• Nenhum resultado encontrado

Comparação da eficácia da terapêutica standard (dieta e actividade física) com competências parentais no tratamento da obesidade infantil : Trabalho de Investigação : Comparation of the efficacy of standard therapy (diet and physical activity) with parent

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Comparação da eficácia da terapêutica standard (dieta e actividade física) com competências parentais no tratamento da obesidade infantil : Trabalho de Investigação : Comparation of the efficacy of standard therapy (diet and physical activity) with parent"

Copied!
42
0
0

Texto

(1)

Comparação da eficácia da terapêutica standard (dieta e actividade física) com competências parentais no tratamento da obesidade infantil

Comparison of the efficacy of standard therapy (diet and physical activity) with parenting skills

Analisa Vicêncio Neto

Orientado por: Dr.ª Sílvia Pinhão

Co-orientado por: Professora Doutora Henedina Antunes

T

TrraabbaallhhooddeeIInnvveessttiiggaaççããoo

(2)
(3)

DEDICATÓRIA

(4)

AGRADECIMENTOS

À Doutora Henedina Antunes pela sugestão do tema, por todas as sugestões e correcções, e principalmente, pela disponibilidade que sempre prestou.

À Drª Silvia Pinhão, pelo apoio, pela dedicação e ajuda nas horas de desespero.

Ao Doutor Bruno Oliveira pela ajuda disponibilizada no tratamento de dados.

À minha colega de estágio, Margarida Meneses, pela ajuda que disponibilizou.

À Bruna, amiga de 4 anos, e companheira de longas conversas.

À Tânia Gil pela paciência, alojamento e, principalmente pela amizade.

Ao Ricardo Mendes pelo apoio e paciência desta namorada muito paciente.

E principalmente aos meus pais e irmãos pelo apoio e por acreditarem que “isto é muito fácil… é uma questão de escrever!”

(5)

ÍNDICE DEDICATÓRIA ... i AGRADECIMENTOS ... ii LISTA DE ABREVIATURAS ... iv RESUMO ... v ABSTRACT ... vi 1. INTRODUÇÃO ... 1 2. OBJECTIVO ... 7 3. MATERIAL E MÉTODOS ... 8 4. RESULTADOS ... 11 5. DISCUSSÃO ... 15 6. CONCLUSÕES ... 20 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 22 ANEXOS ... 27 8. ÍNDICE DE ANEXOS ... 28

(6)

LISTA DE ABREVIATURAS

OMS – Organização Mundial de Saúde IMC – Índice de Massa Corporal

P85 – Percentil 85 P95 – Percentil 95

PC – Perímetro da Cintura

IOTF - International Obesity Taskforce ADA – American Dietetic Association

SPSS – Statistical Package for the Social Sciences Dp – desvio padrão

(7)

RESUMO

Introdução: A obesidade em idade pediátrica é um problema da saúde pública em

todo o mundo. É considerada a doença mais comum nesta faixa etária.

Objectivo: Avaliar competências do acompanhamento do nutricionista ou dos

pais, no tratamento de obesidade infantil.

Materiais e Métodos: Os participantes deste estudo foram divididos por dois

grupos, grupo 1 e 2, ambos com 17 elementos. Ao grupo 1 foi-lhe explicado e entregue um plano alimentar estruturado de acordo com a história alimentar, baseado nos princípios de uma alimentação saudável. Foi-lhes também falado a importância da actividade física regular. Ao grupo 2 foi-lhes dito que tomassem todos os dias o pequeno-almoço, que iniciassem as refeições principais (almoço e jantar) com sopa, retirassem bebidas açucaradas e que praticassem actividade física regularmente. Avaliou-se o IMC e PC na primeira consulta e após 8 semanas.

Resultado: Verificou-se uma diminuição do índice de massa corporal em ambos

os grupos (grupo 1: de 26,29±3,72 para 25,66±3,76; grupo 2: 27,33±4,45 para 27,07±4,45), assim como de perímetro da cintura (grupo 1: de 88,06±11,16 para 87,38±11,20; grupo 2: de89,53±15,87 para 89,52±13,20). No grupo 1 os resultados foram estatisticamente significativos para ambos os dados antropométricos.

Conclusões: Os resultados deste estudo indicam que tanto o papel do

nutricionista como o papel dos pais é muito importante no tratamento da obesidade em idade pediátrica, uma vez que ambos os parâmetros antropométricos apresentaram melhorias.

(8)

Palavras-chave: criança, adolescente, obesidade em idade pediátrica,

tratamento, família, nutricionista.

ABSTRACT

Introduction: Obesity in childhood is a public health problem, seen as the most

common disease in this age group.

Aim: Evaluation of the nutritionist or parent monitoring skills in the treatment of

childhood obesity.

Material ant Methods: Subjects were randomly assigned into one of two groups (1

and 2), both with 17 elements.

Group 1: it was explained and given a diet, according to the food habits and based on the healthy eating principles. It was also told about the importance of the regular physical activity.

Group 2: it was told to have breakfast every day, eat soup before lunch and dinner, not to drink sugary drinks and to practice regular physical activity. BMI and WC were evaluated in the first approach and 8 weeks after.

Results: A decrease in body mass index ( group 1: 26,29±3,72 to 25,66±3,76;

group 2: 27,33±4,45 to 27,07±4,45) and waist circumference ( group 1: 88,06±11,16 to 87,38±11,20; group 2: 89,53±15,87 to 89,52±13,20) was noted in both groups. The group 1 results had statistic significance.

Conclusion: This results show the important meaning of the nutritionist and

parental retinue in the child obesity treatment, since both anthropometric parameters show improves.

(9)

1. INTRODUÇÃO

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a obesidade como uma doença crónica em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de causar problemas de saúde(1).

O excesso de gordura resulta de sucessivos balanços energéticos positivos, em que a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia dispendida(2-3).

