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Estudo da prevalência do consumo de álcool e droga em alunos do 3º ciclo e secundário

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Academic year: 2021

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Relatório de Estágio

Estudo da prevalência do consumo de álcool e

droga em alunos do 3º ciclo e secundário

Mestrando: Rui Fernando Gonçalves Dalot

Orientador: Prof. Doutor Francisco José Félix Saavedra

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Relatório de Estágio

Estudo da prevalência do consumo de álcool e droga

em alunos do 3º ciclo e secundário

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Dissertação apresentada à UTAD, no DEP – ECHS, como

requisito para a obtenção do grau de Mestre em Ensino de

Educação Física dos Ensino Básico e Secundário, cumprindo o

estipulado na alínea b) do artigo 6º do regulamento dos Cursos

de 2ºs Ciclos de Estudo em Ensino da UTAD, sob a orientação

do Professor Francisco Saavedra.

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Agradecimentos

Ao longo de todo este processo de profissionalização existem muitas pessoas a quem devo muito, referindo de seguida alguns dos mais importantes.

Gostaria de agradecer a todos os meus familiares por toda a ajuda e apoio que me conseguiram dar, foi sem dúvida fundamental para que tudo corresse pelo melhor neste ano letivo.

Um especial agradecimento aos meus pais, irmãos e à minha tia, sem eles seria tudo bem mais difícil ou talvez mesmo impossível de concretizar.

Agradeço todo o acompanhamento e disponibilidade para me auxiliar durante toda esta jornada ao meu Professor Supervisor Francisco Saavedra.

Um muito obrigado à Professora Orientadora Cristina Gonçalves, que me ajudou a melhorar em variadíssimos aspetos ao longo de todo o processo de estágio.

Aos meus colegas estagiários Hélder Tinoco e Sílvia Oliveira pela ajuda e ambiente impecável proporcionado durante todo este ano.

Aos meus amigos que com certeza são os melhores do mundo pelo apoio e força prestada sempre que precisei.

A todos que de alguma forma contribuíram para a minha presença neste mestrado, fica também aqui uma palavra de agradecimento merecida.

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Índice

Agradecimentos ... iii

Índice ... iv

Índice de Tabelas ... vii

Índice de gráficos ... viii

Índice de Abreviaturas... ix

Resumo ... x

Abstract: ... xi

CAPÍTULO I RELATÓRIO DE ESTÁGIO ... xii

Introdução ... 1

1- Enquadramento Pessoal ... 3

2- Enquadramento Institucional ... 4

3- Tarefas de Estágio de Ensino Aprendizagem ... 5

a) Unidades Didáticas: ... 6

b) Planos de aula: ... 9

c) Prática de Ensino Supervisionada: ... 10

I)

Instrumentos: ... 10

II) Procedimentos: ... 10

III) Relatório e Avaliação: ... 12

4- Tarefas de Estágio de Relação Escola-Meio ... 14

a. Estudo de Turma: ... 14

1. Introdução ... 14

2. Metodologia ... 16

2.1- Caracterização da Amostra: ... 16

2.2 – Instrumentos: ... 16

2.3 – Procedimentos: ... 16

2.4 – Tratamento Estatístico: ... 17

(6)

3.1.1 – Normalmente, quanto tempo demoras a chegar à escola? ... 17

3.1.2 – Normalmente, qual o meio de transporte que usas para ir para a escola? ... 18

3.1.3 – De que modo ocupas os teus tempos livres? ... 18

3.1.4 – Quais as tuas modalidades preferidas? ... 18

3.1.5 – Que modalidades desportivas tens mais dificuldade? ... 19

3.2 – Análise Sociométrica da Turma: ... 19

4 - Conclusões: ... 21

b. Atividades na Escola: ... 22

Torneio de Badminton: ... 22

“Teambuilding”: ... 23

Corta-mato: ... 24

Torneio de Futsal 1º período: ... 25

Torneio de Futsal 2º período: ... 25

Relatório da Atividade com Idosos e Deficientes Visuais: ... 26

Relatório do Desporto Escolar ... 26

Direção de turma: ... 27

5- Tarefas de Estágio de Extensão à Comunidade ... 27

a.

Acção de Formação ... 27

(Comunicação no Congresso “ A Escola, Hoje!”) ... 27

I. Tema desenvolvido (justificação): ... 27

II. Estratégias de apresentação: ... 28

III. Relatório (resultados): ... 29

Considerações Finais: ... 29

CAPÍTULO II ESTUDO DA PREVALÊNCIA DO CONSUMO DE ÁLCOOL E DROGA EM ALUNOS DO 3ºCICLO E SECUNDÁRIO ... 31

Introdução ... 32

Metodologia ... 33

(7)

Discussão ... 37

Conclusão ... 39

Bibliografia ... 40

Anexos ... 42

Anexo I - Roullement ( Sistema de rotação dos espaços de aula) ... 44

Anexo II – Planeamento anual ... 45

Anexo III – Grelha de avaliação diagnóstica e sumativa ... 46

Anexo IV – Grelha de avaliação formativa ... 47

AnexoV – Plano de aula ... 48

Anexo VI – Grelha dos testes de condição física ... 49

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Índice de Tabelas

Tabela 1 – Caracterização da amostra ... 16 Tabela 2 – Caracterização da idade da amostra ... 34 Tabela 3 - De entre as motivações para usar estes produtos, quais as razões que melhor caracterizam o seu uso pessoal? ... 34 Tabela 4 - Nos últimos 12 meses com que frequência fumou tabaco (teste Kruskal-Wallis) ... 35 Tabela 5 - Nos últimos 30 dias em quantos bebeu cerveja (teste Kruskal-Wallis) ... 35 Tabela 6 - Nos últimos 30 dias em quantos bebeu bebidas espirituosas (Whisky, Vodka, etc.) (teste Kruskal-Wallis) ... 35 Tabela 7 - Alguma vez consumiu substâncias psicoativas ilícitas (teste Kruskal-Wallis)……….36 Tabela 8 – Pratica desporto ou alguma atividade física regular (teste qui-quadrado, para amostras independentes)………..36 Tabela 9 – Pratica desporto vs Nos últimos 12 meses fumou tabaco? (teste Kruskal-Wallis)………...36 Tabela 10 - Pratica desporto vs Nos últimos 30 dias bebeu cerveja? (teste Kruskal-Wallis)………….37 Tabela 11 - Pratica desporto vs Alguma vez consumiu substâncias psico-ativas ilícitas? (teste

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Índice de gráficos

Gráfico 1 - Frequência relativa “Quanto tempo demoras para chegar à escola” ... 17

Gráfico 2 - Frequência relativa “normalmente, qual o meio de transporte que usas para ir para a escola?” ... 18

Gráfico 3 – Frequência relativa “De que modo ocupas os teus tempos livres?”. ... 18

Gráfico 4 – Frequência relativa “Quais as tuas modalidades preferidas?” ... 19

Gráfico 5 – Frequência relativa “Quais as modalidades desportivas que tens mais dificuldades?” ... 19

Gráfico 6 – Diagrama de aceitação da turma ... 20

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Índice de Abreviaturas

UTAD – Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro; PES – Práticas de Ensino Supervisionadas;

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Resumo

Este relatório de estágio encontra-se inserido no mestrado em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário na UTAD, realizado na Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso, tendo como supervisor o Prof. Francisco Saavedra e a Prof. Cristina Gonçalves a orientar.

O presente documento relata todo o processo inerente do estágio desde o princípio ao final do ano letivo, contendo os principais documentos, linhas de orientação, estratégias e reflexões utilizados. Dividimos então o relatório em dois capítulos, numa primeira fase fazemos referência aos processos desenvolvidos na escola durante todo o ano, e no segundo capítulo falamos do estudo realizado no âmbito do IV congresso “a escola hoje”. Ao longo deste relato nós pretendemos que o leitor tenha a perceção dos diferentes passos e decisões pedagógicas que fizemos, para o documento poder ser reprodutível. Tudo isto deve ser entendido como uma reflexão pessoal das experiências apreendidas.

