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Implementação de um sistema de alerta precoce em um Hospital Universitário

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

MESTRADO PROFISSIONAL GESTÃO DA QUALIDADE EM SERVIÇOS DE SAÚDE

IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE ALERTA PRECOCE EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

EDUARDO QUEIROZ DA CUNHA

NATAL 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

MESTRADO PROFISSIONAL GESTÃO DA QUALIDADE EM SERVIÇOS DE SAÚDE

IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE ALERTA PRECOCE EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Trabalho de conclusão de Mestrado apresentado ao Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde, do Centro de Ciências da Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para obtenção do título de Mestre em Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde.

Eduardo Queiroz da Cunha

Orientadora: Profa. Dra. Marise Reis de Freitas

NATAL 2018

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ii Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS

Cunha, Eduardo Queiroz da.

Implementação de um sistema de alerta precoce em um Hospital Universitário / Eduardo Queiroz da Cunha. - 2018.

48f.: il.

Dissertação (Mestrado Profissional) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Pós-Graduação em Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Natal, RN, 2018. Orientadora: Profa. Dra. Marise Reis de Freitas.

1. Cuidados críticos - Dissertação. 2. Segurança do paciente - Dissertação. 3. Gestão da qualidade - Dissertação. I. Freitas, Marise Reis de. II. Título.

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iii

IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE ALERTA PRECOCE EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

BANCA EXAMINADORA

Presidente da banca: Professora Dra. Marise Reis de Freitas (UFRN) Professora Dra. Grasiela Piuvezam (UFRN)

Professora Dra. Helaine Carneiro Capucho (EBSERH) Professor Dr. Aldair de Sousa Paiva (UFRN)

NATAL, RIO GRANDE DO NORTE 2018

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Dedicatória

Dedico este trabalho a minha família, sustento necessário para superar os desafios e alcançar todas as conquistas.

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Agradecimentos

A Deus, pela saúde física e mental que me proporciona, possibilitando assim sempre me aperfeiçoar.

A meus pais, Sebastião e Lúcia (in memorian), por todo apoio e dedicação durante toda a vida. Por me ensinarem que o conhecimento é a melhor coisa que poderiam me presentear. A minha esposa, Geórgia, meu porto seguro, que me ensina a levar a vida mais leve e tem toda a paciência do mundo quando não estou tão presente, sempre feliz por minhas conquistas.

A minha chefe, Dra. Eliane Pereira, pelo suporte e apoio para desenvolver este projeto. Ao Hospital Universitário Onofre Lopes, minha segunda casa desde 2005, pelos conhecimentos que aqui adquiri, e que mais uma vez me proporciona a possibilidade de crescimento profissional.

Ao Dr. Aldair Paiva, gerente de atenção à saúde, por acreditar neste projeto.

A enfermeira Jane, do Núcleo de educação permanente do HUOL, pelas ideias, sugestões e suporte nessa caminhada.

A todos os técnicos, enfermeiros e médicos que se engajaram e proporcionaram a possibilidade que este projeto saísse do papel e pudesse oferecer mais segurança aos nossos pacientes.

Aos nossos pacientes, razão maior de tudo que fazemos profissionalmente.

A Maria Luiza e Mariana, por toda disponibilidade e empenho na construção e desenvolvimento desse trabalho.

A minha orientadora, Dra. Marise Reis, pela dedicação, disposição, contribuições e críticas. Sem dúvida, seu suporte e expertise foram impares nessa jornada.

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SUMÁRIO

Dedicatória... III Agradecimentos... IV Lista de Tabelas... VI Lista de quadros... VII Lista de figuras... VIII Lista de Abreviaturas... IX Resumo... X Abstract... XI Apresentação... XII ANEXAÇÃO DO ARTIGO... 01 1. Introdução... 02 2. Metodologia... 06 3. Resultados... 14 4. Discussão ... 18 5. Conclusões ... 23 6. Financiamento... 24 7. Referências ... 25 ANEXOS ... 28

1. Anexo 1 – Quadro de sinais vitais e pontuação do escore NEWS... 29

2. Anexo 2 – Tabela de orientação de condutas baseada no escore total... 30

APÊNDICES ... 31

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Lista de Tabelas

Tabela 1 Percentual de cumprimento pré e pós-intervenção de um ciclo

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Lista de quadros

Quadro 1 Indicadores de avaliação da adesão dos profissionais ao

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Lista de figuras

Figura 1 Gráfico de tendência dos critérios de conformidade pré (Setembro, Outubro e Novembro de 2017) e pós-intervenção

(Março/Abril, Abril/Maio e Maio/Junho de 2018) ... 16

Figura 2 Gráfico de Pareto com os resultados de prevalência de

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Lista de Abreviaturas

NEWS National early warning score

HUOL Hospital Universitário Onofre Lopes UTI Unidade de terapia intensiva

PCR Parada cardiorrespiratória PPG

QualiSaúde

Programa de pós-graduação em gestão da qualidade em serviços de saúde

UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte

SQUIRE Standards for Quality Improvement Reporting Excellence TRR Time de resposta rápida

IHI Institute for healthcare improvement RCP Royal College of Physicians

SOFA Sequential organ failure assessment qSOFA Quick sequential organ failure assessment SIRS Síndrome da resposta inflamatória sistêmica

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Resumo

Introdução: No ambiente hospitalar, a complexidade da assistência e a heterogeneidade

dos cuidados dificulta a identificação adequada de paciente potencialmente grave. A adesão à escores de alerta precoce permitem o redirecionamento do paciente em deterioração para um ambiente adequado de cuidado e monitorização. Objetivos: Implementar o National early warning score (NEWS) num cenário hospitalar universitário por meio do uso da técnica de ciclo de melhoria. Metodologia: Estudo quase-experimental, na qual o NEWS foi implementado na enfermaria de doenças cardiovasculares de um hospital universitário, no período de dezembro de 2017 a junho de 2018. Foram realizados três ciclos de melhoria, a partir da capacitação da equipe médica e de enfermagem. Oito indicadores foram analisados para avaliar a adequação do processo. Teste Z unilateral foi utilizado para analisar o efeito das intervenções e foram calculados os valores de melhoria absoluta e relativa. Os dados de não-cumprimento das avaliações subsequentes foram analisados por meio de um gráfico antes-e-depois de Pareto. Resultados: Um total de 86 profissionais foram treinados. Quatro dos oito critérios obtiveram adesão acima de 95% e dois critérios com melhora significante antes e depois da intervenção (P<0,05). Houve uma redução de 42,2% no número de não conformidades na terceira e última avaliação após a intervenção (P=0,017). O número de cumprimentos totais dos indicadores ao final foi de 75,2%. Conclusões: Ferramentas de melhoria da qualidade, em particular os ciclos de melhoria, podem ser utilizadas para implementar um sistema de alerta precoce, garantindo assim uma maior segurança na assistência ao paciente internado e com possibilidade de deterioração clínica.

