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EURONEXT LISBON, S.A. RELATÓRIO DE GESTÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO EXERCÍCIO DE 2015 CONTAS INDIVIDUAIS E CONTAS CONSOLIDADAS

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(1)

EURONEXT LISBON, S.A.

RELATÓRIO DE GESTÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO

EXERCÍCIO DE 2015 – CONTAS INDIVIDUAIS E CONTAS

(2)

Nota

 Aplicação do Decreto-Lei nº 185/2009, de 12 de Agosto

A Euronext Lisbon enquanto sociedade gestora de mercados cumpre o regulamento 4/2007

da CMVM em vigor, pelo que apresentou o seu último Relatório sobre a estrutura e as

práticas de governo societário em 30 de junho de 2015, e irá apresentar o próximo Relatório

sobre a estrutura e as práticas de governo societário até 30 de junho de 2016.

(3)

A BOLSA PORTUGUESA: FACTOS E NÚMEROS 2015

4

A

B

OLSA

P

ORTUGUESA EM

N

ÚMEROS

-

2015

4

1.

F

ACTOS

R

ELEVANTES DA

A

TIVIDADE DO

M

ERCADO

6

A

DMISSÕES E

E

XCLUSÕES

6

N

EGOCIAÇÃO

6

M

EMBROS DO

M

ERCADO

6

Í

NDICES

6

L

IQUIDAÇÃO E

C

USTÓDIA

6

2.

E

NQUADRAMENTO

E

CONÓMICO E

F

INANCEIRO

7

E

NQUADRAMENTO

I

NTERNACIONAL

7

E

NQUADRAMENTO

N

ACIONAL

8

3.

M

ERCADO ACIONISTA

10

E

NQUADRAMENTO INTERNACIONAL

10

M

ERCADO PRIMÁRIO NACIONAL

13

M

ERCADO SECUNDÁRIO NACIONAL

13

4.

M

ERCADO OBRIGACIONISTA

15

E

NQUADRAMENTO INTERNACIONAL

15

M

ERCADO PRIMÁRIO NACIONAL

16

M

ERCADO SECUNDÁRIO NACIONAL

16

C

AIXA

:

E

MISSÕES DE

O

BRIGAÇÕES

:

E

MPRESAS NÃO FINANCEIRAS

17

5.

M

ERCADO DE

W

ARRANTS

18

E

NQUADRAMENTO INTERNACIONAL

18

M

ERCADO NACIONAL

18

6.

M

ERCADO DE

ETF

S E

C

ERTIFICADOS

19

E

NQUADRAMENTO INTERNACIONAL

19

M

ERCADO NACIONAL

19

7.

M

ERCADO DE

D

ERIVADOS

21

E

NQUADRAMENTO INTERNACIONAL

21

8.

M

EMBROS DO

M

ERCADO

22

9.

S

ISTEMA

N

ACIONAL DE

R

EGISTO E

L

IQUIDAÇÃO DE

V

ALORES

M

OBILIÁRIOS

23

S

ISTEMAS

C

ENTRALIZADOS DE

V

ALORES

M

OBILIÁRIOS

23

S

ISTEMAS DE

L

IQUIDAÇÃO

25

(4)

A ATIVIDADE DA EURONEXT LISBON

27

M

ENSAGEM DO

CEO

27

1.

D

ESTAQUES

F

INANCEIROS

C

ONSOLIDADOS

28

2.

F

ACTOS

R

ELEVANTES DA

A

TIVIDADE DA

E

MPRESA

30

E

STRUTURA E

O

RGANIZAÇÃO

30

N

OVOS

P

RODUTOS E

S

ERVIÇOS

30

P

ROMOÇÃO E

D

ESENVOLVIMENTO

30

I

NTERBOLSA

31

L

ITERACIA

F

INANCEIRA

31

3.

D

ESTAQUES

O

PERACIONAIS DO

G

RUPO

32

4.

M

ODELO DE

N

EGÓCIO

33

5.

G

ESTÃO DE

R

ISCO

33

R

ISCOS FINANCEIROS

34

6.

R

ISCOS E

I

NCERTEZAS

34

7.

R

ESPONSABILIDADE

C

ORPORATIVA

35

R

ECURSOS

H

UMANOS

35

C

OMUNIDADE

36

E

DUCAÇÃO E

L

ITERACIA

F

INANCEIRA

36

A

MBIENTE

37

8.

A

NÁLISE

E

CONÓMICA E

F

INANCEIRA

37

9.

C

OMPOSIÇÃO DOS

Ó

RGÃOS

S

OCIAIS

103

10.

P

ROPOSTA DE

A

PLICAÇÃO DE

R

ESULTADOS

104

(5)

A BOLSA PORTUGUESA: FACTOS E NÚMEROS 2015

A Bolsa Portuguesa em Números - 2015

a) Ações

Nº de Empresas cotadas, em 31 dezembro de 2015 = 60 Nº de Empresas cotadas nacionais = 58

Capitalização bolsista doméstica, em 31 dezembro 2015 = €47,6 mil milhões Valor total negociado em ações, em 2015 = €28,0 mil milhões

Variação do índice PSI 20, em 2015 = +10,8% Variação do índice PSI Geral, em 2015 = +18,6%

b) Obrigações

Nº de obrigações cotadas, em 31 de dezembro de 2015 = 175 Nº de obrigações cotadas de entidades privadas = 159

Capitalização bolsista, em 31 de dezembro de 2015 = €106,1 mil milhões Valor total negociado em obrigações, em 2015 = €316 milhões

c) Warrants

Nº de Warrants admitidos à negociação, em 31 de dezembro de 2015 = 1.341 Nº de negócios, em 2015 = 71.917

Valor negociado em warrants, em 2015 = €263 milhões

d) ETFs

Nº de ETFs admitidos à negociação, em 31 de dezembro de 2015 = 14 Capitalização Bolsista, em 31 de dezembro de 2015 = €1.930 milhões Valor negociado em ETFs, em 2015 = €191 milhões

e) Certificados

Nº de Certificados admitidos à negociação, em 31 de dezembro de 2015 = 229 Valor negociado em certificados, em 2015 = €334 milhões

f) Derivados nacionais

Nº de Contratos de Futuros cotados, a 31 de dezembro de 2015 = 28 Nº de Contratos de Futuros cotados sobre Índices = 1 (PSI 20) Nº de Contratos de Futuros cotados sobre ações individuais = 12 Nº de Contratos Flex de Futuros sobre ações individuais = 12

Nº de Contratos de Futuros cotados sobre dividendos de ações individuais = 3 Posições abertas, a 31 de dezembro de 2015 = 18.675

Nº de Contratos Negociados, em 2015 = 271.991

(6)

Índices do Mercado Português

PSI 20. É o índice de referência do mercado, que integra as 20 empresas mais representativas.

PSI Geral. Engloba a totalidade das empresas cotadas na Euronext Lisbon.

PSI Setoriais. Existem índices sobre os seguintes sectores: Materiais de base, Industrial, Bens de

Consumo, Serviços, Telecomunicações, Utilities, Sector Financeiro, Tecnologia.

Outros Índices com Empresas Portuguesas

Índice Ibérico. Para além dos índices nacionais, as empresas cotadas na Euronext Lisbon também

estão cotadas em índices internacionais, como este, que inclui 20 empresas espanholas e 10

portuguesas.

Euronext 100. É um índice bolsista das empresas mais capitalizadas e mais líquidas nas praças

europeias geridas pela Euronext, que engloba atualmente 3 empresas portuguesas.

