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Atividade física e tempo sedentário em servidores públicos do Brasil.

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA - DEP CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

FAULE NUNES BEZERRA DE ASSIS CAVALCANTI

Atividade física e tempo sedentário em servidores públicos do Brasil.

NATAL/RN 2019

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FAULE NUNES BEZERRA DE ASSIS CAVALCANTI

Atividade física e tempo sedentário em servidores públicos do Brasil.

Artigo científico apresentado na Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel no Curso de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Orientador: Prof. Dr. Ricardo Santos Oliveira

NATAL/RN 2019

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Atividade física e tempo sedentário em servidores públicos do Brasil.

Faule Nunes Bezerra de Assis Cavalcanti 1 Ricardo Santos Oliveira 2

RESUMO

O objetivo desse estudo foi investigar a prevalência de sedentarismo e Atividade Física dos servidores públicos do Brasil. Para isso, uma revisão narrativa da literatura foi realizada sobre o nível de atividade física e o tempo sedentário dos servidores públicos do Brasil. Além disso, os possíveis determinantes e fatores associados aos achados foram apresentados. Dos poucos estudos incluídos na revisão, constatamos baixos níveis de atividade física, alto número de sedentarismo e a presença de doenças crônicas não transmissíveis. A importância desse trabalho revela-se ao tentar identificar a prevalência de sedentarismo e atividade física em servidores e auxiliar na promoção da saúde dessa população e quem sabe subsidiar programas de intervenção.

Palavras-chave: Atividade física; Sedentarismo; Servidores públicos.

1. INTRODUÇÃO

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os motivos para o surgimento de problemas com a saúde estão mudando, assumindo formas avançadas e a um ritmo inesperado. O envelhecimento e os efeitos de uma urbanização e globalização mal administrados aceleram a transmissão de doenças transmissíveis e aumenta o número de DCNT em todo o mundo (OMS 2008). DCNT são aquelas de avanço lento e longa duração (OMS, 2018). Podem ser sintomáticas ou silenciosas e comprometem a qualidade de vida dos indivíduos (BRASIL, 2018). Os principais agravos são: doenças cardiovasculares (DCV), câncer, doenças respiratórias crônicas (bronquite, asma, renite, doença pulmonar obstrutiva), doenças metabólicas (diabetes, dislipidemia), doenças osteomusculares e doenças mentais. (OPAS, 2018).

Caspersen, Powell e Christenson (1985) definem atividade física como sendo qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que requeiram gasto de energia. A atividade física é composta pelos domínios das atividades no trabalho, deslocamento, atividades domésticas e tempo livre (PITANGA; ALMEIDA;

1 Graduando em Educação Física – Universidade Federal do RN –

eluaf@hotmail.com

2 Dr Ricardo Santos Oliveira – Universidade Federal do RN –

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FREITAS; 2010). Praticar atividade física é uma das formas de retardar ou reduzir o aparecimento e desenvolvimento de DCNT, a prática regular de atividade física melhora as funções cardiorrespiratórias, musculares, metabólicas e ósseas (OMS, 2010). Segundo Dumith, (2009) os benefícios da atividade física para a saúde estão bem estabelecidos na literatura, porém, cerca de 17% da população mundial não pratica nenhuma atividade física e 60% da população não atingem o mínimo de atividade física por semana recomendado pela Organização Mundial da Saúde. De acordo com o American College of Sports Medicine já está comprovada a eficiência do exercício regular com alguma combinação de frequência, intensidade e duração para a obtenção de um efeito de treinamento (ACSM, 1998). A intensidade da atividade física pode ser caracterizada em leve, moderada ou vigorosa conforme o esforço percebido. A atividade física pode variar quanto à frequência, intensidade e duração, e quanto ao tipo da modalidade ou atividade realizada (CAFRUNI; VALADÃO; MELLO, 2012). Nahas (1996) adverte que a atividade física tem sido investigada por inúmeros instrumentos que medem uma variedade de comportamentos, porém apesar de existirem muitas e diferentes técnicas para investigação, ainda não existe uma que possa ser considerada como a ideal. O uso de um instrumento que capte a prática de atividades físicas nos domínios de lazer, deslocamento, trabalho e tarefas domésticas permite avaliar tendências específicas da prática de atividade física em cada domínio (HALLAL, 2014). De acordo com Reis, Petroski e Lopes (2000), os instrumentos de medidas da atividade física podem ser classificados em dois grandes grupos, aqueles que utilizam informações dados pelo sujeito (questionários, entrevista e diário) e aqueles que utilizam marcadores fisiológicos ou sensores de movimentos (acelerômetro, pedômetro, frequencímetro...). A utilização de instrumentos que determinam a dose ideal de atividade física é importante tanto para que se atendam as recomendações da OMS de atividade física para saúde, quanto para a melhor prescrição do exercício.