Descritores: Cuidados Críticos; Segurança do paciente; Gestão da qualidade; Melhoria da

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ABSTRACT

Introduction: In the hospital environment, the complexity of care and the heterogeneity of

care make it difficult to properly identify a potentially ill patient. Adherence to early warning scores allows redirection of the deteriorating patient to an appropriate care and monitoring environment. Objectives: To implement the National Early Warning Score (NEWS) in a university hospital setting using the improvement cycle technique. Methodology: A quasi-experimental study, in which NEWS was implemented in the cardiovascular disease ward of a university hospital, from December 2017 to June 2018. Three improvement cycles were performed, based on the qualification of the medical staff and nursing. Eight indicators were used to evaluate the adequacy of the process. Unilateral Z-test was used to analyze the effect of the interventions and absolute and relative improvement values were calculated. Non-compliance data from subsequent evaluations were analyzed using a Pareto before-and-after graph. Results: A total of 86 professionals were trained. Four of the eight criteria achieved adherence above 95% and two criteria with significant improvement before and after the intervention (P <0.05). There was a 42.2% reduction in the number of nonconformities in the third and last evaluation after the intervention (P = 0.017). The total number of compliments of the indicators at the end was 75.2%. Conclusions: Quality improvement tools, particularly improvement cycles, can be used to implement an early warning system, thus ensuring greater safety in the inpatient care and with the possibility of clinical deterioration.

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APRESENTAÇÃO

O presente trabalho descreve a implementação de um sistema de alerta precoce por meio da realização de um ciclo de melhoria da qualidade em uma enfermaria de doenças cardiovasculares de um hospital universitário. Sua importância se deve ao fato de que existe grande heterogeneidade na capacitação dos profissionais de saúde responsáveis pelo cuidado dos pacientes ali internados, o que dificulta a identificação do agravamento clínico e aumenta a probabilidade de eventos adversos graves, como parada cardíaca e necessidade de internamento em UTI. Ele foi desenvolvido a partir do engajamento da superintendência do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) e participação ativa da equipe assistencial da unidade, composta de técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos, sem a qual não seria possível sua implementação.

A estrutura do presente Trabalho de Conclusão de Mestrado segue um modelo próprio de disposição, recomendado e proposto pelo Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PPG QualiSaúde/UFRN). Suas referências bibliográficas encontram-se dispostas de acordo com as normas do Havard – Anglia, em acordo com normatização da revista International Journal of Health Care Quality, na qual o artigo será submetido.

A primeira seção, Introdução, apresenta e contextualiza brevemente o problema, assim como o objetivo da pesquisa.

A seção seguinte intitulada Metodologia, tem como tarefa sistematizar os procedimentos metodológicos percorridos para a execução do trabalho e levou em consideração para sua escrita as recomendações sugeridas no Standards for Quality Improvement Reporting Excellence - SQUIRE 2.0.

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xiv Na sequência, a seção Resultados apresenta os resultados relevantes encontrados antes e após a intervenção realizada pelo trabalho.

A Discussão do artigo apresenta um diálogo entre os resultados do presente trabalho e a literatura científica, ressalta as limitações e aponta para possíveis novas investigações. Por fim, as Conclusões encerram o artigo científico ao destacar os principais resultados encontrados.

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1. Introdução

A deterioração clínica em pacientes hospitalizados acontece diuturnamente e pode culminar com eventos graves, como necessidade de intubação orotraqueal e parada cardiopulmonar (PCR), porém, essa piora em geral não acontece tão rápido. Comumente, pacientes que evoluem com PCR, apresentam sinais de comprometimento clínico de 6 a 8 horas antes do evento, sendo o médico comunicado em menos de 30% dos casos (Franklin & Mathew, 1994). Alterações do nível de consciência, do padrão respiratório e hipotensão são os mais frequentes nessas situações (Schein, et al., 1990) e o aumento do número de sinais vitais alterados entre uma e quatro horas antes do evento está associado a maior mortalidade em PCRs intra-hospitalares (Andersen, et al., 2016); (Buist, et al., 2002).

Entretanto, para o atendimento precoce, é necessário que uma identificação adequada pela equipe que presta assistência ao paciente seja realizada. A heterogeneidade na capacitação entre os profissionais certamente é um dos fatores que pode gerar confusão nesse processo. Assim, com o intuito de minimizar esse efeito, diversas organizações desenvolveram modelos de sistemas de alerta precoce, que se baseiam na checagem rotineira de sinais vitais e, em caso de alteração nos valores, no estabelecimento de condutas pré-determinadas, que vão desde o aumento na frequência de monitorização até acionamento da equipe médica e transferência para a unidade de terapia intensiva (Goldhill, et al., 2005). Esse tipo de ferramenta reduz a chance de não acionamento da equipe, visto que os critérios são acordados e pré-definidos. Esses sistemas de resposta rápida são capazes de detectar eventos, gerar gatilhos e melhorar resposta a estes, envolvendo profissionais de saúde e familiares, pelo incentivo a participação no processo.

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3 A adesão a estratégias para implementação dos times de resposta rápida (TRR) e escores de alerta precoce não é uma iniciativa recente. O Institute for Healthcare Improvement (IHI), por meio de campanha intitulada “protecting 5 millions lives from harm” aborda o assunto há pelo menos 10 anos, disponibilizando material de apoio e orientações (Institute for healthcare improvement, 2008). A instituição do TRR faz parte de um conjunto de ações derivadas de outra campanha, também do IHI, conhecida como “100,000 Lives Campaign” em 2004, que incluiu a melhoria no cuidado do paciente com infarto agudo do miocárdio, conciliação medicamentosa, prevenção de infecções relacionadas a cateter central, de infecção de sítio cirúrgico e de pneumonia associada a ventilação mecânica dentre as ações consideradas estratégicas na melhoria da qualidade das prestações de serviços em saúde.

