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(1)

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CAMPUS AQUIDAUANA

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

ANA MARIA DE SOUZA

LOGÍSTICA REVERSA

EM ESTABELECIMENTOS FARMACEUTICOS

AQUIDAUANA, MS 2019

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ANA MARIA DE SOUZA

LOGÍSTICA REVERSA

EM ESTABELECIMENTOS FARMACEUTICOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência do curso de Graduação em Administração/Bacharelado, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob a orientação da Prof.(a) Dra. Daniela Althoff Philippi.

AQUIDAUANA, MS 2019

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ANA MARIA DE SOUZA

LOGÍSTICA REVERSA

EM ESTABELECIMENTOS FARMACEUTICOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência do curso de Graduação em Administração/Bacharelado, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob a orientação da Prof.(a) Dra. Daniela Althoff Philippi.

Resultado: ______________________________________ Aquidauana, MS, 11 de junho de 2019.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________ Orientador: Prof.(a) Dra. Daniela Althoff Philippi Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - CPAQ

__________________________________________ Co-orientador: Me. João Bosco de Moura Filho Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - CPAQ

__________________________________________ Dra. Gercina Gonçalves da Silva - Membro Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - CPAQ

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RESUMO

SOUZA, Ana Maria. Logística reversa em estabelecimentos farmacêuticos da cidade de

Aquidauana/MS: 2019. 50 f. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Administração) – Curso Graduação em Administração. Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – CPAQ 2017

Orientadora: Dra. Profª. Daniela Althoff Philippi

Com o avanço da tecnologia e suas várias aplicabilidades em diversas áreas médicas, atribui-se que a cada dia os cientistas evoluem em suas descobertas, como também em novos tratamentos na tentativa de amenizar o sofrimento dos pacientes, essas transformações e mudanças estão gerando uma grande evolução na fabricação de medicamentos. Observaremos nessa pesquisa, como esses remédios que foram utilizados por muitas pessoas durante décadas, estão sendo descartados por seus fabricantes, revendedores e população.A informação do descarte correto pode não estar sendo tratada de maneira mais extensa à população e para melhor análise foi elaborado uma pesquisa qualitativa em escala de bola de neve(snowball). Com a ajuda de questionário, obtemos a dimensão de uma determinada amostra da população, e concluímos que a falta de informação sobre a existência da Lei municipal, que rege a obrigatoriedade das farmácias no recolhimento de medicamentos vencidos existe desde 2014, mas tal lei, não vem sendo aplicada pelas farmácia e nem tão pouco exigidas pelos moradores locais. Perante essas falhas de informações a população comete os erros de contaminação inconsciente, pois se não há algum tipo de alerta vindo dos poderes públicos, para a sociedade de modo geral, jogar seus medicamentos vencidos ou não, no vaso sanitário, pia ou no lixo comum, não gera impacto à ninguém. É essa ideia que esse estudo mostra, até que ponto a população sabe o quão é importante saber descartar seus medicamentos e o quanto isso se torna prejudicial para o meio ambiente e para si mesmo.

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ABSTRACT

SOUZA, Ana Maria. Logística reversa em estabelecimentos farmacêuticos da cidade de

Aquidauana/MS: 2019. 50 f. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Administração) – Curso Graduação em Administração. Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – CPAQ 2017

Orientadora: Dra. Profª. Daniela Althoff Philippi

With the advancement of technology and its various applicabilities in a variety of medical fields, it is ascribed to every day that scientists evolve in their discoveries, as well as new treatments in an attempt to alleviate patient suffering, these transformations and changes are generating a great evolution in the manufacture of medicines. We will observe in this research, like those remedies that have been used by many people for decades, are being discarded by their manufacturers, resellers and population. The correct disposal information may not be addressed more extensively to the population and for better analysis a qualitative research on snowball scale was elaborated. With the help of a questionnaire, we obtain the size of a sample of the population, and we conclude that the lack of information about the existence of the municipal law, which governs the obligation of pharmacies to collect overdue drugs, has existed since 2014, but this law does not has been applied by the pharmacy and not required by the local residents. Faced with these information failures the population commits the errors of unconscious contamination, because if there is not some kind of alert coming from the public authorities, for the society in general, to throw their medication expired or not, in the toilet, sink or in the common trash , does not impact anyone. It is this idea that this study shows, to what extent the population knows how important it is to know how to dispose of their medicines and how harmful it is to the environment and to themselves.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 8

1.1 Aquidauana tem Lei ... 8

1.2 Objetivos ... 8 1.2.1 Geral ... 9 1.1.1Hipóteses ... 9 2 BASE TEÓRICA ... 10 2.1 Logística ... 10 2.1.1 História da Logística ... 10 2.1.2 Conceitos ... 11 2.2 Logística Reversa ... 12

2.3 Logística Reversa de Medicamentos ... 14

2.4 Regulamentação de Logística Reversa de Medicamentos ... 15

2.5 Lei Municipal ... 17

2.6 Outras iniciativas e informações relevantes ... 18

3 MÉTODOS E TÉCNICAS ... 20

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ... 24

4.1 O município de Aquidauana e a legislação sobre o descarte de medicamentos Vencidos ... 22

4.2 Perfil dos participantes ... 23

4.3 Conhecimento da população sobre a lei municipal sobre o recolhimento de medicamentos usados ... 28

4.4 Conhecimento sobre sustentabilidade e descarte residencial de resíduos ... 32

4.5 Relação com a teoria ... 33

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 34

REFERÊNCIAS ... 35

APÊNDICES ... 40

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - Ilustração do processo do descarte de medicamentos elaborado pelas drogarias

Droga Raia. ... ... 19

LISTAS DE QUADROS TABELA 1:Características e especificações representativas da logística. ... 12

TABELA2: Histórico da Logística Reversa. ... 13

LISTAS DE TABELAS TABELA3: Vendas do Mercado Farmacêutico 2014-2019 ... 14

TABELA4: Bairros em que residem os participantes da pesquisa ... 25

TABELA5: Gênero dos participantes da pesquisa ... 25

TABELA6: Tempo de residência no município ... 26

TABELA7: Faixa etária ... 26

TABELA8: Faixa salarial dos participantes ... 26

TABELA9: Escolaridade dos colaboradores ... 27

TABELA 10: Escolaridade estado civil dos colaboradores ... 28

TABELA11: Frequência, consumo e compra de medicamentos sob receita médica. ... 29

TABELA 12: Refere-se ao descarte de medicamentos em lixo comum ... 30

TABELA12.1 Relação entre escolaridade e descarte de medicamentos em lixo comum .. 30

TABELA 13: Se já foi perguntado ao atendente se poderia descartar o medicamento ali na farmácia ... 31

TABELA 13.1 Relação entre a escolaridade e descarte de medicamentos em farmácias . 31 TABELA 14:Se há informação por parte do atendente sobre a possibilidade de descartar o medicamento na farmácia ... 32

TABELA 15: Se algum agente de saúde informa sobre o descarte de medicamentos ... 32

TABELA 16: Sobre sustentabilidade ... 33

TABELA17: É perguntado ao participante se ele recebesse orientação para descartarcorretamente o medicamento, ele o faria ... 33

TABELA18: O participante tem conhecimento da Lei municipal sobre o descarte demedicamentos ... 34

TABELA 19: Refere-se ao conhecimento de sustentabilidade e o descarte de Medicamentos ... 34

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INTRODUÇÃO

A indústria farmacêutica no Brasil gera um lucro milionário aos seus empresários, com esse numerário em crescimento, as pesquisas na realização de novos medicamentos surgem em forma do uso contínuo de remédios fabricados em diferentes laboratórios e, esse poder de fabricação está cada vez mais presente no marketing farmacêutico existente em todos os meios de comunicação(FUNDESFARMA, 2017). Conforme uma reportagem no blog do LARA, Rodrigo (2018), uma simples pesquisa de algum medicamento ou outro produto na internet, gera uma corrente de propagandas indicativas do item pesquisado, essas indicações estão presentes em todos os sites de venda que os usuários utilizam para pesquisa, é uma forma de espionar o suposto interesse de um determinado produto, e como a empresa poderá ser prestativa ao te direcionar ao produto certo.