Como tema de investigação decidimos estudar a prevalência do consumo de álcool e drogas em jovens de 3º ciclo e secundário, realizando o mesmo numa escola secundária do distrito de Braga. Para a realização do mesmo adaptamos um questionário já validado, sendo que os alunos alvo se inseriam entre 3º ciclo e secundário. Os principais objetivos foram analisar os tipos de consumo entre os alunos, o consumo entre géneros e a diferença entre os consumos de praticantes e não praticantes de desporto ou atividade física. Utilizamos o programa SPSS (versão 19.0) para o tratamento estatístico, e os dados foram tratados de duas formas distintas, uma análise descrita e outra inferencial. O comportamento de distribuição dos valores ficou estudado com os coeficientes de Kurtosis e de assimetria (Skewness). A análise de aderência à normalidade foi estudada através da prova

Kolmogorov-Smirnov, com a correção de Lilliefors. Utilizamos ainda o teste doqui-quadrado (x²) para

estudar as diferenças entre géneros, e o teste de Kruskal-Wallis para analisarmos os consumos de praticantes e não praticantes de desporto ou atividade física.

Os principais resultados obtidos fazem-nos perceber que o álcool é a substância mais consumida pelos nossos jovens, a maioria dos jovens já experenciaram tabaco, os rapazes consomem mais substâncias lícitas e ilícitas comparativamente às raparigas.

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Abstract:

This internship report is part of the master degree in Teaching of physical education in elementary and secondary education in UTAD, accomplished in the Secondary school of Póvoa de Lanhoso, with Prof. Francisco Saavedra as supervisor and Prof. Cristina Gonçalves guiding.

This document describes all the process within the internship since the beginning until the end of the year, having the main documents, orientation lines, strategies and reflection. We split the report in 2 chapters, the first one we refer to all the processes developed in the school during the year, and in the second one we talk about the study for the IV congress “a escola hoje”.

Through this report we intend the reader to have the perception of the different steps and pedagogical decisions that were made, so this document can be reproducible. All of this must be understood as personal reflection and of the several experiences obtained.

As a title for the investigation we decided to study the prevalence of consumption of alcohol and drugs in youths of 3º cicle and secondary, realizing this at a secondary school in the district of Braga. To the realization of our work we adapted a questionnaire, that was already validated. The main objectives of this investigation was to verify the types of consumption within our sample, the difference between genders and the use of this substances among youths who practise sports or physical activity and students who don’t. We applied the SPSS (version 19.0) to the statistical analysis, and the data was treated in two different ways, one of them an descritive analysis and the other an inferential analysis. The behaviour of the distribution of values was studied by the coefficients of Kurtosis and asymmetry (Skewness). The analysis to the adherence to normality was ensured by the proof of Kolmogorov-Smirnov,with the correction of Lilliefors as well. We also utilized the chi-square test (x²) to verify the consumption of practitioners of sports or physical activity and non practitioners of such.

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CAPÍTULO I

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

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Introdução

O presente documento está integrado no 2ºciclo de ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário, inserido na disciplina de estágio referente à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

O estágio profissional foi realizado numa escola secundária do distrito de Braga, mais especificamente na Póvoa de Lanhoso. A orientadora deste mesmo estágio foi a Professora Cristina Gonçalves e como supervisor responsável pelo nosso núcleo ficou o Professor Doutor Francisco Saavedra, já como companheiros do mesmo foram os colegas Hélder Tinoco e Sílvia Oliveira.

Este ano foi de facto um início para uma nova etapa da nossa vida profissional, sem dúvida um dos anos mais complicados e desafiantes com que já nos deparamos, foram meses de trabalho constante com novas realidades e contextos, que nos fazem evoluir bastante como profissionais e pessoas desenvolvendo novas valências e habilidades para nos adaptarmos a situações que são novidade como obstáculo, pois só no campo podemos ser postos à prova para respondermos da melhor forma que pudermos aplicando a teoria apreendida anteriormente na universidade ao longo dos anos de ensino superior.

Estavam criadas muitas expetativas sobre como seria trabalhar integrado numa escola, a ansiedade era também alta e o intuito era o de provar que estávamos à altura de estar à frente de uma turma como professor, líder e exemplo para os alunos. A nossa vontade era de enriquecer os conhecimentos adaptando-os a realidades que nem sempre são fáceis e ter sempre presente a ideia de fazer o melhor possível, no entanto é mesmo este o grande desafio da nossa parte. Os conteúdos a lecionar foram uma das coisas que tivemos de ajustar, pois na escola há alunos com muitas dificuldades e nem todos têm gosto ou jeito pela Educação Física, foi um desafio em várias ocasiões durante o ano letivo. O nosso trabalho passava por planear os conteúdos a dar e as estratégias no processo ensino-aprendizagem a seguir, que fossem adequadas de maneira a transmitir corretamente o que pretendíamos consoante o nível da turma.

Contamos com a ajuda tanto dos meus colegas estagiários, como da Professora Orientadora Cristina Gonçalves para auxiliar e guiar durante todo o processo, e ainda a supervisão do Professor Doutor Francisco Saavedra que teve um papel fundamental para que este relatório de estágio fosse exequível.

Passava o nosso estágio pela prática de ensino supervisionada, mas não só, cabia-nos intervir na escola de forma ativa dinamizando-a de várias maneiras, desde logo, na realização e organização de atividades, a ajuda à orientadora em diversas tarefas como por exemplo o desporto escolar e a direção de turma também foram alvo da nossa intervenção na escola.

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A forma como nos receberam na escola foi excelente, da direção aos funcionários passando pelos professores, tudo correu da melhor maneira e obtivemos bastante ajuda da parte de todos os agentes constituintes da escola, e especialmente o grupo de Educação Física que se disponibilizou para ajudar naquilo que fosse necessário. Posto isto, a adaptação foi bastante facilitada, pois sempre que precisamos de ajuda a disponibilidade era praticamente total para resolver o que quer que necessitássemos.

Fomos alvo de uma progressão gradual à medida que íamos aprendendo cada vez mais, até com os erros, pois só com eles podemos crescer ainda mais como professores. Os aspetos que falhavam no início do ano foram aperfeiçoados até chegarmos a um ponto em que tudo já era gerido mais ou menos de forma mecânica e automática sobretudo o que envolvia a aula, como material, deslocamentos no espaço de aula, organização, regras de segurança, verificação dos banhos, etc.

A construção das unidades didáticas (UD) teve por base os documentos de Aranha (2004), foi por esta autora que orientámos todas elas. Também as avaliações sumativas, formativas e diagnósticas tiveram o trabalho de Aranha como principal apoio para a construção e gestão dos mesmos, acerca desta última avaliação, Aranha (2004) refere que a avaliação diagnóstica deve ser efetuada na primeira aula e tem como objetivos, não só identificar o nível e capacidade de desempenho motor dos alunos (da turma), como também as condições reais de ensino (instalações, material, etc.), permitindo ajustar a unidade didática previamente elaborada, em função dessa realidade perante a realidade da turma.

Este relatório está então dividido em 2 capítulos, o primeiro destes trata do relatório de estágio em si, ou seja, situa-nos em toda a envolvência existente em torno da escola e do próprio meio em que esta está inserida, passando pelo trabalho desenvolvido ao nível do planeamento, UD’s, planos de aula, até chegar às aulas propriamente ditas e suas estratégias de ensino. Surge também numa segunda parte deste relatório, o trabalho que foi desenvolvido para apresentar no IV congresso “a escola hoje” na aula magna da UTAD no mês de Maio, este tratava-se então do estudo da prevalência do consumo de álcool e droga nos alunos do 3ºciclo e secundário. Foi um tema que nos surgiu e que achamos que seria estimulante, especialmente com a facilidade que atualmente existe na obtenção destas substâncias, a pesquisa incidiu em alunos do 3º ciclo e secundário tal como o título indica, e foi realizado numa escola secundária do distrito de Braga.

