CURSO DE BIOMEDICINA
Perfil
Epidemiológico
da
Meningite
Meningocócica no Distrito Federal nos anos
de 2014 a 2017
Epidemiological
Profile
of
Meningococcal
Meningitis in the Federal District from 2014 to
2017
Katia Ferreira Duarte
Steffane de Jesus Lourenço
Beatriz Camargo
Resumo
Introdução: Meningites são infecções que atingem o sistema nervoso central (SNC) podendo ter como agente etiológico vírus, fungos, bactérias e raramente parasitas. A bactéria causadora da meningite meningocócica é a Neisseria meningitides, um diplococo Gram negativo aeróbio e não hemolítico. Entre os principais sintomas estão: febre, cefaleia intensa, paralisia dos nervos cranianos e vômitos. O diagnóstico é feito principalmente através da análise e cultura do líquor. No Brasil, a doença possui uma taxa de letalidade de até 20%, sendo que, em sua forma mais grave, pode chegar a 50 % de evolução para óbitos. Metodologia: Um artigo de método observacional descritivo, realizado com dados do SINAN/ DATASUS sobre os casos de meningite meningocócica no Distrito Federal-DF nos anos de 2014 a 2017. Resultados e discussões: Entre os anos de 2014 e 2015 os registros mantiveram-se reduzidos com média entre 2 e 3 casos, ao passo que em 2016, houve aumento para 5 casos e em 2017 essas notificações subiram para 13 registros. Os meses de maio e junho obtiveram o maior índice de casos notificados, com prevalência do sexo feminino no número de notificações. Verificou-se que os indivíduos entre 20 e 39 anos compõe o grupo mais afetado, devido esta faixa etária não participar do calendário de vacinação. Conclusão: Foi possível observar que no Distrito Federal-DF a vacinação tem exercido impacto nos índices de meningite meningocócica, a Secretaria de Vigilância em Saúde- Ministério da Saúde visa a ampliação da vacinação entre as faixas etárias objetivando a redução do número de casos. Mudanças atuais no cenário das políticas de notificações contribuíram para que casos suspeitos fossem acompanhados mais de perto, fato observado no ano de 2017 que apresentou maiores índices de casos reportados.
Palavra-chave: meningite meningocócica; Distrito Federal; prevalência.
Abstract:
Introduction: Meningitis are infections that affect the central nervous system and may have as etiological agent viruses, fungi, bacteria and rarely parasites. The bacterium that causes meningococcal meningitis is Neisseria meningitides, a Gram-negative, aerobic and non-hemolytic diplococcus. Methodology: A descriptive observational method, carried out with SINAN / DATASUS data on the cases of meningococcal meningitis in the Federal District-DF in the years 2014 to 2017. Results and discussions: Between the years of 2014 and 2015, the records remained low with an average between 2 and 3 cases, while in 2016 5 cases, we also observed a significant increase in 2017 for 13 records. The months of May and June had the highest rate of reported cases, women were prevalent in the number of cases reported. We verified that individuals between 20 and 39 years of age make up the most affected group, because this age group does not participate in the vaccination schedule. Conclusion: We found that vaccination in the Federal District has had an impact on the meningococcal meningitis index, but with the improvement in the reports, there is also an increase in the number of cases in 2017. The actions that the health- Ministry of Health focuses on expanding vaccination with a view to reducing the rates.
Keyword: meningococcal meningitis; Federal District; prevalence.
EMAIL:beatriz.camargo@icesp.edu.br
Introdução
Meningites são infecções que atingem o sistema nervoso central (SNC) especificamente as membranas dura-máter, aracnoide e pia-máter, podendo afetar também o líquor que se localiza entre a dura-máter e aracnóide sendo responsável pela manutenção da homeostase, nutrição e amortecimento de impactos no SNC1.
Essa patologia pode ter como agente etiológico vírus, fungos, bactérias e raramente parasitas. Apresenta sintomatologia clínica variada como febre, cefaleia intensa, paralisia dos nervos cranianos e vômitos, sendo, a rigidez de nuca mais comum nos casos de meningite meningocócica1.
A bactéria causadora da meningite meningocócica é a Neisseria meningitides,um diplococo Gram negativo de dimensões de 0,6 a 1,0
μm de diâmetro, aeróbio e não hemolítica. Essa bactéria pode viver de forma comensal no nariz e garganta de indivíduos colonizados2.
A capacidade de virulência é acentuada devido a sua cápsula de polissacarídeo que gera
resistência a fagocitose. A Neisseria meningitides é classificada em 12 sorogrupos sendo os principais A, B, C, Y, W e X responsáveis pela meningite meningocócica. O sorogrupo C o mais prevalente no Brasil3.