As pesquisas médicas e suas evoluções tiveram uma colaboração de nível mundial ao combate de diversas doenças, a evolução científica trouxe alguns agravantes na produção de muitos medicamentos, muitos se tornaram ineficientes e foram saindo do mercado por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), ao passo que tais medicamentos são excluídos das prateleiras das farmácias, a população não tem a informação antecipada ou atualizada dos medicamentos que tiveram sua fabricação cancelada.

Em base do artigo, com o tema: Descarte de medicamentos: uma reflexão sobre os possíveis riscos sanitários e ambientais, expõe que até que ponto o descarte incorreto de medicamentos e resíduos é um problema gerador de graves consequências na saúde pública e ambiental (RAMOS; et al., 2017).

Conforme o artigo pesquisado, uma proposta de atuação seria uma campanha de preservação do meio ambiente em atingir àqueles que não possuem uma instrução da nocividade que existe quanto ao descarte de medicamentos na natureza, promover campanhas específicas nessa percepção recorre também das prefeituras, é uma responsabilidade social e ambiental cujo poder público tem acesso e o dever de informar a todos, e não impor somente, uma obrigação das indústrias e estabelecimentos farmacêuticos.(Blankenstein; Junior, 2018)

1.1 Aquidauana tem Lei

Será que a população conhece a lei municipal? A população leva os seus medicamentos usados ou vencidos para as farmácias: A população descarta de outras formas? São indagações que orientaram esta pesquisa, se apresenta como problema central: A população do município de Aquidauana – MS se utiliza do direito de descartar medicamentos vencidos e embalagens?

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1.1. Objetivos 1.2. Geral

Verificar se a população do município de Aquidauana – MS se utilizado direito de descartar medicamentos vencidos e embalagens.

Este objetivo partir da hipótese central: “a população aquidauanense não conhece o direito de descartar medicamentos vencidos e embalagens”.

1.1.1. Hipóteses

• Levantar a legislação vigente sobre o descarte de medicamentos em farmácias;

• Verificar se já houve situação de ida a farmácia com o propósito de descartar medicamentos vencidos e embalagens e se houve ou não coleta pela farmácia;

• Identificar se há coleta de medicamentos vencidos e embalagens nas farmácias de Aquidauana;

• Identificar se as farmácias repassam informações sobre o descarte de medicamentos usados e embalagens;

• Verificar se a população tem conhecimento sobre a Lei Municipal, que obriga as farmácias a aceitarem os medicamentos vencidos e suas embalagens para o seu descarte correto;

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2 BASE TEÓRICA

Neste capítulo são abordados um breve histórico da logística, conceitos; logística

reversa; logística reversa de medicamentos e leis relativas ao descarte de medicamentos.

2.1 Logística

Sobre logística, inicialmente apresenta-se o seu histórico para então abordar conceitos.

2.1.1 Histórico da logística

Na visão de Pires (2015), a Logística vem sendo aplicada indiretamente desde a Antiguidade, quando muitos artesãos, além de possuírem habilidades manuais, também se mantinham em seus próprios recursos produtivos ou, em alguns casos, trabalhavam em oficinas, atuando de forma individual, conforme sua especialidade de atuação. Com o tempo, esses profissionais foram se tornando maiores em número e mais especializados em suas funções, se organizando de acordo com as demandas de seus produtos.

Outro acontecimento na Logística que Pires (2015) cita, é na área militar, em que os processos de colonização e deslocamentos iniciaram em situações extremas de tempo, localização e transporte. A logística militar, segundo o autor, foi implementada e conduzida de forma a organizar os melhores caminhos aos seus combatentes. Outro exemplo disso são os artesãos, que se utilizavam de suas habilidades manuais e foram se tornando maiores e mais especializados em suas funções, se organizando conforme as demandas de seus produtos.

Todavia, a Evolução Industrial trouxe uma série de mudanças, como a transformadora produção em massa, idealizada por Henry Ford, no final do Século XIX, responsável pela criação de linha de montagem seriada, cuja produção mantinha uma padronização, com baixas transformações finais em seus produtos (WOOD JR., 1992; MARTINS, 2006).

Na visão de Pozo (2010, p. 117):“A filosofia Just in Time(JIT), quando aplicada adequadamente, reduz ou elimina a maior parte dos desperdícios que ocorrem nas compras, produção, distribuição e atividades de apoio à produção e de qualquer atividade produtiva”.

Com o desenvolvimento do JIT, na década de 1950, no Japão, surgiu o Toyotismo, com a preocupação com o desperdício, para amenizar o prejuízo interno e suas consequências nas linhas de produção (WOOD JR, 1992; MOREIRA, 2012). O Toyotismo parte do princípio que o desgaste surge em todos os setores, sendo que a Toyota se tornou uma das líderes desse modelo produtivo que prega que quanto menor o desperdício, menor estoque, melhor o controle e menos custos na produção, a partir do uso da filosofia Just in Time (JIT) (MOREIRA, 2012).

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Assim, o JIT é aplicado e definido na produção como: hora certa, quantidade certa e produto certo (MOREIRA, 2012).

Para Paoleschi (2014), mesmo atuando de forma mais centralizada, a produção em massa iniciada por Ford e a importante contribuição do processo JIT dos japoneses geraram novos conceitos no desenvolvimento logístico. O surgimento de novas tecnologias agregou novas possibilidades e novas oportunidades de competitividade. A era tecnológica elevou os níveis de qualidade e tempo de produção, esse conjunto de inovações se incluiu na chamada Gestão de Cadeia de Suprimentos ou Supply Chain Management (SCM). Pela visão de Paoleschi, (2014), o SCM se caracteriza pela integralização de todos os setores produtivos, com o objetivo um adquirir uma qualidade competitiva, aliada à minimização de custos e preços de seus produtos, tornando o fluxo de distribuição mais eficiente e menos oneroso aos seus clientes.

O que houve nos últimos anos, segundo Pozo (2010), foi uma maior e dedicação da empregabilidade da logística em todas as corporações, se tornando para o gestor um a forma de obter uma amplitude do quanto é dispendioso e prejudicial o desperdício, a tal ponto desse descontrole fragilizar o processo produtivo do setor.

2.1.2 Conceitos

Neste subcapítulo, apresentam-se definições da logística, a começar por Dias (2016,

p.12) se referindo à: “...para todos os segmentos de mercado, e qualquer tipo de produto, são

necessários: uma compra, uma movimentação, um carregamento, um transporte, um descarregamento e uma entrega.”

Assim, a logística inicia na compra, pelo consumidor, e se estende até a entrega ao mesmo.

A logística, apesar de ser uma metodologia empregada há séculos, é uma nomenclatura usada há menos de 20 anos e, mesmo tendo direções e uso diferenciados ao longo dos tempos, suas atribuições foram em maior parte, aplicadas ou indicadas, ao setor de transporte e principalmente no setor militar. (XAVIER; CORRÊA, 2013, p. 4).

A organização logística está sendo entendida de forma a integralizar todos os setores de produção, participando de forma ativa na eficiência de seus colaboradores; na eficácia da conclusão dos objetivos e, na melhor das oportunidades, agregando a efetividade como resultado real e verdadeira competência de gestão (POZO, 201, p. 2).

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Para Dias (2016, p. 19) a logística possui três características representativas para sua aplicação, como exposto no quadro 1.

CARACTERÍSTICAS REPRESENTATIVAS DA

LOGÍSTICA

ESPECIFICAÇÃO

CUSTOS

Seria a representação dos custos de transportes, a melhor serventia do espaço e custo operacional, a análise de todos os custos diretos e indiretos, a centralização os setores de transportes e a análise das demandas de seus produtos.

