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HIGIENE DO TRABALHO III AULA 1 A PROPAGAÇÃO DO SOM

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HIGIENE DO TRABALHO III

AULA 1 A PROPAGAÇÃO DO SOM

O Ruído é uma das formas de poluição mais frequentes no meio industrial. No Brasil, a surdez é a segunda maior causa de doença profissional, sendo que, o ruído afeta o ser humano, simultaneamente, nos planos físico, psicológico e social.

Alguns efeitos provocados pela exposição ao ruído:  Lesa os órgãos auditivos;

 Perturba a comunicação;  Provoca irritação;

 É fonte de fadiga;

 Diminui o rendimento no trabalho 

O risco da lesão auditiva aumenta com o nível de pressão sonora e com a duração da exposição, mas depende também das características do ruído, sem falarmos da suscetibilidade individual.

Diferenças

Som Ruído

Fenômeno físico causado por qualquer vibração ou onda mecânica que se propaga (no ar, água, ou algum outro meio), capaz de produzir excitações auditivas no homem.

Vibração sonora, indesejável, que, de acordo com sua intensidade, duração ou intermitência, se torna irritante, dolorosa e nociva ao ouvido.

O Alcance da Audição

O organismo humano pode perceber uma vibração sonora quando ela apresenta valores específicos de amplitude de oscilações e de número de oscilações por unidade de tempo.

Áudio-frequência - a audição humana se estende aproximadamente 20 a 20.000 Hertz.

Ultra-Som - apresenta frequência superior a 20.000 Hertz. Infra-Som - apresenta frequência inferior a 20 Hertz.

Faixas de Frequência

As faixas em que são divididas as frequências são chamadas de bandas. As bandas mais utilizadas em avaliação de ruído são as de oitava e terças de oitava.

Banda de Oitava Terça de Oitava

A banda de oitava é caracterizada por ter cada frequência central superior igual ao dobro da frequência anterior,

É o intervalo onde a frequência superior da banda (F2) é igual à raiz cúbica de 2 multiplicada pela

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conforme se segue:

31,5; 63; 125; 250; 500; 1000; 2000; 4000; 8000; 16.000 Hz.

Qual a faixa de medição de cada oitava central

 Frequência Inferior = (Frequência central / 2) x raiz quadrada de 2.

 Frequência Superior = (Frequência central x raiz quadrada de 2)

Exemplo:

Qual o valor da frequência inferior e superior para a frequência central de 500 Hz?

Frequência Inferior = (500/2) x raiz quadrada de 2 = 354 Hz

Frequência Superior = 500 x raiz quadrada de 2 = 707 Hz

Como calcular a frequência central de posse da frequência inferior e superior da banda de oitava

Através da raiz quadrada do produto da frequência inferior e superior

A banda de oitava é caracterizada por ter cada frequência central superior igual ao dobro da frequência anterior, conforme se segue:

31,5; 63; 125; 250; 500; 1000; 2000; 4000; 8000; 16.000 Hz.

Qual a faixa de medição de cada oitava central

 Frequência Inferior = (Frequência central / 2) x raiz quadrada de 2.

 Frequência Superior = (Frequência central x raiz quadrada de 2)

Exemplo:

Qual o valor da frequência inferior e

frequência inferior da banda (F1). Colocar a fórmula aqui

Como calcular a frequência central de posse da frequência inferior e superior da terça de oitavas

Através da raiz quadrada do produto da frequência inferior e superior Que tal estabelecermos uma tabela de limite inferior e superior em terça de oitava, só para poder guiar seus estudos

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superior para a frequência central de 500 Hz?

Frequência Inferior = (500/2) x raiz quadrada de 2 = 354 Hz

Frequência Superior = 500 x raiz quadrada de 2 = 707 Hz

Como calcular a frequência central de posse da frequência inferior e superior da banda de oitava

Através da raiz quadrada do produto da frequência inferior e superior

Propagação do Som

Como já foi definido anteriormente, o som pode ser propagar no ar, que é formado por moléculas distribuídas uniformemente no espaço, as quais se movimentam ao acaso, provocando sobre os demais objetos uma pressão conhecida como pressão atmosférica. Quando um objeto vibra, ou se movimenta, altera o valor da pressão normal, provocando compressões e depressões.

As zonas da compressão correspondem aos picos positivos da onda enquanto que as zonas de depressão aos picos negativos, abaixo da pressão atmosférica normal. A distância percorrida pela onda em cada oscilação completa é chamada de comprimento de onda, representada pela letra grega λ (lambida).

A velocidade de propagação da onda (C) depende da temperatura do ar, o que significa que, se a temperatura por uniforme, a velocidade do som do ar é uma constante.

VER CÁLCULOS NA PÁGINA 24 DO LIVRO Pressão Sonora

Medir pressão sonora não é tarefa simples. O aparelho auditivo consegue ouvir variações de pressão numa faixa de 0,00002 N / m2 (2 x 10-5) a 200 N / m2.

A pressão de 0,00002 N/m2 é tão pequena que causa, na membrana do ouvido humano, uma deflexão infinitesimal. Sendo assim, para medir o som, teríamos uma escala aritmética muito extensa, com valores variando de 0,00002 a 200, tornando-a impraticável. Para evitar isto, foi criada outra escala, a de Decibel (dB).

O meio criado foi uma relação logarítmica, expressa em decibéis (dB), entre uma pressão de referência adotada e a pressão sonora real que existe no local.

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VER CÁLCULOS NA PÁGINA 25 DO LIVRO E RESOLVER OS EXERCÍCIOS DA PÁGINA 29 QUE SÃO CÁLCULOS.

AULA 2 - NÍVEIS DE RUÍDO Adição de Ruídos

As operações em decibéis não são lineares, devido o decibel ser uma escala logarítmica, logo teremos que transformar os ruídos em escala aritmética para depois somar, ou seja :

A - ruído de uma máquina = 92 dB B - ruído de outra máquina = 86 dB

92 dB + 86 dB ≠ 178 dB Transformando: dB em N/m² NPS = 10 log ( P ² ) / ( Po ²) NPS = 10 log ( P / Po )² Exemplos Para 92 dB teremos: 92 = 10 log (Pa/Po)² 92/10 = log (Pa/Po)² 9,2 = log (Pa/Po)² (Pa/Po)² = 10 9,2 (Pa/Po)² = 15,85 x 10 8 Para 86 dB teremos : 86 =10 log (Pb/Po)2 86 / 10 = log (Pb/Po)2 8,6 = log (Pb/Po)2 (Pb/ Po)2 = 10 8,6 (Pb/Po)2 = 3,98 x 108 Então teremos:

(P total/Po)2 = (Pa/Po)2 + (Pb/Po)2 (P total/Po)² = 15,85 x 108 + 3,98 x 108 (P total/Po)2 = 19,83 x 108

NPS total = 10 log (P total/Po)2 NPS total = 10 log 19,83 x 108 NPS total = 93 dB

Adição através do Ábaco VER PÁGINAS 35 A 40 DO LIVRO)

Substração de Ruído

Uma lixadeira pneumática está colocada no meio de outras máquinas. O NPS quando todas estão em funcionamento é de 100 dB. Desligando-se a lixadeira (o

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resto continua funcionando), o NPS é igual a 96 dB. Determine o NPS produzido no ponto de medição pela lixadeira isoladamente.

VER PÁGINAS 40 A 42 DO LIVRO)

DEPOIS FAZER OS EXERCÍCIOS DA PÁGINA 43. VALE A RECOMENDAÇÃO ANTERIOR

AULA 3 – LIMITES DE TOLERÂNCIA Objetivo da Avaliação de Ruído

O ruído pode ter várias fontes, podendo ser de origem:  Mecânica - engrenagem de máquina;

 Aerodinâmica - dutos e ventiladores;

 Hidrodinâmica - fechamento e abertura de válvulas hidráulicas;  E etc.