Por outro lado, inatividade física é definida como nenhuma atividade física no lazer nos três meses anteriores, ausência de esforço no trabalho, deslocamento inativo e nenhum envolvimento nas tarefas do lar (DUMITH, 2009). Estima-se que 31% da população global adulta, seja insuficientemente ativa, ou seja, não atende as recomendações da OMS dos níveis de atividade física para saúde (HALLAL et al., 2012). De acordo com a OMS a atividade física insuficiente é um dos principais fatores de risco para morte no mundo e fator de risco chave para o surgimento de

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DCNT (BRASIL, 2005). Cerca de 3,2 milhões de pessoas morrem a cada ano por decorrência da inatividade física. No Brasil, dados do ministério da saúde, referente às capitais, mostraram que 44,1% das pessoas são insuficientemente ativas (BRASIL, 2018).

Segundo Genin et al. (2018), é crucial esclarecer que sedentarismo não é o mesmo que falta de atividade física, pois as pessoas podem atingir os níveis recomendados de atividade física para a idade e, ainda assim, passam grande parte do tempo engajado em atividades sedentárias. Nesse contexto, comportamento sedentário é definido como qualquer comportamento de vigília com um gasto energético ≤ a 1,5 equivalentes metabólicos (METs) sentado ou deitado (TREMBLAY, 2017). Existem pontos de corte para definição de sedentarismo entre adultos que utiliza a contagem de passos por dia (VITORINO et al., 2015). Segundo Hallal, (2006) a identificação de subgrupos populacionais com maior frequência de sedentarismo pode guiar estratégias efetivas que visem aumentar o nível de atividade física de adolescentes. Indivíduos que relataram a participação em atividades físicas durante a adolescência apresentaram mais chances de serem ativos na idade adulta (AZEVEDO et. al., 2007, apud SANTOS 2010). Sendo o sedentarismo uma situação de risco para a saúde e que pode ser revertida a baixo custo. É de suma importância entender o que impede ou limita a prática de atividade física (REICHERT, 2004).

Uma possível explicação para o baixo nível de atividade física é o número de barreiras que dificultam o envolvimento e a participação. As barreiras referem-se a obstáculos percebidos pelo indivíduo que podem reduzir seu engajamento em comportamentos saudáveis (SANTOS et. al., 2010). Além dos fatores médicos, existem outros que influenciam de forma determinante a saúde dos indivíduos (CARRAPATO, CORREIA E GARCIA 2017). Os determinantes da saúde têm sido agrupados em 5 categorias fixos ou biológicos, sociais e econômicos, ambientais, estilo de vida e acesso aos serviços (GEORGE 2011, apud CARRAPATO, CORREIA E GARCIA 2017).

Pesquisas que correlacionam o ambiente de trabalho e a saúde do trabalhador tem se tornado cada vez mais importante. Publicação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) apontava que, em 2016 existia quase 12 milhões de servidores públicos no Brasil nas três esferas do poder (BRASIL, 2016). Essas pessoas têm a importante tarefa de servir a sociedade e são a peça

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fundamental para a gestão da máquina pública e para o crescimento e desenvolvimento dos municípios, estados e do país.

De acordo com o decreto nº 1.171, Brasil (1994, p. 2):

O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

Com a missão de atender o interesse coletivo em serviços essenciais à população o servidor público deve zelar pela impessoalidade, sigilo e ética no cumprimento de suas funções (BRASIL, 1990). Porém, para que se atendam as solicitações dos cidadãos com o profissionalismo, disposição, dedicação e qualidade que o dever exige, faz-se necessário que o servidor esteja bem em sua saúde física, social e mental. Estudos que observam o ambiente de trabalho e o nível de atividade física e a saúde de servidores públicos têm sido desenvolvidos, entretanto as constantes mudanças nas relações trabalhistas tanto no poder privado quanto no poder público torna importante a observação sobre a saúde e qualidade de vida dos trabalhadores, com o objetivo de proporcionar melhores condições de vida aos indivíduos, reduzir os índices de faltas, absenteísmo no trabalho e melhorar o desempenho. Nesse contexto, examinar o nível de atividade física em servidores públicos, os fatores associados, seus possíveis determinantes e a influência da ocupação deve contribuir para criação de estratégias de políticas de promoção a saúde desse grupo.

2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Investigar através de uma revisão da literatura a prevalência de Atividade Física e comportamento sedentário dos servidores públicos do Brasil.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS;

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 Verificar a influência da ocupação.