PRAZOS

Umas das mais importantes e desafiadoras preocupações existentes na logística é o prazo de entrega e paralelamente sem a avaria do produto esperado, o consumidor logo reage ao bom funcionamento de um esquema de entrega no prazo certo.

QUALIDADE

Todo o processo logístico inicial do produto solicitado poderá vir a ser um grande prejuízo. Quando o consumidor recebe seu objeto de desejo, com alguma avaria, indiretamente, a empresa entrega também, a falta de respeito ao cliente. É necessário, uma atenção do resultadofinal daquele produto solicitado, saber escolher e como atingir essa qualidade é um dos caminhos que a logística trabalha, a utilização de um transporte seguro, embalagens adequadas, manuseio dos produtos, tudo, está interligado ao processo final da logística. É a busca da satisfação total do cliente.

Quadro1: Características e especificações representativas da logística. Fonte: DIAS (2016). Para Davi (2013), a logística se caracteriza como uma aplicabilidade voltada à economia de toda cadeia de suprimentos, juntamente na satisfação do cliente. O autor acrescenta que, no conceito existente na logística, suas funções vêm acrescidas de cinco operações: a) Gerenciamento de Transporte; b) Estoque; c) Armazenagem ou Estocagem; d) Tecnologia de Informação; e) Gerenciamento de produção ou operações. E ainda afirma que todas essas circunstâncias se integralizam num trabalho de melhoramento no movimento e controle de mercadorias, integralizado com o marketing na busca do feedback do cliente, consegue medir o quanto os caminhos logísticos adotados estão produzindo retorno ou prejuízo.

2.2 Logística reversa – conceitos

Uma das características da logística é a sua empregabilidade em dinamizar e estruturar uma cadeia de suprimentos, mas esse processo recorre algumas vezes em outros tipos de perdas, que seriam a parte sustentável dessa cadeia. Todo processo produtivo agrega valores aos seus produtos e busca dar continuidade de seus lucros como também manter o negócio no mercado o maior tempo possível. Contudo, o resultado desse período de afirmação no mercado, vem sendo analisado de forma abrangente no sentido ambiental, quanto às consequências da maneira

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imprópria de descarte dos resíduos e outros materiais de uso descartável utilizados na produção (VALLE; SOUZA; GABBAY; 2014).

A logística reversa teve uma importância mais acentuada na década de 1980, no quadro 2 pela análise de Pereira et al. (2013, p. 4), apresenta-se um breve histórico.

Histórico da Logística Reversa

ANO AUTORES ENFOQUE

1971 Zikmund e Stanton Distribuição reversa

1978 Ginter e Starling Canais de distribuição reversos: recuperação de materiais.

1982 Barnes Importância da reciclagem no processo de negócios.

1983 Ballou Canais de distribuição diretos, reversos, pós consumo. 1988

Constituição Federal Brasileira - Art. 23 Proteção ao meio ambiente

Rogers Custos logísticos de retorno de bens

1989

Brasil – Lei 7.802/89 Embalagens de agrotóxicos

Muphy e Poist Conceitos e definições de logística reversa 1990 Institute of Scrap Recycling Industries(ISR) Desenvolvimento de cadeias reversas.

1991 Stiell Evolução do tratamento de resíduos plásticos.

1992 Ottman Marketing verde

1993 Council of Logistic Management(CLM) Canais reversos, logística reversa, reuso, reciclagem. 1993

Ministério da Indústria, Ciência e Tecnologia(MCIT) Estudo setorial sobre reciclagem de metais não ferrosos.

Rosa Reciclagem de plástico.

1995

Fueller e Allen Fluxo reverso, resíduos, disposição final de bens. Fenman e Stock Revalorização econômica de bens de pós- consumo. Miles e Munilla Imagem corporativa e logística reversa.

1996

Valiante

Seminário brasileiro de reciclagem de alumínio (Associação Brasileira do Alumínio – ABAL).

1997 Wilt e Kincaid Descarte e reciclagem na indústria automotiva.

1998

Calderoni Revista Tecnologística Coleta, reciclagem e lixo, Logística reversa e canis de distribuição reversos(CDRs).

Stock Reuso, reciclagem e logística reversa.

Nijkerk e Dalmijin Técnicas de reciclagem.

Carter e Diiram Revisão de literatura de logística reversa.

1999

Leite Logística reversa e meio ambiente.

Rogers e Timber-Lemble Canais de distribuição reversa de pós- venda(CDR-PV), fluxos reversos pós-venda e pós-consumo

2000 Anpad(diversos autores) Artigos diversos sobre logística reversa

2001

Business Association of Latin America Studies(Balas) Artigos diversos sobre logística reversa

Bowersox e Closs Fluxo direto e fluxo reverso.

Fleischmann Modelos quantitativos de logística reversa

2002

Brasil – Decreto 4.074/2002 Embalagens de agrotóxicos e disposição final. Lacerda Logística reversa, conceitos e práticas operacionais. Daugherty, Myers e Richey Logística reversa

2010 Brasil – Decreto 12.305 de 02/08/2010 Política Nacional de Resíduos Sólidos

Quadro 2: Histórico da Logística Reversa. Fonte: Pereira et al (2013, p.4).

Contudo, para Grant (2013), mesmo sendo um assunto tratado atualmente em maior

escala. Assim, a Logística Reversa foi ganhando espaço e se tornando mais efetiva nas instituições. Esse crescimento foi corrigindo o controle da cadeia de suprimentos, em grande parte dos setores logísticos. Quando incorporada, a logística reversa impõe uma série de fundamentos na produção, praticamente, é um método de controle e gerenciamento de tudo que foi executado deverá ser monitorado do início ao fim da produção, e principalmente, verificar o quão é o nível de desperdícios, estoques, danos, aproveitamento, etc.

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2.3 Logística reversa de medicamentos

O uso da Logística reversa elevou seu aproveitamento quando em 2010, houve a promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei nº 12.305, cujo valor no cenário mundial foi de grande importância e muito observado na Conferência Rio+20 (VALLE; SOUZA, 2013). A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, conhecida também como Rio+20 realizada em junho de 2012 na cidade do Rio de Janeiro/RJ, teve como objetivo a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.

Conforme o relatório do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas (SINDUSFARMA), o Brasil está elevando seu potencial em produção e venda de medicamentos conforme a tabela 1, até o mês de abril/2019 o valor fechou um pouco a baixo do mês anterior, mas em comparação aos dois primeiros meses do ano, a indústria farmacêutica conseguiu um aumento muito significativo em sua receita, inclusive, o último valor, indica que os ganhos estão acima dos valores dos últimos cinco anos, praticamente a indústria farmacêutica está fechando seu ciclo com alto lucro e alta produção de medicamentos.

Vendas do Mercado Farmacêutico 2014 - 2019

Meses 2014 2015 2016 2017 2018 (**) 2019 Jan 3.189.929.864 3.300.635.796 3.522.807.761 4.165.254.369 4.760.353.715 5.201.596.950 Fev 3.041.775.384 3.082.278.659 3.557.512.204 3.960.282.249 4.408.088.348 4.958.071.156 Mar 3.324.878.387 3.873.951.403 4.363.936.022 5.181.653.098 5.329.333.868 5.668.024.956 Abr 3.314.843.656 3.637.391.802 4.061.823.814 4.258.297.826 5.120.379.770 5.541.366.102 Mai 3.575.254.959 3.806.101.740 4.392.630.936 4.973.353.406 5.335.688.245 Jun 3.374.184.843 3.837.301.816 4.460.263.254 4.821.418.908 5.221.546.374 Jul 3.674.760.623 3.981.848.742 4.387.996.028 4.832.902.338 5.350.587.868 Ago 3.655.079.650 3.860.457.706 4.537.114.301 5.047.410.310 5.534.867.538 Set 3.750.345.931 3.863.766.153 4.409.490.610 4.911.103.404 5.157.386.823 Out 3.798.504.973 3.855.508.096 4.305.009.618 4.928.283.176 5.512.043.995 Nov 3.494.105.762 3.694.742.806 4.297.830.873 4.816.508.170 5.331.857.920 Dez 3.766.989.510 3.929.525.321 4.543.580.192 4.954.273.571 5.335.818.598 Total 41.960.653.540 44.723.510.040 50.839.995.614 56.850.740.824 62.385.510,624 64.267.700.637

Tabela 1– Indicadores Econômicos – Fonte: Sindusfarma- Vendas Mercado Farmacêutico (2019).

