A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis,
UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e
Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos.
Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de
acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s)
documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença.
Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s)
título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do
respetivo autor ou editor da obra.
Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito
de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste
documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por
este aviso.
Memoria historica sobre a fundação da Sé de Evora e suas antiguidades
Autor(es):
Barata, Antonio Francisco
Publicado por:
Imprensa da Universidade de Coimbra
URL
persistente:
URI:http://hdl.handle.net/10316.2/3271
Accessed :
18-Jan-2021 15:56:36
digitalis.uc.pt
pombalina.uc.pt
íl.
MEMORIA
HISTÓRICA
SOBRE
A
FUNDAÇÃO
DA
SÉ
IDE
E^OK.^
E
SUAS
ANTIGUIDADES
ponAntónio
Francisco
Barata
COIMBRA
IMPRENSA
DA
UNIVERSIDADE
MEMORIA
HISTÓRICA
SOBRE
A
FUNDAÇÃO
DA
MEMORIA
HISTÓRICA
SOBRE
A
FUNDAÇÃO
DA
SÉ
IDE
EVOK.A.
E
SUAS
ANTIGUIDADES
PORAntónio
Francisco
Barata
COIMBRA
IMPRENSA
DA
UNIVERSIDADE
i-1
A
SECÇAO
DE
ARCHEOLOGIA
DO
LXSTITDTO
DE
COIMBRA
O.
D.
C.
O SEU
SÓCIO CORRESPOiNDEISTEÉvora
*, a capital antiquíssimadas
provindas
áquem
do
Tejo, a dilectade
Sertório edos
povos
que
anteriormente
e depois delleaqui
estanciaram,ainda
hoje ofifereceao
exame
do
antiquáriopre-ciosos
fragmentos de sua passada
grandeza
civil, emesmo
de sua
pagã
religiosidade.O
templo
romano
de
Diana
ou de outra divindade;
os cippos,com
memorias
votivas emortuárias lembranças;
os fortes restosda muralha romana,
enão
poucos
fragmentos
de
custosos edifíciosjá
do
grande
povo, jádos
árabes,dentro
da
cidade
enos
campos
adjacentes indubitável
tornam
asua
existência antiquíssima ^.1 Bochart,citado porFlorez, na
Espana
Sagrada^ dizque Iburaem
Syroe
Hebreu
quer dizerannona
e abundância defructos, e que foram oePhe-nicios que introduziram a voz.
—
Tomo
14, pag. 104.2
Da
antiguidade pagã d'estacidadealgunsdocumentosapparecem aindahoje, existindo outros nas inscripções e nas moedas.
Laberiae l . f . GAIiLAE FLA MINICIAE . MVNIC . EBORENSIS FLA MINICAE . PROVIN CIAE . LVSITAínAB L . LABEBIV8 . ARTEMA8 L . LABEBIV8 . CALLÁECVS
8
NSo
succede,porém,
omesmo com
respeito í^ su*? ogrejanos
primeiros dias
da
christandade.A
piedosalenda do martyrio de idguns
sanctos, eda
prégayao
da
sa doutrinado
Redemptor
em
terras tao occidentaes logona
infância
do Christianismo
com
amaior
reservadevo
serconsi-derada
*.Prenda-se
a cadeia prelaticiade
Évora
chrlstã a S.Maneio,
como
quer
alenda
religiosa,que
nenhum
mal
adrcm
por
isso;mas
saiba-stíque
osMartyrologios
e asActas
do
Sancto nào
de-terminam
nem
otempo
do
martyrio
nem,
com
exactidão, o logar*.Nào
é preciso,porém, para
que
acidade de
Évora
se ostenteuma
das
primeirasda
christandade
recorrerá lenda
e tradição,ao milagre
eao martyrio
de
seus sanctos.No
anno
em
que
secelebrou
o Conciliode
Eliberi,Elvira
ou
L . LABEBIVS . ABASCAKTVS
L . LABEBIVS . PABIS
L . LABEBIVS . LAY8YS . LIBBBT .
Grut. 323-7. Diversas moedas se conhecem fallando de Évora, por exemplo:
PkbM
. CAES . AVO . M . P .LIBERALITAS IVLIA EBOB .
D. Ant. Agostinho
—
Dial.BBCABEDV8 BEX ELBOBA JV8TVS
Morales
—
Hist. 3.°-103.EOICA BEX
—
ELUOBA PIV8 .S. de Fabia
—
Not. de PorLy 169.8IBEBVTVB BEX
—
CIVITAS ELBOBA .Idem, pag. 162.
LEOVÍOILDVS BEX
—
ELVOBA JV8TV8 .1). .\nt. A^^ostinho
—
Dial.1 €Ainda que seja tradição o t(;r vindo Sant'Iago á Ilespanha, o. que
al-gumas
egrcjaa de Portugal (luciram dr. luzir a Bua origem doaApóstolos, ou doseiíH immcdiatos I>íbcíj)uIoh, coiiitu<io, nilo ha para o assovcrarfunda-inentoB que nierevam íé.*
M. A. (orllio da KocJih Ensaio r(c., pug. 13.
Granada,
em
303
depoisde
Christo, já esla cidade,a par dos
templos
gentílicos,com
sua
architecturamajestosa nos
pórticos,nas
columnas,
nas cimalhas
e frontões alteava asua
egreja christã,encimada
peloemblema
sagrado, que, se fora,como
foi,equuleo
do
Salvador
do
mundo, tem
sido e serásempre
o sacratissimopalladio
da
christandade.No
Conciliode Elvira apparcccu
o bispode
Évora
Quínciano.
Ora,
seno
anno
303
jáÉvora
christà serepresentava naquella
reunião
de
prelados, natural éque não
fosse o primeiro bispode
Évora
aquelleQuinciano,
mas
uracontinuador
da
missão
evangé-lica,
por ventura
começada
em
S,Mancos
*.No
séculoimmediato não
conhece
a historia preladoalgum
da
egreja
de
Évora,
guardando,
comtudo,
na
inscripçâo seguintememoria
do
cultoque
no
Alemtejo
seprestava
ádoutrina
do
Martyr do Golgotha:
D
OMITIA
P
.VIXIT
AN
.NUM
M
.mi
. DXIIII .Esta
inscripçâo lapidar é omais
antigomonumento
que,em
terras transtaganas,
nos
certificado
culto e ritos christãos 2.1 Idem, quando tracta da egreja de Évora.
to
o
notávelcmblemn,
incrcnhosona
simplicidade, diz assim: JesusChrisio, eterno,
princípio
efim
d^i todas as coiisas^.No
secuK) VI dois preladosconhecemos da Egreja
de
Évora:
Juliano
eZozimo.
Do
ultimo d'aquelles prelados se lê a assignaturanas
actasdo
III Concilio
de Toledo,
em
597,
edo
primeiroainda
hoje seguarda
na
capellado
bispoD.
Pedro
iv,na
claustrada
sé, acampa
veneranda.
Adquirida
eratempo
de
André
de
Rezende
pelo eruditoanti-quário, e depois
por
D.
