CARLOS
EDUARDO
PAGHI
APERFEIÇOAMENTO
DO
ANEMÔMETRO
A
EFEITO PELTIER
FLORIANÓPOLIS
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA
CATARINA
PROGRAMA
DE Pós-GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA
ELETRICA
APERFEIÇOAMENTO
DO
ANEMOMETRO
A
EFEITO PELTIER
Dissertaçãosubmetida à
Universidade
Federalde Santa
Catarinacomo
partedos
requisitospara
aobtenção
do
grau
de
Mestre
em
Engenharia
ElétricaCARLOS
EDUARDO
PAGHI
APERFEIÇOAMENTO
DO
ANEMÔMETRO
A
EFEITO
PELTIER
Carlos
Eduardo
Paghi
'Esta Dissertação foi
julgada
adequada
para
aobtenção
do
titulode
Mestre
em
Engenharia
Elétrica,
Área de Concentração
em
Instrumentação
Eletrônica, eaprovada
em
suaforma
final
peloPrograma de Pós-Graduação
em
Engenharia
Elétricada
Universidade
Federalde
Santa
Catarina'______
~
OSaulo Güths,
Dr
Orienta r
Márcio
Cherem
Schn
der,Dr
- ntador
\
\'
Z
Edson
R
b
de Pieri,Dr
Coordenador do Programa
de ó raduaçãem
Engenharia ElétricaBanca
Examinadora:
Márcio
Cherem
S eider,Dr
Pre s ente
CQJ
Q°\
Carlos
Galup
Montoro, . c.um
\l&›W"
_José
Ant
'oB
Cunha
Neto,Dr
¢//
Raimes Moraes
h.D.'
À
Deus,
AGRADECIMENTOS
Agradeço
aosmeus
pais, pelo apoio constante e incondicional a tudo o quepode
me
aperfeiçoar
como
serhumano.
Ao
professor Saulo Güths, por acreditarno
meu
crescimento profissional e pela liberdade deaprendizagem e ações que proporciona.
Aos
professoresMárcio
Cherem
Schneider e CarlosGalup
Montoro, pelas contribuiçõespara o
meu
trabalho,minha fonnação
técnica e pela empolgação aoverem
o trabalho concluído.Aos
amigosdo
LMPT,
por todos os longos anos de convivência.Resumo
da
Dissertação apresentadaà
UFSC
como
partedos
requisitos necessáriospara
aobtenção
do
grau de
Mestre
em
Engenharia
Elétrica.APERFEIÇOAMENTO
DO
ANEMÔMETRO
A
EFEITO PELTIER
Carlos
Eduardo
Paghi
Março/2002
Orientador:
Saulo
Güths, Dr.Área
de Concentração: Instrumentação
Eletrônica.Palavras-Chave:
Anemometria,
Termoeletiicidade.Número
de
Páginas:102
RESUMO:
Neste
trabalho apresenta-seo aperfeiçoamento
do anemômetro
a efeito Peltierapresentado
por
Güths[l].Para
issoforam
alteradas tanto asdimensões dos
sensorescomo
a eletrônica necessária
ao
dispositivo.A
modificação do
método
de
otimizaçãodos
sensoresocasionou
um
aumento na
sensibilidadeproporcionada
pelo instrumento; aevolução
na
eletrônica possibilitou
a
compensação
em
temperatura,maior
flexibilizaçãona geração dos
sinais
envolvidos
no anemômetro
e diminuiçãoda
complexidade de
construção.O
dispositivo obtido
mostrou-se capaz de medir
velocidades entre 5cm/s
e80
cm/s.the
degree
of Master
in Electrical Engineering.IMPROVEMENT
OF
THE
PELTIER
EFFECT
ANEMOMETER
Carlos
Eduardo
Paghi
March/2002
Advisor:
Saulo Güths,
Dr.Concentration
Area: Electronic Instrumentation.Keywords:
Fluidflow
measurement,
Thermoelectricity.Number
of
Pages:102
ABSTRACT:
In thiswork
we
presentsome
improvements
into theanemometer
based
on
Peltier effect, initially
proposed by Guths
[l].The
improvements
includeboth
the sensordimensions
and
the electronics as well.The
optmized dimensions
of
the sensor allowincreased sensitivity; the
nem
electronics circuits,more
flexibleand
lesscomplex,
allowtemperature compensation.
A
prototype
instrument hasbenn
builtand demonstrated
tomeasure
gas Speeds
from
5cm/s
to80
cm/s.Sumário
Introdução ... ..
Capítulo l: Revisão bibliográfica ... ..
l.l Medidores de pás ... ..
1.2
Tubos
de Pitot ... ..1.3
Tenno-anemômetros
... ..1.4
Anemômetros
a efeito Doppler ... ..1.5 Rotâmetros ... ..
Capítulo 2: Efeitos térmicos presentes
no
sensor ... ..2.1 Efeito Seebeck ... ..
2.2 Efeito Peltier ... ..
2.3 Efeito
Thomson
... ..2.4 Efeitos termoelétricos
em
circuitos a eletrodos depositados .... _.2.4.1 Poder termoelétrico ... ..
2.4.2 Efeito Seebeck ... ..
2.4.3 Efeito Peltier ... ..
2.5
Fenômenos
de transferência de calorno
sensor ... ..2.5.1 Radiação ... ..
2.5.2
Condução
... ..2.5.3
Convecção
... ..Capítulo 3:
O
anemômetro
a efeito Peltier ... _.3.1 Princípio de funcionamento ... ..
3.2
Compensação
do efeito de gradiente de temperatura ... ..3.3 Fonte de corrente ... ..
3.4 Detecção do sinal Seebeck ... ..
3.5
Compensação
de temperatura ... ..3.6 Controle das chaves e aquisição dos sinais ... ..
Capítulo 4: Otimização dos parâmetros dirnensionais do sensor ... ..
4.1 Estudo analítico do
anemômetro a
efeito Peltier ... ..4.2 Resultados das simulações ... ..
Capítulo 5: Resultados experimentais ... ._
5.1
Equipamento
paraa
calibraçãodo anemômetro
a efeito Peltier5.2 Condições experimentais ... ..
5.2.1 Sensores utilizados ... ..
5.3
Curva
de respostado anemômetro
com
os sensores 1 e25.4 Estabilidade das medições ao longo
do tempo
... _.5.5
Medição da
histerese ... ..5.6 Avaliação
da
perturbação causada pelo efeito Joule ... ..5.7
Compensação
em
temperatura parao
sensor 2 ... ..5.8
Comparação
entre valores experimentais e teóricos ... ..Conclusão ... _.
Anexo
l - Fabricação do sensor ... ..Anexo
2 - Códigos para simulaçãoem
MATLAB
... ._Anexo
3 -Comunicação
entre oanemômetro
e oPC
... ..Anexo
4
- Códigos para o microcontroladorATmega
103 ... ..Referências Bibliográficas ... ..
