Navegação Vale do Rio
Doce S.A. - DOCENAVE
Demonstrações Contábeis para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2000 e 1999 e Parecer dos Auditores IndependentesBALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2000 E 1999 (Em milhares de reais)
ATIVO
2000
1999
CIRCULANTE
Disponibilidades 29.269 1.171
Contas a receber de clientes, líquidas de provisão para
devedores duvidosos de R$ 13.915 (1999 - R$ 4.938): 53.675 41.731
Seguros a receber 4.587 3.206
Empresas ligadas 14.682 7.271
Estoques 3.738 3.443
Armadores e agentes 10.050 9.362
Fundo da Marinha Mercante-AFRMM 6.424 3
Despesas antecipadas 2.388 1.766
Outros 2.796 4.668
127.609 72.621 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Imposto de renda e contribuição social diferidos 25.183 16.539 Cauções e depósitos judiciais 4.232 3.995
Outros 726 1.269 30.141 21.803 PERMANENTE Investimentos: Sociedade controlada 305.303 261.767 Outros 418 413 Imobilizado líquido 129.997 138.165 435.718 400.345 TOTAL DO ATIVO 593.468 494.769
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2000 E 1999 (Em milhares de reais)
PASSIVO
2000
1999
CIRCULANTE
Parcela do circulante dos financiamentos de longo prazo 9.736 8.706
Fornecedores 4.679 3.467
Salários e encargos sociais 2.295 1.332
Empresas ligadas 10.625 9.589
Fretes e afretamentos: 16.327 20.433
Impostos e contribuições a recolher 1.291 1.205 Credores por agenciamentos 3.573 2.683
AFRMM a aplicar 6.424 3
Provisões operacionais 7.226 9.813
Outros 2.022 916
64.198 58.147 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Financiamentos 43.083 47.214
Empresas ligadas 78.160
Provisões operacionais 1.833 3.108
Provisões para contingências 8.308 5.123 131.384 55.445
RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS 884 540
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social atualizado 267.000 267.000
Reservas de capital 97.909 95.191
Reservas de lucros 32.093 18.446
397.002 380.637
TOTAL DO PASSIVO 593.468 494.769
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2000 E 1999 (Em milhares de reais, exceto o lucro por ação)
2000
1999
RECEITA OPERACIONAL DE SERVIÇOS
Fretes 143.119 81.199
Serviços 30.452 29.591
173.571 110.790 Impostos incidentes sobre a receita operacional de serviços (6.801) (3.487)
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 166.770 107.303
CUSTO DOS FRETES E SERVIÇOS (172.150) (113.382)
PREJUIZO BRUTO (5.380) (6.079)
RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS:
Administrativas e comerciais (31.141) (20.524)
Receitas financeiras 668 1.544
Despesas financeiras (7.546) (7.108)
Variações monetárias e cambiais, líquidas (4.997) (13.742)
Outras 9.863 7.073
(33.153) (32.757) RESULTADO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 43.536 52.357
LUCRO (PREJUIZO) OPERACIONAL 5.003 13.521
RESULTADO NÃO OPERACIONAL, LÍQUIDO - 40
LUCRO (PREJUÍZO) ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 5.003 13.561
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - DIFERIDO 8.644 14.120
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 13.647 27.681
QUANTIDADE DE AÇÕES NO FIM DO EXERCÍCIO 264.169.854 264.169.854 LUCRO LÍQUIDO POR LOTE DE MIL AÇÕES 51,66 104,78
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2000 E 1999
(Em milhares de reais)
Reserva Depreciação Reserva
Capital social Reserva especial adicional - de Lucros capital de para aumento AFRMM Reserva lucros (prejuízos)
atualizado ágio de capital aplicado legal a realizar acumulados Total
Saldos em 1 de janeiro de 1999 5.631 - 4.830 - - - (9.235) 1.226
Utilização do AFRMM na amortização
de financiamentos de embarcações - - - 3.219 - - - 3.219 Integralização de capital, mediante conferência de bens,
direitos e obrigações recebidos da DOCEPAR S.A. (Nota 2) 261.369 87.142 - - - - - 348.511
Lucro líquido do exercício - - - - - 27.681 27.681
Destinação do lucro líquido do exercício:
Reserva legal - - - 1.384 - (1.384)
Reserva de lucros a realizar - - - - - 17.062 (17.062) -Saldos em 31 de dezembro de 1999 267.000 87.142 4.830 3.219 1.384 17.062 - 380.637 Utilização do AFRMM na amortização
de financiamentos de embarcações - - - 2.718 - - - 2.718
Lucro líquido do exercício - - - - - 13.647 13.647
Destinação do lucro líquido do exercício:
Reserva legal - - - 682 - (682)
