas das empresas que integram o grupo econômico).

O empregado, assim, pode exigir os créditos trabalhistas da em-presa a quem prestou serviços e (ou) das demais emem-presas que com-põem o grupo econômico.

4. Cf. MAGANO, Octavio Bueno. Manual de direito do trabalho: direito indivi-dual do trabalho. 3. ed. São Paulo: LTr, 1992. v. 2. p. 88. Cf. ainda MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho. 5. ed. São Paulo: Malheiros, 1998. p. 143.

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Cap. 2 • GRUPO ECONÔMICO 27

Não se observa benefício de ordem entre as empresas, pois a res-ponsabilidade é solidária, e não subsidiária.

Discute-se, entretanto, se o grupo de empresas é o empregador

único.

Vale dizer, questiona-se se a relação jurídica do empregado é man-tida com a empresa ou com o grupo econômico.

Cabe verificar, assim, se o empregador é a empresa que integra o grupo econômico ou este.

A questão envolve a temática de saber se no grupo de empresas também há solidariedade ativa, em que cada um dos credores solidá-rios tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro (art. 267 do Código Civil).

Enquanto para certa corrente também incide a solidariedade ati-va, por ser o grupo o empregador único5, para outros a

solidarieda-de é apenas passiva6.

A redação do art. 2º, § 2º, da CLT, decorrente da Lei 13.467/2017, parece indicar que a responsabilidade das empresas que integram o grupo econômico é apenas passiva, ao prever que elas “serão respon-sáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de em-prego” (destaquei).

Conforme a redação original do art. 2º, § 2º, da CLT: “Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalida-de jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administra-ção de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de

empre-go, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das

subordinadas” (destaquei).

Ainda assim, defende-se o entendimento de que essa questão deve ser analisada em cada caso concreto, tendo em vista a incidência do princípio da primazia da realidade.

5. Cf. MAGANO, Octavio Bueno. Manual de direito do trabalho: direito individu-al do trabindividu-alho. 3. ed. São Paulo: LTr, 1992. v. 2. p. 97-101. Cf. ainda MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho. 5. ed. São Paulo: Malheiros, 1998. p. 145. 6. Cf. NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. 28. ed.

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Há situações em que o poder de direção é exercido pelo grupo econômico como um todo, de modo que o empregado irá prestar ser-viços de forma subordinada às empresas que o integram.

Com isso, o tempo de serviço prestado a uma das empresas é com-putado (como para fins de férias, 13º salário e indenizações) quando o empregado é transferido e passa a prestar serviços para outra em-presa do mesmo grupo econômico.

Nesse caso, a relação de emprego existe e se desenvolve entre o empregado e o grupo econômico, o qual figura como o verdadeiro empregador. Ou seja, o contrato de trabalho é mantido entre o em-pregado e o grupo econômico, como emem-pregador único.

A respeito do tema, nos termos da Súmula 129 do TST:

“Contrato de trabalho. Grupo econômico. A prestação de servi-ços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário”.

Diversamente, há situações em que o empregado é juridicamente subordinado apenas a uma empresa, a qual exerce o poder diretivo e figura como o efetivo empregador. Nessa hipótese, o contrato de tra-balho tem como sujeitos o empregado e a empresa.

As demais empresas que integram o grupo econômico, ainda as-sim, respondem solidariamente pelos créditos trabalhistas.

Em consonância com a Súmula 93 do TST:

“Bancário. Integra a remuneração do bancário a vantagem pe-cuniária por ele auferida na colocação ou na venda de papéis ou valores mobiliários de empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico, se exercida essa atividade no horário e no local de trabalho e com o consentimento, tácito ou expresso, do banco empregador”.

Frise-se ainda que, conforme explicita a Orientação Jurispruden-cial 411 da SBDI-I do TST:

“Sucessão trabalhista. Aquisição de empresa pertencente a grupo econômico. Responsabilidade solidária do sucessor por débitos trabalhistas de empresa não adquirida. Inexistência. O sucessor não responde solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não adquirida, integrante do mesmo grupo econômico da empre-sa sucedida, quando, à época, a empreempre-sa devedora direta era

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