3. JUSTIFICATIVA

As experiências da vida acadêmica (estágios) nos inquietaram a entender o porquê de uma prevalência tão alta de sedentarismo e inatividade física em uma população que, a princípio, é bem esclarecida e possui um melhor nível sócio econômico que a grande maioria da população. Por que pessoas que trabalham com doentes e que sabem dos riscos do comportamento sedentário insistem nesse comportamento? Por que professores, mestres, doutores, funcionários de universidades, pessoas que investigam, produzem e tratam informações, não conseguem ter uma rotina saudável? Por que pessoas que precisam estar bem condicionadas, física e mentalmente, que sabem dos riscos de sua profissão, se permite ser levado pela lei do menor esforço, mesmo sabendo dos prejuízos que ela causa? Entender as relações entre a saúde do trabalhador e o melhor desempenho de suas funções é de suma importância tanto para o trabalhador quanto para o empregador e esta importância é, consideravelmente, aumentada quando o empregador se trata do estado. Estudos realizados com servidores públicos, das mais diversas áreas de atuação (médicos, enfermeiros, policiais, administradores, auxiliares, professores...), encontraram prevalência de baixos níveis de atividade física. Gonçalves et. al. (2017) analisou os níveis de atividade física de servidores administrativos de uma Universidade Pública de Maringá, já os autores Jesus e Jesus (2012) descreveram o nível de atividade física e as barreiras percebidas para prática de atividade física de policiais da Bahia, dois estudos distintos, que observaram o mesmo tema, em regiões distintas e encontraram resultados semelhantes. Sendo assim, monitorar os níveis de atividade física dos servidores públicos, os motivos que levam a inatividade e as prováveis interferências na ocupação, são imprescindíveis para o planejamento de políticas que induzam a prática de atividade física e promovam manutenção da saúde.

4. MÉTODO

O artigo trata-se de uma revisão narrativa de estudos que abordaram o tema atividade física, sedentarismo e servidor público. Foram inclusos textos do Google

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Acadêmico e Scielo com os descritores relacionados. Para responder ao objetivo da pesquisa, na primeira parte da revisão será apresentado o que é o servidor público e as características de trabalho do mesmo. Em seguida, será apresentada uma narrativa dos trabalhos que identificaram a prática de atividade física e tempo sedentário nos diversos setores do funcionalismo público. Por fim, uma breve discussão dos principais achados será abordada.

4.1- SERVIDORES PÚBLICOS

Definir servidor público não é tarefa assim tão fácil, pois pode englobar uma grande categoria de profissionais e outras tantas formas de vinculo empregatício com o Estado.

A lei nº 8.429/1992, art. 2º, define assim o servidor público:

Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

O concursado, o prestador de serviço, os tão famosos cargos comissionados, todos podem ser considerados servidores públicos, (TAVARES, 2003). São engenheiros, médicos, advogados, administradores, juízes, policiais, professores, entre tantos outros, que têm a missão de servir, atender, cuidar e proteger o cidadão (FERNANDES, 2015). Entretanto a qualidade da prestação dos serviços públicos é frequentemente questionada e depreciada por parte importante da população usuária. O “cliente” cidadão é, ao mesmo tempo, usuário e patrão e os serviços prestados não buscam um retorno financeiro e sim um lucro social. Os servidores públicos são constantemente taxados de incompetentes, ineficientes, desmotivados e preguiçosos (PORTALEDUCAÇÂO, 2019), entretanto, quem assim procede não consideram as demandas dos serviços e as condições oferecidas pelo estado que, muitas vezes, são adversas para o desempenho de suas funções. A prestação do serviço público é uma das mais importantes atividades de uma sociedade. Nenhum país, estado ou município funcionam sem servidores públicos (FERNANDES, 2015).

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A administração pública é responsável por 21,8% dos empregos formais no Brasil. Essa população permite o estudo de uma grande variedade de categorias profissionais (LEÃO et. al., 2015). Segundo a Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, os servidores públicos adoecem 9,5 vezes mais que trabalhadores do regime geral de previdência social (RGPS) e 90,5% dos servidores trabalham em ambientes insalubres, 66% dos servidores relatam casos de estresse e 12% pedem afastamento de suas funções por conta de doenças mentais (SINDIRECEITA, 2011). Em uma tentativa de estruturar e regulamentar um sistema de proteção social para os servidores públicos, o Ministério do planejamento instituiu, em 2006, o Sistema de Saúde Ocupacional do Servidor Público - SISOSP (MARTINS et. al., 2017).

Segundo Leão et. al., (2015) analisar os indicadores associados ao perfil dos afastamentos, revelam informações não só da situação epidemiológica dos trabalhadores, mas também das condições de trabalho, fornecendo subsídios importantes para o planejamento das ações em saúde ocupacional, bem como para a avaliação de sua efetividade.

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4.2 - ATIVIDADE FÍSICA EM SERVIDORES DA SEGURANÇA PÚBLICA:

A atividade física tem sido associada como fator de proteção para a saúde. Estudos têm associado os seus benefícios à redução de doenças crônicas, diminuição de peso e diminuição do risco de mortes prematuras (POLISSENI; RIBEIRO, 2014). A característica da ocupação policial expõe o individuo a inúmeras situações de risco a saúde, a sobrecarga de trabalho, diferentes turnos, escalas diversificadas, hierarquia, disciplina, atendimento a diversos tipos de ocorrências, somados as exigências profissionais, levam esses profissionais ao adoecimento físico e mental (BERNARDO et. al., 2016).

