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Ensaio sobre cultivo consorciado, arroz, Oryza sativa(L)., e Carpa espelho, Cyprinus carpio Linnaeus, 1758 VR., Specularis, realizado na Fazenda Experimental do Vale do Curu

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(1)

UNIVERSIDADE IIEDERAL DO CEARA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRARIAS

DEPARTMENT° DE EgGILNKARIA DE PESCA

INSLCM

ENSAIO SOBRE CULTIVO CONSORCIADO, ARROZ,

pry-za sativa(L)., E CARIA ESPELHO,Cyprinus car-pio LINNAEUS, 1758 VR., Specularis, REALIZADO NA FAZENDA EXPERIMENTAL DO VATP, DO CURU.

(PENTECOSTE, CEARA, BRASIL)

4koptauam 00N6Rao

JOAQUIM BON6RIO FILHO

Dissertacg:o apresentada ao Departamento de Engenharia de Pesca do Centro de Ciencias Agr.iiias da Universidade Federal do CearS como parte das exigencias para a obtengao do titulo de Engenhei-ro de Pesca.

FORTATRZA - CEARA

1988.2

(2)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca Universitária

Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

H749e Honório Filho, Joaquim.

Ensaio sobre cultivo consorciado, arroz, Oryza sativa(L)., e Carpa espelho, Cyprinus carpio Linnaeus, 1758 VR., Specularis, realizado na Fazenda Experimental do Vale do Curu / Joaquim Honório Filho. – 1990. 20 f. : il.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 1990.

Orientação: Prof. Moisés Almeida de Oliveira.

1. Cultivo consorciado. 2. Carpa espelho. 3. Oryza sativa. 4. Cyprinus carpio. I. Título.

CDD 639.2 1988.

(3)

MOISES ALMEIDA DE OLIVEIRA Professor Adjunto

-Orientador-

COPaSSr.0 EXAMINADORA:

JOSE JARBAS STUDANT GURGEL Professor Assistente

-Presidente-

CARLOS GEMINIANO NOGUEIRA COELHO

Professor Assistente

VISTO:

VERA L1CT6 MOTA KIEIN

Professora Adjunto

Chefe ao Departamento de Engenharia de Pesca

JOSE RAIMUNDO BASTOS Professor Adjunto

(4)

AGRADECIMENTOS

Aos maus amigos, Honc;rio Airton- e Reildo Pontespincentivadores constantes para que prosseguisse na grande caminhada da vida academica.

Ao man orientador, professor Moises Almeida de Oliveira, do De partamento de Engerbaria de Pesca, pelas horas dedicadas a realizagao des se trabalho.

Aos professores Antonio Adauto Fonteles Filho e Jose' William Bezerrme Silva pela amizade que sempre tiveram para com os estudantes do curso de Engenharia de Pesca.

(5)

1.

ENSAIO SOBRE CULTIVO CONSORCIADO, ARROZ, Oryma sativa(L)., CARPA ESPETFO

Cyprinus carpi° LTNNAEUS, 1758 VR., Specularis; REALIZADO NA FAZENDA EX—

PERDThINTA.L DO VATE DO CUEU. (RENTECOSTE, GEARÁ; BRASIL).

Joaquim Hon6rio Filho

I- DTTR_ ODUa.0

A produçga de proteína de origem animal, cuja carencia tem

e

devastadores efeitos sobre as populaçoes dos 'Daises subdesenvolviaos au em desenvolvimento, sempre esbarrou em problemas como a falta de infra - estrutura apropriada au de recursos disponíveis, principalmente este 1/1 timo.

Para se sanar ou diminuir este problema, notadamente em países de clima tropical; tem-se procurado desenvolver, nos ultimos anos métodos alternativos para a produçga de proteína de origem animal, a cus

e

tos mais reduzidos el portanto, mais acessíveis as camadas da populaçao'

de menor poder aquisitivo.

