n
C/.
FACULDADE
DE MEDICINA
DA BAHIA
TU
TC
ET
i
n
to
n.
DE
PEDRO
AFFONSO^^ARVALHO.
J?c^
3^
<^
?
^Bm^^m
THESE
APRESENTADA
Á FACULDADE
DE MEDICINA
DA
BAHIA
E QEU DEVE SUSTENTAR
EM
NOVEMBRO
DE 1807PARA OBTER
O
CiRÁO
DEDOUTOR
EM
MEDICINA,
PEDRO
AFFONSO
DE CARVALHO,
NATURAL
DA
BAHIA,
CAVALHEIRO DA IMPERIAL ORDEM DA ROSA, SEGUNDO CIRURGIÃO DO
EXERCITO IMPERIAL NA ACTUALCAMPANHADO PARAGUAY, ETC.
ofolLoLx^Aímo. Afx /mc|Aá,aiY\kimoÀJÚmiouioi ^ahk
ê^omhxx
Ajl(ftalwailto* Ar. zhohxx ékoJÍMXAn ^nJMk(LxAamxILq.
C
est undevoir pour le niédecin d'être charitable, bienveillant, affectueux, patient,devoué, delicat, honnête. IIfaut qu'il soit instruit et qu'ils'attache àledevenir chaque jourdavantage; car, lorsqu'il s'agitdela vie
des homm.es, 1'ignoranceestuncrime. (Auber.)
BAHIA.
TYP.
DO—
PHAROL—
RUA
DIREITA
DA
MIZERIGORDIA
N. 4.1867.
FACULDADE DE
MEDICINA
DA
BAHI
A
.DIRECTOR
O
EXM.
SR.CONSELHEIRO
DR.
JOÃO
BAPTISTA DOS
ANJOS.
VICE-DIRCCTOR
O EXM. SNR. CONSELHEIRO DR. VICENTE FERREIRA DE MAGALHÃES.
OSSES.DOUTORES L°
ANNO.
MATÉRIAS QUELECCIOnÃOr, -ir- ,
tti • ,
M
n, i Physieaemgeraleparticularmenteem
suasCons. \ menteFerreira deMagalhães.
_
J a ^plicaçõ
^
áMe<ficilia.FranciscoRodriguesdaSilva ChimicaeMineralogia.
Adriano AlvesdeLimaGordilho . . . Anatomiadescriptiva.
2."
ANNO.
Antoniode Cerqueira Pinto Chimicaorgânica.
Jerónimo SodréPereira Physiologia.
Antonio MarianodoBomflm Botânicae Zoologia.
Adriano AlvesdeLimaGordilho . . . Repetição deAnatomia descriptiva.
3."
ANNO.
Cons. Elias José Pedroza Anatomiageralepathologica.
José de Góes Siqueira Pathologiageral.
JerónimoSodré Pereira Physiologia.
4.°
ANNO.
Cons.ManoelLadisláoAranhaDantas. . Pathologiaexterna.
Pathologiainterna.
»,.,.•.«•
ta • I Partos, moléstias demulherespejadasedeMatinasMorenaSampaxo
|
mm
^
QSrecemnascidos.5.;
ANNO.
Continuaçãode Pathologiainterna.
JoaquimAntoniod'01iveiraBotelho . . Matéria medica etherapeutica.
JoséAntoniode Freitas > Anatomiatopographica,Medicina
operato-5 na, e apparelhos. 6.»
ANNO.
Antonio José Ozorio Pharmacia.
Salustiano Ferreira Souto Medicina legal.
DomingosRodiigues Seixas Hygiene, eHistoria daMedicina.
Clinica externado3.°e 4.° anno.
AntonioJanuário deFaria . . . Clinicainternado 5."e6.°anno.
RozendoAprígio PereiraGuimarães . .
]
Ignacio José da Cunha /
PedroRibeiro deAraujo • /Secção Accessoria.
José Ignacio deBarrosPimentel. . . .\
Virgilio Cliinaco Damazio '
Josç Afíonso Paraizo deMoura. . . .
j
Augusto GonçalvesMartins /
Domingos CarlosdaSilva
j
Secção Cirúrgica.
DemétrioCyriaco Tourinho
....
LuizAlvares dos Santos •> Secção Medica.
João Pedro daCunha Valle
y
;
SECRETARIO
O SR. DH. CINCINNATO PINTO DA SILVA.
OSíSi
IU
OA
SECRETARIA.
O SR. DR. THOMAZ D'AQÚINO GASPAR.
A
Facudade não approva nemreprovaas opiniões emittidas nasthescs que lhe são apresentadas.SECÇÃO
CIRÚRGICA.
DISSERTAÇÃO.
QUAL
0
MELHOR
PROCESSO
PARA
A
CURA
DOS
ANEURISMAS?
Nasciuiturmediei, fiunt cirurgici.
NTES
de entrarmos no desenvolvimento do pontoque
aTacnldade houve
porbem
conceder-nos, diremos algumas^palavras a respeito do que seja
um
aneurisma, e a^classificação ou divisão que hoje se deve admittir
como
melhor; exforçando-nos
em
apresentaruma
obra se não perfeita, aomenos
superior ás nossas forças.
Dividiremos, pois, o nosso
pequeno
trabalhoem
duas partes,uma
dedicada â definição e divisão dos aneurismas; outra aos
methodos ou
processos, que até hoje se leni lançado
mão
para curarsemelhante
affeeções. ->
PRIMEIRA
PARTE.
Definirão
e
divisão»
Os
aneurismastêm
sido definidos segundo ossymptomas
queapresentão e os seos caracteres anatomo-pathologicos.
Aquelles dos authores que tomarão por base de sua definição os
commum-cando directamente
com
uma
artéria, sendoacompanhado
deum
ruidocomo
o de folie, e apresentandoem
geral pulsações.Os
anatomo-pathologistasdefinem—
tumor
circunscripto, cheio desangue liquido ou concreto
communicando
directamentecom
o canal deuma
artéria e limitado poruma
membrana
quetoma
onome
de sacco.Não
podemos
abraçar aprimeira definição, vistoque por ella faríamosentrar na classe dos aneurismas certas aíYecções
que
nãopodem
enem
devem
ser confundidascom
elles no estado ds adiantamentoem
que seacha a sciencia actualmente. Assim a ampliação uniforme de
uma
partemais
ou
menos
extensa do systema arterial,denominada
por Bresaneurisma
cylindroide e por Ghélius dilatação arterial, viriasomente
porque apresenta pulsações e ruido de folie, occupar
um
lugar no quadrodos aneurismas.
Ainda se chegarião para o
mesmo
quadro os aneurismas cirsoides,que não são
nem
maisnem
menos
do que tumores devidos á dilatação ealongamento de
uma
ou mais artérias, tornando-se tlexuosascomo
asveias affectadas de varices, e que hoje se conhece, graças á Dupuytren,
pelo
nome
de varicesarteriaes; osaneurismaspor
anastomose ou aneurismasde Pott
denominados
actualmente tumores erectis; etambém
ostumores
cancerosos dos ossos e os tumores pulsáteis.