A meningite meningocócica é uma infecção bacteriana aguda infectocontagiosa com elevada patogenicidade. Segundo o Ministério da Saúde (MS), no Brasil, a doença possui uma taxa de letalidade de até 20%, sendo que a forma mais grave, a meningococemia pode chegar a 50% nos próximos anos.
O diagnóstico laboratorial é feito através da análise do líquor, por exame físico químico (cor e aspecto), análise quimiocitológica que permite a Como citar esse artigo:
Duarte KF, Lourenço SJ, Camargo B. Perfil epidemiológico da meningite meningocócica no Distrito Federal nos anos de 2014 a 2017. Anais do 13 Simpósio de TCC e 6 Seminário de IC da Faculdade ICESP. 2018(13); 400-404
diferenciação celular, dosagens bioquímicas como glicose, lactato, proteínas, dentre outros. A bacterioscopia é marcada pela presença de diplococos Gram negativos intra e extracelulares com grande presença de polimorfonocleares3.
A cultura permite isolamento da bactéria para posterior identificação, sendo utilizados os meios de cultura como o ágar sangue, ágar chocolate e ágar Müller-Hinton. Nestes meios as colônias de Neisseria meningitides apresentam-se de forma arredondada, transparente, sem pigmentação e sem apresentar hemólise no ágar sangue4.
A hemocultura é de extrema importância na diferenciação de meningite meningocócica (MM) para meningococemia (MMCC), pois através deste exame possibilita-se a detecção do patógeno na corrente sanguínea.
Adicionalmente pode ser solicitado a contra imunoeletroforese cruzada (CIE) para detecção do antígeno presente no líquido cefalorraquidiano, que possui cerca de 70% de sensibilidade na detecção da Neisseria meningitides3,5 .Podemos ainda fazer a diferenciação do agente etiológico através da PCR em tempo real (PCR-TR).
O tratamento com antibióticos varia de acordo com a idade e estado do paciente. O crescente índice de resistência bacteriana provoca constantes manobras terapêuticas6sendo que, um tratamento tardio pode resultar inúmeras sequelas, entre elas, a deficiência do desenvolvimento psicomotor, déficit intelectual, hemiplegia, hidrocefalia, estrabismo, entre outras7.
Esse tipo de meningite é considerada uma doença de notificação compulsória, onde todos os casos suspeitos e/ou confirmados devem ser reportados imediatamente as autoridades competentes, por profissionais da área de assistência, vigilância e pelos laboratórios. O registro deve ser realizado pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), por meio do preenchimento da Ficha de Investigação de Meningite3.
Em casos suspeitos, a quimioprofilaxia com rifampicina é indicada em até 48hs para todos os domiciliares (residentes no mesmo domicílio). A recomendação para profissionais da saúde se estende aos que tiveram contato direto com o paciente em procedimento invasivo para coleta de amostra ou análise das mesmas (do material) e que não fizeram uso de equipamento individual de proteção (EPI)3.
A meningite meningocócica está entre as maiores causas de óbito em crianças por infecções bacterianas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que a taxa de letalidade pela forma mais grave da doença (meningococcemia) possui uma taxa de óbitos de até 50%, ainda que a profilaxia e assistência à saúde tenham tido melhorias no decorrer dos anos.8.
Segundo censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Distrito
Federal em 2010 tinha um total de 2.570.160 habitantes, sendo que, a estimativa atual para 2017 foi de 3.039.444, o aumento do número de habitantes pode contribuir para elevação do número de casos de meningite meningocócica no Distrito Federal9 .
Metodologia
Artigo de método observacional descritivo, realizado com dados do SINAN/DATASUS sobre os casos de meningite meningocócica no Distrito Federal (DF) nos anos de 2014 a 2017.
O período da pesquisa foi de acordo com a liberação do SINAN/DATASUS, para a consulta de domínio público, por esse motivo não houve necessidade de submissão ao comitê de ética. Estudo teve como abrangência apenas nas 31 regiões do Distrito Federal (DF), excluindo as regiões do entorno e casos de pacientes oriundos de outros estados erradicados no Distrito Federal. Foram analisandos os indivíduos conforme sexo, idade e meses do ano.
Em seu último censo (2010) o instituto Brasileiro de geografia e estatística (IBGE) estimou a população do Distrito Federal (DF) em 2.570.160, sendo a maioria do sexo feminino com 52,2% e o sexo masculino com 47,8%, com prevalência na faixa etária de 10 a 14 anos entre homens e entre mulheres de 20 a 29 anos.
