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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

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Academic year: 2021

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APRESENTAÇÃO

Esta minuta de Deliberação Normativa é resultante da Diretiva COPAM nº 2, publicada em 2 de julho de 2009, que estabeleceu diretrizes para revisão das normas regulamentares do COPAM, especialmente aquelas referentes aos mecanismos e critérios para classificação de empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente sujeitos a regularização ambiental.

A minuta de DN envolve:

• a incorporação / reformulação dos 27 artigos da DN 74/2004; • a incorporação / reformulação dos 9 artigos da DN 17/96; • a incorporação / reformulação dos 3 artigos da DN 77/2004;

• a incorporação das diretrizes dos artigos do Decreto Estadual nº 45.097, de 12-5-2009, alterado pelo Decreto nº 45.233, de 3-12-2009, que dispõe sobre regime jurídico especial de proteção ambiental de áreas integrantes do Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte;

• a incorporação de regras específicas de licenciamento ambiental estabelecidas por Resoluções do CONAMA que mencionam expressamente determinados tipos de empreendimentos ou atividades. Como a Diretiva COPAM nº 2 remete também ao tema “Audiência Pública”, foi elaborada outra minuta de DN, a título de revisão da DN COPAM nº 12, de 13-12-1994, que atualmente trata do tema.

Os quadros na folha a seguir resumem, num levantamento preliminar, as necessidades de ações periféricas cujos resultados já deverão estar disponíveis para os usuários a partir da data em que entrar em vigor a nova DN, a saber:

I) elaboração e/ou revisão de Deliberações Normativas, Resoluções e/ou Instruções de Serviço SEMAD; II) elaboração de Termos de Referência para realização de estudos e relatórios técnicos necessários à instrução dos requerimentos de licença e de AAF;

III) elaboração de modelos para determinados documentos necessários à instrução dos requerimentos de licença e de AAF, tais como requerimentos, publicações em periódicos de grande circulação local ou regional, Declaração de Prefeitura, etc.);

IV) alterações necessárias no Anexo Único da atual DN 74, antes migrá-lo para a nova DN.

Indispensável dizer que o SISEMAnet deverá estar apto a “trabalhar” com as novas diretrizes tão logo as novas normas entrem em vigor, regra esta que vale também para os municípios conveniados com o COPAM nos termos da DN 102/2006.

Cabe, por fim, destacar duas dentre outras exigências da Diretiva COPAM nº 2:

a) manter os avanços da simplificação contidos nos dispositivos gerais da Deliberação Normativa COPAM nº 74, de 9-9-2004 especialmente no que se refere à introdução do instrumento denominado Autorização Ambiental de Funcionamento (item III.6);

b) apresentar as minutas de DN derivadas da Diretiva bem como os termos de referência para elaboração de estudos ambientais de baixa, média e alta complexidade a todas as Câmaras Temáticas do COPAM para discussão e análise quanto a seus temas específicos e, em seguida, à deliberação da Câmara Normativa e Recursal do COPAM para decisão em caráter terminativo (item VI.1).

NOTA – Diretrizes que alterem as regras relativas à incidência da compensação ambiental devem ser objeto de revisão da DN COPAM nº 94, de 12-4-2006, que trata especificamente do tema. A propósito, com relação a esse tema, há também a Resolução CONAMA nº 371, de 5-4-2006, o Decreto Estadual nº 45.175, de 17-9-2009, os Pareceres da AGE números 15.016, de 18-5-2010, e 15.044, de 3-9-2010, e a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 3.378-6.

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SUMÁRIO

CAPÍTULO SEÇÃO TEMA ART. PÁG.

I Das definições e das regras gerais para regularização ambiental ... 1º ao 3º 1 I Das atividades ou empreendimentos sujeitos a AAF ... 4º ao 8º 3 II Das atividades ou empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental ... 9º ao 18 5 III Das atividades ou empreendimentos dispensados de licenciamento e AAF ... 19 10 II Da revisão do fator de vulnerabilidade ambiental ... 20 10 III Das regras específicas para áreas de proteção especial de regiões metropolitanas ... 11 I Das áreas integrantes do Vetor Norte da RMBH ... 21 a 23 11 II serão inseridas mais seções quando vier o Decreto do Vetor Sul e outros. - a - - IV Das regras específicas para atividades ou empreendimentos do setor agrossilvipastoril ... 24 e 25 12

V Das ampliações e modificações de atividades ou empreendimentos ... 14 I Das ampliações ... 26 a 31 14 II Das modificações ... 32 15 VI Dos prazos de validade, das prorrogações e revalidações das licenças e da AAF ... 16 I Dos prazos de validade das licenças e da AAF ... 33 a 35 16 II Da prorrogação dos prazos de validade de licenças ... 36 a 39 17 III Da revalidação das licenças e da AAF ... 40 a 45 19 VII Da indenização dos custos de análise ... 23 I Dos custos de análise ... 46 23 II Das isenções, reduções e outros benefícios incidentes sobre os custos de análise ... 47 a 54 23 VIII Dos critérios específicos de licenciamento para atividades ou empreendimentos expressamente mencionados em Resoluções do CONAMA ... 55 26

I Dos critérios específicos para atividades relacionadas à exploração e lavra de jazidas de gás natural ou petróleo, estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 23, de 7-12-1994 ... 56

II Dos critérios específicos para empreendimentos necessários ao incremento da oferta de energia elétrica no País, estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 279, de 27/6/2001 ... 57 27 III Dos critérios especificos para empreendimentos com organismos geneticamente

modificados, estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 305, de 12/6/2002 ... 58 27 IV Dos critérios especificos para agroindústrias de pequeno porte e baixo potencial de impacto ambiental, estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 385, de 27/12/2006 ... 59 29 V Dos critérios específicos para projetos de assentamento de reforma agrária estabelecidos, pela Resolução CONAMA nº 387, de 27/12/2006 ... 60 30 VI Dos critérios específicos para aterros sanitários de pequeno porte, estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 404, de 11/11/2008 ... 61 32 VII Dos critérios específicos para empreendimentos destinados à construção de habitações de interesse social, estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 412, de 13/5/2009 ... 62 33 IX Das disposições transitórias e finais ... 63 a 71 34 ANEXOS

1 Listagens A a G das atividades ou empreendimentos sujeitos a regularização ambiental

2 Tabelas 1, 2, 3 para enquadramento em fator de impacto ambiental, fator de vulnerabilidade ambiental e classe de impacto ambiental, respectivamente 3 Atividades ou empreendimentos sujeitos a EIA e respectivo RIMA

4 Glossário

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Deliberação Normativa nº xxx, de xxx de xxx de 2011

Estabelece critérios para classificação segundo o porte, o potencial poluidor/degradador geral e a localização das atividades ou empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental ou à Autorização Ambiental de Funcionamento, institui procedimentos gerais para a regularização ambiental e dá outras providências.

O Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM, no uso das atribuições que lhe confere o art. 5º, I, da Lei Estadual nº 7.772, de 8 de setembro de 1980, e tendo em vista o disposto no art. 214, § 1º, IX, da Constituição do Estado de Minas Gerais, e nos termos do art. 4º, I e II, da Lei Delegada nº 178, de 29 de janeiro de 2007, e seu Regulamento, Decreto Estadual nº 44.667, de 3 de dezembro de 2007, art. 4º, II,

Considerando a Diretiva COPAM nº 2, de 26-5-2009, que estabelece diretrizes para revisão das normas regulamentares do COPAM por meio da incorporação do critério locacional, especialmente aquelas referentes aos mecanismos e critérios para a classificação de atividades ou empreendimentos modificadores do meio ambiente sujeitos à regularização ambiental.

Considerando a base de dados georreferenciados do sistema de informações ambientais do Estado.

Considerando o Zoneamento Ecológico Econômico do Estado de Minas Gerais (ZEE), aprovado pela Deliberação Normativa COPAM nº 129, de 27-11-2008.

