PAULO
EDUARDO
PRZYSIEZNY
AVALIAÇÃO
DO TRATAMENTO
EM
PACIENTES
COM
SINTOMATOLOGIA
OTORRINOLARINGOLÓGICA
RELACIONADA
À
DOENÇA DO
REELUXO
GASTROESOFÁGICO
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a
Conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.
FLORIANÓPOLIS
AVALIAÇÃO
DO TRATAMENTO
EM
PACIENTES
COM
SINTOMATOLOGIA
OTORRINOLARINGOLÓGICA
RELACIONADA
À
DOENÇA DO
REELUXO
GASTROESOEÁGICO
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a
Conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.
Presidente do Colegiado do Curso de Graduação
em
Medicina: Professor Dr. Édson José CardosoOrientador: Professor Dr. Newton Macuco Capella
FLORIANÓPOLIS
AGRADECIMENTOS
Ao
professor Dr.Newton Macuco
Capella,que
cedeu o material de coletade dados, realizou as videolaringoscopias e orientou o trabalho.
À
profesora Dra. SilviaModesto
Nassar, Professora Titulardo
Departamento
de Estatística e Informáticado
Centro de Ciências Tecnológicasda
Universidade Federal de Santa Catarina, pela orientação da análise estatística.
À
CristinaHelena Fogaça
Vicari,com
seu auxílio indispensável para coleta e análise dos dados.À
minha
família:D.
Lúcia,@
Aloisio, Regina, Sérgio, Vítor, Cris, Wilson, Débora, Elaine, André,Bnmo,
Bernardo e Luciana.1NTRODUÇÃO
OBJETIVO
... ..MÉTODO
... ..D1scUssÃO....
CONCLUSÃO..
REFÊRENCIAS
... ._RESUMO
... _.SUMMARY
... ..APÊNDIOES
... .. « Q ú ‹ › ¢ « ¢ « ¢ ¢ ~ u o ø n n n o n o n o ou ¢ ¢ u n o ø o ¢ o n ø o o o . ¢ ø u u n ø o n ouRESULTADOS
... ._ à z › | ¢ ¢ ¢ ¢ ú . ¢ ¢ ¢ uz o o n o ¢ ¢ u u Q ú n . u Q . . ¢ . ¢ n - ú . › . ¢ ¢ ¢ ¢ - o ø o ø n n n n o o o na u u n n n Q ¢ ¢ n ¢ n n ¢ c u no ¢ z . › Q › . › n u o o o n o nn ¢ n o n o u n o n u n u o n o n nn u u u n ¢ n ‹ ¢ u ¢ ¢ u ¢ n u uz ¢ ¢ ú ø ø › | › ú à à ú ¢ z ¢ ue | › n ¢ ¢ ú n « u ú ¢ u ¢ ú z u ¢ | ú Q . n | ¢ ¢ ¢ ¢ ~ . ¢ no III1.
INTRODUÇÃO
A
doença do
refluxo gastroesofágico(DRGE)
é conhecida desde aantigfiálade.
Em
1618, Fabricius descreveu a junção gastroesofageana (JGE), dando-lhe onome
"cárdia",em
homenagem
aGaleno
(129-200DC),
o qual já usara esse termo devido aos sintomas semelhantes entre as alterações daJGE
eos sintomas cardíacos.”
Essa
doença
éuma
entidade clínicacomum
em
todos os segmentosda
população3, sendo responsável por sintomas diários
em
aproximadamente
7-10%
das
pessoas”
e sintomas intermitentesem
maisde®
Segundo
Bettarello, provavehnente sua incidência só perdeno
total das gastroenteropatias, para asalterações funcionais intestinais.5
O
refluxo
gastroesofágico(RGE)
representa o escapedo
conteúdo gastro-duodenal para
o
esôfagosem
a presença de vômitosou
eructações.As
conse-qüências desse
refluxo
dependem
da
suscetibilidadeda
região atingida e dosfatores protetores e agressores envolvidos.
Quando
há
desequilíbrio e predomí-nio
da
agressão,surgem
os sintomas e sinaisque
caracterizam aDRGE,
classicamente descritosna
literaturacomo
aziaou
pirose, odinofagia, disfagia, dor retroestemal e regurgitação.8 Essa sintomatologia gastrointestinal geralmenteestá associada à esofagite,
mas
não
háuma
relação clara entre a gravidadeda
esofagite, e o grauda
sintomatologia.9O
diagnósticoda
DRGE
é feitocom
bases clinicas,no
entanto, pacientesem
que
a terapia empírica foium
insucessoou
existem sintomas sugestivos deuma
complicaçãodo
RGE
(hemorragia, perfuração, estenose, esôfago de Barret,sintomatologia pulmonar), a investigação mais aprofundada
com
exames
Inúmeros autores1°`15
têm
descrito diferentesesquemas
terapêuticos parao
RGE,
que visam
geralmente a esofagite(embora
também
existam relatos detratamentos
com
bons resultados para pacientescom
manifestações clássicas daDRGE
esem
alterações endoscópicasló).Os
agentes maisempregados eram
os bloqueadores dos receptoresHz da
histamina. Porém,com
a evoluçãodo
conhecimento sobre a fisiopatologia
da doença
e padrão de resposta aotratamento, passaram-se a utilizar
com
maior freqüência os inibidores dabomba
de prótons, queprovaram não
interferirna
produção de ácidoem
resposta ahistamina, acetilcolina e gastrina, abolindo a secreção ácida
na
etapa final (bloqueioda enzima
hidrogênio-potássio(H/K)
ATPase).Com
isto, relatou-semelhora clínica e endoscópica
em
pacientes cuja terapia préviacom
bloqueadoresHz
tinha sido ineficaz totalou
parciahnente.13'15Atualmente,
no
entanto,vêm
sendo observados outros grupos de pacientes,com
sintomas diferentes dos anteriormente descritos,mas
também
atribuídos àDRGE.