Como visto, o Brasil está crescendo em sua capacidade produtiva de medicamentos e este crescimento atrai uma série de pontos relativos à sustentabilidade e o uso adequado da Logística Reversa de Medicamentos. Mesmo com a necessidade de muita reestruturação nas indústrias farmacêuticas, o Ministério da Saúde, se responsabilizou pela cadeia produtiva de

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descarte de medicamentos, conforme as orientações da lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 e instituída pela Política Nacional de Resíduos Sólidos Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 que foi criada para uma geração de medidas legais, gerando uma evolução para uma série de vantagens sustentáveis na cadeia de produção dos medicamentos, elaborando planejamentos e controle adequado ao descarte de cada cadeia produtiva existente nas indústrias.

2.4 Regulamentação da logística reversa de medicamentos

Pelas informações contidas no site do Sistema Nacional de Informações (SINIR) sobre

a Gestão dos Resíduos Sólidos, a Lei de Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, implantou três mecanismos para sua atuação: regulamento, acordo setorial e termo de compromisso. O acordo setorial é um acordo firmado entre o poder público, fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, e visa a inserção da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.

Ainda seguindo as informações do SINIR, o Acordo Setorial é presidido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e composto pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC); Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); Ministério da Fazenda (MF) e pelo Ministério da Saúde (MS), todos estes, representados por seus ministros de Estado e comitês.

De forma mais objetiva, Barsano, Barbosa e Ibrahin (2014), esclarecem que a responsabilidade principal de se obter resultados satisfatórios na execução da logística reversa, é de responsabilidade das empresas, e isso em conjunto com cooperativas de catadores, e mais a apresentação de informações à população, proporciona o interesse e o acesso a pontos de coletas para produtos não utilizados e evidencia a importância do descarte correto.

Citando as iniciativas legais existentes: BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Portaria nº 499, de 18 de dezembro de 2002, apresenta, importantes iniciativas na prevenção e no tratamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS). Em conjunto com outra medida tomada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária(ANVISA). Portaria nº 593, de 25 de agosto de 2000. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, classificando os Resíduos Sólidos de Saúde (RSS), conforme suas características químicas, e são definidos em: A (biológico), B (químico), C (rejeitos radioativos), D (comum) e E (perfurocortantes).

Mesmo com a implantação da PNRS e RDC 306, as estratégias específicas na área de medicamentos quanto ao seu descarte, não estão muito objetivas, apenas resumem-se em pontos relativos e na maioria de atuação industrial, não há uma determinação inerente no que se trata

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das responsabilidades sobre os medicamentos vencidos, suas embalagens, pontos de coletas, responsabilidades sociais, no âmbito farmacêutico e das redes de drogarias.

Essa lacuna foi identificada e se tornou um Projeto de Lei elaborado em 2011 pelo Deputado Federal Walney Rocha (RJ), com apenas três artigos, e juntamente com os Deputados Federais Alexandre Roso/RS e Paulo Foletto/ES, ampliaram essa Lei e criaram a Projeto de Lei (PL) 7.064, para a ampliação das responsabilidades ambientais e acesso à informação referentes ao recolhimento e à devolução de medicamentos vencidos ou a vencer. Essa PL trata de pontos bem específicos em relação às resoluções anteriores, como por exemplo, a obrigatoriedade de farmácias, drogarias, ou distribuidoras de medicamentos, da existência de ecopontos ou espaços de fácil acesso para a devolução de medicamentos vencidos, a vencer, deteriorados, ou inservíveis, conforme o Art. 3º do Projeto de Lei nº 7.064/2014.Essa iniciativa mais atuante na área comercial dos estabelecimentos de saúde, conforme o Projeto de Lei 7.064/2014, citado pela ANVISA (2014), não impõe uma atitude de políticas públicas, leis e demais diretrizes relacionadas ao RSS, entretanto, recai sobre as indústrias, mas não compartilha as responsabilidades que a sociedade possui nesse sentido. Esse projeto foi uma maneira e uma iniciativa de agregar aos lojistas e aos profissionais de saúde, a real importância de uma atuação mais ampla e informativa aos consumidores.

Ainda tendo várias regulamentações no combate à poluição ambiental pelo descarte de medicamentos, tendo poucos participantes na distribuição dessas informações, e com base na lei nº 44, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) de 11 de agosto de 2006. Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências nos Art. 92 e Art. 93 dessa RDC, que trata da iniciativa das farmácias e drogarias em participar ou promover campanhas de educação ambiental, saúde pública e participação de coleta de medicamentos descartados pela comunidade, ainda assim, a população não mantém um nível de conhecimento sobre logística reversa de medicamentos.

Em Mato Grosso do Sul, destaca-se a Lei nº 4.474, de 06 de março de 2014. Estabelece algumas obrigatoriedades em relação à prevenção ambiental, como citado no Art. 1°, de manter recipientes de coletas para medicamentos vencidos ou deteriorados e com cartazes visíveis para chamar a atenção dos consumidores em descartar seus medicamentos inutilizáveis, essa é uma forma de combater o descarte inadequado dos produtos químicos(Anexo 02).Entretanto, mesmo com a apresentação de interesses na preservação do meio ambiente, o referido decreto-lei 4.474/2014 foi vetado, conforme o Decreto-lei nº 127/2017(Anexo 03), estabelecendo a

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inconstitucionalidade informal dos artigos da Lei 4.474/2014, ou seja, houve um retrocesso na responsabilidade ambiental que o Estado passaria a ter, excluindo a obrigação das empresas farmacêuticas no descarte correto de seus produtos.

Mesmo com a dificuldade em garantir as responsabilidades ambientais às farmácias do estado, o veto do governador, não foi totalmente aceito e sofreu algumas alterações pela Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul, cujas alterações foram aplicadas na Lei nº 5.180, 12 de abril de 2018(Anexo 4). Dessa forma, mesmo tendo algumas poucas medidas alteradas, e como a maioria delas, o foco da responsabilidade e aplicabilidade permanece somente na área farmacêutica, a informação à população não é uma base prioritária e restringe o acesso às consequências de descartar os medicamentos em lugares impróprios, a lei foi alterada, mas induziu as obrigatoriedades às farmácias de fazer o papel de informar á população sobre os riscos, ou seja, o estado colocou mecanismos para se excluir da responsabilidade de informar e orientar os cidadãos.

2.5 LEI MUNICIPAL

Com o interesse de algumas autoridades no trato à conservação do meio ambiente e à segurança da população, foi promulgada uma lei especifica determinante nesse contexto a lei municipal nº 2.324, de 19 de março de 2014. Estabelece a obrigatoriedade de farmácias do município, a receberem e acondicionarem as embalagens e os medicamentos vencidos dos usuários, incluindo o adequado descarte, dos mesmos.

Observando esta legalidade, a prefeitura, transferiu a responsabilidade ambiental para as farmácias, lembrando que a cidade não possui uma base de aterro para o descarte adequado desses medicamentos, dessa maneira, o município consegue atenuar as suas verdadeiras obrigações na conservação do meio ambiente. Desta maneira, seria adequado o município possuir um aterro sanitário para o descarte de resíduos sólidos, incluindo os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), mas a iniciativa de incluir essa responsabilidade para as farmácias da região não aparece nos estabelecimentos farmacêuticos da região. Contudo, mesmo com a criação de leis para o combate à poluição e contaminação resultantes dos resíduos sólidos de medicamentos, estas iniciativas nem sempre são cumpridas nos estabelecimentos farmacêuticos.

