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Aclimatização de mudas micropropagadas de bananeira cv. ‘prata catarina’ em diferentes ambientes

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

CURSO DE AGRONOMIA

JONATHAS NUNES DE MELO

ACLIMATIZAÇÃO DE MUDAS MICROPROPAGADAS DE BANANEIRA CV. ‘PRATA CATARINA’ EM DIFERENTES AMBIENTES

FORTALEZA 2019

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JONATHAS NUNES DE MELO

ACLIMATIZAÇÃO DE MUDAS MICROPROPAGADAS DE BANANEIRA cv. „PRATA CATARINA‟ EM DIFERENTES AMBIENTES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Agronomia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará como parte das exigências requeridas para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo. Orientador: Prof. Patrik Luiz Pastori, D. Sc. Coorientadora: Pesqª. Christiana de Fátima Bruce da Silva, D. Sc.

FORTALEZA 2019

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca Universitária

Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

M485a Melo, Jonathas.

Aclimatização de mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟ em diferentes ambientes / Jonathas Melo. – 2019.

34 f. : il. color.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Agronomia, Fortaleza, 2019.

Orientação: Prof. Dr. Patrik Luiz Pastori.

Coorientação: Prof. Dr. Christiana de Fátima Bruce da Silva. 1. Musa spp. 2. Túnel de sombrite. 3. Aclimatização. I. Título.

CDD 630

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JONATHAS NUNES DE MELO

ACLIMATIZAÇÃO DE MUDAS MICROPROPAGADAS DE BANANEIRA cv. ‘PRATA CATARINA’ EM DIFERENTES AMBIENTES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Agronomia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará, como parte das exigências para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo.

Aprovada em: 24/junho/2019.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________ Prof. Dr. Patrik Luiz Pastori (Orientador)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_________________________________________ Dra. Christiana de Fátima Bruce da Silva Embrapa Agroindústria Tropical (CNPAT)

_________________________________________ Dra. Ana Cristina Portugal de Pinto Carvalho

Embrapa Agroindústria Tropical (CNPAT)

_________________________________________ Cristiane Ramos Coutinho, D. Sc.

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A Deus que até aqui tem me ajudado. A meus pais José e Maria.

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AGRADECIMENTOS

À Deus em primeiro lugar, pois não podemos nada se Ele não permitir, em todos os anos desse curso vi a mão Dele comigo.

A minha família, José meu pai, Maria minha mãe e Jessica minha irmã. Mas em especial ao meu pai José Nunes que se esforçou muito para que eu terminasse esse curso, abdicando de muitas coisas e até de realizações pessoais para me ver formado. Obrigado pai.

A Universidade Federal do Ceará que foi elo de ligação entre todas as pessoas com as quais eu compartilhei um pouco dessa jornada que é a graduação.

A Embrapa Agroindústria Tropical pela a oportunidade de estágio, me dando suporte técnico para executar este trabalho.

Ao Laboratório de Entomologia Aplicada (LEA) da Universidade Federal do Ceará pela oportunidade de ter entrado em uma família e que me ensinou muito mais do que alguns anos de estudo.

Ao Laboratório de Patologia Pós-Colheita (LPPC) por me dar suporte material e técnico para realizar este experimento.

Ao Laboratório da Cultura de Tecidos (LCT) por ter repassado conhecimento que eu não imaginava que um dia eu aprenderia.

A minha coorientadora, Dra. Christiana de Fátima por ter tido paciência com uma pessoa que “caiu de paraquedas” no seu laboratório e por ter confiado um trabalho tão importante.

Ao meu orientador prof. Patrik Luiz Pastori, que sempre estava disposto a me ajudar, a ensinar e que sempre buscava ser um facilitador dentro da universidade.

A Dra. Ana Cristina que sempre esteve disposta a me ajudar e ensinar sobre assuntos em que só tinha um raso conhecimento teórico.

Aos meus grandes amigos Marcus de Araújo Prudêncio e Renee Darlyne Lipka, que me apoiaram e compartilharam muitos momentos da vida deles me ensinando sobre assuntos que vão muito além da vida acadêmica.

Hyêza Ellen e Elizabete Carvalho, minha namorada e a mãe dela, respectivamente, que foram pessoas que estiveram dispostas a me ajudar a concluir esse curso.

A meu amigo Danilo Domingos que sempre esteve disposto a me ajudar na condução do meu experimento, além disso, se tornou um grande amigo dentro e fora do ambiente acadêmico.

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Aos meus amigos de graduação, Melyssa Pinheiro, Laura Carla, Amanda Coutinho, Victor Dantas, Alice Carvalho, pois também me ajudou nas avaliações, Natália Moura, Jorge Fernando e Sandy Costa, que foram bons amigos nesse tempo de faculdade, pessoas com as quais eu compartilhei tempo e boas risadas.

A profª. Carmem Dolores que me deu uma oportunidade única de ser seu monitor por dois semestres e por ter enriquecido muito meu conhecimento em Fitopatologia.

A Bruno Café e Laianny Maia por estar dispostos a me ensinar mais sobre Fitopatologia e por me ajudar nos trabalhos da monitoria.

A Cristiane Coutinho, Mariane Gonçalves, Hercules Santos e Ruan Mesquita pois quando eu estava no LEA me ajudavam e davam sugestões para realizar trabalhos.

A Evandro Diniz que se mostrou um grande amigo em todos esses anos de universidade.

