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O NAPNE COMO ALTERNATIVA DE PROMOÇÃO DA INCLUSÃO NO IFAL

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Academic year: 2021

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O NAPNE COMO ALTERNATIVA DE PROMOÇÃO DA INCLUSÃO

NO IFAL

Flávio Anderson Pedrosa de Melo1; Márcia Rafaella Graciliano dos Santos Viana2; Mayane Duarte Ferreira3

Eixo Temático: Atendimento Educacional Especializado

RESUMO

O Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas - NAPNE, foi criado no Instituto Federal de Alagoas - IFAL com a finalidade de incentivar, mediar e facilitar no processo de ensino e aprendizagem de alunos com necessidades específicas. O núcleo é formado por uma equipe multidisciplinar que atua para que o aluno seja incentivado a superar-se e alcançar suas metas. Além do atendimento e acompanhamento dos alunos com necessidades específicas e demandas das instituições, estão sendo realizadas atividades de cunho inclusivo com o intuito de trazer informação e formação para a comunidade escolar. Diante disso, o trabalho em questão tem como objetivo descrever e apresentar o Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas – NAPNE, sua formatação e potencial de fomentar a inclusão por meio de ações, ligadas à disciplina Educação Física, voltadas à comunidade escolar. Trata-se de um relato de experiência. Foram estabelecidas as categorias: Conteúdos inclusivos na disciplina Educação Física; Atividades voltadas à formação da comunidade escolar (professores, técnicos administrativos, alunos e demais pessoas). Na primeira categoria, destaca-se a sensibilização dos alunos por meio de temáticas ligadas à inclusão e valorização da diversidade. Referente à segunda categoria, foram realizadas atividades como: vivências de atividades físicas adaptadas e esportes, e palestras sobre aspectos acerca da inclusão. Tais atividades têm a finalidade de transformar o contexto escolar, contribuindo para uma sociedade em que os cidadãos se reconhecem como parte ativa do processo de inclusão.

Palavras-chave: Educação Especial; Educação Física; Inclusão.

1flaviomelo@ifalpalmeira.edu.br - Professor Mestre do Instituto Federal de Alagoas - IFAL 2rafaellagraciliano@hotmail.com - Professora Mestre do Instituto Federal de Alagoas - IFAL 3mayanedestudos@gmail.com – Aluna do Instituto Federal de Alagoas – IFAL

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INTRODUÇÃO

A inclusão da pessoa com deficiência é um tema de grande relevância já que promove, segundo Ferreira (2007), a participação das minorias sociais em ambientes antes reservados apenas àqueles que se enquadravam nos ideários preestabelecidos e perversos de força, beleza, riqueza, juventude, produtividade e perfeição. Assim sendo, o tema “[...] vem ganhando espaço cada vez maior em debates e discussões que explicitam a necessidade de a escola atender às diferenças intrínsecas à condição humana” (SILVEIRA; NEVES, 2006, p. 79).

O grande desafio proposto pela inclusão de alunos com deficiência nas escolas regulares em nosso país, segundo Beyer (2005), dependerá de um esforço coletivo que envolva os próprios alunos, os professores, as equipes diretivas e pedagógicas, os funcionários e os gestores do projeto político-pedagógico. As mudanças operacionais necessárias para que as escolas se tornem inclusivas de fato só acontecerão:

[...] quando as instituições reconhecerem suas responsabilidades com cada aluno, abolindo as discriminações e as preferências, oferecendo ao professor melhores condições de atuarem na inclusão do aluno com necessidades educacionais especiais. Isto envolve capacitação, conscientização da comunidade escolar sobre deficiências e deficientes, material pedagógico, adaptação curricular, apoio técnico, entre outros (SOUZA, 2005, p. 98).

A Constituição Federal Brasileira, em seu artigo 208, estabelece o “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente, na rede regular de ensino” (BRASIL, 1988, p. 95), visando à reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas, de modo que estas respondam à diversidade dos alunos, assegurando o direito de todos a educação, especialmente das pessoas que necessitam de uma atenção especial no ambiente escolar (MAHL, 2012).