Dentre os métodos mais pesquisados, um se mostra bastante' interessante e viSvel para o pals e, mais particularmente, para a regiao. Nordeste Brasileira: a criaçab consorciada peixe com arroz(rizipisciaul-tura).

A Carpa jS 4"cultivada hS mais de 3.000 anos na Ásia e no Oriente Media, e hS cerca de 600 anos na Europa. Merca de sua rusticida de, crescimento rSpido, regime alimentar onívoro (detrilOfaga), e au las qualidades desejSveis, esta espécie encontra-se hoje, numa area de dis tribuiça) ampla (Silva et alii, 1983 A).

A Carpa espelho, Cyprinus carpi° L. 1758 Vr. Specularia, e cultivada largamente em quase todo o mundo, sendo a mais utilizada entre os peixes cultivados. Adapta-se tanto em Sreas temperadas como Sreas sub tropicais e tropicais. Cresce rapidamente, em um ano, pode alcançar 0,8

(6)

2.

a 1 kg e toleram altas taxas de estocagem. (WoynaroVich; 1985).

0 problema de solos e sédicos tem sido preocupaçgo constante dos eStudiosos de solo, principalmente dos técnicos ligados a irrigaçEo. A sa unidade e o alto teor de sedio Locével limitam a produtividade de exten sac areas de terras necessarlas ao cultivo (Oliveira, 1984).

Experimentos realizados por Fontenelle (1976), no conic) de pes quisa IctiolOgico do DNOCS constataram que peixes de gua doce podem ser cultivados a concentraçao varié.veis de ate 40% da agua do mar.

Resultados obtidos por Oliveira (1984), indica a possibilidade ' de solos salinos e scidicos exercerem influencia positiva sobre a qualida

e . de de agua, suprindo-as com sais que poderiam atingir niveis propiclos ao desenvolvimento da piscicultura. 0 referido autor sugeriu ainda, em seu trabalho, a utilizaçao de solos salinizados e de recuperaçao antieconomi-ca para o desenvolvimento da rizipiscicultura, utilizando-se de -0yorinus carpio(L).

0 presente eiperimento foi desenvolvido na Fazenda .-.Experimental do Vale do Curu (10EVC), do Centro de Ciências Agra7rias da UFO, municipio de Pentecoste-Cearé: no period° entre março de 1985 a julho de 1986, numa area com caracterfsticas indesevaveis ao cultivo das culturas tradicio- nais irrigadas, devido a grande concen laçao de sais de S'édio, baixa con dutividade hidraulica e pequena profundidade do lençol freatico.

0 objetivo deste trabalho comparar resultados de rizipiscicul-tura praticada com arroz da variedade Sul Vale 1, consorciado com Carpa

e

espelho, Cyprinus carpio L., 1758 Irr. specularis, em aguas criticas de sa Unidade e sodicidade, com resultados de rizipiscicultura praticada em sc.

e

los férteis, de perlmetros irrigados da regiao Nordeste brasileira, alem de apresentar uma anLise econOmica do experimento.

(7)

II- NATERILL E ATODOS

A

Lea

selecionada foi a A-52 , localizada no vale aluvial do rio

Guru,

Pentecoste-CearS2 a Fazenda Experimental do Vale do NMI do Centro de Ciencias Agrarias da Universidade Federal do Cear. A érea e dominada por um canal secundério S2 (Figura 1), ligada ao canal P1 do açude General Sampaio (DNODS) 2. que permite um mOdulo de irrigagao de 80

its.

Derivando do canal secundério existe uma tubulagao de

PVC

esgoto de eque permite alimentar a

area

da parcela experimental com vazo de

15 Its.

No experimento, o tratamento testado foi o seguinte: Uma parce

la

com uma lotagao de 2500 peixes e drenagem mensal (da lg colheita despesca), com

area

inundada de 800 m2 medindo 20 por 40 in 2. com- r:efil. gio periferico (Figura 2).