A obesidade pediátrica é o maior problema de saúde pública por duas razões: 1) Está frequentemente associada com a obesidade em idade adulta(4-6) e

com o aumento da morbilidade independentemente da obesidade em idade adulta(4); 2) A obesidade na infância e na adolescência está associada com

problemas de saúde, como tensão arterial elevada, dislipidemia, esteatohepatite, resistência periférica à insulina, diabetes tipo 2, apneia obstrutiva do sono, aterosclerose e problemas ortopédicos(4, 6) bem como consequências

psico-sociais(4, 7).

A obesidade infantil, principalmente quando severa, pode levar à maturação precoce. Assim as crianças têm uma idade óssea avançada, maior densidade e área óssea e aumento dos níveis hormonais sexuais(8).

Além disso, a obesidade influencia o desenvolvimento físico, social e

psicológico nas crianças. Aproximadamente um terço das

crianças com excesso de peso e metade dos adolescentes com excesso de peso continuam obesos quando adultos. Portanto, a prevenção da obesidade nessas faixas etárias deve ser uma prioridade de saúde pública(9).

(10)

A criança obesa é estereotipada como sem sucesso a nível escolar, socialmente inapta e preguiçosa(4). Uma baixa auto estima e problemas

comportamentais são frequentemente associados com a obesidade(4, 10).

Estas crianças e adolescentes são desde muito cedo alvo de discriminação sistemática pelos pares, membros da família e professores. A obesidade na criança e adolescente tem impacto a nível da imagem corporal, o que pode resultar em consequências psicossociais, como baixa auto-estima, isolamento e rejeição social, falta de confiança, discriminação e depressão(8).

A identificação de situações de pré-obesidade e obesidade em idade pediátrica é controversa, mas a OMS tem recomendado o Índice de Massa Corporal (IMC), uma vez que este tem uma boa correlação com a quantidade de massa gorda corporal(11).

Assim, o IMC tem sido indicado como o método mais conveniente para medir a adiposidade relativa em crianças e adolescentes(1).

Visto que as crianças e adolescentes apresentam uma dinâmica muito particular no crescimento, sexo e raça é fácil entender que não se pode trabalhar com um valor absoluto deste índice. Torna-se importante o recurso a tabelas de comparação, previamente percentiladas relativamente a esta variável.

Cole et al desenvolveram um conjunto de valores de referência, para os

quais usou dados representativos de seis populações: Grã-Bretanha, Brasil, Holanda, Hong-Kong, Singapura e Estados Unidos. Desenvolveram-se curvas de percentis que passavam nos valores de IMC de 25 kg/ m2 e 30 kg/ m2 na idade de

(11)

Utilizando para critério de definição de excesso de peso e obesidade o percentil do IMC, quando este é superior ou igual ao percentil 85 (P85) e inferior ao 95 (P95) define-se uma situação de excesso de peso, enquanto a obesidade será definida para valores de IMC iguais ou superiores ao P95(1, 12-14).

Em crianças, o perímetro da cintura (PC) não era reconhecido como uma medida importante na medição de adiposidade. No entanto tem ocorrido um aumento no interesse da utilização do PC como índice de obesidade em crianças e adolescentes, uma vez que reflecte a acumulação de gordura total e abdominal, tal como acontece em adultos(15). Há estudos que mostram a associação entre o

PC e factores de risco para doenças coronárias(16).

Num estudo recente observou-se que desde 1970, a prevalência de obesidade, definida como IMC superior ou igual ao P95 para crianças do mesmo sexo e idade, aumentou mais do dobro em crianças do pré-escolar (idades compreendidas entre os 2 e 5 anos) e adolescentes (12 aos 19 anos) e aumentou para mais do triplo em crianças entre os 6 e 11 anos(17).

Durante as duas últimas décadas, a prevalência de excesso de peso e obesidade em idade pediátrica aumentou rapidamente em todo o mundo, atingindo proporções epidémicas(3, 18).

Em Portugal realizou-se um estudo sobre a prevalência da obesidade infantil em que se detectaram 20,3% das crianças da amostra com pré-obesidade e 11,3% com obesidade. Através destes valores, a International Obesity

Taskforce (IOTF) coloca Portugal como o segundo país da Europa com maior

(12)

Globalmente, 22 milhões de crianças menores de 5 anos têm excesso de peso(19).

Actualmente, a obesidade infantil tornou-se num dos transtornos alimentares mais preocupantes, constituindo um problema de saúde pública tanto em países desenvolvidos como em países em vias de desenvolvimento(4).

Não se pode atribuir a prevalência da obesidade a uma única causa já que esta é de causa multifactorial. Resulta da interacção de factores genéticos, biológicos, metabólicos, comportamentais e ambientais(1, 3).

Embora os factores genéticos possam ter influência na obesidade infantil, o aumento da prevalência desta doença não é justificada por esses factores, uma vez que uma alteração significativa do pool genético não é o suficiente para explicar o aumento dos casos de obesidade durante as ultimas décadas(3, 20).

Estudos epidemiológicos mostram que o aumento de energia consumida juntamente com um decréscimo da actividade física, são as principais causas do rápido aumento da incidência de obesidade em crianças e adolescentes(21).

A American Dietetic Association (ADA) defende que programas de intervenção na obesidade pediátrica requerem a combinação da família e da escola. Além disso, estes devem incluir a promoção da actividade física, modificação do comportamento alimentar dos pais e educadores, educação alimentar e aconselhamento comportamental(22).

Dr. Emílio Peres referia: “ (…) A actividade física regular, diária, gasta parte

importante das calorias que se ingerem. Só por esta razão já seria abençoada.”(23)

(13)

obesidade infantil. A diminuição da actividade física e o aumento de actividades sedentárias estão associadas à ocorrência de obesidade na infância(24).

Há evidências de que comportamentos activos ou sedentários na infância/ adolescência tendem a persistir na idade adulta, por isso, a aquisição e prática de um estilo de vida activo desde a infância é recomendada para uma vida longa e saudável(25).

Vários estudos demonstram que actividades sedentárias como ver televisão e jogar jogos electrónicos estão associadas com a obesidade em crianças(24, 26).