Resultados e Discussões
Entre os anos de 2014 e 2015 os registros mantiveram-se reduzidos, com média entre 2 a 3 casos, ao passo que em 2016 esse número aumentou para 5 casos e em 2017 é notório o aumento significativo para 13 casos registrados, conforme o gráfico 1.
Gráfico 1 – Número de casos confirmados de meningite meningocócica
Fonte: Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net
Segundo o SINAN/DATASUS, no período de 2014 a 2017 foram reportados 49.359 casos de meningite no Brasil. Em 2014 foram 17.358 casos notificados ao passo que em 2017 foram 15.236 casos reportados, que nos demonstra a redução do
2 3 5
13 23
2014 2015 2016 2017 Total
Número de casos confirmados de meningite meningocócica
meningocócica ainda seja relativamente alto no Brasil, é notória a diminuição de casos, espera-se que com a ampliação dos grupos vacinados tenha-se uma redução mais significativa nos próximos anos10. Embora haja uma taxa decrescente no índice de meningite no país, é evidente o crescimento de casos na região do Distrito Federal. Esse acréscimo pode ter ocorrido devido às melhorias nas notificações de tal patologia nesta região, com a ação contínua do programa Saúde da Família que tem como objetivo oferecer a atenção básica à saúde.
A meningite meningocócica, segundo o Ministério da Saúde (MS), pode apresentar três formar clínicas distintas, sendo estas: Meningite meningocócica (MM), Meningococemia (MMCC) e Meningite meningocócica + meningococemia (MM+MMCC)
Dentre o período avaliado 2014 a 2017, a meningite meningocócica (MM) que indica a presença do meningococo somente entre as meninges, teve registro de 23 casos que representa 4,90%. Quadro 1
Quadro 1– Formas clínicas de casos de meningite confirmados Formas clínicas confirmadas de meningites
Tipos 2014 2015 2016 2017 Total Meningococemia 10 4 3 4 21 Meningite meningocócica 3 2 5 13 23 Meningite meningocócica +meningococemia 2 3 6 7 18 Meningite não especificada 54 54 43 35 186
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net
Já 21 casos de Meningococemia (MMCC) foram relatados, representando 4,47%, onde a meningococo está presente na corrente sanguínea, neste caso, às vezes, não atinge as meninges, situação na qual a análise do líquor está sem alterações (sepse pelo meningococo).
Quando ocorre a presença do meningococo nas meninges e na corrente sanguínea temos a Meningite meningocócica + meningococemia (MM+MMCC). Deste último tivemos 16 (3,41%) casos registrados neste período.
Por ser uma patologia de rápida evolução que pode levar a óbito em poucas horas é necessário diagnostico rápido e preciso. Em muitos casos, a procura por auxílio médico pode ser tardia, onde não há prazo suficiente para realização dos principais exames que demandam maior tempo, estes casos são classificados como Meningite não especificada (MNE) que obteve 186 casos notificados, equivalentes a 39,65% dos casos.
Segundo a Gerência de Vigilância Epidemiológica e Imunização (GEVEI), no Distrito Federal, alguns casos de meningite são finalizados
conforme avaliação clínica, por impossibilidade de coletar material para exames laboratoriais11.
Mezarobba e Silva12 em 2015 constataram que, no Brasil, a etiologia prevalente foram as meningites virais com 3.900 casos reportados sendo na região norte 146 casos, nordeste 658 casos, sul 868 e sudeste 2.136. Na região centro-oeste, a prevalência foi de meningite não especificada (MNE) com 130 casos
.
Conforme demonstrado no Boletim Epidemiológico11, devido à sazonalidade do Brasil, a meningite meningocócica tem ocorrência variada nos estados, onde a maior quantidade de registros ocorre durante o outono e inverno.
Os meses de maio e junho obtiveram maior índice de casos notificados, sendo que, exceto no ano de 2015 obtivemos casos notificados ao longo do segundo semestre como se verifica no quadro 2
Quadro 2 - Notificação conforme meses do ano
Notificações conforme os meses do ano
Mês 2014 2015 2016 2017 Total Janeiro 0 0 0 0 0 Fevereiro 0 0 0 0 0 Março 0 0 0 0 0 Abril 0 0 0 1 1 Maio 0 0 3 1 4 Junho 0 1 0 5 6 Julho 0 0 0 1 1 Agosto 0 1 1 1 3 Setembro 2 0 0 0 2 Outubro 0 0 0 1 1 Novembro 0 0 1 2 3 Dezembro 1 0 0 1 2 Total 3 2 5 13 23
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net
No Distrito Federal, entre os meses de maio a setembro, o clima predominante é seco e com baixa umidade do ar, que pode favorecer a transmissão entre os habitantes. Neste período, foram observados os maiores números de notificações conforme observa o Instituto Nacional de Meteorologia - INMET13.