Os benefícios obtidos com as medições são muitos, ou seja, melhoria nos tratamentos acústicos dos prédios, máquinas, aeroportos e etc, e com isto melhorando a qualidade de vida.

Com as medições poderemos indicar quando um ruído poderá causar danos à audição, permitindo que sejam tomadas medidas corretivas.

O teste audiométrico permite avaliar a sensibilidade auditiva do indivíduo. Também se deve levar em considerações que o ouvido humano não é igualmente sensível a todas as frequências, mas é mais sensível nas faixas de 500 Hz a 5.000 Hz.

Efeitos Nocivos do Ruído

Com o desenvolvimento atual, o ruído está cada dia mais frequente, e seus efeitos se fazem sentir tanto nos ambientes de trabalho como a na sociedade.

A identificação dos diferentes fatores que podem provocar danos à saúde do trabalhador é fundamental para evitar os efeitos nocivos. Por isto, devemos fazer uma avaliação minuciosa das condições e exposições ocupacionais, conforme se segue:

Identificar o Problema:  Qual é a fonte predominante?

 Qual é o local, o curso ou o caminho percorrido pelo som?  Quem é o receptor?

Buscar Soluções

 A fonte dominante de ruído deve ser conhecida;

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 Um critério para avaliação do nível de ruído deverá ser estudado e estabelecido.

Evitar a subjetividade:

 A avaliação deve levar em consideração que as reações variam em função das diferenças psicossociais;

Identificar o problema:  Qual é a fonte predominante?

 Qual é o local, o curso ou o caminho percorrido pelo som?  Quem é o receptor?

Buscar Soluções

 A fonte dominante de ruído deve ser conhecida;

 A forma de propagação e transmissão deve ser identificada;

 Um critério para avaliação do nível de ruído deverá ser estudado e estabelecido.

Evitar a subjetividade:

 A avaliação deve levar em consideração que as reações variam em função das diferenças psicossociais;

 A educação é um fator preponderante para que um indivíduo se sinta incomodado.

Identificar variáveis sociodemográficas:  Idade;

 Sexo;

 Escolaridade;

 Grupo socioeconômico.

Identificar os fatores acústicos:  Nível de ruído;

 Frequência  Duração.

Identificar os fatores não-acustícos:  Histórico acústico (experiência anterior);  Efeito do ruído na atividade;

 Susceptibilidade individual.

Para o Ser Humano  No aparelho auditivo;

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 Na atividade cerebral;  Nos órgãos internos;

 Nas atividades físicas e mentais.

Para o ambiente  Na produção;

 Na interferência nas comunicações;  Na ocorrência de acidentes.

Tipos de Ruído

Mistura de sons cujas frequências não seguem qualquer lei precisa e que diferem entre si por valores imperceptíveis ao ouvido humano. Normalmente considerado como um som indesejado.

Ruído de fundo

Todo o ruído que está sendo captado e que não seja proveniente da fonte objeto das medições.

Ruído branco

Utilizado para efetuar medições padronizadas em acústica e vibrações. É aquele que contém todas as frequências de interesse com a mesma intensidade. Seu espectro é uma reta com ângulo igual a 3 dB/oitava.

Ruído rosa Este ruído é utilizado nos geradores de sinais para medição em acústica com isolamento e absorção. Seu espectro é de mesma intensidade.

Ruído contínuo

É aquele cujo NPS varia de até 3 dB durante um período longo ( mais de 15 minutos ) de observação. Exemplo: Aquele proveniente de um transformador. Ruído

intermitente É aquele cujo NPS cai bruscamente várias vezes ao nível do ruído de fundo, com variações maiores que ± 3 dB, desde que o tempo de ocorrência seja superior a um segundo.

Ruído de impacto ou impulsivo

É aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo em intervalos superiores a 1 (um) segundo.

Tipo de Ruído Quanto ao Espectro de Frequência

Espectro Contínuo: é aquele cujo a energia sonora é distribuída por uma grande parte das frequências audíveis. Exemplo: ondas do mar.  Espectro com poucos tons audíveis:

o com predominância de poucas frequências. Exemplo: sirenes. o com predominância de alta e baixa frequências. Exemplo:

combinação de ruído de ar condicionado com telefone.

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A sensibilidade às frequências altas e baixas depende do nível de pressão sonora para serem sentidas pelo ouvido humano.

Foram criadas para isto, quatro escalas de ponderação: Circuito A, B, C e D.

Características

do circuito a Suporta nível de pressão sonora de baixos níveis de frequência; É a mais requerida pelas Normas;  Apresenta resposta similar ao ouvido humano.

Características

do circuito b  Suporta nível de pressão sonora de baixos níveis de frequência; Características

do circuito c Suporta nível de pressão sonora de altos níveis de frequência; É o mais adequado para monitoramento de ruídos de impacto. Características

do circuito d Baseia-se em altos níveis de pressão sonora, acima de 120 dB; Ruídos produzidos em aeroportos.

Limites de Tolerância

Os limites de tolerância devem ser entendidos como conjunto de níveis de pressão sonora que tem suas respectivas durações de exposição diária, aos quais a maioria dos trabalhadores podem estar expostos dia após dias, durante toda uma vida útil de trabalho, sem resultar efeito adverso na sua habilidade de ouvir ou entender uma conversação normal.

Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os níveis de tolerância fixados no quadro abaixo citado.

Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário, será considerada a máxima exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado.

As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente.

Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos.

Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação “A” e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.

O aparelho usado para medir ruído é: Medidor de nível de pressão sonora, conhecido vulgarmente e erroneamente como decibelímetro.

Este aparelho possui um circuito eletrônico e já fornece o resultado em decibeis (dB) e também possui curvas de composição na escala A, B, C e dependendo da sofisticação, escala linear e respostas lentas e rápidas e ruído equivalente. Normalmente a mais usual é a escala A.

A tabela abaixo nos mostra qual o tempo máximo de trabalho permitido para um trabalhador que se exponha a ruídos que vão de 85 à 115 dB(A).

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OBS: Para valores compreendidos entre 80 e 84 dB(A) teremos os seguintes tempos de exposição: 80---16 horas 81---14 horas 82---12 horas 83---10 horas 84--- 9 horas

Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto

Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.

Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB (LINEAR). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo.

No caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora com circuito de resposta para impacto, será válida a leitura feita no circuito de

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resposta rápida (FAST) e circuito de compensação “C”. Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB(C).

As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada, a níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB(LINEAR), medidos no circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 dB(C), medidos no circuito de respostas rápida (FAST), oferecerão risco grave e iminente.

OBS : A norma brasileira não estabelece o máximo número de impactos ou impulsos por dia. A ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Hygienists) estabelece o limite de tolerância para ruído de impacto.

Cálculo do Tempo em Relação a uma Intensidade TEMPO DE EXPOSIÇÃO = 16 HORAS / 2(L – 80) / 5

Exemplo: Calcular o tempo de exposição para 90 dB. T = 16 HORAS / 2(L – 80) / 5

T = 16 HORAS / 2(90– 80) / 5 T = 16 HORAS / 22

T = 4 horas

Cálculo da Intensidade a partir de um Tempo L = {Log (16/T) / Log 2} x 5 + 80

Exemplo: Calcular o nível máximo permitido para uma jornada diária de 8 horas.

L = {Log (16 / 8) / Log 2} x 5 + 80 L = { Log 2 / Log 2 } x 5 + 80 L = 1 x 5 + 80

L = 85 dB

AULA 4 – DOSE DE RUÍDO

Dose de ruído segundo a NR 15

A norma regulamentadora NR-15, estabelece em seu Anexo N° 1, os Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente.

Estes limites são definidos, tomando como critério de referência uma dose de 100% para uma jornada de 8 horas sob ruído de 85 dB, com incremento de duplicação de dose de 5 dB, medidos no circuito de resposta lenta e curva de ponderação A.