Next 150. É o índice que cobre as 150 empresas mais representativas, após as 100 maiores, que

(7)

1. Factos Relevantes da Atividade do Mercado

Admissões e Exclusões

 Em 2015 as empresas cotadas na Euronext Lisbon realizaram aumentos de capital (por entradas em dinheiro ou ofertas de troca) que totalizaram 7,904 milhões de euros, dos quais 7,500 milhões corresponderam a um aumento de capital do Banco Santander. Destaque ainda para a oferta pública de troca de instrumentos de dívida por ações, realizada pelo Millennium BCP, que permitiu um aumento de capital ao banco de cerca de €400 milhões.  A Semapa lançou uma oferta pública de troca de ações da própria Semapa por ações da

Portucel, tendo adquirido 24.864.477 de ações próprias, cerca de 51,3% to total que constava da oferta.

 Em 2015 foram admitidas à Bolsa portuguesa 46 emissões de obrigações, que totalizaram cerca de €27,2 mil milhões. De realçar que se registaram 15 emissões de empresas não financeiras, que totalizaram €895 milhões. Recorreram à oferta pública de subscrição 4 emitentes, que colocaram €215 milhões.

Negociação

 A negociação de ações atingiu €28,0 mil milhões em 2015, representando uma redução de 27% face a 2014.

 Igualmente, a negociação de obrigações também regrediu, totalizando €318 milhões, -42% face ao registado em 2014. Esta evolução ficou a dever-se, quer à negociação de obrigações de dívida privada, quer ao segmento da dívida pública.

 Os instrumentos financeiros de gestão passiva, incluindo ETFs e Certificados, também registaram reduções dos volumes negociados, em linha com os restantes instrumentos financeiros.

Membros do Mercado

 No final de 2015 o mercado à vista nacional contava com 99 membros, e o mercado de derivados com 50.

Índices

 Aquando da revisão anual do PSI 20, em março, não se verificaram alterações às empresas que compunham o índice. Em dezembro foram excluídas do PSI 20 as ações do Banif.

Liquidação e Custódia

 Durante o ano de 2015, a Interbolsa realizou com sucesso todos os testes relativos ao projeto TARGET2-Securities (T2S);

 A Interbolsa, detida a 100% pela bolsa portuguesa, continuou o processo de adaptação ao projeto T2S, com o objetivo de estar preparada para entrar em produção, em março de 2016.

(8)

2. Enquadramento Económico e Financeiro

Enquadramento Internacional

 A economia mundial terá mantido, em 2015, um ritmo de crescimento não muito diferente do registado em 2014. Segundo o FMI, o PIB mundial deverá ter crescido cerca de 3,1% este ano face a 3,4% em 2014.

 Esta média global esconde os níveis diferentes de crescimento verificados nos vários grupos de países, com as economias desenvolvidas provavelmente já numa fase de saída da última crise económica e financeira, e os emergentes ainda num estado que se julga próximo do ponto mais baixo do seu ciclo económico.

 Durante 2015, a economia dos EUA terá acelerado o seu crescimento de 1,8% em 2014 para 2%, mas com sinais contraditórios quanto ao seu futuro imediato quando analisado sob diferentes parâmetros macroeconómicos como crescimento do emprego (positivo) ou os vários índices de confiança dos agentes económicos locais (negativo). No entanto, a FED decidiu já, em 16 de dezembro de 2015, realizar uma subida de 25 p.b. das taxas de juro diretoras, a primeira alteração administrativa desde 2008.

 O PIB em volume da UE28 terá crescido 1,8% em 2015 (1,5% em 2014) porém com diferentes ritmos entre os seus países-membros, desde o extremo positivo da Irlanda (+6,8%) ao extremo negativo da Grécia (-1,9%).

 Dos grandes países emergentes, o FMI estima que a China terá voltado a abrandar o crescimento do seu PIB de 7,3% em 2014 para 6,8% em 2015, que a Rússia e o Brasil tenham visto piorar os seus desempenhos económicos (recessões de -3,8% na Rússia, e queda de +0,1% para -3,0% no Brasil), e só a Índia parece manter a sua vitalidade económica traduzida na manutenção de um forte crescimento de 7,3% de 2014 para 2015.

Taxas de Juro Soberanas a 10 anos

Fonte: Banco Central Europeu

(9)

entre os países de acordo com as respetivas notações de rating. Em particular, a crise de julho/2015 na Grécia voltou a colocar as respetivas taxas de juro soberanas de longo-prazo (10 anos) acima dos 10% ao ano, implicando algumas repercussões sobre o todo comunitário incluindo os países da periferia mediterrânica.

O ano de 2015 caracterizou-se por um programa de quantitative easing iniciado pelo BCE em março com um horizonte de implementação até setembro 2016. Apesar da elevada liquidez por essa via injetada no mercado europeu, os níveis inflacionários mantiveram-se contidos durante os memantiveram-ses decorridos: a taxa de variação homóloga para dezembro de 2015 situou-se em 0,2% na área Euro bem como na UE28.

Evolução do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (taxa de variação homóloga %)

Fonte: Banco Central Europeu

Enquadramento Nacional

 A estimativa rápida do INE para 2015 aponta para um crescimento do PIB nacional de 1,2% quando medido pela variação homóloga em volume no 4º trimestre. No entanto, este valor esconde um crescimento mais sólido entre 1,4% e 1,6% nos 3 trimestres anteriores o que terá elevado a média anual para 1,5% (face a 0,9% em 2014). De acordo com o Banco de Portugal, grande parte deste abrandamento poderá explicar-se pela redução no crescimento das exportações – apenas +3,8% no 3º trimestre de 2015 – e à fraca procura interna total (+2,0% no 3º trimestre).

 Apesar deste abrandamento, o INE refere um aumento do emprego de 1,6% em termos homólogos no 4º trimestre, elevando assim em 0,1% o total da população ativa residente. Por outro lado, a taxa de desemprego nos últimos trimestres caiu de 13,5% em 2014 para 12,2% em 2015.

(10)

Crescimento do PIB português (var % homóloga, trimestral)

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

 A inflação medida pela taxa de variação homóloga em dezembro de 2015 situou-se em 0,3% face a 0,2% para a inflação na área do Euro.

 Portugal continuou a gozar de um acesso aos financiamentos externos em condições concorrenciais de mercado, tendo mesmo conseguido obter taxas de juro negativas em alguns dos seus leilões de dívida pública de curto prazo (BTs com maturidades de 3 meses e de 12 meses). E a taxa de juro soberana para 10 anos manteve-se em valores historicamente baixos – atingindo um mínimo de 1,74% ao ano – embora tenha sido influenciada durante o verão pela crise da Grécia, quando atingiu um máximo de 2,93% em junho.

Capacidade/necessidade de financiamento da economia (% do PIB)

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

 O financiamento da economia pelo conjunto de bancos e outras instituições financeiras não monetárias continuou a encolher – o saldo de 91.832 milhões de euros aplicados em

(11)

2015. No entanto, os depósitos das sociedades não financeiras e dos particulares no sistema bancário manteve o anterior ritmo ascendente permitindo atenuar a restrição de liquidez do canal bancário.

3. Mercado acionista

O segmento de ações da Euronext Lisbon foi marcado pela evolução positiva das cotações, mas os volumes de negociação ressentiram-se das condições específicas das cotadas nacionais, e em particular dos acontecimentos de 2014. O índice PSI 20 terminou o ano com um ganho de 10,8%.

Enquadramento internacional

 Em 2015 o mercado europeu registou 364 operações de Ofertas Públicas Iniciais (OPI), menos 11 (-2.9%) do que no mesmo período do ano anterior. O valor obtido neste tipo de operações, no entanto aumentou, totalizando €57,4 mil milhões, mais €7,8 mil milhões (15,9%) face a 2014.

Número e valor de OPIs na Europa

Fonte: IPO Watch, PWC

De acordo com os dados da World Federation Exchanges, o número total de empresas listadas observou uma subida de 3% para 45.878, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. A evolução ligeiramente positiva foi comum a todas a regiões do mundo.

Ainda de acordo com os dados da World Federation of Exchanges, a capitalização bolsista das empresas cotadas em mercado, subiu 2,9%, globalmente no período homólogo. Esta subida é explicada pela evolução positiva global das cotações no segmento acionista, e pelo aumento que houve no número de empresas listadas.