Prando et al., (2012) investigou o nível de atividade física de 79 policiais militares do estado do Espírito Santo. Os autores também investigaram o sobrepeso, obesidade e consumo alimentar. Para tanto utilizou o questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), versão curta, para avaliar o nível de Atividade Física, o consumo alimentar foi avaliado pelo Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA) além de uma avaliação antropométrica onde foram coletadas as medidas de peso, estatura e circunferência abdominal para determinar o Índice de

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Massa Corporal (IMC) e a Circunferência da Cintura (CC). Dos participantes 86,1% eram homens e 13,9% eram mulheres. Os resultados do estudo mostraram que 50,4% dos participantes foram classificados como ativos, sendo que entre os homens 61,8% estavam com sobrepeso, 22,1% obesos e 20,6% apresentaram risco elevado para DCNT com relação à circunferência da cintura. Entre as mulheres, 45,5% estavam com sobrepeso, 18,2% obesas e 27,3% apresentavam risco elevado para DCNT com relação à circunferência da cintura. Além disso, a pesquisa mostrou que 16,4% dos participantes eram hipertensos, 3,8% tinham seus níveis de colesterol e triglicérides elevados, 2,5% sofriam de outras doenças cardiovasculares e 77,2% desconhecia ter alguma enfermidade, o nível de sedentarismo encontrado foi de 12,6%, entretanto os autores não descreveram que método utilizou para chegar a esse número. Podemos afirmar que a determinante associada aos problemas encontrados foi o estilo de vida, porém não foi possível identificar os fatores associados e a influência da ocupação. Uma particularidade intrigante do estudo foi que indivíduos com maior peso consumiam mais alimentos reduzidos em calorias e alimentos reguladores e construtores, ou seja, ricos em vitaminas e minerais, enquanto os indivíduos eutróficos, declararam o consumo diário de café, chás e bebidas alcoólicas. Pensamos que seria relevante que o autor apontasse as barreiras percebidas pelos profissionais que justificasse o motivo dos 12,6% de sedentários numa amostra tão pequena.

Uma outra investigação parecida foi realizada com policiais militares de Feira de Santana. Jesus e Jesus (2012) descreveram o nível de atividade física e as barreiras percebidas para prática de atividade física de 316 policiais militares de Feira de Santana-BA, para isso utilizaram o questionário proposto e validado por Martins e Petroski (2000) onde lista 19 motivos que dificultam ou impedem a prática de atividades físicas e o IPAQ, versão curta. O estudo contou com a participação de 252 policiais do sexo masculino representando 79,7% da amostra e 64, 20,3%, eram mulheres com média de idade de 36,2 anos. Os resultados desse estudo mostraram que 9,5% dos policiais estavam inativos, 27,5% não atingiam os níveis mínimos de atividade física recomendado, significando que 37% dos indivíduos estavam insuficientemente ativos, sem diferenças entre sexo e idade.

Entre as barreiras percebidas para prática de atividades destacaram-se os compromissos familiares 39,2%, seguido pela jornada de trabalho 36,7%, a falta de equipamento 30,4%, insegurança no ambiente 26,9%, falta de companhia para

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prática 25,6%, as tarefas domésticas 20,6% e falta de recursos financeiros 20,3%. Os policiais que perceberam barreiras pessoais foram mais insuficientemente ativos. Quando as barreiras foram agrupadas por sexo, os compromissos familiares, os afazeres domésticos e o desinteresse pela prática, ficaram mais evidentes em mulheres, enquanto que o medo de lesionar, a falta de conhecimento e orientação sobre atividades físicas foram os motivos mais frequentes de barreiras entre os homens. Embora não tenha sido estratificada, as limitações físicas foram percebidas nos participantes do sexo masculino.

Quando as barreiras foram estratificadas por idade, foi notado uma tendência de aumento da frequência de percepção de compromissos familiares, falta de recursos financeiros, limitações físicas, falta de habilidades e de conhecimento. Considerando o agrupamento por barreiras pessoais, ambientais, sociais e financeiras observou-se maior prevalência de nível insuficiente de atividade física em policiais que identificaram as barreiras sociais e pessoais. Porém quando ajustadas pelo sexo e idade apenas as barreiras sociais continuaram como motivo para os níveis insuficientes de atividade física.

Verificar o nível de atividade física e o comportamento sedentário em profissionais que quase sempre são solicitados a usar a energia, habilidade e tirocínio para o melhor desempenho de suas funções é sem dúvida muito importante. Minayo, Assis e Oliveira (2011), analisaram o adoecimento físico e mental de 2.566 policiais, sendo 1.458 policiais civis e 1.108 policiais militares do estado de Rio de Janeiro que responderam a questionários anônimos colocados em envelopes lacrados e disponibilizados aos profissionais. Os questionários aplicados foram elaborados coletivamente e criticados por especialistas em saúde do trabalhador e segurança pública e envolviam questões sobre características socioeconômicas, processos e condições de trabalho, condições de saúde e qualidade de vida dos trabalhadores. Verificaram o Índice de Massa Corporal (IMC) com as informações de peso e altura oferecidas pelos profissionais que esclareceram também sobre prática regular de atividade física, nível de colesterol, pressão arterial, problemas de saúde ao longo da vida, problemas de saúde no último ano, doenças do aparelho respiratório, digestivo, músculos, peles e ossos, glandulares e células sanguíneas, sistema nervoso, aparelho urinário, doenças transmissíveis, visão, fala e audição, lesões físicas permanentes, atendimentos emergenciais, internações hospitalares e cirurgias no último ano. Também foi utilizada a escala SRQ (Self Report

