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O cuidado à família na Terapia Intensiva – um olhar Humanístico sobre a experiência de enfermeiros

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Academic year: 2021

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O cuidado à família na Terapia Intensiva – um olhar Humanístico sobre a

experiência de enfermeiros

Emanuelle Caires Dias Araújo Nunes1, Isabella Navarro Silva2,eRegina Szylit2

1 InstitutoMultidisciplinar em Saúde da Universidade Federal da Bahia – IMS/CAT/UFBA, Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo – EEUSP, Brasil. emanuelecdanunes@gmail.com; 2 Escola de Enfermagem da Universidade de

São Paulo – EEUSP, Brasil. inavarro29@hotmail.com; szylit@usp.br.

Resumo. Estudo teve como objetivo compreender o processo de cuidado de enfermeiros às famílias na unidade de terapia intensiva a partir da Teoria Humanística de Paterson e Zderad. Trata-se de uma pesquisa qualitativa fundamentada no referencial teórico humanístico de Paterson e Zderad. O cenário foi um hospital de grande porte do estado da Bahia, Brasil, onde foram submetidos à entrevista semiestruturada 12 enfermeiros assistentes da Terapia Intensiva, delimitados a partir da saturação teórica dos dados. Os dados foram submetidos ao software de análise qualitativa WebQDA para mediação do processo de organização e interpretação dos dados, segundo a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Os resultados evidenciaram um processo de cuidado às famílias que interage ciência e intuição, assim como, entraves e possibilidades, tais como capacitação, interdisciplinaridade, espiritualidade, criatividade e sensibilidade, entre outras. Conclusão. A experiência dos enfermeiros sinaliza a utilidade do referencial humanístico ao encontro de maiores investimentos na educação profissional.

Palavras-chave: Cuidado; Família; Unidade de Terapia Intensiva; Enfermagem. Family Care in Intensive Care - a Humanistic Look about Nurses' Experience

Abstract. This study aimed to understand the experience of nurses in family care in the ICU from the Humanistic Theory of Paterson and Zderad. It is a qualitative research based on the humanistic theoretical framework of Paterson and Zderad. The scenario was a large hospital in the state of Bahia, Brazil, where 12 attending nurses of the Intensive Care Unit were interviewed, delimited by the theoretical saturation of the data. Data were submitted to the WebQDA qualitative analysis software for mediation of the data organization / interpretation process, according to the Collective Subject Discourse technique. The results evidenced a process of caring to families that interacts science and intuition, as well as obstacles and possibilities, such as training, interdisciplinarity, spirituality, creativity and sensitivity, among others. Conclusion. The nurses' experience signalizes the usefulness of the humanistic reference to the encounter of greater investments in professional education.

Keywords: Care; Family; Intensive Care Unit; Nursing

1 Introdução

O contexto da Terapia Intensiva se destina ao atendimento de pessoas que necessitam de cuidados de alta complexidade, o que lhe confere características amedrontadoras à família pelo alto nível de incerteza experimentado. Ela se depara com um ambiente extremamente tecnológico, cuja ênfase assistencial baseia-se no conhecimento técnico científico, fato que, muitas vezes afasta a equipe intensivista do contato mais vincular à família que se vê tomada por diversos sentimentos pessimistas. A ansiedade, depressão, raiva, negação são alguns dos pesares experimentados pelos entes queridos do doente crítico (Wong, Liamputtong, Koch, & Rawson, 2017).

Desta forma, um plano voltado para o cuidado da família na Terapia intensiva deve ser um padrão visto com expectativa e não como assistência adicional ou opcional. Os cuidados direcionados ao acolhimento do sofrimento familiar nas UTIs drenam emocionalmente parte dos sentimentos traumáticos experimentados por esta unidade (Kenner, Press, & Ryan, 2015). Para isso é relevante considerar a unidade familiar (paciente-familiares) como um todo, um sistema vivo que integra