(12)

Empresas Cotadas e Capitalização Bolsista nas Bolsas membros da WFE

Fonte: World Federation of Exchanges

 Em 2015 verificou-se uma subida quer ao nível de transações quer ao nível de volume de negociação. O número de negócios aumentou 50,0%, quando comparado com 2014, e o valor de ações negociado aumentou 42,3% no mesmo período

Negociação de Ações nas Bolsas membros da WFE

Fonte: World Federation of Exchanges

 Na maioria dos mercados bolsistas verificou-se uma subida dos índices de ações, em linha com o que já se havia registado no ano anterior, com 10 bolsas (das 19 apresentadas) a registar evoluções positivas.

(13)

Os 4 índices bolsistas benchmark dos mercados Euronext registaram evoluções positivas, entre 4,1% da Holanda e 12,6% da Bélgica.

 O índice SSE 180, que representa as 180 empresas mais representativas da bolsa de Shanghai, que havia crescido 59,6% em 2014, acabou por inverter esse comportamento registando uma ligeira perda de 0,6%.

 Na Europa o pior desempenho registou-se na Grécia, que caiu 23,6% em 2015, tendo já registado perdas de 31,2% em 2014.

Evolução dos principais índices bolsistas mundiais

(var% anual – fim de período)

(14)

Mercado primário nacional

 Em 2015 as empresas cotadas na Euronext Lisbon realizaram aumentos de capital (por entradas em dinheiro ou ofertas de troca) que totalizaram 7,904 milhões de euros, dos quais 7,500 milhões corresponderam a um aumento de capital do Banco Santander. Destaque ainda para a oferta pública de troca de instrumentos de dívida por ações, realizada pelo Millennium BCP, que permitiu um aumento de capital ao banco de cerca de €400 milhões.

Mercado secundário nacional

 No final de 2015 estavam cotadas 60 empresas na Euronext Lisbon, não se registando entradas ou saídas do mercado.

 A capitalização bolsista doméstica das empresas cotadas registou uma evolução positiva em 2015, passando de 43,3 mil milhões de euros, no início de 2015, para 47,6 mil milhões de euros, no final do ano, o que se traduz numa variação de 10,1%.

 Em 2015 verificou-se uma evolução negativa na atividade do mercado acionista, tendo o número de negócios decrescido 12,0% e o valor negociado 26,9%.

 A Semapa lançou uma oferta pública de troca de ações da própria Semapa por ações da Portucel, tendo adquirido 24.864.477 de ações próprias, cerca de 51,3% do total que constava da oferta.

(15)

 O índice PSI 20 valorizou 10,8% em 2015, atingindo o valor de 5318 pontos, recuperando parcialmente das perdas registadas em 2014.

Evolução do Índice PSI 20

 Os índices setoriais registaram, um comportamento misto, com os setores de Materiais Base, Bens de Consumo, Serviços e Utilities a subirem 37,8%, 87,3%, e 17,6%, respetivamente. Os restantes índices setoriais registaram um comportamento negativo com o setor financeiro e das telecomunicações a serem penalizados com quedas de 15,6% e 26,7%

Evolução dos Índices Setoriais

 Aquando da revisão anual do PSI 20, em março, e das revisões trimestrais não se registaram alterações na composição do índice. Em dezembro foram excluídas do PSI 20 as ações do Banif.

 Várias empresas portuguesas entraram e foram retiradas dos índices Euronext 100 e Next 150. No final do ano encontravam-se 3 empresas nacionais no índice Euronext 100 e 10 empresas no Next 150.

 Tendo o PSI 20 valorizado 10,8% no conjunto do ano de 2015, as variações individuais das empresas foram muito diversificadas, apresentando uma variação positiva de 92%, registada pela Altri, e uma negativa de 69% pela Pharol.

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Materiais de Base -32.7% 37.2% 22.3% -20.2% 37.8% 44.7% 18.5% 37.8% Industrial -46.4% 54.6% -22.6% -23.5% -2.7% 17.4% -24.4% -3.2% Bens de Consumo -39.6% 0.5% 4.6% -0.4% 17.7% 24.3% 36.5% 87.3% Serviços -52.3% 67.8% 27.6% -4.4% 20.9% 16.6% -25.2% 38.9% Telecomunicações -32.4% 56.4% 14.2% -32.6% -1.7% 5.2% -65.4% -26.7% Utilities -37.4% 23.3% -20.5% 2.7% -1.3% 16.5% 30.5% 17.6% Setor Financeiro -62.9% 14.7% -29.9% -62.4% 9.8% 22.0% -58.1% -15.6% IT -13.1% 7.3% -31.3% -34.6% -13.1% 22.7% -16.6% -2.8% 12,6 % 62,6% -51,3 % 62,6% 33,5 % 62,6% -10,3 % 62,6% -27,6 % 62,6% 2,9 % 62,6% 16,0 % 62,6% -26,8 % 62,6% 10,8 % 62,6%

(16)

Cotações das ações da carteira do PSI 20

(var% - fim de período)

Fonte: Bloomberg

4. Mercado obrigacionista

No segmento de obrigações, verificou-se um aumento da actividade no mercado primário, mas que não foi acompanhado pelos volumes negociados. Foram admitidas à Bolsa portuguesa 46 emissões de obrigações, que totalizaram cerca de €27,2 mil milhões, das quais 40 foram admissões ao mercado regulamentado e 6 foram admissões ao segmento Easynext.

Enquadramento internacional

No que se refere a obrigações negociadas nas Bolsas associadas da World Federation of Exchanges, o mercado obrigacionista global manteve a tendência verificada em 2013 e 2014, de crescimento do número de negócios, com um aumento de 14%, depois de uma variação de 17% em 2014, e de 15% em 2013.

 No entanto o valor negociado contrariou a tendência que se verificou em 2014, com uma descida de 17% em 2015.

Negociação de Obrigações nas Bolsas membros da WFE

(17)

Mercado primário nacional

 Em 2015 foram admitidas à Bolsa portuguesa 46 emissões de obrigações, que totalizaram cerca de €27,2 mil milhões, das quais 40 foram admissões ao mercado regulamentado e 6 foram admissões ao segmento Easynext.

 De realçar que, do total das emissões de obrigações, registaram-se 15 emissões de empresas não financeiras, das quais 9 foram admitidas ao mercado regulamentado e outras 6 ao Easynext, e que totalizaram €895 milhões.

 Recorreram à oferta pública de subscrição 4 emitentes, que colocaram €215 milhões.

Mercado secundário nacional

 No ano de 2015 o valor negociado registou uma redução, de 41,9% contrariando assim a evolução positiva de 2014, onde o valor negociado havia aumentado 31,7%. Voltou-se a verificar uma queda do número de negócios de obrigações de 20,4% face a 2014. Esta evolução foi comum, quer à dívida pública, quer à dívida privada.

(18)

Emissões de Obrigações: Empresas não financeiras

Em 2015 registaram-se 14 emissões de obrigações de empresas não financeiras, o que compara com

12 em 2014 e 6 emissões em 2013. Nos últimos 2 anos, empresas de diversos setores acederam a

financiamentos por emissões de obrigações, que totalizaram 2,2 mil milhões de euros. Deste

montante, €665 milhões correspondeu a emissões de empresas que não têm o capital cotado.

Das 14 emissões realizadas em 2015, 7 correspondem a empresas que não têm o capital cotado, o que

constitui uma novidade nos últimos anos, na Euronext Lisbon. Destas sete emissões, uma delas, a da

José de Mello Saúde foi admitida ao mercado regulamentado, e as restantes ao segmento Easynext,

um segmento regulado pela Euronext.

