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Biogás: fonte alternativa de energia.

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(1)

CIRCULAR TÉCNICA

1

I

NUMERO

03

FONTE

ALTERNATIVA

DE

ENERGIA

EMBRAPA

CENTRO NACIONAL

DE

PESQUISA DE MILHO E

SORGO

(2)

CIRCULAR TECNICA No

03

OUTUBRO 1980

FONTE ALTER NATIVA DE

ENERGIA

EMBRAPA

ENTRO NACIONAL DE

PESQUISA

DE MILHO E

S

O

M

O

(3)

comitê de ~ u h l i c a ~ Õ e e do

CNPMS/EMBRAPA

Centro Nacional de

Pesquisa

de Milho e S o r p

Caixa Postal

151

-

Telex

(031)

2099

Tels. (031)

921-5466;

5644; 5673

35700

-

SETE LAGOAS, MG.

-

BRASIL

Ferraz, J O S ~ Maria Gusman LMarriel, Ivanildo ~vódio. Biogás: ma fonte alternativa de energia. Sete

Lagoas, EM]BWA/CNPMS, 1980.

27p. (CNPMS-Circular ~ é c n i c a , 3)

1. Biogás. 2. Energia. 3. Bio-energia.

I.

TZ~UIO.

11,

série.

(4)

O

t e x t o toaqiú

apaesentada

d o i

~ d i g i d o

em

corncquên-

cia

das

d t i v i d u d ~

do

C e f i o Na&&

de

Pesquisa

de

Mí-

l h o

e

Sohgo, da

EMBRAPA,

no

campo

da

enehgia. O h i g i d -

mente

c h i a d o p m

desenvolveir

p e d q u h l z d

e

nova6

& c n o b -

g h

paira

a6

cLLetwias

do

rnUh

e

do

s u g a , o

CNPMS

p a -

&ou

a

úimciom

também

patLte

de

suas

pesquCsa6

no

o c n t i

do

de

c o o p ~

paha

a

&oLução

do

phoáeenta

c n e h g x c o

P&.

D u ~ e

modo,

b o i

montado,

p~

6ULd

de

p ~ q L ú s a

e

de

rno~.timção,

um á*d.tema

vdísanda

um

nrarúno

de

a p n o u e i A m e ~

t o

de

p m W 0 v c g W , g e m d o a u

de

c m b u f i v d Gqc

do

e

g a m m ,

com

um

mínimo

de

paLLLiçÜo

ambie&.

C o i z b a o

~ h x e m a ,

baaicaniente,

de

um bio&gesXok

e

uma

micmdes-

a p ~ n d o

de

modo

i & g ~ d o .

O

d i g a

-

a&,

pmdu~ncio

gã6 metano,

aeirnentanã

a

des-

com

ene>rgia

cdólúca

e

e l i h i c u ,

bem

como o(LthO4

a p a i l d h o s

m o u ~ d o s

a

gab

e

comum

à6

no66ad

pkophiedade6

w.

A

inovação

maid

Unpohtante

no

beu ~uncionmne&

t

que

e l e

W~MZ

tiresZduo4

vegetais,

ao

con-

do

dato mai6

co m m

que

é

a a o

de

~ Z d u o s

animaib.

O

b L o ~ e U z a n t e r

&tnbem

p m d u u d o

p d o

diges.to4,

poh

bua

vez, &UÃ

W -

zado

naã

l a v o i m u

de

cana-de-agúm

e

6ohgo dacahúio

e

duhe

modo,

a&,

indinetaniente

4upiLVido

a

pmcebho

de

pito-

de

ac00.e.

€h&

e

comb~c6fiuívee

Sido,

pon

alr2lto

k d u ,

b d m p e gado

pana

m o v a v 6 c u b s

d6n

do6 no

p

U

w

fi

ZW.