Considerando o Decreto Estadual nº 45.097, de 12-5-2009, alterado pelo Decreto nº 45.233, de 3-12-2009, que dispõe sobre regime jurídico especial de proteção ambiental de áreas integrantes do Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte,

DELIBERA:

CAPÍTULO I

Das definições e regras gerais para regularização ambiental Art. 1º - Para fins desta Deliberação Normativa ficam estabelecidas as definições a seguir:

I – fator de impacto ambiental – indicador do potencial impacto ambiental da atividade ou empreendimento, definido em função do porte e do potencial poluidor/degradador inerente à água, ao ar e ao solo, incluindo os efeitos nos meios físico, biótico e socioeconômico, bem como os efeitos da poluição sonora;

II – fator de vulnerabilidade ambiental – indicador de suscetibilidade do local de instalação e operação da atividade ou empreendimento, segundo condições determinantes da vulnerabilidade do meio;

III – classe de impacto ambiental – valor resultante da conjugação do fator de impacto ambiental e do fator de vulnerabilidade ambiental, que determina o nível de complexidade dos estudos ambientais e os requisitos para a regularização ambiental da atividade ou empreendimento.

Art. 2º - As atividades ou empreendimentos modificadores do meio ambiente sujeitos à prévia regularização ambiental no âmbito estadual são aqueles listados no Anexo 1 e enquadrados nas classes de impacto ambiental 1 a 8, na forma estabelecida por esta Deliberação Normativa.

§1º. A classe de impacto ambiental é obtida conforme a Anexo 2/Tabela 3, por meio da conjugação de dois fatores: I – fator de impacto ambiental, variando de 1 a 6 conforme Anexo 2/Tabela 1, definido em função do porte e do potencial poluidor/degradador geral da atividade ou empreendimento;

II – fator de vulnerabilidade ambiental, variando de 0 a 2 conforme Anexo 2/Tabela 2, definido em função da localização da atividade ou empreendimento.

§2º. Havendo em um mesmo empreendimento duas ou mais atividades listadas no Anexo 1 o fator de impacto ambiental a ser considerado será o de maior valor.

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§3º. Constatando-se para uma mesma atividade ou empreendimento situações que remetam a fatores de vulnerabilidade ambiental de diferentes valores será adotado o de maior valor.

Art. 3º - A regularização ambiental ocorrerá em caráter preventivo ou corretivo por meio de obtenção da Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF) ou das licenças ambientais, observadas as etapas previstas na legislação.

§1º. O caráter preventivo configura-se quando a AAF ou as licenças ambientais exigíveis são concedidas em seu devido tempo, consideradas as fases de planejamento, instalação e operação, inclusive nos casos de ampliação e modificação, configurando-se o caráter corretivo quando:

I – uma ou mais intervenções no local com vistas à instalação da atividade ou empreendimento são iniciadas sem que a licença ambiental que permite a instalação tenha sido concedida;

II – a operação ou funcionamento da atividade ou empreendimento é iniciada sem que a AAF ou a licença ambiental pertinente tenha sido concedida.

§2º. O Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM) poderá expedir a AAF ou as seguintes licenças ambientais, sem prejuízo de outras que venham a ser instituídas por norma legal:

I – Licença Prévia (LP) – aprova a localização e concepção propostas para a atividade ou empreendimento, atesta sua viabilidade ambiental e estabelece os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas fases subseqüentes do licenciamento, observados os planos municipais, estaduais ou federais de uso e ocupação do solo; deve ser obtida na fase preliminar de planejamento da atividade ou empreendimento;

II – Licença Prévia para Perfuração (LPper) – modalidade prevista pela Resolução CONAMA nº 23, de 7 de dezembro de 1994, que autoriza a atividade de perfuração de poços para identificação de jazidas de petróleo ou gás natural e para determinação da extensão destas; deve ser requerida antes de qualquer intervenção na área com vistas à perfuração;

III – Licença Prévia de Produção para Pesquisa (LPpro) – modalidade prevista pela Resolução CONAMA nº 23, de 7 de dezembro de 1994, que autoriza a produção de petróleo ou de gás natural para pesquisa da viabilidade econômica da jazida; deve ser obtida durante a vigência da LPper e antes do início da produção;

IV – Licença de Instalação (LI) – autoriza a instalação da atividade ou empreendimento de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados no âmbito da LP, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante; deve ser obtida durante a vigência da LP e antes de qualquer intervenção no local com vistas à instalação; V – Licença Integrada Prévia e de Instalação (LIPI) – modalidade que engloba em uma só licença e procedimento as etapas de LP e LI, sendo restrita a atividades ou empreendimentos considerados de baixo potencial de impacto ambiental, na forma estabelecida por esta Deliberação Normativa; deve ser obtida na fase preliminar de planejamento da atividade ou empreendimento;

VI – Licença de Operação (LO) – autoriza o início de operação da atividade ou empreendimento, desde que verificado o efetivo cumprimento do que consta das licenças correspondentes às etapas anteriores (LP, LI ou LIPI), bem como da implantação das medidas de controle ambiental; deve ser obtida durante a vigência da LI ou da LIPI, antes do início de operação ou funcionamento;

VII – Licença de Instalação e Operação (LIO) – modalidade prevista pelas Resoluções CONAMA 385 e 387, ambas de 27 de dezembro de 2006, que engloba em uma única licença e procedimento as etapas de instalação e operação da atividade, sendo restrita respectivamente às agroindústrias de pequeno porte e baixo potencial de impacto ambiental e aos projetos de assentamento de reforma agrária; deve ser obtida durante a vigência da LP, antes de qualquer intervenção no local com vistas à instalação;

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VIII – Licença de Operação para Áreas de Pesquisa (LOAP), modalidade prevista pela Resolução CONAMA nº 305, de 12 de junho de 2002, que engloba em uma única licença e procedimento as etapas de viabilidade ambiental da localização, instalação e operação da atividade de pesquisas de campo com organismos geneticamente modificados (OGM) e seus derivados; deve ser obtida antes do início das pesquisas em questão;

IX – Licença Especial de Operação para Liberação pré-Comercial de OGM, modalidade prevista pela Resolução CONAMA nº 305, de 12 de junho de 2002, que engloba em uma única licença e procedimento as etapas de viabilidade ambiental da localização, instalação e operação da atividade de multiplicação do OGM em escala pré-comercial; deve ser obtida antes do início de qualquer atividade com vistas à efetiva multiplicação do produto;

X – Licença de Operação para Pesquisa Mineral (LO-P) – modalidade prevista pela Resolução CONAMA nº 9, de 6 de dezembro de 1990, destinada a autorizar, em etapa única, a pesquisa de um ou mais bens minerais expressamente informados envolvendo Guia de Utilização expedida pelo Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM); deve ser obtida antes do início de qualquer intervenção na área com vistas à pesquisa mineral;

XI – Licença Ambiental Simplificada (LAS), modalidade prevista pela Resolução CONAMA nº 412, de 13 de maio de 2009, que engloba em uma única licença e procedimento as etapas de viabilidade ambiental da localização, instalação e operação da atividade de parcelamento do solo urbano para fins de construção de conjuntos habitacionais para população de baixa renda; deve ser obtida na fase preliminar de planejamento da atividade;

XII – Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF) – procedimento autorizativo simplificado, previsto pela Lei Estadual nº 15.972, de 12 de janeiro de 2006, que alterou a Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980, o qual autoriza em uma única etapa o início de funcionamento de atividades ou empreendimentos considerados de impacto não significativo, desde que sobre eles não incidam exigências específicas quanto ao licenciamento ambiental nos termos desta Deliberação Normativa; deve ser obtida antes do início de operação ou funcionamento.

§3º. Independente do tipo de regularização ambiental exigível – AAF ou licença – o empreendedor deverá obter a orientação pertinente junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) na fase de planejamento, procedendo à caracterização da atividade ou empreendimento.

§4º. Para a concessão das licenças ambientais e da AAF serão considerados também os requisitos inerentes à legislação florestal, à legislação de recursos hídricos ou a outras normas legais porventura incidentes sobre a atividade ou empreendimento.