Lista
de
Figuras
Figura l:
Anemômetro
de pás ... ..2Figura 2:
Medição
da velocidade através deum
tubo de Pitot ... ..3Figura 3:
Anemômetro
laser a efeito Doppler ... ..5Figura 4:
Medidor
de vazãodo
tipo rotâmetro ... ..6Figura 5: Efeito Seebeck
na
junção de dois materiais ... ..7Figura 6: Efeito Peltier
na
junção de dois materiais ... . .8Figura 7: Efeito
Thomson
em
um
condutor ... ..9Figura 8: Circuito bimetálico
a
eletrodos depositados ... ..l0 Figura 9: Célulado
tennopar plaqueado ... ..1l Figura 10: Variação do poder tennoelétrico deum
termopar plaqueadoem
função da espessurado
depósito (fio de constantancom
diâmetro de 25um,
depósito de cobre) ... ..ll Figura ll: Efeito Seebeckem
um
termopar plaqueado ... ..12Figura 12: Efeito Peltier
em
um
termopar plaqueado ... ..l2 Figura 13:Exemplo
unidimensional decondução
de calor ... ..15Figura 14: Efeito Peltier
em
uma
célula do sensor ... . . 17Figura 15: Alteração
na
temperaturado
sensor devido a velocidade do ar ... . . 17Figura 16: Períodos de injeção de corrente e leitura do sinal Seebeck ... ..18
Figura 17: Efeito de
um
gradiente de temperaturana
medição do sinal Seebeck ... ..l9 Figura 18: Inversãodo
sentidoda
corrente injetada ... ..20Figura 19: Ciclo completo de injeção de corrente e medição do efeito Seebeck ... . .20
Figura 20: Fonte de corrente positiva ... ..2l Figura 21: Fonte de corrente negativa ... . .2l Figura 22: Fonte de corrente utilizada
no anemômetro
... ..22Figura 23: Circuito de amplificação
da
tensão obtida por efeito Seebeck ... ..23Figura 24: Sinal típico
na
saídado
amplificador ... . .- ... . .24 Figura 25: Retificador de precisão ... ..25Figura 26: Filtro
com
fcorte=
15Hz
... ..25Figura 27:
Compensação
de temperatura ... ..26Figura 28: Placa de experimentação
STK300
... ..28Figura 29: Controle das chaves, aquisição dos sinais e comunicação serial ... . .28
Figura 30: Deslocador de nível ... ..28
Figura 31: Temporizações supiidas pelo microcontrolador ... ..29
Figura 32: Parâmetros dimensionais do sensor ... ..30
Figura 34 Figura 35 Figura 36 Figura 37: Figura 3 8 Figura 39 Figura
40
Figura 41 Figura 42 Figura 43 Figura44
Figura 45 Figura 46: Figura47
Figura48
Figura 49: Figura 50 Figura 51 Figura 52: Figura 53 Figura 54: Figura 55 Figura 56 Figura 57 Figura 5 8 Figura 59: Figura 60: Figura 61 Figura 62: Figura 63 Figura 64 Figura 65 Figura 66 Estruturado
sensor ... ..Tensão
Seebeckem
função de õ (d=
25um)
... ..õótimo
em
função de lnpl e lpl ... _.Variação de ôótimo
em
funçãodel
... ..1 Variação de õótimo
em
função da velocidade do ar ... _.:
VSensor
em
função de lnpl e lpl ... ..Sensibilidade
em
função de hipl e lpl ... ..Corte lateral de
uma
célulado
sensor ... ..Potência dissipada
no
sensorem
função de lnpl e lpl ... ..Acréscimo
na
temperaturamédia
do sensor devido ao efeito Joule ... ..1 Variação de 6Joule
com
a
velocidade ... ..B
em
função de hipl e lpl ... ._Sistema utilizado para a calibração do
anemômetro
... ..Rotâmetros ... ..
Banho
termostatizado ... ..Dimensões da
canalização interna ... ..Montagem
do
sensor ... ..Temporizações dos ciclos de injeção de corrente e leitura
do
sinal SeebeckPeríodos totais de injeção de corrente positiva e negativa ... ..
Tensão
de saídaem
função da velocidade variando-se I (sensor 1) ... ..Tensão
de saídaem
função da velocidade variando-se I (sensor 2) ... ..Sensibilidade dos sensores l e 2
em
função da velocidade ... ..Estabilidade das medidas, sensor 2 ... ..
: Avaliação
da
histeresedo anemômetro
(sensor 2) ... ..Rotação
do
sistema de calibração ... ..Avaliação
do
efeito J oule (sensor 2) ... ..Dependência da tensão de saída
com
a temperatura do ar (sensor 2) ... _.M2
em
função da temperatura (sensor 2) ... ..Ml
em
função da temperatura (sensor 2) ... ..M0
em
função da temperatura (sensor 2) ... ..Resultado
da
calibração (sensor 2) ... _.Fonna
defixação
do sensorno
bocal ... ..Comparação
entre as duas correlações apresentadas (d=
25mm)
... ..Figura
67
Figura 68 Figura69
Figura70
Figura 71 Figura72
Figura 73 Figura74
Figura 75 Figura76
Figura 77: Figura78
Figura 79: Figura 80: Figura 81Comparação
entre valores teóricos e experimentais (sensor 2)Formação
das células atravésda
aplicação de esmalte ... ..Montagem
dobanho
eletrolítico ... ..Fio de referência, corte lateral ... ..
Resistência do
fio
de referênciaem
função de õ ... _.Diagrama da comunicação
entre oanemômetro
e oPC
... _.Rotina principal ... ..
Rotina para inicialização
da
UART
... _.Rotina para inicialização
do
temporizador ... ..Rotina para inicialização
do
conversorA/D
... ..Tratamento da interrupção gerada pelo temporizador ... ..
Tramento da
interrupção gerada pela recepção deum
byte...Tratamendo da
interrupção gerada pelo envio deum
byte ... ..Sub-rotina para leitura
do
conversorA/D
... ._Sub-rotina para enviar bytes ... ..
Tabela 1: Poder termoelétrico ... ..l1
Tabela 2: Condutividade
témúca
dos materiais usadosno anemômetro
... ..34Tabela 3:
Dimensões
paramaximização da
sensibilidade a20
cm/s (d=
25pm
e Im,=
2cm)
______ __40 Tabela 4: Resistividade dos materiais usadosno anemômetro
... ..42Tabela 5:
Comparação
entre asmaximizações
de sensibilidadeSensor e [3 ... ..45Tabela 6:
Dimensões
aproximadas dos sensores utilizados ... ..49Tabela
7
:Constantes para a
equação
de
Zhukauskas
... ..62Lista
de
Variáveis
V: diferença de potencial [V];
VT: tensão
na
saída do sensor de temperatura [V];Vmó: tensão
em
uma
célulado
sensor doanemômetro
a efeito peltier [V];V,¢,.,.,,, V,,,z.z,,: tensão
no
sensordo anemômetro
a efeito peltier [V]; I/2,.: tensãono
sensor para u,, [V];I: intensidade da corrente elétrica [A];
0;.: condutividade elétrica [S/m]; p,.: resistividade elétrica
[Qm];
T,
T
,.: temperatura [K];0_,~,,,,,,;,,: temperatura
na
junçãodo
tennopar plaqueado [K];0_z‹,,,,zM.z,z,-.,: acréscimo
na
temperaturamédia
do sensor devido ao efeito Joule [°C];A,,: área transversal [m2];
S,,,,,: seção transversal
da
regiãonão
plaqueada [m2];SP1: seção transversal
da
região plaqueada [m2];P,,,: perímetro
da
região plaqueada [m]; P,,,,¡: perímetroda
regiãonão
plaqueada [m];L:
comprimento
[m];l,<,..,z:
comprimento
do sensor doanemômetro
a efeito Peltier [m];luz:
comprimento
deuma
célulado
sensor doanemômetro
a efeito Peltier [m];l,,,:
comprimento
da região plaqueada deuma
célulado
sensor doanemômetro
[m];l,.,,,:
comprimento
da regiãonão
plaqueada deuma
célula do sensor doanemômetro
[m];nzé1z1.z,I nímiero de células do sensor do
anemômetro a
efeito Peltier;d: diâmetro
do
sensor [m];5: espessura do material de depósito [tLm];
66..-,.,.,: espessura
do
material de depósito que maxirniza a tensão produzida pelo sensor [pm];a,.: poder tennoelétrico de
um
material [V/K1;a,,: constante
da
reta do poder tennoelétrico deum
materialem
funçãoda
temperatura[HV/K1;
b,,: coeficiente linear
da
retado
poder tennoelétrico deum
materialem
funçãoda
temperatura [¡.LV/K2];
Â, Â": condutividade térmica de
um
material[W/mK];
¢]1.z..z.I Potência dissipada
no
sensor por efeito Joule [W];‹/5;=.mz.¬ qz›.,,,.,,:
fluxo
de calor geradoou
absorvido por efeito Peltier[W]
;qzpzt
fluxo
de calor para a regiãosem
depósito [W]; 11,1:fluxo
de calor para a regiãocom
depósito[W]
;¢r›..›...zz,,.:
fluxo
de calor geradoou
absorvido por efeitoThomson
[W]; _W
ot constante de Stefan-Boltzmann
(U
=5›Õ7
×
10sã)
;a: absortividade de
uma
superficie;ât emissividade de
uma
superfície;h: coeficiente de troca de calor por convecção
[W/m2K];
u, u,,: velocidade
do
ar [m/s];g: gravidade [m/s2];
flz coeficiente de expansão ténnica
do
gás ['I"];if. viscosidade cinemática do gás [m/s2];
C: coeficiente de arraste;
Pr:
número
de Prandt;Prs:
número
de Prandt avaliado paraa
temperaturada
superíciedo
cilindro;Re:
número
de Reynolds;I
Introdução
Define-se
poranemômetro
o instrumento que se destina a medir -a velocidadedo
ar.Há
vários instrumentos capazes de medir a velocidade do ar; eles diferem entre si quanto ao princípio de
medição, áreas de aplicação, etc. Dentre essas aplicações,
há
o estudo de fenômenos térmicos onde a convecção natural está presente (aquecedores e refrigeradores domésticos, trocadores de calorindustriais, etc), nos quais as velocidades envolvidas são baixas e as
mudanças
da sua amplitudelentas.