Com
a segunda, porem, omesmo
não se dá, visto que os escolhosem
que se esbarrarão os authores da primeira definição, são evitados porestes, e
nenhum
tumor
que não sejaum
aneurisma pode ao m<?smotempo
comprehender
a reunião de todos os caracteres, que ahi se achãodesignados,
como
sejão—
limitesprecisos do tumor; contheúdo sanguíneo
liquido ou concreto;
communicação
directacom
uma
artéria;a
existênciade
um
saccomembranoso.
A
segunda definição levando grandevantagem
â primeira,comtudo
não é perfeita,
porque
certos tumores até hoje reconhecidos na scienciacomo
aneurismas, são por ella excluídos desta classe,como
porexemplo
—os
aneurismas diffusos, que nãopodem
deixar de ser expellidos porquem
a abraça.Ficamos, pois, perplexos
sem
saber oque
fazer, si regeitar a defi-»Regeitar a tleílnição não è possível, porque ainda não encontramos
outra melhor.
Excluir os aneurismas diffusos,
também
não é possível, porquetodosos
symptomas
e caracteres dos aneurismas n'elles se revellão á excepçãoda existência do sacco.
Reconciliar é o
que
devemos
fazer, muito principalmente attendendoque
em
Medicina se reconhece a impossibilidade deuma
bòa definição nostermos rigorosos d'essa palavra.
Grande
numero
de divisões têm-se estabelecidopara os aneurismas.Antigamente os autliores admittião a divisão de internos e externos,
médicos e cirúrgicos. Hoje,
porem,
attendendo ao estadode progressoscien-tifico, estas não
podem
ser aceitas, porque não oííerecemum
sustentáculo solido, vistocomo
a Cirurgia vae de diaem
dia, de horaem
hora, invadindoa Medicina, e conquistando
em
seos domínios terreno; demodo
que sendoantigamente os aneurismas internos
ou
médicosem
numero
muito maisavultado que os externos ou cirúrgicos, hoje o contrario se apresenta, não
nos sendo licito e
nem
a pessoaalguma
marcar o pontoem
que ellairá parar nesse seo caminhar conquistador.
Outra divisão, que esteve por muito
tempo
acceita, e que ainda hoji possuo partidários, é a de espontâneos etraumáticos.Esta divisão não pode permanecer, e
nem
deve ser abraçada porcirurgião algum, sob pena de errar; porque se alguns aneurismas
real-mente
são espontâneos e outros traumáticos, muitos aomesmo
tempo
sãoespontâneos e traumáticos, visto
como
as causas productoras são a combi-nação dasque
produzem
uma
e outra cTaquellas espécies de aneurismasAinda
poderíamos ir apresentando outras e aomesmo
tempo
fazendoa critica conveniente;
mas
deixaremos de parte para não nos tornarmosfastidioso, e entraremos na divisão
que
abraçamos.A
divisão que incontestavelmentemerece
ser aceita,porque
apresentabases indestructiveis, é a de arteriaes e de artetio-venosos,
ou
pldebo-aine-riaes
conforme
Broca.Denominão-se
arteriaes aquelles que interessão somente o systeinaarterial
em
contraposiçãocom
os arterio-venososque
interessãoambos
osOs
arteriaes ou são circunscriptos, e neste caso providos doum
sacco que os limita e circunscreve no interior dos tecidos; ou diffusos,
devidosã ruptura arterial, dando
em
resultadoum
derramamento
sanguíneono interior dos
mesmos
tecidos.Dividem-se os circunscriptos
em
verdadeiro, mixto externo, falsoou
rnkistado e kistogeneo.
Verdadeiro
—
aquelleem
quetodasastúnicas arteriaes se dilatãoigual-mente
e constituem o sacco. Esta espécie pode apresentar duas formas: ade ampola
ou
de sacco propriamente dito, segundo a dilataçãomaior
ou
menor.Mixto externo—
o que se forma á custa da túnica externa, depois delotas
ou
destruídas a interna e a media. Tres são as formasque
estaespécie costuma revestir:
—
sacciforme,
quando
as túnicasmedia
e internaperdendo a sua elasticidade e consistência próprias,porqualquercausa
phy-sica ou orgânica se
rompem
em
um
ponto, e o sangue vindo bater sobre aexterna, distende-a n'esse ponto, de
modo
que
apresentauma
forma
de sacco;
—
fusiforme,
quando
a ruptura das duas túnicas internas sefazendo
em
toda acircumferencia da artéria, a externa vae-se distendendopelo choque do sangue sobre ella, produzindo
uma
dilatação, que,em
vezde
communicar
com
a artéria porum
ponto,communica
por dous;—
dissecante, aquelle que é formado pelo sangue descollando da túnica
media
a externa, e interpondo-se entre ambas, demodo
á apresentar douscylindros
membranosos,
dentroum
do outro.Falsoou enkistado
—
aquelleem
que astúnicasdaartéria rompendo-se,um
sacco de nova formaçãoou
accidental se desenvolveem
torno dosangue derramado. Pode-se formar de duas maneiras:
ou
nomomento
doaccidente o sangue não
podendo
ser detido poruma
compressãometho-dica derrama-se e infiltra-se na espessura dos tecidos, constituindo nos
primeiros tempos
um
tumor
diífuso muitopouco
reductivel, e pulsátilsomente
em
sua parte central, eque
depoispouco
apouco
o sangueinfiltrado é absorvido, e o
derramado
na visinhança da ferida se enkistaem
uma
membrana
de nova formação;ou
entãono
momento
da lesão osangue sendo reprimido por
uma
compressãoapropriada, tudo parece entrarlumnr
se manifesta no logar da lesão, e vae crescendo gradualmente.No
primeiro caso elle é falso primitivo; no segundo falso consecutivo.
Renhida questão tem-se suscitado acerca da origem do sacco d'esta
ultima espécie de aneurismas falsos.
Uns
pensãoque
a reuniãodos bordosda ferida arterial se
tem
effectuado por meio deuma
cicatriz poucoresis-tente para supportar a pressão da colurana sanguínea,e que esta cicatriz se
tem
deixado distender gradualmente para formar o sacco. Outros, que aabertura simplesmente obliterada por
um
coalho, se tornou permeávelquando
esse coalho desprendeu-se ou foi absorvido; e então osangueextravasando-se pouco a pouco no tecido cellular formou
uma
cavidade,onde
ao depois enkistou-se. Outros, ainda,suppõem
quea ferida da túnicaexterna se cicatriza só, e o sangue derramando-se entre as túnicas media
e externa, levanta esta e a recalca debaixo da forma de sacco.
Não podemos
expender a nossa fraca opinião áesse respeito, porquea sciencia ainda não apresentou o seu idtimatum;
mas somos
inclinadosa crer que,
quando
otumor
apparece no fim de algumas semanas, ésempre
devido aum
coalho que obliterava o orifício da artéria, e quesendo absorvido ou desprendido deo lugar ao seo desenvolvimento.
No
caso,porem,
d'elle desenvolver-sc annos depois, que éuma
cica-triz
que
tem
cedido a pressão sanguínea.A
ultima hypothese nãopode-mos
admittir, porque então oaneurisma que se forma seriaum
mixtoexterno e não
um
falso consecutivo; etambém
porque nãovemos
razãopara a túnica externa cícatrisar-se e não as outras.