Um estudo realizado em Portugal, com crianças dos 7 aos 9 anos de idade, evidenciou que a obesidade era mais frequente em crianças que passavam mais tempo a jogar jogos electrónicos(3).

No hábito sedentário como o acto de ver televisão, há alterações do comportamento alimentar, pois este encoraja o consumo de snacks e modula os hábitos alimentares através da exposição a publicidade sobre alimentos ricos em açúcar e/ou gordura. As crianças são expostas a cerca de 10 000 anúncios de alimentos, dos quais 95% são de fast-food, doces, cereais açucarados e refrigerantes. Logo desde a infância começam a ter preferência por determinados produtos que McNeal define como “consumismo de influência”(27).

A maioria das crianças frequenta a escola e esta é um aliado essencial na promoção e educação alimentar dos jovens. Trata-se de um bom meio para a aplicação de programas de prevenção da obesidade. Além disso, é na escola que os jovens passam a maior parte do tempo e onde ingerem uma boa parte da sua alimentação diária(28-29). Mais nenhuma instituição tem um contacto tão contínuo e

(14)

espaço abrange um grande número de crianças, incluindo as que possuem baixo nível sócio económico que não têm acesso a qualquer tipo de tratamento(29).

Há uma preocupação crescente de que o alto consumo de alimentos “prontos a comer”, tais como produtos de confeitaria, podem ser associados a uma dieta pobre e a um aumento da susceptibilidade à obesidade em crianças(30).

Nos últimos anos, tem-se verificado um aumento da oferta de alimentos como refrigerantes, chocolates, batatas fritas, entre outros, principalmente nos buffets, máquinas de venda automática e nos locais circunscritos à escola(22).

Nas escolas estão presentes máquinas de venda automática que são um método conveniente de obtenção de snacks em geral, e produtos de confeitaria em particular, facilmente adquiridos pelos estudantes. Embora nenhum estudo tenha investigado o impacto da compra destes produtos na qualidade da dieta, existe a preocupação de que o aumento da sua disponibilidade e consumo pode comprometer a ingestão de micronutrientes e promover o consumo excessivo de energia e gordura(30).

A família vai perdendo o papel central de grande força das escolhas alimentares do jovem. Eles não são os únicos influenciadores no comportamento alimentar dos filhos(31).

O aumento da taxa de obesidade infantil parece estar relacionado com

uma série de factores que envolvem a família:

estilos de vida sedentários, alimentos altamente energéticos, consumo de refrigerantes, entre outros(32). É concebível que quando uma mudança marcante é

introduzida na família (hábitos alimentares, actividade física) será reflectida no comportamento da criança(33). Os pais escolhem os alimentos da dieta familiar,

(15)

actuam como modelos ao nível dos hábitos alimentares, que as crianças aprendem a imitar, e utilizam práticas alimentares para estimular o desenvolvimento de padrões e comportamentos alimentares culturalmente apropriados nas crianças(34).

A partir de uma certa idade muda-se o padrão alimentar de crianças e adultos e o que era tradicional, está em mudança. As refeições são cada vez mais realizadas fora de casa(35). Nas refeições fora de casa, a criança consome mais

gordura, açúcar, alimentos de elevada densidade energética e menos fibras, o que segundo Davis et al está associado com o aumento de gordura corporal(36).

Tem-se verificado que os pais usam alimentos doces como recompensa por bom comportamento. Esta prática pode ter como consequência, não intencional, a promoção de preferências por parte das crianças para alimentos altamente energéticos(34).

Por todos estes aspectos, a intervenção cada vez mais precoce de todos os profissionais de saúde, onde se encontra incluído o nutricionista, é essencial para o sucesso na prevenção desta patologia. Além disto, incluir planos de educação alimentar aos pais parece ser relevante pois são estes o exemplo dos filhos.

2. OBJECTIVO

 Comparar a evolução do IMC e PC em crianças e adolescentes submetidos a terapêutica standard (dieta e actividade física) com a terapêutica baseada em competências parentais.

(16)

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Selecção da amostra/ Grupos de intervenção:

Este estudo caso - controlo (20 casos - 20 controlos) inclui crianças e adolescentes com excesso de peso (P> 85 e P <95) e obesidade (P> 95) referidos à primeira consulta da Consulta de Gastrenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica do Hospital de Braga. Este trabalho foi realizado com a aprovação da Comissão de Ética do Hospital de Braga (anexo A).

Estas 40 crianças/ adolescentes foram convidadas a participar neste estudo, e, juntamente com os pais assinaram consentimento (anexo B).

Assim, as crianças e adolescentes foram distribuídas aleatoriamente e divididas em dois grupos:

Grupo I (consulta ímpar) – Grupo caso onde lhes era aplicado o tratamento

standard (dieta + recomendação de actividade física);

Grupo II (consulta par) – Grupo controlo onde se avaliam as competências parentais.

Critérios de exclusão: crianças e/ou adolescentes que não fossem

acompanhados pelos respectivos pais, que não apresentassem diagnóstico de excesso de peso/ obesidade, que faltaram à consulta de reavaliação ou que desistiram do estudo.

(17)

3.2 Procedimento

Ambos os grupos (I e II) foram sujeitos à primeira consulta de Nutrição Pediátrica, embora a informação fornecida fosse diferente.

Na primeira consulta foi aplicado um protocolo de avaliação (anexo C) a ambos os grupos e recolheram-se informações sobre:

 Os dados pessoais da criança e/ou adolescente: nome, idade, sexo;

 História clínica: diagnóstico, motivo da solicitação, antecedentes familiares, aleitamento materno, prática de exercício físico;

 Avaliação antropométrica: estatura, peso, perímetro da cintura;

 Cálculo do IMC. O IMC é calculado através do quociente entre o peso actual (kg) pelo quadrado da estatura (m), percentilado de acordo com as tabelas de classificação do Centers for Diseases Control and Prevention (CDC)(37);

 Avaliação da actividade física – classificou-se a actividade física como escassa, moderada e intensa. Quando as crianças e adolescentes referiam que a única actividade praticada era somente as aulas de educação física, a actividade era classificada como escassa. Caso praticassem mais alguma actividade não diária, como por exemplo natação, era classificada como moderada. Se a actividade física fosse diária, então era classificada como intensa.