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RESUMO

A bananeira (Musa spp.) é uma fruteira tropical que produz a banana, um dos frutos mais cultivados e consumidos no mundo. No Brasil, a produção da banana é voltada, principalmente para o consumo interno. No Estado do Ceará, a cultivar „Prata Catarina‟ tem sido uma das mais produzidas e apreciadas pelo mercado local. Portanto, o objetivo do trabalho foi investigar a influência de diferentes tipos de ambientes no desenvolvimento de mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟, durante o período de aclimatização. Para tal, foram testados os seguintes tratamentos: T1- 14 dias no túnel de sombrite mais 49 dias em casa-de-vegetação; T2- 7 dias em sala com temperatura controlada mais 56 dias em casa-de-vegetação; T3- 63 dias em casa-de-vegetação; T4- 14 dias em sala com temperatura controlada mais 49 dias em casa-de-vegetação; e, T5- 7 dias em sala com temperatura controlada, mais 7 dias em túnel de sombrite e, 49 dias em casa-de-vegetação. Ao longo dos dias de aclimatização, foram avaliadas variáveis morfoagronômicas relacionadas ao desenvolvimento das mudas, tais como: altura das plantas (cm), diâmetro do pseudocaule (cm) e número de folhas. Após 63 dias do transplantio (DAT) e aclimatização foram avaliados o comprimento da maior raiz, a massa fresca (g) e a massa seca (g) das mudas. As mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟ que permaneceram em túnel de sombrite por 14 dias e casa-de-vegetação por 49 dias apresentaram maior altura, número de folhas, comprimento da maior raiz, massa fresca e massa seca. Conclui-se que, para a aclimatização de mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟, durante épocas chuvosas, é interessante utilizar estruturas tipo túnel de sombrite.

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ABSTRACT

The banana tree (Musa spp.) is a tropical fruit tree that produces the banana, one of the most cultivated and consumed fruits in the world. In Brazil, production is focused on domestic consumption. In the Ceará State, the cultivar „Prata Catarina‟ has been one of the most appreciated by the local market. Therefore, the objective of this work was to investigate the influence of different types of environments on the development of micropropagated seedlings of Prata Catarina banana cultivar, to improve the development of seedlings during the acclimatization period. In order to do this, tested: T1- 14 days in the dark screen tunnel and then they would stay in the greenhouse for 49 days; T2- 7 days in the room with controlled temperature and then the seedlings would go to the greenhouse and stay there for 56 days; T3- the seedlings would remain in the greenhouse for 63 days in total; T4- 14 days in the room with controlled temperature, then the seedlings would go to the greenhouse for 49 days; and T5- 7 days in the room with controlled temperature and 7 days in dark screen tunnel, then the seedlings would remain in the greenhouse for 49 days. During the acclimatization days, morpho-agronomic variables related to the development of the seedlings were evaluated, such as: plant height (cm), pseudotem diameter (cm) and number of leaves. Sixty-three days of the acclimatization (DAT) the length of the largest root, fresh mass (g) and dry mass (g) of the seedlings were also evaluated. The micro-propagated seedlings of Prata Catarina banana cultivar that were in the dark screen tunnel environment for 14 days and greenhouse for 49 days, T1 treatment, presented the highest heights, number of leaves, length of the largest root, fresh mass and dry mass. It was concluded that for the acclimatization of micro-propagated banana seedlings using rainy seasons, it is interesting to use dark screen tunnel type structures.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 11

2. REVISÃO DE LITERATURA: ... 12

2.1 Cultura da bananeira: Aspectos botânicos ... 12

2.2 Cultura da bananeira: Aspectos econômicos ... 12

2.3 Cultura da bananeira: Aspectos produtivos. ... 13

2.4 Cultura da bananeira: Produção de mudas ... 13

2.5 Cultura da bananeira: Produção de mudas por micropropagação ... 14

2.6 Cultura da bananeira: Aclimatização das mudas ... 15

3. OBJETIVO ... 16

4. MATERIAL E MÉTODOS ... 16

4.1 Local de implantação dos experimentos ... 16

4.2 Material vegetal ... 16

4.3 Plantio das mudas e implantação do experimento ... 17

4.4 Tratamentos ... 17

4.5 Tratos culturais realizados nas plantas ... 18

4.6 Avaliações das variáveis morfoagronômicas das mudas ... 18

4.7 Delineamento experimental ... 19 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 20 6. CONCLUSÃO ... 26 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 27 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 28 9. ANEXO 1 ... 31

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11 1 INTRODUÇÃO

A banana (Musa spp.) é uma das principais frutas que fazem parte da alimentação dos brasileiros devido à produção em todos os Estados do Brasil e ao seu baixo custo, sendo uma das frutas mais consumidas in natura no país, também sendo utilizada na indústria alimentícia. A banana é rica em minerais e o potássio tem grande destaque (AGRIANUAL, 2019).

No Brasil, a área total colhida é de 461.354 ha, com produção de 6.826.212 toneladas, sendo a maior parte da produção nacional absorvida pelo mercado interno. No Ceará, a área plantada é de 34.684 ha, com produção de 367.100 toneladas (AGRIANUAL, 2019).

A produção de mudas é uma importante fase do sistema produtivo da cultura, pois a bananeira se reproduz por propagação vegetal, que ocorre com a emissão de brotações e desenvolvimento das mesmas. Tem-se observado que os métodos naturais são lentos e apresentam baixa produtividade. Uma alternativa para o aumento da produção é a utilização da micropropagação de mudas. Esta técnica de propagação permite a produção em larga escala. Além disso, também é possível a antecipação de floração bem como, atingir maior produtividade em campo, pois as mudas são produzidas em laboratório e livres de doenças (CARVALHO et al., 2012).

Estudos buscam reduzir a utilização de insumos agrícolas no cultivo da banana (LORENA, 2015). Dentre os problemas mais frequentes encontrados na produção de banana, destaca-se o controle de pragas e doenças. Para isso a micropropagação de mudas de bananeira ganha cada vez mais destaque (CARVALHO et al., 2012), pois as mudas chegam ao campo livres de pragas e de doenças. No entanto, as mudas obtidas através desse processo precisam se adequar as condições de campo, passando por um período de aclimatização.

No Estado do Ceará, a cultivar „Prata Catarina‟ é amplamente apreciada pelo mercado local. Esta cultivar é um mutante natural do subgrupo „Prata‟, originário da cultivar „Branca‟, que apresenta diversas vantagens em comparação à cv. „Prata‟.