Kistogeneo
—
aquelle que se desenvolvequando
um
kisloformando-senas paredes do vaso, e rompendo-se para o seo interior, o sangue
vem
oceupar a capacidade do kisto, sendo o sacco a
membrana
domesmo
kisto.Os
diffusos são de dous modos: ouas túnicas daartéria rompendo-seo sangue derrama-se nos tecidos e
em
torno d'este sangue se formaum
sacco, que ulteriormente
vem
circunscrever o derramamento; ou entãoum
aneurisma circunscripto se
rompe,
e derrama-se nos tecidosuma
quanti-dade maior ou
menor
de sangue.No
primeiro caso denomina-se diffusoprimitivo: no
segundo
diffuso consecutivo.Os
arterio-venosos são quasisempre
devidos ao ferimento deunu
artéria e de
uma
veia.—
6
—
Esse ferimentopode interessar
um
ponto da artéria e outro da veia,dois da artéria e
um
da veia, dois da veia eum
da artéria.No
primeiro caso, os bordos da ferida arterialpodem
co!lar-se aos da venosa e deixar entre os dois vasos uniacommunicação
franca;ou
oque
se dá maiscommummente,
pode apresentar-se entre os dois vasosum
derramamento,
em
torno do qual forma-seum
sacco quecommunica
porum
ladocom
a artéria e pelo outrocom
a veia.Quando
os dous bordos deambas
as feridasse coilão, o sangue passapara a veia, e termina por dilatal-a; chama-se a esta dilatação varice
aneurismal ou phlebarteriasimples.
Quando
os dous bordosaindase colião, e o sangue passando para a veia formaum
tumor
circunscriplo, chama-sea este
tumor aneurisma
varicoso.Quando,
emfim,o sacco forma-se entre os, dois vasos denomina-se o aneurisma varicoso enkistado intermediário.
No
segundo caso os bordos da ferida arterial contigua se adaptão para deixar
uma
communicação
entre aquelles vasos, e o sanguederramado
pela outraferidaarterial, seenvolve de
um
sacco de nova formação, oqual cofniBunicadirectamente
com
a artéria e indirectamentecom
a veia.Chama-se
a estevaricoso enkistado arterial ou aneurisma de Rodrigue.
No
terceiro caso, otumor
forma-se do lado da veiaconforme
Omesmo
mechanismo
citado para a artéria. Este édenominado
varicosoenkistado venoso ou de Berard.
Para
que
fique mais claro, e gravado se torne oque
acimaexpen-demos, apresentamos
um
pequeno
quadro contendo adivisão que abraçamos.Aneurismas
arterio-ve-(Varice aneurismal. . . . Enkistado intermediárioAneurismas
arteriaes Circunscriptos. . Enkistadooufalso jPrimitivo Kistogeneo, (Consecutivo. Primitivo. Consecutivo. Diffusos nesos. iAneurisma
varicoso . . J lEnkistado arterial « venoso.SEGUNDA
PARTE.
Tratamento,
Os
meios de que os cirurgiõestêm
lançadomão
até hoje para curar esta terrível enfermidade,podem
ser divididosem
duas grandes classes:methodos directos,
que
obrão directamente sobre o tumor; eem
methodosindirectos,
que
não ob*rão senão secundariamente, isto é, por intermédioda circulação.
Os
primeiros dividem-seem
methodos
quetem
por fimsupprimir o tumor,
como
o de Antyllusou
da abertura do sacco, o dePurman
ou da extirpação, e omethodo
da cautcrisação; eem
methodos
que
tem
por fim modificar omesmo
tumor
como
o dos estipticos ouadstringentes, o de Larre// ou das
moxas,
o deMalgaine ou
da suturaentortilhada, o da
apunclura ou
de Velpeau, omethodo
endermico, o damahuação
ou de Fergusson, o da galvano-punctura oumethodo
de
Guerard
e Praça:,o da applicação do calorou
deEverard-Home,
o dosrefrigerantes, o da compressão directa e o das injecções coagulantesou de
Montcggia.
Os
segundos são: omethodo
de Walsalca, o de Anel,ou
da Brasdor, o da duplaligadura e o da compressão indirecta..METHODO DC ANTYLLUS.
Antyllus, cirurgião do segundo século da era christã, foi
quem
primeiro
mostrou
conhecimentos da pathologia e tratamento dosaneu-rismas, publicando o resultado de seos estudos e observações sobre esta
enfermidade.
Segundo
elle, os aneurismas erão divididoscm
aneurismas pordila-tação,
onde
não se manifestava ruido de folie, eem
aneurismas porderramamento ou
ruptura das artérias.Os
processosque
elle.empregava
divergião segundo o aneurisma pertencia a
uma
ou outra das duasclasses;mas
tendosempre
cm
vista abrir o tumor, visto que naquelletempo
osangue passava
como
um
principio deletério que convinha eliminar do organismo.A
maneira pela qual operavaum
aneurisma por dilatação era—
8
—
a seguinte: primeiramente fazia
uma
longa incisão na pelle, cortava todosos tecidos subjacentes até o tumor, dissecava este por todos os lados,
passava
uma
tenta por baixo lendoem uma
extremidadeuma
agulhacom
um
fio dobrado, o qual logoque
passava para o outro lado era cortado,ficando dois tios livres;
um
passava para o ponto da artéria superior econtíguo 30 tumor, e ahi era deixado; o outro era levado para baixo do
tumor
e collocadoem
um
ponto damesma
artériaabaixodomesmo
tumor:feito isto, ligava a artéria nos dois pontos, e procedia a abertura do sacco.
No
caso deum
aneurisma porderramamento,
ligava a artéria acimae abaixo do tumor,
comprehendendo
na ligadura todos os tecidossobreja-centes, e excisava a porção intermédia ás duas ligaduras. Este processo
foi
promplamentc
banido da cirurgia por serimmensamente
bárbaro ecruel, persistindo, porem, o outro applicavel á todos os aneurismas por
dilatação, qualquer
que
fosse a região onde se apresentasse, excepto nasregiões do pescoço, inguinal e axyllar.
Aécio no quinto século praticoueste
methodo
tendo, porem, a precauçãode passar
uma
ligaduraem
um
ponto da artéria superior aotumor
eduasoutras
uma
logo acima e outra logo abaixo.Com
esta modificação opro-cesso immediatamente passou a pertencer a Aécio, e o
nome
de seoverdadeiro author foi lançado ao esquecimento.
Não
havendo rfaquelletempo
conhecimento exacto da circulação, epor isso diííiculdade na ligadura das artérias, o processodeAntyllns foi-se
restringindo de
modo
a não ser maisempregado
senão nos aneurismas dacurva dobraço. Nesse estado passou elle para os Árabes, e por fim
per-deo-se totalmente, de maneira que pouco
tempo
antes da epocha dorenascimento o aneurisma era tido por incurável,
ou
então curavelsomente
pela amputação.No
século 17.° Paulo d'Egina, tendo sciencia da obra de Antyllus.onde se achava o seo processo, publicou-a debaixo de seo
nome,
fazendoassim perder á aquelle grande cirurgião o direito da invenção.