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Os limites segundo a NR-15, estão sendo objeto de estudos para verificar sua real eficácia na proteção do trabalhador.

A Fundacentro (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho) estipula critérios mais rígidos para a avaliação da exposição pessoal ao ruído.

Em sua Norma de Higiene Ocupacional NH0-01, que não possui força de lei, a Fundacentro recomenda que seja adotado o incremento de dose de 3 dB. Esta mudança torna os limites mais rigorosos para ruídos acima de 85 dB.

Definições Referentes à Dose de Ruído

Ciclo de Exposição: conjunto de situações acústicas ao qual é submetido o trabalhador, em sequência definida, e que se repete de forma contínua no decorrer da jornada de trabalho.

Critério De Referência (CR): nível médio para o qual a exposição, por um período de 8 horas, corresponderá a uma dose de 100%.

Dose: parâmetro utilizado para caracterização da exposição ocupacional ao ruído, expresso em porcentagem de energia sonora, tendo por referência o valor máximo da energia sonora diária admitida, definida com base em parâmetros preestabelecidos.

Dose Diária: dose referente à jornada diária de trabalho.

Grupo Homogêneo (GHE): corresponde a um grupo de trabalhadores que experimentam exposição semelhante, de forma que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de parte do grupo seja representativo da exposição de todos os trabalhadores que compõem o mesmo grupo.

Incremento de duplicação de dose (q): incremento em decibéis que, quando adicionado a um determinado nível, implica a duplicação da dose de exposição ou a redução para a metade do tempo máximo permitido.

Comparação de Parâmetros de Dose de Ruído

NR – 15 Fundacentro

Jornada 8 horas 8 horas

Ruído para Jornada 85 dB 85 dB

Incremento de dose 5 dB 3 dB

Circuito de ponderação A A

Circuito de resposta Lenta Lenta

Nível Limiar de Integração 85 dB 80 dB

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OBS.: Os valores mostrados na tabela acima deixam claro que, apesar da grande importância dos limites adotados pela NR-15, os mesmos necessitam de uma reavaliação caso o objetivo seja realmente proteger o trabalhador.

Cálculo da Dose de Ruído

Empregado exposto a um nível de pressão sonora durante a sua jornada de trabalho.

D = C /T

C → indica o tempo total em que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico.

T → indica a máxima exposição diária permissível segundo anexo 1 da NR 15.

Exemplos:

1 - Empregado exposto a 85 dB A durante 8 horas. D = 8 / 8 D = 1 ou 100% para 8 horas de exposição 2 - Empregado exposto a 90 dB A durante 8 horas. D= 8 / 4 D = 2 ou 200% para 8 horas de exposição

Exposição a Vários Níveis de Pressão Sonora Durante a Jornada de Trabalho Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, aplicando-se a equação.

D = C1 / T1 + C2 / T2 + C3 / T3 + ... + Cn / Tn Dose menor que 1 → atividade salubre

Dose igual a 1 → atividade salubre Dose maior que 1 → atividade insalubre

Exemplos:

1 - Um trabalhador executa sua atividade num determinado local com NPS = 84 dBA durante 6 horas . Após um certo tempo, o NPS sobe para 95 dBA e ele permanece durante 2 horas . O limite de tolerância foi excedido?

84 dB(A) --- durante 6 horas= 480 minutos (C1) 95 dB(A) --- durante 2 horas=120 minutos (C2) Segundo anexo 1 ( NR 15 )

Para 84 dBA T = 9 horas e 15 minutos = 555 minutos Para 95 dBA T = 2 horas = 120 minutos

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D = 480/555 + 120/120 = 1,86 para 8 horas de exposição → O limite foi ultrapassado, logo a atividade é insalubre.

1,86 > 1 → O limite de tolerância foi ultrapassado, logo a atividade é insalubre.

2 - Se fosse :

95 dBA --- durante 4 horas (C1) 85 dBA --- durante 4 horas (C2)

Na tabela anexo 1 da NR 15, limite tolerável de exposição: 95 dBA --- durante 2 horas (T1)

85 dBA --- durante 8 horas (T2) D = C1 / T1 + C2 / T2 → D = 4 / 2 + 4 / 8 D = 2,5 ou 250 % para 8 horas de exposição

2,5 > 1 → O limite de tolerância foi ultrapassado, logo a atividade é insalubre.

Se fosse:

RUÍDO C T

95 dBA 1 hora 2 horas

85 dBA 4 horas 8 horas

90 dBA 2 horas 4 horas

82 dBA 1 hora 12 horas

D = 1 / 2 + 4 / 8 + 2 / 4 + 1/12

D = 1,58 para 8 horas de exposição → LT foi ultrapassado

Dosímetro: medidor integrador de uso pessoal que fornece a dose da exposição ocupacional ao ruído. Ás vezes, o empregado executa várias atividades durante a sua jornada de trabalho, sendo difícil quantificar o tempo de exposição. Neste caso, para maior precisão, o dosímetro é o instrumento mais adequado. Esse instrumento fornece, no período avaliado, a dose ou efeitos combinados (∑ Cn/Tn) e o nível equivalente de ruído. Existem dosímetros que fornecem o ruído equivalente diretamente e outros que necessitam de cálculos em função da dose e o tempo de medição. Neste caso o técnico deverá conhecer a equação do dosímetro.

Medição com Dosímetro Atendendo as Normas Legais Brasileiras É preciso utilizar os seguintes parâmetros:

Nível critério: 85 dB A Taxa de troca (q): 5 dB A Tempo critério: 8 horas Limiar de detecção: 80 dB A Qual o melhor? q= 3 ou q= 5 ?

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Tecnicamente q = 3 é melhor, pois apresenta perda média, menor ou igual a 2 dB, após 40 anos, para a mediana da distribuição, na frequência 500; 1000; 2000 e 3000 Hz.

A taxa de troca (q) = 5 apresenta perda média, menor ou igual a 25 dB, para 90 % dos expostos na frequência 500; 1000; 2000 Hz.

O que devemos usar? Para atender a NR 15 → q= 5

Para atender o INSS → Deverá ser usado o método proposto segundo suas Instruções Normativas ( IN ).

Ruído Médio Equivalente (TWA): ruído médio equivalente global para a jornada de trabalho.

Cálculo do TWA

Para tempo de exposição de 8 horas: TWA = 80 + 16.61 x log (9,6 x D /T)

D - dose em percentagem para 8 horas de trabalho

T - tempo de exposição estimado em minutos (para 8 horas) Exemplo:

DOSE = 2,5 OU 250 % T = 480 MINUTOS (8 HORAS DE TRABALHO) TWA = 80 + 16,61 x log (9,6 X 250/480)

TWA= 91,95 dB(A)

Para tempo de exposição diferente de 8 horas:

Devemos fazer uma regra de três, para estimar a dose para 8 horas. Exemplo:

Dose igual a 100 % para um tempo de amostragem de 4 horas. Qual o ruído equivalente para 8 horas?

4 horas = 240 minutos 8 horas = 480 minutos 100 --- 240

X --- 480 X = 200 %

TWA = 80 + 16,61 X log (9,6 x 200/480) TWA= 90 dB(A)

Na falta do dosímetro o técnico poderá calcular o ruído equivalente pelas seguintes fórmulas:

TWA = (log D + 5,117) / 0,06

D = dose para 8 horas (não precisa estar em percentagem) ou

TWA = 80 + 16.61 x log (9,6 x D /T)

D - dose em percentagem para 8 horas de trabalho

T- tempo de exposição estimado em minutos (para 8 horas) Analisador de Frequência

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Outro instrumento que poderá ser utilizado é o analisador de frequência. A avaliação de frequência é importante no sentido de orientar as medidas de controle como: atenuação dos protetores auriculares, seleção e tipo de material absorvente, e etc.

São feitos em função do espectro sonoro do ruído do ambiente (NPS x Frequência).