Para que todo este trabalho de estágio fosse possível houve muita entreajuda dos colegas de estágio e orientadora, pois ajudamo-nos uns aos outros a corrigir e melhorar certos aspetos relacionados com o ensino da Educação Física e com a organização/planeamento de todos os documentos elaborados durante o ano. Sem estes elementos não seria possível realizar uma evolução tão notória como professor e a experiência que será fundamental e servirá de base para o nosso futuro nesta área.

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Finalmente depois destes anos de estudo saímos como profissionais da Educação Física, algo que sempre objetivamos conseguir e que agora se torna realidade, é realmente um orgulho poder enveredar por esta área, e como tal efetuamos para este efeito uma revisão/reflexão de todo este último ano de estudos.

1- Enquadramento Pessoal

Já vão longe os anos em que passávamos o meu tempo na rua a jogar futebol, onde a única coisa que nos interessava era a bola a rolar e termos a baliza definida de alguma forma, nem que fosse por dois arbustos ou postes. Foram experiências como estas que influenciaram e muito a nossa decisão de optar pelo desporto e pela Educação Física, são estas sensações de prazer, felicidade e liberdade que nos levam a enveredar por esta área de estudos.

Desde criança que o desporto sempre foi o principal interesse na vida, as bolas amontoavam-se em casa, a vontade de simplesmente sair a correr para a rua era enorme. É então desde essa idade que o futebol se tornou um hábito frequente mais que tudo o resto e começamos a experiência desportiva então através deste desporto federado. Também passamos pelo futsal no âmbito do desporto escolar durante algum tempo, mas devido ao futebol nunca houve muito tempo disponível para dedicação a outros desportos. Sempre foi mantido o interesse em desportos como o Voleibol, Basquetebol ou Ténis como hobbies, nunca perdendo uma decisão dos principais acontecimentos desportivos nacionais e internacionais pela televisão.

Então à medida que a escola ia avançando aproximava-se o tempo da decisão relativa ao curso a ingressar no ensino superior, fomos consolidando cada vez mais a ideia de me aventurar no que me causava mais interesse e gosto, ou seja, o desporto. E assim aconteceu ingressando no Instituto Superior da Maia (ISMAI) onde estivemos durante os três anos da licenciatura finalizados com sucesso. Depois destes três anos decidimos escolher o mestrado em ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário da UTAD para continuar os estudos no sentido de nos podermos tornar professor de Educação Física, e agora esta caminhada de muito trabalho, esforço, aprendizagem e dedicação está a chegar a um fim para dar lugar a outra bem mais extensa e exigente que é a carreira profissional.

Este estágio foi então a última etapa no sentido de nos preparar para o que se seguirá de forma a sermos rigorosos e exigentes na qualidade dos nossos ensinamentos para com os alunos. Iniciamos ainda antes do estágio a função de treinador das camadas jovens do Vieira Sport Clube o que nos irá fornecer também alguma experiência para futuro como professor. Possuíamos também já alguma destreza a trabalhar com jovens devido a termos integrado

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alguns projetos que envolviam a realização e gestão de atividades com crianças e adolescentes, assim como por exemplo campos de férias.

Terminamos este enquadramento pessoal com uma frase que será provavelmente uma das razões mais importantes para que haja professores motivados e alunos empenhados em busca de um objetivo comum, e acima de tudo para permitir um futuro mais risonho a todas as pessoas deste mundo. “A educação é a arma mais poderosa de que dispomos para mudar o mundo”

- Nelson Mandela.

2- Enquadramento Institucional

A Póvoa de Lanhoso é uma vila portuguesa do Distrito de Braga, região Norte, com uma população de 10000 habitantes e com uma área de 132km2 repartidos por 29 freguesias. A Vila situa-se em pleno coração do Minho, entre a margem esquerda do Rio Cávado e a margem direita do Rio Ave. A limitá-la estão os concelhos de Braga, Guimarães, Fafe, Vieira do Minho e Amares. Braga, sede do distrito, fica a 15 km, Guimarães a 18 Km e o Parque Nacional de Peneda Gerês a 30 km. Esta situação privilegiada faz das Terras de Lanhoso local de passagem e de paragem para muitos turistas nacionais e estrangeiros. (História da Póvoa de Lanhoso, 2011).

De forma a ser criada uma instituição para corresponder às exigências populacionais foi estabelecida em setembro de 1993 a Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso, em que neste ano transato se passou a chamar Agrupamento de Escolas da Póvoa de Lanhoso.

Esta escola possui turmas do 7º ano até ao 12º, em que no secundário os cursos estão divididos pelos científicos – humanísticos e profissionais. Deste modo, temos 3 turmas do 7º ano, 3 turmas do 8º ano e 4 turmas do 9º ano, com um total de alunos de 236 alunos. Relativamente ao secundário temos 6 turmas do ensino regular e 4 do ensino profissional no 10º ano, com 276 alunos, no 11º ano são 5 do regular e 4 do profissional, com 189 alunos e por último o 12º ano com 4 turmas em ensino regular e ainda 4 no profissional, com um total de 217 alunos. Se calcularmos um número total de alunos a frequentar a escola, verificamos que o mesmo é de 918 alunos.

O Agrupamento de Escolas da Póvoa de Lanhoso conta com 102 professores e 34 assistentes operacionais/técnicos. O grupo disciplinar de Educação Física conta com 7 professores efetivos e 3 estagiários, sendo 6 destes do sexo masculino e 4 do sexo feminino.

Para a lecionação das aulas de Educação Física, contamos com 2 instalações desportivas: um pavilhão (40x20 m2), que pode ser dividido em 3 e o campo exterior que possui ótimas condições desportivas. Para um melhor funcionamento destes espaços, o núcleo possui um

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sistema de ocupação dos mesmos “roulement” de forma a conseguirem boas condições de espaço para a prática desportiva.

3- Tarefas de Estágio de Ensino Aprendizagem

Para que as nossas tarefas de estágio fossem organizadas e implementadas na escola tivemos de projetar e estruturar diversos documentos, os quais iremos referir e abordar de seguida. Antes de se aplicar qualquer estratégia é necessário pensá-la e refletir primeiro para só depois intervir de uma forma adequada e ajustada ao que pretendemos para atingir os resultados, foi então nesta conceção que trabalhamos durante o ano inteiro, em que toda a atividade pedagógica é pensada para atingir determinados objetivos consoante o nível da turma/aluno. O autor Gandin (2005) refere que a primeira coisa que nos vem à mente sobre a finalidade do planeamento é a eficiência da tarefa que se vai realizar, visando também a eficácia da mesma.

Para podermos iniciar todas estas tarefas de planeamento do processo ensino-aprendizagem, tivemos de respeitar as normas estruturantes da UTAD e da Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso, tendo sempre em consideração as linhas de orientação fornecidas pela DREN, Ministério da Educação e seus respetivos programas. No entanto nunca esquecemos que para cada escola, ou para cada caso, as realidades são distintas e sendo assim, tivemos em conta o contexto em que nos encontramos adaptando sempre que necessário os programas à realidade escolar encontrada.

Em vista a existir uma boa coordenação entre as aulas de cada professor e o espaço a ocupar, consultávamos sempre o roullement (ver anexo I) tal como já foi referido no enquadramento instuticional, para que não houvesse também confusões a nível do material a utilizar, e não estarem vários professores a lecionar a mesma modalidade simultaneamente. Por esta razão é que a elaboração do planeamento anual (ver anexo II) é fundamental, em que este é construído pelo grupo de Educação Física de maneira a prever com toda a antecedência a abordagem às diferentes modalidades (com especial atenção aos respetivos espaços) e atividades em vista para o ano letivo. O grupo de Educação Física é também aquele que mais dinamismos cria, com atividades diferentes em todos os períodos auferindo de grande adesão por parte dos alunos.