Desde es<e
tempo
até1710,
tempo
em
que
Anel descobrio o seonovo methodo, o antigo ou de Antyllus era seguido exclusivamente,
mas
sempre
restringido, até que pela descoberta do torniquete de Morelpoude
cirurgião, modificado, porem, da maneira seguinte:estabelece-se
uma
com-pressão solida sobre a artéria na raiz do
membro,
pratica-se sobre otumor
uma
longa incisão, abre-se o saccoem
toda a sua extensão,esva-zia-se-o inteiramente, descobre-se o orifício do aueurisma, introduz-se por
elle
uma
sonda que vai ter a extremidade superior da artéria, isola-se-anesse ponto, e envolve-se-a de
uma
ligadura, que se aperta depois deter tirado a sonda; faz-se o
mesmo
na extremidade inferior, e se terminaintroduzindo bolas de fio nesta
enorme
ferida.O
methodo
de Antyllusou
antigo hoje se acha quasi inteiramentebanido da pratica por causa de ser muito longo, doloroso e difficil. Se o
operado não
morre
immediatamante, acha-se exposto a accidentesterríveiscomo
sejão: a gangrena domembro;
hemorrhagias provenientes da quedadas ligaduras;
uma
suppuração longa e abundante, que vai-lhe esgotandoas forças; phlebites; arterites;
phlegmões
diffusos; erysipelas e muitasoutras complicações. Entretanto ainda hoje alguns cirurgiões vão pedir
auxilio a este methodo, somente
com
a modificação da não aberturado sacco.
METHODO
DE PURMÀN.O
methodo
dePurman
consiste na ligadura da artériaacimaeabaixodo
tumor
e na extirpação (Veste.Este processo tem sido muito pouco empregado, e hojese acha
intei-ramente repellido da pratica, não só porque ha outros que lhe levão
immensa
vantagem,como
poique expõe odoente á todos os accidentes domethodo
anterior.METHODO DA
CAUTERISAÇÃO.A
cauterisaçãoempregada
como
meio
curativo dos aneurismastem
sido praticada pelo cautério actual e pelo potencial.
Marco
Aurelio Severin foiquem
primeiramenteempregou
o cautérioactual, seo único intento era determinar
uma
coagulação dc sangue;mas
não só isto não se
obtém
senãoem
pequenos tumores deartérias pequenas—
10
—
e superficiaes,
como
também
arrasta comsigo todas as funestasconse-quências dos
methodos
anteriores, e mais ainda as deuma
profundaqueimadura
interessandouma
artéria,que
não se acha ligadanem em
cima e
nem
em
baixodo tumor.O
cautério potencial foimeio
descoberto e usado por charlatães atéque
Wiseman
lançoumão
d'elle e applicou-o. Depois deWiseman
cahioem
completo olvido, esomente
em
1811
reviveo nasmãos
de Girouards para de novo voltar ao esquecimento.Girouards applicava o cautério potencial da maneira seguinte: collo
-cava sobre o
tumor
uma
camada
demassa
de Vienna: logoque
estatinhafeito estragos consideráveis, retirava-a,
comprimia
a artéria acima dotumor
pormeio
do turniquete, e deitava sulfato de zinco até penetrar notumor,
ou
se isto não succedia, abria-o e enchiade cylindros de sulfatodezinco. Este processo alem dos inconvenientes dos anteriores possue os
que
lhe são annexos á abertura dotumor
poruma
eschara profunda, e nãopode ser applicado sinão á tumores de vasos insignificantes e superficiaes.
METHODOS
ESTIPT1G0, REFRIGERANTE E ENDERMICO.Estestres
methodos
quasisem
importância presentementepodem
serreunidos conjunctamente,visto
como
pela sua insignificância nãomerecem
ser tratados
em
capítulos especiaes.A
agoa de Rabel, o tanino, o vinagre e muitasoutras substancias deacção estiptica
têm
sidoempregadas
como
meios curativos para osaneu-rismas;
mas
estemethodo
pouca ounenhuma
consideração deve merecer,porque a tonicidade da fibra arterial, único fim
que
se quer alcançar pormeio
d'elle, não se pode obter absolutamente, attendendo a pouca forçaou energia de taes meios,
em
relação a muita deque
se ha mister.A
Itália foi o primeiro paizem
que
foiempregado
omethodo
dosrefrigerantes; depois Portugal, terra ondefoi
bem
conhecido egeneralisado.Consistia nesse
tempo
noemprego
do gelo sobre o tumor;porem
mais tarde Guerin de Bordéos,
que
passou por inventor d'estemethodo,
antesque
Monro
tivesseescripto a respeito,empregou
substituindo ao gelopannos
embebidos
em
agoa avinagrada; mais tarde,porem,
voltou-se ao11
—
Tres sãoas opiniões de que osauthores tem lançado
mão
paraexplicaro
modo
de acção dos refrigerantes:uma
consisteem
supor que o geloproduz nas paredes do sacco a
mesma
retraçãoque
se nota na pelleem
que elle é applicado; outra explicaa cura peladecomposição do sangue
em
rasão do frio, decomposição que produz a coagulação desde
que
o liquidopenetra no sacco; finalmente a outra é a
que
recorre a inílammaçãocomo
causa productora da coagulação.
A
primeira ainda que fosse exactaem
seofundo não se podia applicar senão aos aneurismas de sacco.
A
segundanem
merece
a honra de refutação.A
terceira é a que nos parece melhor,se o liquido podesse produzir o seo effeitoemtumores grandese profundos,
e não limitasse para os superficiaes e pequenos e ainda assim a pratica
nos
vem
demonstrar que não nosdevemos
fiar nos refrigerantes somente,e
manda-nos empregar
outros meioscomo
—
omethodo
de Walsalva, acompressão, etc.
O
methodo
endermico é aquelle quetem
porfimadesnudação daepi-derme
pormeio
deum
cáustico e a applicaçãode certas substanciassobre a derme. Apesar do Sr. Broca achar estemethodo
muitobom, comtudo
não se apresenta
um
só caso de cura pormeio
d'elle; e se é porque ellecura varices não se segue que cure aneurismas.
No
caso, porém,que
se dê isto, a inílammação é o únicomeio
peloqual
podemos
explicar o curativo.METHODO DA
COMPRESSÃO DIRECTA.A
compressão directa, conforme seonome
indica, é aquella que seapphca sobre o
tumor
aneurismal. Ella é applicadacomo
meio paliativo e curativo.No
primeiro caso aperta-se otumor
com
uma
chapametaliica presacom
ataduras. Este uso é terrível e acarreta sérios inconvenientes, porquenão só o
tumor
toma
tendências a destruir os tecidos profundos,como
também
tirando-se á pelle a facilidade de mover-se ante as pulsações do tumor, este adherepromptamente
ámesma.
No
segundo, omodo
de acçãotem
sido diferentemente interpretado.Uns
explicão pelorepouso dotumor
—
12
—
pelo poder que dá ás túnicas arteriaes de se contrahirem. Outros, ainda,
entendem
que ao esvasiamento dotumor
é que se deve a cura. Outros,emfim, adoptando esta ultima opinião, julgãoque,
quando
mesmo
já existãocoágulos, estes se dissolvem e são arrastados pelo sangue.
