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PHD2537 SEMINÁRIO 2011-A GESTÃO DA ÁGUA E A PAISAGEM URBANA PROF. KAMEL ZAHED FILHO PROF. JOSÉ SCARATI MARTINS PROFª. MONICA FERREIRA DO AMARAL PORTO

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PHD2537

SEMINÁRIO 2011-A GESTÃO DA ÁGUA E A PAISAGEM

URBANA

ALUNO: MARCIO YUZO SHOJI NºUSP:7243630

PROF. KAMEL ZAHED FILHO

PROF. JOSÉ SCARATI MARTINS

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Índice

1. Introdução

2. Problemas atuais e possíveis soluções 3. O projeto Córrego Limpo

4. Conclusão 5. Referências

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1. Introdução

A água sempre foi importante para o planeta Terra e seus habitantes. É dela que, supostamente, se originou a vida, e é da mesma que sobrevivemos, utilizando-a em várias aplicações, seja em nossas reações biológicas necessárias para manter-nos vivos; seja em nossa agricultura, para conseguirmos alimentos; seja em nossas indústrias, usando-a em diferentes processos, etc. Observamos que este líquido em discussão é importante para a humanidade, aplicada em diversos usos.

Em nosso planeta, a água respeita um ciclo natural, chamado “ciclo hidrológico”, onde há a evaporação e transpiração, precipitação e escoamento superficial da mesma, dados nesta ordem, geralmente atingindo o mar. Os dois primeiros itens citados contribuem para as chuvas sobre a terra e parte do que ficaria em solo é destinada à infiltração. Dado essa informação, vemos que a natureza é responsável pela manutenção do líquido no ambiente, significando que existe certo equilíbrio entre todos os processos do ciclo hidrológico. Entretanto, o homem, ao introduzir o uso da água em seu modo de vida moderno, interfere nos processos físicos naturais do líquido em questão de diversas maneiras, interferindo no seu equilíbrio natural e acarretando sérios problemas de gestão hidrológicos, muitos de difícil solução ou irreversíveis.

Tendo isso em mente, este trabalho visa discutir a gestão da água, dado a situação descrita no parágrafo anterior, mesclando paisagismo e urbanismo à questão, para que haja uma melhora ambiental, ao mesmo tempo em que se leva o cidadão a uma disponibilidade de gestão hídrica melhor e necessária, elevando seus padrões de vida.

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2. Problemas atuais e possíveis soluções

Observamos diversos problemas quando a gestão de águas em cidades vem à

discussão, geralmente apresentados pela mídia. Enchentes; esgotos não-tratados ou com falta de serviço de saneamento básico oferecido; rios e córregos poluídos, etc. Toda vez, em certa época do ano, no Brasil, vemos notícias sendo veiculadas sobre catástrofes ou problemas envolvendo isso tudo. Muitos destes observados estão relacionados às questões urbanísticas, sendo esta causa ou conseqüência direta. Soluções sempre são encontradas, entretanto sua aplicação nem sempre é fácil, pois envolve uma série de fatores, envolvendo a realidade vivida na paisagem urbana.

Atualmente, tem-se desenvolvido diversas técnicas e tecnologias para a gestão de águas, aliando-se a preservação do meio ambiente. Com isso, observamos que, em muitos projetos, há a preocupação de manter a paisagem natural e recuperar áreas degradadas. Juntando isso tudo à paisagem urbana, o que temos é uma tendência de vincular o natural ao meio urbano, utilizando-se desta para solucionar problemas hidrológicos, tal qual como trazer revitalização a certos lugares fazendo uso dos impactos visuais e ecológicos que um ambiente verde bem cuidado provoca.

Dentro da questão discutida ainda no parágrafo anterior, vale ressaltar as técnicas de manutenção do meio, como a recuperação de matas ciliares, atuar com procedimentos de revitalização das margens, visando sempre, tanto reduzir o impacto ambiental como o impacto visual, assim com os impactos urbanos, como enchentes e poluição; quanto os aspectos sociais, como deslocação de famílias de áreas de riscos para regiões mais adequadas a moradia.

Dado o aspecto social em questão, isso tem se mostrado um problema para os atuais projetos de gestão de água. Muitas áreas localizadas perto de rios, córregos e lagos são invadidas indevidamente, e para desocupar todas essas pessoas, que não possuem nenhum outro lugar para morar e que são socialmente desfavorecidas, é muito difícil. A proposta de retirada desta população viria junto a um projeto de conscientização do uso e gestão da água. Esta solução é possível, e teria como resultados a despoluição de certas áreas de rios, córregos e lagos, além de reduzir o número de moradias irregulares, resolvendo um problema

urbanístico muito recorrente em cidades brasileiras. Quanto ao mesmo tópico, ajudaria na revitalização de muitas margens, trazendo um efeito paisagístico satisfatório para aquele ambiente.