Emissões de Obrigações 2014 - 2015

Empresas não financeiras – montantes emitidos

Emissão Empresa Data Emissão Montante Prazo Taxa

SEMAPA FRN 17APR19 SEMAPA 17/04/2014 150,000,000 5 anos Euribor 6m+3.25%

FCP 6,75% 6JUN17 FUTEBOL CLUBE DO PORTO 06/06/2014 20,000,000 3 anos 6.75%

JOSE MEL FRN9JUN19 JOSÉ DE MELLO SAÚDE 04/08/2014 50,000,000 5 anos Euribor 6m+3.875%

NOS FRN 9NOV19 NOS 01/10/2014 100,000,000 5 anos e 6 meses Euribor 6m + 2.5%

MEDIA CAPITAL FRN 14JUL19 GRUPO MEDIA CAPITAL 14/10/2014 75,000,000 5 anos Euribor 6m + 4%

SONAEC FRN28MAI19 SONAE CAPITAL 21/10/2014 42,500,000 5 anos Euribor 6m + 4%

Total 437,500,000

Emissão Empresa Data Emissão Montante Prazo Taxa

SEMAPA FRN 30NOV29 SEMAPA 21/01/2015 80,000,000 5 anos Euribor 6m + 3.05%

SCP 6,25% 25MAI18 SPORTING 25/05/2015 30,000,000 3 anos 6.25%

FCP 5% 26MAI18 FUTEBOL CLUBE DO PORTO 26/05/2015 45,000,000 3 anos 5%

JOSE MEL FRN 17MAI21 JOSÉ DE MELLO SAÚDE 10/06/2015 50,000,000 6 anos Euribor 6m + 2.95%

ALTRI FRN 16ABR20 ALTRI 10/06/2015 50,000,000 5 anos Euribor 6m + 3.5%

NOS FRN 27MAR22 NOS 24/06/2015 150,000,000 7 anos Euribor 6m + 1.72%

MOTA ENG 3,9% 3 FEV20 MOTA ENGIL 03/07/2015 95,000,000 5 anos 3,9%

SLB 4,75% 13JUL18 BENFICA 14/07/2015 45,000,000 3 anos 4,75%

Total 545,000,000

Emissão Empresa Data Emissão Montante Prazo Taxa

CELBI FRN 21 Mar 19 CELBI 30/04/2014 80,000,000 5 anos Euribor 6m + 3.65%

BIAL FRN 10 Jul 19 BIAL 14/07/2014 50,000,000 5 anos Euribor 6m + 3.875%

AUTO S FRN 25 Jul 18 AUTO SUECO 14/08/2014 25,000,000 4 anos Euribor 6m + 3%

COLEP FRN 10 Oct 17 COLEP 22/10/2014 45,000,000 3 anos Euribor 6m + 2.95%

IMPRESA FRN 12 Nov 2018 IMPRESA 13/11/2014 30,000,000 4 anos Euribor 6m + 4%

PESTANA FRN 28 Fev 20 GRUPO PESTANA 27/11/2014 65,000,000 6 anos Euribor 6m + 3.5%

Total 295,000,000

Emissão Empresa Data Emissão Montante Prazo Taxa

GENERIS FRN 27DEZ20 GENERIS 27/05/2015 45,000,000 5 anos Euribor 6m + 2.5%

SECIL FRN 25MAI20 SECIL 02/07/2015 80,000,000 5 anos Euribor 6m + 2.5%

PESTANA 3.95% 15JUL 22 GRUPO PESTANA 15/07/2015 15,000,000 7 anos 3.95%

CIN FRN 19DEZ19 CIN 11/08/2015 20,000,000 4 anos Euribor 6m + 3.35%

HOVIONE FRN 2OUT23 HOVIONE 02/10/2015 40,000,000 8 anos Euribor 6m + 3%

VIOLAS FRN 6NOV23 GRUPO VIOLAS 10/11/2015 100,000,000 8 anos Euribor 6m + 2.25%

Total 300,000,000 2014 2015 EasyNext 2015 2014

(19)

5. Mercado de Warrants

Enquadramento internacional

 A negociação de warrants nas Bolsas membros da WFE registou uma evolução positiva, tanto no número de negócios realizados (+28,2%), como no valor transacionado (64,2%). A atividade de warrants parece ter recuperado para níveis próximos dos registados em 2010 e 2011.

Negociação de Warrants nas Bolsas membros da WFE

Fonte: World Federation of Exchanges

Mercado nacional

 Em 2015 o número de negócios de warrants reduziu ligeiramente (1,7%), enquanto o valor negociado subiu 34,8%. O ano de 2015 voltou a ser um ano, desde 2011, onde se registou uma evolução positiva da atividade de warrants.

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6. Mercado de ETFs e Certificados

Enquadramento internacional

Negociação de ETFs nas Bolsas membros da WFE

Fonte: World Federation of Exchanges

 No mercado global de ETFs, em 2015, verificou-se um incremento, tanto no valor negociado como no número de negócios, depois de uma subida significativa de ambos os indicadores em 2014 e 2013.

 Enquanto a progressão do valor negociado foi de cerca de 15,2%, o número de negócios aumentou 29,0% face ao registado em 2014.

Mercado nacional

 Em outubro de 2014 a Euronext havia aumentado a sua oferta de ETPs com a admissão na Euronext Lisbon de 12 novos ETFs (Exchange Traded Funds) da ComStage. Estes ETFs vieram juntar-se aos dois já existentes em Lisboa sobre os índices PSI 20 e PSI 20 Leverage, e têm como subjacentes os índices DAX, Short DAX, CAC 40, CAC 40 Leverage, CAC 40 Short, Dow Jones Ind. Average, S&P 500, Nasdaq 100, Nikkei 225, MSCI World, MSCI Emerging Markets, e DJ Euro Stoxx 50. Estes ETFs novos cumprem os requisitos das diretivas OICVM/UCITS IV.

 Em 2015 o segmento de ETFs também foi atingido pelas condições particulares do mercado português, o que se traduziu numa contração do número de negócios em 9,0% e do valor negociado em 43,0%.

(21)

Negociação de ETFs na Euronext Lisbon

 O mercado de Certificados verificou igualmente uma evolução negativa do nível de atividade, com o valor negociado e o número de negócios a contraírem em 2015, depois de uma evolução muito positiva em 2014 e 2013. O número de negócios desceu 54,2%, enquanto o valor negociado, registou um contração de 49,6%. O nível de atividade registada foi contudo, mais intensa do que se havia verificado em 2011 e 2012.

(22)

7. Mercado de Derivados

Enquadramento internacional

 À semelhança do verificado nos mercados à vista, os mercados de derivados (futuros) experimentaram uma evolução positiva nos valores transacionados (43,3%) em 2015 face ao ano anterior, e no número de contratos negociados (10,2%).

Transações de Derivados (Futuros) nas Bolsas membros da WFE

Fonte: World Federation of Exchanges

Mercado nacional

 No final do ano em apreço, encontravam-se disponíveis para ser negociados 28 contratos de futuros: 1 sobre o principal índice acionista português (o PSI 20) e 27 sobre ações de sociedades integradas na carteira deste índice.

 Foram lançados no mercado de derivados português 3 novos contratos de futuros sobre as ações dos CTT, Semapa e Portucel.

 Em termos do conjunto da carteira do PSI 20 estes contratos representavam diversos setores da economia nacional: financeiro (Millennium-BCP, BPI), da energia (EDP, REN e EDP Renováveis), das comunicações (NOS), do retalho (Sonae e Jerónimo Martins), petrolífero (Galp Energia), e de exploração florestal e papel (Semapa e Portucel).

 Em 2015 foram negociados 271.991 contratos, correspondendo a um valor nocional negociado de €1.487 milhões.

 O volume de contratos transacionados registou um crescimento de 3,1%, face ao ano anterior, e o valor negociado perdeu 9,5% também em variação homóloga.

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Negociação de Derivados na Euronext Lisbon

8. Membros do Mercado

No final do ano de 2015 existiam 99 membros a operar na bolsa portuguesa. Os 99 membros são provenientes de diferentes países europeus, com a seguinte distribuição geográfica.