Um
destes grupos referiu sintomas otorrinolaringológicos(ORL) como
disfonia crônicaou
intermitente, pigarro e/ou tosse, rouquidão, ardência e dificuldadeou
desconfortoem
deglutir (disfagia alta),também
descritacomo
sensação de corpo estranho
na
garganta, globo farí11geo¡'6*17'2°ou
ainda,em
nossomeio, sensação de "embucho".*Alguns pacientes apresentam sintomas noturnos
com
característica de regurgitação ácidacomo
gostoamargo na
boca, queimação, crises de asfixia e lari11goespasmo.1'5*"=21'24 Neste grupo de pacientes,embora
houvesse refluxo, ele gerahnente
não
era responsável por sintomasou
alteraçõesanatômicas gastroesofágicas,
mas
sim por manifestações faringo-laríngeasf'
Embucho, de embuchar: sufocar-se por não poder engolir a comida. (Buarque de I-Iolanda Ferreira, Aurélio;
3
O
refluxo
laríngeo foi inicialmente sugeridocomo
etiologia para doençaslaríngeas
em
1968 por Chen'y e Margulieszs, quepropuseram
orefluxo
ácidocomo
um
fator associado ao abuso vocallóna
etiologiada
úlcera de contatolaríngea. Esta teoria foi posteriormente sustentada através da produção experi-
mental de úlceras laringeas pela aplicação de ácido gástrico nas cordas vocais de
dois cães.2°
Delahunty”
ampliou o espectroda doença
laríngea decorrentedo
refluxo, incluindo a ceratose
do
terço posteriorda
laringecomo
conseqüênciada
enfermidade. Vários estudos, relacionaram o
refluxo
como
um
fator etiológicona
úlcera, granuloma, hiperemia e
edema
laríngeos, muitas vezessem
alteraçõesesofágicas associadas.1*21'28 Outras alterações relacionadas ao
RGE
incluíram a laringite e a faringite crônicas inespecíficas” , disfonias inexplicáveis29'34 e apaquidermia34*35 laríngea
com
sua vasta sinonimiana
literatura: laringite posterior,2l laringite ácida posterio127'34 e laringite de refluxo.'*17'23ç
Como
os sintomas mais freqüentemente relatadoseram
restritos ao trato gastrintestinal alto e osexames
complementares utilizados para o diagnósticodirigidos a este segmento, geralmente a terapêutica
também
se destinava aos pacientes portadores deDRGE
clásssica.Em
conseqüência, pacientescom
sintomasORL
decorrentesdo
RGE
muitas vezesnão eram
diagnosticados,ou
eram
subtratadosou
rotuladoscomo
poliqueixosos,permanecendo
com
adoença
crônica
ou
recorrente durante muito tempo. Esta falhano
diagnóstico e terapêutica implicouna
persistência dos sintomas e/ou aparecimento de lesões(complicações) laringofaríngeas, incluindo a estenose laríngea
(com
ou
sem
granuloma),
o
aparecimentoou
persistência de sintomascomo
o globo faringeo, adisfagia alta e a tosse crônica,
havendo
relatos, inclusive,do
desenvolvimento de carcinoma de laringe, dentre outras alterações.'°2›35Avaliar o resultado
do
tratamentoda
DRGE, em
pacientescom
sintomatologia otorrinolaringológica relacionada aoRGE.
3.
MÉToDo
Cem
pacientescom
manifestaçõesORL
possivehnente relacionadas àDRGE,
mas sem
sintomas clássicos evidentes derefluxo
(pirose, regurgitação)foram selecionados aleatoriamente durante o período de setembro de 1994 a
novembro
de 1997 e estudados prospectivamente, a nível ambulatorial, deforma
longitudinal e descritiva.
A
avaliação foi divididaem
etapas.Na
primeira, preencheu-seum
questionário pré-estabelecido (apêndice I) de acordo
com
as queixas mais fre-qüentes
(num
total de 14 sintomas pesquisados).As
regiões de ocorrência destes sintomasforam
anotadas, sendo que paraanálise dividiu-se as regiões
em
7 grupos (Tabela I). Inclui-setambém
os hábitospessoais
bem
como
antecedentes patológicos dos pacientes (apêndice I).Tabela I:
Grupos
para análise dos locaisonde
ossintomas otorrinolaringológicos
poderiam
serreferidos.
Grupos
Local dos sintomas Grupo 1 BocaGrupo 2 Faringe
Grupo 3 Laringe Grupo 4 Boca e faringe
Grupo 5
Bocae
laringeGrupo 6 Faringe e laringe
Na
segunda etapa, todos os pacientes foram submetidos àEDA, com
endoscópioOlympus® CV-GIF
130.Os
achados positivos foram anotadosno
inquérito inicial e incluíram a hérnia de hiato, esofagite entre outros,
bem
como
a presença deexame
normal.Quando
presente, a esofagite foi classificada segundo a descrição de Savary- Miller.”Quadro
I.Quadro
I: Classificação endoscópica de Savary-Miller36 para a esofagite derefluxo
utilizada nos 100 pacientes submetidos a estudo das manifestaçõesotorrinolaringológicas relacionadas à
DRGE.
Esofagite graul Eritema e/ou erosões superficiais únicas ou
isoladas na mucosa esofágica, não confluentes.
Esofagite grau II Erosões confluentes que não afetam toda circunferência esofágica.
Esofagite grau IH Erosões confluentes, tomando toda
circtmferência esofágica, sem estenose.
Esofagite grau IV Ulceras, estenoses, metaplasias (esôfago de
Barret).
Na
terceira etapa, procedeu-se à videolaringoscopia transoral,com
um
endoscópio TeleMachida® LYC30,
de9mm
e 70° ecâmara Toshiba®
integradaa
um
sistema de videogravação, permitindo a visualização de toda orofaringe, hipofaringe e laringe.A
imagem
laringoscópica normal foi definidacomo:
pregas vocaiscomo
cintas, de cor brando nacarado, envoltas pormucosa
de coloração rosácea.”Os
achados laríngeos positivos foram anotados e incluíram fendaglótica, nódulo, cisto, pólipo, úlcera de contato, granuloma, constricção laríngea,
hiperemia e
edema
e paquidermia laríngea,além
de lesões suspeitas que incluíssemou não
a leucoplasia.A
laringite posterior (paquidermia laríngea),quando
presente, foiclassificada
em
graus I, II e III, analogamente à classificação de Savary-Miller7
Quadro
II: Classificação da laringite posterior (paquidermia laríngea),modificada
deKamel
e col.2l, utilizada nos 100 pacientes submetidos a estudo das manifestações otorrinolaringológicas relacionadas àDRGE.
Paquidermia grau I Mucosa irregular, rugosa, esbranquiçada
Paquidemiia grau II Mucosa irregular, rugosa, esbranquiçada, co
hiperemia ou ulceração rasa das apófises
vocálicas
Paquidermia grau III Mucosa irregular, rugosa, esbranquiçada associada a úlcera de contato ou granuloma uni
ou bilaterais
Após
aEDA
e a videolaringoscopia transoral, todos os pacientes foramtratados para
DRGE
(quarta etapa).O
tratamento consistiunum
planocompor-
tamental
onde medidas
para evitaro refluxo
foram instituídas (Tabela H),associadas a
uma
terapêuticamedicamentosa onde
antagonistasHz
(ranitidina)ou
bloqueadoresda
bomba
de prótons (omeprazol)ambos
associados à procinéticos (cisaprida)foram
utilizados.Os
primeiros40
pacientes (40%), receberam rani- tidina (150 miligramas (mg) duas vezes ao dia (2x/d), pelamanhã
e à noite)associados à cisaprida (5
mg
4x/d, antesdo
café, almoço, janta e antes dedormir).
Os
outros60
pacientes(60%)
receberamomeprazol
(20mg/d
pelamanhã
em
jejum) associados à cisaprida (5mg
4x/d , antesdo
café, almoço, jantae antes de dormir).
Na
última etapa, os pacientesretomaram
após 6semanas do
inícioda
terapêutica para
DRGE, afim
deserem
reavaliados quanto a sintomatologiaORL
seguindoum
protocolo de avaliação pós tratamento. Procurou-se através dequestionário pré-estabelecido (apêndice H), avaliar subjetivamente os resultados
do
tratamento instituído.Cada
paciente respondeu indicando melhoras nula, leve (pouca), significativaou
total dos sintomasORL.
Sessenta pacientes
(60%)
retomaram, sendo que todos aoexame
endoscópico(EDA
e videolaringoscopia),eram
nonnaisou
tinham lesões leves (esofagite grau lou
paquidermia grau I). Destes,50%
tinham recebido ranitidinacom
cisaprida e50%
omeprazoltambém
associado à cisaprida.Os
resultados obtidos foram estudados atravésdo
método
Statistica 5.0 Copyright stat soft inc 1984, pormeio
de análise descritiva individualizada porvariáveis e análise por agrupamento.
Tabela II:
Recomendações
instituídas para o controledo
RGE,
utilizada nos 100 pacientes submetidos a estudo das manifestações otorrino- laringológicas relacionadas àDRGE.