Fecha-de

a Ú d o , M

domuna

do

bagaço

e

da

v i n h a p ,

m n í d u o b

da

d e s t i l a i a , que

aeinten&mEo

a

biodigesXok,

bem

pirejrúzo

p m

a e c o t o g h -

Com

e66e

si6Xma

o

CNPMS e s p m

u m

didwldúrdo

u-

M

& c n o l o g i u

i a e n t e benzdica

paha a

n o u a

Sociedade

e

exLtemamente

pmm*66ohcl

p m

a

nobsa

aLLto-~u&LúEn&

(5)

de,

~ U A A Q ~

a g d u e n t o b

ã

€1

E T R O N ,

que

nãa

4

õ

d i m t

Coa

pahte

da

cou-

da

bhdigea&tah

e

Aeus

comp&?n?en

im,

como

nos

deu

constmXe

apoio

Scnico

e

evttu4iania

ne

cubiMM6.

Nobáob

49hddedent06,

frrm

b&,

a&

t&nLcob

Eptúpe

Mi&UdtdsCpUnm

do

CNPMS

que m w l a m t

do

phO

-

jeto e

ao

duoohte

ilece6Ldo

da

DheçZo

da

EUBRAPA.

(6)

#

Zntrodu~ao

. . .

Biodigestores

. . . I . . . r n . . . .

Vantagens que um biodigestor oferece

...

0 que

6

~ i o g á s

e...m...,...

Materiais usados para produção de gás

(bioaas-

aa3

. . . m . . .

...

~omporição

e propriedades do ~ i o g á s

~t

ilização

do ~ i o g ã s

...

...

Transporte dos gases

...e...

....

Aspecto microbiolÓgico da produção de gás

Fabores que afetlm a produsão de ~ i o g á s

...

Dados

para calcular Q gasto de ~ i o g ã s de acor-

Y

do com a sua utilizaçao

...

. . .

Bkofertilizante

critérios para a escolha do t i p o e tamanho de um biodigestor. no meio rural

...,...*...

*.

Biodigestor instalada no CNPMS ...a*

..

(7)

3 I OGAS : FONTE ALTERNAT TVA DE ENERG I A

O processo de

produção

de ~ i o g ã s

é

conhecido há mui

-

t o tempo, mas sua importância, como a de qualquer outra fon

-

t e de energia alternativa, só passou a ser encarada c o m se

I I

riedade no ocidente após a crise de energia.

Na

India

e na China

se utilizava o ~ i o g ã s muito m-

tes d a crise do ~ e t r ó l e o com fins de saneamento básico e

produção de energia. A China possui atualmente, 4,5milhÕss

de

biodigestoses instalados e na fndia cerca de 70.000 es-

táo em funcionamento. países desenvolvidos camo França,

In

-

glaterra, Estados Unidos e ~ustrália,

têm b i o d i g e s tores e continuam pesquisas para optimitar o processo. Na ~ u s t r á

-

lia existe uma companhia funcicnsndo desde 1911 que produz

*

Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa

de

Milho e

Sorgo

,

da Empresa Eras ileira de Pesquisa ~ g r o ~ e c u é r i a

-

EEIBRAPA. Caixa Postal 151, 35700

-

SETo. LAWAS, MG.

(8)

e camiercializa gás metano a psrtir de esgoto urbano.

No Brasil o interesse pelo ~ i o g á s

é

recente, datando de apenas alguns anos, embora s e j a do conhecimento de

a1

-

gumas pessoas, inclusive de fazendeiros

,

mais

tempo.

Hoje existem alguns p o l o s de disseminação da idéia repre

-

sentados por Entidades de pesquisa, üniversidades e se-

tores de ASS

is

tência

~ é c n i c a Rural, contando com apoio go

-

vernamental, no financiamento de Unidades ao produtor ru

-

ral

.

A ~letrobrás,

é

pioneira da idéia de implantaçk de biodigestores para eletrificação rural visando, com isto,

fixar o homem no campo, ao proporcionar-lhe mais confor- to e condições para aproveitar ao máximo os recursos de

sua propriedade. Esta Empresa firmou vãrios convênios com

diversas Unidades d a EMBRAPA, objetivando estudar a uti- lização de diferentes fontes de resíduos

na

produção e u

-

tilização do gás bem como de biofertilizante.

O Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo

-

EM-

BRAPA e a E L E T R O B ~ S firmaram convênio para pesquisa no

aproveitamento de resíduos agrícolas para produção de b i o

-

gás visando principalmente

2

energizaç& rural e ao apro

-

veitamento do material fermentado, biofertiíizante, com

adubo.

As

instalações se encontram prontas e àdisposiç&

dos interessados para v i s i t a s , onde ~ o d e r ã o receber

in-

formações sobre o processo de produção do biogás.

O presente trabalho tem como finalidade

,

f amiliari- zar os que ainda

não

conhecem o processo de produç&-de

(9)

biogás e ressaltar o potencizl que

nos

oferece e s t a fon-

t e de energia além de servir com um guia para os que

vi

-

sitem nosso projeto

de

produção e

utiliza~ão

de biogãs e b i o f e x t i l i z a n t e .

2.

BIODIGESTORES

Biodigestores são tanques fechados de onde se

obtém

o gãs metano, pela fermentação de resíduos orgânicos (de

-

j e t o s de animais, resíduos vegetais, e t c . ) naausência de

oxigênio.

Exitem vários tipos de biodigestores e a sua indica-

ção

é

uma função do t i p o de rescduo, da disponibilidade

do material e da necessidade de

utilização

de biogás.

a . Biodigestor contínuo

E s t e biodigestor

ó

fonnado de un tanque (câmara

fechada), geralmente circular, construído abaixo d o n í v e l do s o l o , para o qual, através de uma canalização de

en-

trada,

e'

introduzido o material orgânico misturado com

-

ã

gua. Nesse tanque ocorre a fermentação e formação do bio

-

gás, que

é

armazenado

no

gasômetro, l o c a l i z a d o ou não jun

-

t o ao tanque de fermentação.

(10)

gás

é

contínua e a cada carga

de resíduo

fresco, (influen

-

t e ) corresponde a descarga de igual quantidade de biofer

-

tilizante (efluente),

realizada

graças

ã

diferença de nZ

-

vel entre. as caixas de entrada e

de

safda do material.

C

O e f l u e n t e , p e l o

principio

de vasos comunicantes, e

retirada da biadigestor par imia canalização de saída.

dendo ser imediatamente usado como adubo orgânico. Para sua distribuição no campo pude ser usado um tanque espa-

I h a d o r do reçi'duo ("chorume")

.

C

A mvimen tasão interna do material no biudiges tor e I I

f e i t a p e l a colocação do influente, permitindo renovaçao

da

superfície do c o n t a t o da b a c t é r i a com o material. Pa-

ra

aumentar a eficiência podem ser usados agitadores que

movimentam a massa.

A limitação d e s t e sistema

é

a de poder usar apenas

re

síduos agrícolas t r i t u r a d o s , ou f e z e s de bovinos, aves,

s u í n o s , dissolvidos numa paç t a f l u i d a para não causar en

-

tupimentos e permitir a renovação dos resíduos.

Existem vários modelos d e b i o d i g e s tores contínuos.

O

modelo GOBAR, de o r i g e m Indiana, F i g . 1 , o modelo chinês.

Fig.

2,

e os modelos horizontais, F i g . 3, todos obedecen

-

(11)
(12)

ESQUEMA O € B1001GESTOr: CONTINUO COM BASE HA PRENSA HIORAULICA FIG, 2

( ~ o d i i o Chings.F A O / T 9 )

PAREDES D ~ J I S O ~ I P ~

Q gosÓmet ro pode s e r cons4tuido irporodomede

(13)

b.

Biodigestor

sistema estático ou

de

batelada

Tem comd característica operacional principal, o

fato de ser a b a s t e c i d o de uma só vez, e somente quando t o

-

do o gás produzido for utilizado e não houver m a i s condi

-

ç6es bacteriolÓgicas para sua produção

é

que o conjunto

deverá ser aberto, descarregado dos resíduos e limpo.