De seguida, procedeu-se a recolha da história alimentar (número e horário das refeições, alimentos habitualmente ingeridos) e consoante esta, elaborou-se um plano alimentar individualizado (Grupo I). Neste plano fez-se referência ao

(18)

número e horário das refeições, os métodos culinários mais saudáveis, assim como, os alimentos privilegiados e alimentos “menos saudáveis”. Estava permitida a ingestão de um alimento “menos saudável” uma vez por semana. O plano era escrito, explicado e entregue a todas as crianças e/ou adolescentes. Paralelamente foi explicado às crianças e/ou adolescentes a importância da prática de exercício físico no combate ao excesso de peso e/ ou obesidade.

Para as crianças e/ ou adolescentes do grupo II não foi elaborado um plano alimentar, apenas se fazia referência a 4 itens: tomar sempre pequeno-almoço, retirar bebidas açucaradas, ingerir sopa de legumes ao início das refeições principais e praticar actividade física. Tal como no grupo I, também foi referido que podiam ingerir uma vez por semana um alimento “menos saudável”.

Decorridas 8 semanas, ambos os grupos voltavam a uma segunda consulta onde foram reavaliados os seguintes parâmetros: peso, altura, IMC e PC. Foi também avaliada a adesão ao plano alimentar entregue na primeira consulta no grupo I, comparando a história alimentar recolhida na segunda consulta.

3.3 Análise estatística

Os dados foram informatizados recorrendo ao software SPSS® (Statistical

Package for the Social Sciences) versão 17.0 para Microsoft Windows.

Foi efectuada uma análise descritiva que consistiu no cálculo da média e desvio padrão (dp) para variáveis cardinais e na apresentação de frequências para variáveis nominais, no tempo 0.

De forma a aplicar os testes estatísticos mais adequados, foi avaliada a normalidade da distribuição das variáveis em estudo através do teste de

(19)

Kolmogorv-Sminorv. Verificou-se que todas as variáveis apresentavam uma

distribuição normal.

O z-score dos valores de IMC foram calculados, tendo em consideração as curvas do CDC.

Foi utilizado o teste t de student para amostras emparelhadas.

O resultado foi considerado estatisticamente significativo sempre que o nível de significância (valor de p) tinha um valor inferior a 0,05.

4. RESULTADOS

A amostra inicial era constituída por 40 crianças/ adolescentes e cada grupo, caso e controlo, foi constituído por 20 elementos.

No final da intervenção, tanto no grupo caso como no grupo controlo, foram reavaliados 17 elementos, uma vez que 6 crianças/ adolescentes, 3 de cada grupo, não compareceram à segunda consulta.

A recolha de dados decorreu no período de 24 de Março a 16 de Abril de 2010.

4.1 Caracterização da amostra

A amostra foi constituída por 34 crianças/ adolescentes. As características dos participantes, no momento da avaliação inicial, podem ser observadas na tabela que se segue:

(20)

Tabela 1. Caracterização dos dois grupos de crianças antes da intervenção (tempo 0)

Neste estudo podemos verificar que a proporção de raparigas (58,82%) é superior à dos rapazes (41,18%). As crianças e adolescentes possuem idades compreendidas entre os 4 e os 15 anos.

Como podemos observar no gráfico 1, cerca de 40% do grupo caso e 30% do grupo controlo já tinham feito dieta alguma vez na vida, sendo que 4 crianças do grupo caso o fizeram com orientação de um nutricionista.

Gráfico 1 – Percentagem de crianças/ adolescentes que já fez dieta

Grupo I (Caso) Grupo II (Controlo)

Masculino Feminino Masculino Feminino

Idade (anos) 4-9 n= 4 10-15 n= 4 4-9 n= 4 10-15 n= 5 4-9 n= 2 10-15 n= 4 4-9 n= 3 10-15 n= 8 Peso (kg) 40,33±13,83 77,78±21,26 51,16±12,09 60,07±7,93 42,85±8,98 63,21±7,88 34,07±1,96 76,96±16,76 Estatura(cm) 131,03±12,34 163,80±11,73 141,52±13,20 146,32±5,00 134,05±15,20 154,70±1,34 124,03±6,12 158,24±10,98 z-score IMC 2,68±0,757 1,98±0,36 2,22±0,09 2,14±0,24 2,45±0,60 1,84±0,21 2,19±0,47 2,08±0,27 PC 81,50±14,15 96,00±13,71 84,75±6,75 89,60±7,23 79,50±4,95 90,25±5,44 73,33±1,15 101,50±9,75 Caso Controlo 0 20 40 60 80 Não Sim

(21)

Quanto a prática de actividade física, no grupo caso 7 crianças / adolescentes praticavam actividade física (41,2%), no grupo controlo 5 crianças/ adolescentes praticavam actividade física (29,4%) (gráfico 2). A quantidade de actividade física praticada era classificada como escasso, moderado e intenso.

Uma vez que as crianças e adolescentes que praticavam actividade física também tinham exercício programado não diário, classificamos a actividade como moderada.

Gráfico 2 – Percentagem de crianças/ adolescentes que praticou actividade física

Na tabela 2 apresentam-se os antecedentes patológicos familiares. Observa-se que a obesidade quer na mãe quer no pai era a patologia mais frequente.

Tabela 2 – Antecedentes pessoais.

* Avós paterno e materno e avôs materno e paterno Pai (%) Mãe (%) Outro * (%)

Tensão arterial elevada 9,1 27,3 3,0

Diabetes 2 0,0 6,1 21,2 Dislipidemia 24,2 24,2 18,2 Obesidade 30,3 39,3 6,1 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Caso Controlo Não Sim

(22)

4.2 EFEITOS DA INTERVENÇÃO

4.2.1 Efeitos a nível antropométrico (tempo 0 e 2)

Na tabela 3 encontram-se os dados no tempo 0 e no tempo 2, relativamente ao valor de z-score de IMC e ao PC:

Tabela 3 – Evolução do IMC nas crianças dos diferentes grupos (tempo 0 e 2).