0 plantio do arroz foi feito a lanço, com densidade de semeadu ra de 80 kg/ha com arroz da variedade Sulval I. Entre

8

a 10 dias do plantio, as sementes germinaram uniformimente em toda a

area,

nao

haven

do portanto necessidade de transplantio por meio de repicagem de mudas, prética

corium

no tipo de solo da parcela onde se desenvolveu o experimen to (Figura

Ao ser atingido um nivel d'agua na parcela; suficiente para o deslocamento dos alevinos no interior da mesma, fez-se o peixamento numa densidade de 1 (um) peixe por 4 (quatro)meLLos quadrados.

Quando da estocagem, obteve-se-os comprimentos zoolOgicos,

(die

téncia anterior do fucinho a posterior dos raios medianos da nadadeira . caudal) com o animal estendido lateralmente do lado direito sobre uma eu perficie plana, anotados em milimetros, de 20% dás peixes, determinando-se assim, o comprimento zoolOgico médio dos alevinos estocados. Estas te di9oes foram realizadas através de uma regua.adaptada como um ictiometro com escala milimetrada.

(8)

4.

da 14 colheita do arroz e apOs a "Soca", isto na 24 colheita quando tambem foi realizado a despesca. A pesagem dos peixes foi feita usando se uma balança de prato, tipo "Filizola", com diviso de 10 gramas (figa ra 41.

Durante o experimento, no foi fornecido raçao aos peixes, fi cando a alimentaçao dos Carpas restritas ao alimento natural existente no prO.prio meio de cultivo. En Jetanto, o arroz recebeu adubaggo mineral de base e em cobertura, durante duas vezes, contendo de superfosfato sim pies, ureia e cloreto de potSssio em doses equivalentes a

50

Kg/ha nas seguintes proporcoes:

47,3%

de superfosfato simples, 29,3% de uréia e 23,4% de cloreto de potSssio. A adubaçao do arroz ocorreu sempre que fo • Tam notados amarelecimento das folhas desse vegetal.

Durante o desenvolvimento da cultura do arroz, foram realizados todos os tratos culturais necessSrios ao seu cultivo. Ap6s a collleita fo ram observados dados sobre produtividade, produçao e custos de secagem,

-estocagem e beneficiamento.

Quando iniciou-se o periodo de frutificaçgO do arroz, teve ini- cio a vigilLcia con Lra o ataque de pSzsaro, objetivando evitar queda na safra. Quando aproximadamente 2/3 dos graos do an. oz estavam amadureci dos realizou-se as colheitas (planta e coca).

Por ocasiao da depesca realizou-se a drenagem da parcela median te uma abertura de 1 (um) me Lo no dique da parcela, formando-se o devi do cuidado para nao provocas o arrombamento do mesmo e consequentemente, danos que impliquem em refaze-los para um novo cultivo na area. Apos a drenagem, os peixes ficaram todos retidos nos refUgios e foram captura dos com auxilio de una rede de arrasto medindo

5

m de comprimento por

1,5 m

de altura, confeccionada em tecido de tarlatana e malhas de

5 mm ,

evitando-se assim a seletividade do aparelho. Nas duas amosLiagens (14 e 24 despesca), usou-se a mesma rede. Terminada as amostragens, procedeu - se os cSlculos da biamassa atraves da metologia usada por Santos 1978.

(9)

5.

roz, Oriza Sai va (L). e Carpa espelho, Cyprinus carpi° LI realizados em solos salino-sodicos no Vale do Guru, Pentecoste-Cearé-Brasil, foram com parados com as produtividades obtidas em rizipiscicultura praticadas em solos férteis de perimetros irrigados da regigo Nordeste brasileira. Pa ra isso, foram obtidos dados referentes a cultivos realizados por Silva e Oscirio (1980), Silva et ali (1982) e Oliveira (1984) (Tabela III).