Um dos aspetos bem diferentes do habitual no nosso estágio foi o facto da nossa orientadora propôr que passássemos por todas as três turmas diferentes, devido às características e particularidades de cada uma, para que o estágio fosse uma experiência ainda mais rica para todos nós, passando pelos aspetos positivos e negativos que cada uma delas oferecia. Contamos com duas turmas de 11º anos e uma de 7º.

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Para uma melhor compreensão de todos estes processos dividimos esta fase em três grandes partes, de forma a que o leitor entenda melhor o que foi realizado:

a) Unidades Didáticas:

De forma a podermos aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem elaboramos antes de qualquer modalidade ou conjunto de aulas, uma UD para que possamos organizar da melhor forma os conteúdos a lecionar de uma determinada unidade de ensino, com uma sequência lógica de modo a alcançar os objetivos solicitados pelo programa de Educação Física. Este documento serve substancialmente para abrangermos vários aspetos referentes à turma, recursos disponíveis, objetivos em vista, estratégias e métodos de avaliação/controlo dos indivíduos em questão sob todas estas dimensões e pontos de vista de forma a conhecermos da melhor maneira possível tudo o que nos rodeia, e sendo assim conseguimos interagir e adaptar tudo isto para que o processo de ensino tenha sucesso. Foi por toda esta justificação acima descrita que planeamos durante o ano várias UD’s de acordo com o número de modalidades que lecionamos.

Deste modo seguimos os trabalhos de Aranha (2004), de forma a nos orientarmos para a criação destes documentos ao longo do ano de estágio. Então para a construção de uma UD, devemos ter em conta:

 População Alvo:Onde indicamos aspetos como o nível da turma, bem como o nº de alunos, género e idade da mesma. Ainda referimos o nº de alunos com necessidades educativas especiais.

 Recursos: Relativamente a este tópico discriminamos nas nossas UD’s os recursos materiais utilizados, como as instalações disponíveis para a realização das aulas e os materiais móveis a serem usufruidos pelo professor. Também os recursos temporais que dizem respeito ao conjunto de tempos que foram utilizados para a lecionação foram especificados aqui, assim como os recursos humanos que se destinaram ao nº de auxiliares disponíveis no espaço onde se realizam as aulas.

 Objetivos: Temos os domínios Sócio-Afetivo, Cognitivo e Psicomotor que retiramos do progama de Educação Física correspondente a cada um deles e ao nível de ensino das nossas turmas de 7º e 11º anos.

 Sequencialização de Conteúdos: Elaboramos uma organização cronológica por aula dos conteúdos a lecionar desde a primeira à última prática de ensino supervisionada. Para cada uma destas aulas foram definidos os conteúdos, objetivos comportamentais específicos, estratégias, função didática e avaliação dos mesmos, tendo sempre em conta a dificuldade dos objetivos, partindo do mais simples para o complexo.

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 Métodos de Controlo de Processo: Dividimos estes métodos em três momentos avaliativos dos alunos ao longo de uma unidade de ensino, a avaliação diagnóstica qu era realizada com o intuito de detetar os pontos fortes e fracos dos alunos e fundamentalmente da turma, permitindo-nos tirar algumas conclusões sobre o tal nível de aprendizagem da mesma. Realizamos uma grelha de avaliação (ver anexo III) onde descrevíamos as ações e conhecimentos mais importantes de uma determinada modalidade, e encaixávamos os nomes dos alunos consoante o nível de execução de cada tarefa específica, embora nem sempre fosse possível ver com clareza todos os alunos, pois o tempo de avaliação não permitia um grande detalhe de observação perante todos, mas sem dúvida alguma que o nível da turma ficava bem patente nesta avaliação e era isso que pretendíamos sempre. Depois de realizada esta avaliação inicial, coube-nos a nós professores deliberarmos e refletirmos sobre os conteúdos a lecionar, pois sabemos que nem sempre a teoria dos programas é ajustável à prática, não vale a pena passar a conteúdos e exercícios complexos se os alunos não sabem as técnicas básicas de uma dada modalidade, tendo neste caso que haver um reajustamento da nossa parte para repararmos os erros e transmitirmos feedbacks positivos relativamente aos conhecimentos que já estão bem adquiridos.

A avaliação formativa (Anexo IV) era então elaborada de maneira a que o professor pudesse controlar e avaliar não só a assiduidade e pontualidade, mas também todo o esforço, dedicação e a evolução do desempenho motor do aluno ao longo das aulas, foi neste sentido que construímos para cada turma uma grelha que comportava três parâmetros distintos de avaliação para cada aluno, um primeiro que tinha a ver com a pontualidade e assiduidade à aula, um segundo que avaliava o comportamento, participação e interesse do aluno e por último o pârametro onde surgia descrito o desempenho motor do aluno. Para cada falta de presença, material, atraso e dispensa eram descontados valores consoante a situação específica, caso o aluno estivesse devidamente equipado e presente na realização da aula recebia a cotação total (20 valores).

Na última aula de uma unidade de ensino fazíamos uma avaliação formativa final, onde observávamos o nível final de prestação motora da turma e dos alunos, por vezes os alunos poderiam não estar tão bem na realização das atividades, mas não seriam por aí prejudicados pois tinhamos todas as aulas anteriores, prestando bastante atenção à própria evolução do mesmo, que para nós era um dos aspetos essenciais a ter em conta.

Para além destas temos ainda a avaliação sumativa, esta realizava-se no final de cada período e do ano letivo, cuja grelha que construíamos era em tudo semelhante à que era feita na avaliação diagnóstica, aqui também tinhamos em conta a evolução do aluno e a confirmação de todo um desenvolvimento da sua parte. Será importante referir que existem para as turmas de básico e secundário diferentes objetivos para a avaliação segundo os programas de Educação Física e foi por aí que nos guiamos, sendo que dentro da própria escola as percentagens dos

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critérios de avaliação são também distintos de um nível para o outro. Sabemos que os jogos desportivos coletivos e individuais contêm diferentes conteúdos e por isso mesmo as técnicas e comportamentos variam de modalidade para modalidade, até mesmo dentro de uma das categorias antes mencionadas. Foram elaboradas quatro UD’s de jogos desportivos coletivos e duas destinadas a modalidades individuais. O planeamento do número de Práticas de Ensino Supervisionadas (PES) para cada unidade de ensino teve em conta a profundidade dos objetivos programáticos referentes a cada uma destas, onde o Judo (Luta) se caracterizou por conter o menor número de aulas, pelo simples facto de ser uma modalidade em que apenas se abordam os conteúdos mais básicos da mesma, devido à sua complexidade e também não é uma área habitualmente explorada no âmbito da Educação Física. As modalidades coletivas foram bem mais extensas, onde dispendemos um maior número de aulas, destacando-se o Voleibol, em grande parte devido às informações do programa de Educação Física para o ensino secundário, em que abordamos primeiramente o contexto de jogo 4x4 e apenas posteriormente o 6x6.

Das unidades de ensino lecionadas aquela que realmente se destacava pela diferença em relação às outras todas foi o Judo em que os aspetos pretendidos são bem distintos das modalidades coletivas, e permitem-nos ter uma melhor perceção do conhecimento e desempenho motor dos alunos devido às suas características próprias. Decidimos depois de discutir o tema com a professora orientadora não efetuar a avaliação diagnóstica a esta modalidade devido ao facto de os alunos não terem conhecimentos mínimos já adquiridos de anos anteriores, pois nunca tinham tido a oportunidade de abordar a modalidade. Nas modalidades coletivas os alunos estão em permanente movimento e fazem parte de uma equipa com vários elementos, não sendo tão fácil a observação das suas sabedorias e capacidades, e é aqui que a tarefa do professor é bastante dificultada e exigente, na medida em que muitas das turmas têm um número exagerado de alunos e o tempo não permite um diagnóstico rigoroso como seria desejável.