Dentre os benefícios, pode-se citar: cachos e frutos maiores, maior percentual de cachos comerciais na primeira safra, melhor coloração de casca, sem danos e maior tolerância ao “Mal-do-Panamá”. O sabor da polpa da fruta se assemelha muito ao da „Prata Anã‟, largamente aceita no mercado nacional (SANTOS, 2014).

Dessa forma, este trabalho buscou novas formas de melhorar o processo de desenvolvimento de mudas micropropagadas de bananeira, através de novos ambientes de aclimatização. Estes ambientes podem reduzir a mortalidade das mudas e melhorar variáveis

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12 morfoagronômicas como comprimento da raiz, diâmetro do pseudocaule, número de folhas, tamanho da muda, massa fresca e massa seca. Portanto, o objetivo foi investigar a influência de diferentes ambientes, no desenvolvimento de mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Cultura da bananeira: Aspectos botânicos

A bananeira (Musa spp.) é uma planta monocotiledônea que apresenta como possíveis centros de origem o sul e sudeste do continente Asiático. É uma planta pertencente à família Musaceae, com crescimento herbáceo. Apresenta caule subterrâneo, conhecido como rizoma, que tem a capacidade de armazenar nutrientes e também emitir raízes primárias. O pseudocaule é composto por bainhas foliares, terminando com folhas compridas e largas com uma nervura central bem definida. O sistema radicular é fasciculado, por não apresentar uma raiz pivotante, as raízes adventícias podem se estender horizontalmente por mais de 5 metros de comprimento. Normalmente, as raízes atingem 2 metros e apresentam caráter fibroso. Cerca de 70% do volume total das raízes são encontrados em até 20 cm de profundidade (LIMA; SILVA, 2012).

A bananeira pode desenvolver de 25 a 30 folhas durante todo o ciclo. A inflorescência é uma bráctea ovalada de cor roxo- avermelhada que é composta por pedúnculo, ráquis, inflorescência feminina, masculina e hermafrodita, que surgem do meio da copa. Os frutos surgem das flores femininas (LIMA; SILVA, 2012).

2.2 Cultura da bananeira: Aspectos econômicos

A banana, por se tratar de uma cultura que se desenvolve em clima tropical é atualmente cultivada em mais de 125 países em 2016. A região com grande destaque por ser a maior produtora no mundo é a Asiática (AGRIANUAL, 2019).

No Brasil e no mundo, a banana é uma das frutas mais consumidas (AGRIANUAL, 2019). É uma fruta que apresenta baixo custo de produção, facilidade de consumo, que pode ser in natura ou industrializada. A banana pode ser utilizada na forma de doces, bebidas lácteas, como flocos de banana (chips), banana em pó, geleias e caldas. O próprio palmito da planta pode ser usado em conserva, a bráctea (coração) da planta em receitas culinárias. Além disso, é rica fonte de nutrientes essenciais para a alimentação humana (ULLMANN, 2002).

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13 Os países com maior destaque na produção da banana são a Índia, China, Indonésia e Brasil (AGRIANUAL, 2019).

No Brasil, a banana é cultivada em todo o território e os estados que têm destaque na sua produção são São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina e Pará. O Brasil, além de atender ao mercado interno exporta, para países como o Uruguai, Argentina e Estados Unidos (COMEX VIS, 2018). De acordo com Produção Agrícola Municipal (PAM), no ano de 2017 a banana foi responsável por 3% da produção agrícola nacional (IBGE, 2017).

O Estado do Ceará é o 7° estado com maior produção de banana no Brasil (Tem apresentado uma produção de 367.100 toneladas, em uma área de 34.684 ha e produtividade de 10,58 toneladas/ha. As regiões com maior destaque na produção do estado são a Chapada do Apodi, região Centro Sul e o Maciço de Baturité (AGRIANUAL, 2019).

2.3 Cultura da bananeira: Aspectos produtivos

A bananeira apresenta dois ciclos de vida: o ciclo vegetativo e o de produção. O ciclo vegetativo é considerado o período do aparecimento do perfilho, que brota no solo e se estende até a colheita do cacho. Enquanto, que o ciclo produtivo corresponde ao período da colheita do cacho da planta mãe até a colheita do cacho da planta filha (MOREIRA, 1999).

A cultura desenvolve-se em climas tropicais, onde as temperaturas ótimas de desenvolvimento estão próximas de 28°C. No entanto, pode ser cultivada nas faixas de temperaturas entre 15°C a 35°C. Se a temperatura estiver abaixo de 15°C a planta pode sofrer paralisia no crescimento ou até a morte. Além disso, se temperatura for maior que 35°C, a planta pode sofrer desidratação e consequentemente a morte (LIMA; SILVA, 2012).

A precipitação ideal para o cultivo da bananeira é cerca de 500-600 mm por ciclo. A planta necessita cerca de 5 mm de água por dia. No entanto, no período de floração a necessidade hídrica é maior, bem como também no início da frutificação (LIMA; SILVA, 2012).

Ao se tratar de adubação deve ser realizada a análise nutricional do solo e possíveis correções. No entanto, deve levar em consideração que o Potássio (K) é um dos nutrientes mais absorvidos pela planta, sendo fundamental para a produção de frutos e balanço hídrico na planta (BORGES; SOUZA, 2004).

2.4 Cultura da bananeira: Produção de mudas

A propagação convencional da bananeira é realizada através da propagação vegetativa. Nesta propagação é emitido um broto, a partir do rizoma da planta, podendo ser

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14 emitido também das gemas apical ou lateral. Dessa forma, constata-se que essas mudas serão de diferentes estádios de desenvolvimento. Além disso, a sanidade das mudas pode também apresentar-se comprometida, pela ocorrência de doenças e pragas no material propagativo (CARVALHO et al., 2012).

Os principais tipos de mudas a serem produzidos de forma convencional são: tipo chifrão, com cerca de 60 a 150 cm de altura; tipo chifre, com cerca de 30 a 60 cm de altura; e, o tipo chifrinho, de 20 a 30 cm de altura. A produção de mudas pelo método convencional é lenta, pois uma planta pode produzir de 10 a 30 mudas, em 12 meses (CARVALHO et al., 2012).