FreiManuel
do
Cenáculo, por
estepre-lado foi ella oflerecida
ao
seucabido
era1802,
o qual amandou
embeber
erauma
parede
da
referida capella ^.André
de
Rezende
no
capitulox
da
sua
Historiade
Évora
apresenta
esta inscripçào depoisda que começa:
depositio etc, ediz:
«En
minha
casatenho
dous
letereirosde
letras já barbaras,&
mal
feitas: raasque
eu
muito
estimopor
daren testimunho
da
nossa
antiga christandade.»aquelle
modo
de começarem as inscripçDes christris, aomodo
por uósempre-gado U08 séculos XVII e xviu D. O. M. Deo. Óptimo.
Máximo;
c apresentauma
inscripçiio que existiaem
1600 juncto a Tarouca, a qual, reduzida ásnuturaes proporções, dizia assim:
CL >i* <ú
FLOBEKTIA . VIBOO . XPI . VTXIT .
AHN . XXr . ET . VITA . BREVI . EXPLETIT
T£L'POB . UVLTA . OBDOBMIVIT .
IN . FACE . IE8V . QVEM . DILEXIT
KAL . APRIL . E . DCXXVI .
A
inscripçào de Domitia appareccu juncto deVilla-Yiçosa.* V. Eshoçoe chronologico-hioyrayhicoa doe prckidos
da
cgreja deÉvora,pag. 8, pelo íiuctor dVatc trabalho.
2 V. lircve memoria hihtorica de. alfjnmas antignidddcs f prelados da sé
II
Diz
assim a
campa
do
bispo:IVLIANVS
FAMVLVS
XPI
EPISCOPVS
EBORENSIS
H
. SITVSEST
VIXIT
.ANN
.PLVS MINVS
LXX
REQ
. IN .PA-GE
.KAL
.DECEB
.ERA
. DCIIIÍ .ex
musaeo
resendiano
translatum.A. Dni.
1811.
S.
M.
K. C.Mais duas
inscripç^es se conservaraainda
do
mesmo
século,attestando
similhantemente
a profissãode
nossascrenças
religiosasem
terrasdo
Alemtejo.
1 Evidentemente a
commemoração
final: ex musaeo etc.^ devia sergra-vada
em
1811, assimcomo
as quatro letras finaes S. M. R. C. teriam sidomandadas
gravar porAndré
de Rezendena
orlaem
queestão;e, alludindo aos reparos na pedra feitos, pois tem embutidos dois bocados de pedia dediversa qualidade, sobre os quaes se restauraram algumas letras, dirão,
12
Tinha
André
de
Rezende
esta primeira lapida erasua
casaDEFOSI
TIO
.PAV
LT .FAMV
Lvs
. i)i!:i VIXIT .ANNOS
.L
.T
.VNO
.KEQVi
EVIT
. INPAC
E
.IH
.IDV8
.M
AKTAS
.EB
A
.ULXXXII
.Deste
modo
se lê asegunda,
guardada
similhantemente á
pri-meira,
na
collecçào epigraphica,no
jardim da cidade
:
-f
DVM
SIMVL
DLCE
M
CVM
VIRO
CARPE
RE VITAM
•ILICO
ME FORTVNA
TV
NA
TVLJ.TSEM
PER
NOX
8EA CVNTIS
IVITA
DVMVIX VENANTIA
NOMEN
INSECVLO
GESI
•' V. JifMUono acerca (la renovação do mimeu Cenáculo^ do Bi. dr. A. F.
13
TER
DECltN
QAIER
INPA
CE QVIETOS PERTIV
ANN08
VLTIMVM
IAM
SCLVI
DE
VITVM
COMVNEM
OMNI
BVS
VKVM
IHOC
LOCO ERGA
MEOS ELECV
QVIESCERE
PROLES
t. . .
KDVM
QVCS DOMINVS
. . .
CAVIT
PVRGATOS
VN
. . .LABACRI
•REQVI
...
T
INPAGE SVBTER
DIEM
XI. . .
FEBRVAR ER DCXXXI
*.De
todo o século Vil eeconservam memorias da
egrejaebo-rense:
Sisido
assiste ao iV Conciliode Toledo,
em
633;
ao
oitavoassiste Ahiencio,
no anno
de
646; Zozimo
iisubscreve
o X,em
656; Pedro
acha-seno
de
Merida,
era665;
Tructemiindo
nào
falta
ao
xiide Toledo,
em
681, ao
xiii,em
683
eao
XV,em
688;
e, finalmente,
Arconcio subscreve
o xvi,em
693^.
Sete
annos
depois rolava sobre a penínsulaa
onda
assoladorada
invasão
de
Tarik
ede
Musa,
transposto o frágildique nas
margens do
Chryssus,
e nellasubmergida
era a dynastia dos godos,que
por
três séculos reinaranas Hispanhas,
filhada
conquista,agora
d'ellavencida!
1 V. Noticias archeologicasde Portugal^ por E. Hiibner, onde
vem
alei-tura d'esta inscripção, hoje mutilada, porque, começando a demolição das paredes rdventicias do templo romano,
chamado
de Diana,em
17 de junhode 1870, e estando então alli o
Mvseu
Cenáculo, a pedraem
que se lê estainscripção soffreu a pancada de
uma
outra, que de cima foramal
despedidapelos demolidores, e partiu-lhe a parte superior.
Mandaram-se
guardar oâfragmentosiara seUiejuuctarem
com
apropriado betume;mas,atéhojeper-manece
incompleta, perdidos,talvez, osbocados que se conservavam na casadoguardadojardim dacidade.
A
inscripçãodeVenantia appareceunomonteda Asinheira perto de Reguengos.
li
o
alfangemahomotano
cortaradespiedado todos
os laços sociaesno
frenesido
triunipbo ena
sededa
pilhagem,
einterrompera a
serie dos prelados
da
egrejade
Évora
por
mais de
três séculos *.Se
durante
odominio dos árabes a
egrejaeborense
tevepre-lados
legitimamente
eleitos econfirmados
nào
sepôde
saber
ao
certo,
como
nào
menos
exacto
é oterem
osmouros
consentido
oculto cliristao,
embora
a custode pesados
tributos,em
todaa
peninsula conquistada
^.As
grandes
perturbações
nascidasda
invasão árabe
acabaram
com
algumas
egrejas esuspenderam
outras ^.A
tolerância religiosados
mouros
para
com
os christãos,quando
* »Arconcio... yeste eselultimo de losantigos eborenses pues seguindo-se luego Iaentrada de lossaracenoe en
Espana
entro laturbacion,y
fin, óbub-pension de varias sedes.»
Florez
—
Espana
Sayrada, tomo 14, pag. 122.* «Os cbristàosconservaram por toda a parte o livreexercicio de sua re-ligião.» Coelho da
Rocha
—
Ensaio etc, pag. 38.«
Aos
christàos... se assegurou a conservação dos bens e a livre profissãodo Christianismo, obrigando-se os novos senhores da Hispanha a respeitar-Ihes os logares sagrados e o sanctuario domestico.
O
tributo queem
com-pensação exigiram foi moderado e proporcional ás riquezas dos indivíduos.»
Sr. A. Herculano
—
Hist. 3.", pag. 1G8.«Por outra parte a tolerância d'este3 chegara ao ultimo auge. Limitadas
110 principio a
um
certonumero, as egrejas e mosteiros multiplicavam-sepor toda a parte, e as antigas parochias ornavam-se e accrescentavam-secom
os primores da arte oriental. Providos
em
cargos civis, admittidos aoser-viço militar, para o qual preparava os mais nobres a educação recebida noa paços do kalifa de Córdova, nns exterioridndes os hispano-godos só se
dea-tinguiam pela diíiercnça dos logares onde adoravam a Deus.