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pessoas interdependentes ligadas pela afetividade que partilham uma história acomodada em padrões que organizam e regem seus processos de enfrentamento (Minuchin, Colapinto & Minuchin, 2011). Neste contexto, o internamento na UTI, pela sua especificidade em assistir doentes graves com frequente risco de morte, promove significativo desequilíbrio no sistema familiar, diante da impotência e ambivalência de sentimentos frente à possibilidade de perda do ente querido (Monteiro, Magalhães, & Machado, 2017). Assim, pode-se observar um luto que se refere, sobretudo, à perda da segurança emocional que a maior parte das famílias vivencia durante o internamento de um membro em risco de morte na UTI. Deste modo, a equipe de saúde deve desenvolver estratégias que aperfeiçoem e humanizem o processo assistencial, minimizando junto à família os aspectos negativos que estão presentes na experiência da doença grave (Camponogara, Viero, Pinno, Soares, Rodrigues & Cielo, 2015). Nesta perspectiva emerge enquanto referencial viável a Teoria Humanística de Paterson e Zderad a qual se ancora na busca por equilibrar o cientificismo com a intuição e a subjetividade capazes de libertar a criatividade humana da enfermagem para uma assistência nova e resignificada a partir de sua experiência cotidiana. A abordagem teórica preza ainda pelo encontro entre o enfermeiro e o sujeito ou grupo a ser assistido, ou seja, pela interação; incentiva o relacionamento como entrosamento sujeito-sujeito no contexto de cuidado; a presença, enquanto qualidade de ser receptivo, aberto e disponível ao outro; e comunidade, compreendida como a atitude de duas ou mais pessoas lutarem juntas por um objetivo comum (Paterson & Zdarad, 1988). Ao utilizar as lentes desta Teoria para compreender o fenômeno este estudo perspectiva contribuir com um diferenciado conhecimento sobre o cuidado humanístico relacional entre enfermeiro e família no cenário da Terapia Intensiva, de modo a constituir-se como problema deste estudo: como se desenvolve a experiência de cuidado de enfermeiros a família na UTI sob a lente Humanística de Paterson e Zderad? Perspectivando como objetivo: Compreender a experiência de enfermeiros no cuidado à família na UTI a partir da Teoria Humanística de Paterson e Zderad.

2 Metodologia

Trata-se de estudo qualitativo que segue como referencial teórico a Teoria Humanística de Loretta T. Zderad e Josephine E. Paterson publicada no livro Nursing Humanistic em 1988. Esta teoria preocupa-se com a experiência fenomenológica dos indivíduos, na compreensão de que suas atitudes e escolhas coexistem na interdependência relacional com o outro. O referencial atribui à enfermagem a responsabilidade de ser uma resposta confortadora em um momento de necessidade do outro por meio de uma experiência intersubjetiva que agrega um diálogo vivo e um relacionar-se criativo. Sua metodologia envolve cinco fases: enfermeira se autoconhecendo para cuidar do outro; enfermeira conhecendo o outro intuitivamente; enfermeira conhecendo o outro cientificamente; enfermeira analisando outros conhecimentos para sintetizar dados em resultados; enfermeira transformando sua experiência em conhecimento para muitos por meio do nexo paradoxal (Paterson & Zdarad, 1988). Deste modo, este referencial envolve ideias importantes que podem auxiliar na compreensão do processo de cuidado à família na UTI. A pesquisa foi realizada em um hospital geral do estado da Bahia no Brasil, em três unidades da UTI adulto, totalizando 39 leitos. Os sujeitos, 12 enfermeiros que trabalham na unidade foram selecionados a partir do critério de inclusão de ter pelo menos um ano de atuação em UTI - foram anuentes à pesquisa por meio de assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido após a aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa com seres humanos da Universidade de São Paulo mediante parecer n. 2.831.439 de 20 de Agosto de 2018, tendo a sua delimitação pela saturação teórica dos dados, ou seja, a observação da densidade suficiente dos dados ao encontro do objetivo proposto (Sandelowski & Barroso). Ressalta-se a

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consonância da pesquisa com a Resolução 466 de 2012 que descreve a atitude ética essencial na pesquisa com seres humanos no Brasil (Brasil, 2012).