No caso específico dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, estes passam a regulamentar documentos direcionados à essa perspectiva educacional. A exemplo da Resolução nº 22/CS, de 08 de agosto de 2011, a qual institui o Programa de Assistência aos Estudantes com Necessidades Educacionais Específicas para atender as demandas referentes às pessoas com deficiências e transtornos globais do desenvolvimento, e aos que apresentam superdotação / altas habilidades (PDI, 2014). E, em seguida por meio da Portaria nº 909/GR, de 22 de maio de 2012, que cria, em todos os câmpus, Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNEs) (PDI, 2014).

Diante do exposto, o trabalho em questão tem o objetivo de descrever e apresentar o Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas – NAPNE, sua formatação e potencial de fomentar a inclusão no contexto escolar por meio de ações ligadas à Educação Física Adaptada.

METODOLOGIA

O trabalho em questão trata-se de um relato de experiência, o qual é caracterizado por ser um estudo observacional, não controlado, envolvendo intervenção e desfecho para única pessoa ou unidade (LÉO; GONÇALVES, 2010).

Referente às vivências ocorridas em meio às ações desenvolvidas pelo Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas – NAPNE, no Instituto Federal de Alagoas – IFAL campus Palmeira dos Índios e Campus Murici.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

O Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas - NAPNE, criado a partir da Resolução Nº45/CS, de 22 de dezembro de 2014 no Instituto Federal de Alagoas – IFAL, tem a finalidade de incentivar, mediar e facilitar no processo de ensino e aprendizagem de alunos com necessidades específicas. O núcleo é formado por uma equipe multidisciplinar que atua para que o aluno seja incentivado a superar-se e alcançar suas metas. Desde então, tem crescido o número desses núcleos nos variados campus do IFAL, e diante das finalidades que lhes foram atribuídas, acredita-se que é por meio destes que se poderá transformar e preparar a comunidade escolar dessa instituição para promover uma Educação Inclusiva, levando em consideração o entendimento dessa instituição acerca dessa temática:

O IFAL compreende que suas ações direcionadas à inclusão devem buscar promover a autonomia e a independência de pessoas com necessidades específicas, por meio de ações inclusivas, passando a responsabilizar-se pelas mudanças que permitam o acesso pleno de todas as pessoas a todos os bens e serviços da Instituição. Seu compromisso é ser acessível à comunidade desde o processo seletivo até a conclusão do curso. Além disso, devem ser respeitadas as normas de acessibilidade na arquitetura, nos transportes, nos mobiliários, nas comunicações, na informação, nos recursos didáticos e pedagógicos utilizados nos cursos da Instituição (PDI, 2014).

É importante ressaltar que tendenciosamente o número de pessoas com tais características irá aumentar, tendo em vista a implementação da Lei Nº 13.409, de 28 de dezembro de 2016, a qual dispõe sobre a reserva de vagas para pessoas com deficiência nos cursos técnicos de nível médio e superior das instituições federais de ensino (BRASIL, 2016). E que diante disso, haverá a necessidade de maiores investimentos no processo de implementação de tais políticas, bem como de fortalecimento dos NAPNEs.

No Campus Palmeira dos Índios, o NAPNE vem se desenvolvendo desde 2016, e tem se organizado em três tópicos funcionais, são elas: I) Formação; II) Atendimento/Acompanhamento e III) Pesquisa.

I) O item formação se direciona à promoção de palestras, cursos, oficinas voltadas à comunidade escolar na área do conhecimento com a finalidade de proporcionar formação e informação acerca de demandas e temáticas mais amplas, bem como específicas.

II) O item atendimento/acompanhamento tem a finalidade de promover o acompanhamento dos alunos com necessidades específicas, desde sua chegada ao campus, sua passagem pelo curso e direcionamento para a vida. Utilizando-se de planejamentos e estratégias juntamente aos professores e demais servidores, com o intuito de possibilitar a inclusão desses alunos.