(24)

9. Sistema Nacional de Registo e Liquidação de Valores

Mobiliários

Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários

1

Em 2015 o número de emissões sob gestão da Interbolsa verificou um decréscimo de 7,5% em termos homólogos, a que correspondeu um aumento em termos do respetivo valor nominal, de 1,2%. A Interbolsa deu ainda continuidade, no ano transato, à adaptação técnica dos seus Sistemas, de forma a permitir ao mercado português o acesso à plataforma de liquidação T2S, prevista para março de 2016.

 No final do ano a Interbolsa contava com 30 Intermediários Financeiros filiados nos seus Sistemas, sendo a sua totalidade entidades bancárias.

 O número de emissões sob gestão da Interbolsa totalizava, no fim de 2015, 2.918 emissões com um valor nominal global de €278.275 mil milhões. Comparativamente com o período homólogo, verificou-se um decréscimo de 237 emissões e um aumento de 1,2% no montante nominal dos valores mobiliários.

 No período em análise foram processadas, através dos Sistemas geridos pela Interbolsa, 7.948 operações de exercício de direitos de conteúdo patrimonial e outros eventos, representando menos 441 operações do que as registadas no ano anterior, sendo o montante nominal correspondente ao total destas operações de €60.278 milhões, apresentando um decréscimo homólogo de 19,4%.

 O montante de juros e rendimentos equiparados, pagos através dos Sistemas Centralizados geridos pela Interbolsa, no ano de 2015, ascendeu a 6.971,7 milhões de euros, resultado de 2.474 operações (menos 427 no ano anterior). Assim, no decurso do ano foram processadas 28 operações respeitantes a emissões representativas da dívida pública portuguesa, no montante de €4.059,8 milhões, valor que representou um acréscimo de 0,1% em confronto com o ano transato. Por sua vez, no mesmo período, foram processadas 2.259 operações desta natureza referentes ao conjunto da dívida privada, no montante total de €2.859,5 milhões, apresentando um decréscimo em termos homólogos 31,3%.

 No que concerne ao número de amortizações processadas na Interbolsa, tanto de dívida pública como de dívida privada, o seu total decresceu em termos homólogos 0,5% (de 775 para 771), tendo o montante amortizado no ano de 2015 decrescido 27,9% face ao período homólogo do ano anterior.

 Em 2015 foram realizadas 11 operações de amortizações de Bilhetes do Tesouro, movimentando €15.206,0 milhões.

 No que respeita ao pagamento de dividendos e de remunerações de unidades de participação sob gestão da Interbolsa, no ano de 2015 foram processadas 96 operações, nas quais foram movimentados €4.227,0 milhões.

1 Em Portugal, a gestão dos Sistemas Centralizados de valores mobiliários e dos Sistemas de Liquidação é da competência da

INTERBOLSA – Sociedade Gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A., uma sociedade anónima cujo capital social é inteiramente detido pela Euronext Lisbon.

Nos termos legais, a INTERBOLSA, no seu relatório anual, faz uma análise detalhada da forma como desenvolveu as atividades que lhe estão cometidas. Assim sendo, e apenas porque este se trata de um relatório “consolidado”, apresenta-se a

(25)

 No sistema centralizado gerido pela Interbolsa foram ainda efetuadas, no período em análise, 13 operações de aumento de capital, sendo 3 na modalidade de subscrição e 10 de incorporação de reservas. O montante resultante da incorporação de reservas ascendeu a 272,5 milhões de euros, que compara com 1,5 milhões de euros processados no período homólogo, e o capital realizado por subscrição ascendeu a €5,2 milhões tendo, no ano anterior, registado €3.396,3 milhões.

 No tocante às operações de redução de capital, fusão e cisão de empresas e liquidação de emissões que tiveram lugar no decurso do ano de 2015, a Interbolsa registou 33 operações desta natureza (contra as 17 realizadas no período homólogo), nas quais, no seu conjunto, foram movimentados milhões €6.836,6 valor que compara com €1.465,2 milhões movimentados no mesmo período do ano anterior.

 Ainda durante o ano em causa, a Interbolsa processou 4.553operações de exercício de valores mobiliários estruturados (warrants e certificados), ou seja, menos 35 operações do que em 2014. Nas operações realizadas em 2015 foram movimentados 83,4 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo homólogo de 29,4%.

Operações Processadas na Central de Valores Mobiliários

Nº Operações € Valor 10^6 Nº Operações € Valor 10^6

Juros/Remunerações 2901 8,294 2474 6,972 -15.9%

Dívida Pública 28 4,057 28 4,060 0.1%

Dívida Privada – Obrigações 2,678 4,160 2,259 2,860 -31.3%

Outra Dívida Privada 195 76 187 52 -31.6%

Amortizações 775 57,954 771 41,810 -27.9%

Dívida Pública mlp 2 9,378 1 5,421 -42.2%

Dívida Pública cp 10 18,718 11 15,206 -18.8%

Dívida Privada + Títulos de Participação 579 19,716 577 15,184 -23.0%

VM OC + Obrigações Titularizadas 184 10,142 182 5,998 -40.9%

Dividendos/Remunerações 93 3,415 96 4,227 23.8% Aumentos de Capital 8 3,398 13 278 -91.8%

Por Subscrição 3 3,396 3 5 -99.8%

Por Incorporação de Reservas 5 1 10 272 18424.5%

Redução de Capital, Fusões e Cisões de Empresas 17 1,465 33 6,837 366.6% Exercícios de Warrants e Certificados 4,588 118 4,553 83 -29.4% Liquidação de S ociedades e UP's 4 104 3 71 -31.6%

Outros eventos 3 s/v 5 s/v

2014 2015 Variação do

(26)

 A Interbolsa, através dos seus Sistemas, efetua, por instrução dos intermediários financeiros, a movimentação de valores mobiliários dentro da mesma conta e entre contas de diferentes intermediários financeiros, tanto para efeito de liquidação física de operações como para a mera transferência de valores. No ano de 2015, foram realizadas 252 mil operações de transferência de valores mobiliários, menos 78 mil operações do que no ano anterior. Por sua vez a quantidade de unidades de valores mobiliários objeto de transferência apresentou um decréscimo de 48,1%.

Sistemas de Liquidação

2

Durante o ano de 2015 a Interbolsa, através do Sistema de Liquidação Geral, liquidou cerca de 227 mil instruções resultantes da compensação de operações realizadas nos mercados geridos pela Euronext Lisbon e garantidas pela LCH.Clearnet, no valor de €20.064 milhões (-30,1% do que no período homólogo do ano anterior).

Por seu turno, o montante envolvido na liquidação das operações em tempo real evoluiu no mesmo sentido, cifrando-se em 158.405 milhões de euros (-36,2%).

Operações Realizadas nos Sistemas de Liquidação da Interbolsa

 O número de operações realizadas nos mercados geridos pela Euronext Lisbon e garantidas pela LCH.Clearnet, liquidadas no ano de 2015, no Sistema de Liquidação Geral, elevou-se a 227.443. O montante envolvido nestas operações ascendeu a €20.064,1 milhões, o que representou um decréscimo de 30,1% no montante liquidado, quando comparado com o ano transato.

 Por seu turno, a liquidação de operações realizadas em mercado regulamentado e não garantidas pela LCH.Clearnet, deu origem a 2.648 instruções de liquidação, a que correspondeu um montante liquidado de €30,3 milhões, valor que compara com €21,3 milhões liquidado em 2014.