*Fazer refeições leves e pouco volumosas.
*Não deitar por 2 horas após a refeição.
*Perder peso se necessário.
*Elevar a cabeceira da cama 10-15 cm.
*Não fimnar.
*Evitar roupas apertadas na cintura.
*Evitar gorduras, chocolate, hortelã, álcool, cafeína, fi'utas cítricas, leite integral e
4.
RESULTADOS
Dentre os
cem
pacientes analisados, 57(57%)
foramdo
sexo feminino,com
idade que variou entre 21 e
66
anos (média 44,77 e desvio padrão 10,79),enquanto os masculinos representaram 43 casos (43%),
com
idades variandoentre 25 e
74
anos de idade (média 43,30 e desvio padrão 10,35).Os
sintomas mais freqüentes,bem
como
a variação na distribuição destasfreqüências nos dois sexos, são vistos na tabela III.
Tabela III: Análise das freqüências de sintomas, individuahnente, nos 100
pacientes
com
queixas otorrinolaringológicas relacionadas àDRGE
e distribuição destas freqüências quanto ao sexo.Ardume Boca Seca 46,03 31,48 53,97 7 68,52 29 34 63 17 37 54 Cansaço ao Falar 16 31,37 68,63 Disfagia 17 35,42 64,58 Disfonia 30 42,25 57,75 Disfonia severa 3 21,43 78,57 Dor 13 32,50 67,50 _/,,zEmbucho 27 36,49 63,51 ,,Engasgo 17 37,78 62,22 Inflamação 24 41,38 58,62 Pigarro 28 36,36 63,64 Queimor 24 42,86 57,14 Sialorréia 19 38,78 61,22 Tosse 22 40,74 59,26
A
análise por agrupamento deste conjunto de queixas demonstrou, basicamente, a formação de 4 grandes grupos de sintomas, que apareceram2)queimor,
ardume
e disfonia severa; 3)disfagia, sialorréia, dor,boca
seca e disfonia severa e 4)tosse e disfonia severa.Dentre as três regiões
onde
os sintomaspoderiam
ser referidos, acombinação
de faringe e laringe foi a mais freqüente,com
57
casos (57%).Em
seguida,
em
ordem
decrescente, vieram os grupos faringe26
casos (26%), laringe6 casos (6%), boca, faringe e laringe 5 casos (5%),
boca
e faringe4
casos(4%)
e,finalmente,
boca
isoladamente 2 casos (2%).O
grupo 5 (boca e laringe)não
apresentou
nenhum
caso.Gráfico
l.5% 2% Boca 1 Faringe I Laringe E1 Boca e Faringe 1 Faringe e Laringe
Boca, Faringe e Laringe
57%
Gráfico 1: Distribuição das regiões mais fieqüentemente acometidas pelos sintomas otorrinolaringológicos
relacionados à
DRGE
nos 100 pacientes estudados.Quanto
aos hábitos pessoais dos pacientes estudadosem
relação ao total dequeixas, a análise de cada hábito pesquisado
demonstrou que
61(61%) bebiam
café e
45 (45%)
costumavam comer
alimentos condimentados. Vinte e cinco(25%) eram
tabagistas,24 (24%)
faziam uso de bebidas alcoólicas e apenas llll
ía
Y 1 6 5 Fraqütncla Tabagismo | Hâbuos Ch*fl=ffã°Gráfico 2: Análise da freqüência dos hábitos de vida em relação ao total de queixas nos 100 pacientes
estudados com sintomas otorrinolaringológicos relacionados à DRGE.
Quando comparamos
os resultados dosexames
complementares realizados(videolaringoscopia e endoscopia digestiva alta), verificamos
que
apenas 9(9%)
dos pacientes
não
apresentaram qualquer alteração nosmétodos de imagem,
enquanto
49 (49%)
apresentaram alterações nos dois métodos.Em
34
casos(34%) houve
alteração somentena
laringoscopia esomente
8 pacientes(8%)
apresentaram alteração endoscópica exclusiva. Tabela IV.Os
achados positivos isolados maiscomuns
nos 83 pacientesque
tiveram videolaringoscopia alteradaem
relação ao total de queixasforam
a paquidermia grau I,com
53 casos (53%), seguida de hiperemia eedema,
com
21 casos(21%)
e paquidermia grau II, encontrada
em
20
pacientes (20%).O
exame
normalocupou
o quarto lugarem
freqüência,com
17 casos (17%).Demais
achados tiverampouca
expressão.Gráfico
3.Tabela IV: Análise e
comparação da
freqüência de achados (positivos e nega-tivos) de Videolaringoscopia e
EDA
nos 100 pacientes submetidos a estudo das manifestações otorrinolaringológicas relacionadas àDRGE.
i
Videolaringoscopia
9%
:20,93%
dasEN
8%:
14,04%
dasEA
Normal
52,94%
dasVN
47,06%
dasVN
17(17%)
Videolaringoscopia
34%: 79,07%
dasEN
49%: 85,96%
dasEA
Anormal
40,96%
dasVA
59,04%
dasVA
83(83%)
Legenda:
EN=
Endoscopia
Digestiva AltaNormal
EA=
Endoscopia
Digestiva Alta AlteradaVN=
VideolaringoscopiaNormal
VA=
Videolaringoscopia AlteradaNa
EDA
oachado
positivo isolado mais fieqüente entre os57
pacientescom
alteração nesteexame
foi a esofagite grau I,com
32
casos (32%).Em
segundo lugar encontrou-se outros achados, representados,
em
todos os casos,por gastrite,
num
total de24
pacientes (24%).Em
terceiro lugar encontrou-se ahérnia de hiato,
com
23 casos (23%), seguida de esofagite grau 11com
7 casos(7%).
A
alteraçãomenos
freqüente foi a esofagite grau III,em
apenas lcaso(l%)
Achados
de
Vldeolarlngoscopla
Gráñco 3: Análise da fieqüência de achados de videolaringoscopia em 100 pacientes com queixas Constricçào Iarhgea Úcera de contato Fiiererria e edena _/' Nódulo Cisto Paquidemia I
_
Granulofm Pónp‹› Fenda glóticaNm.
`úgg
PaquiderrriaI I 1 1 Í PaquidemiaI 1/ |/ | 1 1 0 10 20 30 40 50 Freqüênciaotorrinolaringológicas relacionadas à DRGE.
Gráfico 4: Análise da fieqüência de achados de
EDA
em 100 pacientes com queixasAchados Endoscóplcos gw ~$' 4 Ezofzgie I | ,-..,.z..›.,¬_,.¬' .¡.,.. T...¿ _ fã '~\ E$°f°9¡f°| ~ Outros EsofagiteI hbmnl I/ I/
K
I I/ I/ I/ I//
O 5 10 15 20 25 30 35 40 45 FreqüênciaAGRADECIMENTOS
Incluir:
Ao
Centro deBio-Imagem
(CBI)
e,em
especial,ao
Dr.Almir
Gentil,
que
realizou as endoscopias digestivas altas.RESULTADOS
Na
pág. 9, 1° parágrafo, linha 4:onde
se lê "entre25
e74
anosde
idadesubstituir por "25 e
74
anos".Na
pág. 14, TabelaV,
inclusão deuma
linha:Total 13 43,33 15 E
so
28
46,66 sigzúfizzúiva 1o 33,33 124o
22
36,66Pouca
5 16,662
6,66 7 11,66Sem
melhora
2 6,66 l 3,33 Total30
10030
100 3 560
100mscUssÃo
Na
pág. 21, linhas 1,9
e 18:onde
se lê "prócinético (a)(s)", substituir por14
Após
6semanas
de tratamento, dos 100 pacientes iniciais,60 (60%)
retomaram
para reavaliação, sendo que destes,50%
foram tratadoscom
ranitidina e cisaprida e
50%
com
omeprazoltambém
associado à cisaprida.Dos
40
tratadoscom
a associação entre ranitidina e cisaprida,retomaram
30
(75%). Treze destes (43,33%), referiram melhora totalcom
desaparecimento dos sintomasORL,
10 (33,33%)mostraram
melhora significativa, 5 (16,66%)relataram
pouca
melhora e 2 (6,66%)não mostraram
melhorada
sintomatologiaORL.