Tabela 4 – Evolução do PC nas crianças dos diferentes grupos (tempo 0 e 2).

Podemos verificar, a partir da tabela 3 e 4, que o valor médio do z-score de IMC e PC, diminui às 8 semanas. No grupo caso os resultados são estatisticamente significativos (p <0,05), para o PC e para o valor de z-score de IMC. Grupo I (Casos) (média±dp) Grupo II (Controlo) (média±dp) Inicio (n=17) Fim (n=17) p 0,010 Inicio (n=17) Fim (n=17) p 0,326 z-score IMC 2,25±0,47 2,15±0,42 2,08±0,36 2,06±0,40 Grupo I (Casos) (média±dp) Grupo II (Controlo) (média±dp)

Início (n=17) Fim (n=17) p Início (n=17) Fim (n=17) p PC (cm) 88,06±11,16 87,38±11,20 0,011 89,53±15,87 89,52±13,20 0,541

(23)

Nos gráficos 3 e 4 podemos verificar a variação individual de cada participante no que respeita a IMC e PC.

Gráfico 3 - Variação do IMC em cada criança entre o momento da 1ª e da 2ª consulta, no grupo caso e no grupo controlo.

Gráfico 4 - Variação do PC em cada criança entre o momento da 1ª e da 2ª consulta, no grupo caso e no grupo controlo.

5. DISCUSSÃO

O tratamento da obesidade em idade pediátrica requer abordagens multidisciplinares que devem incluir alterações alimentares, educação nutricional, alterações ao nível da actividade física e deve haver envolvimento familiar(8, 29, 35). 0 10 20 30 40 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 Grupo Caso 1ª consulta 2ª consulta 0 10 20 30 40 50 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 Grupo Controlo 1ª consulta 2ª consulta 0 20 40 60 80 100 120 140 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 Grupo Caso 1ª consulta 2ª consulta 0 20 40 60 80 100 120 140 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 Grupo Controlo 2ª consulta 1ª consulta

(24)

Para essa avaliação foi considerado o IMC, que tem sido recomendado para determinar o excesso de peso e obesidade em crianças e adolescentes.

Depois da intervenção, em todos os grupos de crianças ocorreu uma descida no que diz respeito aos valores antropométricos. No grupo caso esta diminuição foi estatisticamente significativa.

Quando se procedeu a avaliação do PC também verificamos que houve uma descida significativa do seu valor para o grupo caso.

A diminuição do grupo caso foi maior que no grupo controlo, em relação ao valor de z-score de IMC e ao PC.

Isto leva a concluir que a consulta de nutrição, com a elaboração de um plano alimentar estruturado e individualizado e explicado à criança e aos pais poderá ser suficiente para a obtenção de bons resultados.

Esta diminuição pode dever-se ao facto do espaço entre a primeira consulta e a segunda ser apenas de 8 semanas. As crianças/ adolescentes precisam de um acompanhamento a curto prazo para a obtenção de resultados satisfatórios.

O objectivo da dieta para adolescentes que estão com excesso de peso ou em risco de se tornarem obesos é promover comportamentos de vida saudáveis.

Estes comportamentos melhoram os parâmetros metabólicos e auto-estima, ajudando o adolescente a atingir e manter um peso corporal desejável. Uma dieta bem equilibrada, assim como mudanças comportamentais, são componentes essenciais de um programa de intervenção.

Contudo, não podemos pôr de parte o facto dos resultados do grupo controlo também sofrerem uma descida do valor de z-score de IMC e do PC, embora o seu valor não seja significativo. Estes resultados podem ser explicados com outros trabalhos desenvolvidos para o tratamento de obesidade infantil que

(25)

sugerem o papel dos pais como o principal modificador da mudança de comportamentos abusivos sobre os alimentos altamente energéticos(33)

Como as crianças e adolescentes foram elucidados para o facto de poderem consumir uma vez por semana um alimento “menos saudável” também pode levar a resultados mais positivos. Um estudo de 2007 revela que uma abordagem mais suave para o tratamento de excesso de peso/ obesidade pediátrica, com menos restrições nutricionais, pode conduzir a resultados mais positivos(38). Por outro lado, não se sabe qual o alimento que os participantes

consumiram e, por isso, a ingestão do alimento pode estar relacionada com os resultados sem significado estatístico.

No grupo controlo, o que se pretendia com a ingestão de pequeno-almoço, de sopa de legumes ao início das refeições principais (almoço e jantar), da não ingestão de bebidas açucaradas e da prática da actividade física era que as crianças e adolescentes diminuíssem o consumo de alimentos de elevado valor energético por serem desaconselhados em termos de valor nutricional. Por outro lado, pretendia que esses alimentos fossem substituídos por outros alimentos essenciais para o crescimento saudável e que fossem nutricionalmente equilibrados. Os pais foram responsáveis por reduzir a exposição dos filhos para certos alimentos.

A escolha desses quatro itens foi com base em evidências que apontam para o facto de crianças e adolescentes obesos serem mais propensos a não tomar o pequeno-almoço(36) A maior parte das vezes, a sopa é a única forma das

crianças e adolescentes consumirem produtos hortícolas, ajudando também na redução da fome e aumento da saciedade. Nos dias em que se ingere sopa, a energia consumida é menor(39).

(26)

Quanto as bebidas açucaradas, são a bebida preferida por parte das camadas mais jovens. O aumento do seu consumo está positivamente associado com o aumento da ingestão energética, podendo contribuir para o aparecimento de obesidade infantil(35-36). A venda e o consumo de produtos altamente

energéticos e de bebidas açucaradas nas escolas têm aumentado significativamente, nos últimos anos(40). O aumento do consumo destas bebidas

parece substituir o consumo de outras bebidas como o leite e os sumos de fruta(41). A amostra deste estudo é constituída maioritariamente por

pré-adolescentes que frequentam o ensino básico. Tratando-se de pré-pré-adolescentes, que já têm algum poder económico, é importante educar para que saibam fazer as melhores escolhas.