Reserva de lucros a realizar - - - - - 12.965 (12.965) -Saldos em 31 de dezembro de 2000 267.000 87.142 4.830 5.937 2.066 30.027 - 397.002
Reservas de lucros Reservas de capital
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2000 E 1999
(Em milhares de reais)
2000 1999
ORIGENS (APLICAÇÕES) DE RECURSOS
Lucro líquido do exercício 13.647 27.681
Itens que não afetam o capital circulante líquido:
Depreciação 9.446 9.465
Resultado da equivalência patrimonial (43.536) (52.357)
Imposto de renda diferido e contribuição social diferidos (8.644) (14.120) Juros e variações monetárias de valores de longo prazo, líquidos 6.082 22.179
Provisões do exigível a longo prazo 1.443 5.366
Outros (5) (483)
Total aplicado nas operações (21.567) (2.269)
Aumento do ativo imobilizado (1.279)
-Aumento de empresas ligadas 76.160
-Aumento de capital com dívida de longo prazo e conferência de bens de curto e longo
prazos pela DOCEPAR S.A. - 348.511
Aumento do ativo permanente, por conferência de bens recebidos da DOCEPAR S.A. - (147.555) Aumento do exigível a longo prazo, por conferência de obrigações recebidas
da DOCEPAR S.A. - 37.227
Transferência de dívida de longo prazo para capital social - (222.873)
Transferência do exigível a longo prazo para o circulante (7.961) (9.089)
Recursos provenientes de AFRMM 2.718 3.219
Outros 866 (1.380)
AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 48.937 5.791
REPRESENTADO POR:
Aumento do ativo circulante 54.988 63.401
Aumento do passivo circulante 6.051 57.610
AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 48.937 5.791
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2000 E DE 1999
(Em milhares de reais)
1. OPERAÇÕES
A companhia Navegação Vale do Rio Doce S.A.-DOCENAVE, controlada da Companhia Vale do Rio Doce, é uma Empresa de navegação marítima que opera, principalmente, no transporte de granel em viagens de longo curso, cabotagem e fluvial, no transporte de cargas em geral, inclusive na navegação de apoio portuário.
2. REESTRUTURAÇÃO SOCIETÁRIA
A Companhia fez parte de um programa de reestruturação societária de sua controladora DOCEPAR S.A. em 1999, que incluiu os seguintes principais aspectos: a) Transformação da DOCEPAR S.A. em uma sociedade “holding”, através da
transferência para a Companhia de todos seus ativos operacionais, líquidos dos passivos, relacionados à atividade de navegação. Tal transferência se deu através de aumento de capital, no valor de R$ 125.638, sendo a seguinte a composição de tais ativos líquidos:
Capital circulante líquido 15.310
Embarcações e outros ativos permanentes 147.555 Obrigações de longo prazo (principalmente financiamentos) (37.227)
Total 125.638
b) Aumento de capital através de créditos a favor da DOCEPAR S.A., no valor de R$ 222.873.
c) Pagamento de dividendos por parte da DOCEPAR S.A. aos seus acionistas (principalmente Companhia Vale do Rio Doce-CVRD), com o investimento que mantinha na Companhia, pelo seu valor contábil. Dessa forma, a CVRD passou a ser a controladora direta da Companhia.
NAVEGAÇÃO VALE DO RIO DOCE S.A.-DOCENAVE
3. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS
As demonstrações contábeis foram elaboradas com base nas disposições da Lei das Socidades por Ações, sendo as seguintes as principais práticas contábeis:
a) Disponibilidades
Representam saldos bancários, caixa de bordo de embarcações e aplicações financeiras registradas ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço.
b) Clientes
São registrados e mantidos no balanço pelo valor nominal dos títulos representativos desses créditos, acrescidos das variações monetárias ou cambiais, quando aplicáveis, deduzidos de provisão para cobrir eventuais perdas na realização desses créditos.
c) Investimento em sociedade controlada
É avaliado pelo método de equivalência patrimonial.
d) Imobilizado (transferido para a Companhia, conforme Nota 2)
Avaliado pelo custo de aquisição ou construção, acrescido dos encargos de financiamentos incorridos durante a fase de construção, e deduzido das depreciações acumuladas, corrigidos até 31 de dezembro de 1995. As depreciações são calculadas pelo método linear e levam em consideração a vida útil-econômica dos bens, e, também, o seu valor residual estimado (embarcações).
e) Passivos
São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos, quando aplicáveis.