Com a introdução da técnica da micropropagação, as mudas de bananeira são multiplicadas de forma mais rápida e em condições assépticas. Observa-se que à partir de uma gema, pode-se obter centenas de mudas em um curto período de tempo. Com a utilização da micropropagação, as mudas de bananeira apresentam melhor desempenho agronômico em relação as mudas convencionais, além de facilitar o seu manejo. A produção de mudas micropropagadas pode superar em 15 a 25% a produção de mudas convencionais, considerando mudas de um genótipo altamente produtivo, livres de doenças e com colheita precoce dos frutos. Adicionalmente, constata-se também que o tempo de produção é reduzido, maior uniformidade, facilitando o planejamento para períodos de alta comercialização do produto (CARVALHO et al., 2012).

2.5 Cultura da bananeira: Produção de mudas por micropropagação

No Brasil, a técnica da micropropagação foi iniciada no ano de 1971 (MARTINS; CARVALHO, 2012). Esta técnica utiliza uma parte fracionada da planta principal, que se chama explante, podendo ser bastante segmentado, padronizando as mudas que se desenvolvem em meio de cultura, em condições laboratoriais com ambiente asséptico, com luminosidade e temperatura controlada (CARVALHO et al., 2012).

A micropropagação exerce grande impacto nas culturas agronômicas, sendo utilizada para diferentes espécies vegetais tais como: abacaxi, antúrio, banana, cana-de- açúcar, mandioca, orquídeas, videiras e espécies lenhosas (eucalipto). Além disso permite o desenvolvimento de biofábricas e viveiros para produção de mudas (LAMEIRA, 2000).

Com utilização dessa técnica, para mudas de bananeira, o período de produção é mais curto do que para as mudas convencionais. Segundo Santos-Serejo et al. (2009) são produzidas de 150 a 300 mudas em 6 a 8 meses, por micropropagação in vitro. Enquanto que, no método convencional são produzidas de 10 a 30 mudas, em 12 meses. Além disso, com a

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15 micropropagação são mantidas as características da planta principal, vigor e isenção a patógenos e pragas (CARVALHO et al., 2012).

A micropropagação é um processo desenvolvido em ambiente laboratorial, controlado e asséptico. Durante este processo são seguidas várias etapas de controle, para obter mudas livres de patógenos, geneticamente uniformes e vigorosas. O último processo da micropropagação das mudas é a aclimatização em estufas, telados ou viveiros. Nesta fase, a muda será transferida do meio de cultivo para um meio com substrato (CARVALHO et al., 2012).

2.6 Cultura da bananeira: Aclimatização das mudas

A aclimatização consiste em transferir as mudas que estavam em ambiente laboratorial para um novo ambiente, sendo esse processo conduzido manualmente. É o processo final da micropropagação, pelo qual a planta deixa as condições de laboratório e é transferida para uma casa de vegetação ou telado, alterando assim as condições de luminosidade, umidade e temperatura, podendo provocar estresses na planta (BERILI et al., 2011).

A aclimatização tem como objetivo reduzir os estresses ocasionados pelas mudanças do in vitro para o ex vitro, possibilitando que a muda tenha um desenvolvimento antes de enfrentar as condições de campo. Adicionalmente, ocorre também a formação de novas raízes, pois as mudas estarão em bandejas com substrato poroso, adubado e com irrigação adequada (CARVALHO et al., 2012).

Durante a fase de aclimatização, no processo de adaptação as novas condições, as mudas desenvolvem estratégias de controle de transpiração e condutância estomática (SCANERI, 2006), além de aumentar a taxa fotossintética. Esse processo pode ser um fator limitante no desenvolvimento de mudas micropropagadas, pois se mal executado pode acarretar a danos graves nas mudas, resultando na sua morte (CARVALHO et al., 2012).

É importante destacar que, deve-se selecionar explantes bem desenvolvidos, que apresentem parte aérea e raízes formadas. Além disso, deve-se escolher mudas com 4 a 6 cm de altura. Para o transplantio das mudas, deve-se retirá-las dos frascos, realizar a lavagem das mesmas retirando todo o excesso de meio de cultura. É essencial também realizar uma poda nas raízes, deixando-as com cerca de 1,0 cm de comprimento, para estimular o crescimento de novas raízes e facilitar o plantio (CARVALHO et al., 2012).

O período de aclimatização de bananeiras, nas condições do Nordeste Brasileiro, tem uma duração média de 45 a 60 dias. Após este período, as mudas são transplantadas para

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16 sacos plásticos e estarão prontas para o plantio no campo, quando atingem a altura de 20 a s 30 cm e apresentam de 3 a 5 folhas (CARVALHO et al., 2012).

Vale destacar que, as condições do ambiente de aclimatização de telado ou casa de vegetação devem ser de sombreamento de 50% a 70%, irrigação por nebulização ou microaspersão, com temperatura entre 26°C a 28°C e umidade relativa do ar maior que 80% (CARVALHO et al., 2012). Entretanto, tem-se constatado em ensaios na Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza-CE), com aclimatização de mudas micropropagadas de bananeira que as condições de temperatura em casa de vegetação, podem chegar a máximas de 40°C. Além disso, ocorre a presença de ventos constantes, ocasionando uma redução na taxa de sobrevivência das mudas (SILVA et al., 2006). Portanto, há a necessidade de testes na fase de aclimatização, para adequar as condições climáticas típicas de cada região (épocas chuvosas e secas) com a produção das mudas. A utilização de diferentes tipos de ambientes, na fase de aclimatização, pode ser uma alternativa para proporcionar um melhor desenvolvimento das mudas micropropagadas de bananeira.

3 OBJETIVO

Investigar a influência de diferentes tipos de ambientes, no desenvolvimento de mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟.

4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Local de implantação dos experimentos

O experimento foi conduzido no período de fevereiro a junho de 2019, na Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza-CE).