Entretanto, dado a realidade descrita anteriormente das pessoas que habitam tais locais, aliado a problemas financeiros (um projeto urbanístico de realocação desta população sairia muito caro), torna esta solução inviável, segundo a realidade enfrentada, mas não impossível, se houver apoio financeiro e uma gestão adequada.

Vale ressaltar que a gestão da água, aliada a preservação ambiental, e logo urbanismo a paisagismo, não é a única opção para resolver os problemas urbanísticos com relação ao líquido em questão. Podemos observar que muitos fundos financeiros ajudaram,

monetariamente, projetos de concretização, como canalização de rios e córregos.

Analisando o conteúdo mencionado no parágrafo anterior, veremos que ações como essas são bem mais baratas e viáveis do que um projeto que envolve preservação do ambiente, pois não há muitos problemas em realocação da população, custos com manutenção,

preservação e manutenção da paisagem. Entretanto, projetos que envolvem concretização de certas áreas não trazem harmonia paisagística ao meio urbano, saindo totalmente do enfoque deste seminário. São úteis dentro de sua aplicação à gestão de águas e problemas urbanísticos, como enchentes, mas não são práticos na questão de paisagem urbana. Um exemplo a ser citado são os piscinões construídos na cidade de São Paulo. Cumprem seu papel, mas não são agradáveis a muitos olhos, pois podem acumular sujeira e mau cheiro, dependendo de sua

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conservação; além de ser possível ambiente vetor de transmissores de doenças, como o mosquito da dengue.

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Exemplo de piscinão

Continuando nossa discussão, concretizar e pavimentar nem sempre é a melhor solução para resolver a gestão da água com relação a problemas urbanísticos, pois pode trazer complicações futuras, como impermeabilização em algumas áreas, ou aumento da velocidade da água em outras, etc. Elas cumprem seu papel, entretanto trazem conseqüências também, além de não proporcionarem uma harmonia paisagística.

Entrando mais a fundo, podemos observar nesta discussão desenvolvida, que a relação homem-natureza deve se manter o mais próximo possível de suas condições originais.

Concretizando uma paisagem, pode-se resolver um problema, mas trarão outros, pois se fica muito longe do natural. Aliando a gestão da água para problemas urbanísticos com a

preservação do ambiente, não somente podemos recriar as condições anteriores daquele meio sem trazer grandes conseqüências às cidades, mas também haverá uma harmonia paisagística no local, segundo tendências modernas. Exemplos a ser citados são os casos do rio Tâmisa, em Londres e o rio Pó, em Torino. Ambos os rios foram despoluídos, cada um com uma maneira diferente, entretanto o que se observa em ambos os casos é que os problemas antes recorrentes a esses rios foram solucionados, que era a poluição, sem trazer outras conseqüências às cidades, além de trazer um grande impacto visual à paisagem local.

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Rio Pó, Torino

Observamos que a preservação ambiental é muito importante, não somente por resolver muitos problemas urbanísticos à gestão de águas, mas por também preservar a cidade como um digno patrimônio público e humano. Apesar de caro, é o que apresenta melhores resultados, sem grandes conseqüências negativas, diferente da solução de concretização de certas áreas.

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3. O projeto Córrego Limpo

Este projeto visa despoluir os muitos córregos poluídos existentes na cidade de São Paulo, fazendo parte de um programa maior, intitulado “Operação Natureza”. Para tanto, está previsto a ampliação do sistema e coleta de esgoto, além da própria despoluição, além de combater redes clandestinas e aprimorar o sistema de saneamento básico, responsabilidade, esta, da Sabesp. À prefeitura, ficará o papel de manutenção das margens destes córregos e da realocação e desapropriação da população que esteja habitando áreas que são importantes para a continuação do projeto. Ou seja, este programa prevê uma melhor coleta e tratamento de esgoto, despoluição dos córregos, assistindo o projeto de despoluição do Rio Tiête e do Rio Pinheiros, além de um programa de urbanização de favelas.

