ENFERMAGEM EM
ONCOLOGIA
Fisiopatologia do Processo Maligno
• As células são conhecidas desde o século XVII, quando foram
observadas com microscópios muito simples.
• A reunião de observações em plantas e animais fez com que os pesquisadores entendessem, finalmente, que a grande maioria dos organismos vivos têm
organização celular.
• Para entendermos o processo maligno, devemos primeiro entender o processo normal de divisão celular.
Fisiopatologia do Processo Maligno
Núcleo Celular
Fisiopatologia do Processo Maligno
Núcleo Celular
• O núcleo celular é, sem dúvida, o armazém de todas as informações sobre a função e a estrutura celular.
• É nele que está guardada a “receita”, o programa daquilo que a célula é, e de tudo o que ela pode fazer.
• Essa “receita” é constituída pela cromatina, material filamentoso existente em todas as células.
• O componente fundamental da cromatina é o DNA.
• Células novas, ao serem “fabricadas”, têm também que receber um núcleo que contenha todas as informações que lhe são
necessárias durante sua vida. Isso faz com que, durante a divisão celular (mitose), cada uma das células-filhas receba a “receita completa proveniente da célula mãe”.
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Mitose
• No processo de mitose , uma célula se divide, originando duas células-filhas
exatamente iguais à célula inicial, quanto à quantidade e à qualidade de material
genético existente. • A mitose permite aos
organismos pluricelulares crescerem por aumento do número de células e
substituírem as células mortas.
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Mitose
• Esse processo ocorre
em duas etapas:
• 1ª Etapa bioquímica – a
duplicação do DNA da
célula mãe.
• 2ª Etapa morfológica
(mitose) – a que conduz
a formação de duas
células-filhas distintas e
idênticas a célula mãe.
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Etapas da Mitose
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Cariótipo Humano
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Definição de Câncer
O câncer é um processo patológico que começa quando uma célula
anormal é transformada pela mutação genética do DNA celular. Essa célula anormal forma um clone e começa a proliferar-se de maneira anormal, ignorando as sinalizações de regulação do crescimento no ambiente circunvizinho à célula.
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Definição de Câncer
• As células neoplásicas adquirem características
invasivas, com conseqüentes alterações nos
tecidos circunvizinhos.
• As células infiltram-se nesses tecidos e
acessam os vasos sangüíneos e linfáticos, os
quais as transportam até outras regiões do
corpo.
• Esse fenômeno é denominado metástase
(disseminação do câncer para outras partes do
corpo).
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Definição de Câncer
• O câncer não consiste em uma doença única
com causa única; pelo contrário, é um grupo de
doenças distintas, com diferentes causas,
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Padrões Proliferativos
• Durante a vida, vários tecidos corpóreos
normalmente experimentam períodos de
crescimento rápido ou proliferativo, os
quais devem ser distinguidos da atividade
de crescimento maligno.
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Padrões de crescimento celular
• HIPERPLASIA – Aumento do número de células de um
tecido; mais freqüentemente associada aos períodos de
crescimento corporal rápido.
• METAPLASIA – Conversão de um tipo de célula
madura em outro tipo de célula.
• DISPLASIA – Crescimento celular anômalo resultando
em células que diferem de tamanho, formato ou arranjo
em relação às outras células do mesmo tipo de tecido.
• NEOPLASIA – Crescimento celular descontrolado que
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Características das Células Malignas
• Membranas celulares alteradas;
• As membranas celulares contém proteínas
chamadas antígenos tumorais específicos
(TSA);
• As membranas celulares contém menos cimento
celular, portanto são menos coesas.
• Os núcleos das células são grandes e com
formato irregular.
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Características das Células Malignas
• Os nucléolos (estruturas que alojam o RNA) são
maiores e mais numerosos.
• Anormalidades cromossomiais e fragilidade dos
cromossomos são comumente encontradas.
• A mitose ocorre com maior freqüência
• A medida que as células crescem e se dividem
necessitam de mais oxigênio e glicose.
Fisiopatologia do Processo Maligno
Características das Células Malignas
Linfoma de
Hodgkin
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Características das Células Malignas
Linfoma
de
Fisiopatologia do Processo Maligno
Metástase
• É a disseminação ou semeadura de células
malignas, a partir do tumor primário, em
sítios a distância, através da disseminação
direta de células tumorais para as
cavidades corporais ou através da
circulação sangüínea e linfática.
Etiologia
• Vírus e Bactéria – Papilomavirus, herpes tipo II, citomegalovírus, vírus da hepatite B, Helicobacter pylori.
• Agentes Físicos – exposição à luz solar ou radiação, irritação ou inflamação crônica e uso de tabaco.
• Agentes Químicos – fumaça do cigarro, corantes, fuligem, pesticidas, cromo, arsênico, etc.
• Fatores Genéticos e Familiares – retinoblastomas,
nefroblastomas, leucemias, tumores de mama, endométrio, colorretal, gástrico, próstata e pulmão.
• Fatores Dietéticos – 40% a 60% - Ingestão de gorduras,álcool, carnes defumadas ou curadas com sal, alimentos portadores de nitratos e nitritos.