A
voz doal-muaddeu chamando
os moslcms a oração misturava-secom
a do sinoquean-nunciava aos nazarenos a hora das solemnidades do culto. l)irigindo-se á
basilica o bispoperpassava pelo iman que seencaminhava para a mesquita: o prcsbytcro cruzava
com
o mohhadi.»Sr. A. Herculano
—
Jlist. 3.", pag. 175.' «Desde a morte de Fernando
Magno
a diocese do Porto,como
quasitodas as dioceses do moderno Portugal, cirecia de biapoj.»
Ig
não
fossenascida dos
interesses tributários,ou
mesmo
de
algumas
affeiçoesde
mouros
amulheres
christãs *,certamente
o seriada
prudente
idêade
aempregar
como arma
politicadas mais
beratemperadas,
senão
para
uma
sonhada
assimilaçãode
crenças tãoinimigas,
ao
menos
para
oconsentimento
mutuo
do
exerciciode
seus cultos,
com
socegada
e pacifica indiíFerença.Se
bem
que não
se possa explicar o factode
não
haver
me-morias de
bisposeborenses durante
trezentosannos,
admira
um
pouco
tão absoluta carênciade
memorias
christãsda
egrejade
Évora
durante a
dominação
mussulmana;
emais
fácilnos
é oacreditar
que no
archivoda
séexistam alguns
documentos,
ao
menos
d'aquelles últimostempos, do
que
admittir achristandade
de
Évora
privada
de
pastoresconsoante
os tiverasempre
desde
o
anno
de 303,
quando
menos
^.O
punhado
de
godos
refugiadosnas
serraniasdas Astúrias
começara
á voz de Pelagio
uma
cruzada
contra
osmouros,
e os seusdescendentes por
forma foram
impellindo contra omar
osconquistadores
na
luctaenormissima
de
séculos ^,que
o filhodo
1 «Abdu-l-azir, filho deMusa, era tolerante
com
oscliristãos,talvezpor-que amasseEgilona, viuva deD.Rodrigo, ultimo reigodo,
com
quem
chegoua casar.» Idem, tomo 1.*», Introducçâo.
2 Este archivo, que se julga numeroso, é desconhecido. Existe por cima da casa capitular,
em
uma
salamandada
fazerem
1462,como
se vê d'esteapontamento por letra do século passado:
«A
livrariaem
cima da casa docabido foi
mandada
fazer pelo sr.Eey
D. AíFonso vem
tempo do BispoD. Vasco 2.°
em
1462 de J. C.como
o m.™° Bp.» declaraem
hua
carta decompoz.^"^ feita
com
os Erdeiros deVasco
Miz de Mello, AlcaydeMor
desta cid." por causa damudança
da sepultura e ossada dom.*""V.*® Miz deMello para outro lug.*" da capella das 11,^ Virgens, hoje do Santo Christo
por estar enterrado juncto a portaserventia p.* o cab." e se
mudou
p.° a p.'*do Evang.° e se conserva
em
hum
Moimento na paredecomo
prezentem.*^está. Existe esta carta de compoz.'^' no L.° 4.° dos originaes, folhas 112.»
3 «Os diversos governadores árabes das províncias, guerreando-se e
di-zendo-se independentes
deram
aso a que os christâos das Astúrias regidospor Affonso i descessem das montanhas e dilatassem seus estados.»
16
conde D. Henrique
de
Borgonha
consegue
entrar as portasda
mourisca Évora,
em
IIGG,
auxiliadodo famoso
capitãode
sal-teadores,
Giraldo
sem
Pavor
*, evom
reatarem
?>ora
a
scindidacadeia prelaticia
com
anomeação
do
bispoD.
Paio, aqual
serainterrupção se
tem
continuado
atéao
presente, jána
seriedos
bispos, já.
na
dos
arcebispos.E
na
primeira
d'estas seriesde
preladosque
teremos de
con-siderar a
fundação
da
actual séde Évora.
• «Era 1204: civitas Elbora capta <&: dcpraedacta
&
noctu ingressa áGi-raldocognominato sinepavore,
&
lationibus eociis ejus Á: tradiditeam
RegiD. Alfonso, «& post paululum ipse
Kex
cepitMauram
&
Serpam
&
Alcoa-chel,&
Coluchi castruin mandavit recdificare anuo regni 39.»Chronic. Lus. no tomo 14 da
Espana
Sayrada, pag. 428. tln era120i deditDominus
civitatem Elborae,Mauram, Serpam
adRe-giam
Aldefonsum.»Livro
da
Noa
de Sanefa Cruz, cit. na Chron. de SanctoAgos-tinho.
O
Foral dado a Évora por D. Aflfonso Henriques diz assim: e... volumusrestaurare atque populare
Elboram
que á Sarracenis ahsfiãimus.*Port.
Monumenta
—
Legps et consuetudines, fasciculo iii, pag.II
A
egreja cathedralde
Évora
é,sem
contradicçãonenhuma,
um
dos mais
bem
conservados
monumentos
do
estylo ogival primitivo.Destoa
nella, é certo, a capellamor;
mas,
tãograndiosa
é,tão rica
de
mármores
ede
trabalhos artisticos, que,no
deslum-bramento,
quasi seperdoa a
D.
João
v
ocrime
de
lesa arte ede
bom
gosto *.Nascida não
foicom
a
guerreira dynastia
de
Afiíonso;mas,
surgiu
do
soloá
voz da
religião eda
independência
da
pátria,encimando-se
da
cruz
sacrosancta,coroada
de
ameias,como
seainda
cingiraa coroa
mural
dos romanos,
que,bem
pertode
si,sacrificaram
nas
arasdo
irracionalpaganismo
e idolatriano
templo
romano,
em
parte subsistente.1 Vindo a
Évora
D. João vem
1716, o cabido, que já tinha desde 1703dezesete mil cruzados, que o arcebispo D.FreiLuiz da Silvadeixara
em
seu testamento para a nova capellamor, pediu ao reiprotecção e ajuda para se fazer anovacapella.Annuiu
D. Joãov, e encarregou ao architectode Mafra,João Frederico Ludovici, de a delinear e
mandar
construir.Ludovici veio a
Évora
em
1717 examinar o terreno e fazer seus estudos,e
em
1718 chegou a Évoraum
aviso do ministro e secretario,DiogodeMen-donça Corte-Real, para se dar começo á obra. Principiou
em
6 de setembro,superintendendo os cónegos Sebastião de Mira Coelho e António
Rosado
Bravo, e sendo olheiro para a dirigir
Manuel
Gomes.O
padre AntónioFranco, da Companhia, foiencarregado
em
Estremoz doarranque da pedra.A
branca veio de Estremoz; a vermelha, araarella, e preta, de Cintra evi-zinhanças, e a verde veio de
Roma.
Foram
mestres da obraem
Évora
Ma-nuel
Gomes
eManuel
da Cruz, sob a direcção de João Frederico Ludovici.Levou
bastantes annos a construir, pois que sóem
1746 foi sagrada por18
Era
que
a terrada
pátriaque
se constituía, livrenao
eraainda
do
alfangeniahometano:
asmeias
luasdo Propheta
tremulavam
além,
nas
torresda
antiga
capitaldo Algarve,
agitadasda
brisado oceano
edo
vento dos
Ilerminios,imagens
ambas
da
liber-dade
portugueza.
