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ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA SOBRE OPERADORES LOGÍSTICOS E OS MEIOS DE AVALIAÇÃO DEA, MCDA-C E CUSTEIO ABC

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ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA SOBRE OPERADORES LOGÍSTICOS E OS

MEIOS DE AVALIAÇÃO DEA, MCDA-C E CUSTEIO ABC

Lucinéia Batista, Universidade Federal de Santa Catarina, lucineia.hanck@gmail.com Renata Pizoni, Universidade Federal de Santa Catarina, eng.renata.pizoni@gmail.com Edson Pacheco Paladini, Universidade Federal de Santa Catarina, paladini@floripa.com.br Resumo: A classe dos operadores logísticos é considerada uma das mais importantes para a economia nacional, tendo em vista que tem como responsabilidade o deslocamento e entrega dos mais diversos tipos de suprimentos. A categoria vem se aprimorando, buscando atender clientes com agregação de serviços em suas funções. O mercado por sua vez, tem primado cada vez mais pela agregação de operações como armazenamento, abastecimento, redução de nível de estoque, tempo de ciclo de pedidos, prazo de entrega e melhor atendimento, o que envolve os operadores logísticos. Por meio de uma análise da revisão bibliométrica da literatura pôde-se chegar aos conceitos mais pertinentes acerca das ferramentas de avaliação DEA, Custeio ABC e MCDA-C, também pôde-se compreender melhor as vantagens que cada modelo pode proporcionar às empresas.

Palavras-chave: logística, operadores logísticos, DEA, MCDA-C, custeio ABC

1. INTRODUÇÃO

De maneira geral, a logística tem forte relação com todas as áreas da empresa, sendo responsável pelo abastecimento, distribuição, produção, estocagem e a expedição dos produtos ou serviços até a chegada ao cliente. Para estas atividades serem realizadas, se faz necessário o envolvimento de vários integrantes. Um deles é chama-se operador logístico, que possui a função de realizar o abastecimento de suprimentos que abrangem os processos desde a produção até a entrega do produto ao cliente.

Com a evolução do mercado e com clientes cada vez mais exigentes, a atenção com o setor logístico tem sido redobrada. Desde então, análises de custos e desempenho aprimoraram os controles da operacionalização e operações logísticas (MORETTI, 2005).

Com a globalização, os negócios alcançaram patamares de informação jamais imaginados. Os fluxos de matérias e informações entre as empresas aumentaram e com isso a busca por novas alternativas de atendimento aos clientes. Segundo Lima (2004), a preocupação empresarial com relação às operações logísticas é motivada pela crescente exigência dos clientes, a adoção em grande escala dos movimentos de qualidade, a estabilidade da moeda (para a realidade brasileira), a crescente utilização de alianças e parcerias estratégicas e a revolução da informação, onde os dados são transmitidos em velocidade superior à dos materiais.

Com todo este crescimento e evolução, iniciaram-se as dificuldades em trabalhar com a complexidade deste setor e a busca pelas empresas de soluções externas para focarem nas suas competências. Neste momento, surge o processo de terceirização, o qual possibilitou benefícios para ambos e colocou os operadores logísticos como bons parceiros de negócios, podendo contribuir para melhoria da satisfação dos clientes e do desempenho das empresas (BASK, 2001). Além disto, a contratação dos operadores logísticos também colaborou com redução de nível de estoque, tempo de ciclo de pedidos, prazo de entrega e melhor atendimento.

Com todas estas mudanças no mercado, as transportadoras deixaram de ter somente a atividade transporte de fato e passaram a ser prestadoras de serviço. Desta forma, as organizações vêm se adequando para continuarem competitivas e integradas aos prestadores de serviços com o objetivo de aumentar o manuseio de cargas e as formas de entregas aos seus clientes (FLEURY, 2004b).

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E com a evolução, surgiram também meios mais eficazes para avaliar os operadores logísticos. As ferramentas Análise de Envoltória de Dados (Data Envelopment Analysis – DEA), Metodologia MCDA-C (Metodologia Multicritérios de Apoio à Decisão – Construtiva) e o Método ABC de custeio (Custeio Baseado em Atividade) são exemplos de eficientes destes métodos.

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Os procedimentos metodológicos da presente pesquisa é definida como exploratória, descritiva e documental (GIL, 2008). As principais etapas se deram por uma revisão sistemática da literatura com análise bibliométrica sobre os três sistemas de operadores logísticos DEA (Data Envelopment Analysis), MCDA-C (Metodologia Multicritérios de Apoio à Decisão – Construtiva) e Custeio ABC (Custeio Baseado em Atividade, seguida de pesquisa bibliográfica acerca de temas pertinentes ao assunto.

Realizou-se pesquisas na base de dados da Scopus nas seguintes etapas: (i) Busca do termo – seleção dos periódicos; (ii) Leitura dos títulos, resumos e palavras chaves dos artigos retornados; (iii) Leitura dos resultados dos artigos e da metodologia e por final, (iv) Tabulação e avaliação dos dados. Chegou-se a quantidade de 1287 artigos com os referidos termos e após redirecionamento para área de engenharia, restaram-se 226 artigos. Após, foi segregou-se a quantidade de citações, totalizando assim somente 10 artigos.