As particularidades concernentes às empresas de navegação encontram-se refletidas nas demonstrações contábeis e enquadram-se nas disposições contidas na Portaria do Ministério da Fazenda nº 188, de 27 de setembro de 1984. Essas particularidades incluem, principalmente, a forma de contabilização do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) e a amortização do principal, juros e correção monetária dos financiamentos de embarcações concedidos pelo Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante - CDFMM. De conformidade com a legislação vigente aplicável às empresas de navegação, é aplicada uma taxa adicional de 25% sobre o valor do frete de importação na navegação de longo curso, a qual se destina ao Fundo da Marinha Mercante (FMM). Parte desse valor é revertida a Companhia, mediante depósito em conta vinculada no Banco do Brasil S.A. No tocante à cabotagem, é aplicada a taxa adicional de 10% sobre o valor do frete de cabotagem cobrado dos clientes, o qual também é revertido integralmente para a Companhia, em conta vinculada, no Banco do Brasil S.A.. Esses depósitos destinam-se, exclusivamente, a construção, docagem, reparos, manutenção das embarcações e amortização de financiamentos concedidos pelo Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante - CDFMM para aquisição de embarcações.
As parcelas da taxa adicional (AFRMM), liberadas e a liberar pelo CDFMM, são registradas em contas do ativo e passivo circulantes. À medida que esses recursos vão sendo utilizados pela empresa, as parcelas correspondentes são transferidas da conta recursos a serem aplicados para uma conta de reserva de capital (depreciação adicional - AFRMM).
5. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS
Representam créditos tributários oriundos de prejuízos fiscais, bases negativas de contribuição social e diferenças temporárias, baseados em expectativa de geração de resultados tributáveis no futuro.
NAVEGAÇÃO VALE DO RIO DOCE S.A.-DOCENAVE Imposto de renda 25% Contribuição social: de 1998 a abril de 1999 8% de maio de 1999 a janeiro de 2000 12% de fevereiro de 2000 a dezembro de 2002 9% de 2003 em diante 8%
Tais percentuais diferenciados resultaram em uma alíquota média ponderada de tributação de 34%, calculada de acordo com o período no qual a Companhia espera gerar resultados tributáveis futuros. Os valores de imposto de renda e contribuição social que afetaram o resultado do exercício são demonstrados como segue:
Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição
social 5.003 13.561
Receita (despesa) de imposto de renda e da contribuição social
calculados à alíquota efetiva (1.701) (4.611)
Ajustes:
Resultado de equivalência patrimonial 14.802 17.801 Provisão para perdas na realização de créditos fiscais (4.352)
Outros (105) 930
Receita de imposto de renda e contribuição social diferidos 8.644 14.120
Os saldos de imposto de renda e contribuição social diferidos ativos são como segue:
2000 1999
Sobre prejuízos fiscais 14.083 7.010
Sobre base negativa de contribuição social 6.428 4.042
Sobre diferenças temporárias 9.024 5.487
Total 29.535 16.539
Provisão para perdas na realização de créditos fiscais (4.352) -25.183 16.539 A Administração acredita que a Companhia irá gerar lucros tributáveis no futuro que possibilitem a utilização de parte de seus prejuízos fiscais, bases negativas de contribuição social e diferenças temporárias. Dessa forma, é constituída uma
provisão para perdas somente sobre a parcela que a Companhia acredita ser irrecuperável através de tal expectativa de lucros futuros.
6. INVESTIMENTO EM SOCIEDADE CONTROLADA
2000 1999 Saldos no início do exercício 261.767 209.410 Equivalência patrimonial, oriundo de: 43.536 52.357 Resultado do exercício 19.174 (48.133) Variação cambial 24.362 100.490 Saldos no final do exercício 305.303 261.767 Capital social em 31.12 217.496 198.978 Patrimônio líquido em 31.12 305.303 261.767 Lucro (prejuízo) líquido em 31.12 19.174 (48.133) Percentual de participação 100 % 100 % Quantidade de ações possuidas 1 1
(controlada no exterior) Navedoce-Serviços e Empreendimentos LDA
A controlada possui investimento indireto na Wilsea Shipping, Inc., a qual é auditada por outros auditores independentes.
7. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
As principais transações com partes relacionadas foram pactuadas às condições normais de mercado, sendo compostas como segue:
Ativo Passivo Ativo Passivo
Companhia Vale do Rio Doce 40.484 483 8.189 3.302 Seamar Shipping Corporation 31.129 58.853 26.466 13.336 Docepar S.A. 34 1.003 - 405 ALUNORTE 2.683 - 2.836 107 Rio Doce Finance - 37.020 - 635
Outras 291 15 113 67
74.621 97.374 37.604 17.852
2000 1999
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Saldos comerciais (fretes e serviços) ( * ) 49.329 19.214 37.604 15.077 Saldos financeiros a curto prazo 25.292 - - 2.775 Saldos financeiros a longo prazo - 78.160 -
-74.621 97.374 37.604 17.852
( * ) Classificados nas rubricas “Contas a receber de clientes”, “Empresas ligadas” e “Fretes e afretamentos”.