Realizou-se

anélise economica sumaria do cultivo, para issolfo-ram computados na tabela IV: despesas com implantagao do projeto tais co

mo araçao, gradagem, roçagem, construggo de diques e escava9gO de refil gio. Esses custos de iMplantaçao doprojeto no foram incluidos nos cél cubs dos custos envolvidos no experimento, visto que se trata de um in vestimento.

Para os célculos das despesas, no se considerou os custos fi-xos. Levou-se em consideraçao os gastos com a compra de alevinos, de se mentes, mao de obra indireta, adubos beneficiamento do arroz (Tabela V). Para os célculos das receitas totais envolvidas levou-se em con sideraçao a venda do peixe e arroz cultivados. (Tabela VI).

(10)

6.

III- RESULTADOS E DISCUSSIb

Na tabela 1, encon am-se dispostos os dados referentes aos com-primentos zoolOgicos médios (cm) e peso médios (g) da Carpa espelho,

a

prinus carpi° (L)„ Referidos dados foram obtidos durante o povoamento da parcela e 24 h apes o corte do arroz tanto na lg como na 2g colheita, sen do que apes o 212 corte, estas medidas foram realizadas concomitaneamen - te

a

despesca. No foram realizadas ouras mostragens em decorrencia das condigoes a que estavam submetidos os peixes no cultivo, ja que em rizi piscicultura eles te.m Tie se adaptar a a-guas pouco profundas e tambem eu portar ouLas condigoes adversas tais como: varia:goes de temperatura; bai xas taxas de oxigenio dissolvido; elevada tarbidez da agua, etc.' Portan to, a captura dos peixes para amostragens, deve provocar mortalidade dos mesmos. Vale resaltar que com os cuidados aflotados na metologia desse tra balho, a taxa de mortalidade foi nula. Acredita-se portanto, que se fos - sem realizadas amostragens mensais como se faz em piscicultura intensiva, a taxa de mortalidade no seria nula, dada a dificuldade de captura dos peixes, uma vez que os mesmos se escondem no interior do arroz, dificul tando a utilizagao de uma rede de arrasta, o que restringe a captura, ao uso da tarafa. Esta arte de pesca, como se sabe, pode causar traumatismo provocando a morte do peixe.

A tabela I mostra o crescimento em comprimento e peso da Carpa-espelho. Os alevinos foram estocados com comprimento zoolOgico médio de

alcançaram no final do cultivo

23,94 cm. 0

peso medio aumentou de 25,5 g, no inicio para 304,66 no final do cultivo, permanecendo

6

meses. na parcela.

Analizando-se os dados referentes aos ganhos de peso em gramas/ mes usando-se a metodologia de Santos (1978), observou-se na tabela II que o ganho de peso mensal da Carpa espelho foi de 46,5 gramas. Referido ganho de peso pode ser considerado bom, levando-se em consideragao que no foi fornecido dieta artificial,, ficando portanto a alimentagao desse

(11)

7.

peixe restrita unicamente aos alimentos naturais existentes na prOpria parcela do arroz irrigado. Ainda nessa tabelo, verificou-se clue os melho res ganhos de peso foram registrados nos primeiros meses do cultivo, com uma media de 52,1 gramas nos

3,75 meses iniciais e 38,6 gramas nos

25

me

ses finais;

Comparando-se os resultados obtidos no cultivo consorciados da Carpa espelho, Cyprinus carpio (L), com o arroz da variedade Sul Vale I com as produtividades de rizipiscicultura no Município de Pentecoste-Cea ra, nota-se Que a produtividade de 762,5 Kg/ha obtida em solo salino e sOdico na parcela, deste trabalho, e

5

cm superior a aquelas atingidas por Silva e Osorio (1980), para a Gurimatcomum e hibridos de tilepia cujas produtividades foram respectivamente 24/1,5 e 358,2 Kg/ha. A densi dade de estocagem dessas espécie foram 2.500 peixe/ha au seja, a mesma adotada no presente trabalho. EnLietanto, Quando se compara a produtivi-dade dessa presente pesquisa com pesquisa'IctiolOgico do DNOCS por Silva et ali (1982), observa-se que esta Produtividade de 90 Kg/ha supera aquela em 167,5 Kg/ha (Tabela III).