Tabela V.Já dos
60
tratadoscom
omeprazol e cisaprida,retomaram 30
(50%).Quinze
destes (50%), relataram desaparecimento dos sintomasORL,
12(40%)
tiveram melhora significativa, 2 (6,66%) referiram
pouca
melhora e somente l(3,33%)
não
teve melhora. Tabela V.Tabela
V:
Análise comparativa entre tratamento (ranitidinacom
cisaprida eomeprazol
com
cisaprida) e melhora da sintomatologia otorrinolaringo-lógica,
em
60
pacientes tratados paraDRGE,
após 6sem
.f ,f 1 ) /;Í,6~°”' 6 T6161 1*3-46:33' 15 so 28 46,66 Significativa 10 33,33 12 40 22 36,66 Pouca 5 16,66 2 6,66 7 ll,66Sem
melhora 2 6,66 l 3,33 3 5lzgtwy
~&
me
Tito
Íízí
À
medida que o
conhecimento aumenta,o
termo“doença do refluxo
gastroesofágico” permite
uma
melhor
compreensão da
multiplicidade de sua sintomatologia envolvendo diversas especialidades médicas.A
fisiopatologia destadoença
ainda se mostraum
tanto obscura, entre- tanto, é sabidoque o
desequilíbrio entre proteção e agressão,com
predomínio desta, é o principal fator causador das alterações teciduais.A
defesa à agressão cloridropépticana
mucosa
esofageana é representada porum
conjunto de fatores anatomo-funcionais queformam
uma
"barreira anti- refluxo"(BAR).
A
existênciado refluxo
pressupõe falha nosmecanismos da
BAR,
quais sejam: 1581-Esflncter esofageano inferior (EEI), que apesar de
não
identificável anatomi- camente,pode
ser demonstrado tanto funcional quanto radiológica emanome-
tricamente.2-Mecanismos
de clareamento esofágico, representados por: a) Salivação,com
sua ação
mecânica
lavando continuamente o esôfago antepondo-se ao refluxo,bem
como
com
sua ação química alcalinizante (bicarbonato),que
funcionacomo
um
antiácido endógeno. b) Peristalse esofágica, sendo que,embora
a peristalsesecundária
desempenhe algum
papelno
clareamento, éa
peristalse primária aprincipal responsável pela restauração
do
pH
intraluminalnormal
apósum
episódio deRGE.
Pacientescom
motilidade esofágica alterada e/ou xerostomiacrônica,
tem
maior tendência a terDRGE,
mesmo
com
EEI
competentef3-Resistência
do
epitélio esofageano, que é conferida por fatores "pré-epiteliais":a)
Muco,
que
com
sua viscosidade e propriedade de gel, consegue impedir a16
bicarbonato, que cria
um
ambiente alcalínotamponando o
íon hidrogênio (H+)do
ácido clorídrico.
E
por fatores epiteliais: a) Próprio epitélioescamoso
estratifi- cado queem
1” fase é impermeável àpassagem do
H+. b)Mecanismos
iônicosintracelulares que são ativados
com
a penetração de H+,afim
de mantero
pH em
limites toleráveis.4-Esfmcter esofageano superior
(EES) ou músculo
cricofaríngeo, que previne aaerofagia durante a respiração e age
como
uma
barreira aorefluxo no
esôfagosuperior, impedindo a regurgitação
do
conteúdo gástricono
trato aéreo-digestivoalto e pulmão.
A
pressãono
EES
tende a diminuir duranteo
sono,além
de variarcom
osmovimentos
respiratórios, independentedo
estado vigil.'Existem outros fatores
também
importantesna
fisiopatologiada
agressão àmucosa
esofágica,como
o
retardono tempo de
esvaziamento gástrico e a naturezado
material refluído,onde
a pepsina, sais biliares eo
suco pancreático,~ ' I Ú \ I 5 + I ° Í 5
tem
açao mars deletena amucosa
esofagica, que oH
do
acido clor1dr1co.'*38Além
disso, alguns fatores são citadoscomo
facilitadoresdo
RGE:
hérniahiatal, dieta
em
excessoou
ricaem
gorduras, chocolates e bebidas gaseificadas,fumo, álcool, drogas,
doença
neuromuscular, laringectomia, xerostornia,obstrução (neurogênica, por úlcera
ou
neoplasia), uso de roupas apertadas na cintura, obesidade, gravidez, ocupação, exercício, stress traumático, cirúrgicoou
emocional. Contudo, a maioria dos autores concorda
que
a causa daDRGE
émultifatorial tendo relação
com
a dieta, ingestão de substâncias, estilo de vida efatores constitucionais'
Mais
recentemente, tem-se identificado vários grupos de pacientescom
sintomas diferentes daqueles classicamente associados àDRGE.
Nestes grupos incluem-se pacientescom
dor torácica atípica, sintomas respiratórios eORL.
A
dor torácica atípicamerece
atenção especial pelo seu diagnósticodiferencial
com
dor proveniente de processos isquêmicos coronarianos, sendo quesempre
a coronariopatia deve ser excluída inicialmente devido a sua alta morbi-mortalidade.”Só
então pensa-seem
dor músculo-esquelética, pleuro-pulmonar, de vias gastrointestinais superiores
ou da
vesícula biliar.Até
30%
dasdores anginosas típicas
ou
atípicas,tem
coronáriascom
angiografias nor1naisf"'42Em
um
estudo”com
pacientesque
receberam alta deuma
unidade de cuidadoscoronarianos, a
doença
esofageana foi considerada a causade
dor torácicaem
60%,
sendo46%
secundária aoRGE.
Outros estudos44*45demonstraram que
18%
a
58%
das dores torácicascom
arteríografia coronariana normal,podem
ser atribuídas ao esôfago.A
origemda
dor torácicano
RGE
não
estabem
esclarecidapodendo
a perfusão ácida alterar a motilidade esofágica causando mioisquemias e estímulo de mecanorreceptores desencadeando dorflõO
maiscomum
é aassociação
da
dor torácicacom
azia, disfagia, odinofagia4°,no
entantoHewson”
notou queem
11%
dos pacientescom
dor torácica de causa esofageana,não
ocorriam quaisquer sintomas esofageanos associados, o
que
muitas vezesdificulta a sua diferenciação
da
dor torácica coronariana.” iVários sintomas respiratórios
como
asma, tosse crônica epneumonias
derepetição
também
são atribuídos ao RGE.7°49`5lMuitas queixas
ORL,
tem
sido associadas aorefluxo
ácido nos últimos40
anos, principalmente após o clássico trabalho de Cherry e Margulieszs feito
em
1968,
onde
esses sintomas deixaram de ser referidoscomo
simples conseqüênciasdo
traumamecânico
local epassaram
a ser encaradostambém
como
conseqüên-cia
do refluxo
ácido laríngeo.Os
sintomasORL
maiscomuns
incluem rouquidão, pigarro,embucho,
disfagia, disfonia,
amargor
bucal, feridasna
boca, haljtose, dor de garganta,18
Freqüentemente, a história sozinha
não
sugere orefluxo
como
a causa dos sintomasORL.