Neste sistema, cada carga t e m produção limitada de gás, mas com a vantagem de poder receber resíduos não tri

-

turados. Pode ter as vantagens do contínuo desde que se- ja montada uma bateria de digestores em série. acoplados

a um gasômetro, tendo d e s t a forma aaprodução coathua de

gás.

Para

f

aciliade de descarga, ele deve ser cons truído na superfície do s o l o , tomando-se desta forma sujeito)ãs variações de temperatura, que

6

um fator crítico no pro-

cesso de fermentação.

1

-

Entmde paro abosleclmenfo do dlgarfor

2 - válwb de deicarpa.

3

-

Sardu do gdg ( poro e gosÒmttr0 1.

OBS: o pmòmho wro o d l g i s l o r istátíco

(14)

3 ,

VANTAGENS QUE

U M

0I.ODLGESTOR OFERECE

.

~ r o d u c ã o

'de biogás cuja utilização possibilita eco I

nomia de outros combust~veis.

.

~rodução

de biof ertilizante, economizando adubos

químicos que dependem direta ou indiretamente da energia do petráleo para sua obtenção.

.

~ u x í l i o

no saneamento básico: o

resíduo do

b i o d i g e s

-

tor

é

isento de microorganismos patogênicos ao homem e a- nimais.

.

Melhoria da sanidade das culturas: após a c o l h e i t a muitos microorganismos causadores de doenças em plantas permanecem nos restos das culturas e vão causar novas do-

enças na cultura seguinte. A u t i l i z a ç ã o destes restos

no

b i o d i g e s t a r , elimina e s t e s microorganismos.

.

O resíduo do b i o d i g e s t o r

é

isento de sementes de er

-

vas daninhas que se disseminam através do estrume de ani-

mais,

4.

O QUE

E

O

BIOGAS

E

uma mistura gasosa com predominância do gás metano

resultante da fermentação de resíduos orgânicos ( d e j e t o s

(15)

oxigênio.

5.

MATERIAIS UTILIZADOS PARA

PRODUÇAO

DE (BIOMASSA)

S ~ O inúmeros os materiais que podem ser utilizados

ra

produção de gás:

Esterco: de gado, suínos, aves, etc.

Residuo org&ico : residencial

,

res taurmtes

.

matadou

-

ros

,

f t i g o r í f í c o s . curtcmieri

.

fabricas de con

-

servas, usinas de

açúcar

e álcool, restos de culturas, palha, grama, e t c .

Efluentes: esgoto de residência, de fábricas de lac-

# i

t i c h i o s , de f r i g o r ~ f i c o s , de curtunaes, vi-

nhotoa, e t c .

Quando o biodigastor não f o r u t i l i z a r dejetos de ani I

mais

para produção de gás, deve-se utilizá-loss pelo me- nos na fase

in3cia1,

para garantir a presença, em quanti- dade razoável, de bactérias metamgênicas

,

sem as quais

não se produz o biogzs.

6.

COMPOS

I

ÇAO E

PROPRI

E DADES DO B IOGAS

(16)

do com o resíduo u t i l i z a d o e com a eficiência do proces-

so.

A

sua composição &dia

é

a seguinte:

Metano (CH4) 60%

G ~ S carbonico (CO*) 38%

~ i t r o ~ ê n i o e ~ i d r o ~ ê n i o (Np,

H2)

pouco

~ 8 s

sulfídrico traços

Apresenta poder caloríf i c o de 5000 a 7000 kcal/ m3,

podendo chegar a 12000 kcal/m3 quando puro, ou s e j a,

li-

vre de carbonico.

altamente explosivo na proporção de 6-15% com o

ar atm~sfeLrico, da mesma forma que o gás liquefeito depe

-

N ~ O apresenta nenhum odor e fuligem quando queimado,

mas devido a presenga de gás s u l f í d r i c o , apresenta imi o-

dor t í p i c o que pode ser

G t i i

para detectar vazamentos.