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Questionnarie) que mede a existência de sofrimento psíquico, sensação de

mal-estar, com repercussões fisiológicas e psicológicas, que pode acarretar em implicações severas, podendo tornar-se doença crônica. Os autores constataram prevalência de sobrepeso 48,3% e obesidade 19,5% nos policiais militares. Nos policiais civis os números foram de 41,7% para sobrepeso e 17,5% para obesidade, além de precária frequência de atividade física e colesterol alto. Nas duas corporações 60% dos policiais estavam acima do peso. A média de peso dos policiais civis foi 32% maior que a média da população e a prática de atividade física do grupo 36,1% foi menor que a encontrada entre outros grupos de profissionais e menor até que policiais de outros estados do Brasil. Perguntados sobre prática regular de atividade física ou seu nível de condicionamento físico, seja para saúde, seja para a estética, revelou-se que 51,4% dos policiais militares praticavam atividade física por, pelo menos, uma vez por semana e um em cada quatro não realizava nenhuma atividade. Com base nos questionários aplicados, os autores chegaram ao resultado de que o sedentarismo foi de 46,4% nos policiais civis e 24,8% nos policiais militares e esse comportamento ocupa papel decisivo na saúde desses profissionais, visto que, compromete danosamente sua energia, rouba sua vitalidade e sua eficiência profissional. Segundo o autor, a hipertenção relatada por policiais civis e militares está diretamente associada ao alto nível de tensão e estresse no trabalho. Além disso, foi verificada que os principais problemas de saúde foram os mesmos para ambas as corporações destacando-se problemas osteomusculares, como dores no pescoço, costas e coluna, problemas nos órgãos dos sentidos da visão, audição e fala e as dores de cabeça e enxaquecas. Distúrbios no trato gastrointestinal estariam relacionados a uma dieta inadequada e com estressores ambientais e profissionais. Do ponto de vista físico o autor escalonou em três os agravos à saúde. Em primeiro lugar as causas externas, ou seja, o número das lesões incapacitantes temporárias ou permanentes que ocorrem dentro ou fora das corporações. Em segundo lugar o estilo de vida dos profissionais que relacionou sedentarismo, isolamento social, má alimentação, irregularidade no sono e por fim a combinação dos riscos da atividade com o estilo de vida, destacando os distúrbios osteomusculares, gastrointestinais, e as DCNT. Evidenciaram-se também a afinidade entre os problemas médicos com os sintomas de sofrimento mental.

Os estudos utilizaram o IPAQ para avaliar o nível de atividade física e comportamento sedentário dos servidores, o índice de atividade física foi superior a

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50% dos indivíduos, foi verificado também a presença de DCNT associado à inatividade física. Fica evidente a necessidade de estudos que investiguem mais profundamente essa categoria de profissionais, pois se trata de uma atividade altamente complexa, pressionada física e psicologicamente, em virtude do risco eminente que exige do profissional, além de uma boa condição física e uma ótima saúde mental.

4.3 - ATIVIDADE FÍSICA EM TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO E DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO.

A literatura tem demonstrado os benefícios da atividade física para a saúde física e mental, esse entendimento deveria ser parte da rotina dos trabalhadores, visto que o ser humano passa 70% do seu tempo de vida no ambiente de trabalho (FARIA et. al., 2014). Os funcionários de escritórios podem passar mais de 10 horas sentados todos os dias e foram identificados como grupo de risco para doenças relacionadas ao comportamento sedentário prolongado (NIVEN, HU 2018 apud, SMITH et. al., 2015). Entretanto, Gonçalves et. al. (2017) realizou uma pesquisa com 345 servidores de uma Universidade Pública de Maringá-PR, servidores administrativos e docentes, em quem aplicou o IPAQ, versão curta, foi utilizado para analisar os níveis de atividade física e um questionário autoadministrado, onde obteve as informações sócio demográficas (sexo, idade, situação conjugal, escolaridade, jornada de trabalho e nível sócio econômico) e sobre a presença de doenças (hipercolesterolemia e diabetes mellitus). A maior parte da amostra era composta por mulheres 56,8%, com idade superior ou igual a 40 anos. Cerca de 27,7% dos servidores relatam ter hipercolesterolemia, 7,8% disseram ter diabetes e 4,4% afirmaram ter as duas doenças. Em relação a escolaridade, 65,1% dos participantes estudaram mais de 12 anos e 75,2% trabalhavam menos que oito horas por dia. Importante ressaltar que a escolaridade é associada aos níveis de atividade física. De fato.

A prevalência de inatividade encontrada foi de 41,8% e os servidores que estudaram mais de doze anos e aqueles que revelaram serem portadores das comorbidades, hipercolesterolemia e diabetes apresentaram maiores chances de serem insuficientemente ativos.

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O autor sugere que a alta escolaridade proporciona melhores ocupações no mercado de trabalho proporcionando aos indivíduos atividades, com menor gasto calórico, maior tempo sedentário, tornando-os insuficientemente ativos.