Seção I

Das atividades ou empreendimentos sujeitos à AAF

Art. 4º – A AAF aplica-se às atividades ou empreendimentos enquadrados nas classes de impacto ambiental 1 ou 2, considerados de impacto não significativo, desde que sobre eles não incidam exigências específicas quanto ao licenciamento, devendo ser requerida somente após a obtenção das demais autorizações, registros, anuências, outorgas, alvarás ou similares exigíveis nos âmbitos federal, estadual ou municipal para a instalação e/ou operação e após a atividade ou empreendimento estar apto a iniciar operação, inclusive no que se refere às exigências de controle ambiental.

Art. 5º. O profissional responsável pela área ambiental, cuja ART ou equivalente integrará a documentação que instrui o requerimento de AAF, responde pelos aspectos inerentes à regularidade da atividade ou empreendimento para fins da obtenção da AAF, dentre eles o controle de ruídos, o atendimento a padrões de emissão de efluentes atmosféricos e de efluentes líquidos, e a correta destinação final destes e dos resíduos sólidos porventura gerados, incluindo a manutenção dessa regularidade durante a vigência da AAF.

Parágrafo único - O profissional a que se refere o este artigo deverá ser substituído em caso de encerramento de seu vínculo com a atividade ou empreendimento, com imediata comunicação por escrito à SUPRAM, feita pelo empreendedor, acompanhada de ART quitada do novo profissional.

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Art. 6º – Fica delegada aos Superintendentes Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável a competência estabelecida pelo artigo 6º do Decreto Estadual nº 44.844, de 25 de junho de 2008, para, mediante fundamentação expressa, convocar ao licenciamento atividade ou empreendimento enquadrado na classe de impacto ambiental 1 ou 2, hipótese em que passarão a ser aplicadas para todos os fins as regras inerentes à classe de impacto ambiental 3.

Parágrafo único – À atividade ou empreendimento regularizado ambientalmente nos termos deste artigo passarão a ser aplicadas as regras inerentes à classe de impacto ambiental 3, inclusive para fins de ampliações, modificações e revalidações, enquanto o enquadramento nesta classe ou em classe superior não se der efetivamente em função do porte, do potencial poluidor e da localização.

Seção II

Das atividades ou empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental

Art. 7º – As licenças ambientais aplicam-se às atividades ou empreendimentos enquadrados nas classes de impacto ambiental 3 ou superior e devem ser requeridas à Unidade Regional Colegiada do Conselho Estadual de Política Ambiental (URC/COPAM) com atuação sobre a área onde se situam ou pretendem se situar tais atividades ou empreendimentos.

§1º. A pesquisa ou a comercialização de bem mineral não especificado no Alvará de Pesquisa e na correspondente Guia de Utilização caracteriza infração punível da forma da legislação ambiental vigente. §2º. Tendo obtido a licença requerida, qualquer que seja a modalidade ou a fase, o empreendedor dará publicidade ao fato por meio de publicação em periódico de grande circulação local ou regional, conforme modelo disponibilizado pela SEMAD, sendo este um requisito necessário para as fases subseqüentes do processo de licenciamento e para futuras ampliações, prorrogações e revalidações, quando aplicáveis. Art. 8º – As atividades ou empreendimentos listados no Anexo 1 e enquadrados na classe de impacto ambiental 3 ou 4, considerados de baixo impacto, devem requerer Licença Integrada Prévia e de Instalação (LIPI) mediante apresentação do estudo ambiental de baixa complexidade, seguindo-se, em caso de deferimento, o requerimento da LO, desde que sobre ele não incidam exigências específicas quanto à apresentação de EIA e respectivo RIMA.

§1º. O estudo ambiental de baixa complexidade consiste no Relatório Simplificado de Viabilidade Ambiental (RESVA), elaborado conforme Termo de Referência disponibilizado pela SEMAD.

§2º. O RESVA integra em um único estudo os resultados acerca dos diagnósticos e prognósticos ambientais do empreendimento e de sua área de influência, bem como as propostas para prevenir, eliminar, mitigar ou compensar os problemas ambientais detectados e instruirá o requerimento de LIPI ou o requerimento de licença em caráter corretivo porventura aplicável.

§3º. O Superintendente Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável poderá, mediante justificativa expressamente fundamentada, determinar que uma determinada atividade ou empreendimento abrangido por este artigo seja submetido a procedimentos de licenciamento mais complexos que os correspondentes à sua classe de impacto ambiental, hipótese em que a classificação original será mantida para os demais fins, ressalvados os custos de análise do requerimento, que serão os correspondentes à complexidade do procedimento.

Art. 9º – As atividades ou empreendimentos listados no Anexo 1 e enquadrados na classe de impacto ambiental 5 ou 6, considerados de médio impacto, devem requerer Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Liença de Operação (LO), mediante apresentação de estudo ambiental de média complexidade, desde que sobre eles não incidam exigências específicas quanto à apresentação de EIA e respectivo RIMA.

§1º. O RCA visa à identificação dos aspectos e impactos ambientais inerentes às fases de instalação e funcionamento da atividade ou empreendimento, é elaborado conforme termo de referência disponibilizado pela SEMAD e instruirá o requerimento de LP.

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§2º. O PCA contém as propostas para prevenir, eliminar, mitigar, corrigir ou compensar os problemas ambientais detectadas por meio do RCA, é elaborado conforme termo de referência disponibilizado pela SEMAD e instruirá o requerimento de LI.

§3º. A LP e a LI das atividades ou empreendimentos de que trata este artigo poderão ser solicitadas e, a critério da URC/COPAM, expedidas concomitantemente.

§4º. Na hipótese do licenciamento em caráter corretivo bem como na hipótese do requerimento de LP e LI concomitantes, o RCA, o PCA e os demais documentos inerentes às fases envolvidas serão exigidos simultaneamente.

Art. 10 – As atividades ou empreendimentos listados no Anexo 1 e enquadrados na classe de impacto ambiental 7 ou 8, bem como os demais listados no Anexo 3, considerados de alto impacto, devem requerer LP, LI e LO, sem possibilidade de concomitância, mediante apresentação de estudos ambientais de alta complexidade, compostos pelo EIA, pelo respectivo RIMA e pelo PCA.

§1º. O EIA e o RIMA instruirão o requerimento de LP e serão elaborados com base em termos de referência disponibilizados pela SEMAD em conformidade com as diretrizes da Resolução CONAMA nº 1, de 23 de janeiro de 1986.

§2º. O PCA será elaborado conforme termo de referência disponibilizado pela SEMAD e instruirá o requerimento de LI.

§3º. Na hipótese do licenciamento em caráter corretivo o EIA, o respectivo RIMA, o PCA e os demais documentos inerentes às fases envolvidas serão exigidos simultaneamente.

§4º. O Superintendente Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, mediante justificativa expressamente fundamentada, poderá exigir o EIA e o respectivo RIMA para atividades ou empreendimentos não previstos neste artigo.

§5º. O Secretário Executivo do COPAM, mediante justificativa expressamente fundamentada, poderá dispensar a exigência do EIA e do respectivo RIMA para as atividades ou empreendimentos de que trata este artigo, substituindo-os pelo RCA.

§6º. Nas hipótesse dos dois parágrafos anteriores os custos de análise dos requerimentos de licenças serão os correspondentes à classe impacto ambiental 7 ou 8, sendo assegurada ao empreendedor apenas a desoneração dos custos de análise do EIA e respectivo RIMA na hipótese de dispensa desse tipo de estudo. §7º. Para os empreendimentos abrangidos por este artigo cuja localização esteja prevista para Distrito Industrial já regularizado ambientalmente, a LP e a LI poderão ser solicitadas e, a critério da URC/COPAM, expedidas concomitantemente.

Art. 11 – Para a concessão da licença que autoriza o início de operação da atividade ou empreendimento, em caráter preventivo ou corretivo, qualquer que seja a modalidade, será necessária verificação prévia de:

I - implantação das medidas de controle ambiental;

II - cumprimento das exigências inerentes à Compensação Ambiental prevista na Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, quando incidente sobre a atividade ou empreendimento;

III - cumprimento das condicionantes inerentes às fases precedentes do licenciamento, caso tenha havido. Art. 12 – Sem prejuízo da suspensão da contagem de prazo aplicável durante a elaboração de esclarecimentos ou de estudos ambientais adicionais que porventura sejam solicitados ao empreendedor a título de informação complementar, o prazo para manifestação acerca do requerimento de licença ambiental, em qualquer de suas fases, não será superior a 180 (cento e oitenta) dias, contados da data de formalização, podendo a SEMAD fixar prazos menores.