N a Tabela 1 encontrarms algumas propriedades dos ga

-

ses que compõem o biogás.

Para se ter uma idéia, mostrams, a seguir uma com-

paração, em temos energéticos, do biogás com alguns com

-

bus tíveis

.

3 I m de biogás corresponde a: 0,613 de l i t r o de gasolina 0,579 de l i t r o de querozene 0,553 de litro de Óleo d i e e e l

0,454 de kg de liquefeito de petróleo (GIZ)

(17)

Tabela 1 . Propriedades dos gases que compõem o biogás e seu e f e i t o fisiolõgico.

Peso Taxa exp lo s i v a

ás

Odor

Cor

E f e i t o s ~ s p e c í f i c o min.

m k .

fisiolÓgicos % % IRRITANTE ~ i õ x i d o de carbono picante ~ r r i t a ç ã o dos o- 16

-

cortante nenhum lhos -

-. . -

e garganta.

nenhum

Astixiante. ASFIXIANTE nenhuma

-

-

Causa sonolência,

dor de cabeça.

ovo podre nenhuma 4

~ r r i t a ç k

dos o-

lhos, nariz, dor 16 de cabeça, C verti-

gem, nausea, ex- citação, incons- ciência.

ASFIXIANTE os5 nenhum

nenhuma

6 15 Dor de cabeça,

(18)

O biogás, por apresentar alta percenragem de m e

-

taiio, possui a l t o poder energético e pode ser u t i l i z a d o

das seguintes

maneiras:

Na

queima direta

em

fogões, (sem nenhum odor)

.

Na iluminação com lampiões de camisa

.

No aquecimento de incubadoras, fornalhas, secado-

res,

caldeiras, e t c .

.

Na alimentação de motores de combustão internacon

-

vencionais

,

para gerar energia mecânica que, se a- coplados a um gerador, podem produzir energia elé-

trica.

8.

TRANSPORTE DOS GASES

.y

O gás produzido

é

a r m a z e n a d o sob

baixa

pressao, (0,009

kg/cm2)

e não pode ser levado e longas distgncias

,

usualmente de 50 a 1 5 b , sem utilizar compressor. O trans

-

porte

até

o l o c a l de consum

é

f e i t o por

meio

de canali- zação, podendo

ser

utilizados tubos de PVC.

9 .

ASPECTO MICROB IOL6Gl

C0

DA

PRODUÇAO

DE

GAS

O gás produzido durante a degradação de resíduos or

-

gânicos

é

conhecido desde 1776, quando f o i

comprovada

a

(19)

fenomeno b i o l ó g i c o se concretizou em 1875.

A

produção biológica do metano ocorre em condições

II

anaerõbicas (ausência de oxigênio), e nao segue uma

li-

nha Única, variando em função do substrato utilizado e

d o s microorganisrnos envolvidos.

Didaticamente poderíamos considerar

três

etapas p r i n

-

c i p a i s , para os resíduos comumente utilizados :

I?

Hidrólise

enzimática: Onde um grupo d e rnicroorpa e-

nismos anaeróbicos a t u a sobre o s sólidos o r g â n i c o s , a t r a

-

vés de uma reaqão de hidrólise e n z i r n á t i c a na q u a l o s po-

~ í m e r o ç ( c e l u l o s e , hemiceliilose, e t c ) são transformados em monÔmeroç ( c a r b o h i d r a t o s )

,

que são solcveiç e schrvem

de substrato para a e t a p a s e g u i n t e .

29 Fase acetogên i ca : E ç t c s c a r b o h i d r a t o s podem ser

mefabolizados por um ou mais carninlios bioquímicoç, resul

-

t a n d o á c i d o s orgânicos de cadeia c u r t a , como, a c é t i c o ,

propionico, fórmico, l á c t i c o , e t c .

E s t u d o s mostram que 702 do metano p r o d u z i d o

é

p r o v e

-

n i e n t e do ácido acético, daí o nome d e s t a fase ser a c e t o

-

3?