Não
gastaremostempo
em
refutar theoriassem
base,porque
nãopo-demos
desperdiçar tempo.Paulo Broca explica a questão do seguinte
modo:
1.° pela formaçãode coágulos passivos, que são produzidos por
uma
inflammação propagadaao sacco aneurismal; 2.° pela formação de coágulos activos, cousa
que
nãopodemos
acceitar, porquepara haver deposito de fibrina é precisoquehajacirculação ainda
que
lenta, e é justamente oque
não se dáno saccocom-primido; 3.° retração das túnicas do sacco,
phenomeno
mal observado, eque na opinião do Sr. Broca
pode
dar-seem
qualquer aneurismapequeno
e recente
em
que asconcreçõesnão tenhãoalteradoaspropriedadesphysicase vitaes do
mesmo
sacco.Este processo
tem
o inconveniente de produzir dores atrozes e oachatamentodo tumor, favorecendo, por conseguinte, a destruição dos
teci-dos profunteci-dos, a interrupção da circulação collateral, trasendo
como
con-seqeuncia a gangrena e o esphacélo.
Duvidamos
muito da cura por estemethodo.METHODOS
DE LARREY, DE MALGAINE, DE FERGUSSON, E DE EVERARD-HOME.Todos
estes quatro methodos cuja importância é quasinenhuma,
po-deríamos ter deixado passar
em
silencio,mas
preferimos daruma
idéaaindaque ligeira, e para isso trataremos cTelles
em
um
só capitulo.Larrey applicava sobre a pelle que cobre o
tumor
moxas:Seu
modo
de acção, ou o que soo author emais tarde Lisfranc queo abraçou,
preten-derão queelle fosse capaz de produzir, era
uma
inflammaçãoque
da pellese
communicasse
ao sacco aneurismal. Pelas experiênciasque
setem
feitoacerca deste processo, vê-se
que
tal inflammação não se propaga ao sacco,e
mesmo
que
sepropagasse ella não pode determinar a cura do aneurisma,salvo excepções
mui
raras que nãocompensão
os perigosque
se correno
—
13
—
Malgaine traspassava o
tumor
em
muitos pontoscom
alfinetes, esobreelles fazia
com
uma
linhauma
sutura entortilhadacomo
se faz no beiço delebre.
Este methodo, segundo seo author, obra diminuindo o
tumor
eprodu-sindo
uma
inflammação que oblitera o resto;mas
defacto elle nadaproduzdo vantajoso, tanto que é universalmente repellido.
Fergusson
machucava
otumor
em
todos ossentidosdemodo
areduzira pequenos fragmentos todos os coalhos que, acarretados pela circulação
vão obliterar a artéria
em
um
ponto inferior ao tumor, e produzir a cura,conforme os princípiosdeBrasdor.
Este
methodo
se acha hoje inteiramente repellido, porque não só 6muito difficil,
como
porque trazinconvenientesterríveis,como
sejão—
a rti[-tura do sacco, a inflammação consecutiva, que é
sempre
extraordinária, onão poder-se saber se a fibrina depositada no sacco é frágil, e ainda a
divisão dos fragmentos ser igual.
Everard-Homc
introduzia alfinetes no tumor, e aquecia-os até obranco. Este
methodo
não presta, porque os coágulos que elle forma sãopassivos e facilmente se dissolvem edesapparecem.
METHODO
DE VELPEAU.O
methodo
de Velpeau, descobertoem
1830,consiste na introducç^ode alguns alfinetes no sacco aneurismal.
Somente
com
istojulgao illustre cirurgião francezfazercurar oaneu-risma,porque
em
tornoda extremidadedosalfinetesaglomerão-seconcreções(ibrinosas, que, retirados os alfinetes, ficão servindo de núcleos a novos
depósitos que, pelo correr do tempo, obliterãocompletamente o tumor.
O
resultadoque
o Sr. Velpeau annuncia,em
parte se obtém,em
parte não.
Tem-se
visto, é verdade, que o deposito fibrinoso se formaem
torno dos alfinetes;mas
o que se não tem visto é estes depósitosencher o sacco, por quanto sendo do forma irregular deixão entrarsangue no tumor, sangue que não
podendo
ahi circular, coagula-se evem
d'estemodo
misturar o coalho fibrinosocom
o passivo,que ésempre
prejudicial.—
14
—
banidos da cirurgia, visto
que
nenhum
resultado apresenta, e expõe odoente a perigos
como
hemonhagias
posteriores á sabida dos alfinetes.METHODO
DEGUERÀRD
E PRAVAZ.Em
1831, Guerard
teve opensamento
dj, appliear à cara dos
aneu-rismas o gavalnismo
ou
aelectricidade, que por Pravaz applicada aumôvo
produzio a coagulação da albumina, especialmente no polo positivo; e
que
applicada a animaes e
mesmo
no sangue vivo,como
provão as observaçõesde Pravaz, produsio
um
coalho. Nessa epocha, pois, os dous médicosque
derão seu
nome
a este methodo,um
por ter primeiro applicado aelectri-cidade ao sangue animal, e o outro por tel-a applicado aos aneurismas, foi
que
erigirão a galvano-puncturaem
meio curativo dos aneurismas.Muitas observações se fizerão depois dessaepocha, e os resultadosnão
forão inteiramente desfavoráveis.
O
fim do processo deGuerard
e Pravaz é obter a coagulação, oque não se pode negar que se
obtém
por este methodo;mas como
sepoderá explicar este
phenomeno
da coagulação?O
Sr.Konheta
é depa-recer
que
a coagulação é pura e simplesmente devida ao calordesenvol-vido pela electricidade, não reflectindo, porém,
que
nos coágulosque
seformão ha mais que albumina, ha
também
fibrina eglóbulos, sobreque
ocalor não
tem
acção coagulante.O
Sr. Broca entende que o coaguloou
êresultado da acção eléctrica
immediatamente
depoisque semanifesta, eque
não se
pode
explicar; ou então é consecutivo áuma
inflammaçãoque
apparece
em
consequência da galvano-punctura.Dous
pontos temos, pois, á estudar, cadaum
com
maior
attenção.Segundo
uns, o coagulo primitivo é exclusivamente albuminoso;se-gundo
outros completamente fibrinoso, segundo muitos mixto.Quem
tiver o cuidado de examinarum
coagulo electro-galvanico,diz o Sr. Broca, verá
que
todas as opiniões são infundadas;com
effeito, aquelles coágulos são molles,
um
pouco elásticos, e deuma
côr arroxada procurando á preto.Se
assim é,como
ser este coaguloex-clusivamente albuminoso?
Como
completamante fibrinoso emesmo
passivo?—
15—
conter,
como
é provado, além da albumina, grande quantidade de fibrina,de glóbulos e
mesmo
de sangue puro. Para cahir por terra ossustenta-dores da segunda opinião bastão as razões apresentadas refutando a
pri-meira.
Quem
lêr o Sr. Broèa fioa á toda evidencia acreditando que ocoa-gulo não é activo
nem
passivo,mas
uma
e outra cousa aomesmo
tempo.Ora, se assim é, o
methodo
deGuerard
e Pravaztem
todas ás vantagensd'aquelles que determinão
uma
coagulação activa, e todas ás desvantagensd'aquelles
que
dãouma
coagulação passiva.Quanto
ao consecutivo, asvantagens não contrabalanção as desvantagens; e basta reconhecer-se que
o coagulo suppõe a existência de
uma
inflammação do tumor, para sereconhecer os inconvenientes e
mesmo
os accidentes a que este factopode
dar lugar.