 Em 2015 foram ainda realizadas 25.434 instruções referentes a operações garantidas que, por falha de liquidação, liquidaram nas tentativas realizadas pelo Sistema de Liquidação em tempo real. Face ao número de instruções que foram sujeitas a idêntico procedimento

2 A Interbolsa está incumbida da organização e gestão dos Sistemas de Liquidação de Valores Mobiliários com vista a

assegurar, designadamente, a realização de transferências de dinheiro associadas às transferências de valores mobiliários ou a direitos inerentes e a garantias relativas a operações sobre valores mobiliários. São participantes dos Sistemas de Liquidação os intermediários financeiros filiados na Interbolsa e que asseguram a liquidação física e financeira das operações realizadas em todos os mercados geridos pela Euronext Lisbon, bem como as operações realizadas fora de mercado. A Interbolsa gere três Sistemas de Liquidação: o Sistema de Liquidação em Geral, SLrt – Sistema de Liquidação em tempo real e o SLME –

Nº Operações Valor Nº Operações Valor

10^6 € 10^6 €

Operações Garantidas 271,579 28,709 227,443 20,064 -30.1% Operações não Garantidas 1,751 21 2,648 30 41.8% Operações Garantidas Liquidadas SLrt 25,363 2,363 25,434 1,949 -17.5%

S Lrt - S istema de Liquidação em Tempo Real

SLrt Total 758,482 248,282 597,020 158,405 -36.2%

S istema de Liquidação em Geral

2014 2015

Variação do Valor Homólogo

(27)

em 2014, registou-se um acréscimo de 71 operações. O correspondente valor em 2015, que se cifrou em €1.949,5 milhões, incorporou uma variação homóloga negativa de 17,5%.  O SLrt, que permite a liquidação de instruções FOP (Free Of Payment) e DVP (Delivery

Versus Payment) num ambiente totalmente automatizado, liquidou 96.357 e 500.663 instruções, respetivamente.

 O valor global das instruções DVP liquidadas em tempo real ascendeu a €158,4 mil milhões. Em termos homólogos, o número deste tipo de operações diminuiu 21,4% tendo sido acompanhado pelo decréscimo do valor movimentado em 36,2%.

Durante o período em análise, as operações FOP liquidadas através do SLrt apresentaram um decréscimo de 20,7% no número de instruções, tendo a quantidade liquidada aumentado 71,7%.

Agência Nacional de Codificação

3

No ano em análise a Agência Nacional de Codificação atribuiu 11.017 novos códigos ISIN e CFI, tendo desativado 10.084 códigos, encontrando-se ativos em 31 de dezembro 5.152 códigos.

 No âmbito das funções que lhe estão cometidas, enquanto Agência Nacional de Codificação (ANC), a Interbolsa prosseguiu em 2015 a atividade de atribuição de códigos ISIN e códigos CFI de acordo com as guidelines definidas pela ANNA (Association of National Numbering Agencies), enquanto entidade responsável a nível mundial, pela

promoção, implementação e manutenção das Normas ISO 6166 e ISO 10 962. Neste âmbito, atribuiu 11.017 novos códigos ISIN e CFI, tendo desativado 11.084 códigos, denotando-se um decréscimo de 0,6% na atividade da ANC face ao ano anterior.

3 Além desta função, à INTERBOLSA, enquanto membro da ANNA – Association of National Numbering Agencies, S.C.R.L.,

está confiada a gestão e o funcionamento da Agência Nacional de Codificação, entidade responsável pela atribuição de códigos ISIN – International Securities Identification Number e CFI – Classification of Financial Instruments a todos os valores mobiliários emitidos em Portugal, bem como a outros instrumentos financeiros, em conformidade com as normas ISO e as diretrizes da ANNA.

(28)

A ATIVIDADE DA EURONEXT LISBON

Mensagem do CEO

A Euronext Lisbon geriu a Bolsa portuguesa, em 2015, num contexto económico e financeiro que refletiu um aumento da incerteza quanto à intensidade do crescimento mundial, com os principais indicadores da atividade global a revelarem algum arrefecimento. A economia portuguesa, porém, consolidou uma trajetória de crescimento positiva, acompanhada de uma redução do desemprego. Este contexto acabaria por se traduzir numa evolução assimétrica dos principais índices de bolsa nos mercados internacionais, com países a revelarem desempenhos positivos e outros a registarem desvalorizações. O PSI 20 acabaria o ano com uma valorização de 10,8%.

Apesar do contexto interno mais positivo, os volumes de negociação na Euronext Lisbon ressentiram-se do contexto internacional mais volátil, e dos acontecimentos nacionais recentes, que afetaram direta ou indiretamente diversas empresas cotadas. Esta redução foi comum a todos os produtos cotados, e afetou naturalmente o desempenho financeiro da empresa.

No ano de 2015 destacou-se a oferta pública de troca de instrumentos de dívida por ações, realizada pelo Millennium BCP, que permitiu um aumento de capital ao banco de cerca de €400 milhões. Também na admissão de instrumentos de dívida se registou uma evolução positiva, consolidando-se o movimento do ano anterior, no que se refere a admissões de emissões de empresas não financeiras sem o respetivo capital cotado.

No âmbito da atividade dos serviços de post-trading (na vertente de liquidação e custódia), geridos pela Interbolsa (empresa 100% participada pela Euronext Lisbon), continuou a desenvolver-se um intenso trabalho de implementação do plano de adaptação de ligação à plataforma de liquidação a disponibilizar pelo “BCE/Eurosistema” e designada por “TARGET2-Securities”.

Ao nível do Grupo Euronext, o ano de 2015 foi o primeiro ano completo de atividade, após a separação da Euronext do Grupo ICE/NYSE ocorrida em junho de 2014, que se revelou globalmente positivo, quer no que se refere aos indicadores de mercado, quer no desempenho financeiro da empresa.

O Grupo continuou a investir na sua estratégia de servir a economia real, em particular em proporcionar financiamento e outros serviços às empresas, essência da sustentabilidade da sua atividade, designadamente através da iniciativa Enternext, dedicada às empresas de menor dimensão. Neste âmbito há a realçar a especial atenção que tem sido concentrada no sector Tech, que teve mais um relevante desenvolvimento – o lançamento da plataforma EnterTheNextStage – e que vem na sequência de outras iniciativas conexas, como o programa TechShare ou o índice Tech 40. Registamos com muito interesse que o Governo português, através do Ministério da Economia, decidiu criar uma Unidade de Missão para a Capitalização das Empresas, que tem no mercado de capitais um dos seus eixos prioritários de atuação. Assim, espero que o ano de 2016 possa reunir a atenção e o esforço de uma base alargada de intervenientes e decisores, que permita colocar o mercado de capitais ao serviço da captação de mais capital para aumentar o investimento e o crescimento económico.

Isabel Ucha

(29)

1. Destaques Financeiros Consolidados

Proveitos

(€milhões)

(30)

Margem Operacional e Margem Líquida

Resultados Líquidos

(31)

2. Factos Relevantes da Atividade da Empresa

Estrutura e Organização

 O ano de 2015 correspondeu ao primeiro ano completo no qual o Grupo Euronext desenvolveu a sua atividade após o IPO da Euronext NV, realizado em junho de 2014. Na sequência desta operação, a Euronext NV, anteriormente detida a 100% pela ICE, passou a contar com um conjunto de novos acionistas de referência, representando 33,4% do capital, e cerca de 62,3% de capital disperso.

 Em 2015 foi alterada a composição do Conselho de Administração da Euronext NV, com a saída do CEO Dominique Cerutti, em abril, ficando como interino no cargo Jos Dijseelhof. Em novembro foi noneado um novo CEO, Stephane Boujnah.

Novos Produtos e Serviços

 O grupo Euronext lançou a nova plataforma de comunicação designada EnterTheNextStage, a que se pode aceder através da Enternext, empresa do grupo Euronext dedicada ao segmento das pequenas e médias capitalizações, que disponibiliza conteúdos especializados para investidores e empresas inovadoras, com elevado potencial de crescimento, e com modelos de negócio assentes numa forte componente tecnológica (e que a Euronext designa por Tech sector). Esta iniciativa vem na sequência de outras que a Enternext vem desenvolvendo nos últimos dois anos, das quais se destacam o programa TechShare, o índice Tech 40 e a Tech Label.