4.2 Material vegetal

As mudas micropropagadas de bananeiras cv. „Prata Catarina‟ foram adquiridas da empresa BIOCLONE Produção de Mudas LTDA., localizada no município de Eusébio-CE. Foram utilizadas mudas ao final da fase de alongamento e enraizamento. As mudas foram desenvolvidas em meio de cultivo Murashige & Skoog (1962), em potes de plástico contendo 6 mudas em cada. Para a implantação do experimento foram selecionados 50 potes totalmente ao acaso, totalizando 300 mudas.

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17 4.3 Plantio das mudas e implantação do experimento

As mudas, dentro dos potes, foram conduzidas para sala de lavagem e esterilização de materiais do Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais. Foi realizada a retirada das mudas dos potes, individualizando-as e realizando a lavagem das mesmas, em água corrente para retirar todo o meio de cultivo aderido as raízes. Após a lavagem, as mudas foram acondicionadas em uma bandeja com papel toalha no fundo, para retirar o excesso da água. Posteriormente, para cada muda, foi mensurada a altura (cm), diâmetro do pseudocaule (mm2) e comprimento da maior raiz, com o auxílio de um paquímetro. Também foram contabilizados, o número de folhas por meio de contagem e determinada a massa fresca (g) das mudas, com auxílio de balança analítica.

As bandejas de plantio foram higienizadas com solução de hipoclorito de sódio (1,5%) e conduzidas para a sala de apoio do Laboratório da Cultura de Tecidos Vegetal, onde foram distribuídos o substrato comercial Hortaliças CA Turfa Fértil em 15 células de cada bandeja, sendo necessário umedecer o substrato para melhor acondicionamento nas células. Cada célula de plantio da bandeja apresentava volume de 50 ml.

Para o plantio, as raízes das mudas foram aparadas, de modo a apresentar 1cm de comprimento, para facilitar o plantio e estimular o crescimento de novas raízes. As mudas de bananeira foram plantadas no espaçamento de 2 células x 2 células, para evitar o adensamento e reduzir a interferência da competição por luz. Cada bandeja foi respectivamente identificada quanto ao tratamento e à repetição. Cada planta foi identificada com um número para posterior rastreamento.

4.4 Tratamentos

Os seguintes tratamentos foram testados: Tratamento 1 (T1) - as mudas permaneceram por 14 dias em túnel de sombrite (Figura 1A) mais 49 dias em casa-de-vegetação (Figura 1B); Tratamento 2 (T2) - as mudas permaneceram por 7 dias em sala com temperatura controlada (Figura 1C) mais 56 dias em casa-de-vegetação (Figura 1B); Tratamento 3 (T3) - as mudas permaneceram na casa-de-vegetação por 63 dias (Figura 1B); Tratamento 4 (T4) - as mudas permaneceram por 14 dias em sala com temperatura controlada (Figura 1C) mais 49 dias em casa-de-vegetação (Figura 1B) e; Tratamento 5 (T5) - as mudas permaneceram por 7 dias na sala com temperatura controlada (Figura 1C), mais 7 dias no túnel de sombrite (Figura 1A) e, por fim, mais 49 dias em casa-de-vegetação (Figura 1B).

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18 Figura 1 - Mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟ em túnel de sombrite (A), casa-de-vegetação (B) e sala com temperatura controlada para aclimatização

Fonte: Jonathas Nunes, 2019.

4.5 Tratos culturais realizados nas plantas

Adubação: seis dias após a implantação do experimento, foi realizada a adubação das mudas, com adubo de liberação lenta NPK (14 14 14) na proporção de 5kg/1000L.

Irrigação: a irrigação foi manual para as mudas que permaneceram na sala com temperatura controlada, realizada uma vez por dia. Para as mudas que permaneceram ou após serem transferidas para a casa-de-vegetação, o sistema de irrigação automatizado foi programado para irrigar três vezes ao dia.

Condições climáticas: Foram monitoradas com auxílio de termohigrometros para mensurar temperatura e umidade e de um luxímetro para mensurar a intensidade de luz.

Pragas e doenças: O monitoramento de doenças e pragas foi realizado durante todo o período de realização do experimento por meio de inspeções diárias.

4.6 Avaliações das variáveis morfoagronômicas das mudas

As variáveis morfoagronômicas analisadas no experimento foram: Altura das plantas (ALT), diâmetro do pseudocaule (DP), número de folhas (NF), comprimento da maior raiz (CR), massa fresca (MF) e massa seca da planta (MS), determinadas da seguinte forma:

B A

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19 Altura das plantas (ALT) (cm): Determinada com auxílio de uma régua, realizando a mensuração das mudas desde o colo da planta até a inserção das folhas.

Diâmetro do pseudocaule (DP) (mm): Determinado à 1 cm do colo da planta, com auxílio de um paquímetro digital (Digimess).

Número de folhas (NF): Realizada por meio da contagem do número de folhas vivas nas mudas, considerando folhas que apresentavam mais de 50% de coloração verde.

Comprimento radicular (CR) (cm): Realizada por meio da retirada das mudas das bandejas. As mesmas foram lavadas com água corrente e, em seguida, realizada as medições, com auxílio de uma régua.

Massa fresca da planta (MF) (g): As mudas foram pesadas em uma balança digital Bioprecisa modelo JH 2102.

Massa seca da planta (MS) (g): Realizada por meio da pesagem do material após secagem na estufa, à 65°C por 72 horas.

A primeira avaliação foi realizada nas mudas antes do plantio. Essas mudas foram avaliadas quanto a altura das plantas (cm), diâmetro do pseudocaule (mm2), comprimento da maior raiz (cm), massa fresca (g) e número de folhas.

Posteriormente as avaliações foram realizadas semanalmente, do 13 ao 62° dia após o transplantio (DAT). Nestas avaliações foram mensuradas a altura das plantas (cm), o diâmetro do pseudocaule (mm) e o número de folhas.