Pelo
que
fica expendido,somos
de opinião que estemethodo tem
tanto de vantagens
como
de desvantagens, e as estatísticasprovam
exhu-berantemente este nosso juizo.
O
modo
de o pôrem
pratica é o seguinte: escolhe-seuma
machinade pouca força, introduz-se até o interior do
tumor
um
numero
sufíicient3de alfinetes, de
modo
que não se toquem, para que assim a correnteelé-ctrica estabeleça de uns para outros por entre o sangue. Estes alfinetes,
em
numero
par, são reunidosem
dous feixescommunicando
um
com
o pólopositivo, e o outrocom
o negativo da pilha.Estando tudo assim, dâ-sca descarga conservando-seacorrente o
tempo
que se quer, e
mesmo
repeti-las se houver necessidade.METHODO
DE MONTEGGIA.Monteggia foi
quem
primeiro teve a idéa de coagular o sangue noin-terior de
um
aneurisma por meio de injecções.A
principio elle usou deálcool, tanino, eoutras substancias coagulantes,
mas
nãosabemos
porqueseu
methodo
foi abandonado, atéqueem
1835
Le
Roy
deEtiollesprocuroupo-lo
em
pratica substituindo as injecções pela acupunctura. Depois deLe-Rov,
Wardrop,
Petrequin eBonchut
o empregarão, os dous primeirosusando do acido acético e o ultimo do acido sulfúrico.
—
16
—
seu gabineteque a única substancia que podiaservir erao percbloruretode
ferro, poisreunia
em
alto gráo as tres condições indispensáveis áuma
boa injecção coagulante, as quaes são: coagulação rápida; coagulo persistente,ainda
que
não completamente, e pouca irritabilidade dos tecidos.Des-longchamps
foiquem
applicou pela primeira vez no vivo, e depois d'elleNiepce e Serres, tendo todos os tres casos o mais feliz resultado.
Este
methodo
adquirioum
credito espantoso pelos successosapresen-tados,
mas
poucotempo
depois apparecendo alguns revezes elle foilan-çado ao esquecimento.
O
manual
operatório é o seguinte—
comprime-se
aartéria acima e abaixo do aneurisma, penetra-se este
com
um
trocater, epela cânula do trocater i-njecta-se
com
a seringa de Pravazuma
solução depercblorureto de ferro de
46
grãos,segundo Pravaz,30
segundo Giraldes,15
á20
segundo Broca. Depois da injeçãosacode-se o tumor, e depois de 15 a20
minutos retira-se a compressão da. artéria.Este processo não é máo,
quando
é feito pela seringa de Pravazmo-dificadapor Gharrière,
mas tem
seus inconvenientescomo
sejam—
ainflam-mação
do tumor, que pode terminar pela gangrena, e d'ahi hemorrhagiasquasi fataes.Ainda mais os coágulos que se formãosãogeralmentepassivos,
dissolvendo-se por conseguinte pouco
tempo
depois no sangue.METHODO
DEWALSALVA.
Walsalva é hoje conhecido
como
author domethodo
de tratamentomedico
dos aneurismas.O
fim destemethodo
é diminuir a massa sanguinea edemorar
acir-culação.
O
seu author para istoempregava
sangrias, dieta rigorosa emedi-camentos.
À
sangria,segundo Pelletan,deveserpequena
e repetida muitas vezes para não produzir syneope; Chomel, e juntamente Porter, pensãoem
con-trario, e aconselhão sangrias grandes
que
determinem
syneopes, porquefasendo esta estagnar o sangue no tumor, permitte-lhe coagular-se.
Esta opinião é mais
qua
extravagante,porque
nãosabemos
como
em
—
17
—
formar
um
coagulo; ao depois dê-se a hypothese que o coagulo se forme,de que natureza será elle?
Não
será passivo corno todo o coagulo devido aestagnação do sangue?
De
certo que sim.A
dieta eraempregada
de maneiraquefossegradualmente diminuindoa ponto do doente não ingerir por dia maisde meia libra de caldo.
Os
medicamentos erão substancias adequadas para diminuir aquan-tidade e força circulatóriado sangue
como
adigitalis, os purgativos, etc.Com
estes tres meios juntos e continuados até o doente não podersuspender o braço, Walsalva conseguio curar muitosaneurismas, e porque encontrou
em uma
autopsia o sacco retraindo, concluio que oseomelhodo
tinhaporfim diminuindo aimpulsão dosangue, permittir ao saccoretrahir-se.Contra aopiniãode Walsalva levanta-seHodgson, dizendo que quando
isso fosse exacto para os aneurismas verdadeiros, semelhante theoria
nunca poderia abranger os traumáticos; e entrando na explicaçãodisseque
o
methodode
Walsalva curava osaneurismas porque diminuía a circulaçãodo sacco, diminuição que permittia o deposito fibrinoso, e cVahi a
oblite-ração do sacco. Esta opinião é geralmente acceita,
mas
Broca faz-lhealguns reparos. Diz elle que para se formar o coagulo fibrinoso são
necessárias duas condições: lentidão da circulação: abundância de fibrina
no sangue:
que
omethodo
de Walsalva,com
eííeito, preenchea primeiracondição;
mas
que à segunda é inteiramente desfavorável, vistocomo
empobrece
o sangue de fibrina, e esta não se regenera tão facilmentenas condições
em
que se achâo submettidos os doentes á aquellemethodo.
Este
methodo
não deve ser acceito senãoem
ultimo recurso,equando
não se possa lançar
mão
de
outro qualquer.MFTHODO
DE ANEL.O
methodo
de Anel remonta de1710;
foi ellequem
primeiro fezapplicaçao da ligadura superior
com
o fim de curar o aneurisma,sem
abrir o sacco e
nem
seguir omethodo
de Antyllus. Estemethodo
nãopodendo
resistir enem
lutarcom
o que então existiaem
moda,
cahioem
olvido.—
18
—
fizerão ressuscitar este methodo,
que
d'ahi para cátem
gosado de honrasexageradas.
Dessault foi
quem
em
França primeiro applicou este methodo,bem
como
foi Hjunferquem
primoiro oempregou
na Inglaterra; e ainda (pieos inglézes queirão para
—
seo patrício as honrasda prioridade, não éhojeduvidosoqueDessaulté
quem
atem
por direito, vistoqueDessault oempre-gou
em
junho de1785,
e Hunterem
dezembro
domesmo
anno. Entretanto,entre os dois cirurgiões não
houve
uniformidadena applicação do methodo;Dessault ligou
como
Anel logo acima do tumor,em
quanto queHunter
ligou a artéria distante do
mesmo
tumor.O
manual
d'estemethodo
con-siste
em
descobrir a artéria acima do tumor,sem
tocar neste, isolal-a detodas as partes visinhas, e ligal-a
com
um
fio fino, segundo uns, grosso echato segundo outros.