Outro estudo que observou os níveis de atividade física e de sedentarismo de funcionários público do setor administrativo foi realizado por Rocha et. al. (2011) que avaliou o nível de atividade física de 81 funcionários do setor administrativo e de serviços gerais da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), por num período de nove (09) meses, onde aplicou o questionário IPAQ, versão curta e um questionário padronizado com perguntas sócio demográficas (sexo, idade, situação conjugal, nível de escolaridade, número de filhos e renda mensal) e ocupacionais (tempo de trabalho na instituição, ocupação, carga horária e turno de trabalho). A média de idade dos participantes foi de 38 anos, variando entre 18 e 65 anos, a maioria dos participantes 50,6% era do sexo masculino, 59,5% dos sujeitos tinham 39 anos ou mais, 60,8% era casado ou vivia em união estável, 57,7% tinham filhos, 80% possuía nível superior completo, e 78,8% tinha renda inferior a três salários mínimos. Quanto à ocupação, a maioria 82,7% revelou trabalhar na instituição há mais de um ano e 85,7% ocupar cargo administrativo, 88,3% trabalhava mais que vinte horas semanais e 77,2% trabalhava durante o turno diurno.

Quando o autor relacionou as variáveis sócio demográficas e de trabalho com o nível de atividade física, encontrou que os participantes mais ativos eram homens 70% e solteiros 67,7%. Observou-se também que os mais ativos tinham mais de 40 anos 56,3%, tinham ensino superior 53,8% e não tinham filhos 61,8%, que tinham renda superior a três salários mínimos 57,1% e trabalhavam a menos de um (1) ano na universidade 57,1%, e os que exerciam a função de serviços gerais 54,5%. O estudo revelou uma parcela significativa de sujeitos ativos e o nível de atividade física pode estar associado a diversos fatores como os sócio demográficos e ocupacionais, indicando haver uma associação entre o nível de atividade física, o sexo e a situação conjugal. Vale ressaltar que o estudo apresenta duas limitações na pesquisa: 1 - O pequeno número de participantes; e 2 - o fato de a pesquisa ter sido realizada apenas com sujeitos saudáveis.

Assim, como o estudo de Gonçalves et. al. (2017), que analisou o nível de atividade física de docentes de instituições públicas de ensino superior, Faria et. al., (2014) também realizou um estudo com 80 participantes, professores e servidores da Universidade Estadual do Norte do Paraná, que tinham entre 30 e 65 anos de

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idade e de ambos os sexos, estes responderam a questionários sobre risco cardiovascular, atividade física e características sócio demográficas. O objetivo era avaliar a prevalência de risco cardiovascular e sua associação com o nível de atividade física e o perfil sócio demográfico dos participantes. Para isso, o nível sócio econômico foi avaliado pelo questionário da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas (ABEP), o nível de atividade física foi analisado a partir das repostas do IPAQ, versão curta, o índice de Massa Corporal foi obtido com a aferição do peso e altura e a Circunferência da Cintura foi mensurada por fita métrica. Para avaliar o risco cardiovascular foi utilizado o escore de Framingham adaptado. Para isso foi adotado, para a estimativa de risco absoluto de eventos coronarianos (infarto do miocárdio ou morte por doença coronariana) em dez anos. Foram atribuídos pontos para idade, pressão arterial, sistólica e diastólica, colesterol total, HDL, fumo nos últimos 12 meses e presença de diabetes mellitus.

Os resultados encontrados foram que 51,2% dos participantes eram mulheres, de classe sócio econômica baixa média 61,2%, indivíduos que estavam com excesso de peso representaram 65%, os que estavam com a circunferência abdominal normal totalizaram 58,8% e os insuficientemente ativos atingiram 78,8%. Além disso, foi também avaliado o tempo de exposição à TV e computador, sendo considerado comportamento sedentário de risco aquele que fazia uso desses aparelhos por mais de 120 minutos por dia.

A prevalência geral foi de 37,5% de risco cardiovascular moderado para o total da amostra. O risco moderado aumentou significativamente com o avanço da idade, 71,9%, quanto à escolaridade, os indivíduos que cursaram até o ensino médio tiveram maior prevalência de risco cardiovascular moderado 57,1%, os participantes que não atendem ao nível de atividade física recomendada de 150min/sem, também tiveram uma prevalência maior 41,3% para o risco cardiovascular moderado e os que atendem representam 23,5%. Observamos no estudo que o risco para doença cardiovascular moderada aumenta com o avançar da idade e que, ao contrário do estudo anterior, a prevalência para inatividade física foi maior para sujeitos que tinham cursado até o ensino médio. Destacamos no estudo que a prevalência de inatividade física dos servidores foi de 78%, o mais alto encontrado nesta revisão. O estudo encontrou que os indivíduos que atendiam as recomendações dos níveis de atividade física por semana demonstraram a prevalência menor de risco cardiovascular moderado em relação aos servidores que não atendiam.