 Estratégias de abordagem: Para que as coisas corressem da melhor forma, adaptamos várias estratégias para abordar as UD’s. Iniciando pela elaboração de um plano de aula por cada aula lecionada, onde descrevíamos todas as condições de recursos que tinhamos aos dispor e os objetivos concretos da própria aula como iremos descrever no ponto seguinte deste relatório. Todas as estratégias que aplicamos em aula vêm explicítas na UD, desde a preparação do material antes da chegada dos alunos para não haver perdas de tempo, como o tipo de exercícios que aplicamos, feedbacks, demonstração de exercícios, organização/transição entre os mesmos e numa parte final a conversa com os alunos de modo a fazermos um balanço de toda a aula com vista ao aperfeiçoamento. Especificamos também nos nossos documentos que fizemos uma abordagem aos objetivos comportamentais do mais simples para o complexo, conseguindo assim uma ordem sequencial dos conteúdos. Definimos as equipas se possível desde o início da

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ensino, procuramos perder o menor tempo possível ao sermos rápidos e sintéticos nas explicações com vista aos comportamentos que pretendemos. Um dos aspetos que achamos fundamentais para aulas ricas e intensas é o tempo motor dos alunos, tivemos a preocupação de escolher exercícios em que os alunos estejam pouco tempo à espera da sua vez. Dizer por último que em todas elas tivemos o cuidado de zelar e referir as regras de segurança e de conduta dentro do espaço de aula, promovendo o respeito entre todos.

Depois de terminada uma UD era tempo de elaborar uma reflexão escrita sobre todas as estratégias adotadas e resultados obtidos, ou seja, era feito um balanço final da mesma servindo assim para se perceber se tudo correu como planeado, as coisas que correram bem, as que não correram como o esperado, alterações e adaptaões realizadas, sugestões para aperfeiçoamento e também as conclusões a retirar depois de finalizada.

b) Planos de aula:

Os planos de aula (Anexo V) eram elaborados em todas as aulas que tivemos o privilégio de lecionar, fomos tentando melhorar a construção do mesmo aperfeiçoando-a ao longo do tempo de acordo com os própositos que pretendíamos.

Numa primeira parte colocamos as informações necessárias à identificação do professor, data e hora da aula, turma e respetivo ano, modalidade, nº da aula, espaço a utilizar e o tempo de aula disponível. Também nesta fase incial informamos do objetivo específico da aula e seus conteúdos e funções didáticas. O material a usufruir também está aqui discriminado seguido dos objetivos operacionais ( incluindo o seu contexto e critérios de êxito).

Depois disto numa segunda fase do documento, continham todas as informações necessárias sobre a organização didático-metodológica das atividades, a esquematização das mesmas e o tempo e utilizado para cada uma delas contendo ainda as horas a que começava e terminava cada sequência de tarefas, incluimos igualmente os tempos de instrução/organização/transição entre os exercícios. As atividades surgem discriminadas uma a uma, especificamente falamos da instrução, organização, aquecimento geral e/ou específico e os objetivos operacionais consoante o seu número. As estratégias adaptadas às tarefas a realizar vinham sempre bem patentes no plano, tal como detalhes relativos à organização da turma num determinado contexto de exercício, os deslocamentos dos alunos, variantes e trocas entre alunos ou grupos por parte do professor. Também informamos sobre algumas ações que o professor tinha de fazer, nomeadamente em relação ao modo como o professor se posicionava e deslocava, a intervenção e a forma pela qual transmitia feedbacks, a maneira como controlava a turma e as suas aprendizagens.No final do plano vinha ainda descrita a legenda relativa à esquematização de cada um dos exercícios planeados.

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c) Prática de Ensino Supervisionada:

I)

Instrumentos:

Ao longo deste ano letivo utilizamos vários tipos de instrumentos para as nossas aulas e consequentes observações aos colegas estagiários e professora orientadora. No total foram feitas 45 observações a cada um dos dois colegas estagiários, mais 20 realizadas à professora orientadora do nosso núcleo de estágio. Foram construídas 5 unidades didáticas ao longo dos três períodos, sendo que uma delas (Voleibol) foi iniciada no 1º período, mas teve continuidade para o 2º período.

Os instrumentos de apoio ao professor durante as aulas foram tal como já referido antes, o planeamento anual que nos auxiliou a organizar as modalidades que iríamos dar e o tempo destinado a cada uma destas para que nada falhasse. A sequencialização de conteúdos que discriminava o que iria ser dado aula a aula, permitindo assim uma organização melhorada relativamente aos conteúdos a lecionar, este documento constava obrigatoriamente da UD de determinada modalidade. Para podermos controlar, observar e avaliar os alunos elaboramos fichas de observação e registo de comportamentos, sendo que em termos avaliativos podemos dividir isto em três partes tal como já referimos anteriormente, a ficha de avaliação diagnóstica, formativa e sumativa. Estes três documentos serviram para controlar o aluno ao nível dos seus comportamentos de assiduidade/pontualidade, interesse, participação, empenho e também em relação ao seu desempenho motor nas diferentes fases de avaliação. Para cada aula teria de ser realizado um plano onde esta surgia descrita. Para a realização da condição física usamos as indicações da bateria de testes do Fitness Gram e uma grelha (Anexo VI) para cada turma, onde apontávamos os resultados obtidos em cada um dos testes, resultados estes que eram mais tarde convertidos em notas de 0 a 20 e de 1 a 5 para turmas de secundário e básico por ordem respetiva. O plano de aula foi um instrumento fulcral para todas as aulas, servindo de apoio ao professor, com as principais estratégias e esquemas a adotar durante a própria aula. Antes de principiarmos a aula era entregue à professora orientadora e aos colegas estagiários uma cópia deste documento para que se pudessem seguir e orientar durante a mesma.

II) Procedimentos:

No princípio do ano foi um pouco difícil devido a termos de planear muita coisa, depois do planeamento anual ficaram decididas as modalidades que iríamos abordar ao longo dos períodos e começamos então desde logo a preparar os conteúdos e estratégias a colocar em

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tarefas e cada um ficou responsável por constuir e organizar da melhor forma possível as sequencializações de conteúdos para que nada falhasse. Todos os documentos para as PES tiveram por base os programas do ministério da educação para a Educação Física escolar tanto a nível de 3ºciclo como de secundário, estes programas serviram como linha de orientação para se elaborar as UD’s e respetivas sequencializações de conteúdos. Estes foram sendo construídos e adaptados consoante as situações, sabemos que nem sempre a nossa ideia inicial acaba por permanecer intacta, dependemos em muito do nível de aprendizagem em que a turma se situa, ou seja, dos conhecimentos práticos e teóricos que eles possuem até ao momento em que passam a ser nossos alunos.

Para cada aula tinhamos obrigatoriamente de elaborar um plano de aula, que já referimos anteriormente neste relatório, onde constavam as informações base sobre a aula em si e estratégias adotadas, como a organização dos alunos, rotações entre estes, tempo destinado a cada exercício, deslocações do professor, etc. Tentamos que o plano de aula fosse o mais reprodutível possível, para que quem o estivesse a lêr conseguisse facilmente identificar o que era pretendido com o mesmo. Por isso tentamos que as explicações fossem simples e sucintas, mas com todas as informações necessárias bem redigidas, ao lado surgia a esquematização da atividade para que não restassem dúvidas. Estes planos eram normalmente seguidos por nós, no entanto por vezes surgiam imprevistos e tinha de haver uma adaptação rápida e eficaz para que nem a aula nem os alunos ficassem prejudicados. Esta é uma qualidade cada vez mais importante num professor de Educação Física, a capacidade que se tem de adaptar a situações/contextos imprevistos e tirar o melhor partido possível da situação. Pudemos verificar que o simples facto de haver um plano de aula ajuda em muito o professor, pois tudo já está previamente organizado e as probabilidades de alguma coisa falhar são muito menores, entrando aqui o tal ajustamento que por vezes é necessário implementar por uma razão ou outra que nos pode ultrapassar.