3. SUPORTE TEÓRICO

3.1. Logística

O setor logístico vem conquistando um maior espaço no mercado por ser vantajoso na redução de custos e melhoria contínua de qualidade. Este setor está envolvido desde a negociação com fornecedores de matéria-prima até a entrega do produto final ao seu cliente. Segundo Christopher (1997), a logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados, junto aos fluxos de informações, pela organização e seus canais de marketing, de forma que seja possível maximizar lucros por meio de suas atividades ao menor custo possível.

Para Ballau (2006), a logística estudada como administração, pode gerar um melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, por meio de planejamento, organização e controle efetivo para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos.

Segundo Cândido e Vieira (2006), com a gerência do setor logístico, pode-se obter muitos benefícios como redução de custos, mais qualidade nos produtos, maior controle de distribuição interna com a análise da cadeia de fornecedores e dos deslocamentos da distribuição, e consequentemente, menor desperdício e maiores lucros.

Quanto à abrangência de áreas nas quais a logística está presente, pode-se destacar as áreas dos portos, ferrovias, rodovias, empresas com filosofia Lean, comércio nacional e internacional, sustentável e todos os tipos de indústrias. Dornier et al. (2000), afirma que a abordagem da estrutura organizacional das empresas é orientada de acordo com a funcionalidade de cada setor, separando arbitrariamente as atividades em um número limitado de divisões organizacionais. Desta forma, entende-se que a realização do processo logístico atravessa todas estas áreas funcionais, gerando uma importante interface entre os setores.

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Os operadores logísticos surgiram com a necessidade das organizações atenderem seus clientes em tempo hábil e com qualidade, sem desviar o foco das suas competências. Desta forma, os operadores logísticos iniciaram o atendimento a demanda de serviços logísticos de uma forma integrada com customização e personalização do serviço prestado (CÂNDIDO e VIEIRA, 2006).

Conforme Coyle, BardiI e Langley (2003), o operador logístico é um fornecedor externo, um provedor de serviços que executa a totalidade ou parte das funções logísticas de uma empresa, como transporte, armazenagem e distribuição. Neves (2003) explica, que os operadores logísticos oferecem serviços de gestão e operações de transporte, movimentação e armazenagem de materiais. Outras atividades estão sendo agregadas a esta função, como montagem de kits ou componentes, atividades de importação e exportação e coletas programadas de suprimento. Estas atividades estão criando um diferencial entre os operadores logísticos (GATTI JUNIOR, 2011).

A utilização dos operadores logísticos tornou-se uma das tendências da logística empresarial moderna global e local. Cada vez mais, operadores logísticos se especializam em atividades para os mais diversos ramos de empresas, com mais qualidade e menos custos. Para Lambert (1998), a terceirização de operadores logísticos pode ser exemplificada, como alugar espaços de armazenagem ou ter algo mais dificultoso como transferir a distribuição a terceiros em totalidade ou parcial. 3.3 Os tipos de operadores

Do ponto de vista operacional, existem dois tipos de operadores logísticos: os que se baseiam em ativos e os que se baseiam em informação e gestão. Os relativos ao ativo se caracterizam por possuírem investimento próprio em transporte e armazenagem de máquinas para realização das operações logísticas. Já os baseados em gestão e informação, não possuem ativos operacionais próprios, vende-se o conhecimento de gerenciamento, baseando-se em sistemas de informações e capacidade analítica. Todos os operadores têm como meta atingir a flexibilidade – capacidade para se adequar a diferentes situações e parceiros – e eficácia – adicionar o máximo de valor ao processo logístico por meio de qualidade e diferenciação (BOWERSOX, CLOSS e STANK, 1999).

As atividades de uma organização deve ser realizada de forma integrada e coordenada. Esta definição, proposta por Murphy e Poist (2000), incorpora uma característica adicional: o desenvolvimento de relações formais no longo prazo entre os PSLs e seus clientes. Para realizar a avaliação do serviço de transporte e dos operadores logísticos, criou-se grupos indicadores de custo, produtividade, qualidade e tempo (FELIX e FRUTOS, 2008).

Com objetivo de uma avaliação com maior nível de clareza, os tipos de serviços prestados se dividem em operadores logísticos, prestadores de serviços tradicionais os integradores. No Quad (1), caracteriza-se a diferença de serviços logísticos com os prestadores de serviços tradicionais (PSL), Operador logístico (3PL) e integrador logístico (4PL).

Quadro 1: Comparação das características dos provedores de serviços logísticos. Fonte: Adaptado de Razzaque e Sheng (1998)

Prestador de Serviços Tradicionais (PSL)

Operador Logístico (3PL)

Integrador Logístico (4PL)

Oferece serviços genéricos –

commodities.