III) O item pesquisa, se refere às problemáticas que virão a ser investigadas como forma de produção do conhecimento, por meio de projetos de pesquisa do Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica - PIBIC, construção de material didático, equipamentos, relatos de experiências, construção de artigos científicos e elaboração e participação em eventos científicos e outros do gênero.

No caso específico da disciplina Educação Física, foram desenvolvidas atividades voltadas à formação da comunidade escolar (professores, técnicos administrativos, alunos e demais pessoas). Apresentados nesse momento por meio de duas categorias, a saber:

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O currículo da disciplina Educação Física, direcionado ao ensino médio, contempla temáticas relacionadas aos aspectos inerentes à inclusão, valorização da diversidade, utilizando-se de vídeos, vivências práticas com estratégias para incluir todos os alunos, cada um com suas características, possibilitando a experimentação de modalidades esportivas adaptadas e inclusão destas nos jogos internos.

2) Atividades voltadas à formação da comunidade escolar (professores, técnicos administrativos, alunos e demais pessoas).

Foram realizadas atividades envolvendo a comunidade escolar, tais como: palestras abordando aspectos acerca da inclusão, ações coletivas e dinâmicas de sensibilização da comunidade escolar (entrega de rosas com mensagens como divulgação de palestras), bem como atividades de construção do núcleo em conjunto com a comunidade (concurso de elaboração do logotipo do núcleo), além de vivências de atividades físicas adaptadas e esportes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os NAPNE´s possuem um papel importante no processo de recepção, acompanhamento e saída dos alunos com deficiência e com demais transtornos. Portanto, torna-se fundamental desenvolver atividades que influenciem positivamente e transforme o contexto escolar, contribuindo para uma sociedade em que os cidadãos se reconhecem como parte ativa do processo de inclusão.

REFERÊNCIAS

ALAGOAS. Resolução Nº45/CS, de 22 de dezembro de 2014. Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas – NAPNE / Instituto Federal de Alagoas – IFAL. ALAGOAS. Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI / IFAL (2014/2018). Maceió: Comissão Central de Elaboração do PDI / IFAL, 2014.

BEYER, H. O. Educação Inclusiva ou Integração Escolar? Implicações pedagógicas dos

conceitos como rupturas paradigmáticas. 2006, p. 279. In: Acesso em: 15 abr. 2008.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Senado Federal, Secretaria Especial de Editoração e Publicações, Subsecretaria de Edições Técnicas, Brasília, 2006. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 27 dez. 2016.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de

Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEE, 2008.

______. Lei Nº 13.409, de 28 de dezembro de 2016. Reserva de vagas para pessoas com

deficiência nos cursos técnico de nível médio e superior das instituições federais de ensino. Brasília, Presidência da República, 2016. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/L13409.htm>. Acesso em: 19 setembro de 2017.

FERREIRA, M. E. C. O enigma da inclusão: das intenções às práticas pedagógicas.

Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 33, p. 543 -560, 2007.

LÉO, C. C. C.; GONÇALVES, A. Modalidades metodológicas em pesquisa científica, a partir de recortes da experiência de saúde coletiva, epidemiologia e atividade física da unicamp. R.

da Educação Física/UEM. v. 21, n. 3, p. 411-441, 2010.

MAHL, E. Práticas pedagógicas dos professores de educação física frente a inclusão de

alunos com deficiência. 2012. 153 f. Dissertação (Mestrado em Educação Especial).

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SILVEIRA, F. F.; NEVES, M. M. B. da J. Inclusão escolar de crianças com deficiência múltipla: concepções de pais e professores. Psic.:Teor. e Pesq., Brasília, v. 22, n. 1, p. 79-88, jan./abr.

SOUZA, C. da C. Concepção do professor sobre o aluno com sequela de paralisia

cerebral e sua inclusão no ensino regular. 2005. 115 p. Dissertação (Mestrado em

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