Embora os resultados no grupo controlo não tenham sido significativos, houve uma diminuição do IMC. Assim, podemos deduzir que os pais possam ter consciência do que está errado, só não colocam em prática.

Os pais influenciam o comportamento dos filhos ao determinarem a quantidade e o tipo de alimentos disponíveis. Muitas vezes controlam directamente o comportamento alimentar das crianças. Quando as crianças são pequenas, os pais têm quase todo o controlo sobre as opções disponíveis(42).

Em geral, as crianças optam por comer alimentos que são servidos a maioria das vezes, assim como, preferem comer alimentos que estão disponíveis em suas casas. Por exemplo, quando frutas e hortícolas estão disponíveis, as crianças são mais propensas a consumi-los(31).

Num estudo de 2005 é relatado pelos adolescentes que o factor de maior influência nas suas escolhas alimentares é o “alimento disponível”. Contudo, além

(27)

da disponibilidade, também a acessibilidade mostrou importância sobre as escolhas feitas pelos adolescentes. Quando um alimento é facilmente acessível e está pronto a ser consumido, torna-se preferido por parte da criança e do adolescente(31).

Alterações alimentares por si só não têm grande efeito se não forem acompanhadas de alterações no estilo de vida e que perdurem a longo prazo, ou seja, alterações que incluam o aumento da actividade física e a diminuição de actividades sedentárias.

Ao longo deste estudo, a todas as crianças foi lembrada a importância da prática de actividade física no combate ao excesso de peso e/ ou obesidade. De referir que todas as crianças deste estudo tinham aulas de Educação Física na escola.

Há evidências de que intervenções a nível da dieta combinadas com outras estratégias, como a prática de actividade física diária têm inúmeros benefícios para a saúde, nomeadamente no combate ao excesso de peso/ obesidade. Evitar hábitos sedentários que nas crianças e adolescentes de hoje são tão frequentes, como ver televisão também podem ter impacto neste combate. É evidente que as crianças que vêem mais televisão consomem também em maior número os itens publicitários anunciados(43).

É importante que as crianças e os adolescentes apresentem uma vida pouco sedentária devendo participar nas aulas de educação física e actividades extra-curriculares. Actividades, como ver televisão e jogar computador devem ser substituídas por jogos ao ar livre, correr, andar e, sobretudo, brincar.

(28)

Este estudo apresenta algumas limitações, tendo em conta que existiram seis abandonos. Dos quais 3 do grupo controlo e 3 do grupo caso, devido à falta de comparência no final do estudo, o que tornou a amostra ainda mais pequena. Além disso o tempo de estudo foi curto, o que impossibilitou de na amostra haver uma terceira consulta permitindo assim um espectro mais alargado na análise efectuada.

6. CONCLUSÕES

A obesidade é uma doença crónica, necessitando de atenção ao longo da vida para uma alimentação saudável e um estilo de vida activo. O nutricionista tem como função despertar para o reconhecimento do benefício da nutrição na saúde da criança e do adulto.

Depois de uma consulta de Nutrição, pais e filhos podem continuar a trabalhar activamente para manter comportamentos que produzem a manutenção do peso, perda de peso ou percentil de IMC melhorado. O contacto regular com profissionais de saúde, incluindo o nutricionista, é essencial para reforçar as metas de alimentação saudável.

Com este estudo corroborou-se a ideia que os nutricionistas são justificáveis e deveriam ser responsáveis pela integridade nutricional em hospitais, centros de saúde, escolas e pela implementação de padrões de educação alimentar.

São indispensáveis na prevenção e tratamento da obesidade, assim como, na promoção de hábitos alimentares saudáveis.

(29)

A combinação de mudanças de estilos de vida, incluindo estratégias para reduzir o consumo de energia, redução das actividades sedentárias, envolvimento da família, assim como, dieta e actividade física são estratégias mais eficazes no tratamento de obesidade, do que a aplicação destas em isolado.

Futuros estudos com a mesma abordagem, mas de maior duração e maior número de participantes, deveriam ser feitos para demonstrar as vantagens da intervenção de diferentes componentes no tratamento de obesidade infantil.

(30)

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Sérgio A, Correia F, Breda J, Medina J, Carvalheiro M, Almeida M, et al. Programa Nacional de Combate à Obesidade. Divisão de Doenças Genéticas, Crónicas e Geriátricas. Lisboa, 2005;

2. Lyznicki J, Young D, Riggs J, Davis R. Obesity: Assessment and Management in Primary Care. American Family Phisican. 2001; 63:2185-.

3. Carvalhal M, Padez M, Moreira P, Rosado V. Overweight and obesity related to activities in Portuguese children, 7–9 years. Eur J of Public Health. 2006; 17:42-46.

4. Padez C, Fernandes T, Mourão I, Moreira P, Rosado V. Prevalence of Overweight and Obesity in 7–9-Year-Old Portuguese Children: Trends in Body Mass Index From 1970–2002. American Journal Of Human Biology. 2004; 16:670-8.

5. Whitaker R, Wright J, Pepe M, Seidel K, Dietz W. Predicting obesity in young adulthood from childhood and parental obesity. The New England Journal of Medicine. 1997; 337:869-73.

6. Guo S, Wu W, Chumlea W, Roche A. Predicting overweight and obesity in

adulthood from body mass index values in childhood and adolescence. Am J Clin Nutr. 2002:653–8.

7. Nowicka P, Flodmark C. Family in pediatric obesity management: a literature review. Int J Pediatr Obes. 2008; 3:44-50.

8. American Dietetic Association A. Position of the American Dietetic Association: Individual-, Family-, School-, and Community-Based Interventions for Pediatric Overweight. J Am Diet Assoc. 2006; 106 (6):925-45.

(31)

9. Pedrosa C, Correia F, Seabra D, Oliveira B, Simões-Pereira C, Vaz-de-Almeida M. Prevalence of overweight and obesity among 7–9-year-old children in Aveiro, Portugal: comparison between IOTF and CDC references. Public Health Nutr. 2009; 13:1-6.