Numa avaliação dos níveis de ruído visando prevenção do risco de dano auditivo, devemos proceder da seguinte maneira:

 Selecionar as funções a serem analisadas.

 Descrever as atividades executadas pelos empregados e respectivas funções e locais de trabalho

 Realizar as medições com o medidor de nível de pressão sonora e anotar as observações sobre medidas de controle adotadas, principais fontes geradoras de ruído, etc.

 Analisar as frequências das principais fontes de ruído para orientar as medidas de controle a serem adotadas.

 Fazer dosimetria do ruído em todas as funções analisadas registrando a DOSE e o nível equivalente.

AULA 5 – CONSEQUENCIAS E CALCULO DO RUÍDO SEGUNDO A FONTE

Consequências do Ruído

Em relação ao sistema auditivo: deve-se atentar que no início do processo, os indivíduos não percebem a alteração, porque no começo esta alteração não atinge a sua comunicação verbal, com o passar do tempo, as perdas se progridem e as pessoas não mais conseguem se comunicar verbalmente, e quando isto ocorre, já é tarde demais, o indivíduo está surdo.

Surdez temporária: ocorre após a exposição do indivíduo a um ruído intenso, mesmo que por um certo período de tempo, e ao sairmos dessa exposição logo após algum tempo o nível de audição volta ao normal. Surdez permanente: origina-se pela exposição repetida, durante longos períodos a ruídos intensos. Esta perda é irreversível.

Trauma acústico: é a perda auditiva repentina após a exposição a ruído intenso, causado por explosões ou impactos sonoros semelhantes.

Outros Problemas:

 Alterações no sistema cardiovascular,  Alterações endócrinas,

 Cansaço,  Irritabilidade,

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 Fadiga  E etc.

Em relação ao ultrassom: apresenta frequência superior a 20.000 Hertz. Quando a frequência é superior a 31.500 Hertz só ocorre manifestação quando se entra em contato com o gerador da frequência. Entre 20.000 e 31.500 Hertz podem ocorrer dor de cabeça, fadiga, tonturas e desconforto geral.

Em relação ao infra-som (frequência inferior a 20 hz): os principais efeitos sobre o organismo são:

 Alteração de motricidade;  Problemas neurológicos;  Necrose de ossos dos dedos;  Deslocamentos anatômicos;  Alteração da sensibilidade tátil.

Mapeamento de Ruído

É bastante útil quando se pretende uma visão geral do ambiente ruidoso e serve de motivação para desenvolvimento inicial de medidas e programas de conservação auditiva.

Medidas de Controle do Ruído Na fonte:

 Substituir o equipamento por outro mais silencioso  Balancear e equilibrar partes móveis

 Lubrificar eficazmente mancais, rolamentos, etc.  Modificar o processo de fabricação.

 Regular os motores.

 Programar as operações de forma evitar muitas máquinas funcionando simultaneamente

 Reapertar as estruturas

 Substituir engrenagens metálicas por outras de plástico ou celeron.

Na trajetória:

 Isolamento acústico na fonte ou no meio

 Aumento da distância entre a fonte e o receptor.

No homem:

 Teste audiométrico

 Limitação do tempo de exposição  Educação do trabalhador

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Controle do Ruído Aumentando a Distância Entre a Fonte e o Recptor

Consiste quando possível, afastar o empregado da fonte de ruído.

A atenuação do ruído varia com a distância, sendo calculada pela seguinte fórmula: (valores em dB)

L2 = L1 – 20 LOG (R2 ÷ R1)

L2 = Nível de ruído à distância R2 do indivíduo exposto após o afastamento L1 = Nível de ruído à distância R1 do indivíduo exposto antes do afastamento R1 e R2 = Distâncias

Exemplo:

Um motor está a 01 (um) metro de distância de um empregado e o nível de ruído que chega à sua zona auditiva é de 91 dB(A). Com a mudança do arranjo físico, a distância passou para 06 (seis) metros. Calcular pela fórmula o novo nível de pressão sonora que chega na zona auditiva do empregado.

L1 = 91 dB ( A ) R1= 1 metro R2 = 6 metros L 2= ? L2 = 91 - 20 LOG (6 ÷ 1)

L2 = 75,5 dB ( A )

Observou-se que houve uma significativa redução (não estamos levando em conta as demais fontes, paredes, reflexões sonoras, etc).

Cálculo da distância conhecendo os níveis de pressão sonora (ruído) Log R2 = Log R1 - (L2 – L1)/20

Log R1= Log R 2 + (L2 – L1)/20

Exemplo:

A 1 metro de distância foi encontrado o ruído no valor 95 dB(A). Qual deverá ser a distância para o valor de 85 dB?

Log R 2 = Log 1 - (85 – 95) /20 Log R 2 = 0 - (- 0,5)

Log R 2 = 0,5 R 2 = 10 0,5 R 2 = 3,16 m

AULA 6 – CONTROLE DE RUÍDO E PROGRAMA DE PREVENÇÃO AUDITIVA

(18)

Método Longo: devemos ressaltar que a simples utilização do protetor não implica na eliminação do risco para o trabalhador, os mesmos deverão ser usados corretamente e obedecerem aos requisitos mínimos de qualidade. Os protetores auriculares devem ser capazes de reduzir a intensidade do ruído abaixo do limite de tolerância. Determinaremos o fator de proteção pela análise de frequência, conforme exemplo abaixo.

Com 84% de precisão: a proteção fornecida pelo protetor auricular, com 84% de confiabilidade é a diferença da linha 11 com a linha 10.

(19)

Com 98% de precisão: a proteção fornecida pelo protetor auricular, com 98% de confiabilidade é a diferença da linha 11 com a linha 10.

(20)

Normas e suas Particularidades ANSI 3.19 /74(após

revisão ANSI S 12.6/84.)

O valor da atenuação do EPI era obtido utilizando uma cabeça artificial (método objetivo)

ANSI S 12.16 -1997 – parte- A

O valor do Nível de redução do ruído é obtido utilizando indivíduos treinados e qualificados no uso de protetores auriculares, sendo orientados e supervisionados antes da realização da análise. (também chamado de método objetivo)

ANSI S 12.16 -1997 –

partes B O valor do Nível de redução do ruído é obtido utilizando indivíduos que desconhecem o uso de protetores auriculares, seguindo apenas a instruções contidas nas embalagens. (método subjetivo)

Até a utilização da norma ANSI S 12.16 -1997 – partes A e B, os valores dos NRR dos protetores auditivos eram obtidos através da norma ANSI 3.19 /74 (ANSI S 12.6/84)

Obs.: os EPI’s só recebem o certificado de aprovação se forem ensaiados pela norma ANSI S 12.16 -1997 – B (NRR SF).

Cálculo da Atenuação Utilizando o NRR O cálculo é feito utilizando a formula abaixo:

NPS (dB A) = dB A – (f x NRR - 7)

NPS (dB A) – Nível de pressão sonora global que chega no usuário dB A – É o nível de pressão sonora do ambiente, medido em dB A NRR - Índice fornecido pelo fabricante

f- Fator de redução para o tipo de EPI

Sendo que, o fator de redução (f) tem três valores diferentes conforme o tipo de protetor:

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f=0,50→tipo moldável f=0,30→tipo plug

Cálculo da Proteção Assumida Usando o NRRSF O cálculo é feito utilizando a formula abaixo:

NPS (dB A) = dB (A) – NRR sf

NPS (dB A) – Nível de pressão sonora global que chega no usuário dB A – É o nível de pressão sonora do ambiente, medido em dB A NRRsf - Índice fornecido pelo fabricante

Métodos Utilizados

Método objetivo: é aquele que dispensa o uso de pessoas para realização de ensaios ou são baseados em critérios puramente objetivos.

Método subjetivo: no ensaio são utilizadas pessoas sem conhecimento do EPI.