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Nesse grupo de estudos verificou-se a influência da escolaridade e da ocupação nos níveis de atividade física e o estilo de vida como fator determinante para o engajamento à prática de atividade física, os níveis de sedentarismo de 41,8%, 49,4% e 78,8%, respectivamente, revelam a importância do monitoramento dessa população. Esses resultados mostram também que os níveis de atividades físicas em diferentes regiões do país e/ou, até mesmo, do próprio estado, como é o caso dos estudos de Gonçalves, Faria e Rocha, podem trazer resultados discordantes. Tal fato pode ter ocorrido em virtude do instrumento de pesquisa ou do número da amostra.

4.4 - TEMPO SEDENTÁRIO

Sedentarismo é definido como a falta ou a grande diminuição de atividade física (OLBRICH, et. al., 2010). Comportamento sedentário é definido como qualquer comportamento de vigília, caracterizado por um gasto energético ≤ 1,5 Equivalentes Metabólicos da Tarefa (METs) em posição sentado ou deitado (TREMBLAY 2017). Entre as implicações fisiológicas deste comportamento para a saúde podemos destacar que a redução da atividade com a consequente diminuição da contração muscular reduz a utilização da glicose pelos músculos, aumenta os níveis de insulina circulante e favorece a produção de lipídios que serão preferencialmente armazenados na região central do corpo produzindo moléculas inflamatórias precursoras de doenças não transmissíveis (MENEGUCI et al., 2015).

Genin et. al., (2018) sugere que houve um aumento de 20% nas profissões sedentárias, nos Estados Unidos, entre os anos de 1960 e 2008, com redução das profissões fisicamente ativas e essa é uma tendência em todo o mundo. Ng e Popkin (2012) apontam que há uma tendência da diminuição de trabalhos com maior gasto de energia tornando os trabalhadores cada vez mais sedentários. Houve um crescimento nos estudos de intervenção com o objetivo de reduzir o tempo sentado no local de trabalho (NIVEN, HU, 2018), entretanto, Ng e Popkin (2012), advertem que o monitoramento dos níveis de atividade nos domínios da vida diária foram limitados, concentrando-se no lazer, e que os domínios no trabalho ocupacional e doméstico foram ignorados.

Constatou-se que o tempo sedentário está intimamente associado a problemas de saúde e mortalidade (PARRY & STRAKER; 2013). Embora estratégias

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sejam desenvolvidas para combater comportamentos sedentários e promover a atividade física e saúde, algumas atividades profissionais são altamente sedentárias (GENIN et. al., 2018). Atualmente uma grande parcela da força de trabalho desempenha ocupações de baixa atividade, como os que trabalham em escritório (PARRY & STRAKER, 2013). Diaz et. al., (2017) destacaram que tanto o volume total de tempo sedentário quanto o seu acúmulo em períodos ininterruptos e prolongados estão associados as causas de mortes por problemas de saúde independente do nível de atividade física. Funcionários de escritório podem passar mais de 10 horas sentados todos os dias, esse comportamento sedentário e prolongado classifica-os como risco particular para problemas de saúde (NIVEN; HU, 2018). A postura sentada é a mais comum entre os trabalhadores e o tempo prolongado nela traz efeitos degenerativos à saúde. Somando-se a esse comportamento, atividades de baixo dispêndio energético como deslocar-se com veículos, usar escadas rolantes e elevadores, passar horas na frente da televisão ou computador, jogar vídeo game e, ultimamente, o tempo no celular, temos um aumento total do comportamento sedentário, lembrando que, dormir não é considerado um comportamento sedentário, visto que, apesar de ocorrer na posição deitado ou sentado e ter baixo gasto energético é um comportamento necessário e benéfico à saúde do individuo (GUERRA, MIELKE & GARCIA, 2014). Reduzir o comportamento sedentário é um importante problema de saúde pública (KURITA et.

al., 2019). Para Reichert, (2004) o desafio da saúde pública está em tornar as

pessoas sedentárias ativas, ao invés de, aumentar o nível de atividade física daqueles já ativos. Nesse contexto ações que estimulem a prática de atividades físicas em substituição a um comportamento sedentário diário, aumentaria o gasto energético e, com certeza, traria benefícios à saúde do indivíduo.

4.5 - PRINCIPAIS DETERMINANTES

Sabemos que a inatividade física e o sedentarismo vêm crescendo a cada dia e está associada a mudanças no estilo de vida das pessoas. As facilidades proporcionadas pelo avanço tecnológico como o uso do celular, computador, televisão, vídeo- games, escadas rolante, elevadores, automóveis, contribuem para o aumento desse tipo de comportamento. Nas últimas décadas, o sedentarismo se tornou uma das maiores preocupações de saúde pública, reconhecida como uma das principais causas de mortalidade prematura evitável (GENIN et. al., 2018).

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Entender os fatores que determinam a prática regular de atividade física pode influenciar de maneira positiva para mudanças do comportamento.

Collete et. al. (2008, p.16) definiu assim os determinantes:

Dentre os principais determinantes da atividade física em adultos, destacam-se os fatores demográficos e biológicos (idade, gênero, nível socioeconômico, composição corporal...), psicológicos, cognitivos e emocionais (expectativa de benefícios, imagem corporal, saúde psicológica...), atributos comportamentais e habilidades (modelo de comportamento, programas de exercícios no passado), culturais e sociais (influencia do médico, suporte social...), ambiente físico (facilidade de acesso, clima, estação do ano...), e características da atividade física (intensidade e esforço percebido).