Alguns
dos tipos deanemômetro
existentes poderiam ser indicados para esses casoscomo,
por exemplo,
o anemômetro
laser e o defio
quente.O
anemômetro
laser, apesar de sua elevadaprecisão e sensibilidade, necessita da injeção de impurezas
no fluxo
de ar, o quepode
alterar ascaracterísticas
do fenômeno
de troca de calor. Já oanemômetro
a fio quente possui limitações para mediçõesem
baixas velocidade; para efetuá-las são necessários circuitos de controle e calibraçõescomplexas.
Para
cobrir a área de aplicaçõesem
baixas velocidades (abaixo de 0.5 mls),Güths
[l]tomou
possível a construção deum
novo
tipo deanemômetro
baseadono
efeito Peltier.Embora
odispositivo tenha apresentado bons resultados,
a
sua utilização estava prejudicada pelo elevado nívelde ruído presente
no
sinal de saida e por suacompensação
de temperatura ineficiente. Esta é aproposta deste traballio: aperfeiçoar o dispositivo proposto por Güths [1] ao melhorar a relação sinal
/ ruído e a
compensação
de temperatura. Propôs-setambém
a
construção doanemômetro
com
autilização de
um
microcontrolador, afim
de que a eletrônica necessária à sua construção fosse reduzida.Esse trabalho foi dividido de
forma
que a compreensão do instrumento seja gradual;no
Capitulo l é feita
uma
revisão bibliográficaa
qual mostra alguns tipos deanemômetro
existentes;no
Capítulo 2 explica-se os fenômenos térmicos presentes
no
sensor;no
Capitulo 3 mostra-se oscircuitos
montados
para o protótipo;no
Capítulo 4 mostra-se a detenninação das dimensõesdo
sensor;
no
Capítulo 5 apresenta-se os resultados experimentais obtidos.Após
esse itemseguem
a conclusão sobre o trabalho efetuado e os anexos.Capítulo
1:Revisão
bibliográfica
A
anemometria éum
importantecampo
de estudoscom
aplicaçõesem
diversas áreas, taiscomo
biometria, indústria, confortohumano,
etc. Ela consiste no desenvolvimento de instrumentosque forneçam a velocidade
ou
a vazãodo
ar.Ao
instrumento quemede
a velocidade do ar dá-se onome
de anemômetro, sendo quehá
diferentes tipos desses intrumentos. Alguns desses tipos [2], [3]são dados a seguir.
1.1
Medidores
de
pás
São
compostos deum
número
de pás fixadasem
braços radiais que sãomontados
em
um
eixo
comum
(Figura l).O
eixo émontado
em
mancais de pequena fricção e sua velocidade derotação
pode
ser determinada usando-se fotocélulas, engrenagens e transdutores capacitivosacoplados ao sistema de leitura.
Medem
velocidades de 0,25 m/s a 50 m/s,em
condições geralmentepróximas à. do ambiente. Apesar
do
desgaste afetar a calibração inicial e de serembem
menos
precisos
do
que outros medidores, eles sãobem
mais robustos queanemômetros
defio
quente e sãomais facihnente acoplados a sistemas elétricos de leitura do que os tubos de Pitot.
Figura 1:
Anemômetro
de pás1.2
Tubos
de
Pitot3
extremidades (Figura 2).
Em
uma
das extremidades mede-se a pressão causada pela velocidadedo
ar(pressão local estática
mais a
pressão dinâmica) ena
outra a pressão ambiente (pressão localestática).
Devido à
essa diferença de pressõeso
fluido que preenche o tubo desloca-seuma
certaaltura h, a qual é correlacionada
~
com
a
velocidade do fluido.z›
V""'>
______,' 1pressão
de
estaganação
---›
/
(estática+ dinâmica)
i›
--›
í›
--~›
__,
2
/
pressão
estática
:1:¡h
Figura
2:Medição da
velocidade através deum
tubo de PitotSua
faixa de utilização é de 1m/s a
60m/s.É
largamente utilizadoem
mecânica dos fluidos,sendo que existem diversas geometrias para os tubos. Esse instrumento apresenta
uma
grande vantagem:não
necessita de calibração.Tomadas
as devidas preocupaçõesna
construção, pode-seaplicar as leis
da mecânica
dos fluidos (equação de Bemouli) e extrair o valorda
velocidade a partirda
diferença de pressão medida.Por
esse fato é consideradoo
instrumento padrão.No
entanto,possui
a desvantagem
de que a pressão diferencial para baixas velocidades é pequena, prejudicandoa
medição.1.3
Termo-anemômetros
Os
anemômetros do
tipo térmico são baseadosna
troca de calor entre o elemento sensor e oar.
O
elemento sensor maiscomum
éum
fio
ou
um
filme
metálico aquecido e suspenso entre doissuportes.
- Corrente
ou
tensão constante [4];~
Temperatura
constante [5];‹›
PWM
[6], [19].