No dia 63º DAT foi realizada a ultima avaliação. Foram mensuradas a altura das plantas (cm), o diâmetro do pseudocaule (mm) e o número de folhas. Além disso, foram realizadas as medições do comprimento da maior raiz (cm), da massa fresca (g) e da massa seca (g). Essas medições foram realizadas em sala com temperatura controlada, retirando a muda da célula da bandeja, lavando-as em água corrente, para a retirada do substrato aderido às raízes.

4.7 Delineamento experimental

O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado (DIC), formado por 5 tratamentos e 4 repetições (cada repetição= 15 mudas). Os dados do comprimento da maior raiz, massa fresca e massa seca foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias foram comparadas pelo teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade. A altura da planta, o diâmetro do pseudocaule e o número de folhas foram submetidos a análise de regressão (α= 0,05%).

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20 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

As mudas apresentaram pleno desenvolvimento durante o ensaio, observando-se morte de apenas de uma muda micropropagada de bananeira cv. „Prata Catarina‟. Além disso, foram observados danos causados por lagartas (identificação da espécie não foi possível) em cinco mudas, não sendo detectados danos por patógenos. O manejo adotado para controlar as lagartas constou de catação manual e aumentou-se a frequência de monitoramento das mudas eliminando os insetos de forma que o ataque pontual não interferiu no andamento dos experimentos (Figura 14).

Figura 2 - Muda micropropagada de bananeira cv. „Prata Catarina‟ atacada por lagarta (identificação da espécie não foi possível)

Fonte: Jonathas Nunes, 2019.

Os dados climáticos obtidos durante a condução do experimento foram coletados durante os 14 dias iniciais entre as 08h:00min e 09h:00min da manhã de cada dia (Tabela 1) e, demonstraram que as precipitações ficaram acima da média para a região de Fortaleza no período de condução dos experimentos (FUNCEME, 2019).

Para as variáveis, comprimento da raiz inicial, massa fresca inicial e diâmetro do pseudocaule não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos, ao nível de 5% de probabilidade.

(21)

21 Tabela 1 - Condições climáticas (Médias ± Erro padrão) mensuradas durante a condução do experimento em diferentes ambientes entre 08h:00min e 09h:00min, para aclimatização de mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟, Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza-CE

Ambientes Temperatura (ºC) Umidade relativa (%) Intensidade de luz (lux) Túnel de sombrite 27,8 ± 1,36 86,7 ± 1,141 5.945,3 ± 1121,5 Casa-de-vegetação 28,7 ± 1,18 83,7 ± 1,791 14.307,0 ± 1635,0

Sala com condições controladas 28,0 ± 0,33 66,2 ± 2,185 563,0 ± 158,0

Precipitações acumuladas no período de março à maio de 2019= 870,2 mm. Fonte: Jonathas Nunes, 2019.

Plantas advindas do tratamento 1 (14 dias em túnel de sombrite mais 49 dias em casa-de-vegetação), apresentaram maior comprimento da maior raiz na medição final, ou seja, após 63 dias de aclimatização (Figura 3).

Figura 3 - Comprimento da raiz final (Médias) de mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata

Catarina‟, submetidas a diferentes ambientes para aclimatização

T1= 14 dias em túnel de sombrite mais 49 dias em casa-de-vegetação; T2= 7 dias em sala com temperatura controlada mais 56 dias em casa-de-vegetação; T3= 63 dias em casa-de-vegetação; T4= 14 dias em sala com temperatura controlada mais 49 dias em casa-de-vegetação e; T5= 7 dias em sala com temperatura controlada mais 7 dias no túnel de sombrite e, por fim, mais 49 dias em casa-de-vegetação.

*Médias seguidas de pelo menos uma letra em comum, não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.

Fonte: Jonathas Nunes, 2019.

Mudas micropropagadas cv. „BHS FHIA-18‟, aclimatizadas por 90 dias com diferentes dosagens de adubação e tipos de substratos atingiram 17,2 cm independente dos

A AB AB AB B 0 2 4 6 8 10 12 14 16 T1 T3 T5 T2 T4 C omprim ento(c m)

(22)

22 tratamentos (RODRIGUES et al., 2019). Apesar da diferença de objetivos e tratamentos, os resultados encontrados com aclimatização por 63 dias indicam bom desenvolvimento das mudas utilizadas.

A maior massa fresca final foi obtida em plantas advindas do tratamento 1, obtendo-se média superior aos demais tratamentos (Figura 4).

Figura 4 - Massa fresca final (Médias) de mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟, submetidas a diferentes ambientes para aclimatização

T1= 14 dias em túnel de sombrite mais 49 dias em casa-de-vegetação; T2= 7 dias em sala com temperatura controlada mais 56 dias em casa-de-vegetação; T3= 63 dias em casa-de-vegetação; T4= 14 dias em sala com temperatura controlada mais 49 dias em casa-de-vegetação e; T5= 7 dias em sala com temperatura controlada mais 7 dias no túnel de sombrite e, por fim, mais 49 dias em casa-de-vegetação.

*Médias seguidas de pelo menos uma letra em comum, não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.

Fonte: Jonathas Nunes, 2019.

A massa fresca final de mudas difere em função da cultivar, nesse sentido o tratamento 1 se destacou com maior peso médio sendo 7,03 g por planta. Já mudas de bananeira cv. „Grand Naine‟ aclimatizadas por 75 dias em diferentes composições de substrato e recipientes apresentaram em média, 29,7 g por planta (OLIVEIRA et al., 2015).

Para a massa seca final de plantas advindas do tratamento 1 também foi obtida a maior média, sendo superior aos demais tratamentos (Figura 5).

a b b b b 0 1 2 3 4 5 6 7 8 T1 T3 T2 T5 T4 pes o da m as sa f res ca ( g )

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23 Figura 5 - Massa seca final (Médias) de mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟, submetidas a diferentes ambientes para aclimatização

T1= 14 dias em túnel de sombrite mais 49 dias em casa-de-vegetação; T2= 7 dias em sala com temperatura controlada mais 56 dias em casa-de-vegetação; T3= 63 dias em casa-de-vegetação; T4= 14 dias em sala com temperatura controlada mais 49 dias em casa-de-vegetação e; T5= 7 dias em sala com temperatura controlada mais 7 dias no túnel de sombrite e, por fim, mais 49 dias em casa-de-vegetação.

