1
CONSUMO
(aulas teóricas 18 e 24 Nov)
Tópicos:
•Função Consumo Keynesiana
•Paradoxo de Kuznets
•Teoria do Rendimento Permanente (YP)
•Óptimo intertemporal do consumidor
•Séries temporais ou Cronológicas (time
series)
•Expectativas Adaptativas e Rendimento
Permanente
•Expectativas Racionais
•Restrições de Liquidez
•Teoria do Ciclo de Vida
Macroeconomia 1 – turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa Fontainha
AVISO:
estes slides constituem apenas sumários desenvolvidos das aulas
t05. Não devem ser usados como elementos de estudo alternativos à bibliografia e outro material
oficial da cadeira
Consumo
• Ponto do Programa:
• Bibliografia
– Santos, Jorge (1998)“Consumo”, disponível na página de Macroeconomia 1
• Exercícios a resolver nas aulas prática:
– exercícios sobre o consumo disponíveis on-line (site
de Macroeconomia 1)
– Dornbush,R., Fisher and Startz (1998)Exercício
técnico nº1 pág.316
• Outros exercícios
– Questões relativas ao consumo em provas de
avaliação (disponíveis on-line, no site de
–
turmas T01, T03 e T05
–
Docente Elsa
3
Função Consumo Keynesiana
Função Poupança das Famílias
c
dY
dC
d
=
d
cY
C
C
=
+
_
c
c
Y
C
Y
cY
C
Y
C
d
d
d
d
>
+
=
+
=
_
_
Macroeconomia 1 – turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa Fontainhad
d
d
d
d
C
Y
C
cY
C
c
Y
C
sY
Y
S
=
−
=
−
−
=
−
+
−
=
−
+
_
_
_
)
1
(
A “hipótese do rendimento absoluto”(rendimento corrente)
verificava-se na prática? Ou seja, existe
EVIDÊNCIA EMPÍRICA
Análise da evidência empírica
• Podem ser usadas séries de dados de 2
tipos:
– Dados
cronológicos ou séries temporais
(time series); por exemplo observações de
vários vários anos para um mesmo país.
– Dados seccionais
(cross section series); por
exemplo observações do mesmo ano para
diferentes países.
– turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa Fontainha5
Parad
o
x
o
de Kuznets
• No
curto prazo
a Função consumo
keynesiana verifica-se (C/Yd >c)
• No
longo prazo
(C/Yd = c)
– Parcela do rendimento poupada era
constante
– Função consumo de longo prazo passava
pela origem
• Resolver esta contradição (“paradoxo”) entre
curto e longo prazo originou o aparecimento de
diversas teorias.
Macroeconomia 1 – turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa FontainhaParad
o
x
o
de Kuznets
• “resolução” do paradoxo de Kuznets irá
ser efectuada de duas formas:
– 1-
Teoria do Rendimento Permanente (YP)
– 2-Teoria do Ciclo de Vida
–
turmas T01, T03 e T05
–
Docente Elsa
7
Parad
o
x
o
de Kuznets
Fig.4 Santos, J. (1998)
• Função consumo de
curto prazo
e de
longo prazo
45
oYd
C
longo prazo
curto prazo
Macroeconomia 1 – turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa FontainhaResolvendo o paradoxo...
• As curvas de curto prazo deslocam-se para
cima ao longo da curva de longo prazo
– (
ver Fig.5 Santos, J. (1998)
)
Mas
porque se deslocam as curvas de curto prazo?
3 teorias o pretendem explicar:
• Teoria do Rendimento Permanente, Friedman
(1957)
• Teoria do Ciclo de Vida , Ando e Modigliani (1963)
• Teoria do rendimento relativo,Duesenberry(1949)
–
turmas T01, T03 e T05
–
Docente Elsa
9
Consumo
no curto e no longo prazo- reconciliação
O
Curto Prazo
(short run-SR):
SR1, SR2, …
e o Longo Prazo
(long run-LR):
LR
Macroeconomia 1 – turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa Fontainha
Yd
CONSUMO
RENDIMENTO
SR2
Fig.5 Santos, J. (1998)
LR
SR1
45
oA
B
A’
Y1
Y2
C1’
C2
C1
Teoria do
Rendimento
Permanente
Perspectiva intertemporal
• (“teoria pura do consumidor”
v. Microeconomia
)
• Hipóteses básicas:
– as decisões de consumir dependem do
rendimento presente mas também do
rendimento normal que se espera receber no
futuro;
– os consumidores pretendem alisar o consumo
ao longo do tempo, evitando assim flutuações
significativas no consumo.
– turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa Fontainha11
Restrição Orçamental Intertemporal
do Consumidor
• Hipóteses e simplificações:
– Apenas dois períodos (o presente per.1 e o futuro
per.2)
– O consumidor possui conhecimento perfeito de
quanto receberá no futuro (Y1 e Y2)
– O consumidor possui conhecimento perfeito dos
preços dos bens em cada período
– O consumidor conhece a taxa de juro a que pode
emprestar e pedir emprestado
• Para conhecer as possibilidades de consumo nos dois
períodos representa-se a
restrição orçamental
intertemporal
Macroeconomia 1 – turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa FontainhaRestrição Orçamental
Intertemporal do consumidor
• O máximo que poderá consumir no período 1 é :
Y1+[Y2/(1+r)]
– Valor actualizado
no período 1 das receitas a
receber no período 2 :
[Y2/(1+r)]
• O máximo que poderá consumir no período 2 é:
Y1(1+r)+Y2
– A restrição orçamental tem que ser combinada com a
função utilidade
do consumidor, irá determinar qual
o “cabaz” (C em per.1 e C e per.2 que maximiza a
sua utilidade)
– turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa Fontainha13
Restrição Orçamental
Intertemporal do Consumidor
• Expressão matemática da recta de
restrição orçamental
• Total das despesas=total das receitas
Macroeconomia 1 – turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa Fontainha
2
2
1
1
1
1
C
Y
C
Y
r
r
+
=
+
+
+
Resolvendo em ordem a C2 :
a inclinação da recta é –(1+r)
Restrição Orçamental
Intertemporal do Consumidor
– turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa FontainhaPeríodo 2
W2= riqueza
no período 2
W1= riqueza no
15
Óptimo do Consumidor
• Função utilidade U (C
1
,C
2
)
• Riqueza no período 1 (W de Wealth):
Macroeconomia 1 – turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa Fontainha
2
1
1
1
Y
W
Y
r
=
+
+
NOTA: diferentes valores de Y1 e Y2, para o mesmo r podem
resultar em W1 iguais.