A coleta de dados ocorreu no período de 20 dias entre os meses de setembro e outubro de 2018, sendo realizada uma entrevista semiestruturada (Polit, Beck & Hungler, 2004) com cada participante em local privativo durante o horário de descanso ao longo de seu plantão na unidade de sua locação. A responsável pela coleta foi a autora principal que possui experiência prévia em UTI adulto, assim como também em pesquisa qualitativa. As questões norteadoras da entrevista foram: conte-me sobre a sua experiência no cuidado das famílias aqui na UTI; como você percebe a intuição e a ciência na sua interação com esta família?; O que você sugere para tornar o cuidado de enfermagem mais humanístico para a família que tem um parente crítico aqui na UTI?, as quais, puderam ser acrescentadas perguntas de esclarecimento ao encontro dos objetivos propostos como está definido na técnica semiestruturada. As falas foram gravadas e transcritas possibilitando a análise meticulosa do conteúdo. A análise dos dados seguiu a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Sua construção envolve a identificação de: Expressões-Chave (ECH) - trechos literais das entrevistas selecionados por sua convergência evidente com o fenômeno -, Ideias Centrais (IC) e Ancoragem (AC) - temas ou eixos que agrupam um conjunto semelhante de Expressões-chave, quanto ao sentido - e o Discurso do Sujeito Coletivo propriamente, o qual compreende uma fala emitida na primeira pessoa do singular, que, embora demonstre um sujeito individual no discurso, envolve uma menção coletiva na medida em que o “eu” fala em nome de um conjunto de sujeitos. Segundo a definição de seus autores, as ECH que são partes, fragmentos ou reprodução fiel da fala, devem ser destacadas, exibindo o sentido do depoimento ou, mais exatamente, do conteúdo discursivo das partes em que se fraciona a declaração. É com a qualidade das expressões-chaves que se fundamentam os Discursos do Sujeito Coletivo. Por sua vez, as IC são um antenome ou expressão idiomática que evidencia e relata de modo mais objetivo o fundamento de cada um dos depoimentos observados e de cada grupo similar de ECH, que darão origem, subsequentemente, ao DSC. A AC é uma variação da IC, identificada quando o discurso linguístico claro de um determinado valor ou doutrina que o responsável do depoimento partilha de maneira abrangente para “ajustar” uma circunstância particular. A ancoragem, geralmente é uma expressão baseada em suposição e pressupostos sociais conhecidos. Assim sendo, a análise do conteúdo das entrevistas foi organizada em eixos interpretativos a partir das IC/AC identificadas nas ECH (Lefevre & Lefevre, 2005). O processo analítico foi apoiado pelo software WebQDA (Costa, Moreira & Souza, 2019). Este recurso permitiu uma organização diferenciada dos dados viabilizada pela ferramenta digital, conferindo ao processo analítico praticidade e segurança a partir da codificação digital e das suas possibilidades de organização dos dados. A partir do software procedeu-se a classificação dos sujeitos, a leitura aprofundada do material, seguida da sua codificação inicialmente a partir de códigos árvore, ajustados na sua organização pela identificação de códigos livres, os quais juntos foram revisados e ajustados ao objetivo, convergindo na estrutura apresentada.

3 Resultados

Os sujeitos deste estudo se caracterizam por serem predominantemente do sexo feminino (67%), terem idade média de 36 anos, majoritariamente mais de 10 anos de formado (75%) e mais de 5 anos de Terapia Intensiva (58%). Os resultados evidenciam que a experiência dos enfermeiros da UTI adulto no cuidado às famílias está mais associada às suas habilidades intuitivas do que às científicas. Eles se sentem pouco preparados cientificamente para lidar com as necessidades de cuidado destas famílias, mas encontram na atitude de acolhimento um caminho de satisfação pessoal-profissional ao encontro de possibilidades para o empreendimento deste cuidado. Como pode ser observado na

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Figura 1, as palavras: gente, paciente, família e enfermeiro tem destaque nas falas dos participantes

ilustrando bem a perspectiva que eles quiseram mostrar: “[...] a enfermagem é feita de gente que gosta

de gente, se você não gosta de gente não faz sentido está aqui, você precisa da ciência, mas além dela você

precisa do amor, da intuição, para agir dessa maneira.” DSC 1. Outras palavras se destacam como

cuidado, equipe, relação, acolher, intuição e amor.

Fig. 1. Nuvem de Palavras mais frequentes gerada pelo software WebQDA a partir dos trechos codificados Ao encontro do objetivo, o material codificado gerou 10 IC que foram organizadas em eixos convergentes a 4 das 5 fases da Teoria Humanística de Enfermagem, sendo eles:

Eixo 1: Enfermeiro se autoconhecendo para cuidar da família na UTI.

O primeiro eixo coincide com a primeira fase da teoria: enfermeira se autoconhecendo para cuidar do outro. Nele se apresentam dois discursos que evidenciam a auto percepção dos participantes no contexto da UTI. Expressam, de um lado, o desafio de interagir com famílias enlutadas diante do risco de morte dos pacientes e, de outro, a satisfação e amadurecimento que vivenciam neste cenário de vida e renascimento.