No
primeiro casouma
corrente constante é aplicada aofio
e a sua temperatura é obtidaatravés
da
sua resistência elétrica. Relaciona-se então a temperatura dofio
com
a velocidade do ar.No
segundo casomantém-se
a temperatura do sensor constante e relaciona-se a velocidade do arcom
a corrente necessária para aquecê-lo.O
anemômetro
do tipoPWM
ébem
mais recente.Utilizam basicamente a técnica de controle de temperatura;
no
entanto, ao invés de controlar aamplitude
da
corrente que passa pelo sensor, altera-se a largura dos seus pulsos.Tem
como
vantagem maior
linearidade cmaior
facilidade de digitalizaçãodo
sinal de saída, já que relaciona-sea velocidade
do
arcom
a largura dos pulsos.Os
anemômetros
defio
quentetêm
como
vantagem,em
relação aos mecânicos,não
necessitar de partes móveis ,
tamanho
reduzido e maior sensibilidade para baixas velocidades.No
entanto, são frágeis e suas características, para fios de diâmetro reduzido, são afetadas pela
deposição de
pó
e outras contaminações superficiais.Uma
forma
decontomar
parcialmente asalterações das características é recobrir o
fio
com
um
tubo de sílica. Essa cobertura facilita aremoção da
poeirado
sensor, proporcionandouma
calibração que permacece constante por periodosindefinidos, ao invés dos dias
ou
mesmo
horas dos sensores descobertos. Entretanto,a
sensibilidadee
a
velocidade de resposta são diminuidas.Esses instrumentos são usados para velocidades entre 0,1
m/s
a500
m/s.1.4
Anemômetros
a
efeitoDoppler
Baseiam-se
no
princípio deque quando
uma
onda
luminosaou
sonora proveniente deum
corpo
móvel
atingeum
observador parado, a sua frequência é diferenteda
qual foi emitida.Emitindo-se então
uma
onda
deuma
fonte estacionária, cuja frequência é conhecida, e medindo-se afrequência dessa
onda
após ela ser refletidaou
dispersada por partículasem
movimento no
ar,obtém-se
a
indicação da velocidade.Para
o
casoda
onde ser luminosa utiliza-seum
raio laser (Figura 3),o
qualtem
apropriedade se ser estreito,
monocromático
e de alta intensidade.Sua
grande precisãotoma-o
útilcomo
instrumento padrão.No
entanto,a
fonte de laser e o equipamento demedida
elétrica são mais5
il:¡:¡:í;1:í:¡:í.1:7:-:-:í 1 : âëâzâsââêââi;âââzâ:âââ:â|fÊ;z /'IE fã .I'É'D';':'¡':_:'.\ë \ espelho _. semitrans atente odete o 7 fot ct rJ
ag
TW
f t LaJ/
espelho/
¡"Í°9ã° de particulasW
franjas de InterferênciaFigura
3:Anemômetro
laser a efeito Doppler1.5
Rotâmetros
Embora
os rotâmetrosnão
sejam utilizados para a medição de velocidade e sim de vazão, aexplicação desse tipo de instrumento é válida nesse trabalho devido
à
utilização de rotâmetrosdurante
o
processo de calibraçãodo
anemômetro
a efeito Peltier.O
rotâmetro,ou
medidor devazão
do
tipo área variável, éum
dosmais
econômicos e utilizados instrumentos de medição de vazão.Possui várias configurações diferentes, que possibilitam a sua utilização
em
altas pressões, fluidoscorrosivos e altas temperaturas. Eles
podem
ser calibrados para medir praticamente qualquer gásou
líquido, devido aos seus princípios de operação serem simples e
bem
conhecidos.A
indicaçãoda
vazão
é obtida atravésdo
balanço entre as forças de arraste, flutuação e gravitacional.Isso é feito utilizando-se
um
tubo cônico,um
flutuador cujo diâmetro épróximo
ao diâmetroda
entradado tubo
euma
escala para correlacionar a altura do flutuadorcom
a vazão.O
tubo écolocado tradicionahnente
na
posição vertical e o fluido entra pela sua extremidade inferior,forçando o
flutuador
paracima no
tubo até que hajauma
abertura anular suficiente entre o flutuadore o tubo de
forma
a equilibrar as forças de arraste, flutuação e gravitacional. Nesse ponto oW
I_
` /¬‹L.
E
me
__
Escala
f__
de
*-
Vazão
Fluxo
_7
Capítulo
2:Efeitos
térmicos presentes
no
sensor
Antes
da
apresentaçãodo
equipamento desenvolvidoconvém
efetuaruma
breve revisãosobre os efeitos associados ao elemento sensor,
dada a
seguir.2.1 Efeito
Seebeck
O
efeito Seebeck consisteem uma
força eletromotriz geradana
junção de dois materiais,conforme o mostrado na
Figura 5.Quando
as duas junções encontram-se a temperaturas distintasocorre
uma
diferença de potencialdada
por:V=(°(1_°(2)(TB_Tc)
(1)onde:
V:
diferença de potencial [V];az, az : poder tennoelétrico dos materiais 1 e 2 [V/K1;
T
B,Tc
2 temperatura das junções [K].T
A
TB TC TA., ~,,,
. . . ,, . . .
Figura 5: Efeito Seebeck
na
junçao de dois matenaisO
poder termoelétrico deum
material é variávelcom
a temperatura e essa variaçãopode
seraproximada
porum
polinômio. Paraum
dado
termopar é possível aproximar o polinômio resultante(a, - az) através de
uma
constante se a variação de temperatura ficar dentro deuma
faixa limitada.Por
exemplo,em
um
temiopardo
tipo cobre - constantan, parauma
faixa de temperatura de 0°C auV
0(¡-OQZ40?
2.2 Efeito Peltier
O
efeito Peltier é caracterizado poruma
absorção (ou geração) de calorna
junção de doismateriais
quando
atravessados poruma
corrente elétrica.O
fluxo
de calor é absorvidoou
gerado,dependendo
do
sentidoda
corrente (Figura 6), e dado por:‹zf›,›.,z,,~.,,=(‹›‹.~‹×z)1T (2)
onde:
¢,z›.z,,., 1
fluxo
de calor geradoou
absorvido por efeito Peltier[W]
;I
: intensidadeda
corrente elétrica que atravessa a jtmção [A];T
:temperatura absolutada
junção [K].+4) Peltier
_¢
Peltieršíšíšíííšfiíãíšššššš
mzúzz, mw”/z
$$'$$$$'~$ .‹$$$$$z$$ zz$.›z.ú»~.z.».».z.›.›
Figura
6: Efeito Peltierna
junção de doismateriais
O
fonnalismoda
termodinâmica [7] mostra que os efeitos Peltier e Seebeck são reversíveis eenergeticamente equivalentes.
2.3 Efeito
Thomson
Consiste
em
um
fenômeno
de geraçãoou
absorção de energia provocado pelapassagem
deuma
corrente elétrica através deum
condutor homogêneo,no
quala
temperaturanão
é uniforme9
¢
Thomson
liaàaàat
id
|Figura
7: EfeitoThomson
em
um
condutorO
efeitoThomson
é distinto do efeito Joule, ao qual se superpõe.De
uma
maneira simples, aquantidade de calor gerada
ou
absorvida por efeitoThomson
édada
por:‹p¶1|anuon=rI(TA_TB)
onde:
¢f,,,,,,,,,,,, : fluxo de calor gerado
ou
absorvido por efeitoThomson
[W];F
: coeficienteThomson
[V/K];I : corrente elétrica [A];
T
A. TB :temperaturas das extremidadesdo
condutor [K].A
contribuiçãodo
efeitoThomson
é desprezívelem
relação ao efeitos Joule e Peltier,como
mostrado por Leclerq [8], portanto ele
não
será considerado neste trabalho.2.4 Efeitos
termoelétricos
em
circuitosa
eletrodosdepositados
O
sensor utilizadono anemômetro a
efeito Peltier consisteem
vários termopares associadosem
série.Para
a simplificação do processo de fabricação, o sensor é realizado atravésda
deposiçãoeletrolitica (ou química) de
uma
capa
metálica de grande condutividade elétrica (material 2, Figura8) sobre
um
suporte metálico de condutividade inferior e poder termoelétrico diferente (material l,Figura 8).