• Agentes Hormonais – desequilíbrio hormonal.
PREVENÇÃO
• Primária – preocupa-se com a redução dos
riscos de câncer em pessoas saudáveis.
PREVENÇÃO
• Secundária – envolve a detecção e
avaliação para alcançar o diagnóstico
precoce e a intervenção imediata para
conter o processo canceroso.
DIAGNÓSTICO
• Um diagnóstico de câncer baseia-se na análise
das alterações fisiológicas e funcionais e nos
resultados da investigação diagnóstica.
• A avaliação diagnóstica é orientada pelas
informações obtidas através de uma história
completa e do exame físico.
DIAGNÓSTICO
• Os pacientes com suspeita de câncer sofrem extensos
exames para:
• Determinar a presença do tumor e sua extensão;
• Identificar a possível disseminação (metástase) da
doença ou invasão de outros tecidos corporais;
• Avaliar a função dos sistemas orgânicos e órgãos
afetados e não afetados;
• Obter tecidos e células para análise, incluindo a
avaliação dos estágios e grau do tumor.
DIAGNÓSTICO
Teste
Descrição
Usos Potenciais
Identificação de marcador tumoral
Análise de substâncias encontradas no sangue que são produzidas pelo tumor ou pelo corpo em resposta ao tumor. Câncer de mama, cólon, pulmão, ovário, testículo e próstata. Imageamento por ressonância magnética
Uso de campos magnéticos e sinais de radiofreqüência para criar imagens
seccionadas de várias estruturas corporais. Câncer neurológico, pélvico, abdominal e torácico. Tomografia computadorizada
Uso de feixe estreito de raio X para varrer camadas sucessivas de tecido para uma incidência transversal.
Câncer neurológico, pélvico, abdominal, esquelético e
torácico.
Teste
Descrição
Usos Potenciais
Ultra-sonografia
Ondas sonoras de alta freqüência que fazem eco nos tecidos corporais e que são eletronicamente
convertidas em imagens. Usada para avaliar tecidos profundos do corpo.
Cânceres abdominais e
pélvicos.
Endoscopia
Visualização direta de uma cavidade corporal ou trajeto através da inserção de um endoscópio dentro de uma cavidade ou abertura
corporal; permite a biópsia tecidual, aspiração de líquidos, e excisão de pequenos tumores. Cânceres brônquicos, gastrointestinais.
Teste
Descrição
Usos Potenciais
Imageamento por medicina nuclear
Usa a injeção intravenosa ou ingestão de substâncias com radioisótopos seguida por imageamento dos
tecidos que concentraram os radioisótopos. Cânceres ósseos, hepáticos, renais, esplênicos, cerebrais e tireóideos. Tomografia com emissão de pósitron (PET scan) Imagens transversais computadorizadas da concentração aumentada de radioisótopos nas células malignas fornecem
informações sobre a atividade biológica das células malignas; ajuda a distinguir entre processos benignos e malignos e as
Cânceres de pulmão, cólon, fígado e
pancreático.
TRATAMENTO DO CÂNCER
• As opções de tratamento oferecidas para os pacientes
com câncer devem basear-se em metas realistas e
alcançáveis para cada tipo de câncer específico.
• CURA – erradicação completa da doença.
• CONTROLE – sobrevida prolongada e contenção do
crescimento das células cancerosas.
• PALIATIVO – alívio dos sintomas associados a
doença.
TRATAMENTO - Cirurgia
• A excisão cirúrgica da
totalidade do câncer é o
método mais
freqüentemente usado.
• A cirurgia pode ser o
método primário de
tratamento, ou
profilática, paliativa ou
reconstrutora.
TRATAMENTO - Radioterapia
• A radiação ionizante –
radioterapia, é usada para interromper o crescimento celular.
• Mais da metade dos pacientes com câncer recebe uma forma de radioterapia em algum
momento durante o tratamento. • A terapia com radiação também
pode ser usada para controlar o tumor quando não se pode
removê-lo cirurgicamente ou quando a metástase para os linfonodos locais está presente.
TRATAMENTO - Braquiterapia
• É o implante de radiação interna que libera alta dose de radiação para uma área localizada.
• Essa radiação interna pode ser implantada por meio de agulhas, sementes, pérolas ou cateteres dentro das cavidades corporais (vagina abdome, pleura) ou dos compartimentos intersticiais
TRATAMENTO - Quimioterapia
• Na quimioterapia, os agentes antineoplásicos são
utilizados na tentativa de matar as células tumorais por interferir com as funções celulares e a reprodução. • A quimioterapia é usada
principalmente para tratar doenças sistêmicas em vez de lesões que sejam
localizadas e passíveis de cirurgia ou radiação.
TRATAMENTO – Transplante de Medula
• Indicado para os tipos de câncer hematológicos que afetam a medula óssea.
• O receptor deve receber doses altas de quimioterapia, e
possivelmente irradiação corporal total, de modo a
destruir toda a medula óssea e a doença maligna existente. • A medula coletada do doador é
infundida, por via endovenosa, dentro do receptor, viajando até os locais do corpo onde produz a medula óssea e se