IC 1: Encarando meus limites, conflitos e frustrações no dia-a-dia da UTI

DSC 1: Às vezes você fica com a sensação que deveria ter feito algo a mais com essa família, você cuida do paciente, faz as rotinas e a família você esquece. Eu não me sinto bem com essa situação. Eu acho que a gente precisa acolher mais essa família, mas sinto dificuldade ainda, principalmente no contexto de final de vida, acho bem complicado, bem sobrecarregado para o enfermeiro. Hoje mesmo teve um óbito, fiquei muito triste, até chorei um pouco, não sei muito lidar... É um trabalho exaustivo, suga muito do profissional e muitas vezes nos faltam condições físicas de trabalho, falta equipamento, falta funcionário, tem intercorrência, inúmeras atribuições técnicas, falta tempo pra se doar a família e aí a gente negligencia, acaba fazendo um trabalho mecânico. Muitos até antecipam a medicação pra no momento da visita não ter contato com o familiar, evitam o vínculo a todo custo porque vão perceber alguma necessidade com a qual não vão saber lidar.

IC 2: Refletindo minha resiliência através da autoimagem, autoconhecimento e autossatisfação DSC 2: O Enfermeiro na UTI fica mais próximo à assistência por serem pacientes críticos que requerem um cuidado e uma responsabilidade maior. Por isso também eu considero ter sido a melhor escolha profissional que fiz até o momento. Aqui me sinto uma pessoa importante na equipe multiprofissional já que a UTI não funciona sem o enfermeiro, então eu me reconheço muito dentro desse contexto sabe, é muito gratificante! Tenho o prazer de ver muitos pacientes graves terem alta e voltarem pra casa e isso é maravilhoso, vem o familiar te agradecer e diz que te ama, como já ouvi (choro). A experiência na UTI me trouxe uma nova visão e hoje percebo que o amor é o motor do nosso trabalho, se você tem amor pela sua profissão, amor pelo que você faz, você chega aqui e as demais coisas são acrescentadas. Então, a UTI para mim é um aprendizado todos os dias, eu melhorei como pessoa, me tornei mais sensível, mais humano, até com meus familiares. E como profissional tenho vontade de buscar estudar mais, desenvolvi uma maturidade e me vejo com um papel fundamental na vida de muitas pessoas. Tenho a clareza de que quando você faz algo bom pra alguém e isso traz felicidade pra pessoa, isso reflete em você, você acaba ficando feliz, quem ganha com isso é você.

Eixo 2: Enfermeiro conhecendo a família intuitivamente;

O segundo eixo coincide com a segunda fase da Teoria Humanística - enfermeira conhecendo o outro intuitivamente, no qual duas ICs expressam a relação desenvolvida entre o enfermeiro e a família a partir da

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aproximação empática e disposição para o acolhimento, revelando o significado da intuição na sua experiência diária.

IC 3: Desenvolvendo empatia através do amor

DSC 3: Como profissional eu me coloco no lugar deles, poderia ser meu pai, minha mãe, eu tenho essa empatia. Quando eu vejo aquele olhar de sofrimento, aquela apreensão, eu sempre dou uma palavra de conforto, o que estiver ao meu alcance eu faço! E pra isso acho que minha intuição conta mais, se a gente for agir pela parte cientifica, pela razão, a gente perde muito a emoção que precisamos para tratar além do físico, pra alcançar o sentimento desta família. Quando você consegue construir uma relação de confiança com a família, ela acredita mais nas pessoas e no serviço, vão pra casa mais tranquilas com a certeza ou com aquela esperança de que seu ente querido está sendo bem cuidado. Não tem maneira melhor de você proporcionar conforto a família do que você se doar com o coração, que é um órgão vital e simbólico. A enfermagem é feita de gente que gosta de gente, se você não gosta de gente não faz sentido está aqui, você precisa da ciência, mas além dela você precisa do amor, da intuição.

IC 4: Cuidando intuitivamente através do acolhimento familiar

DSC 4: Você precisa ter um olhar holístico pra acolher a família no contexto da UTI. É muito importante ser um pouco mais humano e menos técnico. É um desafio todos os dias porque eles chegam aqui fragilizados, perdidos, alguns chateados, mas o que eles querem mesmo é uma palavra, um gesto, a sua atenção. Já neguei acesso a um familiar fora do horário de visita e depois fiquei muito angustiado, a gente é formado pra seguir protocolos, mas nossa intuição em certos momentos nos ensina a driblar as regras. Então refleti que posso humanizar minha atuação frente às normas e rotinas e comecei a repensar minha prática porque eu vi que só me apegando a questão científica, técnica e teórica não conseguiria realizar o cuidado que eu desejo. A enfermagem é mais que uma reprodutora de conceitos pré-estabelecidos, ela é um grande abraço que acolhe o contexto de fragilidade do outro para lhe transmitir cuidado.