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§1º. Nos casos em que for exigida a apresentação do EIA e do respectivo RIMA, o prazo a que se refere o caput não poderá ser superior a 360 (trezentos e sessenta) dias, podendo a SEMAD fixar prazos menores. §2º. A não observância dos prazos estabelecidos por este artigo ensejará a aplicação do previsto no artigo 13 do Decreto Estadual nº 44.844, de 25 de junho de 2008.

Art. 13 – A atividade ou empreendimento que abranger área de atuação de mais de uma SUPRAM terá o processo de licença ou de AAF formalizado naquela em que estiver localizada ou pretender localizar sua maior porção, cabendo às demais SUPRAMs compartilhar com a primeira a análise do processo, manifestando-se por meio de Parecer e, no caso de AAF, compartilhar o exercício do controle de legalidade. Parágrafo único – A SUPRAM na qual for formalizado o processo de licença ou de AAF deverá produzir cópias do mesmo em quantidade suficiente para encaminhamento de uma cópia às demais SUPRAMs envolvidas.

Art. 14 – A verificação de conformidade das atividades ou empreendimentos sujeitos à regularização ambiental constará do planejamento dos órgãos responsáveis pela fiscalização e será de responsabilidade da SEMAD, com apoio operacional da Polícia Ambiental da Polícia Militar de Minas Gerais, sem prejuizo da fiscalização pelo órgão amibiental local, na forma em que dispuser a legislação do município.

Art. 15 – A Autorização Provisória para Operar (APO), prevista no artigo 9º, §2º do Decreto Estadual nº 44.844, de 25 de junho de 2008, poderá ser concedida às atividades ou empreendimentos especificados a seguir, desde que tenham obtido LP e LI ou LIPI em caráter preventivo:

I – atividades ou empreendimentos cujos códigos constam das listagens A, B, C ou D do Anexo 1; II – atividades ou empreendimentos cujos códigos constam da listagem E do Anexo 1, desde que referentes ao tratamento ou à disposição final de resíduos sólidos urbanos ou tratamento de esgoto sanitário;

III – atividades ou empreendimentos cujos códigos constam da listagem G do Anexo 1, desde que referentes à exploração agrossilvipastoril.

§1º. O interessado deverá requerer expressamente a APO à SUPRAM com atuação sobre a área onde se situa a atividade ou empreendimento, podendo fazê-lo no ato da formalização do requerimento de LO ou durante o trâmite do processo pertinente.

§2º. A emissão do Certificado de APO dependerá da correta formalização do processo de LO, será de responsabilidade do Superintendente da SUPRAM, ocorrerá no prazo de até 10 (dez) dias contados da data de protocolo do requerimento pertinente e terá validade de até 180 (cento e oitenta) dias, improrrogáveis, sendo passível de cancelamento nos termos da legislação.

§3º. A validade do Certificado de APO se extinguirá automaticamente com a concessão da LO ou na hipótese de indeferimento do requerimento de LO.

§4º. A obtenção da APO não desobriga o empreendedor de cumprir as exigências de controle ambiental estipuladas, notadamente aquelas emanadas do COPAM ou de seus órgãos de apoio, inclusive as medidas de caráter mitigador e de monitoramento dos impactos ambientais, constantes das fases precedentes do licenciamento, sujeitando-se o infrator à aplicação das penalidades previstas na legislação.

Art. 16 - A Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica, para o caso de empreendimentos do setor elétrico, a Outorga para Intervenção em Recurso Hídrico e o Documento Autorizativo para Intervenção Ambiental (DAIA) serão requeridos na fase inicial do licenciamento ambiental e, se deferidos, só poderão ser concretizados concomitantemente com a licença ambiental correspondente à fase em que as intervenções forem de fato se efetivar.

§1º. Na fase inicial do licenciamento e até que seja concretizada a Outorga e o DAIA haverá apenas a Manifestação Prévia quanto à viabilidade ou não da Outorga e a Manifestação Prévia quanto à viabilidade ou

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não do DAIA, as quais serão materializadas e explicitadas em parecer técnico apenso ao processo de licenciamento.

§2º. A Outorga e o DAIA não poderão ser concretizados caso o requerimento de licença ambiental à qual estejam atrelados seja indeferido.

§3º. Para fins desta Deliberação Normativa, entende-se como Intervenção Ambiental: I – supressão da cobertura vegetal nativa com destoca;

II – supressão da cobertura vegetal nativa sem destoca; III – intervenção em APP com supressão de vegetação nativa; IV – intervenção em APP sem supressão de vegetação nativa; V – destoca em área de vegetação nativa;

VI – limpeza de área com aproveitamento econômico do material lenhoso; VII – corte ou poda de árvores isoladas, vivas ou mortas, em meio rural; VIII – coleta ou extração de plantas;

IX – coleta ou extração de produtos da flora nativa; X – manejo sustentável de vegetação nativa;

XI – regularização de ocupação antrópica consolidada em APP;

XII – regularização de Reserva Legal / demarcação e averbação ou registro; XIII – regularização de Reserva Legal / relocação;

XIV – regularização de Reserva Legal / recomposição; XV – regularização de Reserva Legal / compensação; XVI – regularização de Reserva Legal / desoneração; XVII – aproveitamento de material lenhoso.

Seção III

Das atividades ou empreendimentos dispensados de licenciamento e AAF

Art. 17 – Estão dispensados de licenciamento ambiental e de AAF no âmbito estadual as atividades ou empreendimentos não incluídos nas listagens A a G do Anexo 1, bem como aqueles que mesmo estando incluídos nas referidas listagens não atingem, devido ao porte, sequer o fator de impacto ambiental igual a 1. §1º. Às atividades ou empreendimentos a que se refere este artigo é facultada a obtenção da Certidão de Dispensa de Licença Ambiental e de AAF no Âmbito Estadual, nos termos do artigo 5º, §1º do Decreto Estadual 44.844, de 25 de junho de 2008.

§2º. Havendo necessidade de Outorga para Intervenção em Recurso Hídrico ou necessidade de DAIA, o empreendedor deverá requerer os ditos documentos ao órgão competente.

§3º. A inexigibilidade do licenciamento ambiental ou da AAF no âmbito estadual não dispensa o empreendedor de:

I - adotar as ações de controle que se fizerem necessárias à proteção do meio ambiente durante as fases de instalação e de operação;

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II – requerer aos órgãos federais, estaduais ou municipais outras autorizações, registros, anuências, alvarás ou similares necessários à instalação e/ou operação da atividade ou empreendimento.

§4º. Fica delegada aos Superintendentes Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável a competência estabelecida pelo artigo 6º do Decreto Estadual nº 44.844, de 25 de junho de 2008, para, mediante fundamentação expressa, convocar ao licenciamento as atividades ou empreendimentos de que trata este artigo, hipótese em que passarão a ser aplicadas para todos os fins as regras inerentes respectivamente à classe de impacto ambiental 1, no caso de AAF, ou 3, no caso de licença, inclusive no que se refere às ampliações, modificações e revalidações, enquanto o enquadramento na classe pertinente ou superior não se der efetivamente em função do porte, do potencial poluidor e da localização.

CAPÍTULO II

Da revisão do fator de vulnerabilidade ambiental

Art. 18 – Caso o empreendedor considere que o fator de vulnerabilidade ambiental atribuído à atividade ou empreendimento não se verifica em escala local, poderá requerer à SUPRAM com atuação sobre a área a redução de 1 (um) ponto no valor do referido fator, mediante apresentação dos documentos listados a seguir, sem prejuízdo de outros que vierem a ser exigidos por normas legais:

I – Requerimento de Revisão do Fator de Vulnerabilidade Ambiental Aplicável à Localização da Atividade ou Empreendimento, conforme modelo disponibilizado pela SEMAD;

II – comprovante de indenização dos custos de análise do requerimento a que se refere o inciso anterior; III – relatório técnico fundamentando o requerimento, conforme Termo de Referência disponibilizado pela SEMAD, assinado por um ou mais profissionais da área de engenharia e/ou das demais áreas afetas à matéria objeto da contestação, acompanhado dos laudos de análise laboratoriais ou de medidas ou ensaios feitos em campo, caso tenham sido elaborados, sendo facultado anexar outros documentos que a critério do requerente possam agregar informações à fundamentação do relatório em questão;

IV – cópia das anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs) ou equivalentes, quitadas, dos profissionais signatários do relatório a que se refere o inciso anterior.