Observamos que uma série de problemas pode ser abordada à gestão de água e problemas urbanísticos, como a própria poluição, enchentes, doenças, etc. Entretanto, observamos também que a solução proposta por esse programa é de preservação ambiental, sugerido diretamente pela despoluição dos córregos e manutenção das margens destes. Vemos que isto é uma boa saída aos problemas envolvidos neste programa, e que não trará resultados negativos como conseqüência. Além disso, podemos esperar uma harmonia

paisagística nos locais, dada a impressão que um ambiente verde e águas limpas provocam nas pessoas, além do mau cheiro e outros incômodos serem eliminados.

Devemos lembrar que as ações tomadas neste programa devem ser integradas, pois a conseqüência de se jogar lixo num determinado local afetará a cidade inteira. Os córregos fazem parte da estrutura urbana e pertencem as microbacias que são interligadas a unidades maiores, conhecidas como bacias hidrográficas.

Em São Paulo, o escoamento das águas, seja limpa ou poluída, é delimitado pelos rios Tiête, Pinheiros, Tamanduateí e Aricanduva, além das bacias que drenam as represas

Guarapiranga e Billings. Isso serve para explicar porque o projeto Córrego Limpo é realizado em conjunto com outros programas, como o Projeto Tiête, de despoluição do rio de mesmo nome, para equacionar o problema em escala metropolitana.

Córrego do programa Córrego Limpo

Observamos na foto acima, que aliando preservação ambiental à gestão de águas e projetos urbanísticos podem produzir um resultado muito satisfatório, tanto funcional quanto paisagísticos. O programa Córrego Limpo é a direta aplicação disto, aliando tudo o que foi mencionado anteriormente.

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- Medindo a poluição

Com a poluição os cursos d' água ficam repletos de matéria orgânica, sendo necessária grande quantidade de oxigênio para manter as bactérias e outros microorganismos que se alimentam destes resíduos. Assim, para medir a contaminação, é utilizado um índice conhecido como Demanda Bioquímica de Oxigênio ou DBO que representa a quantidade de oxigênio dissolvido na água necessário à estabilização da matéria orgânica biodegradável presente.

Os valores são expressos em miligramas de oxigênio por litro e quanto maior o nível de DBO, mais poluição existe na água.

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4. Conclusão

Através de toda discussão desenvolvida ao longo deste seminário, percebemos o quão importante é uma gestão de água adequada. Existem diversas maneiras de abordá-la, e o problema mais recorrente em cidades com relação ao líquido em questão seriam os relacionados ao urbanismo, como enchentes, poluição, esgotos, etc. Há milhares de meios para solucionar isso tudo, como a concretização de certas áreas, por exemplo: piscinões e canalização de certos córregos e rios. Entretanto, nem sempre estas são as melhores situações, pois estas solucionam um problema, mas trazem outros, podendo ser problemas de lixos, aumento da velocidade da água, escoamento superficial, etc.; e quanto mais se concretiza, mais longe da condição original do ambiente se fica, portanto trazendo mais conseqüências. Com isso, percebemos que a melhor solução é a preservação do meio ambiente, ou aliá-la a gestão das águas e os problemas urbanísticos, aproximando-se da condição original do local, em escoamento da água, absorção e velocidade da mesma.

Continuando nossa conclusão, para soluções que aliam preservação do meio ambiente, há muitos outros problemas a serem levados em conta, como: habitação (pessoas

desfavorecidas socialmente invadem áreas de risco, que são geralmente próximas de rios, córregos e lagos) e gastos financeiros. Entretanto, com o apoio devido oferecido, soluciona-se, não apenas o problema hidrológico do local, quanto urbano (moradias ilegais, enchentes, etc.) e paisagístico (um ambiente verde trará harmonia ao local).

De uma maneira geral, a gestão de águas sempre estará relacionada há algum problema urbanístico em municípios, mas a melhor solução é aliá-la à um contexto de preservação do ambiente, pois oferece melhores resultados, além de produzir um resultado paisagístico muito melhor, trazendo qualidade de vida aos cidadãos e fazendo da cidade um lugar melhor para se freqüentar.

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5. Referências http://www.corregolimpo.com.br/ http://www2.sabesp.com.br/projetotiete/ http://www.lbhf.gov.uk/external/la21/articles/stink.htm http://www.the-river-thames.co.uk/environ.htm http://rvirginio.sites.uol.com.br/apoluicaodosrios.html http://www.creaba.org.br/Noticia/335/Sustentabilidade-e-tema-de-evento-que-aborda-os-municipios-baianos-.aspx http://www.bvsde.paho.org/bvsAIDIS/PuertoRico29/olaya.pdf http://www.amda.org.br/objeto/arquivos/273.pdf http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=83034

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