Eixo 3: Enfermeiro conhecendo a família cientificamente;

O terceiro eixo coincide com a terceira fase da Teoria Humanística: enfermeira conhecendo o outro cientificamente. Em suas duas IC’s, ele retrata como os princípios científicos e o conhecimento técnico é útil na comunicação com a família e no cuidado ao paciente que repercute diretamente na relação de confiança e amparo que a enfermagem estabelece com os familiares do doente crítico.

IC 5: Informando e Orientando a família

DSC 5:É importante entender que pra família tudo é diferente e assustador na UTI. Procuro interagir com ela e percebo que entre as principais necessidades desta família estão saber do doente e entender o ambiente intensivo, as máquinas, a monitorização. Eles querem muito ser informados com uma linguagem acessível ao seu nível de esclarecimento e também querem ser considerados em sua fragilidade naquele momento. Então a gente tenta explicar da forma mais clara possível o que ele pode fazer junto ao leito, como pode lidar com esse paciente tanto na enfermaria quanto em casa. Essas orientações demandam paciência e disponibilidade de interagir, o protocolo é apenas o médico dar informações do paciente, mas não tem problema nenhum você explicar que esse barulho é porque está medindo a pressão, se está apitando é porque o oxímetro saiu do dedo, não custa nada e pra família tem muito valor. Quando estive no papel de familiar eu queria estar informada, saber de tudo que estava sendo feito.

IC 6: Cuidando cientificamente da família com um doente crítico

DSC 6: O enfermeiro da Terapia Intensiva tem que ter aquele olhar clínico, usar seu preparo científico, estudar e ter uma atualização constante. É um cuidado mais a beira leito que requer uma atenção maior em abraçar a assistência. Procuro ajudar o técnico de enfermagem na hora do banho e isso não vai me diminuir e ainda vai me dar uma percepção melhor do paciente pra melhorar a conduta de enfermagem. Nossa assistência envolve também responsabilidade com a segurança, porque qualquer erro pode trazer além da repercussão fisiológica, um desequilíbrio diretamente emocional tanto para o paciente quanto para a família. Humanização é também tentar entender o lado da família, desde o momento da coleta de dados para o histórico você pode ter uma experiência de interagir com a família. Este contato com a família hoje é extremamente necessário tanto pela repercussão afetiva como também pelas informações que ela dá que norteiam o cuidado técnico. Não tem nada melhor que saber que seu familiar está sendo bem cuidado e esse cuidado é sinônimo de amor, de responsabilidade, de você olhar para o enfermeiro e dizer assim, esse enfermeiro gosto quando ele está aqui.

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Eixo 4: Enfermeiro transformando sua experiência na UTI em conhecimento para o cuidado da família neste contexto;

A quarta fase da Teoria foi suprimida na associação dos resultados: enfermeira analisando outros conhecimentos para sintetizar dados em resultados, mas compreende-se que esta fase esteve presente no processo da pesquisa em toda a análise e segue na discussão, estando sob a responsabilidade do pesquisador, no caso deste estudo, entretanto, seguramente desenvolvida a partir dos resultados. O quarto eixo coincide com a quinta fase da Teoria Humanística: enfermeira transformando sua experiência em conhecimento para muitos por meio do nexo paradoxal. Este eixo integra 4 ICs, as quais sintetizam as possibilidades apontadas pelos participantes, que na sua experiência, são eleitas como estratégias competentes para o cuidado à família como um todo (paciente e familiares). Estas ICs evidenciam o conhecimento que estes profissionais sintetizaram a partir de sua experiência e que é útil para outros profissionais adotarem em suas práticas.

IC 7: Capacitar e educar para o cuidado humanístico à família na UTI

DSC 7: Acho que os profissionais não são preparados para acolher essa família, pra prestar esse cuidado integrado. Na faculdade somos trabalhados para lidar com a doença e com o paciente, mas para lidar com a família o enfermeiro não é capacitado, a gente vê como um elemento chato e já cria uma certa repulsa. Durante os momentos da visita os profissionais realmente fogem desse contato com a família, mas isso tem que melhorar. O que ajudaria a equipe de enfermagem a ser mais humana com essa família seriam ações de educação permanente mesmo, alguém tem que falar pra você: isso é certo, isso faz parte da sua função, mostrar como humanizar, porque é difícil! A partir do momento que a equipe for educada e assumir esse papel aí esse processo começa a acontecer: naturalmente você chega na família, naturalmente você respeita o horário de visita e acaba com as brincadeiras, naturalmente você fica atento pra perceber alguma demanda do familiar visitante e naturalmente você está disponível pra essa interação.