NRR→ noise reduction rate ou nível de redução de ruído método subjetivo NRR sf→ noise redution rate (subject fit) ou nível de redução de controle de ruído por audiometria

Audiometria

É um exame que tem por finalidade registrar as alterações da audição em relação aos estímulos acústicos, resultados que se anotam em um gráfico denominado audiograma.

Como é realizado o exame: em uma cabine isolada acusticamente, a cabine audiométrica. O audiômetro deve ser calibrado regularmente e a cabine inspecionada e avaliada quanto ao isolamento.

Unidades Utilizadas: bandas oitavas para as frequências e o dB para a intensidade.

Quais as frequências estudadas: 500 – 1000 – 2000 – 3000 - 4000 – 6000 e 8000 Hz.

Quem realiza o exame: segundo NR 7 o exame deverá ser realizado por profissional habilitado, ou seja, médico ou fonoaudiólogo, conforme resoluções dos respectivos conselhos federais.

Programa de Conservação Auditiva (PCA)

De acordo com a NR 9 toda empresa deve ter um programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA.

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Se houver nível de pressão sonora elevada, levantado pelo PPRA, deverá organizar um Programa de Conservação Auditiva - PCA.

No que consiste O PCA: monitorar a exposição ao ruído elevado visando:  avaliar a exposição de trabalhadores ao risco

 determinar se ruído pode interferir com a comunicação e a percepção audível de sinais de alerta.

 priorizar as medidas de controle

 identificar os trabalhadores que irão participar do PCA  avaliar o trabalho de controle do ruído.

Quais os controles existentes no PCA: os controles de engenharia e administrativos são os elementos mais importantes no PCA:

Medidas de engenharia: Instalação de silenciadores, enclausuramento das máquinas, revestimento de paredes etc.

Medidas administrativas: Visam alterar o esquema de trabalho ou das operações como, por exemplo, o rodízio de empregados, selecionar as máquinas que deverão funcionar e etc.

Outras atribuições do PCA:  Indicação do EPI

 Educação e motivação: orienta a utilização de proteção auditiva em todas as áreas necessárias.

 Ensina o uso correto.  Avaliações audiométricas.  Avaliação do Programa

O PCA deve ser mantido na empresa: os registros do PCA devem ser mantidos na empresa por 30 (trinta) anos.

AULA 7 – CALOR E TEMPERATURA Temperatura e Calor

Calor - é o nome dado à energia térmica quando ela é transferida de um corpo a outro, motivada por uma diferença de temperatura entre os corpos. É energia térmica em trânsito.

Temperatura - está relacionada à energia cinética das partículas de um corpo, à energia de movimento das partículas. Se pudéssemos enxergar as moléculas de um corpo, iríamos verificar que naquele que está "frio" elas vibram menos do que naquele que está "quente“.

Temperatura é a grandeza física que mede o estado de agitação térmica dos corpos.

(23)

Mudanças de Estado Físico

São seis as mudanças de fases existentes: fusão, vaporização, condensação, solidificação, sublimação e ressublimação.

Fusão - passagem do estado sólido para o líquido.

Vaporização - passagem do estado líquido para o gasoso. Condensação - passagem de gasoso para líquido.

Solidificação - passagem de líquido para sólido.

Sublimação - passagem de sólido diretamente para gás. Ressublimação - passagem de gás diretamente para sólido. Efeitos de Energia

Quando um corpo recebe calor, suas moléculas se movem com maior intensidade, aumentando a separação entre elas, isto é, aumenta seu comprimento, sua superfície ou seu volume, conforme as dimensões que nos fixarmos.

Esse efeito chama-se dilatação térmica.

A contração térmica, ao contrário da dilatação, produz-se com a perda de calor. Quando um corpo está mudando de fase, sua temperatura é constante, e quando está mudando de temperatura sua fase é constante.

Ou seja:

Mudança de fase Temperatura constante Mudança de temperatura Fase constante

Conclusão: muda-se a temperatura ou muda-se a fase; é impossível mudar os dois.

Aparelho de Medição de Calor

O aparelho usado para se obter valores numéricos para a temperatura chama-se termômetro. O princípio de funcionamento do termômetro está ligado à dilatação térmica dos corpos. Dentro dos termômetros geralmente existe mercúrio (um metal líquido), que ao sofrer mudança de temperatura dilata ou se contrai, subindo ou descendo no tubo. O quanto o mercúrio sobe ou o quanto ele desce nos dá valores de temperaturas, que dependem da escala usada.

Escalas de Temperatura

Quando você precisar medir temperatura terá que escolher uma escala. As três mais conhecidas e utilizadas são as escalas:

• Celsius (ºC) • Fahrenheit (ºF) • Kelvin (K)

Escala Celsius: os pontos de ebulição da água e de fusão do gelo permaneceram como pontos fixos da escala Celsius. O intervalo entre eles foi dividido em cem partes iguais, cada uma valendo 1º C. Essa escala é utilizada em quase todo o mundo.

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Escala Fahrenheit: essa escala faz corresponder a 32º F o ponto de fusão do gelo e a 212º F o ponto de ebulição da água, com 180º F compreendidos entre esses dois pontos fixos. As escalas Celsius e Fahrenheit são conhecidas como escalas relativas, pois o zero nelas não significa ausência de agitação molecular. Escala Kelvin: nela a temperatura de fusão do gelo corresponde a 273 K, e a de ebulição da água, a 373 K.

Qual a temperatura de fusão do gelo?

0ºC, 32ºF ou 273K. Todas representam a mesma temperatura. Conversão de Unidades Termométricas

Onde:

C - Temperatura em Celsius F - Temperatura em Fahrenheit K - Temperatura em Kelvin

Relações das Variações de Temperatura

Onde:

- Variação da temperatura em Fahrenheit. - Variação da temperatura em Celcius. - Variação da temperatura em Kelvin. Exemplos:

1) Determine:

a) a indicação na escala Fahrenheit para a temperatura de 40° C. T (ºF) =? Tc/5 = (Tf - 32) / 9

(Tc . 9) = (Tf - 32). 5 40. 9 = (Tf . 5) - (32 . 5) 360 + 160 = 5Tf

(25)

b) a temperatura que é indicada nas escalas Celsius e Fahrenheit pelo mesmo valor numérico Tc/5 = (Tf - 32)/9 Tc = Tf Tc/5 = Tc - 32/9 9Tc = 5Tc - 160 4Tc = -160 Tc = - 40ºC

2) Certa escala termométrica adota os valores -20 e 380, respectivamente, para os pontos de gelo e do vapor. Determine:

a) a fórmula de conversão entre essa escala e a escala de Celsius (Tc – 0) / (100 – 0) Te - (-20) / 380- (-20) (Tc / 100) = (Te + 20) / 400 400Tc = 100(Te + 20) 4Tc = Te + 20 Te = 4Tc - 20

b) a indicação que nessa escala corresponde a 20° C Tc = 20ºC

Te = (4 x 20) - 20 Te = 60ºE

Energia

Energia é a capacidade de realizar um trabalho.

A propriedade mais importante da energia é que ela transforma-se, mas não é possível criar energia do nada.

Exemplos de transformação de energia? Energia mecânica →Energia hidráulica

Energia hidráulica →Energia elétrica Energia elétrica →Energia luminosa Unidades

Quais são as unidades para se expressar trabalho? • Joule (J), no sistema internacional.

As unidades pelas quais se expressa a energia são as mesmas utilizadas para calcular o trabalho.

Existem outras unidades de energia. Conforme se segue: Energia calorífica Calorias (cal)

Energia elétrica quiloWatt-hora (kWh) Capacidade Térmica de um Corpo

Para elevar em 1ºC a temperatura de 1 kg de chumbo é necessária uma quantidade de calor maior para elevar em 1ºC a temperatura de 10 g do mesmo material.

Concluímos que corpos diferentes necessitam de diferentes quantidades de calor para elevar sua temperatura em 1 ºC.