Em relação ao aterro sanitário na cidade de Aquidauana, podemos pontuar uma matéria no site g1.globo.com, dando ênfase a uma reportagem postada em 19/08/2016, constando uma afirmativa de uma pesquisa realizada em 2016 pelo Tribunal de Contas do Estado(TCE-MS),

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onde há somente 7(sete) cidades com aterro sanitário e 9(nove) têm áreas de transbordo, enquanto as demais 63 cidades possuem apenas os lixões. Baseando-se nessa reportagem, podemos destacar que além de Aquidauana, incluíram as cidades de Bodoquena, Anastácio e Miranda para formarem um consórcio intermunicipal.

2.6 OUTRAS INICIATIVAS E INFORMAÇÕES RELEVANTES

Além de uma grande parcela da população descartar os medicamentos, em lixos e vasos sanitários, o Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul(CRF/MS, ano 2018) informa em seu website, que há pontos de coletas específicas para o descarte adequado, e também o consumidor pode procurar o próprio CRF/MS para efetuar esse descarte. Outra informação, existente no website do CRF/MS é que a população da capital de Campo Grande, conta com as Unidades de Saúde Básicas, que possui um ponto de coleta de medicamentos vencidos, e foi indicado pelo CRF/MS para o cumprimento da Lei complementar municipal.

Segundo os dados no site do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE, 2017), no Brasil, alguns laboratórios e farmácias propuseram uma iniciativa de informação aos seus consumidores, dentre esses, podemos citar o laboratório da Eurofarma, numa parceria com o grupo Pão de Açúcar, iniciou em 2010 a criação dos primeiros pontos de recebimentos das embalagens de resíduos perigosos. Outra medida parecida, efetivada pela Droga Raia, com uma estratégia em conjunto com a Brasil Health Service, desenvolveram um equipamento de autoatendimento: o Ecomed. O equipamento possui compartimentos específicos para cada produto descartado, um leitor de código de barras informa qual coletor o produto deve ser descartado.

Na figura 1, a Droga Raia (2018), informa aos seus clientes sobre a importância do descarte consciente e responsável dos medicamentos. Segundo o próprio site, em torno de 450 (quatrocentos e cinquenta) litros de água são contaminados pelo descarte incorreto dos medicamentos em fossas sanitárias ou nos lixos comuns.

Uma iniciativa realizada nesse sistema de responsabilidade social e ambiental, destaca-se o programa de sustentabilidade adotado pelas redes de drogarias Droga Raia, e tal iniciativa de conservação do meio ambiente se torna principalmente como uma forma de orientar seus clientes, que todos devem fazer sua parte. Na ilustração abaixo, os processos de contaminação decorrentes em toda extensão do problema em si, expõe o que a falta de informação da população poderá se tornar um fator prejudicial a toda cadeia produtiva e logística das indústrias.

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Ilustração do processo do descarte de medicamentos elaborado pelas drogarias

Droga Raia.

Fonte: www.drogaraia.com.br/sustentabilidade. (2018).

Todavia, observando a figura1, conclui-se que as legislações foram muito bem elaboradas, mas as responsabilidades recaem mais no aspecto industrial, não se dividem aos consumidores principais, a população não possui conhecimento e informações mais atuantes para o descarte correto dos medicamentos vencidos ou em desuso.

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3 MÉTODOS E TÉCNICAS

A presente pesquisa caracteriza-se como descritiva e quantitativa e do tipo levantamento. Sobre a pesquisa descritiva, Barros (2006) destaca que ela sugere uma relação mais objetiva com o objeto pesquisado e, para isso, o processo pode ser realizado por dois métodos: a pesquisa documental ou de campo. Para Rampazzo (2013) a pesquisa descritiva baseia-se inicialmente em hipóteses e se utiliza de meios como entrevistas, questionários ou pesquisas de opinião (RAMPAZZO, 2013). A pesquisa ora apresentada ocorreu em campo, utilizando-se de questionário para o levantamento de comportamento relativo ao descarte de medicamentos vencidos ou usados nas farmácias.

Conforme; Collado e Baptista Lucio (2013, p. 30), o método quantitativo de pesquisa se define como: “Uma coleta de dados, para testar hipóteses, baseando-se na medição numérica e na análise estatística para estabelecer padrões e comprovar teorias”. Ainda, para os autores, o uso do método quantitativos busca compreender de maneira somatória, utilizando-se de técnicas estatísticas, respostas mais condizentes com o perfil dos selecionados.

Assim, o teste de hipóteses está presente na pesquisa descritiva, contando com o apoio do método quantitativo. Considerou-se, portanto, a pesquisa descritiva e quantitativa, como ideal para a presente pesquisa, no que se refere às hipóteses descritas no capítulo de introdução. A pesquisa é também do tipo levantamento que, segundo Bertucci (2015) apresenta como processo analítico questionários conforme sua atuação e necessidade. Desta forma, utilizou-se com técnica predominante para a coleta de dados o questionário, que se encontra no Apêndice.

O uso da amostra se faz necessário quando a pesquisa de determinado assunto envolve o comportamento de uma parcela da população possui com base ao assunto objeto de pesquisa. Para a presente pesquisa, consideraram-se dados Instituto Brasileiro de Pesquisas e Estatísticas (IBGE, 2010) sobre a população pesquisada (residentes do município de Aquidauana): segundo o último estudo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) a cidade de Aquidauana/MS, possui uma população estimada para o ano de 2018, de aproximadamente, de 47.784 pessoas.

Inicialmente, a pretensão é utilizar uma amostra probabilística da população, contudo, o tempo limitado para a elaboração da pesquisa de TCC é de um semestre letivo. Assim, optou-se pela amostragem não probabilística, com o uso do método de bola de neve. Segundo Freitas, Silva e Adams (2011), o uso do método Bola de Neve se refere à: “seleção de indivíduos pelo interesse por determinado tema e um sujeito investigado indica outro, caso os elementos

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colhidos ainda não satisfaçam a necessidade de preencher os objetivos do pesquisador, o que pode ser útil em estudos de pequenas comunidades portadoras de traços sociais ocultos”.

A escolha desse tipo de pesquisa, teve uma influência pelos meios de comunicação e compartilhamento direto e acessível do uso de redes sociais como WhastApp e Facebook, usando-se o snowball, o questionário foi lançado para grupos e de modo individual, com acesso aberto e perguntas claras, abordando assuntos sobre o descarte de medicamentos vencidos, meio ambiente, sustentabilidade e direitos ao acesso ao descarte correto dos medicamentos vencidos. Manter a discrição e o anonimato dos entrevistados é uma variável bem influente em muitas pesquisas, muitos não participam quando há uma exposição de suas identidades, (VINUTO, 2014). Para a sua aplicação o questionário foi lançado em redes sociais excluindo a identificação dos colaboradores, solicitando o compartilhamento do link para um alcance maior de acesso entres a rede de amigos. O início da aplicação foi em 06 de maio de 2019 encerrando-se em 20 de maio de 2019, em virtude do Cronograma de TCC do Curso de Administração, a pesquisa foi encerrada sob a necessidade de obter o máximo de colaboradores respeitando o tempo necessário para uma coleta de dados satisfatória, resultando na quantidade total de 196 participantes.

Após a coleta de dados, aplicou-se a sua análise descritiva que, segundo Colauto e Beuren (2006) busca desvendar as características de um fenômeno, por meio de técnicas estatísticas tais como, dentre outras, o cálculo do percentual e coeficiente de correlação, na análise dos dados, subsidiando inferências do pesquisador.

Primeiro os dados foram tabulados e inseridos em tabela no Excel. O correlacionamento dos dados, ocorreu com o a função da tabela dinâmica na busca de significâncias. Para a apresentação dos dados forma elaboradas tabelas, que possível, forma confrontadas com as hipóteses pré-estabelecidas, sendo que a correlação permitiu levantar novas hipóteses. Sempre que possível, fez-se uma relação com a teoria.

