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Modernismo Português. Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia. professorasonia.com.br

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Academic year: 2021

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Modernismo

Português

Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia

professorasonia.com.br

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Modernismo

Português

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HETERÔNIMOS

Fernando Pessoa

(8)

O mistério dos heterônimos

Pseudônimo

=

nome falso

=

Heterônimo

=

outro nome, outra

(9)

“Por qualquer motivo temperamental

que me não proponho a analisar, nem

importa que analise, construí dentro de

mim várias personagens distintas entre

si e de mim, personagens essas que

não

são

como

eu,

nos

meus

(10)

Lisboa

16 de abril de 1889

Órfão de pai e mãe

Criado pela tia no campo

Instrução primária

(11)

CARACTERÍSTICAS DE CAEIRO

Contato direto com a natureza

Incessante e incansável descoberta de

uma natureza em que tudo flui, tudo está

em constante transformação

(12)

“Sou um guardador de rebanhos.

O rebanho é os meus pensamentos

E os meus pensamentos são todos sensações.

Penso com os olhos e com os ouvidos

E com as mãos e os pés

E com o nariz e a boca.

Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la

(13)

RICARDO REIS

Porto

19 de setembro de 1887

Formado em Medicina

Defendia a monarquia

Por não concordar com a República, exilou-se no Brasil

Amante da cultura clássica ( latim, grego, mitologia)

(14)

Características de Ricardo Reis

Poeta de inspiração neoclássica

Carpe diem = viver o momento

(15)

“ Mas tal como é, gozemos o momento,

Solenes na alegria levemente,

E aguardando a morte

Como quem a conhece.”

“Não matou outros deuses

O triste deus cristão.

Cristo é um deus a mais,

Talvez um que faltava.”

(16)

Tavira

15 de outubro de 1890

Engenheiro naval formado na Escócia,

Viveu em inatividade, porque não se sujeitaria às

exigências do trabalho.

(17)

Características de Álvaro de Campos

Poeta futurista

Poesia intimista

Angústia e melancolia

(18)

Poema em linha reta

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.

Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,

Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,

Indesculpavelmente sujo,

Arre, estou farto de semideuses!

Onde é que há gente no mundo?

(19)

Ode triunfal

Á dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica

Tenho febre e escrevo.

Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,

Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.

Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!

Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!

Em fúria fora e dentro de mim,

Por todos os meus nervos dissecados fora,

Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!

Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,

De vos ouvir demasiadamente de perto,

E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso

De expressão de todas as minhas sensações,

(20)

Em febre e olhando os motores como a uma Natureza tropical

Grandes trópicos humanos de ferro e fogo e força

-Canto, e canto o presente, e também o passado e o futuro,

Porque o presente é todo o passado e todo o futuro

E há Platão e Virgílio dentro das máquinas e das luzes eléctricas

Só porque houve outrora e foram humanos Virgílio e Platão,

E pedaços do Alexandre Magno do século talvez cinquenta,

Átomos que hão-de ir ter febre para o cérebro do Ésquilo do século cem,

Andam por estas correias de transmissão e por estes êmbolos e por estes

volantes,

Rugindo, rangendo, ciciando, estrugindo, ferreando,

(21)

https://www.youtube.com/watch?v=K_W4ujcn9FM

https://www.youtube.com/watch?v=lDXtskH298k

“Eu tenho uma espécie de dever, dever de sonhar, de sonhar sempre, pois sendo mais

do que um espectador de mim mesmo, eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso. E assim me construo a ouro e sedas,

em salas supostas, invento palco, cenário para viver o meu sonho entre luzes brandas e

músicas invisíveis.”

(22)

https://www.youtube.com/watch?v=K_W4ujcn9FM

Publicado em 1982, quarenta e sete anos após a morte de Fernando Pessoa, "O Livro do Desassossego", tem como autor Bernardo Soares, personagem criada pelo próprio Pessoa. É um livro biográfico com os pensamentos de um dos maiores autores do século XX.

“São as minhas confissões e, se nelas nada digo, é que nada tenho para dizer.” É como Fernando Pessoa apresenta o livro que escreveu sob o heterónimo Bernardo Soares e onde revela a sua vida oculta.

A obra começou a ser escrita aos vinte e cinco anos de Pessoa, acompanhando-a o resto da vida e é como um labirinto onde o autor procura responder a questões como “quem sou eu?” ou “como posso explicar a realidade?” Dúvidas fundamentais do modernismo, que teve em Fernando Pessoa um dos seus representantes máximos. A obra levou vinte anos a ser escrita e ficou incompleta. São mais de 500 textos sem principio, meio nem fim, escritos por aquele que numa só noite criou três identidades distintas para o acompanharem na criação poética: o mestre Alberto Caeiro, o médico Ricardo Reis e o engenheiro Álvaro de Campos. Como testemunha de um Fernando Pessoa desconhecido, ficaram Bernardo Soares e “O Livro do Desassossego”.

(23)

O poeta é um fingidor.

Finge tão

completamente

que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.

Lírica

Reflexão sobre a arte poética e o papel

desempenhado pelo artista

(24)

Mar Portuguez

Ó mar salgado, quanto do teu sal

São lágrimas de Portugal!

Por te cruzarmos, quantas mães choraram,

Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar

Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena

Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador

Tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abysmo deu,

Mas nelle é que espelhou o céu.

Saudosista-nacionalista

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(27)

Mensagem

Quando o carteiro chegou

E o meu nome gritou

Com uma carta na mão

Ante surpresa tão rude

Nem sei como pude

Chegar ao portão

Lendo o envelope bonito

O seu subscrito

Eu reconheci

A mesma caligrafia

Que me disse um dia:

-- Estou farto de ti

Porém não tive coragem de abrir a

mensagem

Porque na incerteza

Eu meditava, dizia:

- Será de alegria?

- Será de tristeza?

Quanta verdade tristonha

Ou mentira risonha

Uma carta nos traz

E assim,pensando,

Rasguei sua carta e queimei

Para não sofrer mais...

(28)

Mensagem

Álvaro de Campos

“Todas as cartas de amor são

Ridículas

Não seriam cartas de amor se

não fossem

Ridículas

Também escrevi em meu tempo

cartas de amor,

Como as outras,

Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,

Têm de ser

Ridículas.

Quem me dera no tempo em que

escrevia

Sem dar por isso

Cartas de amor

Ridículas.

Afinal,

Só as criaturas que nunca

escreveram

Cartas de amor,

É que são

Ridículas.”

(29)

Morre Fernando Pessoa

Fernando Pessoa foi internado no dia 29 de novembro de

1935, com diagnóstico de "cólica hepática" devido ao

excessivo consumo de álcool ao longo da sua vida.

Morreu no dia 30, com 47 anos de idade.

(30)

Morre Fernando Pessoa

(31)

http://arquivopesso

a.net/textos/4502

Referências

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