10. Strauss R. Childhood Obesity and Self-Esteem. Pediatrics. 2000:1-5.

11. Speiser P, Rudolf M, Anhalt H, Camacho-Hubner C, Chiarelli F, Eliakim A, et al. Consensus Statement: Childhood Obesity. J Clin Endocrinol Metab. 2005; 90 (3):1871-87.

12. Cole T, Bellizzi M, Flegal K, Dietz W. Establishing a standard definition for child overweight and obesity worldwide: international survey. 2000; 320 (7244):1240-3.

13. Dietz W, Gortmaker S. Preventing obesity in children and adolescents. Annu Rev Public Health. 2001; 22:337-53.

14. National Center for Health Statistic C. National Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion. Clinical Growth Charts. 2009;

15. Moreno L, Fleta J, Mur L, Rodríquez G, Sarría A, Bueno M. Waist circumference values in Spanish children--gender related differences. Eur J Clin Nutr. 1999; 53(6):429-33.

16. Katzmarzyk P. Waist circumference percentiles for Canadian youth 11-18y of age. Eur J Clin Nutr. 2004; 58(7):1011-5.

17. Kral T, Rauh E. Eating behaviors of children in the context of their family environment. Physiol Behav. 2010; 100 (5):567-73.

18. Wang Y, Lobstein T. Worldwide trends in childhood overweight and obesity. Int J Pediatr Obes. 2006; 1 (1):11-25.

(32)

20. Dunton G, Kaplan J, Wolch J, Jerrett M, Reynolds K. Physical environmental correlates of childhood obesity: a systematic review. 2009; 10:393-402.

21. Gonzalez J, Gilmer L. Obesity prevention in pediatrics: A pilot pediatric resident curriculum intervention on nutrition and obesity education and counseling. J Natl Med Assoc. 2006; 98(9):1483-8.

22. American Dietetic Association A. Position of the American Dietetic Association: Local Support for Nutrition Integrity in Schools. J Am Diet Assoc. 2006; 106:122-33.

23. Peres E. A propósito de... Dê à perna! Mexa-se! . Jornal de Notícias. 2000:23.

24. Lasserre A, Chiolero A, Cachat F, Paccaud F, Bovet P. Overweight in Swiss Children and Associations With Children’s and Parents’ Characteristics. Obesity Research. 2007; 15 (12):2912-19.

25. Rivera I, Silva M, Silva R, Oliveira B, Carvalho A. Physical Inactivity, TV-Watching Hours and Body Composition in Children and Adolescents. 2010;

26. Epstein L, Roemmich J, Robinson J, Paluch R, Winiewicz D, Fuerch J, et al. A randomized trial of the effects of reducing television viewing and computer use on body mass index in young children. Arch Pediatr Adolesc Med. 2008; 162(3):239-45.

27. Schwartz M, Puhl R. Childhood obesity: a societal problem to solve. Obes Rev. 2003; 4(1):57-71.

28. Story M. School-based approaches for preventing and treating obesity. Int J Obes Relat Metab Disord. 1999; 2:43-51.

(33)

29. Boon C, Clydesdalea F. A Review of Childhood and Adolescent Obesity Interventions. Crit Rev Food Sci Nutr. 2005; 45(7-8):511-25.

30. New S, Livingstone M. An investigation of the association between vending machine confectionery purchase frequency by schoolchildren in the UK and other dietary and lifestyle factors. Public Health Nutr. 2003; 6(5):497-504.

31. Patrick H, Nicklas T. A Review of Family and Social Determinants of Children’s Eating Patterns and Diet Quality. J Am Coll Nutr. 2005; 24(2):83–92. 32. Olvera N, Power T. Brief Report: Parenting Styles and Obesity in Mexican American Children: A Longitudinal Study. J Pediatr Psychol. 2010; 35(3) 243-49. 33. Golan M, Weizman A, Apter A, Fainaru M. Parents as the exclusive agents of change in the treatment of childhood obesity. Am J Clin Nutr. 1998; 67:1130-5. 34. Savage J, Fisher J, Birch L. Parental Influence on Eating Behavior: Conception to Adolescence. J Law Med Ethics. 2007; 35(1):22-34.

35. Barlow S. Expert Committee Recommendations Regarding the Prevention, Assessment, and Treatment of Child and Adolescent Overweight and Obesity: Summary Report. Pediatrics. 2007 120(4):164-92.

36. Davis M, Gance-Cleveland B, Hassink S, Johnson R, Paradis G, Resnicow

K. Recommendations for Prevention of Childhood Obesity. 2007; 120:229-53. 37. National Center for Health Statistic, National Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion. Clinical Growth Charts. 2000. [citado em: Maio 2009]. Disponível em: http://www.cdc.gov/growthcharts/clinical_charts.htm.

38. Fontana C, Damonte C, Pregliasco P, Roggi C. Hypocaloric diet and normocaloric diet in outpatient treatment in a group of children and adolescents. Pediatr Med Chir. 2007; 29(6):336-9.

(34)

40. Wadden T, Brownell K, Foster G. Obesity: responding to the global epidemic. J Consult Clin Psychol. 2002; 70(3):510-25.

41. Dehghan M, Akhtar-Danesh N, Merchant A. Childhood obesity, prevalence and prevention. Nutr J. 2005:4:24.

42. Siwik V, Senf J. Food cravings, ethnicity and other factors related to eating out. J Am Coll Nutr. 2006; 25(5):382-8.

43. Chamberlain L, Wang Y, Robinson T. Does children's screen time predict requests for advertised products? Cross-sectional and prospective analyses. Arch Pediatr Adolesc Med. 2006; 160(4):363-8.