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4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

4.1 O município de Aquidauana e a legislação vigente sobre o descarte de medicamentos em farmácias

Conforme pesquisas encontradas no site da Câmara Municipal de Aquidauana, e

também na página eletrônica do SEBRAE os dados geográficos e características da cidade de Aquidauana são:

• Localizada na região Centro Oeste do Brasil, no Pantanal Sul Matogrossense (Microrregião de Aquidauana), situa-se entre a Serra da Piraputanga e Maracajú; o povoamento foi iniciado na data de 15 de agosto de 1892, século XVI, cuja comitiva de colonização foi comandada por Teodoro Paes da Silva Rondon.

• A opção pelo nome ″Aquidauana″ revela a influência da cultura indígena em várias regiões de Mato Grosso do Sul, segundo a toponímia Guaicuru o termo denomina rio estreito, fino. O nome ″Aquidauana″ aparece em mapas datados do século XVII, pelo menos 200 anos antes da fundação do povoado.

• Possui uma área de 16.958,496km2e sua população estimada é de 47.784

habitantes(IBGE, 2018)

• A comunidade indígena está presente em 5 aldeias: Taunay, Limão Verde, Cachoeirinha, Ipegue e Bananal. E fazendo parte também os 4 Distritos de: Camisão, Piraputanga, Cipolândia e Taunay.

• Principais aspectos econômicos do município são: a agricultura; pecuária; culturas permanentes(cultivo de: mandioca, coco da baía e laranja); produção de leite e mel. (SEBRAE, 2019).

Em questão da Lei municipal nª 2.2342 de 19 de março de 2014 (Anexo 1), faz-se saber que todas as farmácias estabelecidas no município são obrigadas a receber, acondicionar e providenciar o destino adequado dos medicamentos vencidos e suas embalagens. E caso haja algum descumprimento dessa lei, o estabelecimento será multado de 2 até 4 mil UFAs (Unidades Fiscais de Aquidauana), e conforme o Decreto Municipal 001/2019 de 7 de janeiro de 2019 – o valor atualizado da UFAs, é de R$ 4,96(Quatro reais e noventa e seis centavos).

Assim, confirma-se a Hipótese (H1): “Há legislação sobre o descarte de medicamentos em farmácias”. Além da municipal, há ainda, conforme mencionado na Fundamentação Teórica, há a legislação estadual de Mato Grosso do Sul, lei nº 5.180 de 12 de abril de 2018, que estabelece regras às farmácias, em disponibilizarem três recipientes para o descarte de medicamentos, cosméticos, e outros insumos farmacêuticos e o descarte dos mesmos será de

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responsabilidade do gestor. Contudo, não há algum artigo sobre o valor da multa em caso de descumprimento da medida estadual.

4.2 Perfil dos participantes da pesquisa

Com relação atabela2 apresenta os bairros de Aquidauana em que os participantes

residem.

Tabela 2: Bairros em que residem os participantes da pesquisa

BAIRROS N % Alto 67 34% Campina 1 1% Centro 12 6% Exposição 11 6% Guanandy 18 9% Icaraí 1 1% Lagoa 6 3% Nova Aquidauana 5 3% Santa Teresinha 42 21% São Francisco 8 4% Serraria 20 10% Trindade 5 3% TOTAL 196 100%

Fonte: dados primários(questionários).

Observando a tabela2, fica claro que o quantitativo de maior número de moradores do Bairro de Santa Teresinha e Bairro Alto, foi mais participativo do que nos outros bairros.

Com relação, a tabela 3 apresenta os Gêneros que participaram.

Tabela3: Gênero dos participantes da pesquisa

GÊNEROS N %

Feminino 146 74%

Masculino 50 26%

TOTAL 196 100%

Fonte: dados primários(questionários).

Na tabela3, conclui-se que a participação feminina é quase uma totalidade de participações. Talvez, a forma do questionário ter sido difundido em contatos chaves-femininos, pode ter sido um diferencial.

Seguindo a ordem, na tabela verificamos os dados de Tempo de residência dos participantes.

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Tabela 4: Tempo de residência no município

TEMPO DE RESIDÊNCIA N % Menos de 1 ano 16 8 % De 2 a 3 anos 25 13 % De 4 a 5 anos 10 5 % Mais de 5 anos 145 74 % Total Geral 196 100%

Fonte: dados primários (questionários)

Foi analisado nesta tabela4, que a população entrevistada é residente do município há mais de 5 anos, enquantoque, apenas 8%(16) são recém moradores da cidade.

Ainda sobre os participantes da pesquisa, na tabela5, apresentam-se a idade dos colaboradores que mais tiveram acesso ao questionário.

Tabela 5: Faixa etária

Faixa etária dos participantes N %

De 18 a 30 anos 78 40 % De 31 a 40 anos 62 32 % De 41 a 50 anos 34 17 % De 51 a 60 anos 13 7% Acima de 60 anos 9 5 % Total Geral 196 100%

Fonte: dados primários (questionários)

Na tabela5, estabelece uma ordem do quantitativo de pessoas entre 18 a 40 anos que foram mais participativas na pesquisa (72%) sendo que o grupo de mais de 60 anos, ficou apenas com 5% de participação, ou seja, tiveram a menor participação no questionário.

Em referência à tabela 6, demonstra-se a faixa salarial dos colaboradores.

Tabela 6: Faixa salarial dos participantes

FAIXA SALARIAL N %

Até 1 salário mínimo 43 22 %

De 2 a 3 salários mínimo 75 38 %

Acima de 4 salários mínimos 78 40 %

Total Geral 196 100%

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Ao que indica a tabela6, a maior parte dos colaboradores (40%), possui uma renda salarial acima de 4 salários mínimos, enquanto, apenas 22% dos participantes têm a renda até um salário mínimo. Vê-se que o questionário, foi acessado entre os participantes de maior nível financeiro, com provável e fácil acesso à internet.

Na tabela 7, a questão é sobre a escolaridade dos participantes.

Tabela 7: Escolaridade dos colaboradores

Escolaridade dos participantes N %

Fundamental completo 1 1% Fundamental incompleto 1 1% Médio completo 11 6% Médio incompleto 2 1% Superior completo 48 24% Superior incompleto 77 39 % Especialização 24 12 % Mestrado 13 7% Doutorado 19 10 % TOTAL 196 100%

Fonte: dados primários (questionários)

Indica-se na tabela7, que a quantidade de participantes do questionário possui superior incompleto(39%), e ficaram em 1% de pessoas com o fundamental incompleto e completo, outro detalhe, a participação dos que possuem superior completo(24%) foi bem maior ao de doutorado(10%). Ao comparar as tabelas 6 e 7, os dados de maior nível financeiro com o quantitativo de colaboradores de escolaridade de níveis superior completo e incompleto se aproximam da mesma porcentagem.

Na tabela 10, o conjunto de dados diz a respeito da escolaridade, estado civil e ocupação dos participantes.

Os dados relacionados sugerem uma amostra sobre o perfil dos colaboradores, para simples verificação e comparação de dados, para uso em uma futura pesquisa de amostragem em outra cidade.

Com o acesso dessas informações a tabela 8 consegue expor o quantitativo específico de participantes com diferentes perfis de colaboradores. Assim, temos uma forma de analisar qual perfil de participante teve maior acesso, com isso, uma futura pesquisa pode ser encaminhada para determinado público alvo ou não.