Ainda nesta tabela verifica-se 011e ensaios realizados com Cypri nus Carpio (L)., em densidade de estocagem de 1400 peixes/ha e 2800 pei xes/ha na mesma a'rea onde desenvolveu-se o experimento da parcela, .as produtividades apresentadas por Oliveira (1984), embora prOximas, foram menores do que aquela obtida neste trabalho. 0 referido autor conside-rou bons os seus resultados na rizipiscicultara, uma vez que os colonos dos perlmetros irrigados do Nordeste brasileiro, alem de terem uma alter nativa para a utilizagao das areas aluvionais salinizadas e de recupera gao antieconomica, ainda poderiam obter em um mesmo local a produgao de duas culturas em parcelas de arroz irrigado, o que propiciaria aos colo nos umarenda complementar com a venda do peixe. Isto sem divida, alterna ria as disparidades existentes entre as receitas geradas com a venda do arroz, cujas produtividades sa) menores nesse tipo de solo do que em au tras Leas onde se pratica a rizipisciaultura irrigada.

(12)

Para a anSlise econômica do experimento foram feitos levantamen tos de 13regos das diversas atividades:

-Diria paga ao agriaultor - Cz$ 700960 -Beneficiamento do ATTOZ p/kg Cz$ 12,50 -Compra de Semente por Kg - Cz$ 400;00 -Compra de alevinos p/unidade Cz$ 15,00

-Compra de adubos (Kg)- superfosfato simples - Cz$ 117,00'

- Ureia Cz$ 118900

- Cloreto de ?;a4.55;() - Cz$ 120,00 -Venda do arroz (Kg) - Cz$ 250,00

-Venda do peixe (Kg) - Cz$ 250;00 -OTN do ri;s de NOVEMBRO - Cz$ 3774,0161

A tabela V mostra que as despesas totais montaram em Cz$ 253.338,50 que correspondem a 67,110 OTN, dos quais Cz$ 172.062;50 foram gastos com mgO de obra (67%) e Cz$ 81.260,00 foram gastOs na compra de Ma terias Primas (33%).

Na tabela VI vs-se que no final do cultivo obteve-se uma receita da ordem de Cz$663.875,00 que corresponde a

175,9

OTN dos quais Cz$

473.

250_200

foram obtidos com a venda do arroz (71%) e Cz$ 190.625,00 obtidos com a venda do peixe (29%).

Computados valores das receitas com a venda do arroz e peixe e diminuindo-se os custos envolvidos no experimento, cheqgau-se a um lucro da ordem de Cz$ 410.537,00 cruzados 108,8 OTN, que julgou-se muito bom.

A. receita de 125,4 OTNAna alcançada com a venda do arroz - em so los sOdicos da Fazenda experimental da UFC este: abaixo da media de 196,4 OTN/ha atingida pelos colonos no Vale do Rio Guru em solos ferteis. Isto equivale a uma diferença correspondente a 7190 OTN no entanto na conSor cia9ao do arroz com peixe esta receita foi elevada para

175,9

OTN diminu indo assim essa defasagem. Revolta-se ainda qua em solos férteis dos perl metros irrigados, se tal praica for adotada, Os colonos poderio tambem

(13)

10.

coNcluslo

Os resultados obtidos no presente cultivo permitiram obter as se guintes conclusOes:

A taxa de sobrevivencia da Carpa espelho foi de 100%. 0 ganho ,

de peso foi de 116.250 g/mes da biomassa, au seja, 46,5 gimes por peixe .

A produtividade de 18,93 kg/ha para o arroz da variedade Sul Va le I, cultivado em solos sOdicos foi inferior

a

media de 3800.Kg/ha para os perimetros do Vale do Rio Curu.