Associado aos TRR, a adesão aos sistemas de alerta precoce permite o redirecionamento do paciente em deterioração para um ambiente adequado de cuidado e monitorização. Esta ação pode reduzir em até 43% as chances de evolução para PCR, caso o paciente esteja em um setor apropriado (UTI, por exemplo) (Hodgetts, et al., 2002). A mudança aguda de um sinal vital para níveis preocupantes geralmente é o que gera o acionamento das equipes médicas. Entretanto, a conjunção de variações de diversos fatores, sem que tenha havido grandes alterações em um parâmetro isolado, é o que faz dos sistemas de alerta precoce uma ferramenta que contribui para a detecção de pacientes potencialmente críticos. Uma revisão sistemática demonstrou que não há evidência de que a implementação de sistemas baseados em apenas um parâmetro melhorem a mortalidade hospitalar, diferentemente daqueles que consideram os sistemas baseados em parâmetros agregados, nos quais além da redução da mortalidade hospitalar, há diminuição das admissões não planejadas na UTI e parada cardiorrespiratória (McNeilla & Bryden, 2013).

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4 Os resultados da implementação dos escores de alerta precoce e dos times de resposta rápida são variados. Diferentes escores de alertas precoce, associados ou não a TRR, dificultam a análise dos resultados. Além disso, amostras pequenas e a falta de descrição mais adequada da metodologia utilizada dificultam a análise. Dos sete estudos incluídos na revisão, seis avaliaram mortalidade, com redução deste desfecho em dois deles. Em conclusão, o estudo afirma que há uma tendência para melhores desfechos clínicos (melhora da sobrevida, diminuição da mortalidade hospitalar e eventos adversos graves, como reinternação na UTI) após a introdução dos sistemas de alerta precoce (Alama, et al., 2014).

Há uma grande variação entre os diversos escores utilizados ao redor do mundo. O NEWS (National Early Warning Score), modelo escolhido para este estudo, foi desenvolvido em 2013 por uma equipe multiprofissional do Royal College of Physicians, do Reino Unido, e é utilizado não somente nos pacientes em deterioração, mas também como um sistema de vigilância para todos os pacientes internados. Comparado com outros 33 escores de alerta precoce, o NEWS tem melhor capacidade para discriminar desfechos combinados de PCR, admissão na UTI não programada ou morte dentro de 24h, assim como os desfechos individuais dos dois últimos (Smith, et al., 2013).

A utilização dos escores de alerta precoce, entretanto, não parece ser tão simples. O sucesso da implementação varia de acordo com o local, com documentação adequada dos sinais vitais presente em 21 a 81,1% dos casos, e respostas clínicas apropriadas, entre 25,9 a 49% (Gordon & Beckett, 2011); (Shearer, et al., 2012); (Kolic, et al., 2015). Assim, o uso da ciência da melhoria nesse contexto parece ser adequado, pois propõe o uso de metodologias, como o diagrama direcionador e o uso do modelo Plan-Do-Study-Act (PDSA), que facilitam a incorporação e adequação de novos processos, e foi utilizada com sucesso em outros cenários para implementação do NEWS, o que justifica o seu uso

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5 nesse estudo (Conway-Habes, et al., 2017), sendo a utilização dos ciclos de melhoria, nesse contexto, inovadora.

Ademais, tendo em vista a crescente preocupação com a qualidade na assistência em saúde, o presente estudo tem por objetivo implementar o NEWS num cenário hospitalar universitário por meio do uso dos ciclos de melhoria, uma vez que este, como centro de excelência na prestação de serviços e na formação acadêmica, deve buscar garantir maior segurança, eficiência e equidade no cuidado. Assim, a implementação em ambiente que conta com participação de profissionais ligados ao ensino facilita a adesão e a disseminação da informação com possibilidade de incorporação em outros centros locais.

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2. Metodologia

2.1 Tipo do estudo e contexto

Trata-se de um estudo quase-experimental, do tipo antes e depois da implementação de uma intervenção, na qual a ferramenta NEWS foi implementada na enfermaria de doenças cardiovasculares de um hospital universitário, no período de dezembro de 2017 a junho de 2018.

O hospital é referência em alta complexidade para o estado do Rio Grande Norte, com 247 leitos ativos, dos quais 87 são cirúrgicos, 87 clínicos, 19 de terapia intensiva adulto e cinco pediátricos. Atende a toda população do estado através do sistema único de saúde, o que representa cerca de 3,4 milhões de habitantes. A unidade de estudo conta com 31 leitos, distribuídos em dez enfermarias, com três leitos cada, e um leito de isolamento com um movimento 95,4 altas/mês em média (ano base 2017). A equipe é composta por dois enfermeiros e oito técnicos de enfermagem que se revezam em turnos de 12h. Por se tratar de um hospital universitário, alunos de graduação e pós-graduação, das mais diversas profissões (ex: enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e farmacêuticos) também realizam atividades assistenciais e acadêmicas no local.

O presente estudo levou em consideração para sua escrita as recomendações sugeridas no Standards for Quality Improvement Reporting Excellence - SQUIRE 2.0 (Ogrinc, et al., 2015).

2.2 A ferramenta NEWS

O NEWS consiste na avaliação de um conjunto de parâmetros clínicos (frequência cardíaca, frequência respiratória, saturação de oxigênio, necessidade de suporte de oxigênio adicional, temperatura, pressão arterial sistólica e nível de consciência) para monitoramento de gravidade do paciente internado, que agregados, determinam um escore. Sua magnitude reflete o quão extremo este parâmetro varia da normalidade.

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7 Um escore total é gerado pelo somatório da pontuação atribuída a cada parâmetro, estabelecendo uma conduta pré-determinada, e visa a melhor avaliação pertinente ao quadro atual do paciente. Os parâmetros e suas respectivas pontuações, assim como a resposta clínica atribuída, foram traduzidos e adaptados de material disponível pelo Royal College of Physicians (RCP) (Royal College of Physicians, 2012) (apêndices 1 e 2).