§1º. A SUPRAM analisará o requerimento no prazo de até 45 (quarenta e cinco) dias contados da data de protocolo e comunicará a decisão em caráter definitivo ao empreendedor.

§2º. O empreendedor que apresentar o requerimento a que se refere este artigo deverá aguardar a decisão da SUPRAM antes de formalizar o processo de licença ambiental ou de AAF.

§3º. Na hipótese de deferimento do requerimento a SUPRAM disponibilizará nova orientação para regularização ambiental, utilizando o novo fator de vulnerabilidade ambiental e a classe de impacto ambiental devidamente atualizada, ou ratificará a orientação inicial, em caso de indeferimento.

§4º. A prerrogativa estabelecida por este artigo não se aplica nos casos de licenciamento ambiental em caráter corretivo.

CAPÍTULO III

Das regras específicas para áreas de proteção especial de regiões metropolitanas Seção I

Das áreas integrantes do Vetor Norte da RMBH

Art. 19 – Sujeitam-se ao licenciamento ambiental mediante apresentação dos estudos ambientais de alta complexidade (EIA, respectivo RIMA e PCA), observadas as etapas de LP, LI e LO sem concomitância, as atividades ou empreendimentos de qualquer classe de impacto ambiental situados ou que pretendam se situar em área que preencha simultaneamente os três requisitos a seguir:

I – ser integrante do Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte;

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de vulnerabilidade natural alta ou muito alta;

III – estar contida total ou parcialmente em Unidade de Conservação (UC) de Uso Sustentável ou em zona de amortecimento de UC de Proteção Integral ou ainda na faixa de até 3 (três) quilômetros a partir do limite desse tipo de UC cuja zona de amortecimento ainda não esteja definida, conforme Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e conforme Resolução CONAMA nº 428, de 17 de dezembro de 2010. §1º. Sem prejuízo de outros fatores determinantes da exigência de EIA e respectivo RIMA, quando a exigência desse tipo de estudo ambiental se der exclusivamente em função deste artigo e o empreendedor demonstrar que as categorias de vulnerabilidade natural alta ou muito alta não se verificam em escala local, poderá ser requerida à SUPRAM Central Metropolitana a dispensa do EIA mediante apresentação dos documentos listados a seguir, sem prejuízo de outros que vierem a ser exigidos por normas legais:

I – Requerimento de Dispensa do EIA para Empreendimentos em Área do Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte, conforme modelo disponibilizado pela SEMAD;

II – comprovante de indenização dos custos de análise do requerimento a que se refere o inciso anterior; III – relatório técnico fundamentando o requerimento, conforme Termo de Referência disponibilizado pela SEMAD, assinado por um ou mais profissionais da área de engenharia e/ou das demais áreas afetas à matéria objeto da contestação, acompanhado dos laudos de análise laboratoriais ou de medidas ou ensaios feitos em campo, caso tenham sido elaborados, sendo facultado anexar outros documentos que a critério do requerente, possam agregar informações à fundamentação do relatório em questão;

IV – cópia das anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs) ou equivalentes, quitadas, dos profissionais signatários do relatório a que se refere o inciso anterior.

§2º. O empreendedor que apresentar o requerimento a que se refere o parágrafo 1º deverá aguardar a decisão da SUPRAM Central Metropolitana antes de formalizar o processo de licença ambiental.

§3º - A SUPRAM Central Metropolitana analisará o requerimento no prazo de até 45 (quarenta e cinco) dias contados da data de protocolo e comunicará a decisão em caráter definitivo ao empreendedor.

§4º. Na hipótese de deferimento do requerimento a SUPRAM Central Metropolitana disponibilizará nova orientação, substituindo a exigência do EIA e respectivo RIMA pelo RCA ou pelo RAS, conforme a classe de impacto ambiental em que se enquadrar a atividade ou empreendimento, ou ratificará a orientação inicial em caso de indeferimento.

§5º. A prerrogativa estabelecida por este artigo não se aplica nos casos de licenciamento ambiental em caráter corretivo.

Art. 20 – Para as atividades ou empreendimentos situados ou que pretendam situar-se em área prevista para a função de conectividade no Sistema de Áreas Protegidas (SAP), o empreendedor deverá anexar ao requerimento da fase inicial do processo de licenciamento, além dos documentos de praxe:

I – relatório técnico assinado por profissional habilitado, demonstrando que a intervenção devida à instalação e à operação da atividade ou empreendimento não compromete a função específica de conectividade da área em questão;

II – cópias das Anotações de Responsabilidade Técnica (ART) ou equivalente, quitadas, emitidas pelos Conselhos Regionais das categorias a que pertencem os profissionais signatários do relatório a que se refere o inciso anterior.

§1º. O Sistema de Áreas Protegidas a que se refere este artigo e as respectivas áreas de conectividade são identificadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) e pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (SEDRU), por meio da Resolução Conjunta nº 2, de 16 de julho de 2009, ou da que sucedê-la.

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§2º. Se o relatório técnico a que se refere o caput não cumprir seu objetivo o órgão ambiental indeferirá de plano o requerimento de licença.

§3º. No caso de licenciamento em caráter corretivo, se configurada a hipótese do parágrafo anterior, o órgão ambiental determinará o embargo da obra ou o encerramento das atividades, a remoção de instalações, materiais e equipamentos porventura existentes, bem como a reabilitação da área.

Art. 21 – A não transcrição, para este capítulo, de outras diretrizes do Decreto Estadual nº 45.097, de 12 de maio de 2009, alterado pelo Decreto nº 45.233, de 3 de dezembro de 2009, não significa que as exigências aplicáveis não incidirão sobre a atividade ou empreendimento situado ou que pretender situar-se em integrante do Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

CAPÍTULO IV

Das regras específicas para atividades ou empreendimentos do setor agrossilvipastoril

Art. 22 – As atividades ou empreendimentos do setor agrossilvipastoril, constantes da Listagem G do Anexo 1, cujo fator de impacto ambiental seja 2 (dois) ou superior, poderão ter o referido fator reduzido em 1 (um) ponto, desde que demonstrem atendimento a todas as condições listadas a seguir:

I – o terreno do empreendimento como um todo esteja em área já antropizada, assim entendida aquela cuja ocupação tenha ocorrido e se consolidado até 24 de julho de 2006 pela atividadade agropecuária de agricultores familiares ou de empreendimentos familiares rurais, não necessitando de novas supressões de vegetação nativa para sua continuidade, observadas as diretrizes da Resolução CONAMA nº 425, de 25 de maio de 2010;

II –, as áreas de preservação permanente (APP) contidas no terreno do empreendimento como um todo estejam comprovadamente preservadas, protegidas contra fogo e pisoteio de animais domésticos; III – não seja adotada a prática da queima da palha de cana-de-açúcar como método facilitador de colheita, não se computando para fins deste inciso as obrigações decorrentes das exigências contidas na Deliberação Normativa COPAM nº 133, de 15 de abril de 2009, que regulamenta a prática da referida queima no Estado de Minas Gerais;

IV – o terreno do empreendimento como um todo não se localize em área onde o fator de vulnerabilidade ambiental seja igual a 2;

V – apresente atestado no qual conste que foi comprovada objetivamente pelo menos uma das seguintes condições:

a) correta utilização de agrotóxicos e destinação adequada das respectivas embalagens; b) implantação de efetivo controle sanitário;

c) utilização de práticas de conservação do solo, água e biota, inclusive adoção de sistema de produção integração lavoura-pecuária-floresta e suas variações, cultivos orgânicos, atividades classificadas no Programa de Manejo Integrado de Pragas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e outros sistemas agroecológicos;

d) utilização de biodigestores ou outras tecnologias apropriadas ao tratamento dos efluentes porventura provenientes das atividades agropecuárias exercidas no empreendimento, que além de assegurarem o atendimento aos padrões de lançamento estabelecidos pelas normas ambientais promovam a redução da liberação de gases do efeito estufa;

e) existência de reserva legal averbada com percentual acima do exigido por lei, onde haja vegetação natural primária ou em qualquer estágio de regeneração.