Promoção e Desenvolvimento

 No final de janeiro teve lugar a quarta edição dos Euronext Lisbon Awards. Trata-se um evento no qual são atribuídos um conjunto de prémios que se destinam a evidenciar o desempenho das empresas cotadas, a atividade dos intermediários no mercado, bem como as contribuições individuais e de instituições para o desenvolvimento do mercado de capitais português.

 Entre 1 e 4 de junho foi organizada pela Euronext NV a terceira conferência pan-Europeia, em parceria com os bancos BPI, ING, KBC Securities e Societé Générale, que ocorreu em Nova Iorque e Boston. A conferência contou com a participação de cerca de 60 entidades emitentes (das quais 14 portuguesas), representando uma capitalização bolsista superior a 400 mil milhões de euros, que reuniram com mais de 350 investidores norte-americanos.

No primeiro semestre de 2015 a Euronext Lisbon lançou uma task force com o propósito de dinamizar a capitalização de mais empresas portuguesas através do mercado de capitais, na qual envolveu um conjunto de parceiros, incluindo bancos de investimento e escritórios de advogados.

 Em outubro foi assinado um MoU entre a Euronext e o Haitong Bank, com o objetivo de expandir a atividade deste membro do mercado em Portugal e, de forma mais abrangente nos mercados Euronext. Em particular, as duas entidades irão explorar oportunidades de negócio relacionadas com o mercado chinês.

Realizou-se, em Lisboa, o Institutional Traders Advisory Committee (ITAC), no qual participaram os responsáveis das principais sociedades gestoras de fundos e foram abordados vários temas relacionados com o mercado de capitais português, a par dos desenvolvimentos recentes da Euronext. A APFIPP também se juntou ao evento, partilhando a sua visão sobre os últimos desenvolvimentos regulatórios e fiscais ao nível da MiFID II, União dos Mercados de Capitais (CMU), Financial Transaction Tax (FTT) e European Long Term Investment Funds (ELTIF).

(32)

 A Euronext Lisbon manteve uma intensa atividade relacionada com o objetivo de promover a melhoria do contexto e das condições de desenvolvimento do mercado de capitais, contribuindo para que se tivessem produzido evoluções, designadamente nos regimes jurídicos de emissões de obrigações e fundos de investimento. Este trabalho tem-se ainda materializado no âmbito da participação da Euronext no Forum CMVM-Mercado de Capitais, uma iniciativa da CMVM relançada no primeiro semestre de 2015.  O presidente da Bolsa Portuguesa participou numa sessão de trabalho com os

Comissários Jyrki Katainen e Carlos Moedas, na qual se debateram o Plano de Investimento para a Europa e a União dos Mercados de Capitais.

 O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), em articulação com a AICEP Portugal Global e com o apoio da Euronext, organizaram em julho uma sessão de reflexão estratégica de alto nível que teve como principal objetivo produzir um debate sobre como desenvolver em Portugal uma plataforma de serviços financeiros, e de mercado de capitais, que seja um elemento estruturante de apoio à estratégia de investimento chinês em Portugal, na Europa e nos países da lusofonia. Esta reunião contou com a participação de cerca de 30 representantes de várias entidades Portuguesas e Chinesas  Na sequência do lançamento pelo Grupo Euronext da iniciativa TechShare, teve início em

setembro a primeira edição deste programa, que integrou quatro empresas portuguesas (Guestcentric, Inosat, Omnidea, e Uniplaces). Esta iniciativa também tem como propósito ajudar empresas nos vários países em que a Euronext tem presença, a prepararem-se para encontrar novas soluções de financiamento, designadamente através do mercado de capitais.

 O Fórum ‘Startup Europe’, promovido pela Comissão Europeia e a Fundação para a Ciência e Tecnologia, teve lugar em Lisboa entre 20 e 22 de outubro, no qual a Euronext teve participação em diversos momentos do programa.

 A Euronext Lisbon dedicou uma sessão aos membros da CFA Portugal, sob o tema “Bolsa: tendências do século XXI”. Estiveram presentes nesta sessão cerca de duas dezenas de profissionais do setor.

 A Euronext Lisbon participou na Conferência Anual da FIAB – Federação Ibero-Americana de Bolsas, que decorreu no Panamá e cujo tema central de discussão foi:

“Modernização e Integração das Bolsas Ibero-Americanas no contexto Regulatório global”.

Interbolsa

 A Interbolsa, detida a 100% pela Euronext Lisbon, continuou o processo de adaptação dos seus sistemas ao projeto 'TARGET2-Securities' (T2S), encontrando-se prevista para março de 2016 a data de migração da Interbolsa para o sistema de liquidação europeu (segunda onda de migração).

Literacia Financeira

 Em 2015 realizaram-se mais 10 sessões das "Young Professional Sessions" (YPS), envolvendo cerca de 380 participantes, e abordando diversos temas relacionados com o mercado de capitais.

Assinalando a European Money Week, a Euronext e a CMVM organizaram, em parceria, um conjunto de eventos dedicados à literacia financeira. Foi realizada uma sessão pública na qual se apresentaram os resultados de um projeto de investigação que, entre outros temas relacionados com o mercado de capitais, estimou o custo do capital e a rendibilidade da Bolsa portuguesa desde 1900 a 2013.

(33)

A Euronext Lisbon apoiou mais uma edição do Global Investment Challenge, competição realizada a partir de um simulador de Bolsa, este ano operacionalizada a partir de uma cópia de uma plataforma de negociação real.

 Durante o ano de 2015, a Euronext Lisbon visitou e foi visitada por 23 escolas, envolvendo cerca de 650 alunos, quer do ensino secundário, quer universitário, em ações de divulgação e promoção da literacia financeira.

3. Destaques Operacionais do Grupo

 Ao nível do Grupo Euronext, o ano de 2015 correspondeu ao primeiro ano completo no qual o Grupo Euronext desenvolveu a sua atividade após o IPO da Euronext NV, realizado em junho de 2014. Na sequência desta operação, a Euronext NV, anteriormente detida a 100% pela ICE, passou a contar com um conjunto de novos acionistas de referência, representando 33,4% do capital, e cerca de 62,3% de capital disperso.

 O ano de 2015 foi globalmente muito positivo para o Grupo Euronext, com as receitas a crescerem nos segmentos mais relevantes da sua atuação, designadamente nas operações de admissão (listing), negociação à vista (cash trading) e transação de dados e índices (market data and indices). Esta evolução resultou essencialmente de uma evolução positiva do mercado de ofertas públicas iniciais e ofertas subsequentes, que incluindo acções e obrigações, representou €111,7 mil milhões, que compara com €104,4 mil milhões em 2014, assim como do aumento dos volumes negociados em mercado secundário (+27,8% face a 2014). Esta evolução traduziu-se num aumento do resultado líquido consolidado do Grupo Euronext de €118,2 milhões em 2014, para €172,7 milhões em 2015.

 Em novembro a Euronext anunciou a assinatura de um contrato de três anos com a Bolsa do Luxemburgo, de prestação de serviços à sua plataforma de negociação e gestão do mercado. Este regime de outsourcing vem na sequência de relações desenvolvidas com esta Bolsa desde 2007.

 Com o objetivo de explorar oportunidades de desenvolver a sua atividade, aproveitando a importância crescente da economia chinesa e a abertura progressiva dos seus mercados, o Grupo Euronext lançou diversas iniciativas: duas parcerias, uma com a Bolsa de Shenzen na área dos Fundos e Índices, e outra com a Bolsa de Shangai relativa a produtos de informação. Foram ainda assinados MoUs com os bancos ICBC e Haitong Bank. Em Paris foi listado o primeiro ETF denominado em RMBs.

 Em outubro a Euronext recebeu aprovação da Hong Kong Securities and Futures Commission para poder prestar serviços de negociação automática (ATS) a clientes domiciliados em Hong Kong.

 Ainda em outubro a Euronext lançou a plataforma AtomX, com o objectivo de atrair a negociação e registo de derivados, que de outro modo seriam realizados OTC. Adicionalmente, este serviço permite a compensação (clearing) destes negócios, com vantagens em termos de gestão de risco.