2.3 A intervenção

Os ciclos de melhoria

Os ciclos de melhoria têm por característica a identificação da oportunidade de melhoria, análise do problema, construção de indicadores para medir o nível de qualidade, com subsequente coleta e análise dos dados. A partir daí, planeja e executa-se a intervenção a depender dos elementos obtidos. A posteriori, uma reavaliação do nível de qualidade baseado nos indicadores é obtida, e então, novas intervenções são propostas baseadas nos achados encontrados (Saturno & Gascón, 2008); (Saturno, 2008); (Saturno, 2017). Assim, tendo em vista a proposta metodológica sugerida pelo ciclo de melhoria, as seguintes etapas foram seguidas:

1) Pactuação com a gestão e equipe da unidade

Após a proposta ter sido apresentada e aprovada pela gerência da instituição, a enfermaria de doenças cardiovasculares foi escolhida, considerada a avaliação local pelos próprios gestores, por ser uma unidade cujos pacientes apresentam comorbidades que resultam em riscos para complicações, e seu time de profissionais está engajado na incorporação de novos processos que busquem a qualidade na assistência.

2) O processo educativo e outras intervenções

Um projeto de extensão universitário foi utilizado para a capacitação dos profissionais médicos e de enfermagem (enfermeiros e técnicos de enfermagem) com metodologia

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8 participativa, baseado no módulo online do currículo multimodal do Royal College of Physicians . (Royal College of Physcians, 2012). Assim, foi possível gerar certificação para os participantes e garantir junto a instituição uma forma de valorizar esses profissionais quanto a progressão de suas carreiras.

Afim de garantir uma melhor adesão a ferramenta, foram afixados em local de fácil visualização adesivos como quadro de sinais vitais e pontuação do escore NEWS, assim como a tabela de orientação de condutas baseada no escore total (apêndice 1). A anotação de sinais vitais deveria ser preenchida pelo profissional de enfermagem (técnico ou enfermeiro) a cada momento de verificação de sinais vitais e em seguida somada e anotada a pontuação atribuída a cada sinal no campo de “observações” no sistema de prontuário eletrônico (ex: Total News=4). A partir daí, baseado nas condutas pré-estabelecidas, a conduta adequada para cada situação era realizada. Em caso de necessidade de atendimento médico, o profissional era acionado e informado do valor correspondente ao escore NEWS total, assim como o motivo principal da chamada. Após esta avaliação, o destino do paciente poderia ser para uma unidade de maior complexidade, ou permanecer na enfermaria.

Nas primeiras duas semanas após a implementação, os pesquisadores realizaram visitas diárias na unidade, nos turnos da manhã, tarde e noite, na tentativa de mitigar eventuais dúvidas em tempo real. Mensalmente, após a coleta, os dados foram apresentados para os profissionais assistenciais e gestores da unidade e do hospital.

A partir da discussão realizada nessas reuniões de feedback, as estratégias visando melhoria na utilização do NEWS eram construídas, realizando assim ciclos de melhorias voltados as principais não-conformidades encontradas. As ações focaram em garantir o engajamento das equipes, com incentivo a participação de todos que faziam parte da cadeia de acionamento da ferramenta (técnicos, enfermeiros e médicos). Foram ainda

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9 utilizados para solucionar as principais dúvidas elencadas equipe, assim como incentivá-los, mostrando quais aspectos mereciam maior foco para a melhoria.

Os indicadores

O acompanhamento da utilização do sistema de alerta precoce ocorreu por meio de avaliação de critérios específicos de processo, construídos e validados para mensurar a adesão da equipe à ferramenta, assim como a conformidade global destes (quadro 1). Quadro 1. Indicadores de avaliação da adesão dos profissionais ao NEWS.

Critério Exceção Esclarecimento

1. Registro dos quatro sinais vitais a cada momento de verificação estabelecido

- Não foram

consideradas as mulheres adultas que estivessem grávidas

- Pacientes acima de 18 anos que tiverem

anotados, na frequência estipulada, os seguintes parâmetros: Frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura, pressão arterial sistólica

2. Registro do nível de consciência do paciente a cada momento de

verificação dos sinais vitais estabelecido

- Registro em prontuário se o paciente encontra-se alerta, responsivo a dor, responsivo a voz ou irresponsivo.

3. Registro da saturação periférica de oxigênio a cada momento de verificação dos sinais vitais estabelecido

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10 4. Registro do uso de

oxigênio suplementar a cada momento de verificação dos sinais vitais estabelecido

Anotação se o paciente encontra-se em ar ambiente ou utilizando oxigênio suplementar sob qualquer forma (cateter, mascara, etc)

5. Cálculo e registro sistemático dos escores TOTAL NEWS.

- O valor correspondente a cada parâmetro (disponível no apêndice 1) somado deveria estar presente no local correspondente ao campo “observações” do prontuário eletrônico, junto aos sinais vitais, precedido da escrita “TOTAL NEWS” ou “NEWS”

6. Gerar uma resposta adequada a partir da pontuação do “TOTAL NEWS” - Foram excluídos os pacientes definidos como cuidados paliativos exclusivos ou cuidados de fim de vida;

- Caso a UTI não disponha de vagas, foram considerados apenas a realização da avaliação médica e a frequência de - Gatilhos adequados para escore se:

0: mantido um mínimo de

12/12h de monitoramento dos parâmetros clínicos;

1 a 4: a enfermeira

responsável for acionada e adequar a frequência de monitorização (mínimo de 4/4 ou 6/6h) ou escalonamento do cuidado médico;

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11 monitorização adequada. 5 - 6 ou 3 pontos em um único parâmetro: a enfermeira responsável aumenta a frequência de monitoramento para o mínimo de 1 /1h e aciona o médico plantonista para avaliação, o qual decide a

necessidade de

transporte para ambiente com capacidade de monitorização frequente;

7 ou mais: enfermeira

aumenta a frequência de monitoramento para contínuo e tem avaliação médica imediata, com consideração de transporte para UTI 7. Registro na evolução de

enfermagem ou documento equivalente da gravidade dos pacientes internados

Considerados pacientes graves aqueles que obtiveram pelos menos 7 pontos no escore