*Médias seguidas de pelo menos uma letra em comum, não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.

Fonte: Jonathas Nunes, 2019.

A maior massa seca observada no tratamento 1 confirma maior acúmulo de biomassa já detectada no peso da massa fresca, indicando melhor desenvolvimento das mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟ quando as mesmas são aclimatizadas por 14 dias em túnel de sombrite mais 49 dias em casa-de-vegetação.

Conforme esperado, a altura das plantas apresentou crescimento linear com o avanço dos dias após o transplantio (DAT), destacando-se o tratamento 1 que proporcionou maior altura de mudas quando comparados aos demais tratamentos (Figura 6).

a b bc bc c 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 T1 T3 T5 T2 T4 Massa se ca ( g )

(24)

24

Figura 6 - Altura de mudas (Médias) micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟, submetidas a diferentes ambientes em relação aos DAT. A) Tratamento 1= 14 dias em túnel de sombrite mais 49 dias em casa-de-vegetação; B) Tratamento 2= 7 dias em sala com temperatura controlada mais 56 dias em casa-de-vegetação; C) Tratamento 3= 63 dias em casa-de-vegetação; D) Tratamento 4 = 14 dias em sala com temperatura controlada mais 49 dias em casa-de-vegetação; E) Tratamento 5= 7 dias em sala com temperatura controlada mais 7 dias no túnel de sombrite e, por fim, mais 49 dias em casa-de-vegetação. F) Comparação de médias entre tratamentos após 63 DAT

*Médias seguidas de pelo menos uma letra em comum, não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. Fonte: Jonathas Nunes, 2019.

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25

Figura 7 - Número de folhas (Médias) de mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟, submetidas a diferentes ambientes em relação aos DAT. A) Tratamento 1= 14 dias em túnel de sombrite mais 49 dias em casa-de-vegetação; B) Tratamento 2= 7 dias em sala com temperatura controlada mais 56 dias em casa-de-vegetação; C) Tratamento 3= 63 dias em casa-de-vegetação; D) Tratamento 4 = 14 dias em sala com temperatura controlada mais 49 dias em casa-de-vegetação; E) Tratamento 5= 7 dias em sala com temperatura controlada mais 7 dias no túnel de sombrite e, por fim, mais 49 dias em casa-de-vegetação. F) Comparação de médias entre tratamentos após 63 DAT

*Médias seguidas de pelo menos uma letra em comum, não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. Fonte: Jonathas Nunes, 2019.

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26

Mudas advindas do tratamento 1 atingiram mais de 5 cm de altura aos 63 dias. Esses resultados corroboram dados obtidos para mudas de bananeira cv. „Prata Anã‟ aclimatizadas por 30 dias em estufim sob telado de 50% de sombreamento (PEREIRA et al., 2000), indicando que provavelmente mudas micropropagadas de bananeira adaptem-se melhor ao processo de aclimatização quando há um período de sombreamento logo no início da fase de transplantio.

No presente trabalho nota-se que as médias da variável número de folhas foram menores, não ultrapassando 4,2 folhas no melhor tratamento aos 63 dias. Talvez essa diferença seja por conta da senescência das folhas mais jovens e o surgimento de novas folhas. O tratamento 1 ganhou destaque pois apresentou mais folhas do que os demais tratamentos.

O número de folhas reduziu linearmente ao longo das avaliações após o transplantio exceto no tratamento 4 que apresentou aumento do número de folhas (Figura 7), esse fato pode ter ocorrido pois como a sala com condições controladas apresentava baixa intensidade de luz e baixa umidade relativa do ar, as mudas podem ter sofrido atraso no desenvolvimento retardando a senescência das folhas primárias mantendo-as vivas por mais tempo. A incidência de luz solar é importante para a realização da fotossíntese e manutenção da taxa respiratória da muda durante o período de aclimatização. Portanto a ausência da mesma pode ter influenciado negativamente as mudas submetidas ao tratamento 4 visto que neste foram observados os menores valores para todas as variáveis morfoagronômicas analisadas, indicando baixo desenvolvimento das mudas.

A aclimatização de mudas de bananeira usando telas de sombreamento é indispensável para o bom desenvolvimento das mudas, visto que as plantas tendem a crescer mais rápido em ambientes sombreados aumentando o peso da massa fresca e seca simultaneamente e promovendo o crescimento das raízes das mudas (GUIMARÃES et al., 2018).

6 CONCLUSÃO

Mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟ aclimatizadas por 14 dias em túnel de sombrite mais 49 dias em casa-de-vegetação apresentaram melhores resultados para variáveis morfoagronômicas avaliadas, sendo recomendado este tratamento para o processo de aclimatização de mudas dessa cultivar em épocas chuvosas, por estimular o crescimento da planta, aumentar o peso fresco e seco além de promover o crescimento de raízes.

(27)

27

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O experimento realizado trouxe grande aprendizado, pois ao iniciar um trabalho em uma área do conhecimento com a qual não tinha trabalhado durante a graduação e que estudantes os alunos do curso de Agronomia quase sempre deixam passar despercebido, foi desafiador. Saber que este trabalho tem importância para uma atividade rural é um prazer imenso. Contudo não posso deixar de esquecer que a Universidade Federal do Ceará desempenhou grande importância nesse processo, além de todas as pessoas envolvidas nesse trabalho. Espero que este trabalho possa ajudar outros estudantes, produtores de mudas, além de produtores rurais.

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28

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGRIANUAL 2019: ANUÁRIO ESTATÍSTICO DA AGRICULTURA BRASILEIRA. São Paulo: FNP Consultoria & Comércio, 2019. p. 196-203.