A observação é um fator fulcral nas aulas, por tudo o que já foi dito anteriormente, e por isso tivemos sempre como preocupação ter a turma toda debaixo de olho para termos os alunos controlados e podermos alertar para comportamentos ou ações incorretas. Tanto os posicionamentos como as deslocações são fundamentais para que possamos observar a aula e perceber o que está bem e/ou mal e intervirmos a tempo. Uma das coisas que fomos aprendendo com o tempo foi estar a dar feedback a um grupo ou aluno em particular e simultaneamente ser capaz de perceber o que se passa no resto do espaço de aula, e se falarmos da transmissão do feedback acho que a evolução foi muito positiva, pois à medida que íamos ficando mais confortáveis na posição de professores, estes tornaram-se mais constantes e eficazes em que numa fase inicial se concentravam mais na turma em si, para reparar alguns erros e dificuldades técnicas gerais, para depois irmos mais ao individual conforme os alunos ou grupos. Habitualmente nas instruções iniciais das aulas fazíamos uma revisão dos conteúdos principais

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demonstrando os gestos mais importantes, com o intuito de relembrar os alunos de certos aspetos e critérios de êxito para que a aula corresse melhor. A transição entre exercícios era executada de forma a ser bastante rápida, muitas vezes pedimos ajuda aos alunos para que o processo fosse ainda mais acelerado, o autor Piéron (1996) refere que a falta de organização gera perdas de tempo, que pode ser aproveitado para a exercitação e aprendizagem da matéria de ensino. A demonstração do exercício era preocupação constante para que existisse rigor, qualidade e organização no exercício, em turmas com baixa motivação temos de tentar encontrar estratégias para incentivar os alunos, dando o exemplo da música que foi utilizada por nós em várias ocasiões e com resultados bastante satisfatórios em alunos menos predispostos à atividade física. É de facto muito importante a gestão de tempo de aula (é auxiliada por um cronómetro ou relógio ao nosso dispor), onde temos de perceber se o exercício está a resultar, se há algo a alterar ou até mesmo se os alunos já o dominam tornando-se aborrecido a continuação do mesmo. Esta gestão influencia a dinâmica da própria aula e a motivação dos alunos para as atividades.

Temos de ter em conta que se os alunos não conseguirem progredir, devemos voltar atrás e arranjar formas de conseguirmos alcançar o nosso fim, arranjar desafios de momento para os alunos degrau a degrau irem conseguindo ultrapassar, o que aconteceu nomeadamente no Voleibol. Torna-se extremamente importante organizarmos os grupos de forma inteligente, e irmos equilibrando a balança entre grupos homogéneos e heterogéneos consoante o nível dos mesmos, o ideal será arranjar uma estratégia em que nem sempre se utilize apenas um deles, com vista a motivar os bons alunos e a incentivar os menos bons a tentar chegar a um patamar superior. Pensamos que as estratégias usadas para ultrapassar as dificuldades resultaram muito bem e se voltar a suceder iremos refletir e aplicar estas formas de contornar os obstáculos para obter a maior taxa de sucesso possível.

Tentamos ser constantemente exigentes e rigorosos durante as aulas sem nunca esquecer o plano afetivo, mantendo um bom clima entre a turma com alegria, elogios, respeito, diversão e empenho de ambas as partes.

III) Relatório e Avaliação:

No final de cada aula que lecionávamos tinhamos de efetuar um balanço da mesma, onde referíamos o que correu bem e o que correu mal, avaliamos se as estratégias correram bem ou mal, a motivação e controlo que conseguimos incutir à turma, e ainda o que poderia ter sido feito em prol da aula. Este relatório era uma retrospetiva crítica da aula, que seriviria depois para apreciação da professora orientadora e também dos colegas, havendo uma troca de ideias de modo a alertar e corrigir alguns aspetos das nossas aulas, o que nem sempre era fácil devido

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lecionar, faríamos para além do registo anedótico, a hetero avaliação respetiva à sua aula, onde os avaliávamos consoante a sua prestação.

No que concerne à auto e hetero avaliação das PES, utilizamos um documento elaborado pela professora orientadora do nosso estágio, que se assemelha em tudo áquele que a Professora Ágata (2008) faz referência nas suas sebentas sobre os parâmetros e critérios de avaliação do estagiário de Educação Física. Este instrumento contém então 10 parâmetros avaliativos que nos permitem classificar a aula sob todas as dimensões da mesma. O autor Carvalho (1994) refere que a avaliação pressupõe um sistema de recolha e interpretação de dados para que, professores e alunos possam adaptar a sua actividade aos progressos e problemas de aprendizagem verificados e decidir novas prioridades, novos desafios, outras possibilidades para aprenderem. Trata-se de uma referência fundamental e determinante no planeamento do processo ensino-aprendizagem.

O estágio revelou-se determinante para a nossa definição como professor, embora já houvesse contactos anteriores com aulas, a experiência era escassa a este nível. Tivemos oportunidade de aperfeiçoarmos as nossas práticas pedagógicas através do treino e do contacto direto com jovens em vários contextos de atividades de tempos livres e campos de férias, no entanto o estágio profissional foi o grande teste às nossas competências, permitindo-nos passar a outro nível em vários aspetos. As expetativas antes de principiar esta jornada são sempre muitas, existindo a ansiedade natural para saber como vão decorrer todos os processos, se vão atender às nossas expetativas, se o resultado será bom retirando coisas úteis para o resto da nossa vida profissional. Durante a fase inicial do ano letivo tentamos aprender o mais possível com a orientadora cooperante, auxiliando-a de igual forma durante as aula, pois nesta fase a professora sugeriu que observássemos os principais métodos a utilizar durante a realização das aulas para maior eficácia nas mesmas. Ajudamos de várias formas, mesmo com aspetos como o material, preparação da aula, demonstrações e até por vezes dirigindo o aquecimento à turma em questão. A fase de adaptação foi bastante rápida, a preparação e lecionação das aulas foi melhorando de dia para dia, e fomos sentindo-nos melhor, com maior à vontade para com todo o envolvente escolar de que fazíamos parte integrante. Rapidamente começamos a lecionar aulas completas e a entrar no ritmo semanal de trabalho exigido para o estágio.

Pensamos que existiu claramente uma evolução da nossa parte como professores em muitos aspetos, nomeadamente na preparação das aulas para apenas 1/3 de pavilhão o que se revela complicadíssimo com turmas grandes como foi o caso, obriga-nos a ser criativos tornando esta experiência mais difícil e ao mesmo tempo rica. Outra dificuldade que foi sendo ultrapassada com o tempo tratou-se de manter os alunos em atividade motora o maior tempo possível, à medida que fomos aperfeiçoando os nossos exercícios, fomos capazes de nos precavermos contra os tempos de espera em fila dos alunos. Embora saibamos que o espaço é fundamental para que se possam aumentar as chances de sucesso do processo

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ensino-aprendizagem, por isso sempre que pudemos utilizamos o espaço exterior onde tínhamos mais liberdade de escolha nos exercícios devido ao contexto do espaço disponível, este pormenor tornou-se importantíssimo para as estratégias de ensino adotadas. Como não deixa de ser natural há modalidades em que nos sentimos mais à vontade do que outras, falando especificamente no Judo, em que teve de existir uma adaptação da nossa parte para nos sentirmos confortáveis a ensinar e demonstrar, já que não é uma modalidade muito frequente de se lecionar nas escolas mas com um pouco de pesquisa e aprendizagem tudo acabou por correr da melhor forma e os alunos acharam interessante.