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Tabela 08: Escolaridade, estado civil e ocupação dos colaboradores

Escolaridade e estado civil Ocupação Desempregado Estuda Estudante e desempregado Trabalha Trabalha e estuda Total Geral % Doutorado 17 2 19 10% Casado(a) 9 2 11 6% Divorciado(a) 1 1 1% Solteiro(a) 5 5 3% União estável 2 2 1% Especialização 1 1 15 7 24 12% Casado(a) 1 9 6 16 8% Divorciado(a) 2 2 1% Solteiro(a) 1 2 1 4 2% União estável 1 1 1% Viúvo 1 1 1% Fund. completo 1 1 1% Casado(a) 1 1 1% Fund. incompleto 1 1 1% Solteiro(a) 1 1 1% Médio completo 2 6 3 11 6% Casado(a) 4 4 2% Solteiro(a) 2 3 5 3% União estável 2 2 1% Médio incompleto 1 1 2 1% Solteiro(a) 1 1 2 1% Mestrado 3 6 4 13 7% Casado(a) 2 1 2 5 3% Divorciado(a) 1 1 1% Solteiro(a) 1 4 1 6 3% União estável 1 1 1% Superior completo 2 2 2 26 16 48 24% Casado(a) 1 1 15 10 27 14% Divorciado(a) 5 5 3% Solteiro(a) 1 2 5 4 12 6% União estável 1 1 2 4 2% Superior incompleto 2 21 12 10 32 77 39% Casado(a) 1 3 2 6 11 23 12% Divorciado(a) 1 1 1% Solteiro(a) 1 16 7 3 18 45 23% União estável 2 2 1 3 8 4% Total Geral 9 27 14 82 64 196 100%

Fonte: dados primários (questionário).

A tabela 8 correlaciona as questões de escolaridade, estado civil e ocupação, onde os participantes com níveis superior completos e incompletos e que estão em maior número (24%), (39%) e (14%) e (12%) respectivamente, podemos distinguir o seguinte: os participantes de nível superior completo estão em menor número de participantes que trabalham e estudam, em relação aos de nível superior incompleto, inclusive, a participação de maior quantidade foi dos

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colaboradores de nível superior incompleto e solteiros, supostamente, os universitários foram mais participativos.

Na tabela 09, relaciona-se: 1) Compra em farmácia privada e municipal; 2) frequência na farmácia; 3)compra de medicamentos com receita.

Tabela 09:1) farmácia privada e municipal; 2) frequência; 3) compra

Questão

1- Se compra medicamentos em farmácias:

N %

2- Compra medicamento somente com receita médica? 3 - Quantas vezes vai à farmácia?

1 ambas(municipal e privadas) 105 54% 2 Não 76 39% 3 de 1 a 2 vezes 59 30% de 3 a 4 vezes 9 5% mais de 5 vezes 8 4% 2 Sim 29 15% 3 de 1 a 2 vezes 24 12% de 3 a 4 vezes 4 2% mais de 5 vezes 1 1%

1 somente em farmácias privadas 89 45%

2 Não 75 38% 3 de 1 a 2 vezes 58 30% de 3 a 4 vezes 15 8% mais de 5 vezes 2 1% 2 Sim 14 7% 3 de 1 a 2 vezes 13 7% de 3 a 4 vezes 1 1%

1 somente na farmácia municipal 2 1%

2 Não 2 1%

3 de 1 a 2 vezes 2 1%

Total Geral 196 100%

Fonte: dados primários(questionário).

Verifica-se que o grupo de participantes que compram em ambas farmácias, frequentam o estabelecimento até duas vezes no mês, e não se utilizam de receita médica exclusivamente, para a compra de medicamentos. Enquanto, que no outro grupo de participantes que compram medicamentos somente em farmácias privadas, eles mantêm o mesmo ritmo de visita ao local de até duas vezes e adquirem seus medicamentos sem o uso de receita médica.

Sendo assim a tabela 09 expõe que a população se divide em adquirir seus medicamentos em farmácias privadas e municipal (54%) e desse total 30% compram

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medicamentos sem a prescrição médica e frequentam as farmácias de 1 até 2 vezes no mês (42%).

4.3 Situação de ida à farmácia para descarte de medicamentos vencidos e embalagens, havendo ou não coleta pela farmácia

Na Tabela 10:Se faz uso do descarte de medicamentos em lixo comum

Respostas N %

Não 64 33%

Sim 132 67%

Total Geral 196 100%

Fonte: dados primários(questionários)

Como se verifica, os consumidores em seus 67% descartam os medicamentos vencidos em pias, vasos sanitários e lixo comum. Esse dado reforça a atenção para o aspecto ambiental e a falta de informação e a necessidade de ter uma ferramenta mais acessível à população com relação ao descarte correto de medicamento. Em uma correlação com a tabela 9(escolaridade), a quantidade de colaboradores de níveis superiores completo e incompleto, fica muito aproximado com o quantitativo de participantes de maior número na tabela 12.

Na tabela 11 fez-se um comparativo da escolaridade com a ação de jogar os medicamentos em lixo comum.

Tabela 11: Relação entre escolaridade e o descarte de medicamentos em lixo comum.

ESCOLARIDADE Joga os medicamentos em lixo comum N % NÃO SIM Fundamental completo 1 1 1% Fundamental incompleto 1 1 1% Médio completo 3 8 11 6% Médio incompleto 1 1 2 1% Superior completo 15 33 48 24% Superior incompleto 27 50 77 39% Especialização 8 16 24 12% Mestrado 3 10 13 7% Doutorado 7 12 19 10% Total Geral 64 132 196 100%

Fonte: dados primários(questionário).

Verifica-se na tabela 11, a conclusão que a quantidade de pessoas que descartam incorretamente os seus medicamentos em lixo comum, ficou no público de níveis superior completo e incompleto, aliás, foi o público de maior participação no questionário como visto na tabela 9.

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Dessa forma conclui-se que pela amostragem do questionário, os consumidores da cidade fazem incorretamente o descarte de seus medicamentos vencidos em lixo comum.

Na tabela 12, pesquisamos se o cliente tem a curiosidade em saber onde pode-se descartar o medicamento vencido.

Tabela 12: No questionário, foi perguntado aos participantes, se indagaram ao atendente a possibilidade em descartar o medicamento na farmácia

Repostas N %

Não 182 93%

Sim 14 7%

Total Geral 196 100%

Fonte: dados primários(questionário).

Tabela 13: Relação entre a escolaridade e o descarte de medicamentos na farmácia.

ESCOLARIDADE Você perguntou ao atendente se poderia descartar o medicamento na farmácia? N % NÃO SIM Doutorado 16 3 19 10% Especialização 23 1 24 12% Fundamental completo 1 1 1% Fundamental incompleto 1 1 1% Médio completo 10 1 11 6% Médio incompleto 2 2 1% Mestrado 12 1 13 7% Superior completo 45 3 48 24% Superior incompleto 72 5 77 39% Total Geral 182 14 196 100%

Fonte: dados primários(questionário).

Em relação à tabela 13 nota-se que os participantes de nível superior completo e incompleto e de maior participação do questionário, não têm a curiosidade ou interesse em descartar os medicamentos vencidos na farmácia. Como visto na tabela 13, os consumidores não possuem o costume ou não se interessam em perguntar sobre o descarte de medicamentos vencidos aos atendentes de farmácia. A falta de informação sobre os riscos do descarte incorreto, pode ser um diferencial neste resultado.

Na próxima tabela apresenta, se o atendente da farmácia informa sobre o descarte do medicamento no local, aos participantes.

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Tabela 14: Se há informação por parte do atendente sobre a possibilidade de descartar o medicamento na farmácia.

O ATENDENTE INFORMA SOBRE O DESCARTE DO MEDICAMENTO NA

FARMÁCIA? N %

Não 182 93%

Sim 7 4%

Total Geral 196 100%

Fonte: dados primários(questionários)

Como visto nesta tabela 14, os atendentes em 93% dos casos, não cumprem seu papel de informar aos consumidores que os medicamentos vencidos podem e devem ser descartados na farmácia, talvez, essa informação seja até por falta de informação dos superiores que não sabem da Lei municipal.

Na tabela 15, a questão é sobre o agente de saúde.

Tabela 15: Se algum agente de saúde informa sobre o descarte de medicamentos.