8. Destino do paciente após avaliação

NEWS total <7: indicado permanência do paciente em enfermaria; NEWS total > ou igual a 7: considerado internação na UTI

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2.4 Definição da amostra

Critérios de inclusão: Pacientes adultos (>18 anos) internados nas enfermarias de doenças cardiovasculares do hospital no período de setembro de 2017 a junho de 2018, excetuando-se o período de dezembro a fevereiro (meses do treinamento);

Critérios de exclusão: pacientes sob cuidados paliativos exclusivos e grávidas. Conforme literatura prévia acerca da definição da amostra em estudos de qualidade, definiu-se um n de 60 mensurações por mês (Saturno, 2008). Um mínimo de 4 e um máximo 10 avaliações por paciente foi estipulado para evitar vieses de informação. Para isso, foi utilizado o método de amostragem sistemática, com o intervalo de amostragem de 4, o que acarretou em um máximo de 15 pacientes avaliados/mês, sendo que a primeira amostra era escolhida ao azar após sorteio de um número entre um e quatro. As mensurações aconteceram nos dias três e cinco de internação para fins de obtenção de dados para a amostra. Foram realizadas três coletas antes da intervenção e três após seu início. A coleta se deu de forma prospectiva, concorrente à implementação do processo, sendo coletada no início de cada mês com referência ao mês antecedente.

2.5 Análise Estatística e Monitoramento

Os dados da pesquisa foram armazenados em planilha do microsoft excel e posteriormente submetidos à análise estatística utilizando-se o teste Z unilateral, visto que a hipótese alternativa é que foi possível melhorar com a intervenção. Um p < 0,05 foi considerado para significância estatística. Em cada avaliação foram calculados os intervalos de confiança de 95% para as estimativas de conformidade dos oito indicadores. Para analisar o efeito das intervenções, foram estimados os valores de melhoria absoluta e relativa. Os dados de não-cumprimento das avaliações subsequentes foram analisados usando-se um gráfico antes-e-depois de Pareto, a fim de visualizar a melhoria e para

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13 priorizar indicadores de qualidade que ainda necessitavam de melhorias, assim como a conformidade média global do processo.

2.6 Aspectos éticos

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de ética em pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes, sob parecer nº 2.364.072 (CAAE 71343817.3.0000.5292). Foram obtidos termos de consentimos livre e esclarecido de todos os pacientes submetidos ao estudo. Os autores do artigo não possuem qualquer conflito de interesse como objeto de estudo.

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3. Resultados

Ao total, 84 profissionais foram treinados em todas as categorias envolvidas no processo (médicos residentes e preceptores, enfermeiros e técnicos de enfermagem). Todos os 35 técnicos de enfermagem e oito enfermeiros da unidade foram treinados. Os demais, 51, correspondiam aos médicos preceptores e residentes que atendiam as intercorrências clínicas na unidade. As capacitações ocorreram em sete momentos, para atingir todos os profissionais do setor, e algumas delas in locu na tentativa de reduzir o índice de absenteísmo.

A linha de base foi estabelecida considerando três coletas de dados mensais no período pré-intervenção. A primeira coleta de dados pós-intervenção se deu após o período de treinamento dos primeiros 70 profissionais (três meses). Cada coleta obteve o mesmo número de amostras (n=60), sendo utilizada a última realizada antes da intervenção para fins comparativos.

Os indicadores “registro de saturação de oxigênio” (1,66% vs 100%, p < 0,001) e “cálculo do NEWS” (0% vs 45%, p<0,001) tiveram uma melhora significativa no resultado pós intervenção. O indicador “gerar uma resposta adequada” teve uma tendência a melhoria, porém não significativo estatisticamente (58,3% e o pós 71,6%, p = 0,059). Os demais não obtiveram melhoria após intervenção. (Tabela 1, Fig.1 a e b).

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Tabela 1 - Percentual de cumprimento pré e pós-intervenção de um ciclo de melhoria. Avaliação pré-intervenção 3ª avaliação pós intervenção Melhoria absoluta Melhoria relativa p

CRITÉRIO p1 (IC 95%) p2 (IC 95%) p2 - p1 p2-p1

1-p1

1. Registro dos quatro sinais vitais 95 ± 5 96,66 ±4 1,66 33,20 NS 2. Registro do nível de consciência do paciente 55 ±12 46,6 ±12 -8,4 --- NS 3. Registro da saturação de oxigênio 1,66 ±3 100 ±0 98,34 100,00 <0,001 4. Registro do uso de oxigênio suplementar 48,33 ±12 48,33 ±12 0 0,00 NS 5. Cálculo e registro sistemático dos scores

NEWS

0 ±0 45 ±12 45 45,00 <0,001

6. Gerar uma resposta adequada a partir da pontuação do “TOTAL NEWS” 58,33 ±12 71,66 ±11 13,33 31,99 0,059 7. Registro na evolução de enfermagem ou documento equivalente da gravidade dos pacientes internados

98,33 ±3 96,66 ±4 -1,67 --- NS

8. Destino do paciente após avaliação

100 ±0 96,66 ±4 -3,34 --- NS

Conformidade global 57,08 ±12 75,2 ±10 18,12 42,22 0,017

P1= percentual de cumprimento na avaliação pré-intervenção, P2= percentual de cumprimento na terceira avaliação pós-intervenção, IC = Intervalo de confiança.

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16

Fig. 1a e 1b - Gráfico de tendência dos critérios de conformidade pré (setembro, outubro e

novembro de 2017) e pós-intervenção (março/abril, abril/maio e maio/junho de 2018). Analisado as oportunidades de melhoria, percebe-se que, antes da intervenção, o percentual de cumprimentos era de 57,08% (206 não conformidades em 480 oportunidades) e o gráfico de Pareto mostrava que os critérios cinco, três e quatro eram responsáveis por 72,8% das não conformidades. Após a capacitação inicial, houve uma redução de apenas 15,53% nesse número (174 não conformidades). Seguida a realização dos ciclos de melhoria, uma redução estatisticamente significante de 42,2% foi obtida, o que representa um percentual de cumprimento de 75,2% (119 não-conformidades, p=0,017), e os critérios cinco, quatro e dois 80,6% do total de não-cumprimentos (fig. 2).