Conforme o ano foi avançando tudo foi correndo de uma forma evolutiva natural, em que a cada aula que passava a comodidade e a própria comunicação ia fluindo com alguma espontaneidade como é normal no processo. Pensamos que nem sempre é fácil controlar e motivar turmas com 30 alunos para as atividades e para desempenharem as funções e comportamentos específicos que pretendemos, mas com as estratégias implementadas as aulas tiveram sucesso e a evolução foi gradual e notória. Caracteriza-se este progresso por ser recompensante para o professor, depois de tanto trabalho e insistência para que os alunos se esforçassem, sabendo ainda que nem todos o fazem devido à maneira de ser de cada um, no entanto em turmas de ensino básico a disciplina foi bem implementada desde o princípio para que os educandos percebessem que havia regras que teriam de cumprir imperiosamente.

Penso que temos de retirar um balanço bastante positivo das aulas durante o ano letivo, onde aprendemos bastantes coisas e esta experiência ser-nos-á muito útil no nosso futuro devido à exigência que nos causou em lidarmos com várias situações em simultâneo e a estarmos envolvido num meio que nos obriga a ter enorme capacidade de responsabilidade, trabalho e de reflexão.

4- Tarefas de Estágio de Relação Escola-Meio

a. Estudo de Turma:

1. Introdução

Este estudo foi concretizado no âmbito da disciplina de Estágio Pedagógico que se insere no 2º Ano do 2º ciclo do Mestrado de Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. O presente documento foi elaborado através de uma turma de décimo primeiro ano, neste caso o 11ºD, na Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso.

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Decidimos então efetuar um estudo de turma, primeiramente num contexto sócio biográfico, que me irá auxiliar no conhecimento do quotidiano e de questões pessoais do aluno, e de seguida o chamado teste sociométrico, que nos permitirá compreender a dinâmica de grupos existente na turma em questão. Portanto, numa primeira parte, será uma espécie de anamnese a aplicar na turma, que terá esclarecimentos pertinentes quanto à vida familiar, social e escolar do aluno, o que nos apoiará na abordagem que teremos para com ele/s na própria aula, sabendo em que contextos se encontram nesses níveis anteriormente pronunciados, e iremos também tirar algumas conclusões e através delas indicar algumas possíveis intervenções pedagógicas.

O que é a sociometria? A sociometria é uma técnica utilizada para se efetuar a avaliação das relações dos grupos, logo transmite-nos informações acerca das atrações e rejeições no seio de um grupo (neste caso particular, trata-se de uma turma). Tem por base uma matriz sociométrica, que serve para registar o nº de escolhas de uma determinada pessoa para nos ajudar a calcular o índice sociométrico. O objeto gráfico que se constrói é denominado sociograma. No sociograma de aceitação quanto mais um aluno estiver concentrado no centro do gráfico, mais popular ele é, e quanto mais alienado estiver da parte central, mais marginalizado é. No sociograma de rejeição o raciocínio é exatamente o oposto. Moreno (1992) evidenciava a importância de refletirmos sobre a interação humana tendo em conta os tempos atuais, averiguando as relações e correntes afetivas, tais como estas são transmitidas e captadas pelos indivíduos. Salientava igualmente que a espontaneidade é a capacidade que possuímos para agir de maneira adequada perante situações novas e imprevistas, transformando positivamente aspetos que eram insatisfatórios. O teste sociométrico é composto por quatro questões, duas de aceitação e duas de rejeição, estas perguntas serão sujeitas a um estudo minucioso e a partir do seu estudo conseguiremos perceber como funciona a turma, ou seja, se existem grandes divisões entre os alunos, grupos restritos, atritos, se há muitos problemas, quais os alunos mais populares, quais os mais rejeitados, quais os mais problemáticos.

Fazendo uma pequena revisão bibliográfica do tema, relativamente à rotina diária e caminho para a escola Édio Martins e Pedro Pereira (n.d) referem que a oferta educativa se concentra em determinadas áreas geográficas atendendo melhor essas populações, dizendo ainda que a dificuldade de acesso físico afeta a educação, ou seja, a distância é um fator fundamental. No que concerne os tempos livres, Artur Gonçalves & Graça S. Carvalho (2008) dizem que “A ocupação ecológica dos tempos livres pode trazer no futuro mais-valias em todos os domínios, porque é com o corpo que o ser humano e em particular as crianças, exploram, aprendem e reagem aos estímulos do meio envolvente”. Maria Carvalhal et.al (2008) dizem ainda que os tempos ao ar livre estão associados positivamente à prática desportiva, enquanto o tempo despendido em casa está associado ao sedentarismo, como por exemplo o ver TV. No que toca à disciplina de Educação Física, Matos e Graça (1991) aludem que é reconhecida a esta

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disciplina um papel que representa a opção por hábitos de vida saudáveis, adquirindo assim as pessoas um estilo de vida ativo, e o papel desta disciplina é de no sistema educativo proporcionar oportunidades aos que na sua vida não terão grandes chances de praticar atividade física organizado e de forma regular a não ser por este meio. O grande objetivo da Educação Física é de facto, transmitir hábitos de atividade física regular para os alunos.

2. Metodologia

2.1- Caracterização da Amostra:

A amostra é constituída por 17 alunos de uma turma do 11º ano que frequentam a Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso. Sendo esta integrada por 10 elementos do sexo feminino e 7 do sexo masculino. A faixa etária destes alunos, situa-se entre os 15 e os 18 anos de idade, sendo a média de idades de 16,4 ± 0,9 anos.

Tabela 1 – Caracterização da idade da amostra

n Média Desvio Padrão

Rapazes 7

16,4 0,9

Raparigas 10

2.2 – Instrumentos:

Foi elaborado pelo núcleo de estágio da Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso, um instrumento de obtenção de informações comum para a realização de um estudo de turma, que consiste num questionário (Anexo VII) com duas partes, tal como referido anteriormente. Uma primeira parte em que pode ser denominada por anamnese, que contém informação mais pessoal, desde informações do agregado familiar, vida escolar, a aula de Educação Física, rotina diária, hábitos de higiene, saúde e alimentação, tempos livres e algumas observações que se tenha a fazer acerca das aulas. A segunda parte deste documento comportava o teste sociométrico (que continha duas perguntas de aceitação e duas de rejeição).

2.3 – Procedimentos:

O questionário depois de aprovado pela direção da escola, foi distribuído aos alunos para que estes o preenchessem para posterior análise. Os alunos foram informados tal como indica o cabeçalho da confidencialidade do instrumento. Primeiro analisamos através de gráficos e tabelas, e numa segunda parte foi feita a análise às respostas de aceitação e rejeição dos alunos.

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2.4 – Tratamento Estatístico:

Na parte que toca ao contexto socio biográfico usamos o programa Microsoft Excel para a construção de tabelas e gráficos. Relativamente à parte sociométrica utilizamos o programa UCINET para a construção dos diagramas de aceitação e rejeição.

3 – Apresentação e Discussão de Resultados

3.1 – Análise Socio biográfica da Turma:

3.1.1 – Normalmente, quanto tempo demoras a chegar à escola?

Através do gráfico conseguimos afirmar que a generalidade dos alunos da turma do 11ºD, demora menos de dez minutos (58,8%) a chegar à escola, sendo que As raparigas são normalmente mais rápidas a chegar à escola (35,3%) comparativamente aos meninos (23,5%).

Gráfico 1 - Frequência relativa “Quanto tempo demoras para chegar à escola?”.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Menos de 10min Menos de 30min Mais de 30min Mais de 1h Raparigas Rapazes Total

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3.1.2 – Normalmente, qual o meio de transporte que usas para ir para a escola?

A maioria dos alunos desloca-se de autocarro para as aulas (55%), os rapazes usam pouco o transporte público (10%) e quase metade das meninas o escolhe para se deslocar (45%).

Gráfico 2 – Frequência relativa “Normalmente, qual o meio de transporte que usas para ir para a escola?”.

3.1.3 – De que modo ocupas os teus tempos livres?

Observando o gráfico anterior podemos verificar que o “estar com os amigos” (82,6%) é a ação que reúne mais fãs entre os alunos seguido de ver TV (52,9%). Quanto a géneros, podemos perceber que a prioridade das raparigas é estar com os seus amigo/as (52,9%), enquanto nos rapazes se regista um equilíbrio entre a prática de desporto, a televisão e as saídas com os amigos, todos estas três atividade com a mesma percentagem (29,4%).