material2
/
\
Az
É' É Ê 'sã' _._.z2;I:Í:ÍzZ;IzIzI;ͧI;I'Í" $ ^"*"' H' _‹‹rjÍ;I;IzI;I;2¡2;j:z‹z;ziIi12Í'ÍzI;I:Z1Í;Í:1:1zlzizflzi-iii:-1-zÍ'Í' ~ íšz 1 1112; __.11;I:I211112;IzÍjÍjÍzÍzÍzÍzÍzÍ"'4.zIz .~;›:Í:í:í:¡:¡:¡:í:í:§:§:í""z J íšáxl .›1›:í25:í:Í:í:Í:¡:7:í:Í:Írifíz1É2Ê1:iii:3:í:i:¡:5:¡:5:íIfI¡2ÍÊ¡¡¡"'3515;: .‹:‹zIE27:5:1:1:1:¡:É:?:111:2:§:§:¡^"j.;.;:É:§:§:§: .-1-:í¡iE1Ê2ÊIE2ÊíÉíÉ¡Ê2Êi¡1¡' 522; ' " .›.-:1Ê!ÉíÉií1ii1ii151:I32311:1:1:í11:112:121:I:1:1:1:í:1:í:1:1:1:í"j¿z§§$5§,$$$ 555.55% .-.-:í:1:1:I:1:1i!E2EiÊíÊíÊ1:1i¡ÉíÊí"..-:í:¡:í:¡:i:i:1"" ..z.z.;.;1;.;.z,;.;.¡.§x' _.,›;.;.z.§.;.z.zrzízíz.jI;IzIzflzífiizflzlíflzizizízízÍzlzízlzízízfl-" -' Il 1.0.: z¡v¡ _‹4.;.;,z.z.z‹jr;‹z.zI;.;¿.z‹z.¡‹;x_,.z.z.z.z.z.;.;." ,._.;¿;¿z¿z¿;;¿;;z;z;z;z;z=z=-'¿.~¢§,zzzššš5/zzzzmsz ___ÀZ;z5;553555;5555;555z5z5zz;5z5z5z5z5z5zgzzzzzgzgzzzgzzzgzzézz'-' <âsšš?rš§$`ššš*ššššÉÊfs 5' 4.,.1zzzzi5E5E5E;š;E;š;š;i;š;5=5:5:2==;"1;;zz=š¢fi=='f"===="' _.z.zz;f;ífšfí1f;í=ífš;í;íf5;£;šâí;zââzzzzââzzzzzzâzzââz ,..zz;iêí;í;f;í=E=šzífiëíiízízšâšâšâšsíz51E;š=š=5=51í¢š=£;2;f;5;5;5;35;',zzzzzzz,zzzzz,,,,,;. _.,zz5;s;5;2:s:í:2=5=5:5:2:&=5:;š==*I:Iz:z:fE5š;šíš2=*- ' A ' 8° C' ` b' 'l` l d `Figura . lrcuito imeta ico a e etrodos epositados r ea trrt Iääiäää xzzgmmt ~z:¢zzàzz~z zazrqmzz ÊÊESÊÊSSÊ: *amam rtttttttç t t t agr: xa: ammt - *mirar 2.4.1
Poder
termoelétricoO
poder termoelétrico deum
circuito a eletrodos depositados édado
por [l]:o‹,q=a,q+b,qT (4) onde:
a
W
:a¡0,A¡+a,U,A2
b=b,o',A¡+b2o'2A2
‹r¡A¡+cr2A2 '"
o'¡A¡+‹r2A2 ”T
: temperatura [°C]; 0;, : condutividade elétrica [S/m];A,. : área transversal do material [m2];
a,,, b,.: constantes para obtenção
do
poder termoelétricodo
material.Essa
relação é válida se os seguintes requisitos forem cumpridos:a)
A
diferença de temperatura entre as extremidadesdo
circuitonão
ultrapasseZOOK
(maisadiante será
mostrado
que essa diferença épequena
no
anemômetro);b)
A
condutividade elétrica dos materiais (07 e az) varie deforma
desprezívelcom
atemperatura. Para
o
caso de metais, essaafirmação
é válida.`
A
Tabela 1 fornece os valores dea
e b para o cobre e para o constantan.Com
esses valorespode-se fazer
uma
comparação
(Figura 10) entre o poder termoelétrico deum
tennopardo
tipoT
°"2›°-2
i
a'1>G1
Figura 9: Célula
do
tennopar plaqueadoTabela
1: Poder termoelétricomaterial
--
¡¡V
u
V
b10
'2i
constantan -3 8,1 -8,98 Cobre 2,76 1,22 I I I I acobre¡1V
°'Y
10 1 o-Iae
`4°"
V‹1=25
um
`5
-z() _ Tzmb=
25
oc
-30 - _40
_ aconstantan _ '5°o 1'i
zl zi 55
[um]
Figura
10: Variação do poder tennoelétrico deum
termopar plaqueadoem
funçãoda
espessurado
depósito (fio de constantancom
diâmetro de 25pm,
depósito de2.4.2 Efeito
Seebeck
TA
TB
TC
TA
1
Figura 1 1: Efeito Seebeck
em
um
termopar plaqueadoO
efeitoSeebeck
presenteno
termopar plaqueado mostradona
Figura ll é:V=[‹×z(f2z)-‹›‹..(Tzz)](Tz@-fz) . ‹5›
Cabe
ressaltar que a diferençamáxima
de poder termoelétrico (az - a.,)não
sedá
exatamente
na
interseção das regiõescom
esem
plaqueamento.Conforme
mostrado porGüths
[1],há
uma
região de transição até que essa diferença seja atingida.No
entanto, essa região de transiçãoé
pequena
(daordem
de dezenas depm)
face aos comprimentos envolvidosno
sensor (daordem
demm).
Então, daquiem
diante será considerado que esse efeitonão
altera a sensibilidade dos sensoresconstruídos e, portanto,
não
será considerado nesse texto.2.4.3 Efeito Peltíer
¢Peltier- ¢Pelt.ier+
A 1ÊÉ_1:`-ÊíšfífízfiíiíiiiiiiiíiiëiÉfiiifíšëfíiíiíšÊ¡É5ÊÊ¡É1§šÉ1É$É1Ê$š: A 'zflsztzts'sft-:~:‹:~›:z:-25;:z:z:z:‹:z»‹~:z:‹~:z:›.~:~:~:~:-:-:-:‹:-:›:-:-
13
O
efeito Peltierprovocado
pelapassagem
de corrente porum
termopar plaqueado, conforme mostradona
Figura 12, édado
por:¢›,z,,.,.,,-=[‹›‹1(Tz)~‹×,,(Tz)]1TB ; (6)
¢Pzmzr+=[°(1(Tc)_°¡zq(Tc):|ITc ~ (7)
De
maneira análogaao
expostono
item anterior, o efeito da transiçãoda
diferença de podertermoelétrico dos materiais
não
será considerado por não produzir alterações nos valores de ¢r›.1.zz,z. e¢P¢llíer-- ' ` '
2.5
Fenômenos
de
transferência
de
calorno
sensor
Como
o anemômetro
a efeito Peltier baseia-seno
aquecimento eno
resfriamento de pontosdo
elemento sensor, é natural que haja transferência de calor entre esses pontos e entre os pontos eoar.
Os
trêsfenômenos
de transferência de calor são a radiação, acondução
e a convecção.Uma
breve descrição de cada
um
desses fenômenos serádada
parauma
melhor compreensão dodispositivo.