A produtividade de 762,5 kg/ha obtida com a Carpa espelho, quan-do comparaquan-dos a outros resultaquan-dos de rizipiscicultura pode ser considera-,da boa.

Apesar de no ter sido fornecido ragao, os peixes tiveram bom crescimento alimentando-se naturalmente.

A rizipiscicultura parece ser das culturas mais sugestivas pelo impacto que poder S ter como fonte proteica por excelencia MRS ireas -irri gadas e propiciar maiores possibilidades de retorno para os colonos que lidam com aquele tipo de solo.

A receita com a venda do arroz e do peixe montaram em 124 e 50. OTIN respectivamente, enquanto que os custos com o cultivo foram de 67,11 OTN, conferindo ao rizipiscicultor um lucro de 108,8 OPN em L.ea soliniza das de perimetros irrigados.

Nas condigoes de cultivo deste trabalho os resultados mostraram que os rizicultores poderam obter uma renda complementar da ordem de 50,5

(14)

12.4.

sumbio

Com este trabalho apresenta-se urn ensaio sobre o cultivo consor

ciado, arroz, Oryza Sativa(L). e Carpa espelho. Cyprinus carpib 1.) 1758

Vr. Specularis, realizado na Fazenda Experimental do Vale do Guru

(Pente-coste-Cear6:-Brasil) e teve como objetivos comparar resultados de rizipis

cicultara praticado com arroz da Variedade Sul Vale I, Consorciado cam

Carpa espelho, em Sguas críticas de salinidade e sodicidade com resul

tados de rizipiscicultura praticada em solos ferteis de perímetros irriga

dos da Regiao Nordeste brasileira. Alem de apresentar uma anLise economi

ca do experimento.

0 tratamento testado foi o seguinte: lotagg'o de 2500 peixes/ha

ern parcela (20x40m) com refUgios perifericos com arroz da variedade Sul

Vale I, cuja densidade de semeadamfoi de 80 kg/ha. Durante o experimen

to no foi fornecido razao artificial dos peixes.

No final do cultivo, a Carpa espelho apresentou peso medic. de

304,66(g) com um comprimento zoolOgico medio de 23,94(cm). Obteve-se uma

produtividade de 762,5 kg/ha. O arroz apresentou uma produtividade de.

1893 kg/ha.

A receita com a venda do arroz e peixe montou em 175,9 OTN e os

(15)

13. REFERÊNCIAS BTRLIOGRkFICAS

1- DAMASCO, Jose' Hugo - Informag3es de drenagem e salinidade nos perimetros irrigados do Departamento Nacional de Obras bon tra as Secas(DNOCS),In: RelatOrio ao serviço de solo e água (Dirgaits). Fortaleza, DNOCS, 1980 (Mimeografado)

2- FONIENELE, Osmar - Aproveitamento aas areas irrigadas,, saliniza das, de recuperagao anti-economica com a criaçao de Peixes. Bol.Tec.DNOCS, Fortaleza, 32(1): 79-861 1976,

3- FROTA, Sandra Helena Moreira - Resultados de urn ensaio sobre Carpa espelho, Cyprinus carpio L.-, 1758 Vr. Specularis, em viveiros do centro de pesquisa IctiolOgica do DNOCS (Peitit:0 - coste, Cear, Brasil), Fortaleza, UFC/CCA/Departamento de en genharia de Pesca, 1982. (Dissertaggb apresentada para obten so do titulo de engenheiro de Pesca).

4- GOES, Edivaldo Sobral - ProdiagnOstico sobre o problema de sali nidade e de drenagem nos projetos de irrigaçao do Nordeste, In: RelatOrio ao Departamento de Pesquisa e Esperimentagao . Recife, SUDEPE, 1976. (Mimeografado)

5- HOLANDA, Nilson. Planejamento e Projetos, uma introducao as tee nicas de planejamento e elaborabao de projetos. Rio de Janei ro, APEC/MEC,

1975.404

P.