Fase

rnetanogênica: Nesta fase, ao c o n t r á r i o das

o u t r a s , encontramos apenas um grupo r e s t r i t o de bacté-

rias, que fermentam os ã c i d o s orpânicos s metano.

O s u b s t r a t o d e maior importância para a produção de

#

metano

é

p r o v e n i e n t e d o á c i d o a c é t i c o , que e fermentado a metano e a carbonico. Esta produção se d á p e l a re-

(20)

duzidos

por

outras

bactérias,

como doador de

elétrons.

O

metanol é

outra fonte

para

produção de metano.

on

-

de o e o C02

também

podem ser

utilizadoe

u>mo

substra

-

t o ,

Para se

deeeaolverem,

todas ae bacterias metanogêni

3

cae exigem s a i s nutritivos, C02, uni agente r e d u t o r

,

um rubstrato oxidzvel a

ums

fonte de N, prslmente N H ~ + ,

com

exceesáo do

MethrmobadlZws omeZiansk<i

que

é

capaz de

fi

-

xar

o

N

atwsférico.

S ~ O conhecidas 9 espécies de bactérias formadoras de

mtano,

as quais incluem bastonetes, coccus emicrocaccus.

Todas são

i&is,

gran negativas, não esporulantes, de

desenvolvimento

lento

e anaerõbicss obrigatórias.

O processo poderia

ser

esquernatizado da seguinte f o r

-

ma:

r - - - I I

bactérias

e * *

I

1 c e l u l ó l i t ~ c a s I I

.c.

I I I +i bactérias I" I formadoras de I I acido

\

I

I

J. I

I

bactérias I f l l m e t a n ~ ~ ê n i c a s I I - - - h

BIOGAS

Me t ano G ~ S

carbgnico

Outros Gases Efluente

salidos

e líquidos

(21)

10. FATORES QUE AFETAM A PEUDUÇAO DE GAs

Temperatura: O processo de produção de gás t e m

me-

lhor

rendimento quando a temperatura e s t á ao redor de

3S0C.

Com

o d e c l h i o da temperatura, o processo

é

r e t a r d a d o . A

15% o processo

é

drasticamente a f e t a d o .

Em dias muita frios, adicionando-se s u l f a t o d e

Anis

e melaço, pode-se contornar o problema.

Em regiões d e climas temperados hã necessidade de se

usar uma s e r p e n t i n a com aquecimento.

A c i d e z : o pH d o meio

e'

um f a t o r importante. O melhor desenvolvimento se d á e n t r e pH 6 . 4 e 7 , 8 .

Casa ocorra s o b r e c a r g a do b i o d i g e s t o r , as b a c t g r i a s

formadoras de ácido predominarão s b b r e as rnetanogênicas re

-

sultando no abaixamento do pH pois as metanogênicas multi

-

plicam-se mais lentamente.

A m e d i d a do pH pode s e r f e i t a por meio de papéis i n -

d i c a d o r e s d e pH, e a amostra deve s e r tomada no material

que e s t á s a i n d o d o b i o d i g e s t o r .

A nível de propriedade rural, o s materiais que podem

-

ser utilizados com facilidade para a correção do pH sao:

c a l c á r e o a g r í c o l a , c a l f i b r r i , água d e c a l , e t c . A correção ser f e i t a a t r a v é s d o m a t e r i a l que entra no b i o d i g e s

-

t u r .

Aconselha-se q u e o plJ seja d c t ~ r n l i n a d o p e l o rnvnos U-

(22)

Concentração de nutriendes: Quando a concentração de nutrientes

é

s u f i c i e n t e , a fermentação ocorre rapidamente,

estando a relaçgo C:N Ótima em t o m o de 30.

4

AmÔnia, particularmente na forma NH

3' e i n i b i d o r a

quando presente no m e i o em a l t a s concentraçÕes.