IC 8: Desenvolver a interdisciplinaridade na relação de cuidado à família na UTI

DSC 8: O médico passa o boletim sozinho com a família, não existe um momento formal em que o enfermeiro e a equipe precisem estar com a família, então falta conscientização de toda a equipe sobre a sua responsabilidade com essa família. A gente tinha que participar disso, até para falar que tem aquele oleozinho de girassol que passa pra prevenir escara, a gente sente que eles têm vontade de perguntar detalhes e pra isso tinha que ter mais profissionais neste momento, o enfermeiro, TO (terapia ocupacional), psicólogo, fonoaudiólogo, o próprio fisioterapeuta que tem um trabalho importante quando o paciente está entubado, ele poderia também interagir com a família na hora do boletim, se a equipe estivesse junta neste momento a interdisciplinaridade iria ajudar cada profissional a ser mais habilidoso em acolher e saber lidar com o familiar.

IC 9: Expandir as possibilidades de cuidado através do lúdico, estético e musical.

DSC 9: Melhorar o ambiente é importante no processo do cuidado humanístico. Os leitos deveriam preservar mais a privacidade pro familiar não ficar impressionado com a evolução do paciente do lado e temer que aconteça o mesmo com o seu doente. Manter o adequado controle da luz, do barulho, diminuir ambos no momento de descanso, deixar a luz natural acessível pra ter noção se é dia ou noite, colocar um quadro com fotos, ofertar livros, TV, rádio, músicas. Dia do aniversário, noite de natal, você estender uma visita ou até proporcionar essa visita que não tem. Certa ocasião eu trouxe um violão e chamei a equipe: que tal a gente tocar? Os familiares choraram com as músicas, foi uma coisa muito bacana e muito positiva! Depois que iniciou esse projeto de música aqui na UTI, graças a Deus, eu achei que a interação ficou muito melhor.

IC 10: Acolher e viabilizar o cuidado espiritual

DSC 10: Domine todas as ciências, todas as teorias, mas ao tocar em uma pessoa, em um paciente, se lembre que ele é um ser humano e tem uma alma. Não adianta a gente conhecer todas as técnicas, todo o protocolo de uma UTI, sem levar em consideração os aspectos do interior do paciente e também dos familiares. Alguns são bem religiosos, querem que o padre dê a extrema unção, a gente deixa, orienta pra vestir a capa, lavar as mãos, eles passam o óleo, rezam... Tem uns que trazem o pastor, objetos simbólicos, aí a gente faz uma higiene e bota o terço, o santinho na cabeceira já gera uma confiança e isso ajuda na recuperação. Se o familiar tá alí achando que pode perder esse paciente, se eu vejo uma lágrima descendo, eu me aproximo, pergunto: você é evangélico? Católico? Quer que eu faça uma oração? Oro com ele, porque a gente tem que passar essa energia positiva, essa espiritualidade boa que não depende de religião.

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4 Discussão

Os resultados apresentados neste estudo conseguiram evidenciar o processo de cuidado humanístico à família na UTI. A escola humanística surge na psicologia como uma resposta mais ponderada para a interpretação humana, que estava centrada no behaviorismo (ciência centrada no estudo do comportamento) e psicanálise (ciência centrada no estudo da sexualidade). Neste cenário, ela se desenvolveu com o objetivo de valorizar mais o homem em suas possibilidades de escolhas (Praeger & Hogartin In: George, 2005). O encadeamento dos eixos deste estudo apresenta uma reflexão coletiva de experientes enfermeiros de UTI no seu processo de amadurecimento e desafio ao cuidado da família. No contexto humanístico da enfermagem, esta ênfase remete à auto responsabilização pela saúde holística do outro. Ela se atenta para a experiência fenomenológica humana do outro, estando implícito nesta situação o pensamento existencial sobre si mesma e o seu papel desenvolvido a partir de valores ético-morais que determinam suas escolhas na interdependência relacional com o outro (Paterson & Zderad, 1988).