§1º. O atestado/declaração a que se refere o inciso V do caput deverá ser emitido por profissional da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA) ou de suas entidades vinculadas

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quando tratar-se das alíneas a, b ou c, e pelo órgão estadual de meio ambiente, quando tratar-se das alíneas d ou e.

§2º. A prerrogativa estabelecida por este artigo não exclui a possibilidade do requerimento de dispensa do EIA e respectivo RIMA para atividades ou empreendimentos localizados em área integrante do Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte e nem a possibilidade do requerimento de revisão do fator de vulnerabilidade ambiental.

§3º. Definida a classe de impacto ambiental da atividade ou empreendimento na forma estabelecida por este artigo, aplicam-se as regras gerais de licenciamento ou de AAF previstas por esta Deliberação Normativa. §4º. Caso as condições que propiciaram a redução do fator de impacto ambiental sejam alteradas de tal forma que fique caracterizado que o empreendimento deixou de fazer jus ao benefício de que trata este artigo, a consequente redefinição da classe de impacto ambiental incidirá quando da regularização ambiental de ampliação do empreendimento ou da revalidação de sua LO ou AAF, prevalecendo o evento que primeiro ocorrer.

Art. 23 – Empreendimentos ou atividades constantes da listagem G do Anexo 1 e enquadrados na classe de impacto ambiental 1 ou 2, desde que em operação em áreas já antropizadas nos termos definidos pelo artigo anterior, poderão utilizar-se, para formalização processual de AAF, do Termo de Compromisso de Averbação de Reserva Legal a ser firmado junto ao órgão estadual de meio ambiente.

§1º. O Termo de Compromisso a que se refere o caput será embasado no artigo 5º, §6º da Lei Federal nº 7.347, de 24 de julho 1985, e terá a duração de 1 (um) ano.

§2º. Quando o empreendimento ou atividade ao qual for facultado o uso do Termo de Compromisso localizar-se nas Unidades de Planejamento de Gestão de Recursos Hídricos – UPGRH SF6, SF7, SF8, SF9, SF10, JQ1, JQ2, JQ3, PA1, MU1, nos termos estabelecidos pela Deliberação Normativa CERH nº 6, de 4 de outubro de 2002, ou nas bacias dos Rios do Jucuruçu e Itanhém, a duração do Termo de Compromisso a que se refere este artigo será de 2 (dois) anos.

§3º. O prazo de vigência do Termo de Compromisso poderá ser prorrogado uma única vez, por no máximo 180 (cento e oitenta) dias, exclusivamente na hipótese de superveniência de caso fortuito ou força maior, desde que tais fatos sejam comprovados junto ao órgão estadual de meio ambiente antes do vencimento do prazo de vigência inicial.

§4º. Ao final do prazo de vigência do Termo de Compromisso, o processo de demarcação de Reserva Legal formalizado junto ao órgão estadual de meio ambiente deverá estar finalizado e deverá ser encaminhado à SUPRAM responsável pelo processo de AAF, para juntada aos respectivos autos, sob pena de cancelamento dos atos autorizativos correlatos.

§6º. Não são passíveis de assinatura do Termo de Compromisso a que se refere este artigo as atividades ou empreendimentos situados ou que pretendam se situar em área integrante do Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte, prevista pelo Decreto Estadual nº 45.097, de 12-5-2009, alterado pelo Decreto nº 45.233, de 3-12-2009.

§7º. Até que o processo de demarcação da Reserva Legal esteja formalizado junto ao órgão estadual de meio ambiente as atividades ou empreendimentos beneficiados pelo Termo de Compromisso de que trata este artigo não poderão ser ampliados.

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CAPÍTULO V

Das ampliações e modificações de atividades ou empreendimentos Seção I

Das ampliações

Art. 24 – A ampliação de atividades ou empreendimentos modificadores do meio ambiente cuja tipologia conste das listagens A a G do Anexo 1 dependerá de prévia regularização, por meio de licença ambiental, observadas as etapas previstas na legislação, ou por meio de AAF.

Parágrafo único - Entende-se por ampliação, para fins desta Deliberação Normativa, as intervenções que impliquem incremento no valor do parâmetro de porte da atividade ou empreendimento existente, bem como as intervenções que mesmo não implicando tal incremento agreguem outras instalações ou atividades que se enquadram nas listagens A a G do Anexo 1, ainda que com parâmetro de porte diverso.

Art. 25 – Para determinação da classe de impacto ambiental da ampliação serão consideradas as características de potencial poluidor, porte e fator de vulnerabilidade ambiental do empreendimento existente e as da ampliação, cumulativamente, nos seguintes casos:

I – quando a atividade ou empreendimento a ser ampliado constar das listagens A a G do Anexo 1, mas em função do porte não se enquadrar em nenhuma das oito classes de impacto ambiental previstas por esta Deliberação Normativa;

II –

quando a atividade ou empreendimento a ser ampliado estiver enquadrado na classe de impacto ambiental 1, 2, 3 ou 4.

§1º. Quando a atividade ou empreendimento a ser ampliado estiver enquadrado na classe de impacto ambiental 5 ou superior a determinação da classe de impacto ambiental da ampliação será feita considerando-se as características de potencial poluidor, porte e fator de vulnerabilidade ambiental da ampliação exclusivamente.

§2º. Efetuada qualquer ampliação ela deverá ser computada para fins de determinação da nova classe de impacto ambiental da atividade ou empreendimento, a qual será considerada para fins de revalidação da LO ou da AAF, bem como para fins de outras ampliações que venham a ser solicitadas.

Art. 26 – A ampliação que, em função de seu porte, não se enquadrar em nenhuma das oito classes de impacto ambiental previstas por esta Deliberação Normativa fica dispensada de licencimento e de AAF no âmbito estadual, devendo apenas ser comunicada à SUPRAM com atuação sobre a área, para que conste no processo de LO ou de AAF da atividade ou empreendimento.

Parágrafo único - A comunicação a que se refere o parágrafo anterior será feita pelo empreendedor, por escrito, constando a descrição da ampliação e quando ela será ou foi executada, podendo a SUPRAM solicitar o envio de desenhos, plantas ou outros dados atualizados, para constar no processo de LO ou de AAF, se assim julgar necessário.

Art. 27 – A ampliação enquadrada na classe de impacto ambiental 1 ou 2 será regularizada por meio de AAF, que deverá ser requerida à SUPRAM com atuação sobre a área onde se situa a atividade ou empreendimento, observadas as regras estabelecidas nesta Deliberação Normativa.

§1º. Nos casos em que considerar necessário o Superintendente Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável poderá determinar, mediante fundamentação, que a ampliação enquadrada na classe de impacto ambiental 1 ou 2 seja submetida a processo de licenciamento, hipótese em que serão aplicadas as regras inerentes à classe de impacto ambiental 3.

§2º. Para a atividade ou empreendimento de classe de impacto ambiental 1 ou 2, detentor de AAF, que pretendendo ampliar ficar configurada a necessidade de licenciamento, será dada a orientação para requerer à URC/COPAM as licenças ambientais exigíveis para a ampliação, conforme a classe em que esta se enquadrar e, ao final, requerer a LO, que abrangerá a atividade ou empreendimento existente e a ampliação.

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§3º. Na hipótese do parágrafo anterior, os estudos ambientais deverão abordar a atividade ou empreendimento existente e a ampliação e, sendo concedida a LO, as AAFs vigentes serão a ela incorporadas.

Art. 28 – A ampliação enquadrada na classe de impacto ambiental 3 ou superior será regularizada por meio das licenças ambientais exigíveis, que deverão ser requeridas à URC/COPAM com atuação sobre a área onde se situa a atividade ou empreendimento, observadas as regras estabelecidas nesta Deliberação Normativa.