O AGENTE DE SAÚDE INFORMA SOBRE DESCARTE DE

MEDICAMENTOS N %

Não 188 96%

Sim 8 4%

Total Geral 196 100%

Fonte: dados primários(questionários)

Como visto nesta tabela 15, os agentes de saúde, entre96% dos casos, não cumprem seu papel de informar aos consumidores que os medicamentos vencidos podem e devem ser descartados na farmácia. Talvez, isso ocorra por falta de informação dos superiores que desconhecem a Lei municipal. E conclui-se então que o município não possui coleta seletiva de medicamentos e as farmácias não possuem uma política de ação ambiental, como também não possui orientações sobre o descarte e o recolhimento de medicamentos inutilizáveis pela população.

Na tabela 16, há duas informações sobre o tema sustentabilidade e o descarte residencial de resíduos.

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Tabela 16: Questão 1 – Se o participante conhece o termo sustentabilidade e na questão 2- se o participante sabe sobre a aplicabilidade da sustentabilidade.

Questão 1 - Conhece o termo sustentabilidade: N %

2 - O que é sustentabilidade:

1 Não 14 7%

2

Algo que é autossustentável 1 1%

Algo relacionado ao Meio Ambiente 5 3%

Algo relacionado ao mesmo tempo, ao meio

ambiente, à economia e à sociedade 7 4%

Não sei 1 1%

1 Sim 182 93%

2

Algo que é autossustentável 15 8%

Algo relacionado ao Meio Ambiente 18 9%

Algo relacionado ao mesmo tempo, ao meio

ambiente, à economia e à sociedade 149 76%

Total Geral 196 100%

Fonte: dados primários(questionário).

Vimos nesta tabela 16, a relação das questões 16 e 17 do questionário, cujo ponto é o conhecimento sobre o termo sustentabilidade e sua aplicabilidade. Consta nessa tabela que 93% dos participantes conhecem o termo sustentabilidade, e que 76% do total de participantes, souberam definir a resposta correta para a aplicabilidade da sustentabilidade.

Na tabela 17, a questão é referente sobre o conhecimento do participante sobre a Lei municipal 2.324/2014(Anexo 1).

Tabela 17: É perguntado ao participante se ele recebesse orientação para descartar corretamente o medicamento, ele o faria

FARIA O DESCARTE CORRETO, SE RECEBESSE

ORIENTAÇÃO? N %

Não 6 3%

Sim 190 97%

Total Geral 196 100%

Fonte: dados primários (questionário)

Constata-se nessa tabela, na quantidade de 196 amostras pesquisadas, 190 pessoas se dispõem a descartar os medicamentos vencidos se assim tiverem um acesso para tal ação. Ou seja, se houver o local adequado e uma orientação direcionada à população, haverá uma grande contribuição nesse processo de preservação ambiental.

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4.4 Conhecimento da população sobre a lei municipal referente ao recolhimento de medicamentos vencidos ou usados

Na tabela 18, a questão é referente sobre o conhecimento do participante sobre a Lei municipal.

Tabela 18: Refere-se à questão sobre o participante ter o conhecimento da Lei municipal sobre o descarte de medicamentos

SE CONHECE A LEI MUNICIPAL SOBRE DESCARTE DE MEDICAMENTOS? N %

Não 179 91%

Sim 17 9%

Total Geral 196 100%

Fonte: dados primários(questionários)

Como mencionado anteriormente, e constatado nessa pesquisa, da quantidade de 196 amostras pesquisadas, 179 pessoas não possuem o conhecimento de seus direitos no que tange a lei municipal que trata do descarte de medicamentos vencidos.

4.5 Conhecimento sobre o tema sustentabilidade e descarte residencial de resíduos

Conhecimento e correlação de tabelas sobre o conhecimento da população sobre sustentabilidade, descarte em lixo comum e coleta.

Na tabela 19, a questão é referente sobre o conhecimento do participante sobre a Lei municipal.

Tabela 19: Refere-se ao conhecimento de sustentabilidade e o descarte do medicamento

QUESTÃO 1 - QUANTO AO LIXO DE SUA RESIDÊNCIA: N %

2 - SUSTENTABILIDADE É:

1 Coloca em sacos, sem separação para coleta pela prefeitura 162 83%

2

Algo que é autossustentável 13 7%

Algo relacionado ao Meio Ambiente 21 11%

Algo relacionado ao mesmo tempo, ao meio ambiente, à economia e à

sociedade 127 65%

Não sei 1 1%

1 É queimado 2 1%

2

Algo que é autossustentável 1 1%

Algo relacionado ao mesmo tempo, ao meio ambiente, à economia e à

sociedade 1 1%

1 É separado para reutilização e/ou reciclagem 32 16%

2

Algo que é autossustentável 2 1%

Algo relacionado ao Meio Ambiente 2 1%

Algo relacionado ao mesmo tempo, ao meio ambiente, à economia e à

sociedade 28 14%

Total Geral 196 100%

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33

Na tabela 19, 83% da população faz o descarte de seus medicamentos vencidos no lixo comum, mesmo que a maioria 76%, tenha o conhecimento do termo sustentabilidade e saiba sobre aplicabilidade, a população não possui outros meios acessíveis para o descarte de seus medicamentos vencidos.

4. 5 RELAÇÃO COM A TEORIA

No artigo intitulado de Desafios e Perspectivas na Gestão de Resíduos Sólidos em um Município Sul-Matogrossense – Brasil (SANTOS, PHILIPPI, 2018), aborda um estudo do problema de resíduos sólidos como também a falta de coleta seletiva que não existe no município.

Conforme visto, os participantes da pesquisa possuem consciência e conexão com o termo sustentabilidade, mesmo com número de acertos em relação aos objetivos da sustentabilidade, a população não consegue atingir seu grau de consciência ambiental pelo fato da cidade não possuir uma coleta seletiva, ou que seja feita o recolhimento pelas farmácias como é exigido pela lei municipal

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a conclusão deste trabalho foi possível verificar o comportamento dos participantes da pesquisa em relação ao sentimento de importância e consciência ambiental que as pessoas possuem em relação ao descarte de medicamentos usados ou vencidos. Verificando as análises do questionário aplicado, vemos que o município possui uma iniciativa pública e leis para atuarem na conservação do meio ambiente (IBGE, 2017), mas essas informações ficaram restritas às farmácias.

Há campanhas e facilidade de acesso para a coleta de medicamentos vencidos em algumas cidades do Estado (SANTOS; PHILIPPI, 2018), essas campanhas, atraem um grande número de pessoas que optam em descartar o medicamento ou insumo hospitalar de maneira adequada. No caso da pesquisa em si, o objetivo foi analisado e constatou-se que a população de Aquidauana e supostamente, até mesmo, muitos comerciantes de drogarias, não conhecem a lei municipal que trata da obrigatoriedade de recolhimento de medicamento e embalagens.

Como a Lei municipal impõe que as farmácias além de recolher, sejam responsáveis pela destinação adequada dos resíduos de medicamentos, seria viável um estudo e uma análise para um acordo entre uma empresa ser responsável pelo recolhimento quinzenal desses resíduos nas farmácias e postos de saúde, para serem recolhidos e descartados corretamente. Outras sugestões, seria informar à população a gravidade e que consequências essa atitude em jogar o medicamento em lixo comum ou na rede de esgoto acarreta em pequeno, médio e longo prazo, tanto para o meio ambiente quanto para todos os moradores da região. Para agilizar esse processo de informar os moradores, a confecção de banners e a inserção em todos os postos de saúde, de caixas coletoras de medicamentos vencidos, facilitaria a amplitude ao acesso a todos os moradores e usuários dos serviços.

Por ocasião do prazo de entrega, a limitação da pesquisa foi prejudicada em não ter usado uma amostra probabilística que seria mais representativa sobre a questão estudada. Por necessitar de um período de tempo maior de estudo, para coleta e análise de dados, ficou uma pré-sugestão de comparar e estudar a pesquisa em outra cidade de pequeno porte, para fins de comparações analíticas e comportamental da população.

Referências

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