Preciso era
que
a cathedraldo
solotranstngano
fossepara
oschristílos
abrigo
na
paz
ona
guerra,cenóbio
e castello,templo
e fortaleza.
Assim
foique
as egrejasportuguezas,
nascidascom
a
pátria,foram embaladas
como
ellaem
berçosde muralhas, ao
som
re-tintinulo
de espadas
e lanças entrechocando-se, ebatendo
rijonas
cimitarras enos escudos
da
mourisina.Depois,
nao
:sacudidos
do
soloda
pátriano
extremo
occidente08 crentes
do
Islara; libertado dosinimigos
da
cruz
opequeno
Portugal,
lançou
olhosao
mar
opovo
de
bravos,á
salsaimmen-sidade,
além da
qualinimigos havia ainda
do
nome
christao.Os
templos modificaram
dallipor
diante asua
estructura,des-pida
a cotade muralhas.
Já nao
havia
mouros na
terrada
pátria,finalmente, constituída
em
nacionalidade.A
guerra
sancta,em
nome
da
cruz cda
civilisação, ia prestesD. Miguel de Távora.
Em
cento e vinte contos de réis calculam a despesafeita
com
a capella.Na
face posterior tem estas inscripções: lOAXNES . FCDKBICUtí . LUDOVISíUS . BEOIUtí . ÁBCUITECTUSFUrUUI OrKSlS . bPECniEN . AUSULUTISSIMDM .
AD . (iUABTAM . UNDK . QUAQUE . PAETBM . CONTBACTUM
BX LIGNO . EBIGI . CUEAVIT . M. D. C.
C
X. X. I.Superiormente a esta inscripçâo se Ic a seguinte
:
DEI . MÁiai . Ili COELVM . A8SVMPTAE .
eAKCTlOBEM . UAKC. liASILICAK . PABTEU .
VLXivBE . A^UVHTIOEIS . FOBUAE .
SOLO . AKQVATA .
HEONANTE . lOAMNE . V.
SEDENTE . EOUAE . INNOCENTIO . >viil .
19
rebentar nas
ourelasdo
solo africano.Portugal
erapequeno
de-mais para
conter osdescendentes
do bravo
Affonso
Henriques.
Percorremos
fugitivamente
na
primeira
parte d'estamemoria
o viver
da
egrejade
Évora
desde
os m.aisobscuros
tempos
atéque
o estandartedas quinas tremulara
hasteado nos
muros
da
torreada cidade,
abatido para
sempre
nella opendão do
crescente.Menos
escura
a existênciada
sóde
Évora
depoisda
conquista,é,
comtudo, ensombrada
ainda.Começam
a encontrar-se as opiniõesacerca
do primeiro
bispodepois
da
conquista,que
alguns
escriptoresquerem
ter sidoD.
Soeiro,opinando
outrosque
foraD.
Paio
*.Pelo
que
se colheda
nota
não
sepode
duvidar
da
existênciade
D.
Soeiro eteremos
de
o considerar eleitomuito
antesda
conquista
de
Évora,
portanto,em
tempo
de mouros,
emarcar
o
termo
de sua
prelasiaem
1180 ou
1181. Succedendo-lhe
D.
Paio,a
esteprelado
seattribuea
fundação
da
presente egreja cathedral^.Não
ha,porém,
uma
prova
indubitávelde
tal afíirmaçao,ha-vendo-as
para
aconsiderarmos obra de
D.
Durando
Paes,
pelosannos
de
1267
a1283
em
que
governou
esta egreja^.Das
memorias que
nos restam
de
D.
Soeiro ii,D. Fernando
e
D.
Martinho,
que precederam
aD.
Durando, nada
se colhecom
respeito áfundação
da
sé.Com
asmemorias
de
D.
Durando
não
succede
omesmo.
São
doisos testimunhos, abertos
em
pedra,que
lheattribuem obras
na
sé.1
Em
116G assigua D. 8oPÍro oForalclaclo a Évora;em
setembro de11G9assigna
em
quarto logar no Foral de Linhares; e dozeaimosdepois,em
1181no Foral que D. Affonso Henriques deu a Melgaço já
em
quarto logarD. Paio se assigna d'este
modo
: Pelagius elecfus elborae confirmat.Port. Mofiumenfa, nos Foraes citados. 2 V, Fonseca, na
Évora
Gloriosa.3 D.
Durando
foi eleito por D. Affonso iii.A
este respeito diz o sr. A.Herculano: tEffectivamente
Durando
Paes, privadoseu, eum
d'aquelles20
Os
jesuítasFialho
eFonseca,
estribando-soem
uma
memoria
do
Livro
Velhodos
anniversarios,querem
que
D.
Paio
fundasse
a
só.Diz
assim
apassagem,
falandodo Bispo:
(Lqxiefora
opri-meiro
hisjyo deÉvora,
e quepor
elle sefaça cada anuo
hum
ani-versario
em
dia
de S.Mancos,
que hea xxi dia
deMaio, no qual
dia elle
pos
a
pHmcira
pedra
j^orfundamento
a
esta see,no Esteo
onde
está o altar de S.Mancos
ejaz
de trazdo
ditto Esteo eAltar
j
na
Capella
de S.Joham.
Foi
estaIgrejafundada
na
Era
de1224.
» *Em
vistados
monumentos, que brevemente
se verão, ede
co-meçar
a
memoria
por
chamar
primeiro
bispoa
D.
Paio
quando
foi o
segundo,
quer
oprimeiro
fossede
nomeação
de Aífonso
Henriques
quer
nao, leva-nosa
suspeitarda
veracidade
de
talmemoria, maiormente havendo
desapparecido
da
sé aquelleLivro
dos
Anniversarios,
enão
podendo,
conseguintemente,
por
um
exame
nelle feito acceitar-se-lhe a authenticidade ^.Mas
passemos
já a produzir osmonumentos
que
existem
em
favor
de
D.
Durando.
Seja
o primeiro a inscripçãoque
existiana
capellamor
antiga,e
que
em
1718
passou para
anova
capellado
Sanctissimo,onde
seconserva
embutida
na
parede
da
parteda
epistola:QUAM
:LOCUPLETAVIT
:PRAECIBUS
:AEDIFICAVIT
:HANC
:PRAESUL
lSEDEM
:DURANDDS
:QUEM
:TENET
IHUNC
:SUBLIMATUM
:SALVATOR
:ET
: INCIPJ.AVIT :LUTUS
:ABSQUE
:MORA
:PLACITI
: SIC :POSTERIORA
:CERN
ENTES
:LAPIDEM
:DICANT
:DEUS
:HINC
:MISERERE
:NOSCENTES
:VERE
:QUID
:VENIENT
:AD
:IDEM
!ANNIS
:MILLENIS
:TER
:CENTUM
:BISQUE
:DENIS
:UNO
:DECESSIT
:APRILIS
:LUCE
:SECUNDA
:* V. Descripção da egre.ja calhedral de Évora, por D. João da
Annun-ciada, pag. 7.