2.5.1
Radiação
Qualquer
meio
material a urna temperatura superior ao zero absoluto irradia energia [9].Independentemente
do
estado da matéria (sólido, líquidoou
gasoso), a emissãopode
ser atribuída àsmodificações
das configurações eletrônicas dos átomosou
das moléculas que a constituem.A
transferência de calor por radiação se
dá
por ondas eletromagnéticas enão
exigea
presença deum
meio
material, sendo que sua maior eficiência se dáno
vácuo.O
fluxo de calormáximo
(q") quepode
ser emitido poruma
superficie édado
pela lei de Stefan-Boltzmann:qn:o_Ts4
onde:
W
":fl
d l_-
'T
S 2 temperatura da superficie [K];0" 1 constante de Stefan-Boltzmann (T
=5,67
×10_8_2L4)
.m
K
Essa
superficie édenominada
um
radiador idealou
um
corpo negro.O
fluxo
de caloremitido por
uma
superficie real émenor
que o emitido porum
radiador ideal e dado por:¢1"=f<fTs4 (9)
onde:
s : emissividade da superñcie
(05551)
.O
valor de ó' depende da superficie e indica a sua eficiência de transmissão,em
comparação
com
um
radiador ideal. lnversamente, se houver a incidência de radiação sobreuma
superficie,uma
parcela será absorvida e a taxa que
mede
essa absorção por unidade de área superficial édada
por:q
"absorvida=
a
q "incidenteonde:
IX : absortividade da superficie
(Osozs
1) .O
valor dea
também
dependeda
superficie e,em
meios sólidos e para materiais utilizadosem
engenharia, é usual fazer aaproximação
a
=
6.Para o caso
do
anemômetro, a troca de calor por radiação é baixaem
relação às outrasformas de troca de calor. Isso deve-se
ao
baixo aquecimento do sensor e à baixa emissividade desuperñcies brilhantes. Então, esse
modo
de transferêncianão
será consideradono
decorrer dessetexto.
2.5.2
Condução
A
presença deum
gradiente de temperaturaem uma
substância causauma
transferência deenergia através
do mecanismo
decondução
[9]. Ela sedá
em
nível molecular,com
a transferência deenergia das partículas
com
maior energia cinética para ascom
menor
energia cinética, devido às15
T
A
T1 fl X T2Px
“Td
Figura 13:
Exemplo
unidimensional decondução
de calorA
relação básica para se calcular a conduçãoem uma
substância é a lei de Fourier. Elaestabelece,
em
regime permanente, que ofluxo
de calor (q") é proporcional ao valorda
componentedo
gradiente de temperaturana
direção daquele fluxo. Paraum
caso unidimensionalcomo
omostrado
na
Figura 13,a
qual mostra a aplicação defluxo
de calorem
uma
parede deum
bloco,q”
é
dado
por:dT
T1"T2
"=-À_=À-_-
11 onde: r/ -W
q
,, 2fluxo
de calor avalladoem
x
E;
;À
:condutividade ténnica do material ;T1 :temperatura
na
face l [K];T
2 : temperaturana
face 2 [K].2.5.3
Convecção
É
a transferência de energia entreum
fluido euma
superficie sólida,na
qual dois fenômenosdevido à presença de
um
gradiente de temperaturano mesmo.
Outro é a transferência de energiadentro
do
fluidoquando
ele semovimenta
deuma
posição para outra [9].A
transferência convectiva de calor pode ser classificada de acordocom
a
origem damovimentação
(escoamento)do
fluido.Convecção
forçada é o escoamento provocado, por exemplo,por
um
ventiladorou
por ventosna
atmosfera.Convecção
livreou
natural é o escoamentoprovocado pelas forças de
empuxo
que se originam das diferenças de densidade provocadas pelasvariações de temperatura
no
fluido.Para o caso
do
anemômetro a
efeito Peltierhá
especial interessena
convecção livre já que,nesse tipo de escoamento, as velocidades envolvidas são baixas.
Como
exemplo
de aplicação pode-secitar a
medição do movimento
de ar causado poruma
placa plana vertical aquecida.A
transferência de calor por convecção é então acombinação
de condução edo movimento
macroscópico
do
fluido e édada
por:q"=h(T,-Tm)
(12)onde: l
W
q"
:fluxo
de calor;
T
S 2 temperaturana
superficiedo
sólido [K];T
,O 2 temperatura do fluido, longe da superficie do sensor [K];. , . ~
W
h
: coeficiente de transferencia de calor por convecçao .m
O
parâmetroh
inclui todos os parâmetros que influenciam a transferência de calor porconvecção.
Depende da
geometriada
superficie, da natureza domovimento
do fluido e deum
conjunto de propriedades termodinâmicas e de transporte
do
fluido.Nesse
texto,quando
necessário,serão apresentados
métodos
para o cálculo de h.Há
especial interesse nessefenômeno
de transferência de calor para o caso doanemômetro
aefeito Peltier, pois é ele que estabelece a relação entre a velocidade do ar e
a
temperatura do sensor,I7
Capítulo
3:
O
anemômetro
a
efeito
Peltier
3.1
Princípio
de funcionamento
Para a explicação
do
princípio de funcionamento será considerado, por simplicidade,um
sensor
composto
poruma
única célula.O
anemômetro
a efeito Peltier opera de fonna alternada entreos efeitos Peltier e Seebeck.
Em
um
primeiromomento
aplica-seuma
conente elétricano
sensor que. .-.- .-.>.^tu'.›.›.~.~.r.~.*Z'.~/.' .›.~/z/1.11/nz/fu I
1 .'.' .~.' .~.'.'
,s:suâ.-...-.-.Wzz.-mz,-;z..,,,.-,,,,,.~,,,, msmx¢.<s:,,:.‹ fiâaâz.-..âs.<z.‹:::x.‹sf
mx'-=-=:<<:‹<s«ssa‹‹‹$‹s‹ss:‹s‹s<s::¢¢ .:‹x:‹:<:<â;ssó$<: ‹s‹<<:<s:-;<›'s›'::‹:s
xxx1xxss:sisâssssxsmâséxssxm xsxmf~~~~' 's;›'â;s~'~:¢¢¢¢:r
provoca
o
aquecimento deuma
das junções e o resfiiamentoda
outra (Figura 14).Tia ë t t t t Êš ttttt «tttt ttttt « š št
--
1Temperatura do
sensorTC
Figura 14: Efeito Peltier
em
uma
célula do sensorTB
bi
2 TSensorpara
ulí
` I pafaU
~
Sensor 2 - zzzz.w.-z.›.›.-.‹z.¿.-zz.-.- .›.›.-› .- : .›.-.-.-.-z.›z.›.›.w.›z.-z z.-.›z..zzz.-tw» ' âf... ,,,ss,.‹s.-fz:xsssz.-,.~,.-.-sz» ,âââússssâ:xâ,s.‹,,,âsszââsmsââzsz $$ - '5$$'¡$$4$$'¡$$$$$$$¿¿$$$$$$55$¢zzz.›z fiíâíäíiãííi5451145$5^f5$$$$í$$5$7'$.45$$$$$ .;.›.-' ›z.-›z.;:;zz:;.-¿zz.›.-.;zzzf.;.wz.›».›.›zzz z:-.›¿.z.wzzzz.›z.-¿>z¿z›zz.-.-zzzm¿zz.‹z .›.,¿ TA! tm* uma ttt :te =::= mt tt tt t tt. aê:Ts
:temperatura
do
sensor; CHSOI'ul, uz: velocidade
do
ar.U2
>
ulTC
Essa diferença de temperatura entre as junções é dependente
da
velocidade do ar.Conforme
a velocidade do ar aumenta,
há
um
decréscimona
diferença de temperatura entre as junções,como
mostra
a
Figura 15.Para a
medição
da diferença de temperatura entre as junções utiliza-se o efeito Seebeck.Como
a magnitudeda
tensão gerada pelo efeito Seebeck é pequena (daordem
de centenas da ;zV)em
relação à tensão provocada pelapassagem
da corrente através da resistência do sensor (daordem
de centenas de
mV),
torna-se necessário interromper a corrente para a mediçãoda
diferença detemperatura. Então, a corrente injetada
no
sensor é pulsada, conforme mostra a Figura 16.I
Pt
lt "|< ~ 'I
Injeção de corrente Leltllfa
do sinal
Seebeck
Figura
16: Períodos de injeção de corrente e leiturado
sinal Seebeck3.2
Compensação
do
efeitode
gradiente
de temperatura
Para que a
medição
de velocidade seja executada corretamente através dométodo
exposto, a temperatura do ar deve ser homogênea.Em
casos onde issonão
ocorre,como
o mostradona
Figura17,
há
a geração deuma
componente
parasita independente da velocidade do ar (l,,!,,(dT / .Portanto, a diferença de temperatura entre as junções é
dada
por:ATZAT+ZATP¿¡¡¡¿,+[npI<~)
onde:
l,,,,¡:
comprimento
da regiãosem
plaqueamcnto [m].Essa
componente
parasita superpõe~se ao sinal de interesse AT,z.,,,.,, fazendocom
queda
19
8, onde
análise feita através
da
Figura 17,há
também
o caso mostrado na Figura lntidas e
o
sentido da corrente injetada foi alterado. Para esse caso,Além
Vambientes
foram
ma
junções é
dada
por:(14) ndições a entre as as co de temperatur
3
diferença_
A
TPeItizr npA
T
= A
T
_=
ao invés de a injeção de corrente ser efetuada
em
apenasum
sentido, sendo feitas respectivos intervalos de
medição
do sinal Seebeck foremEntão, se obtidos
no
(15) os dois, e os resultadosn
subtraidos: i_AT+_AT-=2ATPeItier
de medição datens ão Seeb
Smal-
ta constante entre os intervalos
Obviamente,
a
temperatura do ar é suposeck dos ciclos positivo e negativo.
