• Nenhum resultado encontrado

o Introdução o Objectivos o Hipótese o Metodologia o Resultados o Discussão o Conclusão o Bibliografia

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "o Introdução o Objectivos o Hipótese o Metodologia o Resultados o Discussão o Conclusão o Bibliografia"

Copied!
21
0
0

Texto

(1)
(2)

o  Introdução o  Objectivos o  Hipótese o  Metodologia o  Resultados o  Discussão o  Conclusão o  Bibliografia

(3)

INTRODUÇÃO

-

do latim: resilientia, “recusar, voltar atrás”

-  contexto da Metalurgia: caracterizar materiais que têm a

capacidade de regressar ao seu estado inicial após choque ou

pressão contínua

-  campo das Ciências Psicossociais: década de 80, atribuído a

vários autores anglo-saxónicos, nomeadamente Werner e Rutter

-  Bowlby tinha-o evocado para designar “a força moral, a qualidade

de uma pessoa que não se desencoraja, que não se deixa abater”

(4)

Definição

- processo ou fenómeno que reflecte uma adaptação positiva da

criança ou adolescente (C/A), apesar das condições de risco a que

possa ser sujeita/o

A. Martin (2005)

-  interacção da C/A com o meio ao longo do tempo:

•  Factores Protectores

•  Factores de Vulnerabilidade

- carácter flutuante

(5)

Investigação

-  população considerada de risco

-  características adaptativas

-  tem-se baseado nas inadaptações dos sujeitos em risco

-  ênfase sobre os factores protectores: caminho ainda pouco

explorado!!

> nº de situações de adversidade na nossa sociedade

(6)

OBJECTIVO

Identificar factores de resiliência em C/A:

- instituições da área da Grande Lisboa:

-  Instituto Conde Agrolongo (ICA)

-  Casa dos Rapazes (CR)

-  Centro de Acolhimento Temporário de Tercena

(CATT)

(7)

HIPÓTESE

Existem factores de resiliência em C/A institucionalizados:

- presentes nos sem psicopatologia

- ausentes nos com psicopatologia

METODOLOGIA

-  Amostra: Selecção por conveniência

-  População:

-  C/A ente 6 e 18 anos (inclusivé)

-  institucionalização ≥ 1 ano

-  consentimento informado

(8)

-  Instrumentos de avaliação:

-  Check-list para caracterização da C/A

-  Check-list para caracterização da instituição -  Check-list para caracterização da comunidade -  Child Behavior Check List (CBCL):

Subescala de Oposição/ Imaturidade Subescala de Agressividade

Subescala de Hiperactividade Subescala de Depressão

Subescala de Problemas Sociais Subescala de Queixas Somáticas Subescala de Isolamento

Subescala de Obsessivo/Esquizóide - Estudo estatístico: SPSS

(9)

RESULTADOS

Caracterização da População:

População: 64 C/A

Sexo: F 30 (46,9%); M 34 (53,1%)

Média de Idade (anos): 13,86 (F 14,8; M 13,03); Mediana e Moda: 14 

0  1  2  3  4  5  6  7  8  9  10  1  2  3  4  5  6  7  8  9  10  11  12  Idade  0  2  4  6  8  10  12  1  2  3  4  5  6  7  8  9  10  11  12  F  M  Sexo e Idade 

(10)

Tempo Médio de Institucionalização (anos): 4,69 0  2  4  6  8  10  12  14  1  2  3  4  5  6  7  8  9  10  11  12  0  5  10  15  20  25  30 

1º ciclo  2º ciclo  3º ciclo  secundário 

Escolaridade Institucionalização (tempo médio)

(11)

Principais Motivos de Institucionalização

Valor (%)

Maus -Tratos 78,1

Disfuncionalidade Familiar 53,1

Alcoolismo dos Pais 14,1

•  Com Institucionalizações Anteriores: 40 (62,5%) •  Com Contacto com Familiares:

•  Regular 44 (68,8%) •  Esporádico 10 (15,6%) •  Sem: 10 (15,6%)

•  Com Outro Familiar Institucionalizado: 43 (67,2%)

RESULTADOS

(12)

Factores de Resiliência:

•  da Criança (13): competências cognitivas, temperamento fácil em bebé, personalidade adaptável, auto-estima, fé, boa regulação emocional, talentos, sentido de humor, ser atraente, ter um melhor amigo, capacidade para resolução de problemas, não negar dificuldades, boa relação com prestador de cuidados;