2 D'e8te Livro dos Anjiiveraariosexiste
uma
copia feitapor letra do pen-último arcebispo, D. José António da Matta e Silva. Sendomá
a21
Versão
:
a
Aos
2
de
Abril
de
1321
chamou
oSalvador para a
gloria oprelado
Durando,
que
edificou eenriqueceu
pormeio
de esmolas
esta sé.
Todos
voluntariamente
sevestiram
de
luto.Assim,
todosos
que
de
futurovirem
esta lapida, e osque
d'ellativerem
co-nhecimento
digam:
óDeus
tende
misericórdia d'elle.» *Esta
traducção, feitaem
Coimbra
por
urapaleographo
eanti-quário
distincto, o sr.reverendo
Manuel
da
Cruz
Pereira Cou-tinho,a
pedido
do
sr. dr.Augusto
FilippeSimões,
não
falaem
reedificaçãoda
sé,no
todo
ou
em
parte,mas
sim
da
edificaçãopor
meio
de
esmolas.A
circumstancia
de
se considerarou
arruinada
ou
deficientea
capellamór
de
uma
sé,que não
contariamuito
mais de
oi-tenta
annos,
ou
nem
tanto, acrermos
que
D.
Durando
sóreedi-ficara a dieta capella
mór,
leva-nosa
não
admittir similhantereedificação, e a acceitar
como
fundador
de toda
a egreja aD.
Durando.
Accode
em
nosso
auxilioasegunda
inscripção,gravada
ao
longo
da
campa
que
cobriu omoimento
d
aquelle prelado,na demolida
1 V. Archivo Pittoresco, vol. 11.°
Parece que a palavra annis dainscripção sedeveconsiderar
como
se foraera; porque, morrendo D.
Durando
em
2 de abril de 1283,como
affirma D.Rodrigo da Cunha, na Historia Ecclesiastica
da
egreja deLisboa^ pag.199,com
o que concorda o Livro daNoa
de Sancta Cruz de Coimbra,sem
dizer o anno: quinto idus Septembris obiit D.Durandus
PriorMonasterii SantaeCrucis, citadopor D.Nicolau de Sancta Maria naChronica de Sancto
Agos-tinho, tomo 2.°, pag.^231, e fallecendo o seu successor, D.
Domingos Annes
Jardo
em
16 de dezembro de 1293,em
Lisboa, para onde fora deÉvora
em
1289 confirmado bispo d'aquella cidade por Nicolau iv no segundo anno do
seu pontificado, por Bulias de 7 de outubro, segue-se que amorte de D.
Du-rando deve ser collocada anteriormente a 1289, anno
em
que D.Domingos
Annes
Jardo passou para Lisboa, por tanto,em
1283, que são da era de César 1321, acbando-se d'e8temodo
na inscripção a palavra annisem
logar22
capella
mór
até171S,
eque
estána
claustrada
mesma
sé.Em
uma
só linha se leem
gothicoredondo
ou
monachal
:
nic
: QUitrsciT•
bune
•mlíiukiae
•dominus
•dukandus
:Eiascopus
:elboukxsis
jQUl
|dedit
•inicium
• IIUIC :OPRi
:crjus
•anima
•kequiescat
• in •face
•dei
|*
As
palavras: qui dedit inicium huic opri,no
seu latitudinalsentido
de
todo
oponto nos
determinam na
opi linioque
seguimos,
havendo
perfeitaharmonia
entreuma
eoutra
inscripçào.lâto posto, a actual sé
de
Évora
éfundação
do
século xiii edo
bispoD.
Durando
Paes
-.Se
bem
que
a
claustra d'esta sépareça
obra
do
mesmo
tempo,
um
século,aproxiuiadamente,
asepara
da
fundação
do
templo.
Foi
o bispoD.
Pedro
iv, eleitode
Cuenca,
quem
afundou
pelos
annos de
1380
a
1388
3.Alli instituiu elle
duas
capellas,que
grandemente
dotou,em
uma
das
quaes
dorme
o derradeirosomno,
com
Còta letraaberta
1 V. Artes e Letras de 1873, pag. 129, onde se publicou pela primeira
vez.
Nào
se pode reproduzir na formaem
que eatáescripta por falta de typos. Deedobrfiin-se as palavras.2 «O quinto anniversario ordenado para o dia 29 de novembro no livro
respectivo, diz: Item no dicto diafazem anniversario por
Martim
Domin-gues quefoi mestre da obra.»
fNo
tempo do bispo D. Durando, diz o sr. dr. A. F. Simões noAlmanach
do Snl^ pag. 145, o arcliitecto
Domingos
Dominíi^ues construia oclaustro de Alcobaça. Seria parentedo arcliitecto da sé de Évora, cujo busto de pedrase consfTva por cima do
uma
das naves?»' «Sobre a obra do claustro da fé se vé no livro da pasta preta f. 53
hua
escri.' feitaem
11 de agosto da era 1340 (anno 1381) ms. f. 120.»23
em
mármore
no fundo
do
ediculo,em
que
na
campa
avultaa sua
estatua
:
E
iM
:CCC
iLXX
: VIII ]anos
;SÁBADO
[PM.
EIRÓ
:DIA
:DE
;IVLHO
;PASOV
•DOM
• P" .•BPO
DEVORA
:ELLTO
•Q
;FOI
:DE
•CONCA
]O
lQVAL
_
e oFOI
:BPO
: XVII :anos
•^
•x
•meses
•g
• viii •di
AS
:g
:FVNDOV
[ESTA
•CRASTA
•g
•MANDO
V
:FAZER
•;ESTA
•CAPELA
•g
•ESTE
•MVIMTO
EN
:Q
: lAZ :enterrado
•ao
•qval
•bpo
•de
vs
:perdoe
:g
•receba
Ia
•sva
•alma
•con
o
S ;
SEVS
:SANTOS
:NA
•GLIA
i
DO
;PARAI
SO
iAME
:ESTA
:ERA
•MADOV
;POER
•MAR
TIN
;ORTIZ
\CRIADO
;DO
• BISP°; DM*^ ; P°
Se
o interposto século áfundação
da
sé eda
crastanos
não
apresentasse tanta
consonância
no
estylo architectonico,conside-raríamos
do
mesmo
tempo
umas
estatuetasdo Apostolado á
en-trada
do
pórticoprofundo
da
sé, e asdos
Evangelistas,que
existem
na
claustra *.Antes
de
fazermos
menção
de algumas
antiguidades
mais
da
sé,
diremos ainda
que
a capellachamada
do
Esporão não
é,nem
pode
serda
primitiva,mas
evidentemente
do
século xvi.E
no
1 «Oclaustro da sé de
Évora
foiedificado noséculo xrv pelo bispo D.Pe-dro.
As
estatuas dos Evangelistas, que estão no claustro, comparadascom
as dos Apóstolos da porta principal sâo muito similhantes. Os lavores de
alguns capiteis de
mármore
também. Portodas estas razoesconcluiremos quea sédeÉvora foiedificada noséculoxiii(depois de 12G7) e não noséculo xii,
como sejulga.»
—
Sr. dr. A. F. Simões—
Âlmanach
do Sul, pag. 145.As
estatuas dos Apóstolos e as dos Evangelistas podem, realmente, serdo
mesmo
tempo, posteriores áfundação do templo.Uma
detida observação24
estjlo
da
renascença.A
sacristianSo
parece
também
dos
pri-meiros tempos, assim
como
a capellade
S.Lourenço.