Á
T
[oc]A
TPcItierdT
lrplÉ
A
Tsensor ,,,,,,,,,,,,,,,,,, iiii -ziT,,,,,,,,/2 ,. ,z z f » z z f 1 z zzzzzzzzzzz.-z .-z.-.~z.-.-.› 4- .-zz.-zzz.-zzzzzz.›.-.‹- z.-,.- .›.‹.‹ .~:~ .H .~ z.›z.z~zz~.- _. - - _. z§$$z_»›_f_$z$z~ _ _ .›.¿zzzz.-!¡$$1¿z2.;.›$$z$z$$$z $$$i›`z$$$$$~ $›5$>$9;‹.'-$$$$$ ' ' 5)?'$:51‹`$$IÍ$:-$?'~$$Z¡$$$'3'3:`$ %$$$$:3$4.'¡í$¿$$ 'Í .wzzzzzzz zz.›z~›zzzzz.-mz zu.-›.›.»z' .-1 ' - turado
ar do sinal Seebeck :Tempera
nte de temperatura
na medição
--i›I
ääâ mšäš ta na xz aê: za esa ttttrt uma ttrttt trrrrt rttttr ==::~` rrrrr uma zum ttrttt tttrrt =z:=*: má: tttttt mm uma v¢vs t., r-N uma trt trV
‹.w.;.‹. ' ' -- mm z-~:= t Êeaz: mm tr r r uma rttrt mà: zttrtz x =~ z rtÁ
T
[oc] »›»e*t'i*`Â**ë¿%»¿¿¿*ifil ``````%í-
III'A
T
sensor .X 1 › ttzt äää ttttânu «aa tttttt tttttt tttttt “Qu uma ~ëëEÊ* ~=::i~ attttë x:~=~` :ta
`*‹
4_
` -. -C ›. ttët w.w. *ëëäšë '< Za>
x
obpió zz, , z,,,.,,,, , , . šššëšíâššššáâšâxsäíísëãššššššsšššš§š§€§§‹:ssssss¢ fs탚šf-:z fšâšššá äsäíášššš z.-.›:~ fzmz.-zzzzzz:-:~.-›.~».-.zz.›.-.-.-.w.‹z.-:›z¿:-z.‹z.-¿.;» .-.› .-1 úz z zzzm .-4»-~,.›,, f*' âšssƒsâssââfsâ*àsâssssfâfúsfss:âf:*;›=:s:s››;s ‹‹â‹ââ* *'f' assaz' sss›â:¢ :fa --- -- :Tempera
Figura 18: Inversão do sentido
da
corrente injetada' "
esse trabalho (Figura 19) e os circuitos associados e os resultados
Essa
e a soluçao adotadan
os são dados
a
seguir.J
orrente ›|›
t }‹ Injeção dec ›|‹Leímm
Leitura do sinal Seebeck <1 Injeção de corrente _ do sinal Seebeck iii? ttt t tema o *Ê äm šäã " tt um zm Eääš aa. aa “zu ttttš aea ut ii tz tt *-5Figura 19: Ciclo completo de injeção
3.3
Fonte de
corrente
A
fonte de corrente necessária aoanemômetro
deve possuir duas características básicas:~
TA
E TCTA
21
1.
Fomecimento
de corrente positiva e negativa;2. Corte da corrente.
O
circuito utilizadono
protótipo derivado
circuito básico mostradona
Figura 20.vcc
¿¡
-VrefQ]
R1
R2
Ql
Vref zR2
I= VCC
-~ Vref R1_
R1 1:Iii
il
RI-VCC
Figura
20: Fonte de corrente positiva Figura 21: Fonte de corrente negativaComo
há. a necessidade da corrente de saída tomar-se negativa, o circuito complementarmostrado
na
Figura 21pode
ser utilizado.O
corteda
correntepode
ser efetuado chaveando~se a base dos transistores para potenciaisque os levem
ao
corte.No
entanto deve-se evitar que os amplificadores operacionais sejam levados àsaturação para prevenir problemas tais
como
o slew-rate.Uma
solução é chaveara
entradainversora de
cada
amplificador, deforma
a ligá-las às suas respectivas saídasquando
os transistoresestiverem cortados. Esse estado corresponde à configuração seguidor de tensão para o amplificador
operacional. -
As
idéias apresentadas estão sintetizadasna
Figura 22,a
qual mostra a fonte de correnteutilizada
no
anemômetro. Observa-se a presença deum
amplificador inversor deganho
unitário, oqual
fomece
a tensão -Vref para a etapa que produz a corrente negativa.Os
sinais de controle sãogerados através
do
circuito apresentadona
Figura 29. Outra característica da fonte de corrente+VCC
R1S1
+vcc
f'š°Õ
Vef
L.
R2
}
_1
swz
I-›
Sensor ~R3
F.
|Í;
É
-vcc
Q2
iO:
R4
I Ó-VCC
Figura 22: Fonte de corrente utilizada
no anemômetro
i vv
Iw
SW4
3.4
Detecção
do
sinalSeebeck
Para que
o sinal Seebeck possa ser convenientemente processadohá a
necessidade deamplificá-lo, devido
à
sua baixa magnitude (centenas de p.V). Essa amplificação é feita pelo circuitodado na
Figura 23. Trata-se deum
amplificador deganho
1000 composto por três estágios deganho
10.