Art. 29 – Toda LO concedida a título de ampliação será dita LO secundária e seu prazo de validade será vinculado ao da LO principal, assim entendida esta última como aquela que abrange a atividade ou empreendimento como um todo.

Parágrafo único - Toda AAF concedida a título de ampliação será dita AAF secundária e seu prazo de validade será vinculado ao da LO principal ou ao da AAF principal, assim entendida esta última como aquela que abrange a atividade ou empreendimento como um todo.

Seção II Das modificações

Art. 30 – A modificação de atividades ou empreendimentos potencialmente causadores impactos ambientais negativos cuja tipologia conste das listagens A a G do Anexo 1 dependerá de prévia comunicação à SUPRAM com atuação sobre a área, para que seja verificada a necessidade ou não de regularização ambiental complementar, na forma estabelecida nesta Seção.

§1º. Entende-se por modificação, para fins desta Deliberação Normativa, quaisquer intervenções que tenham potencial para intensificar os impactos ambientais negativos, efetivos ou potenciais, inerentes à atividade ou empreendimento existente sem agregar novas instalações e sem aumentar o valor do parâmetro de porte das instalações existentes.

§2º. Algumas intervenções que poderão ensejar a necessidade de regularização ambiental complementar são listadas no Anexo 5, a título de exemplos.

§3º. O Superintendente Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, com base na comunicação a que se refere o caput, poderá determinar que a modificação seja submetida à AAF ou ao licenciamento ambiental, hipótese em que deverá fundamentar as razões.

§4º. Havendo determinação para que a modificação seja submetida à AAF ou ao licenciamento, serão aplicadas, para todos os fins, as regras inerentes, respectivamente, à classe de impacto ambiental 1 ou 3. §5º. O enquadramento a que se refere o parágrafo anterior não implicará alteração na classe de impacto ambiental do empreendimento como um todo.

Capítulo VI

Dos prazos de validade, das prorrogações e revalidações das licenças e da AAF Seção I

Dos prazos de validade das licenças e da AAF

Art. 31 – Os prazos de validade das licenças ambientais são estabelecidos conforme disposto a seguir, observadas a demais diretrizes deste Capítulo:

I – Licença Prévia (LP), até 4 (quatro) anos, improrrogável, devendo corresponder ao prazo previsto no cronograma aprovado para elaboração dos planos, programas e projetos relativos à atividade ou empreendimento, ressalvada a hipótese de LP para projetos de assentamento de reforma agrária, em que o prazo será de até 5 (cinco) anos, conforme estabelecido pela Resolução CONAMA nº 387, de 27 de dezembro de 2006;

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III – Licença Prévia de Produção para Pesquisa (LPpro) – 1 (um) ano, passível de uma única prorrogação;

IV – Licença de Instalação (LI) e Licença Integrada Prévia e de Instalação (LIPI), até 6 (seis) anos, devendo corresponder ao prazo previsto no cronograma constante do Plano de Controle Ambiental (PCA) ou do Relatório Simplificado de Viabilidade Ambiental (RESVA) aprovado para implantação da atividade ou empreendimento, incluindo os respectivos sistemas de controle e demais medidas mitigadoras de impacto ambiental estabelecidas para essa fase, sendo passível de uma única prorrogação;

V – Licença de Operação (LO), até 10 (dez) anos, sujeita a revalidações;

VI – Licença de Instalação e Operação (LIO), prevista pelas Resoluções CONAMA nº 385 e 387, ambas de 27 de dezembro de 2006, estando sujeita revalidações como LO da classe de impacto ambiental correspondente, desde que o objeto do licenciamento – agroindústria de pequeno porte e baixo potencial de impacto ambiental ou projeto de assentamento de reforma agrária – esteja implantado, devendo sua validade corresponder ao prazo previsto no cronograma para implantação da atividade ou empreendimento acrescido de 4 (quatro) anos, observado o limite máximo de 10 (dez) anos;

VII – Licença de Operação para Pesquisa Mineral (LO-P), 1 (um) ano, passível de uma única prorrogação;

VIII – Licença de Operação para Áreas de Pesquisa com OGM (LOAP), até 4 (quatro) anos, devendo corresponder ao prazo previsto no cronograma constante dos estudos ambientais apresentados para as pesquisas com os OGM ou derivados expressamente listados, sendo passível de uma única prorrogação;

IX – Licença Especial de Operação para Liberação pré-Comercial de OGM, até 4 (quatro) anos, devendo corresponder ao prazo previsto no cronograma constante dos estudos ambientais apresentados para as operações de multiplicação dos OGM ou derivados expressamente mencionados e atividades complementares necessárias para dispor o produto no mercado sob padrões aceitos de qualidade e apresentação, sendo passível de uma única prorrogação;

X – Licença Ambiental Simplificada (LAS) para conjuntos habitacionais destinados à moradia de população de baixa renda, o mesmo prazo de validade que o de uma LO inicial de classe de impacto ambiental correspondente, sujeita a revalidações segundo os mesmos critérios.

Art. 32 – O prazo inicial de validade da LO principal, definida pelo artigo 31, será:

I – de 8 (oito) anos para atividades ou empreendimentos enquadrados nas classes de impacto ambiental 3 ou 4, consideradas de baixo impacto;

II – de 6 (seis) anos para atividades ou empreendimentos enquadrados nas classes de impacto ambiental 5 ou 6, consideradas de médio impacto;

III – de 4 (quatro) anos para atividades ou empreendimentos enquadrados nas classes de impacto ambiental 7 ou 8, consideradas de alto impacto.

§1º. O prazo inicial de validade da LO principal poderá ser de 8 (oito) anos para as atividades ou empreendimentos de classe de impacto ambiental 5 ou superior que obtiveram LP e LI em caráter preventivo, concomitantemente ou não, desde que não haja pendências decorrentes de estudos demandados nas fases iniciais do licenciamento e que não haja condicionantes de mitigação ou de compensação não atendidas. §2º. O limite de até 10 (dez) anos para validade da LO principal somente poderá ser atingido quando das revalidações, desde que a atividade ou empreendimento faça jus a acréscimos de prazo estabelecidos por esta Deliberação Normativa ou por outras normas legais.

§3º. As LOss secundárias terão seus prazos de validade estabelecidos de tal forma que seus vencimentos coincidam com o término da validade da LO principal.

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Art. 33 – As Autorizações Ambientais de Funcionamento (AAF) poderão ter prazo de validade de até 10 (dez) anos, estando sujeitas a revalidações.

§1º.O prazo inicial de validade da AAF principal será de 4 (quatro) anos podendo, quando das revalidações, chegar a até 6 (seis) anos, desde que a atividade ou empreendimento faça jus a acréscimos de prazo previstos nesta Deliberação Normativa ou em outras normas legais.

§2º. As AAFs secundárias terão seus prazos de validade estabelecidos de forma que seus vencimentos coincidam com o término da validade da AAF principal ou com o término da validade da LO principal quando for o caso, sendo esta última hipótese a única em que a AAF poderá ter validade de até 10 (dez) anos.

Seção II

Da prorrogação do prazo de validade de licenças

Art. 34 – A critério do COPAM, podem ter seus prazos de validade prorrogados a LPper; LPpro, LI, LIPI, LO-P, LOAP e Licença Especial de Operação para Liberação pré-Comercial de OGM, na forma estabelecida nesta Seção.

Art. 35 – A LI e a LIPI podem ser prorrogadas por até 2 (dois) anos, desde que a instalação já tenha sido iniciada e que no cômputo total de prazo, incluída a prorrogação, não sejam excedidos 6 (seis) anos.