No contexto deste estudo - a UTI e todos os seus estigmas - é sabido que os membros da família experimentam instabilidade nas emoções, papéis e responsabilidades, de modo que são desafiados a manter o controle de si na direção de adaptação às mudanças, o que fazem a partir de recursos pessoais e apoio de outros (Frivold, Slettebo, & Dale, 2016), como dos profissionais de saúde. Neste sentido, o enfermeiro, se torna capaz de oferecer o melhor cuidado quando entende o sentido da experiência vivida pelo outro e é capaz de ajudá-lo a mobilizar poderes que contribuam para dar sentido ao vivido, atenuando as dificuldades encontradas no caminho. Deste modo, a Teoria focaliza o encontro que gera a relação inter-humana promotora de bem-estar em um modelo de Cuidado que leva em conta o dialogar, o encontrar e o ser solícito como meio de transformar o ambiente frio e impessoal do hospital em um ambiente de cuidado, fortalecendo condições favoráveis, como a presença de familiares, a disponibilidade afetiva dos enfermeiros e o livre acesso à comunicação pertinente (Ariza Olarte, 2016).

Tais estratégias mobilizam a capacidade das famílias de superar estas adversidades causadas pela incerteza e impotência típicas da situação. Por isso, toda a equipe multiprofissional (enfermagem, médicos, assistentes sociais, terapeutas e qualquer outra pessoa envolvida nos cuidados do paciente) precisa considerar o impacto do estado emocional das famílias em sua capacidade de gerenciar e processar as informações que lhes são dadas. O desconhecimento do ambiente alienígena da UTI é uma fonte direta de ansiedade para as famílias, demandando da equipe a atitude de explicar proativamente sobre o ambiente e o propósito da tecnologia, mostrando o sentido do setor. A falta de comunicação básica esclarecedora pode aumentar o fardo emocional das famílias, o sentimento de impotência e desconfiança em relação à equipe. Por isso, a equipe deve determinar a necessidade de informação de cada família e garantir que ela seja entregue em um formato que possa ser facilmente compreendido (Wong et al., 2017).

Um estudo internacional propôs como estratégia de comunicação com a família o desenvolvimento de um diário escrito sobre o progresso do paciente na UTI, visando a sua finalidade terapêutica, especialmente quando havia a evolução positiva do paciente. O programa representou um importante meio para as famílias lidarem com as lutas diárias decorrentes das circunstâncias de seus entes queridos (Ryan et al., 2016).

Todavia, para além da disponibilização de informações técnicas, classificadas neste estudo como interação científica com a família, estão as demandas mais aprofundadas deste sistema. Aquelas que apenas a formalidade da ciência não pode captar são as necessidades perscrutadas pela intuição daqueles enfermeiros que tem a atitude de compartilhar o momento vivido pela família com desvelo e presteza. Para tal interação, é importante que o profissional mergulhe também no seu

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autoconhecimento e estabeleça um relacionamento consigo mesmo capaz de lhe revelar suas limitações e potencialidades resilientes frente ao desafiador contexto dos cuidados críticos.

De acordo com o previsto na Teoria, esta fase do relacionamento intuitivo presume uma interação espiritual como o outro, sentir o outro e ser empático a ele em suas necessidades para então fazer escolhas responsáveis. Presume relacionamento e abertura ao fenômeno vivido pelo outro. Esta fase promove uma compreensão a partir da criação de um vínculo e envolve partilhar o significado da experiência do indivíduo enfermo. Para alcançar tal interação é preciso que a enfermeira aceite o outro sem julgamentos ou preconceitos e incorpore o outro, sua rotina e seu ritmo. A relação intuitiva permite ao enfermeiro desenvolver ou evidenciar a sensibilidade nesta relação, permitindo a ele captar nuances sutis do contexto de sua prática (Paterson & Zderad, 1988). Tal como os sujeitos deste estudo referem, ao se perceberem mais sensíveis. O enfermeiro se dispõe a se autoconhecer melhor no direcionamento de estar preparado para cuidar do outro. Ele reflete sobre suas experiências e se insere dinamicamente na contínua busca por doar sua presença autentica a estar aberto ao outro nas suas necessidades de bem-estar. Para isso, se dispõe a correr riscos, desenvolver mudanças e entender a visão do outro, o que gera a experiência de crescimento pessoal, desenvolvendo a sua identidade e autenticidade como cuidador (Paterson & Zderad, 1988).