(26)

Essa quantidade de calor é denominada capacidade térmica de um corpo. Sua expressão matemática é:

C = C a p a c i d a d e T é r m i c a ( J / K ) Δ Q = Q u a n t i d a d e d e E n e r g i a ( J ) Δ θ = V a r i a ç ã o d e T e m p e r a t u r a

Observação: no SI, a unidade da capacidade térmica é J/K (Joule por Kelvin). É comum utilizar também cal/ºC.

Calor Especifico dos Materiais

Qual será a razão de, na praia, durante o verão, sentirmos a areia mais quente que a água do mar?

As diferentes sensações térmicas que temos de corpos em um mesmo ambiente, recebendo a mesma quantidade de calor, num mesmo intervalo de tempo, são explicadas pela natureza de cada material. Isso significa que para elevar em 1 ºC a temperatura de 1 g, cada material necessita de uma quantidade diferente de calor, definida como calor específico do material.

Podemos dizer que o calor específico corresponde à capacidade térmica por unidade de massa: Onde: C= calor específico C = capacidade térmica ΔQ = Quantidade de calor ΔӨ = Diferença de temperatura m = massa

Observação: a unidade usual de calor específico é cal/g ºC (caloria por grama por grau Celsius). No SI (Sistema Internacional), sua unidade é J/kg • K (Joule por quilograma por kelvin).

Calor Sensível

A quantidade de calor recebida ou cedida por um corpo, ao sofrer variação de temperatura sem que haja mudança de fase, é denominada calor sensível.

Q = m.c. Dt Onde:

(27)

m = massa (g)

c = calor específico (cal/gºc)

Dt = variação de temperatura Dt = tf – ti (ºC). Exemplo

Quantas calorias 100g de ferro precisam receber para aumentar a temperatura em 30ºC?

Q = m.c. Dt Dados:

Q = quantidade de calor (cal)? m = 100g c = 0,1 cal/gºc Dt = tf – ti = 30 – 0 = 30ºC Q = 100 x 0,1 x 30 = 300 cal Resposta: 300 cal Calor Latente

Quando uma substância está mudando de estado, ela absorve ou perde calor sem que sua temperatura varie. A quantidade de calor absorvida ou perdida é chamada calor latente.

Q = m.L Onde:

Q = quantidade de calor (cal) m = massa (g)

L = calor latente (cal/gºc) Exemplo

Tem-se 200 gramas de gelo inicialmente a -10•C. Determine a quantidade de calor que o mesmo deve receber para se transformar em 200 gramas de água líquida a 20°C.

Dados:

Calor específico do gelo = 0,5 cal/g°c Calor específico da água = 1,0 cal/g°c Calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g°c Etapa 1 - Gelo Q1 = m.c.Dt Dt = tf – ti Dt = 0 - (-10) = 10 Q1 = 200 x 0,5 x 10 = 1000 cal Etapa 2 - Fusão Q2 = m.L Q2 = 200 x 80 = 16.000 cal Etapa 3 - Água Q3 = m.c. Dt Q3 = 200. 1,0. 20 = 4000 cal Q = Q1 + Q2 + Q3 = 1.000 + 16.000 + 4.000 = 21.000 cal Resposta: 21.000 cal

(28)

AULA 8 – EFEITOS DO CALOR

Calor: é um agente presente em diversos ambientes de trabalho, tais como: Siderúrgicas; Indústrias de vidro; Ao Ar Livre. Nestes ambientes podem ocorrer exposições superiores ao limite, dependendo das condições climáticas da região e do tipo de atividade desenvolvida.

Trocas Térmicas entre Organismo e Ambiente

Mecanismos de Troca de Calor

Condução (C) É o processo de transferência de calor que ocorre quando dois corpos sólidos, que não estão em movimento e que se encontram submetidos a diferentes temperaturas, são colocados em contato. O corpo de maior temperatura transfere o calor para o corpo de menor temperatura até que se estabeleça um equilíbrio térmico entre eles, isto é, até a temperatura dos corpos se igualarem.

Convecção (C) Esse processo de transferência de calor é idêntico ao de Condução de calor, nesse caso, porém, as trocas caloríficas realizam-se através de fluído em movimento.

Desse modo, quando o trabalhador encontra-se próximo a uma fonte de calor, pelo mecanismo de convecção esse calor á transferido para o corpo do indivíduo.

Radiação (R) Quando a troca de calor ocorre sem qualquer suporte material, o processo é denominado Radiação. A energia radiante passa por meio do ar sem aquecê-lo apreciavelmente, aquecendo somente a superfície atingida.

Ex.: Radiação emitida pelo Sol

Evaporação (E) É o processo de passagem de um líquido, a uma determinada temperatura para a fase gasosa, dispersando o vapor para o meio ambiente. Não é necessário diferença de temperatura para o desenvolvimento do processo.

Ex.: Suor emanado após atividade física.

Metabolismo (M) É o calor gerado pelo metabolismo resultante da atividade física do trabalhador.

Quando mais intensa for a atividade física, maior será o calor produzido pelo metabolismo.

Metabolismo é o calor resultante da atividade física do trabalhador.

Equação do Equilíbrio Térmico M ± C ± R - E = 0

M = Calor produzido pelo metabolismo

C = Calor ganho ou perdido por condução e convecção R = Calor ganho ou perdido por radiação

(29)

Fatores que Influem nas Trocas Térmicas entre Organismo e Ambiente

A Complexidade do estudo do calor reside no fato de haver diversos fatores variáveis que influenciam nas trocas térmicas entre o corpo humano e o meio ambiente.

Os cinco principais fatores que influenciam nas trocas térmicas são: • Temperatura do ar

• Umidade relativa do ar • Velocidade do ar • Calor radiante • Tipo de atividade

Temperatura do Ar: é necessário que haja uma diferença de temperatura para que possibilite os mecanismos de trocas térmicas.

O sentido de transmissão de calor dependerá da defasagem positiva ou negativa entre a temperatura do ar e a temperatura da pele.

Tar > Tpele →Organismo ganhará calor Tar < Tpele →Organismo perderá calor

A quantidade de calor absorvida ou perdido é diretamente proporcional à defasagem entre as temperaturas.

Umidade Relativa do Ar: este parâmetro influi na troca térmica entre o organismo e o ambiente pelo mecanismo de evaporação.

A perda de calor no organismo por evaporação dependerá da umidade relativa do ar, isto é, da quantidade de água presente numa determinada fração, espaço de ar.

Ser humano → sente-se melhor → 𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑓𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 Ser Humano → sente-se pior → 𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎𝑙𝑡𝑎 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑝𝑜𝑢𝑐𝑜 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟

Velocidade do Ar: a velocidade do ar no ambiente pode alterar as trocas, tanto na condução e convecção como na evaporação. Quando houver um aumento da velocidade do ar no ambiente, haverá aceleração da troca de camadas de ar mais próximas ao corpo, aumentando o fluxo de calor entre este e o ar.

Calor Radiante: quando um indivíduo se encontra em presença de fontes apreciáveis de calor radiante, o organismo absorve calor pelo mecanismo de radiação. Caso não haja fontes calor radiante ou se estas são controladas, o organismo humano poderá perder calor pelo mesmo mecanismo.

Tipo de Atividade: quanto mais intensa for a atividade física exercida pelo individuo, maior será o calor produzido pelo metabolismo, constituindo, portanto, parte do calor total ganho pelo organismo.

(30)

Efeitos do Calor no Organismo

Quando o calor cedido pelo organismo ao meio ambiente é inferior ao recebido ou produzido pelo metabolismo total, o organismo tende a aumentar sua temperatura.

Para evitar essa hipertermia (aumento da temperatura interna do corpo), são colocados em ação alguns mecanismos de defesa. São eles:

• Vasodilatação Periférica: tem a finalidade de aumentar a circulação sanguínea na superfície do corpo. Com o aumento do calor ambiental, o organismo humano promove a vasodilatação periférica, no sentido de permitir maior troca de calor entre o organismo e o ambiente.