Os
effeitos d'estemethodo
dizem respeito á artéria ligada e tecidoscircumvisinhos, á circulação do
membro
do ponto ligado para baixo, ásmodificações do sacco.
l.°
—
A
maioria dos médicos,suppondo
que a ligadura cura oaneu-risma, determinando, alem da êxtase do sangue no sacco, que permitte a
formação dos coágulos,
uma
inflammação açlhesiva nas túnicas da artéria,que nunca mais permitte a passagem do sangue para o dito sacco,
enten-derão por esta rasão que aligadura deve ser tal que corte as duas túnicas internas, e por isto
recommendão
que seja de fio fino; esta acção,porem,
não é da ligadura,
mas
sim a seguinte. Interceptadoem
um
ponto daartéria a
communicação
do sanguecom
otumor, formão-se dois coágulospyramidiaes de bases voltadas
um
para o outro, e sendoum
superior eoutro inferior; são estes dois coágulos que obliterão a artéria, e não
como
se pretende a adhesão desuas túnicas; é, pois, indiííerente
que
a ligaduraseja fina ou grossa, chata ou roliça.
Ligada
uma
artéria e passados alguns dias, de8
a 18, o fio corta a artéria, e nestas circunstancias, se oscoágulos não sãobem
fixos eresis-tentes,
podem
sobrevir hemorrhagias terríveis, pela extremidade superiorou
pela inferior, sendo mais frequente dar-se pela extremidade inferiorpelo processo de Hunter, visto
como
existem collateraes, entre otumor
ede-—
19
—
terminar
uma
phlebite purulenta,uma
nevrite, não fallando dos acidentespróprios da ferida
como
sejão—
erysipela, phlegmão, tetanos, etc.2."
—
Quando
uma
artéria é ligada,o sangue penetra pelas collateraese vae-se espalhar nas partes inferiores do
membro.
As collateraes são deduas espécies: arteriaes ou aqnellas que a anatomia nos demonstra, ou
superfipiaes que somente o microscópio revelia.
Quando
as primeiras só por sipodem
levaruma
quantidadesuffi-ciente de sangue para nutrir o
membro,
atemperatura depois da ligaduraabaixa consideravelmente,
mas toma
depois o gráo natural ou equivalentedo resto do corpo.
Nos
casos oppostos,ou
omembro
não volta mais ao seo primeiroestado de abaixamento de temperatura, e por falta do vida cabe
em
esphacélo, ou o sangue que
sempre
aíflue para o ponto onde hame-nos tensão, busca chegar a todo o custo ásextremidades do
membro,
e então penetrando pela rede capillar determina
uma
elevação detempe-ratura sensível, que os ignorantes julgão de
bom
agouro,mas
para osprá-ticos, porém, nãosignificasenãoquenãohaanastomoses arteriaes sufficientes
para a circulação do
membro,
e que este estáameaçado
de cahirem
es-phacélo, ou pelo
menos
de ficar paralítico eatrophiado.O
methodo
de Anel ainda sob este ponto de vista é superior ao deHunter, porquanto no primeiro ligando-se a artéria immediatamente acima do tumor, não se inutilisa
nenhuma
collateral; entretanto que o segundo,ligando muito acima, inutilisa todas as que ficão enlre o
tumor
e o pontoligado e por tanto maior difficuldade para a circulação secundaria.
3.°
No
processo de Huntercomo
no de Anel o sacco do aneurismaabate-se depoisdaligadura da artéria, e desapparece se elle era reductivei;
entretanto
que
se elle continha concreções fibrinosas apenas abate-sesem
se extinguir:
num
e n'otitro caso, porém, estabelecida a circulaçãosecun-daria esta
communica
com
o sacco, efazque elle de novo se eleve,oqueé
ura
bom
signal, visto provar que ha circulação inferiorao pontoem
queseempregou
aligadura.O
tumor
pode apresentar e deixar de apresentar pulsações, porque osangue arterial pode ter conservado ou perdido o impulso do coração
—
20
—
As
pulsações ou continuãoparasempre, eentão otumor tem
recaindo:ou
desapparecem
completamente, e o aneurisma se acha curado; ou entãopor
algum
tempo
cessão paraapparecerem
de novo.A
explicaçãodeste
phenomeno
ébem
simples. Se a circulação secundaria se fazem
grande abundância e força, de
modo
que o sacco fique cheioenão hajade-mora
do sangue neste ponto, está visto que as pulsações continuarãosem-pre e não ha razão para o aneurisma ficar curado. Se aquella circulação
enchendo o sacco se faz vagarosamente, forma-se
um
coagulo activoque
oblitera o sacco, e então as pulsaçõesdesapparecendo poruma
vez oaneu-risma se acha curado segundo o
modo
de cura espontânea.Se
emfim
a circulação collaleral, penetrando no sacco, renova osan-gue do tumor, forma-se
um
coagulo passivo, que oblitera o sacco e fazdesapparecer as pulsações;
mas
tarde, porém, desenvolvidas asanasto-moses
ea
circulaçãomaisforte, aquelle coagulo se dissolve, osangue entrano sacco e as pulsações se renovão.
Este
methodo
pelos accidentes gravíssimos que temosapontado, e pormuitos outros
como
a inflammação, supuração e hemorrhagias tãofrequen-tes n'elle, parece apesar de levar vantagem a algunsdos
que
temosapre-sentado, ficar inferior aos outros.
METHODO
DAS DUAS LIGADURAS.O
que tinhamos a dizer acerca destemethodo
já apresentamosquando
traíamosdo
methodo
antigo, do qual elle não é senãouma
modificação.Deixamos, pois, de nos estendersobreelle,visto
como
iríamos repassar oque
já dissemos no de Anlyllus ou antigo.METHODO
DE BRASDOR.O
methodo
de Brasdor não é applicado senãoem
casos muito rarosem
que não sepôde
por falta de espaço,ou
por alteração da artéria entreo coração e o
tumor
applicar omethodo
de Anel. Consiste estemethodo
em
ligar a artéria
em
um
ponto mais oumenos próximo
esempre
entre o—
21-Este methodo, segundo a ligadura é applicada immediatamentedepois
do tumor
sem
encerrar collateral,ou
entãoem
um
ponto maisdistante, deforma
que
fique encerrada entre a ligadura e otumor
uma
collateral,vem
a
tomar
no primeiro caso onome
de Brasdor, e no segundo de Vardrop.No
processo deVardrop
os accidentes são quasi osmesmos
que no deHunter; no de Brasdor, o
mesmo
que no de Anel.METHODO
DE COMPRESSÃO INDIRECTA.A
compressão indirecta é aquella que consiste noemprego
dequal-quer instrumento apropriado a diminuir
ou
fazerdesappareceracapacidadeda
artéria aneurismadaem
um
ponto de sua extensão acima ou abaixo dotumor.
O
instrumento deque
se serve quasisempre
éum
apparelho artifi-cial;mas
odedo depessoasintelligentes ecuidadosastem
sido muitas vezesempregado.
A
compressão indirecta por três períodos diííerentestem
passado:período italiano, período francez e período írlandez.
No
primeiro período poucas descobertas se fizerãoacerca destegrande methodo, eessasmesmas
não tinhãoum
fim positivo e principal, esomais
tarde forão applícadas á cura dos aneurismas.