0 20 40 60 80 100

Setembro Outubro Novembro Março/Abril Abril/maio Maio/junho

1. Registro dos quatro sinais vitais a cada momento de verificação estabelecido*

2. Registro do nível de consciência do paciente a cada momento de verificação dos sinais vitais estabelecido* 3. Registro da saturação de oxigênio a cada momento de verificação dos sinais vitais estabelecido

4. Registro do uso de oxigênio suplementar a cada momento de verificação dos sinais vitais estabelecido

0 20 40 60 80 100

Setembro Outubro Novembro Março/Abril Abril/maio Maio/junho

5. Cálculo e registro sistemático dos scores NEWS

6. Gerar uma resposta adequada a partir da pontuação do “TOTAL NEWS”

7. Registro na evolução de enfermagem ou documento equivalente da gravidade dos pacientes internados 8. Destino do paciente após avaliação

a.

(32)

17

Fig. 2. Gráfico de Pareto com os

resultados de prevalência de não-cumprimentos absoluto e relativa antes (a) e após a intervenção (o gráfico b representa a primeira e o c a terceira e última avaliação). 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 0 50 100 150 200 C5 C3 C4 C2 C6 C1 C7 C8 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 0 50 100 150 200 C5 C4 C2 C6 C3 C7 C1 C8 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 0 50 100 150 200 C5 C2 C4 C6 C7 C8 C1 C3 b. a. c.

(33)

18

4. Discussão

O uso de ferramentas como os ciclos de melhoria se mostrou factível num contexto de implementação do uso de um sistema de alerta precoce. A pactuação inicial com os gestores do hospital, mostrando a importância do NEWS e o possível impacto da sua utilização no desfecho de pacientes internados no hospital merece destaque, visto que o apoio da alta gestão é ponto fundamental em mudanças sustentadas de processos. Além disso, a participação dos profissionais de forma multiprofissional na procura de soluções a partir dos feedbacks fornecidos, aumenta o engajamento na melhoria, contribuindo para um melhor entendimento da ferramenta e dos seus possíveis benefícios. O monitoramento do processo, previsto na metodologia dos ciclos de melhoria, também é importante para ajudar a mitigar as dificuldades mais prevalentes encontradas.

É possível perceber que o uso de ciência da melhoria tem grande potencial no que se refere a utilização do NEWS, de forma que aumenta a segurança e, por consequência, a qualidade do cuidado prestado, transformando a realidade local em que ele é utilizado.

O fato de se tratar de uma enfermaria de doenças cardiovasculares gerou preocupação nos profissionais de que houvessem acionamentos desnecessários a partir de uma pontuação falsamente elevada, devido a interferência de medicamentos rotineiramente utilizados (ex: betabloqueadores) ou do perfil das patologias (Ex: Insuficiência cardíaca). Entretanto, não foram relatados problemas quanto a fidedignidade do uso do NEWS.

Entre as razões aventadas como dificultadores nas reuniões de feedback foram ressaltadas que fatores estruturais, carga de trabalho, o turnover de pacientes, assim como experiências prévias com respostas negativas no escalonamento do cuidado dentro da cadeia hierárquica, interferiram em condutas futuras na adesão aos protocolos de escores de alerta precoce, estando esses achados em consonância com a literatura (Wood, et al., 2015).

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19 Entre os oito indicadores avaliados, percebe-se uma heterogeneidade no que concerne aos percentuais de cumprimentos. Quatro deles obtiveram mais do que 95% de conformidade ao final do processo, sendo que três deles já apresentava alto índice de cumprimento antes da intervenção. O terceiro critério, registro da saturação de oxigênio, obteve melhora significativa. Ressalta-se que previamente a implementação da ferramenta, não haviam oxímetros na unidade, e os poucos registros de saturação eram realizados por iniciativas próprias dos profissionais, com equipamentos pessoais. Na última avaliação, por sua vez, todos os pacientes tiveram o registro de saturação relatado, o que mostra o entendimento da equipe da importância deste parâmetro na monitorização rotineira de pacientes internados.

A despeito da documentação adequada dos parâmetros fisiológicos ser fundamental no processo, percebe-se ainda uma necessidade de melhoria nesse aspecto, principalmente no que se refere ao registro do nível de consciência e uso de oxigênio suplementar. Esta, por sua vez, não parece ser apenas uma realidade local, visto que trabalho realizado em um hospital universitário na Holanda, mostra que pacientes que tiveram admissão não programada na UTI também tiveram negligenciados registro de sinais vitais, particularmente a frequência respiratória (Ludikhuize, et al., 2012). Porém é importante ressaltar que a literatura também mostra que o uso de escores de alerta precoce agregados, como o NEWS¸ parecem ser úteis para garantir uma melhoria sustentada na documentação de sinais vitais, visto que é necessária a anotação de todos os parâmetros para que o escore seja calculado (McBride, et al., 2005).

Aqueles critérios que dependem de mudança comportamental ou carga adicional de trabalho foram os que encontram maiores dificuldades, como a necessidade do cálculo e registro do escore NEWS e o escalonamento do cuidado, se assim for recomendado pelo escore do paciente. Tais achados também já foram relatados em outros trabalhos,

(35)

20 mostrando que há grande variação na acurácia do registro de sinais vitais e escores de alerta precoce, assim como no escalonamento do cuidado (Kolic, et al., 2015); (Shearer, et al., 2012); (Gordon & Beckett, 2011). É importante ter em mente que os benefícios prováveis atribuídos ao uso dos sistemas de alerta precoce como o NEWS, só acontecem se, atreladas ao uso da ferramenta, uma cadeia de prevenção de danos ocorrer de forma concomitante, com educação contínua, monitoramento do paciente e resposta apropriada ao chamado por ajuda. Afinal, os escores de alerta precoce são o braço aferente do processo, e a efetividade do NEWS em melhorar os desfechos é afetada diretamente pelo escalonamento adequado previsto pela ferramenta (Smith, et al., 2015); (Challen & Roland, 2016). A necessidade de acionamento dos times de resposta rápida também ocorre de forma heterogênea a depender das patologias envolvidas, sendo que pacientes portadores de neoplasias parecem ser mais propensos ao acionamento destas equipes (Austin, et al., 2014). Entretanto, não há na literatura evidência que o NEWS não funcione em uma população específica, excetuando-se as gestantes (Royal College of Physicians, 2012).