Um
exame
exterior
no
edifíciode
prompto convence
ao
animo
observador.
Julgamos
haver
dicto o bastantepara
seconhecer
da
antigui-dade
do
edifício,em
que
teremos de
considerarnào
poucas cousas
interessantes.
Onde
se fariam,porém,
os officios religiosos antesda
fundação
da
sé,dado que
esta sejaobra de
D.
Durando,
como
cremos?
Póde-se responder
a estapergunta,
epassamos
a fazel-o;mas
de
um
modo
pouco
satisfactoriopor
faltade documentos.
Se na
mesquita dos mouros, sagrada
pelos christaosem
1166
secelebraram
os ofBcios religiosos; sena
egrejamozarabe,
que
sejulga
ter existidona
rua
da Mesquita
; seem
alguma
egreja,embora
pequena,
construida depoisda
conquista e antesdesta
sé,
pontos
são incertospor
nebulosos.Duvida
nenhuma
restade
que no
logarem
que
está aBiblio-theca
Publica
existiuuma
egreja. D'ellanos
falam alguns
escri-ptores, e alli se
descobriram
em uma
parede,no
anno de 1872
arcos ogivaes, o
num
dellesum
tumulo,
que,por
cima,
na
parede, tinha esta inscripçao:
:
E
iM
!cc
:L
fXXX:
: IX
:V
I I I I iK
L
:•NOVENBRIS:
o
B
I IT
.•F
E
R
N
A
M
D
V
S :C
O
L
L
V
8 : *De
cantaria sSoalgumas
paredes
interiores,havendo
numa
embutida
uma
pedra
mármore com
asarmas
reaesportuguezas.
í
O
tumulo sobre oquíil bc lia estíiinscripçaoguarda-se boje nacollecçâoepigrapbicoarcbeologica aorez do cbâo dopalácio de D. Manuel, no jardim da cidade, e esta inacrípçao na Bibliotbeca de Évora.
25
talvez
do
tempo
de
D. Fernando,
e topando-seem
voltaquanti-dade grande de
ossoshumanos.
André
de
Rezende
diz a este respeito o seguinte:«Entre
tantoha
see se edificauahos
diuinos ofiScios secelebrauam
en
hu
edi-fício
que
para
ipso logo ijjuncto
se fez,que
depois sérviode
camará
da
cijdade,&
logarde
relaçam.E
non
seicon
quanta
honestidade
a cijdadeho
deu
ao
secretariopara
usos profanos,stando dentro
muitas
sepulturasde muitos
que
partir5de
seusbês
con
ha
egreja.» *Se
aquellaconstrucçâo
foiuma
egreja, christã seria econ-struida depois
da
conquista;mas,
teria sidouma
primeira
sé,ou
egreja
fundada
provisoriamente
para
o culto divinodurante
a
feitura
da
presentecathedral?
Não
osabemos
ao
certo,propendendo
para
crerque
fosse,de
facto,
uma
primeira
sé,fundada
logoem
1166,
senão
anterior-mente,
pelos christãosde
Évora.
A
inscripção alli posta sobreo
tumulo
de
Fernando
Coelho,ou
Gollo,como
se lêno
Livro dos
Anniversarios
a seu respeito,da
erade
1289
(anno
1251), setentaannos
anteriorá
do
bispoD.
Durando,
para
issonos
inclina.Dicto
o bastante sobre afundação
da
sé,passemos
a tractarde
algumas
de
suas antiguidades,entrando para
isso pelaporta
principal.
Antes
de a
transpor,topamos
ao
ladodireito estabreve
inscripção,
em
um
tumulo
antigo,mettido
num
ediculo:E
em
characteresgothico-quadrados
:
anniuerôeairo
:por
:me
: pi? :peetana
:cauaUiro
:S
Na
parteesquerda,
também
num
tumulo
eno
mesmo
characterde
letra, se lêa
seguinte:anniun-esairo
:por
:Uxwa
: iromijgj : íontfl :1 V. Historia das Antiguidades da
mui
nobre e sempre leal cidade de26
Ainda
deste
Iftdo se leuma
coraiaemoraçao
da benção,
ou
sagraçào
da
sé depoisdas obras
no
séculopassado
nestestermos
concebida
:
IJAEC ECCLIiSIA
CATHEDKA-LIS
METROPOLITANA
EBOKE-SIS
FUIT
CONSECRATA AB
EX-CEL.™°
ET
R.™"DOMINO
DONO-FRATRE
MICHAELE DE
SOU-ZA
ORDINIS
EREMITAIiUM
S.P.
AUGUSTINI
ARCUIEPIS-COPO
EBORENSI
DIE
VIGÉSI-MA
SECUNDA
MAU
ANNI
MILESIMI
SEPTINGENTESI-Ml
QUADRAGESIMI
SEXTI. *Subindo
pelanave
direita,no pavimento da
capcllada
Cêa
do
Senhor,
jaz
osegundo
arcebispode
Évora,
com
esta letraem
campa
rasa,para
alliremovida
de
outro logar:S.
DE
DOM
lOlO
DE
ME
LLO
ARCE-BPO
DEVORA
FALECEO
A
5
d'agos
TO
1S74.
2*
Nâo
8e conheciam estes túmulos, que recentemente appareceram, sendopor casa occaííiào removida a pedra coiumcinorativa da eagraçào paralogar
maÍ8elevado, visto que ella tbtavana parede
cm
que existeum
doaediculos.V. Alma/iach do Sul, pag. 122.
2 Esta
campa
foi necessariamenteremovida de outro logar paraalli, poisque ao tempo da morte de D. Joào de Mello,
cm
1574, ainda nào existiamcfltas capellas lateraes da Sé, mandiulas fazer por D. Joaé de Mello, que foi
27
Na
capellade Sancto
André,
em
seguida
áquella,existem
duas
memorias
mortuárias.Diz
uma
delias,mettida
na
parede:
ANIVERSA
RIO
POLO
AR
oCEBP
DOM
MARTINHO
DOLIUEIRA.
*No
chào,em
campa
raza, jazManuel
Severim
de
Faria.Se-pultado primeiramente
na Cartuxa
d'esta cidade,para
a sé epara
alli
foram
trazidos seus ossosem
1839, ao
mesmo
tempo
em
que
também
eram
removidos
de
S.Domingos,
convento
desfeito hoje,os
de
André
de
Rezende.
Tem
esta inscripçào acampa:
TRASLADADO
EM
1839
el
M.
SEVERIM.
DE
PARIA.
o ta
CHANTRE.
E
C DASSE.
DE
VORA.
ELEGEO. PARA.
SIa
ESTA.
S. ASSIPOR DEUA
çIO.
COMO POR
ESTAR
e
NELLA. O CORPO.
DO. P. D.BAZILIO.
DE
FARIA.
SEV. TIO E ANTECESSOR.
Q.FALE
CEO SENDO
PRIOR
DESTE
CONVENTO
A. 5.D
ABRIL
DE
1625.