6- OLIVEIRA, M.A. - Aproveitamento da agua de irrigaçao para o des envolvimento da rizipiscicultura em 6:reas salinizadas de -,perimetros irrigados. BOL.TEC.REC.HIDRICOS, Fortaleza, n° 3,

(16)

14.

7- SANTOS, E.P. dos. Dinamica de Populacoes aplicadas a pesca e a Riscicultura. So Paulo, HUCria;C, 1978 - 129P.

8- SILVA, Jose William Bezerra & Oserio, Francisco Moises Ferreira In: RelatOrio final de atividades do convesnio CODEVASF/DNOCS (PGB- 13/78), Fortaleza, 1980. 13P (Mimeografado).

9- SILVA, J.N.B. e et alii. Resultados de um ensaio 'sobre a cria 9ao de Carpa espelho, Cyprinus carpi° L 1758 Vr. Specula- ris, em viveiro do cenulo de pesquisa IctiolOgica do DNOCS. (Pentecoste, Cear, Brasil). B.Tec. DNOCS, Fortaleza, 41(1):

145-170, Jan/jun. 1983a.

10- SILVA, J.W.B. e et alii. Resultado de um cultivo de Carpa espe-lho, Cyprinus carpio L., 1758 Vr. Specularis, em viveiro na tural. B. Teo. DNOCS, Fortaleza, 41(2): 251-280, :Jul/'Dez 1983.

- 11- WAYNAROVICH, Alex. Manual de Piscicultura Minter/Codevasf. Era-silia, CODEVASF, 1985. 30P.

(17)

PA.BELk

Dados sobre comprimento zoo16.gicos m4dios ( cm ) e peso m6'dio

( g ) da carpa espelho, Cygfinus carpi° L, 1758 Vr0 speculP:fis, durante o cultivo consorciado com arroz, Oryza Sativa ( L ),rea lizado na Fazenda Experimental do Tale do Curu, Pentecoste7 Oca ra-Brasil.

DATA Comp. zoo1C7gico me.7dios ( cm ) Peso m;dios ( g ) Observes 17.10.85 9,00 . 25,50 -No peixamento da parcela. 30.01.86 22,95 207,94 -Na 14 colheita ( planta ) 24.04.86 23,94 304,66 -Na 24 colheita ( Soca )

(18)

TABELA II

Dados sobre incremento de peso

OW

( t + At ) - Wt-lem gramas, duraçao de cultivo ( At ) em meses e ganho de peso mensal, 1 (t + At) - Wtada carpa espelho, Cyprinus carpio L., 1758 Vr. speaularis consorciado com arroz, Oriza Sativa ( L ), em solos salivo-sOdicos no Vale do Garu, Pentecoste-Cear67,--Arasil.

Pprcela Amos La

TT ( t + kb ) - Wt

(

gramas

)

At

(

meses

)

W(t+At)-Wt

At

( 5

2 - 1

3 - 2

3 - 1

182,40

96572

279,12

3,5

2,5

6,0

52510

38,68

46250

(19)

TABELA

III

Dados referentes a comparaçao de produtividades de. consOcio: arroz x peixe com o experimento realizado em solos salino-s6

dicos do Vale do Curu.

LOCAL ESPÉCIE Densidade de estocagem Peso

m4-

dio mi-- ia 6,. L Peso me-dio Final ‘ g -) PRODUTIVIDADE

1) Centro de Pesq. Prochidus ER 2500 peixe/ha 56,2 9728 244,5 IctiolOgico-DNOCS Hibrido de Til;pia 2500 peixe/ha 2824 143,5 358,7

2) Centro de Pesq. Cyprinus carpio L. 2500 peixe/ha 1724 372,0 930„0 ..,.,

IctiolOgico-DNOCS .