 A assinalar também que a Euronext ganhou o prémio “Exchange of the Year”, incluído no Global Investors/ISF Investment Excellence Awards. Este reconhecimento assentou no facto de a Euronext ser a única bolsa que desenvolve mercados à vista e de derivados em diversos mercados, com uma única plataforma tecnológica; adicionalmente, através do Enternext, a empresa tem-se posicionado para disponibilizar à economia real uma fonte alternativa de financiamento.

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4. Modelo de Negócio

A atividade da Euronext Lisbon cobre cinco áreas de negócio principais:

Mercado a contado. Este segmento corresponde à atividade de negociação de valores mobiliários, que atualmente inclui ações, obrigações, ETFs, Certificados e Warrants. Nela se incluem as receitas provenientes das trading fees (comissões de negociação cobradas aos membros do mercado).

Admissão e manutenção. Esta atividade abrange a admissão à negociação de valores mobiliários, incluindo ofertas iniciais e ofertas subsequentes, e a manutenção dos valores cotados, incluindo o tratamento do pagamento de juros e dividendos. Nela se incluem as receitas provenientes das listing fees (comissões de admissão e manutenção cobradas às entidades emitentes).

Mercado de derivados. Neste segmento estão incluídas as atividades de listagem, gestão e negociação de contratos de derivados, incluindo opções e futuros. Nela se incluem as receitas provenientes das trading fees (comissões de negociação cobradas aos membros do mercado).

Serviços de informação. A informação sobre a negociação em bolsa, designadamente no que se refere a preços e volumes negociados é procurada por diversas entidades, que procedem à sua difusão e tratamento. A Euronext disponibiliza diversos serviços relacionados com a informação gerada na sua atividade, que também proporcionam receitas.

Liquidação e custódia. A atividade de liquidação e custódia de valores mobiliários no mercado português é gerida pela Interbolsa – empresa 100% detida pela Euronext Lisbon – que tem ainda a função delegada de gerar e gerir os Códigos ISIN. Assim, todos os valores mobiliários admitidos à negociação em Bolsa têm que ser previamente registados junto dos Sistemas geridos pela Interbolsa, de modo a que as operações de Bolsa possam aí ser liquidadas. A Interbolsa inclui ainda valores mobiliários não cotados, tratando os eventos corporativos de todos os valores integrados e prestando outros serviços relacionados com as entidades emitentes e os intermediários financeiros. As receitas provenientes desta atividade resultam do preçário da Interbolsa, que se aplica a entidades emitentes e intermediários financeiros.

5. Gestão de Risco

A Euronext Lisbon dedica uma atenção rigorosa, permanente, à manutenção de um perfil de risco prudente, equilibrado e adequado à experiência e à capacidade de organização, preservando os objetivos básicos de solvabilidade, rentabilidade e adequada liquidez.

A Euronext Lisbon, enquanto entidade gestora de mercados regulamentados, dispõe de um sistema de controlo interno que tem por objetivo a vigilância dos riscos inerentes à sua atividade, a

Alternext

Easynext

Ações Dívida Derivados Ações Dívida Produtos Estruturados

Mercado Regulamentado

Euronext

Sistemas de Negociação Multilateral

Euronext Lisbon

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minimização de imprevistos, a adaptação às mudanças no ambiente económico e competitivo e às mudanças de mercado, bem como um mais eficaz desenvolvimento e crescimento da empresa.

Riscos financeiros

a) Exposição a risco de crédito

 Não existe qualquer concentração significativa de risco de crédito numa única contraparte ou grupo de contrapartes. A exposição máxima ao risco de crédito para cada classe de ativos financeiros é representada pelos valores escriturados dos respetivos ativos.

b) Exposição a risco de taxa de juro

 As aplicações financeiras encontram-se expressas em ativos sem risco ou de risco reduzido, como sejam os depósitos a prazo com maturidade inferior a um ano.

 As referidas aplicações são realizadas junto de instituições financeiras de reconhecida credibilidade, existindo mecanismos de acompanhamento e avaliação dos riscos de aplicações de carteira própria, que impedem a exposição a riscos considerados relevantes.  A empresa não utiliza quaisquer instrumentos financeiros derivados para cobertura dos

riscos de taxa de juro.

c) Risco de liquidação e custódia

 Os procedimentos de alerta de existência de falhas na liquidação, bem como os procedimentos de controlo interno implementados, permitem monitorizar e mitigar os riscos inerentes a estas operações.

6. Riscos e Incertezas

 Existem incertezas face à possível alteração do quadro regulatório, que poderão afetar a posição competitiva da empresa.

 Em termos económicos, a evolução da economia nacional e da zona euro deverão continuar a condicionar o comportamento dos mercados de capitais. O enquadramento político na zona euro, também surge como uma condicionante da continuação da construção de soluções políticas mais estruturais para a consolidação da zona euro.

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7. Responsabilidade Corporativa

A Responsabilidade Corporativa é um compromisso segundo o qual a empresa integra, na sua atuação empresarial e na sua relação com os seus stakeholders, preocupações sociais e ambientais, numa base voluntária.

 A Responsabilidade Corporativa, tal como a entendemos, assenta no princípio da otimização dos resultados a três níveis (o Triple Bottom Line approach): Económico, Social e Ambiental. O reconhecimento da relevância da integração destas três componentes resulta, na sua essência, da constatação de que as empresas não sobrevivem no longo prazo, se as sociedades em que estão inseridas não forem socialmente equilibradas e desenvolvidas, e os recursos naturais não forem utilizados de uma forma sustentável.

 À medida que a Euronext tem enfrentado os desafios da evolução tecnológica e da globalização, aumentou a consciência de que a Responsabilidade Corporativa se reflete diretamente em valor económico. Embora a principal responsabilidade da empresa seja a geração de lucros, ela deve em simultâneo contribuir para atingir objetivos sociais e ambientais, integrando a Responsabilidade Corporativa na sua estratégia e planos de ação.  A componente social inclui dois níveis de atuação: os colaboradores e as comunidades onde

a empresa se insere. O Grupo está determinado a desenvolver um ambiente de trabalho que seja motivador e desafiante para os seus colaboradores, e que reconheça e recompense o seu esforço. A empresa compromete-se também com o desenvolvimento das comunidades em que está inserida, apoiando nomeadamente iniciativas de educação, literacia financeira e desenvolvimento dos mercados financeiros.

 No pilar ambiental procura desenvolver-se o negócio integrando objetivos e práticas que contribuam para a poupança de recursos e um ambiente mais limpo e saudável. Motivamos todos os colaboradores a considerarem os impactos ambientais das suas decisões empresariais e a encontrarem oportunidades de negócio que ajudem a enfrentar esses desafios.

Recursos Humanos

 A Euronext Lisbon continuou, em 2015, empenhada em criar um ambiente propício ao desenvolvimento das potencialidades a nível profissional dos seus colaboradores e, em simultâneo, proporcionar-lhes oportunidades de formação, desenvolvimento pessoal e equilíbro na sua vida profissional e familiar.

 Em dezembro de 2015, o número de colaboradores ativos na Euronext Lisbon e na Interbolsa era de 63, pertencendo 25 à entidade gestora da Bolsa e 38 à instituição responsável pelos sistemas centralizados de valores mobiliários. A este número acrescem ainda 2 colaboradores requisitados.

 A cultura de uma empresa é composta pelas partilha de valores, atitudes, crenças e padrões dos seus colaboradores. Foi em junho de 2015, que foi lançado um projecto de definição de valores criado a partir de grupos de trabalho composto voluntários de cada país. Cada grupo de trabalho apresentou propostas, tendo como base a sua cultura , a identificação de atitudes e valores presentes nas suas relações com colegas e clientes. Neste contexto, foram identificados os 5 valores do Grupo: União, Integridade, Agilidade, Energia e

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