Outro ponto a destacar seria em relação aos casos de sepse e choque séptico, uma das principais causas de deterioramento clínico e morte em pacientes internados. Estudo de coorte observacional recentemente publicado evidenciou que o uso de escores de alerta precoce, particularmente o NEWS, são mais acurados do que o quick SOFA (qSOFA) ou SIRS para predizer mortalidade hospitalar ou necessidade de transferência para a UTI em pacientes com suspeita de infecção. Assim, hospitais que já utilizam esses escores não parecem se beneficiar com a adoção do uso dos critérios de qSOFA e devem ser desencorajados de realizar tal mudança (Churpek, et al., 2017).

A percepção de que ferramentas como o NEWS podem melhorar os desfechos dos pacientes varia de acordo com o tipo de paciente e a categoria profissional envolvida (ex.: enfermeiro, médico, etc) (Neary, et al., 2015). É sabido ainda que a melhora dos desfechos

(36)

21 clínicos em pacientes graves está atrelada a diversos fatores, e que a organização do hospital, com a continuidade do cuidado iniciando antes da entrada na UTI e terminando muito após sua saída são partes fundamentais nesse processo (Nguyen, et al., 2010). Ademais, ressalta-se que escores de alerta precoce como o NEWS são na verdade ferramentas que ajudam no julgamento clínico e funcionam como “bandeiras vermelhas” para potencial agravamento clínico, uma ajuda para garantir uma comunicação efetiva acerca de pacientes graves, além de indicar competências e tendências fisiológicas (Challen & Roland, 2016). Programas de educação permanente, monitoramento e feedback para as equipes devem ser implementados, para que o processo se torne sustentável (McNeilla & Bryden, 2013).

Outras estratégias para alcançar níveis mais elevados de conformidade devem ser testadas a fim de garantir o uso pleno do NEWS na transformação da realidade local, seja através de outras ferramenta da melhoria da qualidade, como a realização de grupos focais, inclusive com a participação de pacientes e familiares, enquetes sobre a causa de não cumprimentos dos critérios, ou até mesmo o uso de equipamentos ou softwares que realizem o cálculo de forma automática do escore e acionem a equipe médica, se necessário. Esta última inclusive já foi testada e aprovada em trabalho anterior, com evidência de redução de PCR e óbitos no período da intervenção (Subbe, et al., 2017). Entretanto, no nosso hospital não era possível a sua utilização neste momento, visto que o software de prontuário eletrônico pertencente a empresa que administra o hospital a nível nacional não permite alterações locais na plataforma. Além disso, o uso de ferramentas como diagrama de Gantt e storyboards para o acompanhamento das ações a serem implementadas também podem facilitar esse processo (Saturno, 2017).

A utilização dos ciclos de melhoria, por sua vez, se mostrou bastante oportuna, visto que o método dá espaço, desde a identificação da oportunidade de melhoria, perpassando pela

(37)

22 avaliação, de envolver os participantes diretamente ligados ao processo, e construir conjuntamente a forma de obter os resultados almejados. Essa caraterística, associada ao monitoramento frequente dos indicadores construídos, facilita a adesão com maior rapidez (Saturno & Gascón, 2008).

Dentre as limitações deste trabalho, ressaltamos o fato de ter sido realizado em um único centro, não podendo os resultados aqui obtidos serem necessariamente generalizados para outras realidades. Há de se considerar o fato de se tratar de um hospital universitário, que possui características próprias e que podem interferir no processo de implementação. A rotatividade de profissionais na unidade afirma a necessidade de capacitações frequentes acerca da ferramenta, com ênfase na importância e uso adequado no contexto da monitorização de pacientes internados. Além disso, nosso estudo não teve como objetivo verificar melhoria nos desfechos de admissão não programada a UTI, PCR e mortalidade, devendo esses aspectos serem avaliados em estudos futuros.

Por fim, por se tratar de um estudo do tipo antes e depois sem grupo controle, está sujeito a vieses. Estudos multicêntricos, preferencialmente randomizados controlados, são sugeridos para confirmar os efeitos por ora encontrados em outros cenários.

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23

5. Conclusões

Ferramentas de melhoria da qualidade, em particular os ciclos de melhoria, podem ser utilizadas visando o processo de implementação de um sistema de alerta precoce, garantindo assim uma maior segurança na assistência ao paciente internado e com possibilidade de deterioração clínica, por meio da detecção precoce em caso de agravamento.

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24

6. Financiamento

Este trabalho teve financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e próprio para sua realização, além do apoio de uma bolsa de pesquisa de iniciação científica para alunos de graduação através da Pró-Reitoria de pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

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25

7. Referências

Alama, N. et al., 2014. The impact of the use of the Early Warning Score (EWS) on patient outcomes: A systematic review. Resuscitation, Volume 85, pp. 587-594.

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Austin, C. A. et al., 2014. Utilization of Rapid Response Resources and Outcomes in a Comprehensive Cancer Center. Critical Care Medicine, Volume 42, pp. 905-909.

Buist, M. D. et al., 2002. Effects of a medical emergency team on reduction of incidence of and mortality from unexpected cardiac arrest in hospital: preliminary study. BMJ, Volume 324, pp. 387-390.

Challen, K. & Roland, D., 2016. Early warning scores: a health warning. Emerge Med J, pp. 1-6. Churpek, M. M. et al., 2017. qSOFA, SIRS, and early warning scores for detecting clinical deterioration in infected patients outside the ICU. American Journal of respiratory and critical care medicine, 195(7), pp. 906-911.

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Hodgetts, T. J., Kenward, G., Vlachonikolis, I. G. & Payne, S., 2002. The identification of risk factors for cardiac arrest and formulation of activation criteria to alert a medical emergency team. Resuscitation, 54(2), pp. 125-131.

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McBride, J., Knight, D., Piper, J. & Smith, G. B., 2005. Long-term effect of introducing an early warning score on respiratory rate charting on general wards.. Resuscitation, Volume 65, pp. 41-44.