3) Fazenda Experimental Cyprinus carpio L. 1400 peixe/ha 28,2 438,2 607,6 UFC -Pentecoste-Ce. Cyprinus carpi° L. 2800 peixe/ha 48,2 246,2 648,3

Fazenda experimental

UFC(PARCELA) Cyprinus carpi° L. 2500 peixe/ha 25,5 305,0 762,5

1) Silva e OsOrio (1980) 2) Silva et alii (1982) 3) Oliveira (1924)

(20)

TABEL.A. IV

Dados sobre custos de investimento envolvidos durante a implanta -93:c do experimento realizado com Carpa espelho Cyprinus carpio (L),, e ar roz- Oryza Sativa (L), em solos salino-sOdicos do vale do rio Guru-Pente - coste-CearS-Brasil.

Especificaç,To Unidade Quantidade Diria equiv, Valor unido Valor total OtN

Roçagem L.ha 3hs(Lrator) 7.000, -21.000 5556 0515 Arao 1 ha 4hs(trator) 7.000/ 28.000 7542 0521 Gradagem 1 ha 5hs(trator) 7.000, 35.000 9527 0,26 Const.diques 1 ha 18hom/d. 700, 12.600 3,34 0,09 Esc,Refiigio m3 160 57hom/d. 700; 39.900 10,57 0529

(21)

Dados sobre custos variSveis envolvidos durante o experimento com Carpa espelho, CyTrinus carpio L5 e arroz, Orysa - sdtiva (L); em solos salino-s6dicos do Vale do Guru, Pentecoste- Cea ri-Brasil.

:

Especificaggo Unidades Quant. Valor por Unidade Cz ,

Valor Total OTN crf 10

Mo de Obra .

Plantio Diria 12 700,00 8.400,00 2,22 0,0330 Adubaggo Diaia 06 700,00 4.200,00 1,11 0,0160 Tratos Cult. Diria 06 700,00 4.200,00 1,11 0,0160 Pastoreio DiE.I;ria 60 700,00 42.000,00 11,13 0,1650 Colheita Diria 40 700,00 28.000,00 7,42 0,1100 Secagem Diária 40 700,00 28,000,00 7,42 0,1100 Beneficiam. Kg 1893 12,50 23.662,50 6,27 0,0930 Estocagem Diria 40 700,00 28.000,00 7,42 0,1100 Despesca 08 700,00 5.600,00 1,48 0,0220 M.Primas Sementes Kg 400,00 32.000,00 8,48 0,1260 Alevinos Unid. 15,00 37.500,00

9,94

0,1480 B.Fosf.Simp. Kg 117,00 5.522,40 1,46 0,0220 Urdia Kg 118,00 3.445,60 0,91 0,0140 Clor.PotSssio • Kg 120,00 2.808,00

0,74 0,0110

TOTAL - - 253.338,50 67,11 1,0000

(22)

TABELA VI

Dados referentes as receitas totais envolvidas durante o cultivo consorciado com Carpa espelho, Cyprinus carpi° (L), e arroz, pLy za sativa(L)., realizado em solos salino-s6dicos n6 Vale do Rio

Curu. Pentecoste-Cear6:-Rrasil.

Especificaggo Unido Quanta por Ha. Valor por Unid. Cz$ Valor total Cz$ OTN e /0

Venda do Arroz

Kg

189,3

25o,00

473.250,

T25,4 0,71

Venda do Peixe

Kg

762,5

250,00

190.625,

50,5

0,29

TOTAL - - - 663.875)

175,9 1,00

Custos totais = Cz$ 253.338,50 Receitas totais = Cz$ 663.875,50

Lucro = Receitas - Custos

Lucro=

663.875,50 - 253.338,50 . 410.537,00

(23)

• Fr I GI 'Cy RI

Vista parcial da parcela "

5 "

20 x 40

in

onde se pode notis.r

a refiigio perife`rico para peixes a a solo preparad:O para o plantio do ar

-raze

Referências

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