Um
estudo”em
182 pacientescom
sintomasORL
e suspeita deDRGE,
achou
somente78 (48%)
com
sintomas típicosdo
refluxo.Há
doismecanismos
fisiopatológicos implicadosna
produção de sintomasORL
devidos aorefluxo
ácido.”O
primeiro relacion àação
diretado
conteúdo
ácidoonde
são sugeridas duasMpótese~o
esôfago distal, oestímulo ácido faz surgir
um
reflexo vagal que traduz-se clinicamente por tosse epigarro crônicos e repetitivos. Esses por sua vez, lesariam a laringe propiciando
o
surgimento
da
sintomatologiaORL.
Essemecanismo
neuralnão
explica consis-tentemente a rouquidão, disfonia e outros sintomas
da
gargantabem
como
otológicos.injúria
ácida direta nas cordas vocais é omecanismo
sugeridopara a sint ologia
não
explicada pelo reflexo vagal, sendo importante nestecaso, a diminuição
no
tônusdo EES.
Gerhardt” notouuma
pressão normalno
músculo
cricofaríngeoem
pacientescom
refluxo
esofageano distal,mas
uma
pressão diminuída
no
EES
em
pacientescom
refluxo
faríngeo. Kahrilas e col.”encontraram
uma
diminuição dramáticana
pressãodo
EES
à noite, deixando afaringe desprotegida para o
refluxo notumo.
A
diminuição noturnada
pressãodo
EES
facilitao refluxo
esofagofaringeo intermitente, que é o principalmecanismo
pelo qual a
DRGE
causa os problemasORL."
Finalmente,o segundo
mecanismo
que contribui para a sintomatologiaORL
relaciona-se à dismotilidade esofageanacom
clareamento esofágico deficiente.Em
1983,Ohman
e col.”registraram alta incidência de disfunção esofageana
em
pacientescom
úlcera de contatoda
laringe.Em
um
estudo recente,Ossakow
e col.” investigaram 63 pacientescom
sintomasORL
persistentes, notandoque
63%
tinham desordensna
motilidade esofágica.
Shakere
col. 23,comparando
pacientescom
laringite posteriorsem
sintomaspercentual de
refluxo
esofágico distalchegando
até o proximal,com
maior quantidade de ácido entrandona
faringeem
pacientescom
laringite posterior. Contudo, onúmero
de episódios de refluxo e otempo
de exposição ácidano
esôfago inferior
foram
similares nos pacientescom
laringite posterior,DRGE
clássica e controle. Sugeriram que
mecanismos
de defesa contra o ácido presen-tes
no
esôfago(como
o fato de serbanhado
pela saliva,bem
como
a maiorresistência
do
próprio epitélio esofágico), tornariam-no mais resistente à diminuiçãodo pH. Por
isso valores de exposição ácidano
esôfago considerados “normais”poderiam
coexistircom
lesões severasna
laringe emesmo uma
exposição única e breve ao ácido diariamente
ou
em
dias altemados poderiaresultar
em
laringite posteriorou
úlcera de contato."°21O
diagnósticoda
DRGE
é predominantemente clinico,no
entanto, pacientescom
sintomatologia atípicasem
a clínica clássicado
refluxo,devem
sofrerinvestigação mais aprofundada.
Os
2
procedimentos mais importantes paraavaliar os pacientes
com
sintomasORL
relacionados aoRGE
são oexame
laringoscópico, sendo usada mais recentemente a videolaringoscopia4'35, e a
pH-
metria ambulatorialde 24
horas.”Alguns
autores”afirmam
que a pH-metria deve ser solicitada somente nos casos de diagnóstico incerto refratários àterapêutica habitual
ou
queforem
candidatos à cirurgia.A
EDA
é mais sensível e específica para o diagnóstico de lesões esofágicas.Os
exames
endoscópicos negativos,não
afastam a possibilidadeda
presença de
RGE
patológico causando manifestações extra-esofágicas.”Wiener
e col. 56,
em
1989, publicaramum
estudo revelando que79%
dos pacientescom
disfonia crônica tinham pH-metria alterada,
com
esofagoscopianormal
em
73%.
Uma
vez estabelecido o diagnóstico presuntivoou
conclusivo das queixasORL
associadas aoRGE,
a terapêutica consisteno
tratamentoda
DRGE.
As
20
prevenir suas complicações e facilitar a cicatrização
da
mucosa
esofágica.Convém
referir que a cicatrizaçãodo
processo inflamatórionão
condiciona amelhora
na
função esofágica que se apresenta cronicamente alterada, e por isso, ainstituição de
medidas
comportamentais é que se encarregam de atenuar osdefeitos fisiopatológicos que continuarão presentes após o tratamento
da
faseaguda da
doença.23'57A
terapêuticada
DRGE
pode
ser divididanum
plano comportamentalonde
modificações
de hábitos são necessárias,num
planomedicamentoso
instituído por intervalos detempo
variáveisdependendo da
resposta clínica e nos casosirresponsivos e/ou associados a outras complicações, cirurgia anti-refluxo.58
O
plano comportamental por si só apresenta bons resultadosna
maioria dospacientes
com
sintomatologia leve e intermitente, váriasmedidas reduzem ou
previnem o
RGE.
Cabeceirada
cama
elevadaem
cerca de 15 cm, evitaro
decúbito dorsal total antes de 2-3h após a ingesta alimentar, evitar posições
posturais inclinadas, roupas apertadas
na
cintura, obesidade, álcool, fumo,refeições copiosas, bebidas gaseificadas, alimentos e
medicamentos
quediminuam
a pressãono
EEI
(gorduras, chocolate, cafeína, pimenta; teofilina, anticolinérgicos, bloqueadores dos canais de cálcio).5%4O
plano medicamentoso, deve ser instituídocom
rigor, sobretudona
faseaguda
sintomática.Muitos
pacientes, passada esta fase,mantêm-se
bem
apenascom
a manutenção
dasmedidas
comportamentais.”Os
antiácidos são osmedicamentos
mais utilizadosno
alívio dos sintomasda
DRGE
porserem
vendidossem
prescriçãomédica
e terem custo relativamenteacessível.