•  da Instituição (12): autoridade parental na instituição, clima positivo, ambiente organizado, nível de instrução dos educadores > secundário, educadores envolvidos na educação, situação sócio-económica favorável, escolas de qualidade, existência de associações, bairros com sentido de colectividade, segurança, bons serviços de emergência, bons serviços de saúde pública;

(13)

Nº Médio de Factores de Resiliência (FR):

F – 16,73 M – 13,12

•  Correlação positiva entre nº de FR e Idade (Corr. Parcial, r=0,496; p=0,000; controlada para o tempo de institucionalização);

•  Associação estatisticamente significativa entre C/A do sexo F e a existência dos seguintes FR: “competências cognitivas”, “personalidade adaptável”, “auto-estima”, “fé”, “talentos”, “bom sentido de humor”, “capacidade de resolução de problemas” e “não negação de problemas ou dificuldades”; “ser atraente” (p=0,052; tendência);

(14)

      FR  Sub.  CBCL  Compet.  Cogn.  Temp.  Fácil em  Bebé  Pers.  Adaptáv el  Auto‐    EsJma  Fé  Boa  Regul.  Emoc.  Ta‐ lento  Sen. Hum.  Atrae nte  Melhor  Amigo  Res.  Prob  Não  Nega  Dif.  Rel.   Qualid.  com PC  Opos./  Imat.  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  Agres.  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅    √*  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  PHDA    ∅  ∅  √   ∅  √  ∅  √   ∅  ∅  √  Depr.    ∅  ∅      √*    ∅        ∅  ∅  Probl.  Sociais  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  Queix.  Somát.  ∅  ∅  √   ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  Isolam.  ∅  ∅  ∅  √  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  Ansied.    ∅  √   ∅  ∅  √   ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  Obs.‐ Esquiz.  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅  ∅ 

Associações estatisticamente significativas entre a ausência de FR e as subescalas da CBCL para p<0,05 (Teste de χ2 , Pearson). ∅ ausência; √ presença; √ * tendência

(15)

•  Correlação negativa entre nº de FR e Psicopatologia Total das Subescalas da CBCL (Corr. Pearson, r=0,387; p=0,002);

•  A “Auto-Estima” é o factor de resiliência cuja ausência está mais associada com psicopatologia* (5), seguindo-se os “talentos reconhecidos pelos outros” (3+1) e as “competências cognitivas” (3);

•  A Depressão é a subescala mais associada com a ausência de factores de Resiliência (8), seguida da Hiperactividade (7);

*Quando pelo menos uma das subescalas da CBCL > cut-off P85

RESULTADOS

(16)

Acompanhamento Pedopsiquiátrico, Factores de Resiliência e Psicopatologia:

•  Associação estatisticamente significativa entre existência de

acompanhamento pedopsiquiátrico e de psicopatologia (Pearson

χ2=9,263; p=0,002);

•  O número de C/A do sexo M que tem acompanhamento

pedopsiquiátrico é maior do que o número de C/A do sexo F (Pearson χ2=

9, 177; p=0,002);

•  Não há diferenças entre os géneros no que se refere à presença de psicopatologia (Pearson χ2= 1,815; p=0,178,ns), ou ao número de subescalas da CBCL (Teste T=- 1,350, p=0,182 ns);

•  Associação estatisticamente significativa entre a ausência de Factores de Resiliência e o apoio pedopsiquiátrico em C/A com psicopatologia (Teste Exacto de Fisher, p=0,013; análise estratificada controlada para a psicopatologia). 

(17)

  enfatizamos os FR individuais, e não os relativos às instituições, porque estes últimos não mostraram diferenças estatisticamente significativas;

  as subescalas da CBCL “Oposição/Imaturidade”, “Problemas Sociais” e “Obsessivo-Esquizóide” não estão presentes na nossa amostra em números relevantes, pelo que não foram discutidas, o mesmo ocorrendo para Temperamento Fácil em Bebé (79,7% desconhecidos);

  a Literatura refere que os doentes psiquiátricos têm níveis de Auto- -Estima significativamente inferiores, e que a presença de qualquer

doença psiquiátrica é causa de uma diminuição da Auto-Estima; concordantemente, no nosso estudo verificámos a associação entre a ausência de auto-estima e várias subescalas da CBCL;

(18)

DISCUSSÃO

  ter um Talento reconhecido pelos pares está associado, segundo a Literatura, com resiliência, assim como apontam os nossos resultados;

  tal como também verificámos, as Competências Cognitivas estão associadas com melhores resultados académicos e melhores e mais variadas estratégias de coping;

  a Literatura refere uma relação fortemente negativa entre resiliência e emoções negativas, tais como Depressão e Ansiedade.