As operações comerciais e financeiras realizadas com partes relacionadas totalizam os montantes discriminados abaixo:
Receita Despesa Receita Despesa
Companhia Vale do Rio Doce 21.282 2.699 15.221 997 Seamar Shipping Corporation 30.752 18.489 25.322 6.886 Docepar S.A. - - 636 4.393 ALUNORTE 25.222 28 27.839 45 Rio Doce Finance - 8.223 - 277 Itabira International Co.-ITACO 1.039 - -
-Outras 13 3 22 48
78.308 29.442 69.040 12.646
2000 1999
Representados por:
Fretes e serviços 74.535 - 60.319 -Custo de fretes e serviços - 17.393 4.932 Despesas administrativas - 1.815 - 903 Receitas/Despesas financeiras 540 3.217 1.468 2.959 Variações monetárias e cambiais, líquidas 3.233 7.017 7.253 3.852 78.308 29.442 69.040 12.646
O imobilizado está representado por bens havido por conferência e pagamento de subscrição de ações pela DOCEPAR S.A., conforme descrito na Nota 2, os quais foram registrados pelos valores residuais, sem que, no entanto, tenha ocorrido mudança na vida útil estimada dos bens.
Taxas médias anuais de depreciação 2000 1999 Bens em operação: Embarcações 6,38 143.387 143.387 Instalações 8,00 662 662
Equipamentos de processamento de dados 9,15 2.200 1.922
Veículos 12,05 76 18 Móveis e utensílios 10,00 320 312 Intangível - 80 80 146.725 146.381 Depreciação acumulada (18.911) (9.465) 127.814 136.916 Imobilizações em curso 2.183 1.249 Total 129.997 138.165 9. FINANCIAMENTOS Vencimento Órgão financiador, da última
embarcação e outros prestação 2000 1999
Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante - CDFMM Embarcações em operação: Doceorion Abr/2005 1.633 1.869 Docetaurus Mai/2005 1.340 1.537 Docerio Set/2006 20.500 21.809 Doceserra Fev/2007 23.434 24.451
Rebocador Engenheiro Mascarenhas Jan/2007 2.956 3.127
Rebocador São Luiz Jan/2007 2.956 3.127
52.819 55.920
Passivo circulante 9.736 8.706
Exigível a longo prazo 43.083 47.214
a) Os financiamentos do CDFMM estão sujeitos à atualização monetária pela variação do dólar e juros de 1,5% a.a. a 6% a.a., com amortizações mensais, sendo garantidos pelas próprias embarcações adquiridas, em hipoteca de primeiro grau.
NAVEGAÇÃO VALE DO RIO DOCE S.A.-DOCENAVE b) As parcelas de longo prazo vencem nos seguintes anos:
Ano 2000 1999 2001 - 8.867 2002 8.947 7.982 2003 8.854 7.880 2004 8.854 7.880 2005 8.426 7.492 2006 7.302 7.490 2007 700 623 Total 43.083 47.214
c) Os financiamentos são oriundos do processo de reestruturação societária descrito na Nota 2.
10. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social
O capital social subscrito e integralizado em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 está representado por 264.169.854 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal.
b) Reserva especial para aumento de capital e reserva de depreciação adicional - AFRMM aplicado
A reserva de depreciação adicional é creditada pelo montante dos recursos provenientes do Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante-AFRMM, aplicados na construção, docagem, manutenção, reparos de embarcações e na amortização de financiamentos de embarcações.
Essa reserva é debitada à medida que as depreciações adicionais das embarcações são tributadas, sendo o valor correspondente transferido para a conta de reserva especial para aumento de capital. Em 2000, a Companhia constituiu o montante de R$ 2.718 (1999 – R$ 3.219).
c) Reserva de ágio
Constituída com o saldo remanescente do valor dos bens, direitos e obrigações conferidos pela Docepar S.A., na subscrição de ações da Companhia, descrito na Nota 2.
d) Proposta da Administração
A Administração da Companhia está propondo à Assembléia Geral Ordinária que o lucro líquido do exercício, após deduzida a parcela correspondente à reserva legal, seja destinado à constituição da reserva de lucros a realizar, no montante de R$ 12.965, com base no resultado positivo de equivalência patrimonial, na forma do Art. 197 da Lei 6.404/76.