(35)
(36)

8. ÍNDICE DE ANEXOS

Anexo A - Consentimento para o Presidente da Comissão Executiva do Hospital

de Braga 27

Anexo B - Consentimento para os pais 29

Anexo C - Protocolo de avaliação da consulta de Nutrição 31

(37)

Anexo A

Consentimento para o Presidente da Comissão Executiva

do Hospital de Braga

(38)

Motivo: Comparação da eficácia da terapêutica standard (dieta + exercício) com a

terapêutica baseada em competências parentais (atribuição de competências e responsabilidade sobre os pais/ familiares)

Venho por este meio solicitar a autorização para efectuar um trabalho de investigação na Consulta de Gastrenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica do Hospital de Braga, no qual irá colaborar a estagiária de nutrição, Analisa Neto.

Os participantes desta investigação serão as crianças e adolescentes da consulta. Neste sentido a recolha de informação será feita nas consultas de Nutrição (1ª consulta) e o trabalho consta da comparação da eficácia da terapêutica standard (dieta + exercício) com a terapêutica baseada em competências parentais (atribuição de competências e responsabilidade sobre os pais/ familiares)

Saliento ainda para o facto de esta investigação abrir um espaço de consulta com recuperação da lista de espera.

Com os nossos cumprimentos,

______________________________________ Data __/__/__

(Henedina Antunes)

______________________________________ Data __/__/__

(Analisa Neto)

Com o conhecimento e autorização da Directora de Serviço: Dra. Almerinda Pereira

______________________________________ Data __/__/__

(Dra. Almerinda Pereira)

Exmo. Senhor Presidente da Comissão Executiva do Hospital de Braga

(39)

Anexo B

Consentimento para os pais

(40)

Comparação da eficácia da terapêutica standard (dieta + exercício) com a terapêutica baseada em competências parentais (atribuição de competências e responsabilidade sobre os pais/ familiares)

No âmbito da consulta de Gastrenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica do Hospital de Braga o tratamento do excesso de peso/obesidade consta de plano alimentar e plano de exercício físico.

O objectivo deste trabalho será comparar o resultado desta terapêutica tradicional (grupo controlo) com a terapêutica baseada em competências parentais. As crianças e adolescentes serão distribuídos aleatoriamente, ou seja, na consulta ímpares, grupo controlo, na consulta pares, grupo competência parental.

Como tal, solicito a vossa autorização para a participação do(a) seu (sua) educando(a) neste projecto.

Informo que se trata de um processo confidencial, pelo que no presente projecto não será possível a identificação dos participantes quando da apresentação ou publicação dos resultados. Saliento ainda que o seu (sua) educando(a) poderá a qualquer momento desistir do projecto continuando a ter a mesma assistência.

Aceito participar neste projecto e autorizo a utilização de dados confidenciais para a investigação.

Assinatura do pai ou mãe

______________________________ Data: __/__/__

Assinatura do(a) adolescente

______________________________ Data: __/__/__

Assinatura da investigadora

(41)

Anexo C

Protocolo de avaliação da consulta de Nutrição

(42)

CONSULTA DE GASTRENTEROLOGIA E NUTRIÇÃO PEDIÁTRICA Consulta de obesidade - Protocolo

Data: ___/___/_____ Telefone: ___________

I. Identificação

Data de Nascimento (dia/ mês/ ano) ___/___/_____ Idade ______

Sexo: Feminino Masculino

Motivo: ______________________ Enviado por: __________________ Quem quis a consulta: ____________

II. Antecedentes pessoais

PN: ________ g Comprimento: ________ cm PC: ________ cm Gestação: ________ s Menarca: ________ anos III. Alimentação

Amamentado/ a até aos __________ 1ª alimentação sólida aos __________ Introdução do glúten _____________

Já alguma vez fez dieta? SIM NÃO

Orientada pelo médico? SIM NÃO

Exercício: 1.Escasso 2. Moderado 3. Intenso

Nº de horas que vê televisão por semana? _____________

IV. Antecedentes familiares

Tensão arterial elevada Pai ___ Mãe ___ Outros ___

DM 2 Pai ___ Mãe ___ Outros ___

Dislipidemia Pai ___ Mãe ___ Outros ___

Obesidade Pai ___ Mãe ___ Outros ___

V. Exame Físico

Peso: ____ Peso2: ecografia abdominal ___

Altura: ____ Altura2:

IMC: ____ IMC2:

Perímetro da cintura: ____ PC2:

Acantose ____

Imagem

Tabela 1. Caracterização dos dois grupos de crianças antes da intervenção (tempo 0)
Gráfico 2 – Percentagem de crianças/ adolescentes que praticou actividade física
Tabela 4 – Evolução do PC nas crianças dos diferentes grupos (tempo 0 e 2).
Gráfico  4  -  Variação  do  PC  em cada  criança  entre  o momento  da  1ª  e  da  2ª  consulta,  no  grupo  caso e no grupo controlo

Referências

Documentos relacionados

Portanto, mesmo percebendo a presença da música em diferentes situações no ambiente de educação infantil, percebe-se que as atividades relacionadas ao fazer musical ainda são

Acrescenta que “a ‘fonte do direito’ é o próprio direito em sua passagem de um estado de fluidez e invisibilidade subterrânea ao estado de segurança e clareza” (Montoro, 2016,

patula inibe a multiplicação do DENV-3 nas células, (Figura 4), além disso, nas análises microscópicas não foi observado efeito citotóxico do extrato sobre as

Como parte de uma composição musi- cal integral, o recorte pode ser feito de modo a ser reconheci- do como parte da composição (por exemplo, quando a trilha apresenta um intérprete

Benlanson (2008) avaliou diferentes bioestimulantes, (produtos à base de hormônios, micronutrientes, aminoácidos e vitaminas), confirmando possuir capacidade

São eles, Alexandrino Garcia (futuro empreendedor do Grupo Algar – nome dado em sua homenagem) com sete anos, Palmira com cinco anos, Georgina com três e José Maria com três meses.

ter se passado tão lentamente como muda uma montanha, aos nossos olhos eternamente parada e cujas mudanças só são percebidas pelos olhos de Deus” (DOURADO, 1999, p.

Determinar o perfil fitoquímico dos extratos aquosos das folhas de Physalis angulata L., silvestres e cultivadas, e avaliá-los quanto à influência do método de extração e