Infelizmente esta disposição em crescer pessoalmente e interagir com o fenômeno vivido pelo outro consiste em grande dificuldade para a maioria dos enfermeiros. A formação em moldes tradicionais é referida como inadequada às demandas de cuidados na iminência da finitude, como na UTI, no que se refere ao relacionamento humano, requerendo mudanças na busca por uma formação que ofereça suporte emocional e treinamento mediante a otimização de espaços de discussão das questões e possíveis diretrizes relacionadas ao processo de Cuidados de Fim de Vida. Assim, é evidente que a educação em enfermagem precisa se concentrar mais na importância do relacionamento e do apoio pessoal, o que ajuda os membros da família a lidarem com a doença crítica do seu ente querido, podendo, com este cuidado mobilizarem/desenvolverem um senso de força pessoal para o enfrentamento resiliente da situação (Frivold et al., 2016).

Abordagens não farmacológicas e individualizadas podem reduzir a necessidade de intervenções farmacológicas (Goldsborough & Matzo, 2017). Neste sentido, os enfermeiros podem ser ajudados nas suas intervenções por estratégias diferenciadas capazes de lhes dar suporte no processo de intervenção intuitiva. Um exemplo consiste na criação de um kit de cuidados espirituais sugerido por um estudo que apresenta evidências empíricas de que sua utilização é uma intervenção eficaz para instrumentalizar a enfermagem no fornecimento de cuidados espirituais nos cenários de tratamento agudo (Kincheloe, Stallings Welden, & White, 2018). Outra perspectiva assenta-se no cuidado artístico, capaz de exercer uma contribuição valiosa junto a pessoa de acordo com suas necessidades. Um programa de artes na saúde impactou positivamente o ambiente hospitalar tão conhecido pela frieza e distanciamento. Entre as ações desenvolvidas estavam pintura, desenho, contação de histórias de vida, música, modelagem e outras atividades viáveis no ambiente de internação (Ford, Tesch, Dawborn, & Courtney-Pratt, 2018).

Assim sendo, as possibilidades iluminadas pela experiência relacional intuitivo-científica dos participantes deste estudo evidenciam a educação, o cuidado espiritual e o cuidado lúdico interdisciplinar como caminhos facilitadores para o Cuidado Humanístico à família na UTI. Portanto, ficou claro como a metodologia de pesquisa humanística consegue conduzir enfermeiros a sintetizarem suas experiências individuais, paradoxalmente, intuitivas e científicas em propostas de cuidado válidas e significativas para muitos (Paterson & Zderad, 1988). Persiste como fonte de resiliência profissional a satisfação da enfermagem em salvar a vida dos pacientes em cuidados intensivos (Ryan et al., 2016), mas também se soma a esta fonte de sentido a sua felicidade em promover saúde mental mesmo na presença da doença através de ações que elevem o bem estar das famílias com entes queridos criticamente enfermos.

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5 Conclusões

A experiência dos enfermeiros de UTI adulto, aqui pesquisados, foi útil para ampliar a compreensão das necessidades de cuidado da família enquanto sistema afetado pela crise da doença crítica, assim como, para sintetizar estratégias felizes de acolhimento e cuidado deste núcleo no cenário pesquisado. O uso do referencial da Teoria Humanística oportunizou uma análise enriquecida e diferenciada das evidências que fazem a diferença no processo relacional de cuidado entre o enfermeiro e a família. Ficou claro que cuidar da família é uma atitude que implica em decisão pessoal, filosofia ampliada de cuidado, autoconhecimento e força de vontade em se doar ao outro com amor empático e com ética de valorização do humano, para além dos obstáculos que se interpõe na rotina de uma UTI.

A experiência do uso do software WebQDA foi essencial no processo de tratamento e análise do material. Consistiu em maior segurança em visualizar a saturação teórica dos dados e codificar com maior sensibilidade e precisão as expressões-chave que convergiam ao objetivo do estudo, a partir dos recursos de codificação e questionamento disponíveis. A técnica do DSC se mostrou em uma escolha adequada por valorizar todos os códigos identificados em cada fala, os quais formaram os significativos discursos apresentados nos resultados. A limitação deste estudo tange a especificidade geográfica e numérica dos sujeitos do estudo, sugerindo mais pesquisas exploratórias e interpretativas das relações de cuidado às famílias na Terapia Intensiva. Entretanto, apesar desta limitação, o estudo converge com achados da literatura, sobretudo relacionados aos aspectos científicos e às estratégias de cuidado evidenciadas pelos enfermeiros, ao passo em que, contribui com o estado da arte pelos achados referentes ao cuidado intuitivo e ao processo de elaboração humanística pessoal que o enfermeiro experiência no direcionamento de cuidar da família.

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