Atuam
localmente neutralizandoo
conteúdo ácidodo
estômago, sendoem
geral, constituído pela associação de hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio. Essas drogas são indicadascomo
terapia adjuvante junto aos bloquea- doresHz
385755além de serem
efetivosno
alívio rápido de sintomas ocasionais.Os
agentes prócinéticos (metoclopramida, bromoprida, betanecol, cisat prida),aumentam
a pressãodo
EEI,elevam
a amplitude das contrações peristálticasdo
esôfago emelhoram
a coordenação antro-duodenal acelerando o esvaziamento gástrico.São
indicados nos pacientescom
predomínioda
regurgitação, sintomas noturnos e sintomas dispépticos (náuseas, sensação de
plenitude pós prandial, etc.), tendo nestes excelente resposta
em
60
a90%
doscasos." Essas drogas são usadas
em
combinação
com
bloqueadores dos receptoresHz ou
inibidores dabomba
de prótons.A
metoclopramida (10mg
3 a 4x/d) éo
mais antigo agente prócinético conhecido, sendoum
antagonista central e periféricoda
dopamina
também
com
ação colinérgica.Tem
o
inconveniete de possuir elevada incidência de reações adversas, ao redor de30%,
conseqüentesda
ação sobreo
sistema nervoso central (manifestações extrapiramidais -sonolência, agitação, insônia), que
quando
presentesexigem
a diminuiçãoou
suspensão
da
droga.A
bromoprida ( 10-30mg/d)
éuma
droga muito estudadaatualmente,
com
o
mesmo
mecanismo
de açãoda
metoclopramida57, sendo quenão
atravessa a barreira hematoencefálica, logotem
menor
incidência de efeitos colaterais.O
betanecol (25mg
4x/d) éum
agonista muscarínico, quealém da
ação prócinética, causa sialorréia
melhorando o
clareamento esofágico. Seus efeitos colaterais limitam seu uso a longo prazoóó,além
de seu potencial para aumentar obroncoespasmo
limitar seu usoem
pacientescom
problemas respiratórios67.A
cisaprida (10mg
4x/dou 20
mg
2x/d)não
apresenta propriedades anti-dopaminérgicas, pois éum
agonista colinérgico que liberaacetilcolina das terminações nervosas pós-ganglionares
do
plexo mioentérico levando à melhorada
atividade propulsivado
esôfago e demais segmentosdo
tubo digestivo.
A
cisapridademonstrou
ser mais efetiva (63 a73%)
do
queo
placebo (11 a18%)
em
portadores de esofagite diagnosticados endoscopica- mente,quando
os pacienteseram
tratadoscom
10mg
4
x/d por 6 a 1622
semanas.°8'69 Cisaprida (10
mg
4x/d) provê alívio sintomático e curada
esofagite,com
resultados similares aoda
cimetidina (400mg
4
x/d)7°ou
ranitidina (150mg
2 x/d).'“
Os
antagonista dos receptoresHz
da histamina (ranitidina/nizatidina 150-300
mg
2x/d3*9, cimetidina400
mg
2
a 4x/d, famotidina20
mg
2x/d),atuam
ocupando
os receptoresda
histaminana
célula parietal gástrica, demodo
compe-
titivo e dose-dependente”, determinando redução
da
secreção péptica.Não
atuam
significativamente sobre a pressãodo
EEI
ou
sobre a motilidade esofágica.São
usadosem
pacientescom
sintomas leves a moderados.Possuem
melhora sintomática e endoscópica notóriaquando comparados
com
placebo (melhorasintomática- 9 a
35%
com
placebo contra 43 a63%
com
antagonistaHz
/ melhoraendoscópica- 25 a
28%
com
placebo contra60
a88%
com
antagonista Hz).57Os
efeitos colaterais dessas drogas, queocorrem
com
doses maiores, incluem ginecomastia, diarréia, alteraçõesdo
metabolismoda
vitamina D.No
homem,
observa-se que a administração a longo prazo de cimetidina,
provoca
infertilidadee impotência
em
decorrênciada
hiperprolactinemia.”Os
inibidoresda
bomba
de prótons, são derivados benzimidazólicos queexercem
sua ação por inibição seletivanão
competitivada enzima
H/K
ATPase,
que atua
no
passo fmalda
formaçãodo
ácido clorídrico pela célula parietal gástrica. Esses agentes são de escolhaem
casoscom
sintomatologia grave, casosrefratários ao tratamento
com
antagonistas Hz, casosde
esofagite erosivana
EDA
e
quando
existem complicações daDRGE
(estenose esofágica, esôfago deBarret).
O
uso dos inibidoresda
bomba
de prótons,tem
seumelhor
efeitoquando
administrado junto
com
a primeira alimentaçãodo
dia(em
jejum). Isso ocorre porqueo
omeprazol inibesomente
asbombas
H/K
ATPase
na
superficiecanalicular
da
célula parietal, sendoque
amáxima
exposição dessasbombas
ocorrecom
estímulo alimentar principalmente apóso
jejum."O
omeprazol
(20 a60
mg/d3)ou
lanzoprazol (30mg/d)
promovem
melhora sintomáticacom
cicatrização completa
da
esofagiteem 85%
dos pacientes após 8semanas
detratamento. Estudos75*76
demonstraram
que o omeprazolna
dose de 20-60 mg/d,inibe a secreção ácida gástrica
em
cerca de 80 a95%
no
período de24h
apóso
iníciodo
tratamento, alcançandoum
índice de cicatrização de 88 a91%
apósum
tempo
de tratamento de 6 a 8 semanas.Um
estudo77”78comparando
placebo,antagonistas
Hz
e omeprazol,demonstrou
alívio sintomático e curada
esofagite,superior
com
o omeprazol
(alívio sintomático-27%
placebo,60%
antagonista Hz,83%
omeprazol
/ cura-24%
placebo,50%
antagonista I-Iz,78%
omeprazol).O
tratamento paraDRGE
com
antagonistasHz ou
bloqueadores dabomba
de prótons, deve ser mantido por 6 a 12semanas
em
média,dependendo da
clínicado
paciente. Vale referir que a completa supressãoda
acidez gástrica, ocasionada pelos bloqueadoresda
bomba
de prótons, condiciona a elevação dosníveis séricos de gastrina (hipergastrinemia), a qual segundo experimentos
em
ratos,pode
estar relacionada a neoplasias gástúcas.”Alguns
estudiosos8° então,sugerem o
emprego
de terapia intennitentecom
bloqueadoresda
bomba
deprótons,
com
duração de 3 dias por semana,com
o intuito de evitar a hiper-gastrinemia prolongada.
A
terapia demanutenção
é muito controversa e variacom
a severidade da doença.Em
aproximadamente
20%
dos pacienteshá
controle somentecom
o
uso de antiácidos emudanças
comportamentais.81*82Aproximadamente
50%
dospacientes
tem
refluxo
crônico,com
sintomatologia freqüente apesar da correta terapiacom
antagonistasHz
e/ou procinéticos.83 Estudosdemonstraram que
baixas doses diárias de inibidores
da
bomba
de prótonsou
antagonistasHz
são ineficazesna
terapiade manutenção da
DRGE.3
Isso estimulou o conceito de"terapia
com
omeprazolem
dias altemados"84ou
a "terapiacom
omeprazolem
concluí-24
ram
que longotempo
(em tomo
de 5 anos) de tratamentocom
omeprazol paraDRGE,
aumenta o
risco de desenvolver-se atrofia crônicano
corpo gástricoem
pacientes
com
Helicobacter pylori, logo nestes pacientes, antesda
terapêuticacom
omeprazol deve-se erradicar o H. pylori.No
presente estudo, após a avaliaçãocom
EDA
e videolaringoscopia,todos os 100 pacientes
com
sintomatologiaORL
relacionada aoRGE,
mas sem
sintomas clássicos deste,foram
tratados paraDRGE.
Dois
tipos de associaçõesmedicamentosas foram
utilizadas. Isso ocorreu devido ao longo período de seleção de pacientes (setembro de1994
anovembro
de 1997).No
iníciodo
trabalho, o usodo
omeprazol,embora
já liberadoem
1989
para tratamentoda
DRGE
na Suécia eCanadá
74, ainda era relativamentecontroverso.
Só
durante o transcorrer desse estudo sua utilizaçãocomo
trata-mento
de “escolha” para aDRGE
foiamplamente
difundida. Outro fatorque
impediu ocomeço
mais precoceda
terapiacom
omeprazol, foi seu preçoinicialmente elevado, dificultando sua aquisição pelos pacientes.