21 Foi natural de
Évora
e arcebispo de Braga.Damião
António—
Aula Politica etc, tomo 4.° 2 V. Historia abreviada da trasladação dos ossos do MestreAndré
de Bezende, e do ChantreManuel
Severim de Faria.Ms. do cartório da
Camará
de Évora, liv. 33 dos28
Defronte
d'esta capellade
S.Lourenço
existeencravada na
colurana
da
nave
uniapedra representando
um
brazao de
armas
dos
Oliveiras,contendo
em
volta estes dizeresem
cbaracteresmonachaes
:
n
AQUI
: lAZ :GIRAL
;MARTIZ
fTOSCAO
;E
:MORREO
:E
:M
:m
:LX
:V
:m
•anos
:dia
:DE
:SAN
'MEMEDE
'.• • •
No
cruzeiro epara
abanda
da
Poiia do
Sol,quando
se descepara
a claustra,veem-se
doistúmulos
antigoscom
estas letras;
aniutnôèaivo pov
ôeunclja (j\)aniurrôsairo
por
me
ôuarrô
fr^A
direitade
quem
entra
aPorta do
Sol existe otumulo do
celebre antiquário
eborense
André
de Rezende.
Foram
para
allitrasladadas suas cinzas
quando
as necessidadesde
um
novo
sé-culo
demoliram
oconvento
em
que
professara.Sepultado
em
campa
raza
á entrada
da
casado
capitulo,a
que
hojena
séde
Évora
lhe
cobre
os ossos amesma
éque
lh'os cobriraem
S.Domingos,
apenas
com
outro epitaphio, desfeito o primeiro,ou
por gastado
dos
annos
edo
perpassardos
frades,ou
de
propósitopara
se lhegravar
oque
actualmente tem,
composto
pelo sr. J.H. da
C.Rivara,
que
dizassim:
L.
ANDREAE
RESENDII
MEMORIAE
DICATVM.
EX
AEDE
DOMINICANA
FVNDITVS
EVER8A
TANTI
VIRICINERES
IN
PERPETVVM
GKATI ANIMI
MONVMKNTVM
CURA
ET SVMI*TmVS EUORENSIVM,
QVIBV8
DECV8
PATRIAE
CARVM,
nvC
TRANSLATÍ
AN.
MDCCCXXXIX.
* * Ibidem.29
Defronte
da
portada
casa
capitular,na
capellado Senhor
Morto ou do Refugio
dos
jpeccadores, existe ura sarcófagomettido
na
parede,com
esta letra:omun*6airo
:por
».^^ tnij í)emela.
^Encravada
na
columna do
arcoda
capellado
Sanctissimo,que
fica
á esquerda
do
visitante, vê-seuma
grande
inscripçaocom-memorativa da
batalhado
Salado;
muito
deteriorada,porém,
pelosestragos
do
tempo,
senão
dos
homens
^1
No
Livro doa Ânniversariostopa-seuma
commemoraçâo
por estaforma:«No
dito dia fazem aniv.° porVasco Martins de Mello e por MariaAf-foDSO sua molher.»
É
no dia 29 de novembro.30
^^ I c o a CS ri I <y Tia
m I H o > 00 O H H I H to 09 '3 « os O ••• fti ... 7i ... •< IO KI«
s o ^ 1 H 00 > O u In 1^ ,., N 00 ••• H 0. > 00 00 oa to ,o ... o o Q 1< ro Hl3
< a U e •< I O' to > o cn cr 00 O 4 -< 1» < ^ H U 0. H 00 < 00 ... 1 p; O 1 ^ M 00 o \ P3 O O ... O ... c ... P4lã
-< ã too
to 03 M >• .1 O < u (O 15< o CS o > o o-u Oh C5 o o w to toI"
« to to OSO
to 15 "S H ••• •< o B> CS 2 ^ to i5 to 5 í to to o 2 > OD O 1-0 •o to ^ to P O» os ^ 'O H I-JJ H to ^ I O ... ^ I M ... o o > H >• s ... o 1-1 H 5-
'á 5 s t 'd è a n < on
« t-t3o
c c3 S O o a o a ee 'X2 o a a C5 CO
<
Cã O a o o »4 a B o 2 <v cr c3 o a 3 cr--3 a 03 O O g a 03 o a o o a u c3 '-o CQ tn O^
h:3 -r es 03 n3 O p4 S 03 03 43 03 03 C3 03 ;-i 03 > O o u o C3 'S 03 OQ 03 O Ph O a cr" '4h 3 o o !-g o s ^o
03 n3 > O »^ cã 03 t> 03 4-> 03 a es tiO
03 -O 03^
14-1 O 03 c3 SI 05 3 O 03 02 c3 Oh ^4 03 'O o a.^
o O 03 * Oo
S 03 02 'O í: o 03o
c o &. •• 03 O 'O .o ia ^ C3 bTj O 3 03 'a c 03 a 03 ,^Q
Ph 3 .« 03O
CO 00 co 03 ^3w
03 > si JS 03 'O 03 bD 03 03 02 S c3 ;-• 05 *5 03®
b
S o* '^ OQ CJ 03 o ps'â
o
oS <y > cáO
^ a -3 s 03 eS ífl 02 O) 03Q
a ^^ .« o! 03^
T3 a o8 t-i <D Uio
03 2 =: o CQ O d 03 « 03 cj to «4-1 ce oS a 03 u 03 'O 03 > O 03 3 O 03 3 cr CQ 03Q
03 03 <1 es > O^
es <» -M O U «4H D^ C3 03 (O 03 03 O 73 O o: ee 73 'c? o 'O to «y o^
o _ fcD p O > . <v (DO
73 Cu^
d 03 ^ •^3 pd o o 03 Cá "-d -Q o o 03 03 •4-9 03 Cã 03 > 03 s3 03 d -^ O fl ^. »^ c3 &D 73 a 53 ^ a d "^ o a 03 .^ O G Ul O «3 a 03 a .r~ ^ i^ 03 03 d s3 «^ cr a 03 03 e« d<
03 O 03 .« -*J Xi Cd a d d 03 03 O rd 03—
« ce ^^ a o oa d a 03 O 203 CQ O <a 03 «+H o3 d 03 d cr <03 O (h 03 a d C3 o o, d«
Xi 03 a 03 CQ O 73 O a •*-03 a ee o Oi 03 o CSrHc^jOTíiiOoc^ooaí
o
T-i (M CO rí^32
Esta
interessante niciDOriaparece
não
ter sido alli postapri-mitivamente,
mas
talvezna
antiga
capellade
S.Vicente
ede
suas irmíts
Sancta Sabina
e Christeta,donde
seriamudada
para
a sé,
quando
a capella se reconstruiuno
tempo
do
cardealD.
Henrique
*, eonde
parece
que
D.
Aflfonso ivfundou
uma
confraria
de
Nossa Senhora da
Victoria,como
dizFonseca na
Évora
Gloriosa,* Esta inscripçSo
commemorativa
da batalha do Salado é, certamente,muito interessante para os eborenses e
uma
d;is maia curiosas que existemna sé.
Em
perfeita harmoniacom
ahistoria são os seus dizeres.A
mais an-tiga referencia que se faz a esta inscripção é, sem duvida, esta:«Costa per letereiro
em
pedramármore
querstána Ceo d'Evora, quandoentrào por a porta pryncipalda Ceceda
mão
direitaó derradeiro esteodocru-zeiro da porta de Sàta cruz: diz a letra o caso todo, e que da nobre cidade d'Evora foiào a esta batalha sem cavalleiros e mil piàes; e que Guçalo
Es-tevez Carveiro ia por Allfcres c que a batalha fora destes Róis Mouros era
de mil trezentoa setenta e oito.»