Essa
topologia foi adotada para evitar a diminuiçãoda
respostaem
frequência dosamplificadores operacionais que ocorreria caso
uma
etapa deganho
elevado fosse utilizada.As
chaves
CMOS
presentes nessa etapafazem
o isolamento entre as etapas de amplificação durante osintervalos de injeção de corrente, de
forma
que os operacionais não sejam levadosà
saturação e23
Ê
,W
W
_, u11c u1zmm
wa
ä
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'”"F 1oonF 1oonF í -5V1
R16 R17U
ma 1s|‹2É
Figura 23: Circuito de amplificação da tensão obtida por efeito Seebeck
A
etapa de deteção utiliza operacionais de baixo ojfvet (tipicamente 1|.tV), para que o errogerado por essa
não
idealidade seja ominimo
possívelsem
a necessidade de circuitos adicionais de compensação.Conforme
a Figura 23 mostra, a saídado
amplificador é conectada auma
etapa de amostragem,a
qual executa a reconstrução do sinal Seebeck amplificado.Um
sinal de saída típico émostrado
na
Figura 24.O
tempo
t, mostradona
Figura24
origina-se basicamente por efeitos térmicos, pois osatrasos gera.dos pelos dispositivos eletrônicos são consideravelmente menores do que a constante de
tempo
envolvidano
sensor.A
presença dessa constante explica-se pelo fato de que as temperaturasdas junções presentes
no
sensornão
são alteradas instantaneamentequando a
corrente é invertida.Esse atraso é função dos parametros fisicos do sensor e do ar, tais
como
o seu comprimento,velocidade
do
ar e calor específico dos materiais.O
seu cálculo éum
tantocomplexo
e fora do escopo desse trabalho.No
entanto a sua determinação se faz necessária para a aquisição do sinalSeebeck, a qual deve ser efetuada somente
quando
o sinal estiver estabilizado. Para tanto utilizou-seum
método
empírico, através do qual verificou-se, parauma
dada
corrente I, quantos pulsos deinjeção são necessários para a estabilização de
VAMP
(Figura 23).Após
a determinação desse valormínimo
estipulou-seum
número
maior de pulsos para quenão
houvesse a necessidade de novasdeterminações
quando
da troca de sensores.¡
V
5 I [PT/2
(centenasde ms)
T/2
t Í centenas _____________________ __ (centenasde
IIIVO/
\de
ms)
zz›
Í - centenas I\
de
mV
T: período totalta:
tempo
de
acomodação
Figura 24: Sinal típico
na
saidado
amplificadorPara facilitar a implementação
do
instrumento e a sua calibração, optou-se pela utilização deum
microcontrolador, o qual, além de fomecer os sinais de controle,também
adquire o sinalfomecido pelo sensor de velocidade e
o
de temperatura.O
conversorA/D
do
microcontroladorutilizado é
capaz
de processar somente tensões positivas.Como
o sinal proveniente da etapa de amplificação possui níveis positivos e negativos a utilização deum
circuito de retificaçãotomou-se
necessária.
O
circuito retificador [10] está mostradona
Figura 25.A
característica principal que levouà escolha desse circuito é que apenas dois resistores precisam ser casados
(R18
e R19), o queo
toma
consideravelmente preciso para
montagem
com
componentes discretos.Nesse
retificador osamplificadores operacionais
não
são levados à saturação,o
que é desejável pois significa menoresdistorções do sinal de saída devido ao slew-rate dos operacionais.
Antes
da
etapa de conversãoA/D
é conveniente que o sinal a ser convertido passe poruma
25
induzida pela rede elétrica (601-Iz).
Um
dos fatores de projeto é a simplicidade eum
circuito simplesde filtragem é
o
integradorcom
perdas [1l].Como
esse integradortambém
executa a inversão depolaridade
do
sinal de entrada, foi necessário adicionaruma
etapa inversora [1 l], de forma queo
sinal resultante fosse positivo.
A
Figura 26 mostra o filtro utilizado.R¶8
1oi‹R19
1ok ‹_:1 5:1D1
1N414a +12v ¬'U16A
D2
3 1 2g
__ ' TLoa4 1N414a -12vR20
47kÀ
D3
1N414»s -P
+12V "UÍGB
D4
5 6›
T›
TL084 1 N4148 -12vFigura 25: Retificador de precisão
C121oonF
R21
iokR22
1o|‹ R231oo|‹R24
iook[Ê
i:1
x:i
Zi
I:
+12V
+I2V
'~°U16C
**U16D
16 12 s 14 9 13g
__ 'rLos4š
i__ 110.54 -12V -12V3.5
Compensação
de temperatura
U17
R26
R27
R28
sv
LM35 VT
Í 1o|‹ zok
wok
vs OUT CII ill lÍ_Íl lí!
Ê
R25
+12v +1zv ¡ 1o|‹ *' *' O¶31oonF S 6 I 7 2 8 _U1aÀ
mas
É
" 'n.os4?
" 11.034 -12v -12vFigura 27:
Compensação
de temperaturaO
sinal proveniente do sensor variacom
a temperaturado
ar, conforme será exibidono
Capitulo 4. Então,
uma
forma
decompensação
torna-se necessária. Optou-se por fazer acompensação
via software atravésdo
microcontrolador, pela maior simplicidade de implementação ecalibração.
A
forma
de mediçãoda
temperatura do ar édada na
Figura 27.Nela
observa-se que o elemento sensor é constituído porum
circuito integradoLM35,
cuja tensão de saída édada
por:VT=O.0lTm¿,
[V]Para inn melhor aproveitamento
da
faixa de leitura do conversorA/D, a
tensão provenientedo
LM35
éamplificada
porum
amplificador deganho
5 e frequência de corte 15 Hz.O
amplificadorpossui
banda
limitada para evitar a presença de ruídona
medição.Da
mesma
forma
queno
casoanterior,
a
tensão fomecida para o conversorA/D
deve ser positiva, o que explicaa
presençado
inversor
no
circuito.3.6
Controle
das chaves
eaquisição dos
sinaisConforme
colocado anteriormente, os sinais de controle e aquisição são supridos porum
microcontrolador. Isso proporciona maior flexibilização das temporizações dos sinais de controle
necessários às chaves
do anemômetro
e facilita as calibrações do instrumento.O
microcontroladorutilizado possui as seguintes caracteristicas [12]:
27
- Fabricante:
ATMEL;
-
Tensão
de alimentação : 2.7 - 3.6V;-
Consumo:
3mA
(típico),- Frequência de operação 1 O -
4MHz;
-
Memória
deprograma
(FLASH)
de 128 kbytes;-
Memória
de dados de 4 kbytes;-
Memória
EEPROM
de 4 kbytes;- 32 linhas de
E/S
programáveis, 8 linhas de entrada e 8 linhas de saída; - Dois temporizadores/contadores de 8 bits;-
Um
temporizador/contador de 16 bits;-
Um
conversorA/D
de 10 bitscom
8 canais; -UART
serial programável;-
Programação
via ISP, dispensando 0 uso deEPROM.
Essas caracteristicas
foram
determinantes para a escolha desse microcontrolador, já que aoenglobar os temporizadores/contadores, conversor
A/D,
UART,
memória
deprograma
extensa eprogramação
via ISP, o hardware necessário paramontagem
doanemômetro
foi bastante reduzido.Particularmente
a programação
viaISP
éum
recurso interessante, pois possibilita aprogramação do
microcontrolador
montado no
circuito final, reduzindo custos epoupando tempo
durante a fase detestes
do
protótipo.A
utilizaçãodo
microcontrolador se deu através da placa de experimentação fomecida pelofabricante (Figura 28).
Através dessa placa,
além do
controle das chaves eda
aquisição dos sinais,também
éefetuada a
comunicação
entre o protótipo eum
micro do tipoPC
viauma
conexão serial, conformemostra a Figura 29. Através dessa interface são enviados os dados de velocidade e temperatura
adquiridos, para posterior tratamento
ou
armazenamento.As
chaves utilizadasna
etapa de amplificação (Figura 23) necessitam deum
sinal decontrole que tenha niveis positivo e negativo. Então o circuito mostrado