Após
6semanas
de tratamento paraDRGE,
notou-seuma
melhora totalem
46,66%
dos pacientes que retomaram, euma
melhora significativaem
36,66%,
perfazendo esses dois grupos
um
total de83,32%
das respostas, o que esteve de acordocom
a literatura pesquisadano
tocante à melhora das manifestaçõesORL
com
o tratamento paraDRGE.
Koufman”
tratou 123 pacientescom
rouquidão,com
doses crescentes de bloqueadorHz
até chegar a300
mg
de ranitidina 3x/d por 6 meses, mostrando que85%
melhoraram
dos sintomas. Fitzgerald e col.” registraram que 14 de 15 pacientescom
DRGE
sentiram alívioda
tosse e pigarroapós tratamento
com
antiácidos, bloqueadoresHz
e metoclopramida porum
período de 3 meses.Do
mesmo
modo,
Irwin e col.” trataram 9 pacientescom
tosse crônica, portadores de pH-metria de
24
horas anormal, por 3meses
em
média, sendo que todos os sintomas aliviaramcom
bloqueadoresHz
emetoclo-pramida.
Em
um
estudodo
Northwestern UniversityMedical
School inChicago”,
foram analisados 182 pacientescom
sintomatologiaORL,
particularmentecom
laringite crônica, sendo que51%
melhoraram
apenascom
medidas
anti-refluxo,26%
melhoraram
com
adição de famotidina (20 mg/d),21%
melhoraram
com
uso de omeprazol (20 mg/d, sendo que4
destes pacientesusaram
doses maiores, 40-80 mg).Ou
seja,98%
dos pacientes tiveram melhorados sintomas
ORL
com
o
tratamento para orefluxo
ácido.Neste
estudohouve
pouca
melhoraem
11,66%
dos pacientes, sendo que5%
não
relataram melhoraalguma
de sua sintomatologiaORL.
Esse fatopode
estarrelacionado a
uma
subdosagem
medicamentosa.Kamel
e col.2l, verificaramque
alguns pacientes
com
alteração laríngea inicial obtiveram melhora endoscópicacom
a terapêutica clínica,embora permanecessem
sintomáticos.Porém
quando
submetidos à cirurgia de Nissen,
tomaram-se
assintomáticos.Com
isto, essesautores
afirmaram
que a ausência de resposta ao tratamento clínico inicialcom
inibidor
da
bomba
de prótons, nos casos de provável relaçãoda
sintomatologiaORL
com
oRGE,
não
deveria ser interpretadacomo
falência terapêuticaou
erro diagnóstico,mas
simcomo
um
indicativo deque
maiores dosesdo
fármacopoderiam
ser necessárias para a supressão ácida, sugerindo ser realmente orefluxo
o responsável pela sintomatologiamesmo
na
ausência deexames
alterados.
Outro fator
que
pode
levar à falha da terapia clínica, diz respeito ao transtomomotor
esofageano.Segundo
Rakic e col.54, a alteraçãoda
motilidade esofágica seria conseqüênciada
disfunçãodo
EEI
eda
lesãomucosa
decorrentedo
refluxo,o que
gerariaum
ciclo vicioso passível de correção unicamente cirúrgica.Por
esse motivo, muitos autoressóafirmam
que
amanometria
esofágica,associada
ou não
à pH-metria de24
horas, seriaum
exame
fundamentalna
26
mudanças
terapêuticas de clínico para cirúrgicoou
vice-versa, após a realização deste exame.Finahnente,
embora não
tenha sido o objetivo deste estudo, ranitidina e omeprazolmostraram
resultados similares,com
leve predomíniodo
segundo, nesses pacientescom
exames
endoscópicos normaisou
apresentando lesões leves (esofagite grau I e paquidermia grau I).Os
pacientesque
usaram
ranitidinacom
cisaprida
mostraram
melhora totalem
43,33%,
e significativaem
33,33%
perfazendo
um
total de76,66%.
Da
mesma
forma, os queusaram
omeprazol e cisaprida tiveram50%
de melhora total e40%
de melhora significativa,Dos
60
pacientescom
queixas otorrinolaringológicas relacionadas aoRGE,
sem
sintomas clássicosda
DRGE,
examinados
previamente por via endoscópicacom
exames
normaisou
mostrando lesões leves (esofagite grau Iou
paquidermiagrau I),
83,32%
tiveram melhora totalou
signíficativacom
o
tratamento anti-refluxo ao final de 6 semanas, o
que
sugere sero refluxo
ácido o grande causador desta sintomatologia atípica.7.
REFERÊNCIAS
Koufman
JA. Gastroesophagealreflux
disease. In:Cummings
CW,
editor.Head
and neck
surgery.2nd
ed. United Statesof
America:Mosby
Year-Book,
inc; 1993. p.2349-67.Koufman
JA.The
otolaryngologic manifestations of gastroresophagealreflux
disease(GERD):
A
clinical investigation of225
patients using ambulatory 24-hourpH
monitoringand an
experimental investigation of therole of acid
and
pepsin in the development of laryngeal injury.Laryngoscope
1991;101(Suppl53):1-64.DeVault
KR,
CastellDO.
Guidelines for the diagnosisand
treatmentof
gastroesophageal
reflux
disease.Arch
Intem
Med
1995; 1 55(20):2 1 65-73.Castagno
LA,
GastalOL,
Castagno S. Pharyngitisand
laryngitis associatedto the gastroesophageal reflux.
Rev
Bras Otorrinol 1994;60(3):167-71. MeneghelliUG,
Dani
R,Femandes RST,
Sugisawa
S,Lima
JP, Castro LP.A
importânciado refluxo
gastroesofageano eda
esofagite derefluxo na
clínica diária.F
Méd
Br
1987;95(2):66-71.Locke
RG,
Talley NJ, Fett SL, ZinsmeisterAR,
Melton
LJ. Prevalenceand
clinical spectrum of gastroesophageal reflux:A
population-based studyin
Ohnsted
County, Minnesota. Gastroenterol 1997;l 12: 1448-56.Richter JE, Castell
DO.
Gastroesophageal reflux: Pathogenesis, diagnosis,and
therapy.Ann
Intem
Med
1982;97( l):93-103.Bain
WM,
HarringtonJW,
Thomas
LE,
SchaeferSD.
Head
and neck
manifestations of gastroesophageal reflux.
Laryngoscope
l983;93(2):175-9.Weinbeck
M,
Barnert J. Epidemiology ofreflux
disease andreflux
esophagitis.
Scand
J Gastroenterol 1989;24(suppl l56):7-13.Johnsson F,
Roth Y,
Damgaard
PedersenNE,
Joelsson B. Cimetidine improvesGERD
symptoms
in patiens selectedby
a validatedGERD
questionaire. AlimentPharmacol Ther
l993;7(1):8l-6.Joelson S, Joelson IB,
Lundborg
P,Walan
A,
WallanderMA.
Safety experiencefiom
long-term treatment with omeprazole. Digestion1992;5l(Supl l):93-101.
Haraguchi T, Korolkovas
A.
Omeprazole, anew
antiulcer agent.Rev
BrasKiinkenberg-Knol
EC,
JansenJBMJ,
Lamers
CBHW,
Nelis F, Snel P,Meuwissen
SGM.
Use
of omeprazole in themanagement
of reflux
oesophagitis resistant to Hz-receptor antagonists.
Scand
J Gastroenterol 1989;24(Suppl l16):88-94.San
AntonioAGA.