• Ativação das glândulas sudoríparas: há aumento do intercâmbio de calor através da transformação do suor de estado líquido em valor.

Consequências da Hipertermia

Caso a vasodilatação periférica e a sudorese não sejam suficientes para manter a temperatura do corpo em torno de 37ºC, haverá consequências para o organismo que podem se manifestar das seguintes formas:

Exaustão do Calor: com a dilatação dos vasos sanguíneos em resposta ao calor; há uma insuficiência do suprimento de sangue do córtex cerebral, resultando em queda da pressão arterial.

Desidratação: a desidratação provoca, principalmente, a redução do volume de sangue, promovendo a exaustão do calor.

Câimbras de Calor: na sudorese há perda de água e sais minerais, principalmente do NaCl (cloreto de Sódio). Com a redução desta substância no organismo, poderão ocorrer câimbras.

Choque Térmico: ocorre quando a temperatura do núcleo do corpo atinge determinado nível, colocando em risco algum tecido vital que permanece em continuo funcionamento.

Efeitos Sobre a Saúde a Partir do Ganho e da Perda de Calor

Com ganho de calor Com perda de calor

Vasodilatação periférica Sudorese e desidratação Exaustão e fadiga

Perda de rendimento

Ocorrência de erros de percepção e raciocínio Perturbações psicológicas

Ocorre pela desnaturação

Enzimática (catalisadores biológicos de todas as reações químicas presentes no organismo).

Vasoconstrição de vênulas e arteríolas Perda da destreza manual

Fenômeno de Raynaud Bradicardia

Hipotensão

Tremor incontrolável

Perda da função termorreguladora do hipotálamo (< 29 ◦C)

Depressão neuronal, evoluindo para sonolência e coma.

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Sugestão de Medidas de Controle Relativas ao Ambiente

Medida adotada Fator alterado

Insuflação de ar fresco no local onde permanece o trabalhado Temperatura do ar Maior circulação do ar existente no local de trabalho Velocidade do ar Exaustão dos vapores de água emanados de um processo Umidade relativa do ar Utilização de barreiras refletoras (alumínio polido, aço

inoxidável, ou absorventes (ferro ou aço oxidado)) de radiação infravermelha, colocadas entre a fonte e o trabalhador

Calor radiante

Automatização do processo. Por exemplo, mudança do transporte manual de carga, por transporte com esteira ou ponte rolante.

Calor produzido pelo metabolismo

AULA 9 – INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO Instrumento de Medição

Termômetro de bulbo seco (Tbs): é um termômetro composto de mercúrio comum. Para o termômetro de bulbo seco é recomendado a graduação de 0ºC até 100ºC, com subdivisão de 0,1ºC, com bulbo de mercúrio. A temperatura do bulbo seco é aquela obtida ao colocar o bulbo seco do termômetro em contato com uma mistura de ar úmido, até que o mesmo atinja o equilíbrio térmico. A temperatura do ar ambiente deve ser medida na altura superior do tórax do trabalhador ou em outros locais escolhidos em função dos objetivos. Para proteger o bulbo do termômetro contra a ação do calor radiante, deve-se revesti-lo com uma camada de prata polida, que reflete cerca de 99,5% do carevesti-lor radiante.

Termômetro de globo (Tg): esse instrumento é constituído de um termômetro de mercúrio com graduação de 0ºC a 150ºC, com subdivisão de 0,1ºC. O globo consiste em uma esfera oca de cobre com 15 cm de diâmetro, pintada externamente de tinta preta fosca, a fim de absorver o máximo de calor radiante (radiação térmica ou energia radiante) incidente. O bulbo de termômetro comum é colocado no interior dessa esfera (no centro da esfera), a qual fica suspensa sem contato com o suporte. O termômetro globo deve ficar exposto no ambiente por no mínimo 25 minutos antes da leitura. Esta leitura corresponde à temperatura média de radiação do ambiente.

Termômetro de bulbo úmido natural (Tbn): consiste em termômetro de mercúrio comum. O Termômetro de mercúrio deve ser montado na posição vertical, revestido com uma camisa pavio de algodão branca que deverá envolver totalmente o bulbo de mercúrio. O pavio do termômetro de bulbo úmido natural deve ser mantido úmido em água destilada, por no mínimo meia hora antes de se fazer a leitura da temperatura. Não é necessário imergir a outra extremidade do pavio dentro de um reservatório de água destilada. É importante preencher o reservatório com água destilada, bem como molhar o pavio restante. O pavio deve ser colocado no termômetro de forma que cubra todo o bulbo e uma parcela da coluna capilar, com dimensão equivalente ao

(32)

comprimento do bulbo, e deve estar sempre limpo. Os pavios novos devem ser lavados antes de ser usados

Psicrômetro: mede a umidade relativa do ar e é constituído de dois termômetros idênticos colocados paralelamente. Um deles possui o bulbo revestido por tecido que deve ser umedecido com água destilada durante a medição. Após a estabilidade, faz-se duas leituras:

• Temperatura de bulbo seco (temperatura do ar) • Temperatura de bulbo úmido.

A circulação do ar nos bulbos do termômetro é um fator importante e deve ser observado. A umidade relativa do ar pode ser obtida, então, colocando os valores de temperatura de bulbo seco (Tbs) e bulbo úmido (Tbn) nas cartas psicrométricas.

Anemômetro: esse instrumento é utilizado para medição da velocidade do ar. Existem vários tipos de anemômetros e os mais indicados para o levantamento de calor são aqueles mais sensíveis a pequenos fluxos de ar, que podem fazer leituras contínuas da movimentação de ar. Os anemômetros se dividem em três tipos de funcionamento:

• Mecânicos → Alta velocidade e unidirecionais • De Pressão → Alta velocidade e unidirecionais • Térmicos → Baixas velocidades e multidirecionais

Índices de Avaliação de Conforto e Sobrecarga Térmica

A avaliação do calor a que o indivíduo está submetido é assunto bastante complexo, devido à quantidade de fatores a ser considerados.

O objetivo da medição de calor é verificar se a temperatura do núcleo do corpo vai ultrapassar 37ºC. Torna-se necessário simular a situação de exposição do homem ao calor, medindo os fatores ambientais.

Existem diversos índices que correlacionam as variáveis que influem nas trocas térmicas entre o indivíduo e o meio e, dessa forma, permitem quantificar a severidade da exposição ao calor.

Os índices mais conhecidos são:

Temperatura Efetiva: temperatura do ar, umidade relativa do ar e velocidade do ar.

Temperatura Efetiva Corrigida: temperatura do ar, umidade relativa do ar, velocidade do ar e calor radiante.

Índice de Sobrecarga Térmica: temperatura do ar, umidade relativa do ar, velocidade do ar, calor radiante e tipo de atividade.

Os índices de Temperatura Efetiva e Temperatura Efetiva Corrigida não consideram todos os fatores tidos como fundamentais para a correta avaliação da sobrecarga térmica e, portanto, são os menos recomendados para um estudo adequado da exposição ao calor.

Estes índices são conhecidos como índices de conforto térmico.

O índice que considera todos os fatores que influenciam as condições de exposição ao calor é denominado Índice de Sobrecarga Térmica.

(33)

Índices de Sobrecarga Térmica

Existem outros métodos de avaliação da exposição ao calor, mas a legislação brasileira, através da Portaria n. 3.214 de 08/06/78, estabelece que a exposição ao calor deve ser avaliada por meio do índice de bulbo úmido termômetro globo.

O índice temperatura de bulbo úmido termômetro globo (IBUTG) consiste em um índice de sobrecarga térmica, definido por uma equação matemática que correlaciona alguns parâmetros medidos no ambiente de trabalho.

A equação para o cálculo do índice varia em função da presença ou não de carga solar no ambiente de trabalho, no momento da medição.