O CONSUMO num período não depende apenas do rendimento
nesse período mas sim da riqueza e da taxa de juro:
Escolha Óptima do Consumidor
via de expansão admitida por Friedman
– turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa Fontainha
U
0U
2U
1E
Y1
Y2
Y
C1
C2
Período 2
17
Rendimento PermanenteY
P
• O
RENDIMENTO PERMANENTE
(
Y
P
)
para “um consumidor que possua rendimentos
não constantes ao longo de vários períodos,
será aquele rendimento constante que lhe
permite situar-se na mesma recta de restrição
orçamental intertemporal” Santos, J(1998)p.9
• Considerando apenas 2 períodos:
Macroeconomia 1 – turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa Fontainha
2
1
1
1
P
P
Y
Y
Y
Y
r
r
+
=
+
+
+
Consumo Permanente
C
P
(ou planeado)
• C
P1
=g(Y
P1
,r)
• Considerando todos os períodos
1,2,3,...re-escreve-se (hip.Friedman):
• C
P
=kY
P
• Y=Yp+YT
• C=CP+CT
– turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa Fontainha19
Rendimento Permanente
c/
Expectativas adaptativas
1
(
1
)
Pt
Pt
t
Pt
Y
=
Y
−
+
l
Y
−
Y
−
Macroeconomia 1 – turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa Fontainhat
Pt
C
=
kY
1
(1
)
t
t
t
C
=
k Y
l
+
−
l
C
−
Resolvido o
Paradoxo de Kuznets !
(
pela teoria do rendimento permanente
)
• Porque no
longo prazo
:
– turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa Fontainha
t
Pt
C
=
k
Y
•..Mas no
curto prazo
:
1
(1
)
t
t
t
21
Resolvido o
Paradoxo de Kuznets porque:
• Existe uma função de
longo prazo
que
passa pela origem, mas considerando que
a economia cresce (aumento do
rendimento/consumo) a ordenada na
origem é em pontos cada vez mais
elevados, e a
propensão marginal a
consumir no curto prazo
é inferior à
propensão marginal a consumir de
longo prazo
Macroeconomia 1 – turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa FontainhaTeoria do Rendimento Permanente
(YP)e “resolução” do Parado
x
o
de Kuznets
(séries temporais)
t
Pt
C
=
kY
2 2(1
)
1C
=
k Y
l
+
−
l
C
Y1
Y2
C2
C1
– turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa Fontainha0
11 (1
)
0C
=
k Y
l
+
−
l
C
23
Rendimento Permanente (
YP
)
c/
Expectativas Racionais
• Dificuldade em operacionalizar o conceito de
rendimento permanente (informação relevante
para formação de expectativas...)
• Mas mais uma vez a realidade demonstra
evoluções que questionam a teoria do
rendimento permanente com base nas
expectativas racionais.
• Será ainda válida a teoria do rendimento
permanente?
Macroeconomia 1 – turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa FontainhaRestrição de Liquidez
• Existe
restrição de liquidez
quando o
consumidor não pode pedir emprestado.
• O consumidor pode não pedir
emprestado, mas pode emprestar
• Por simplificação consideramos que a
taxa de juro a que se empresta e a taxa
de juro a que se pede emprestado são
iguais. Representam-se por r
–
turmas T01, T03 e T05
–
Docente Elsa
25
Restrição de Liquidez
A recta de restrição orçamental
intertemporal fica quebrada:
Macroeconomia 1 – turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa Fontainha
W1= riqueza no
W1= riqueza no
período 1
período 1
Y1
Y
eEste rendimento esperado
não é tido em consideração
no consumo porque..não lhe
concedem crédito
Restrição de liquidez e
Teoria Keynesiana
• Se um consumidor se comportar segundo
a teoria do rendimento permanente, mas
se tiver uma
restrição de liquidez
efectiva (que o afecta) comporta-se como
um consumidor keynesiano, porque o seu
consumo fica a depender do rendimento
corrente, pois não pode antecipar
rendimentos
– turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa Fontainha27
CICLO DE VIDA
(outra teoria que permite
“resolver o paradoxo)
• Consumidores tendem a alisar o seu consumo
• Para cada grupo etário o consumo representa
uma parcela fixa dos rendimentos
• Fase do Ciclo de Vida condicionam o
comportamento de consumo e poupança
(v.gráfico
no quadro)
– Jovens ( S<0)
– Activos (S>0)
– Reformados (S<0)
Macroeconomia 1 – turmas T01, T03 e T05 – Docente Elsa FontainhaResolvido (outra vez, mas de outro
modo) o paradoxo de Kuznets !
• No momento t a riqueza é constante e a
função de curto prazo é keynesiana
• Com a passagem do tempo a riqueza
aumenta, a função consumo desloca-se
• No longo prazo passa pela origem
• A propensão média permanece constante
•
(v. Dedução e Gráfico no quadro)
–
turmas T01, T03 e T05
–
Docente Elsa