Os
italianos,com
effeito,em-pregarão por muito
tempo
a compressão da artéria acima do tumor,uni-camente
com
o fim de preparar a circulação collateral, para substituir aartéria principal
quando
fosse ligada.Ao
primeiro período, por tanto, só lhe cabe as honras da invenção.Os
francezes applicarão todos os princípios que os italianosestabele-cerão, e a principio forão felizes. Co;n estes successos elles se animarão,
e
em
poucotempo
a compressão indirectaganhou
os annaes da fama,mas
alguns insuccessos
que
se deram, foram causa para que do altoOlimpo
em
que
se achava viesse rojar-se no pó do esquecimento.Este segundo período
tem
o mérito da applicação e de ter provadoque
omethodo
deque
tratamos era susceptívelde curar os aneurismas.Os
irlanclezes,levadosporesta idéa,procuraramestudarprofundamentetodos os vicios da applicação franceza, e forão regenerando a compressão
—
gr-adualmente
na Itália,em
toda a Inglaterra, nos Estados-Unidos, emesmo
em
Françatem
obscurecido os meios antigos usados, e apresentado aes-tatística mais rica
que
até hoje setem
visto. Ellapode
ser applícadaem
um
ponto da artériaou
em
muitos, quer acima quer abaixodo
tumor.Pôde
ser continuaou
intermittente.Em
qualquer doscasos applica-seodedo
ou
entãoum
apparelho próprio que nãocumprima
senão a artéria, oqualapertado possa fazer diminuir
ou
desapparecer a capacidade da artéria.Procura-se para isto
um
ponto solido a que se possa arrimar o apparelho,e contra o qual se
comprima
a artéria.Por
esta razão estemethodo
nãotem
applicação geral a todos os aneurismas,mas
sim áaquellesque
tem
suasède nos
membros.
Conforme
se suppoz seomodo
de acção não é obliterar a artéria,mas
determinar
um
deposito fibrinoso no sacco, fim queseobtém
peladiminui-çãoda intensidade da circulação.
Sobre todos os
methodos
que temos analysado eque
a scienciapossue, a compressão indirecta è o melhor, não só porque não acarretaas
consequênciasdeferidas,
nem
as gangrenas e esphacelosdo
membro, como
também
porque
determina a formaçãosempre
de coágulos fibrinososne-cessários para a cura
que
desejamos.Este
methodo tem
seus inconvenientes,mas
que sepodem
remediar;assim a dôr e a eschara maior
ou
menor
no
pontoem
que
se applicou oapparelho,
podem
desapparecer, usando-se deuma
compressão múltipla egradual, podendo-se ainda suspender a compressão por
algum
tempo»SECÇÃO
oACCESSORIA.
TINCTURAS ALCOÓLICAS
PROPOSIÇÕES.
I.
—
Tincturas alcoólicas sãomedicamentos
resultantes da solução noálcool de
uma
ou mais substancias.II.
—
Podem
ser simplesou
compostas.III.
—
As
substanciasempregadas
para suapreparaçãodevem
serseccase
bem
divididas.IV.
—
O
gráo de concentração do álcool é de grande importância saber-se.V.
—
A
proporção das matérias medicamentosas e do álcool para omaior
numero
das substancias ó de 1: 5.VI.
—
Os
processosempregados
para sua preparação são a soluçãosimples, a maceração, a digestão, a decocção e a lixiviação.
VII.
—
A
decocção é poucc usadaem
razãodemudar
ográo deespi-rituosidade do liquor.
VIII - Sobeiran reprova a lixiviação porque a tinctura não
tem
sem-pre o
mesmo
gráo de concentração. Guibourt a approva.IX.
—
Para seobteruma
tinctura composta, submette-se ao álcool as—
24
—
X.
—
O
álcool não obrasomente
como
dissolvente, obratambém como
conservador, razão
porque
estas tincturas são tão estimadas.XI.
—
Alcoolaturas são soluções provenientes da arção do álcool sobreplantas frescas.
XII.
—
O
álcoolparasuapreparaçãodeveserconcentrado,ehaverpartosSECÇÃO
CIRÚRGICA.
RESSECÇÔES
PROPOSIÇÕES.
I.
—
Ressecção é a operação quetem
por flm tirar parte deum
ossuou mais, deixando intactos os tecidos molles circumvisinhos.
II.
—
Pode
ser feitaem
parte do osso ou na totalidade.III.
—
O
ossopode
ser ressecado quer na sua continuidade, quer nasua contiguidade.
IV.
—
As
causasque
indicam esta operação são physicas e orgânicas.V.
—
O
processo deuma
só incisão devesempre
ser o preferido.VI.
—
A
incisão deve ser feita o mais distante possível dos nervos evasos, e
no
pontoonde
houvermenos
tecidos molles.VII.
—
A
secção do osso deve ser anterior a sua desarticulação nasressecções articulares.
VIII.
—
Quando
nas ressecçõessetem
mais deum
osso á desarticular,deve-se
começar
pelo que dermenos
trabalho.IX.
—
Quando
a ressecção for feita pele processo deuma
só incisãoemprega-se
a serra de cadeia.X.
—
As
ressecções sãoempregadas
geralmente nosmembros
—
2C
—
XI.
—
A
reuniãoimmediata é a únicaque
se deve adoptar, deixando-seem
um
angulo da ferida sahida parao pús.XII.
—
Os
resultados das ressecções são dependentes da idade econs-tituição do individuo, e
também
da natureza da lesão.XIII.
—
Quando
se poder conservar o periosteo ébom,
porque assimSECÇÃO
MEDICA.
TRATAMENTO
DO TÉTANO.
PROPOSIÇÕES.
í.
—
Tétano éuma
moléstia caracterisada pela contracção permanentee mais ou
menos
violenta de todos os músculos voluntários ou de parted'elles.
II.
—
O
tétano se divideem
espontâneo e traumático.III.
—
O
espontâneo pode manifestar-se bruscamenteou
apresentarprodomos.
IV.
—
O
tétano éuma
nevrose.V.
—
Manifesta-se mais nos indivíduos de côr pretado que nos decôi branca.
VI.
—
O
tétanotoma
diííerentesnomes segundo
a parte que invade.VII.
—
A
duração do tétano é curta e termina-se quasisempre
pelamorte.
VIII.
—
As
sangrias no tratamento do tétano são antes prejudiciaesque bôas,devendo-se indicar,
com
tudo, no casode asphixia imminente.IX.
—
O
chloroformio e o ether sãoempregados
sem
successo.X.
—O
opioem
alta dose quer internamente, quer pelomethodo
—
28
—
XI.
—
Os
tónicos e evacuantes são improfícuos, salvoquando
sãoem-pregados
como
indicação especial.XII.
—No
tétano traumático deve-sesempre
dilatar a ferida, eex-trahir, se existe,corpos extranhos.
XIII.
—
Os
clysteres defumo
devem
ser indicado?.XIV.
—
Os
contra-estimulantes, os diaphoreticos, oscontra-spasmo-dicos, a electricidade, os banhos frios e quentes, são meios
empregados
HIPPOCRATIS
APHORISMI.
Vita brevis, ars longa, occasio prseoeps, experientia fallax, judicium
Ad
extremosmorbos
extrema remedia exquesite óptima.Ubi somnus
delirium sedat,bpnum.
Somnus,
vigília^ utraquemodum
excedentia,malum.
Ubi
fames,non
oportet laborare.In morbis acutis
extremarum
partium frigus,malum.
difíicile.
cjuwa^
àx.S^o^Úc
Ae1865.Eikx £Aíy\I^\»vyyuk\c& Êi>WU\^o.b.