(19)

Limitações

•  impossibilidade de exacto emparelhamento da população por sexo e por idade;

•  enviesamento da informação referente às instituições.

Novos estudos?

•  com emparelhamento da população, a fim de permitirem tirar ilações acerca das diferenças entre géneros?

•  mais rigorosos, para confirmação da hipótese?   

(20)

CONCLUSÃO

  há factores de resiliência em C/A institucionalizados que estão presentes nos que não têm psicopatologia e estão ausentes nos que têm psicopatologia;

  “auto-estima positiva”, “talentos” e “competências cognitivas” parecem ter maior preponderância para a protecção da C/A;

  por ordem decrescente de importância, seguem-se: “personalidade adaptável”/“fé”/“ser atraente”/“ter melhor amigo” e “relação de qualidade com prestador de cuidados”/“resolução de problemas”;

  sexo M apresenta um menor número de FR;

  o acompanhamento pedopsiquiátrico está relacionado com a ausência de FR na presença de psicopatologia.

(21)

BIBLIOGRAFIA

-  Achenbach, T.M., Questionário sobre o Comportamento de Crianças/Adolescentes dos 4-18 anos, Formulário para Pais-Versão Portuguesa, Universidade de Vermont (1991);

-  Altshuler, S., The Child Health and Illness Profile-Adolescent Edition: Assesing Well-Being in Group Homes or Institutions, Child Welfare League of America, Vol. LXXI, 3, USA (2002);

-  Anaut, M., A Resiliência, Ultrapassar os Traumatismos, Climepsi Editores, Lisboa (2005);

-  Campbell-Sills, L. et al, Relationship of resilience to personality, coping, and psychiatric symptoms in young adults, Behaviour Research and Therapy 44:585-599 (2006);

-  Goldstein, S. et al, Handbook of Resilience in Children, Kluwer Academic/Plenum Publishers, NY (2005);

- Jackson, S., et al, Surviving the Care System: Education and Resilience, Journal of Adolescents, 21: 569-583 (1998); -  Legault, L. et al, Factors Favoring Psychological Resilience among Fostered Young People, Children and Youth Services Review, 28: 1024-1038 (2006);

-  Martin, A., Resilience and Vulnerability: Adaptation in the Context of Childhood Adversities, JAACAP 44:4 (2005); -  Mikami, A. Y. et al , Resilient Adolescent Adjustment Among girls: Buffers of Childhood peer Rejection and Attencion-Deficit/Hyperactivity Disorder, JACP, 34:825-839 (2006);

-  Quyen, Q. et al, Adverse Life Events and Resilience, JAACAP, 37 (11): 1191-1200 (1998);

-  Salsali, M. et al, Low self-esteem and psychiatric patients: Part II-The relationship between self-esteem and demographic factors and psychosocial stressors in psychiatric patients, Annals of General Hospital Psychiatry, 2:3 (2003). 

Referências

Documentos relacionados

A prova do ENADE/2011, aplicada aos estudantes da Área de Tecnologia em Redes de Computadores, com duração total de 4 horas, apresentou questões discursivas e de múltipla

O objetivo deste experimento foi avaliar o efeito de doses de extrato hidroalcoólico de mudas de tomate cultivar Perinha, Lycopersicon esculentum M., sobre

O enfermeiro, como integrante da equipe multidisciplinar em saúde, possui respaldo ético legal e técnico cientifico para atuar junto ao paciente portador de feridas, da avaliação

*-XXXX-(sobrenome) *-XXXX-MARTINEZ Sobrenome feito por qualquer sucursal a que se tenha acesso.. Uma reserva cancelada ainda possuirá os dados do cliente, porém, não terá

O Museu Digital dos Ex-votos, projeto acadêmico que objetiva apresentar os ex- votos do Brasil, não terá, evidentemente, a mesma dinâmica da sala de milagres, mas em

nhece a pretensão de Aristóteles de que haja uma ligação direta entre o dictum de omni et nullo e a validade dos silogismos perfeitos, mas a julga improcedente. Um dos

Equipamentos de emergência imediatamente acessíveis, com instruções de utilização. Assegurar-se que os lava- olhos e os chuveiros de segurança estejam próximos ao local de

Tal será possível através do fornecimento de evidências de que a relação entre educação inclusiva e inclusão social é pertinente para a qualidade dos recursos de