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LAMEIRA, O. A.; LEMOS, O. F.; MENEZES, I. C.; PINTO, J. E. B. P. Cultura de tecidos (Manual). Belém: Embrapa Amazônia Oriental, Documentos, 66, 41 p., 2000.

LIMA, M. B.; SILVA, S. O.; FERREIRA, C. F. Banana: O produtor pergunta, a Embrapa responde. 2ª ed. Brasília: Embrapa, 214 p., 2012.

(29)

29

LORENA, D. R. Produtividade e qualidade de bananas das cultivares ‘Grand Naine’ e ‘BRS Tropical’ em função de irrigação e adubação na região do Distrito Federal. 2015. 118 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia), Universidade de Brasília, 2015.

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SCARANARI, C. Aclimatação de mudas micropropagadas de bananeira (Musa spp.) cv. ‘Grande Naine’. 2006. 116 f. Tese (Doutorado em Engenharia Agrícola), Universidade Estadual de Campinas, 2006.

(30)

30

SILVA, S. O.; PIRES, E. T.; PESTANA, R. K. N.; ALVES, J. S.; SILVEIRA, D. C. Avaliação de clones banana Cavendish. Ciência e Agrotecnologia, v. 30, p. 832-837, 2006. ULLMAN, S. Origem da banana: Distribuição geográfica. In: FREITAS, R. Banana. [S. l.: s. n.], 2002. Disponível em: http://www.ufrgs.br/afeira/materias-primas/frutas/banana. Acesso em: 13 jun. 2019.

(31)

31

ANEXO 1

Tabela 6- Comprimento da raiz inicial de mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟, submetidas a diferentes ambientes de aclimatização

Fontes de Variação G.L. Soma de Quadrado Quadrado Médio F Significância TRAT 4 9.271.488 2.317.872 1.947 0.10272 Resíduo 295 35126.87 1.190.741 **Não significativo a 5%**

Fonte: Jonathas Nunes, 2019.

Tabela 7- Massa fresca inicial de mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟, submetidas a diferentes ambientes de aclimatização

Fontes de Variação G.L. Soma de Quadrado Quadrado Médio F Significância TRAT 4 6.087.767 1.521.942 0.769 ******* Resíduo 295 58381.08 1.979.020 **Não significativo a 5%**

Fonte: Jonathas Nunes, 2019.

Tabela 8- Comprimento da raiz final de mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟, submetidas a diferentes ambientes de aclimatização

Fontes de Variação G.L. Soma de Quadrado Quadrado Médio F Significância. TRAT 4 6.853.719 1.713.430 2.781 0.02702 Resíduo 295 18173.31 6.160.445 **Não significativo a 5%**

(32)

32

Tabela 9- Massa fresca final de mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟, submetidas a diferentes ambientes de aclimatização

Fontes de Variação G.L. Soma de Quadrado Quadrado Médio F Significância. TRAT 4 2.184.484 5.461.209 16.327 0.00000 Resíduo 295 9.867.207 3.344.816 **Não significativo a 5%** Fonte: Jonathas Nunes, 2019.

Tabela 10- Massa seca de mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟, submetidas a diferentes ambientes de aclimatização

Fontes de Variação G.L. Soma de Quadrado Quadrado Médio F Significância. TRAT 4 1.457.490 0.3643725 11.284 0.00000 Resíduo 295 9.526.210 0.3229224E-01 **Não significativo a 5%**

(33)

33

Tabela 11 - Altura de mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟, submetidas a diferentes ambientes de aclimatização

Fontes de Variação G.L. Soma de Quadrado Quadrado Médio F Significância. TRAT 4 7.804.137 1.951.034 5.957 0.00000 DAT 7 8.837.877 1.262.554 38.549 0.00000 LINEAR (R2= 0,96) 1 8.500.655 8.500.655 259.544 0.00000 Quadrat. R²=0.99 1 2.815.963 2.815.963 8.598 0.00289 Cúbico R²=0.99 1 0.5029976 0.5029976 0.154 ******* Quártico R²=1.00 1 1.284.551 1.284.551 0.392 ******* Quíntico R²=1.00 1 0.4192659E-01 0.4192659E-01 0.013 ******* Residual 2 3.733.027 1.866.513 0.570 ******* TRAT x DAT 28 1.032.690 3.688.177 1.126 0.29559 Resíduo 2358 7.722.996 3.275.231 **Não significativo a 5%**

(34)

34

Tabela 12 - Diâmetro do pseudocaule de mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟, submetidas a diferentes ambientes de aclimatização

Fontes de Variação G.L. Soma de Quadrado Quadrado Médio F Significância. TRAT 4 1.195.149 2.987.871 1.183 0.31602 DAT 7 2.213.208 3.161.726 1.252 0.27056 LINEAR (R2= 0,18) 1 4.007.516 4.007.516 1.587 0.20751 **Não significativo a 5%**

Fonte: Jonathas Nunes, 2019.

Tabela 13 - Número de folhas de mudas micropropagadas de bananeira cv. „Prata Catarina‟, submetidas a diferentes ambientes de aclimatização

Fontes de Variação G.L. Soma de Quadrado Quadrado Médio F Significância. TRAT 4 7.282.444 1.820.611 11.182 0.00000 DAT 7 1.564.077 2.234.396 13.723 0.00000 LINEAR (R2= 0,09) 1 1.465.070 1.465.070 8.998 0.00222 Quadrat. R²=0.20 1 1.644.274 1.644.274 10.099 0.00099 Cúbico R²=0.23 1 5.495.663 5.495.663 3.375 0.06582 Quártico R²=0,24 1 0.2321049 0.2321049 0.143 ******* Quíntico R²=0,32 1 1.307.109 1.307.109 8.028 0.00413 Residual 2 1.065.154 5.325.772 32.710 0.00000 TRAT x DAT 28 5.931.149 2.118.267 1.301 0.13391 Resíduo 2358 3.839.199 1.628.159 **Não significativo a 5%**

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