Ambientes internos ou externos sem carga solar

IBUTG = 0,7 Tbn + 0,3 Tg

Ambientes externos com carga solar

IBUTG = 0,7 Tbn + 0,2 Tg + 0,1 Tbs Onde:

Tbn = temperatura de bulbo úmido natural Tg = temperatura do globo

Tbs = temperatura de bulbo seco

Instrumentos de Medição de Ibutg

Para medição do IBUTG são necessários os seguintes termômetros: • Termômetro de bulbo úmido natural

• Termômetro de bulbo seco • Termômetro de globo

Os instrumentos utilizados para medir o ibutg são: • Árvore de termômetros

• Medidor eletrônico Leitura e Montagem

As leituras somente deverão ser indicadas após 25 minutos, este tempo é necessário para a estabilização térmica que está sendo avaliada. O período de estabilização é realizado com o aparelho desligado.

• Para realizar as leituras, ligue o aparelho.

• O equipamento deverá ser sempre posicionado no local da medição.

Quando houver uma fonte principal de calor, o aparelho deve ser posicionado de tal modo, que os sensores do módulo estejam verticalmente na direção da fonte principal de calor. Caso não haja uma fonte principal de calor, esse cuidado torna-se desnecessário.

(34)

A altura de montagem do equipamento deve coincidir com a região mais atingida do corpo. Quando esta região não for definida o aparelho deve ser montado na altura do tórax do trabalhador.

Medições

Faça quantas medidas forem necessárias até que se observe uma oscilação não superior à 0,1ºC entre as 3 últimas leituras, sendo considerada leitura final a média destas leituras.

Quando não houver carga solar não será necessário a medição de temperatura do Bulbo Seco.

As leituras são temporariamente armazenadas no mostrador através da tecla ”H” para registro.

Instruções para Manuseio do Anemômetro • Pressione o botão ON/OFF para ligar o aparelho.

• Selecione a função do anemômetro VEL/FLOW através do botão número (4). O símbolo VEL aparecerá no Visor.

• Aperte o botão (3) de unidade de medida.

• Determine aproximadamente a direção do vento.

• Segure o anemômetro de forma que a fluxo de ar passe pela ventoinha no sentido de traz para frente

• Espere 2 segundos para a leitura se estabilizar.

• Para se obter resultados mais preciso, tente manter o eixo da ventoinha dentro de 20º da direção do vento.

Medições de velocidade do ar/ temperatura • Pressione o botão ON/OFF para ligar o aparelho.]

• Quando o instrumento estiver medindo velocidade do ar ao mesmo tempo está medindo a temperatura.

• Selecione a unidade em ºC ou ºF (através do botão 6).

• Deixe o vento passar através da sonda e o sensor interno converterá a leitura.

• Leia o valor de temperatura no Visor.  Medições de temperatura

• Coloque a chave de funções na função “TEMP”.

• Pressione o botão de seleção para selecionar a escala desejada (0,1ºC ou 1ºC e 0,1ºF ou 1ºC).

• Então o display exibirá o valor da temperatura do ambiente diretamente.

Medições com Higrômetro

• Coloque a chave de funções na posição “%RH”. • O display exibirá o valor da umidade do ambiente.

• Caso o instrumento seja movido para um ambiente com um valor de umidade diferente, aguarde alguns minutos até que a leitura se estabilize.

(35)

AULA 10 – TEMPERATURAS EXTREMAS

Temperaturas Extremas As temperaturas extremas são: • superior a 45 ºC

• inferior a 12,50 ± 2,50 ºC

Temperatura interna do corpo humano =

40 ºC (temperatura ótima metabólica) Temperatura externa do corpo

humano =

36.80 0,20 ºC (axilar e oral)

Atividades Ocupacionais com Ganho de Calor • indústria siderúrgica;

• indústria do vidro; • indústria têxtil; • fundições;

• trabalho de campo (lavoura e construção civil);

• ambientes confinados da indústria de construção naval e civil;

• outros ramos industriais onde há processos com liberação de grandes quantidades de energia térmica (fonte específica ou da carga solar).

Atividades Ocupacionais com Perda de Calor

• trabalhos ao ar livre em climas frios em regiões de grandes altitudes; • trabalhos ao ar livre em algumas zonas temperadas, no inverno; • em ambientes artificiais, como as câmaras frigoríficas de conservação.

Avaliação de Energia Térmica em Ambientes de Temperaturas Extremas

Avaliação de riscos para caracterização de atividade insalubre = índices de sobrecarga térmica (NR 15).

Avaliação de conforto térmico = índices de temperatura efetiva (NR 9 e 17). Em ambos os casos as avaliações dependerão de medições ambientais, avaliação temporal de jornada laboral, modo operacional, sistemas de proteção coletiva e utilização de equipamentos de proteção individual.

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Avaliação da Exposição ao Calor

A legislação brasileira, estabelece que a exposição ao calor deve ser avaliada através do Índice de Bulbo Úmido - Termômetro de Globo (IBUTG).

Para ambientes internos ou externos sem carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg

Para ambientes externos com carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg

A avaliação da exposição do trabalhador a temperaturas extremas (calor) é feita da seguinte forma:

• Limite de tolerância para exposição ao calor em regime de trabalho intermitente com períodos de descanso no próprio local de prestação de serviço. • Limite de tolerância para exposição ao calor em regime de trabalho intermitente com períodos de descanso fora do local de prestação de serviço. Em função do índice obtido, o regime de trabalho intermitente será definido no Quadro 1.

A determinação do tipo de atividade (leve, moderada ou pesada) é feita consultando-se o Quadro 3.

Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais.

Quadro 1

Tipo de atividade

Leve Moderada Pesada

Trabalho continuo Até 30,0 Até 26,7 Até 25,0 45 min de trabalho 15 min de descanso 30,1 a 30,6 26,8 a 29,4 25,1 a 25,9 30 min de trabalho 30 min de descanso 30,7 a 31,4 28,1 a 28,0 25,1 a 27,9 15 min de trabalho 45 min de descanso 31,5 a 32,2 29,5 a 29,4 28,0 a 30,0 Não é permitido o trabalho

sem a adoção de medidas adequadas de controle

Acima de 32, 2 Acima de 31,1 Acima de 30,0

Para os fins de trabalhos com período de descanso em outro local, considera-se como local de descanso, ambiente termicamente mais ameno, com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve.

Os limites de tolerância são dados segundo o Quadro 2.

(37)

M (kcal/h) Máximo IBUTG 175 30,5 200 30,0 250 28,5 300 27,5 350 26,5 400 26,0 450 25,5 500 25,0

No Quadro 2, “M” é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, determinada pela seguinte fórmula:

M = (Mt x Tt + Md x Td) / 60 Sendo:

Mt – taxa de metabolismo no local de trabalho.

Tt – soma dos tempos, em minutos, em que se permanece, no local de trabalho. Md – taxa de metabolismo no local de descanso.

Td – soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso. IBUTG é o valor IBUTG médio ponderado para uma hora determinando pela seguinte fórmula:

IBUTG = (IBUTGt x Tt + IBUTGd x Td) / 60 Sendo:

IBUTGt – taxa de metabolismo no local de trabalho.

Tt – soma dos tempos, em minutos, em que se permanece, no local de trabalho. IBUTGd – taxa de metabolismo no local de descanso.

Td – soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso.

As taxas de metabolismo Mt e Md serão obtidas consultando-se o Quadro 3. Quadro 3

Tipo de atividade Kcal/h

Sentado em repouso 100

Trabalho leve

- sentado, movimentos moderados com braço e tronco (ex. datilógrafa) - sentado, movimentos moderados com braço e pernas (ex. dirigir)

- de pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente com os braços

125 150 150 Trabalho moderado

- sentado, movimentos vigorosos com braço e pernas

- de pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, com alguma movimentação - de pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com alguma movimentação - em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar

180 175 220 300 Trabalho pesado

Referências

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