11. PLANO DE SEGURIDADE SOCIAL
A Fundação Vale do Rio Doce de Seguridade Social – VALIA é uma pessoa jurídica de fins não lucrativos, que tem por finalidade suplementar benefícios da instituidora Companha Vale do Rio Doce e de suas controladas, subsidiárias integrais e coligadas. A Companhia, em consequência da reestruturação da DOCEPAR S.A., absorveu seu quadro de empregados desde o início do ano de 1999, bem como a qualidade de mantenedora do referido plano, contribuindo durante o exercício com uma parcela mensal correspondente a 17,9% sobre a folha de pagamento dos seus empregados ativos suficiente para, em conjunto com a contribuição das demais patrocinadoras, mantenedoras e dos benefíciários, assegurar a cobertura do plano de custeio, atuarialmente calculado. A Companhia se obriga ainda a proporcionar, se necessário, recursos financeiros adicionais, caso se verifique insuficiência acentuada de reservas técnicas do plano.
O montante das contribuições feitas pela Companhia durante o exercício foi de R$ 997 (1999 – R$ 708).
Novo plano de benefícios
Em 28.12.99 foi aprovado pela Secretaria de Previdência Complementar, através do Ofício No. 866-SPC/COJ, o novo plano misto de benefícios para a Fundação. Este plano, que foi implantado no primeiro semestre de 2000, foi elaborado tendo por base os mais modernos conceitos no âmbito da Previdência Privada; os benefícios progamáveis são do tipo contribuição definida desvinculados da concessão de
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benefícios da Previdência Social e os de risco têm característica de benefício definido. Também foi introduzido o Benefício Diferido por Desligamento (“Vesting”), que permite ao participante manter-se vinculado ao plano sem que sejam necessárias contribuições futuras. Outra vantagem oferecida pelo novo plano é que este permite, em caso de desligamento da Fundação, a devolução da totalidade das contribuições do participante e até 80% das contribuições da patrocinadora, acrescidas da rentabilidade dos investimentos.
12. PASSIVO CONTINGENTE
A Companhia provisionou contingências fiscais, judiciais e trabalhistas no montante de R$ 8.308, considerado pela Administração como suficiente para cobrir eventuais perdas.
13. COBERTURA DE SEGUROS
As coberturas de seguros são determinadas e contratadas em bases técnicas, consideradas pela Administração suficientes para cobertura de eventuais perdas decorrentes de sinistros com bens do ativo imobilizado.
14. INSTRUMENTOS FINANCEIROS
O valor contábil dos instrimentos financeiros da Companhia apresenta-se geralmente próximo ao valor de mercado em virtude da maturação de curto prazo ou frequentes reajustes de valor desses instrumentos.
Estimativas do valor de mercado são baseadas em informações de mercado a respeito dos instrumentos financeiros. Estas estimativas são subjetivas por sua natureza e, desta maneira, não podem ser determinadas com precisão.
ÁLVARO DE OLIVEIRA JÚNIOR Diretor-Presidente
CPF- 344.829.777-04
AKIRA KATSURAGI Diretor
CPF 562.164.247-34
ELIAS DAVID NIGRI Diretor
CPF- 231.116.907-68
JOAQUIM SANCHES NETO Contador – CRC.RJ-035.481-1
EDUARDO DE CARVALHO DUARTE Gerente Geral de Controladoria
Ilmos. Srs.
Diretores e Acionistas
Navegação Vale do Rio Doce S.A. - DOCENAVE Rio de Janeiro - RJ
Examinamos os balanços patrimoniais da Navegação Vale do Rio Doce S.A. - DOCENAVE levantados em 31 de dezembro de 2000 e 1999, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas. Essas demonstrações contábeis foram elaboradas sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. As demonstrações contábeis da controlada indireta Wilsea Shipping Inc., relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2000 e 1999, foram examinadas por outros auditores independentes e, a nossa opinião, no que diz respeito aos valores dos investimentos e dos resultados decorrentes dessa controlada indireta, está baseada no parecer desses auditores.
Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Companhia; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
Em nossa opinião, com base em nossos exames e nos pareceres dos outros auditores, as demonstrações contábeis referidas no primeiro parágrafo, representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Navegação Vale do Rio Doce S.A. -DOCENAVE em 31 de dezembro de 2000 e 1999, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com os princípios de contabilidade emanados da legislação societária brasileira.
Rio de Janeiro, 8 de fevereiro de 2001
DELOITTE TOUCHE TOHMATSU MARCELO C. ALMEIDA
Auditores Independentes Contador