A região do Distrito Federal contém atualmente o maior percentual de mulheres do país, onde podemos observar que entre 2014 a 2017 o sexo feminino tem prevalência no número de casos notificados, portanto essa elevação na quantidade de indivíduos do sexo feminino pode ter contribuído com os dados apresentados. Gráfico 2
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net
A população feminina no Brasil representa maior quantidade em relação à população masculina, desta forma, as mulheres apresentam quase o dobro do total dos casos notificados para todas as formas de meningite, como observado por Silva e Mezarobba no ano de 2015 comparando o panorama geral do Brasil. É importante lembrar que em nosso país, de forma geral, morrem mais homens que mulheres12.
No presente estudo constatou-se que entre os anos de 2014 a 2017 as crianças menores de 01 ano de idade tiveram redução nas notificações, fato que demonstra eficácia da imunização por meio de vacinação.
Quadro 2- Notificações em relação e idade
Casos de Meningite Meningocócica por Idade Idade 2014 2015 2016 2017 Total <1 ano 1 0 1 0 2 1 - 4 0 0 1 4 5 5 - 9 0 1 1 0 2 10 - 14 0 0 1 1 2 15 -19 0 0 0 3 3 20 - 39 2 2 0 5 9 40-59 0 0 1 0 1 70-79 0 0 0 0 0 Total 3 3 5 13 23
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net
Em 2017 foram atestados somente 04 registros de meningite meningocócica na faixa etária de 1 a 4 anos no Distrito Federal.
Em outras regiões do Brasil, como João Pessoa-PB, a prevalência da meningite meningocócica se deu no inverno nos meses de junho a setembro, quando, normalmente, prevalece o período chuvoso com alta umidade do ar, equivalendo a aproximadamente 28,5% do total de casos14. No estado de Santa Catarina, segundo o último boletim epidemiológico, no ano de 2017, os grupos com maior índice de casos foram crianças entre 1 a 4 anos e adultos entre 20 e 29 anos, perfil similar ao registrado no Distrito Federal15
,
sendo que, até 2013 esses mesmos grupos apresentavamVerificou-se que os indivíduos entre 20 a 39 anos compõem o grupo mais afetado, isso pode ser influenciado por essa faixa etária não participar do calendário de vacinação.
A Secretaria De Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) também comprovou em estudo realizado no período de 2010 a 2018 que os indivíduos 20 a 30 anos de idade tem tido crescimento elevado nos registros de meningite meningocócica17.
O Ministério da Saúde pretende vacinar cerca de 10 milhões de jovens contra meningite no ano de 2018 e ampliou a faixa etária para jovens de até 14 anos, visando a redução dos casos nessa faixa etária18.
A meningite meningocócica no Distrito federal- DF apresenta taxas crescentes, no entanto este fato pode se dar por melhorias no sistema de notificação e diagnóstico. Ainda assim, o sistema único de saúde- SUS vem procurando métodos para diminuir as taxas.
Conclusão
Analisando os dados propostos, foi verificado que no Distrito Federal as ações de vacinação têm exercido impacto nos índices de meningite meningocócica, no entanto, em função da melhoria nas notificações, percebe-se uma elevação das taxas no último ano avaliado.
Constatou-se também que os índices de registro em crianças menores de 1 ano de idade foram reduzidos quando comparados aos primeiros anos de notificação. Os indivíduos de 20 a 39 anos obtiveram notificação em quase todo o período avaliado e com índice superior aos demais analisados.
Em todas as faixas etárias, o sexo feminino é o mais acometido, sendo a maior parte dos registros durante os meses de maio e julho, período de seca no Distrito Federal.
Contudo é possível observar que Secretaria de Vigilância em Saúde- Ministério da Saúde tem atuado de forma ostensiva com ampliação da vacinação para redução dos índices de meningite meningocócica. Observou-se ainda que a conduta clínica em conjunto das análises laboratoriais deve ser realizada de forma ágil, em função da rápida evolução da doença, que pode levar a óbito.
Agradecimentos
Somos gratas a Deus,porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. A professora Beatriz Camargo pelo respeito, empenho e carinho durante a execução deste e ao longo da graduação. A todos que de forma direta ou indireta contribuíram para esta conquista, nosso muito obrigada.
0 10 20
2014 2015 2016 2017 Total
Notificação de meningite por
sexo
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