Substâncias tÓxi cas : metais alcalinos e alcalinos ter

-

roças acima de certas concentrações podem ocasionar vá-

rios graus de toxidez, assim como s u l f i t o s , e s o l v e n t e s or

-

gânicos, tais como ã ~ c o o i s e ácidos graxos de cadeia lon- ga*

Tabela 2. Ions inibidores da formação de metano ( ~ i o g á s ) .

Dosagem mg/1

Estimulante & d i a Inibidora

Quando se utilizam fezes de animais, deve-se obser- var que o cobre, quando presente em altas concentrações

(23)

dem impedir a de gãs por atuarem sobre as

bacté-

r i a s .

Outro

cuidado s ser tomado

é,

quando s e

desinfetar

o estãbulo, certificar-se de que o

desinfetante

não e s t á

sen

-

do

levado junto com o esterco para o biodigestor.

Para se

calcular a

demanda de biogás

em

relação aos

aparelhos que se d e s e j a

instalar

damos

a

seguir

alguns

da

-

dos que poderão ser Gteis:

Quantidade de gãs produzido por kg de esterco fresco

-

0,0368

m3

(37

l i t r o s / k g esterco). Consum

de

gãs:

3

Para cozinhar:

0,227

m por pessoa por d i a ( 6

kg

esterco/

3

Para iluminação:

0,127

m por lâmpada 100

velasihora

( 3 , s

kg

e ç tercs/lQ0w/hora) 3

Para força

motriz:

0,425

m

por

W

par

hora

(11

kg ester- co/HP/h)

3

Para

banho: 0,8 m por banho/pessoa

(21.5

kg

esterco/ ba-

(24)

gestor,

é

degradada

na

fermentação

anaeróbica.

Os

30X

ree

I

tantes

,

correspondem a subs t&cias como l i g n i n a e

cutina.

Estas substâncias, juntamente com células bacterianae

re-

sultantes da conversão de parte do material original em massa

celular,

são liberadas no efluente. Este, a l é m de

C

nao

ter cheiro,

não atraindo,

portanto.

mecas,

e isento

de

sementes

de ervas

daninhas,

de

agentea ciiueadores

de

doenças

e rico em nutrientes,

funcionando

como rn bom f e r

-

til

izcinte

orgânico.

&

Na

fermentação anaeróbica

dos

reaíduoe

,

eao

conserva

-

dos todos os

nutrientes necessários

para o

desenvolvimen-

t o das

plantas.

As Gnicar subrtâncias

perdidas são m4

*

COp e %S,

na

forma

de gases.

O

nitrogênio

contido nas

restos

de cultura

g,

prati-

camente,

todo

conservado

apÓe a digestão anaeróbica.

Esta

é

m a

das grandes

vantagens

deste t i p o de digestão de re-

A .

s?duos org%icos, onde, aproximadamente 99% do n i t ro::ta:i : o presente

no

material

original

é

conservada na

forma orgâ-

nica

ou de & d a . Para

melhor

aproveitamento d e s t e nitro

-

g&io

é

aconselhável que o

reaiduo

fermentado

s e j a aplica

do na forma

em que

sai

do digestor,

pois

caso s e j a seco,

parte do

nitrogênio

se perderá por

volatilizaç-o.

A

composição &dia do

biofertilizante

(seco)

é,

se-

gundo a

literatura,

a eoguinte:

N

P

K

micronutrientes

1 , 4 a

1,8X

1 , l

a 2,OX

0.8

a 1,2X traf os

(25)

do CNPMS, para t e s t e s , que foj alimentado com restos de

cultura

de

sorgo e estrume bovino

na

proporcão de

1:l,

a- presentou a seguinte composi~ãa:

O cálcio apresenta-se a l t o por ter s i d o utilizado cal

-

cãreo

para corrigir o pH

na fermentação.