Gráfico 3 – Frequência Relativa “De que modo ocupas os teus tempos livres?”.

3.1.4 – Quais as tuas modalidades preferidas?

Os alunos elegeram os desportos coletivos como os seus prediletos, visto que todos eles reuniram bastantes votos, em que o futsal à cabeça (64,7%). A modalidade preferida de ambos

0,0 100,0

Normalmente, que meio de transporte usas para ir para a escola?

Total Rapazes Raparigas 0% 20% 40% 60% 80% Total Rapazes Raparigas De que modo ocupas os teus tempos livres?

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os géneros foi tal como no total final, o futsal, mas com a diferença de que nas raparigas esta aparece empatada com o Voleibol.

Gráfico 4 – Frequência Relativa “ Quais as tuas modalidades preferidas?”.

3.1.5 – Que modalidades desportivas tens mais dificuldade?

Constatamos com o gráfico que a Ginástica é a modalidade mais temida (64,7%). Os rapazes influenciam visivelmente o total percentual da ginástica (41,2%), já no sexo feminino o futsal é tão temido como a ginástica (23,5%).

Gráfico 5 – Frequência relativa “Que modalidades desportivas tens mais dificuldades?”.

3.2 – Análise Sociométrica da Turma:

Para discutir os resultados começaremos pelo primeiro gráfico descrito, sobre o tempo que os alunos levam a chegar à escola, que os alunos quase sem exceção moram na vila da

- 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 Natação Ginástica Canoagem Basquetebol Futebol Futsal Voleibol Outra Raparigas Rapazes Total

Quais são as tuas modalidades preferidas?

- 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 Atletismo Natação Ginástica Canoagem Basquetebol Futebol Futsal Voleibol Raparigas Rapazes Total

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Póvoa de Lanhoso, ou então bastante próximos do recinto escolar, pois a maior parte deles nem 10 minutos leva a chegar à escola, sendo que praticamente todos levam menos de 30 minutos, o que é consideravelmente positivo. Podemos concluir que este aspeto não será um problema de maior para a turma. Comparando com estudos já realizados podemos perceber que a distância em relação à escola é um fator fundamental, tendo os alunos de regiões mais povoadas melhores resultados em relação aos do meio rural e que residem longe da escola, sendo estes alunos mais afetados pelo insucesso escolar. Na segunda questão, relativa ao meio de transporte utilizado verificamos que não existem grandes divergências na escolha, registando-se aqui uma homogeneidade de respostas respeitável, em que o autocarro é o meio mais utilizado, com o caminhar e o automóvel a repartirem o resto das seleções, estando relacionado este aspeto com a questão anterior. No ponto relativo aos tempos livres, pudemos relatar o facto de que os mesmos gastam a maior parte dos seus tempos livres para relaxarem (ver Tv) e conviverem com os amigos. Ler, estudar e a atividade física não são propriamente um passatempo de todos com valores bastante baixos em ambos os géneros, sendo este valor nas raparigas ainda mais baixo que nos rapazes, o que pode de facto ser um aspeto problema da turma. A modalidade de eleição da turma é o futsal e a ginástica é aquela em que os alunos dizem ter mais dificuldades, o que acaba por ser natural devido à complexidade dos conteúdos da última e falta de flexibilidade existente atualmente nos jovens.

Gráfico 6 - Diagrama de aceitação da turma.

Relativamente ao contexto sociométrico mais precisamente no diagrama de aceitação conseguimos entender que as raparigas (assinaladas a cor-de-rosa) têm uma maior afinidade entre a turma, muito embora sejam em maior número que os rapazes (assinalados a azul) tal como foi dito anteriormente, e no que toca a raparigas, as mais cotadas no núcleo da turma são as alunas “AU”, a “CL” e a “ST” com 10 eleições cada, destacando-se dos demais, já os rapazes

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existirem bastantes grupos restritos dentro da turma, sendo possível visualizar que os rapazes estão um pouco distanciados das raparigas.

Gráfico 7 - Diagrama de rejeição da turma.

No campo feminino, os grupos não são tão evidentes, contudo nota-se claramente que a Eduarda, a Inês, e a Stephanie são as prediletas da classe. No diagrama da rejeição vimos que tal como na aceitação é muito elucidativo o que se passa na turma, definindo claramente três “alvos” de rejeição da maioria das pessoas, falamos dos alunos “EO”, “JB” e “MO”, que no seu conjunto obtêm 40 eleições, um número que é bastante elucidativo daquilo que a turma pensa. Em relação às meninas a “AR” e a “AL” são as mais visadas pelo resto da turma.

4 - Conclusões:

Através deste estudo constatamos que os alunos residem relativamente perto da escola. A maioria deles apanha o autocarro escolar para se deslocar ao recinto escolar, enquanto os outros se dividem entre o caminhar e o veículo automóvel.

Nos tempos livres destes, as atividades favoritas são o dispêndio de tempo com os amigos e em frente ao televisor, sendo o estudo e a prática de desporto pouco usais.

As modalidades prediletas são as coletivas, destacando-se o Futsal, Futebol e Voleibol. A Ginástica é claramente a modalidade em que os alunos se sentem mais desconfortáveis.

A turma está muito dividida em grupos específicos, rapazes e raparigas normalmente separam-se. No que se refere a escolhas de rejeição, os rapazes dominam de forma bem visível, havendo poucas raparigas com muitas eleições negativas.

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b. Atividades na Escola:

Faz parte da vida do professor a relação com a comunidade escolar, não só dentro da própria aula, mas também fora dela, e nós professores estagiários temos igualmente um papel importante no que toca a este aspeto. Cabe a nós professores contribuir para a dinamização de todo o envolvente escolar promovendo a cultura, o desporto, a atividade física, responsabilidade e autonomia para que os alunos possam crescer como pessoas e tenham uma vida mais ativa dentro do território escola desenvolvendo várias capacidades. Durante estas atividades o professor envolve-se com os alunos fortalecendo as relações interpessoais, e a aprendizagem ocorre nos dois sentidos, de professor para aluno e de aluno para professor.

Portanto para dar vida à escola em todas as suas dimensões sociais e culturais o núcleo de estágio e o departamento de Educação Física juntaram forças durante o ano para desenvolver várias atividades para enriquecer a vida da escola e dos seus alunos. É aqui neste ponto do relatório que iremos descrever os eventos levados a cabo durante o ano letivo.

Torneio de Badminton:

A primeira atividade do ano em que tivemos um papel ativo, foi logo no 1º período, no dia 26 de Outubro decorreu na Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso o Torneio de Badminton organizado pela professora Cristina Gonçalves, com a colaboração do núcleo de estágio, professor Vasco, professora Ana, professor Miguel e professora Sónia.

O presente torneio destinava-se aos alunos do 7º ao 9º ano, sendo que os jogos eram divididos por escalões e por género. Foram inscritos e participaram muitos alunos, alongando-se pela manhã e tarde fora.

Este torneio teve como finalidade captar o interesse dos alunos para o badminton e assim levá-los a inscreverem-se no desporto escolar, que é treinado pela professora Cristina. Foi ainda realizado um cartaz de divulgação para chamar os alunos a participar no evento.

As tarefas do núcleo de estágio, foram o preenchimento das fichas de jogo e o controlo dos tempos de todos os jogos.

A atividade correu bastante bem, os alunos apresentaram-se bastante motivados e divertidos.

No final do torneio os vencedores de cada ano foram divulgados no placard do pavilhão de Educação Física.

Imagem

Tabela 1 – Caracterização da idade da amostra
Gráfico 1 - Frequência relativa “Quanto tempo demoras para chegar à escola?”.
Gráfico 3 – Frequência Relativa “De que modo ocupas os teus tempos livres?”.
Gráfico 5 – Frequência relativa “Que modalidades desportivas tens mais dificuldades?”.
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