V.
Tomo
V dos Inéditos de Hist. Portugueza, pag. 107.Na
Évora
Gloriosavem
mal lida, e já naquelle tempo se não conheciamdez ou doze letras no começo.
Alcnainãrim era Aly Abul
Hasan
bonOtman
ben Jacub ben Abdelhacde Beni Merin.
—
V. Conde, Hist. de ladnminacion de losárabes en Espaiia^
tomo 3."
A
forra filha do rei de Ivnis seria Ilatima, mulher do Albohacen. Chron. deD.
Affonso xi, pag. 449.O
cerco de Tarifa ii mfncionndo assim por Condo, tomo 3.°, pag. 133:«...
y
principiaron a eombatirla con maquinas 6 ingenios de truenos quelanzaban bahis d<! hicrro grandes con nafta, causando grau destruicion cn
BUH bien torreados muros.»
O
reimouro
deGranada
era JuzofAbul
Hegiag.—
Conde, tomo 3."Dos
despojos achados nocampo
mourisco faliam todos os historiadores,assim
como
da grande matança; por exemplo: «... muchos chriatianos sepasaron en los roah-s do los Mouros á matar et á cativar los Moros dei
Rey
Albohacen, ot las mugeres et los mozos pequenop, et á robar grandes averes
deoro et de plata.»
—
Chron. de D. Affonso xr, pag. 440.
Do
grandenumero
de mouros diz o mesino chronista que foi preciso o33
Na
capellade
S.Lourenço,
defronteda
sacristia,em
duas
com-pridas linhas
da
partedo Evangelho,
lê-se era gothicomonachal
:
HIC
;lACET
•DONNA
[CÕSTANCIA
•GENERE
;g
•
HVMILITATE
[DECORA
lHVIC
;ECLESIE
•g
•PAVPB9
;depois da batalha apenas
em
quinze dias eem
doze galésvolveram aTimisos que escaparam.
Schoefer na Historia,pag.205 eMariznosDiálogos affirmam que o nosso Affonso IV atacou o rei de Granada,
como
se lê na inscripçâo.Quando
a batalha começou Afifonso rv só tinha a seu lado mil cavallos,com
os quaes deu tão rijo na mourisma, que os envolveu completamente: «Et por que de las gentes deiRey
de Portugal non eran Uegadosmas
quemill ornes á caballo et el
Rey
deGranada
tenia siete mill.»Chron. de D. Affonso xi, pag. 439. «... en lo
mas
recio de la sangrientabatallacomenzaron á remolinar-seciertas cabilas alarabes atropelladas de la caballeria
armada y
cubierta dehierro que las acometió.»
—
Ibid., pag. 135.O
logar onde a filha de Affonso ivviera pedir-lheauxilio, parece ter sido esta cidade de Évora, porque dizRuy
de Pina, na Chronica d'este rei, queD. Mariaviera por Terena a Évora, onde D. Affonso e a mulher vieram
receber a filha.
Falta observar
alguma
cousacom
respeito ao dia da batalha do Salado,que naturalmente seria indicado nas letras que faltam na pedra.
Romey
na Historia, torno 8.°, pag. 165, diz:«Dès
que ceux ci furentar-rivés à la pena Ciervo, le dimanche 29 octobre ]340.»
E
continua dizendoque no dia immediato se ferira a batalha.
Conde, no tomo 3.° da Historia citada, apag. 135 e 136, diz d'este modo: «Fué esta cruel batalla deWadacelito dia lunes siete de la luna
Giu-mada
primera dei ano setecientos curenta y uno.»Ora, o dia 7 da lua de
Jumadi
de 741 da Hégira é o dia 30 de outubrode 1340.— Spain and Portugal, daIncyclopedia de Dionysius
Lardner-Lon-don, 1832, vol. 2.°
O
notáveltrabalhodosCartuxos deS.Bruno
concordatambém
d'estemodo:tL'an 1340 Alfonse se trouve le 30 octobre, à la bataille de Salado.»
Art de vérifier les dates, pag. 815 e 828.
Assim
faltarão, talvez, á inscripçâo as palavras: xxx • de • ovtvbro • ,ou então o dia dapartida de Affonso iv de Évora, oqual não é fácil de pre-cisar;
mas
é mais provável ser o dia da batalha. Já depois d'isto havermos34
GRACIOSA
;OHIIT
iE
1M
•CCC
[XL
;Vni
; II fId9
ÍiVNii :
cvi9
:anima
;reqviescat
[ in •deo
•amen
•*
Segue-se a
esta capella achamada
do
Esporão,
por
haver
sidomandada
fazerpor
JoitoMendes
de
Vasconcellos,senhor
do
mor-gado
do Esporão,
como
se le neste epitaphio,da
partedo
Evan-gelho o primeiro :
lOlO
MENDEZ
DE VASCONCELLOS
S.®""DO
MORGVADO
DO
ESPO
\rIo
filho
DALVARO MENDES DE
VASCONCELLOS
E
DE
DONA
LIANOR
RIBEIRA S/*
PROPRIETÁRIA
DESTE
MORGVADO
•/•FOI
DO
C0N8.°
DEL
REI
DOM
M.®'E
DEL
REIDOM
IOAO
O
3.°E SEV
EMBAIX/^*""NA CORTE
DOS
REISCATIIOLICOS, E
DEL
REIDOM
CARLOS
SEV
NETTO
*/•E
DE
CONSENTIM.*"
DO
DITTO
REI
DOM
lOAO;
E
DO
CAR.'IFFANTE
DOM
AFFONSO
SEV IRmXo,
BP.°DESTA
CIDADE,
E
DO
CABIDO DESTA
SEE
CONFIRMADO PELLO PAPPA
CLEMENTE
7.""^MANDO
V
FAZERNO
ANNO DO
S.*""DE
1S30
ESTA
CAPELLA PARA
SEV
lAZlGO
E
DE
DONA
BRIOLANIA
DE
MELLO
8VA
Z.*MOLHER,
E
DE
TODOS
SEVS
SVBCESSORES
QVE
LHERDASSEM O
DiTTO
MORGADO
d'ESPO
,'RAO
7-DOVTOVA, DE HVA
MIS^^AQVOTI DIANA
PARA SEMPRE
INCLVINDO
NELLA
AS
QVE
O MOIlGVADO
lATINlIADOBRIGAíJAO
ESTÁ AQVI
SEPVLTADO
COMO
A DITTA
DONA
BRIOLANIA
DE
ME
LLO
SVA
MOLHER, FALLECERAO
AMBOS NO ANNO
DE
1S41:2
A
partoesquerda de
quem
entrana
sacristia,cm
pedra
mar-escripto vimo?
uma
copia, aliásbem
feita no século passado, queconjectunvdever srr preenchida a falta pela palavra: annob: Pertence a copia ao
ta-lentoso J. S. L. Esquivei.
1
No
livro dos Ânniversarins, copia do antigo, ha esta comTneniora(;aoem
12 áp junho: «Aos 12 de Junho fazem aniv." por D. Constança, molher de
Simão dos La^os, e faz-so por liuma courcla de Almoinha por baixo das
fontes, e por
hum
fcrragial que he a par do Pombal, o a^io 5 Hbra«.»2 Omittimop asdcmriis inpcnp(;'òcH d'e8ta capellapor extensas e menos