A moderna direção dada pela agricultura biorregene ta

-

tiva se

enquadra com os preceitos dos antigos sgriculto-

res que

valorizavam

o

retorno

da

matcria orgânica

ao solo, aumentando desta forma a sua fertilidade e propriedades f

-

í

sicas

,

como sua capacidade de reter água, minimizando o

e f e i t o dos períodos secos e

favorecendo

a microflora do so

-

10.

~ a ? a vantagem da

utilização do Biofertilizante

com

suplemento au s u b s t i t u t o do adubo químico.

13-

ÇRITERlOS

PARA A

ESCOLHA

DO

TIPO E

TAMANHO

DE

UM 010-

DIGESTOR

NO MEIO

RURAL

O

Tamanho do

biodigestor e s t á

na dependência

direta do resíduo disponível, e da necessidade do gás,

0 s dirnensionamentos de biodigestores, quando se t e m resrduo bovino como matéria prima são dados na Tabela 3.

(26)

Tabela 3. ~imensionamento de biodigestores, quando se usa resíduo bovino como

ma

-

&ria

prima para produção

de

biogás.

G ~ S

suficiente

para

Animais Equivalente

Tam,

do

Prod.

d i z

-

Cozinha Ilumina-

estabu- em es terca diges tor

ria de

Pessoas

ção Mtor

lado s verde (kg) (m3) gás

(I)

(27)

14.

8 I

O D

I

GESTOR

I

NSTALADO

NO

CNPMS

O biodigestor

instalado

no

Centro Nacional de Pesqui

-

sa de

Milho

e Sargo,

é

da t i p o Indiano (Gobat) com algu- mas m d i f icações (~ig.

5 ) .

A produsão de gás prevista

i-

3

nicialmente

é

de 110

m

/dia,

mas com o funcionamento

de

agi tadores

de massa

e controle da temperatura, espera-se

3

uma

produção

Gxima

de aproximadamente

220

m

/ d i a .

A

matéria

prima

utilizada

(biamassa)

é

composta de

restos de

cultura de milho

e sarga,

O

gãs produzido e s t á canalizado para inaa construção

onde estão i n s talados apare l h o s que funcionam com biogás

,

como fogão, geladeira, motor

de

combustão interna acopla- do

a

imi gerador para produzir energia

elétrica, lampiões

para

iluminação

, e t c .

O biogás

será

utilizado

tsmb&n

no

a-

-

quecimento da caldeira d a microdestilaria, na qual seraa

utilizados

como

materia

prima

na

produção de álcool. sor-

go e cana de

açúcar

( F i e . 6 ) . Futuramente, o vinhoto e

ba

-

gafo de sorgo

provenientes

da destilaria serão

utilizados

na b i a d i g e s t a r (biomassa), integrando desta forma o proje

-

to Alcool e ~ i o g á s , resolvendo pelo menos parte, do pro- blema

de

poluisão ambienta1 causado pelo vinhoto.

(28)
(29)
(30)
(31)

1

5.

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Fevereiro/79

Resultados dos EnçaiosN~ciorilaisde

Sorgo ~ r a n í f e r o

-

1975/76 e 1976/77. 2

Fevereirw/79

Resultados do Ensaio ~ a c i o n a i de Sor

-

go Sacarino do Ano ~ z r í c o l a 1977/78.

3 Setembro179

~ i s

t r i b u i ç ã o do c r é d i t o ~ g r h o l a p a

-

ra o

Milho

e Sorgo nas ~ e ~ i ó e s Bra

-

s i l e i r a s .

Nova denom i

nação

: C 1 R C U L A R

T Z C N

1 C A

1

~ a i o / 8 0 ~ecomenda~Õeç para o C U L ~ ~ V O do Sorgo.

2

Setembso/80 Sistema de ~ r o d u ~ ã o de Milho, Ava-

liação ~ ~ r o n o m i c a e ~conÔm

i

-a. 3 Natlernbro

/80

~ i o g á s : Fonte Alternativa de Fner-

EMBRAPA

CENTRO

NACIONAL DE PESQUISA DE

MILHO E SORGO

Caixa Postal 151

-

Telex (031) 2099

Referências

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