Segundo Hallal, (2014) a maioria dos estudos que investigam os fatores associados à prática de atividades físicas, limita-se a examinar a associação transversal entre a prática de atividade física e as variáveis sócio demográficas, ademais, estudos que associam a prática de atividades físicas a fatores genéticos, ao contexto do ciclo da vida e a investigação detalhada dos macrodeterminantes, são poucas e novas. Para Ceschini & Júnio (2006) a possibilidade do diagnóstico da prevalência de sedentarismo em subpopulações é um fator imprescindível, porém, a identificação das barreiras e fatores determinantes para o envolvimento em atividade física parece ser uma importante estratégia para reduzir os índices de sedentarismo. E assim entender porque as pessoas não praticam atividade física e subsidiar a elaboração de programas de intervenção.

4.6 - DISCUSSÃO

O presente trabalho buscou na literatura, dados que refletissem um diagnóstico sobre o nível de atividade física e o tempo sedentário dos servidores públicos do Brasil. Todos os estudos, aqui revisados, utilizaram questionários para tentar responder suas perguntas. O interesse da pesquisa por questionário é o de reunir uma grande quantidade de informações junto a um número importante de indivíduos (PARIZOT, 2017). Porém, parece não está muito claro entre os

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pesquisadores a reflexão desses tipos de instrumentos, enquanto possíveis causadores de danos, desconfortos, constrangimentos e riscos relativos a aplicação dos mesmos aos sujeitos da pesquisa (PESSALACIA & RIBEIRO, 2011). O grande problema da aplicação de questionários em pesquisas parece ser a subjetividade e a imprevisibilidade (CHAER; DINIZ; RIBEIRO, 2011).

A aplicação de questionários possuem vantagens e limitações como tão bem relacionou GIL (2008, p. 140):

O questionário apresenta uma série de vantagens. A relação que se segue indica algumas dessas vantagens, que se tornam mais claras quando o questionário é comparado com a entrevista:

a) possibilita atingir grande número de pessoas, mesmo que estejam dispersas numa área geográfica muito extensa, já que o questionário pode ser enviado pelo correio; b) implica menores gastos com pessoal, posto que o questionário não exige o treinamento dos pesquisadores; c) garante o anonimato das respostas; d) permite que as pessoas o respondam no momento em que julgarem mais conveniente; e) não expõe os pesquisados à influência das opiniões e do aspecto pessoal do entrevistado.

O questionário enquanto técnica de pesquisa também apresenta limitações, tais como: a) exclui as pessoas que não sabem ler e escrever, o que, em certas circunstâncias, conduz a graves deformações nos resultados da investigação; b) impede o auxílio ao informante quando este não entende corretamente as instruções ou perguntas; c) impede o conhecimento das circunstâncias em que foi respondido, o que pode ser importante na avaliação da qualidade das respostas; d) não oferece a garantia de que a maioria das pessoas devolvam-no devidamente preenchido, o que pode implicar a significativa diminuição da representatividade da amostra; e) envolve, geralmente, número relativamente pequeno de perguntas, porque é sabido que questionários muito extensos apresentam alta probabilidade de não serem respondidos; f) proporciona resultados bastante críticos em relação à objetividade, pois os itens podem ter significado diferente para cada sujeito pesquisado.

Alguns estudos revisados encontram prevalência de sobrepeso e obesidade em suas amostras associados a sedentarismo e baixos níveis de atividade física. Mostrando que mesmo ocupações com características tão diferentes (policiais, enfermeiros, auxiliares administrativos...) podem incorrer em problemas de saúde semelhantes pela falta de atividade física ou pela exposição ao tempo sedentário. As

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DCNT (doença cardiovascular, diabetes mellitus, hipercolesterolemia...) estão associadas aos baixos níveis de atividade do sedentarismo dos servidores públicos do Brasil. As barreiras mais relatadas foram os compromissos familiares e a jornada de trabalho. O fator determinante que prevaleceu foi o estilo de vida e a ocupação interfere sim no comportamento sedentário dos servidores públicos do Brasil.

Embora a inatividade física seja baixa em alguns estudos revisados, talvez o tempo sedentário seja alto. No entanto, são poucas as investigações que objetivaram ver o tempo sedentário e futuros estudos são necessários com essa temática.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base na literatura revisada, verificamos que há um número significativo de sedentarismo e inatividade física nos funcionários públicos do Brasil, observamos também uma prevalência de sobrepeso, obesidade, a presença de DCNT e que o estilo de vida é o determinante mais exposto pelos participantes. Entretanto, como todos os estudos coletaram seus dados por questionários e como vimos que este instrumento tem um viés de subjetividade e imprevisibilidade, sugerimos que mais estudos sejam realizados e que se utilizem outros meios de mensuração dos níveis de atividade física e sedentarismo.

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