Parágrafo único - A prorrogação da LI ou da LIPI deve ser requerida à URC/COPAM com atuação sobre a área, com antecedência não inferior a 60 (sessenta) dias da data de vencimento, mediante apresentação dos documentos listados a seguir, sem prejuízo de outros já exigíveis ou que vierem a ser exigidos por normas legais:

I – requerimento de prorrogação da LI ou da LIPI, conforme modelo disponibilizado pela SEMAD;

II – comprovante de indenização dos custos de análise do requerimento de prorrogação da LI ou da LIPI; III - relatório informativo sobre o estágio de implantação da atividade ou empreendimento, considerando o previsto nos estudos ambientais que instruíram o requerimento da LP ou da LIPI objeto da prorrogação;

IV – cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou equivalente, quitada, referente ao relatório mencionado no inciso anterior;

V - comprovante de publicação em periódico de grande circulação local ou regional de que obteve a LI ou LIPI, conforme modelo disponibilizado pela SEMAD;

VI - comprovante de publicação em periódico de grande circulação local ou regional do requerimento de prorrogação da LI ou da LIPI, conforme modelo disponibilizado pela SEMAD.

Art. 36 – Aprorrogação da LO-P, da LPper, da LPpro, da LOAP e da Licença Especial de Operação para Liberação pré-Comercial de OGM poderá ocorrer uma única vez, por até 1 (um) ano, desde que requerida com antecedência não inferior a 60 (sessenta) dias da data de vencimento, mediante apresentação dos documentos listados a seguir, sem prejuízo de outros já exigíveis ou que vierem a ser exigidos por normas legais:

I – requerimento de prorrogação da licença específica, conforme modelo disponibilizado pela SEMAD; II – comprovante de indenização dos custos de análise do requerimento de prorrogação da licença; III – relatório de execução dos estudos ambientais que instruíram o requerimento da licença em questão, considerando-se a prorrogação pretendida;

IV – cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou equivalente, quitada, referente ao relatório mencionado no inciso anterior;

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V - comprovante de publicação em periódico de grande circulação local ou regional de que obteve a licença para a qual está sendo requerida a prorrogação, conforme modelo disponibilizado pela SEMAD; VI - comprovante de publicação em periódico de grande circulação local ou regional do requerimento de prorrogação da licença em questão, conforme modelo disponibilizado pela SEMAD.

§1º. No caso específico da LO-P, a prorrogação por até 1 (um) ano deverá ser estipulado pelo COPAM de forma que não seja execedido o prazo estabelecido pelo Alvará de Pesquisa expedido pelo DNPM

§2º. Durante a vigência da LO-P ou da LPpro poderão ser requeridas para a área em questão as licenças preventivas segundo as regras dispostas por esta Deliberação Normativa, conforme a classe de impacto ambiental na qual se enquadrar a atividade ou empreendimento.

§3º.Vencida a LO-P,a LPpro ou a LPper, a atividade de extração, ou de perfuração, na área em questão só poderá prosseguir se:

I – houver a concessão de nova licença, a critério do COPAM;

II – já tiver sido concedida a LO para a explotação do bem mineral especificado.

§4º. Vencida a LO-P a LPpro ou a LPper sem que tenha sido configurada uma das hipóteses previstas no parágrafo anterior, o empreendedor deverá:

I – suspender as atividades de extração do bem mineral até que ocorra uma das hipóteses em questão, sem prejuízo da execução das medidas progressivas de reabilitação e de controle previstas nos estudos ambientais que instruíram o requerimento da LO-P, de forma a garantir as condições de segurança da área e das estruturas existentes, não se aplicando, na hipótese deste parágrafo, a assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta previsto pelo artigo 14 do Decreto Estadual nº 44.844, de 25 de junho de 2008;

II – providenciar a recuperação da área degradada caso não haja interesse expressamente manifesto em prosseguir com a extração do bem mineral, sob pena de responsabilização por abandono de passivo ambiental.

Art. 37 – O prazo para que o órgão ambiental se manifeste acerca do requerimento de prorrogação das licenças não será superior a 60 (sessenta) dias, contados da data de protocolo do dito requerimento, podendo a SEMAD fixar prazos menores, sem prejuízo da suspensão da contagem de prazo aplicável durante a elaboração de informações complementares que porventura sejam solicitadas ao empreendedor. §1º. Será indeferido de plano o requerimento de prorrogação de licença protocolizado após a data de vencimento da licença pertinente.

§2º. Se o requerimento de prorrogação for protocolizado com antecedência menor do que a estabelecida pelo caput e a validade da licença expirar durante o prazo para manifestação acerca do dito requerimento, o encaminhamento do processo à URC/COPAM se dará com parecer explicitando o fato e opinando pelo indeferimento.

§3º. Nas hipóteses de indeferimento previstas pelos dois parágrafos anteriores deverá ser reiniciado todo o processo de licenciamento ambiental, observadas as etapas e os estudos ambientais pertinentes.

§4º. Se durante o prazo para manifestação acerca do requerimento de prorrogação houver solicitação de informações complementares a licença vincenda poderá ser prorrogada expressamente pelo prazo de até 90 (noventa) dias, cabendo à SUPRAM emitir documento comprobatório da prorrogação, no qual será explicitado o prazo aplicável e a devida fundamentação.

§5º. Na hipótese do parágrafo anterior ao prazo remanescente para manifestação acerca do requerimento será acrescido o prazo correspondente à prorrogação concedida.

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§6º. A prorrogação ocorrerá automaticamente caso a URC/COPAM não se manifeste sobre o requerimento até a data de vencimento da licença, hipótese em que deverá ser emitido o documento comprobatório pertinente, desde que:

I - o requerimento de prorrogação tenha sido protocolizado conforme estabelecido por esta Deliberação Normativa;

II – as condicionantes da licença vincenda, se houver, estejam cumpridas;

III - não haja pendências de natureza ambiental por parte do empreendimento, relativas ao requerimento de prorrogação, inclusive quanto a informações complementares.

§7º. Vencida a licença sem que tenha havido a prorrogação, ainda que automática, deverá ser reiniciado todo o processo de licenciamento ambiental, observadas as etapas e os estudos ambientais pertinentes, sendo que a continuidade da instalação da atividade ou empreendimento concomitantemente com o trâmite do novo processo de licenciamento dependerá de assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta na forma prevista pelo artigo 14 do Decreto Estadual nº 44.844, de 25 de junho de 2008.

Seção III

Da revalidação das licenças e da AAF

Art. 38 – São passíveis de revalidação, a critério do COPAM, a LO, a LIO e a AAF principal, na forma estabelecida nesta Seção.

Art. 39 – A revalidação da LO prinicipal ou a revalidação da LIO principal deve ser requerida à URC/COPAM com atuação sobre a área, com antecedência não inferior a 90 (noventa) dias de sua data de vencimento, mediante apresentação dos documentos listados a seguir, sem prejuízo de outros já exigíveis ou que vierem a ser exigidos por normas legais:

I – requerimento de revalidação da licença, conforme modelo disponibilizado pela SEMAD;

II – comprovante de indenização dos custos de análise do requerimento de revalidação da licença; III – Relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental do Sistema de Controle e das Demais Medidas Mitigadoras (RADA), elaborado conforme termo de referência disponibilizado pela SEMAD;

IV – cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou equivalente, quitada, referente ao RADA; V – declaração da Prefeitura Municipal informando que o local e o tipo de instalação da atividade ou empreendimento estão em conformidade com as leis e regulamentos administrativos do município, conforme modelo disponibilizado pela SEMAD;

VI – comprovante de publicação em periódico de grande circulação local ou regional do requerimento de revalidação da licença, conforme modelo disponibilizado pela SEMAD;

VII – comprovante de publicação em periódico de grande circulação local ou regional de que obteve a LO ou LIO para a qual está sendo requerida a revalidação, conforme modelo disponibilizado pela SEMAD.

Parágrafo único - A LIO será revalidada como LO, na forma estabelecida nesta Seção, desde que o objeto da referida licença – agroindústria de pequeno porte e baixo potencial de impacto ambiental ou projeto de assentamento de reforma agrária – esteja implantado.

Art. 40 – A revalidação da AAF principal deve ser requerida à SUPRAM com atuação sobre a área, com antecedência não inferior a 90 (noventa) dias de sua data de vencimento, mediante apresentação dos documentos listados a seguir, sem prejuízo de outros já exigíveis ou que vierem a ser exigidos por normas legais:

Referências

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