(41)

26 McNeilla, G. & Bryden, D., 2013. Do either early warning systems or emergency response teams improve hospital patient survival? A systematic review. Resuscitation, Volume 84, pp. 1652-1667. Neary, P. M., Regan, M., Joyce, M. J. & McAnena , O. J., 2015. National early warning score (NEWS) – evaluation in surgery. International Journal of Health Care Quality Assurance, 28(3), pp. 245-252. Nguyen, Y.-L., Wunsch, H. & Angus, D. C., 2010. Critical care: the impact of organization and management on outcomes. Current opinion in critical care, pp. 487-492.

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[Acesso em 17 setembro 2017].

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Subbe, C. P., Duller, B. & Bellomo, R., 2017. Effect of an automated notification system for deteriorating ward patients on clinical outcomes. Critical care forum, Volume 52.

(42)

27 Wood, S. et al., 2015. Our approach to changing the culture of caring for the acutely unwell patient at a large UK teaching hospital: a service improvement focus on Early warning scoring tools. Intensive and Critical care nursing, 31(2), pp. 106-115.

(43)

28

(44)

29

1. Anexo 1

(45)

30

2. Anexo 2

NEWS escore Frequência de

monitoramento

Resposta Clínica

0 Mínimo 6h - Continuar o

monitoramento rotineiro do

NEWS a cada observação

Total: 1-4 Mínimo de 4 ou 6h - Informar a enfermeira responsável, que deve

avaliar o paciente - A enfermeira deve decidir se aumenta a frequência de

monitoramento e/ou escalona o cuidado clínico

necessário, solicitando avaliação médica Total: 5-6 ou mais que 3 em

um parâmetro

Aumento da frequência para um mínimo de 1h

- Enfermeira responsável informa a equipe médica

urgentemente - Avaliação médica imediata

- Cuidado clínico em ambiente com capacidade de monitorização frequente Total: 7 ou mais Monitoramento contínuo

dos sinais vitais

- Enfermeira responsável informa equipe médica

urgentemente - Avaliação médica imediata

- Considerar transferência para UTI

(46)

31

(47)

32

1. Apêndice 1 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE

Esclarecimentos

Este é um convite para você participar da pesquisa: “Implementação de um sistema de alerta

precoce em um hospital universitário: Mudando os processos para melhorar os desfechos”, que

tem como pesquisador responsável Dr. Eduardo Queiroz da Cunha.

Esta pesquisa pretende implementar o NEWS – National early warning score, que é um sistema de alerta precoce para avaliação de pacientes adultos internados, nas enfermarias do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). Este protocolo promoverá um aumento na segurança, uma vez que permitirá o reconhecimento precoce do paciente em deterioração clínica. O motivo que nos leva a fazer este estudo é a necessidade de melhorar o cuidado e monitoramento do paciente sob risco para complicação durante sua internação, o que deve resultar em melhora da morbimortalidade e redução de eventos graves, como intubação orotraqueal e parada cardiopulmonar na enfermaria.

Como se trata da adoção de um protocolo para melhoria da assistência no hospital, todo paciente internado na enfermaria será contemplado. No entanto, caso você decida participar, você deverá permitir o acesso dos pesquisadores ao seu prontuário, para coleta dos dados relativos ao seu monitoramento clínico, como medidas da pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória, necessidade de oxigênio, dentre outros, que são anotados no seu prontuário pelas equipes responsáveis por seu atendimento.

A previsão de riscos por sua participação no estudo é mínima, considerando que você será avaliado com maior frequência se houver necessidade, ou seja, você terá seus dados clínicos como pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória, medidos com maior frequência, o que pode deixa-lo apreensivo sobre potencial gravidade, quando na verdade você estará melhor protegido, uma vez que o protocolo que está sendo implantado terá como benefício a melhoria da qualidade da assistência prestada a você e aos demais pacientes.

Caso você se sinta desconfortável, a equipe estará capacitada para conversar e orienta-lo sobre a necessidade dessa avaliação mais frequente, o que deve trazer conforto e confiança para você e seus familiares.

Em caso de algum problema que você possa ter relacionado com a pesquisa, você terá direito a assistência gratuita que será prestada pela equipe do hospital, pois o protocolo que está sendo implantado é uma estratégia para melhorar o cuidado e a segurança do paciente na instituição.

(48)

33 Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando para Dr. Eduardo Queiroz da Cunha, por meio do telefone 99412 4187, ou no endereço eletrônico: dr.eduardoqueiroz@gmail.com.

Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para você.

Os dados que você irá nos fornece serão confidenciais e serão divulgados apenas em congressos ou publicações científicas, não havendo divulgação de nenhum dado que possa lhe identificar.

Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa pesquisa em local seguro e por um período de 5 anos.

Se você tiver algum gasto pela sua participação nessa pesquisa, ele será assumido pelo pesquisador e reembolsado para você.

Se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você será indenizado. Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes, telefone: 3342-5003, endereço: Av. Nilo Peçanha, 620 – Petrópolis – Espaço João Machado – 1° Andar – Prédio Administrativo - CEP 59.012-300 - Nata/Rn, e-mail: cep_huol@yahoo.com.br.

Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a outra com o pesquisador responsável, Dr. Eduardo Queiroz da Cunha.

Consentimento Livre e Esclarecido

Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os dados serão coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela trará para mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos, concordo em participar da pesquisa “Implementação de

um sistema de alerta precoce em um hospital universitário: Mudando os processos para melhorar os desfechos”, e autorizo a divulgação das informações por mim fornecidas em congressos

e/ou publicações científicas desde que nenhum dado possa me identificar.

Natal, ____ de ____________ de ____ ________________________________________

(49)

34 Declaração do pesquisador responsável

Como pesquisador responsável pelo estudo “Implementação de um sistema de alerta

precoce em um hospital universitário: Mudando os processos para melhorar os desfechos”,

declaro que assumo a inteira responsabilidade de cumprir fielmente os procedimentos metodologicamente e direitos que foram esclarecidos e assegurados ao participante desse estudo, assim como manter sigilo e confidencialidade sobre a identidade do mesmo.

Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora assumido estarei infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde – CNS, que regulamenta as pesquisas envolvendo o ser humano.

Natal, ____ de ____________ de ____ _______________________________________________

Eduardo Queiroz da Cunha CRM 6614/RN Médico intensivista

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