Indications et résultats de l°Oméprazoleen
Gastroentérologie.
Méd
ChirDig
1990;19:409-13.Kiinkenberg-Knol
EC,
JansenJMBJ,
FestenHPM,
Meuwissen
SGM,
Lamers
CBHW.
Double-blind multicentre comparison of omeprazoleand
ranítidine in the treatment ofreflux
oesophagitis. Lancet 1987;1(8529):349-51.
Jackson C. Contact ulcer of the larynx.
Ann
Otol Rhinol Laringol 1928;37:227-30.Jacob P, Kahrilas PJ,
Herzon
G. Proximal esophagealpH-metry
in patientswith “reflux laryngitis”. Gastroenterol. 1991 ;100(2):305-10.
Frank
M,
Komisar
A.Ambulatory
pH
monitoring in themanagement
of reflux.Ann
Otol Rhinol Laryngol l993;l02:243-6.Batch
AJG.
Globus
pharyngeus: (part II), discussion. J Laryngol Otol1988;102(3):227-30.
Watson
WC,
SullivanSN.
Hipertonicity of the cricopharyngeal sphincter:A
cause of globus sensation. Lancet 1974;l4:l4l7-9.Kamel
PL,Hanson
D,
Kahrilas PJ.Omeprazole
for the treatment ofposterior laryngitis.
A
JMed
1994;96(4):321-6.Schindlbeck
NE,
KlauserAG,
VonderholzerWA,
Müller-LissnerSA.
Empiric therapy for gastroesophageal
reflux
disease.Arch
Intem
Med.
1995;155(l6):l808-12.
Shaker R, Milbrath
M,
Ren
J, Toohill R,Hogan
WJ,
Li Q,Hofinann
CL.
Esophagopharyngeal distribuction of
refluxed
gastric acid in patiens withreflux
laryngitis. Gastroenterol 1995; 1 09(5): 1 575-82.Chodosh
PL, I-Iillside NJ. Gastro-esophago-pharyngeal reflux.Laryngoscope
l977;9:1418-27.Cherry J, Margulies SI. Contact ulcer of the larynx.
Laryngoscope
1968;78:1937-40.
Delahunty JE, Cherry J. Experimentally produced vocal cord granulomas.
Laryngoscope
1968;78:194l-7.30
Houcke
P,Maffioli
C, Corallo J, Bouxin-Sauzet A, MartinAL.
Comparaison
du
Rocgel®
et d'un anti-H2 sur la symptomatologiedu
refluxgastro-oesophagien sans oesophagite.
Expansion
Scient Française 1995;3l(4):264-7.Ward
PH,
Berci G. Observationson
the pathogenesis of chronic non- specific pharingytisand
laryngitis.Laryngoscope
l982;92(l2):l377-82.Hallewell JD, Cole
TB.
Isolatedhead and neck
symptoms
due
to hiatus hernia.Arch
Otolaryngol 1970;92:499-501.Cherry J, Siegel CI, Margulies SI,
Domer
M.
Pharyngeal localizationof
symptoms
of gastroesophageal reflux.Ann
Otol Rhinol Laryngol l970;79:9l2-4.Goldberg
M,
Noyek
AM,
PritzkerKPH.
Laryngealgranuloma
secundary togastroesophageal reflux. J Otolaryngol 1978;7:l96-202.
33.Ward
PH,
Zwitman
D,
Hanson
D,
Berci G. Contact ulcersand
granulomas of the larynx:
New
insights into their etiology as a basis formore
rational treatment. OtolaryngolHead
and
Neck
Surg l980;88:262-9.Kambic
V,
Radsel Z.Acid
posterior laryngitis: Aetiology, histology,diagnosis
and
treatment. J Laryngol Otol l984;98:l237-40.Wilson
JA,White A,
Haacke NP,
Maran
AGD,
Heading
RC,
Pryde A, Piris J. Gastroesophagealreflux and
posterior laryngitis.Ann
Otol RhinolLaryngol l989;98:405-10.
Savary
M,
Miller G. L'oesophage:Manual
et atlas d°endoscopie.Solothum
Suisse:
Gassmann
AG;
1987.Huche
FL, Allali A.La
voz.Anatomía
y
fisiología-
Patologia-
Terapéutica. Barcelona:Masson
AS;
1994.Donahue
PE, Sluss K.Doença
do refluxo
gastroesofágico (esofagite de refluxo). In:Coelho
J, editor. Aparelho digestivo clínica e cirúrgica.2nd
ed.Rio
de J aneiro:Medsi;l996.p.89-104.Richter JE. Extraesophageal presentations of gastroesophageal
reflux
disease.
Semin
Gastrointest Dis 1997;8(2):75-89.Scofano
HC,
GentilAA, Bub
TF, Saporiti L.O
esôfagocomo
responsável pela dor torácica.Arq
CatMed
l994;23(2):9l-4.Kemp
HG
Jr,Vokonas
PS,Cohn
PF, Gorlin R.The
anginalsyndrome
associated with normal coronary arteriograms: Report of a six year
Proudfit
WL,
ShireyEK,
Sones
FM.
Selective cine coronary arteriography:Correlaction with clinical findings in 1,000 patients. Circulation
l966;33:90l-10.
DeMeester
TR,
O'SullivanGC,
Bermudez
G, Midell AI,Cimochonski
GE,
O°Drobinak
J. Esophageal function in patients with angine-type chest painand
normal coronary angiograms.Ann
Surg l982;l96(4):488-98.Brand
DL,
MartinD, Pope CE.
Esophageal manometrics in patients withangina-like chest pain.
Am
JDig
Dis l977;22:300-5.Alban-Davies H, Jones
DB,
Rhodes
J. Esophageal angina as the cause ofchest pain.
JAMA
1982;248:2274-8.Siegel CI, Hendrix
TR.
Esophagealmotor
abnormalities inducedby
acid perfusion in patients with heartbum. J Clint Invest 1963;42 :686~95.Hewson
EG,
SinclairJW,
DaltonCB,
Richter JE. Twenty-four hour esophagealpH
monitoring:The
most
usefiil test for evoluating noncardiac chest pain.Am
JMed
l99l;90:576-83.Barkins JS,
Rogers
AI. Difficult decisions in digestive disease.Year
Book
medical Publishers 1989;l.
Wetscher
GJ, GlaserK,
HinderRA,
Perdikis G, Klinger P,Bammer
T, etal. Respiratory
symptoms
in patients with gastroesophagealreflux
diseasefollowing medical therapy
and
following antireflux surgery.Am
J Surg l997;l74:639-43.Mays
EE.
Intrinsicasthma
in adults: Association with gastroesophagealreflux.
JAMA
l976;236(23):2626-8.Capella
MR,
Ozelame
VJ, SchoellerCD.
Gastroesophagealreflux
inchildren: Current status.
Arq
CatMed
l984;l3(2):l35-43.Filho
EDM,
Hebbel
WS.
A
importânciado refluxo
gastroesofágicocomo
causa de manifestações otorrinolaringológicastem
sido supraou
infravalorizada?
Rev
Bras Otorrinol 1997;63(4):402-4.Heudebert G,
Marks
R,Wilcox
CM,
CentorRM.
Choice of long-termstrategy for the
management
of patients with severe esophagitis:A
cost-utility analysis. Gastroenterol 1997;l l2(4):l078-86.
Rakic
S, Stein HJ,DeMeesterr TR,
HinderRN.
Role of esophagealbody
function in gastroesophageal