Oferece serviços sob medida – personalizados.

Oferece soluções integradas e

específicas para o segmento de negócio de seus clientes.

Tende a se concentrar numa única atividade logística; transporte ou

estoque, ou armazenagem, por

exemplo.

Oferece múltiplas atividades de forma integrada; transporte, estoque e armazenagem.

Desenvolve múltiplos processos ao longo da cadeia de suprimentos de seus clientes.

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O objetivo da empresa contratante do serviço é minimização do custo específico da atividade contratada.

Objetivo da contratante é reduzir os custos totais da logística, melhorar os serviços e aumentar a flexibilidade.

O objetivo da contratante é reduzir os custos totais de sua cadeia de suprimentos e desenvolver vantagens competitivas com a entrega de valor superior aos consumidores finais. Contratos de serviços tendem a ser de

curto a médio prazo (6 meses a 1 ano).

Contratos de serviços tendem a ser de longo prazo (2 a 5 anos).

Joint ventures ou contratos de

serviços tendem a ser de longo prazo (superior a 5 anos).

Know-how tende a ser limitado e

especializado (transporte,

armazenagem, etc.).

Possui ampla capacitação de análise e planejamento logístico, assim como de operação.

Possui elevada capacidade de

planejamento estratégico e

operacional apoiado com grande infraestrutura tecnológica.

Negociações para os contratos tendem a ser rápidas (semanas) e num nível operacional.

Negociações para contrato tendem a ser longas (meses) e num nível de alta gerência.

Negociações conduzidas pela alta direção e de longa duração.

Acordos mais simples e custo de mudança relativamente mais baixo.

A complexidade dos acordos leva a custos de mudança mais altos.

A interdependência dos parceiros de negócio tende a elevar os custos de

mudança não só em termos

financeiros, mas com impacto na cultura empresarial também.

Para Skjoett-Larsen (2000), a definição de 4PL é “um elemento integrador da cadeia de suprimentos que agrupa e gerencia recursos, capacidades e tecnologias próprias e de outros prestadores de serviços, para oferecer uma solução ampla na cadeia de suprimentos, combinando as capacidades de consultorias de gestão e da tecnologia”. Christopher (2007) demonstra que o 4PL se torna o condutor da cadeia de suprimentos e entrega ao cliente uma completa capacidade de gerenciamento de rede adotando outros modelos de negócios, como uma joint venture com seu cliente.

As características mais importantes dos operadores são:

i. Organização hibrida – formada por várias entidades diferentes; ii. Estabelecida como uma joint venture ou contrato de longo prazo;

iii. Alinhamento das metas de parceiros e clientes por meio de partilha do lucro; iv. Responsável pelo gerenciamento e pela operação de toda cadeia de suprimentos;

v. Fluxo continuo de informação entre parceiros e organização 4PL; vi. Potencial para a geração de receita.

Com as altas exigências quanto a qualidade, custo e prazo, muitas organizações procuram empresas denominadas integradores logísticos. Com a diversificação e ampliação de serviços, o número de prestação do serviço com operadores logísticos aumentou e junto dele surgiram novas oportunidades.

Conforme Lalonde e Paul (1976), os operadores logísticos oferecem serviços aos clientes e, portanto, pode ser classificado como:

i. Pré- transacionais: estabelece um bom ambiente para seus clientes - realiza as seguintes atividades: controle de data de entrega da mercadoria após a colocação do pedido na fábrica, procedimentos para devolução, faltas e processos para despachos. Trabalha em planos contingenciais sobre greves e eventos naturais;

ii. Transacionais: sujeito que está envolvido diretamente nos objetivos alcançados com as entregas dos produtos ao cliente, assim, em ajustes de nível de estoque, modalidade de transporte, determina procedimentos para processamento de pedidos, tempo de entrega, ou seja, acompanha um pedido da entrada ao final;

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iii. Pós–transacionais: são serviços necessários para dar suporte aos produtos no campo, para assegurar os clientes sobre produtos defeituosos, retorno das embalagens, tratar as reclamações de clientes.

Na Fig.(1), se estabelece o conceito do 4PL.

Figura 1: Conceito do 4PL. Fonte: Christopher (2007)

Os operadores logísticos também têm outras classificações, conhecidas como: tradicionais, desenvolvedores de serviços, adaptadores a clientes e 4PLS - a quarteirização dos serviços logísticos. O operador logístico procura manter relacionamento a longo prazo com a busca de agregação de valor ao seu trabalho com estratégias de alcançar novos mercados. Buscam ter mais flexibilidade, redução de custos, agilidade e segurança nas suas operações, para manter seus consumidores e obter novos clientes (FLEURY, 2004a). Devido a esta evolução e especificação dos operadores, foi necessário obter uma forma de avaliar estes serviços prestados por esta classe de trabalhadores.

4. DESENVOLVIMENTO

Com base na análise bibliométrica, pode-se chegar a alguns conceitos em comum acerca dos três tipos de operadores logísticos estudados, em específico sobre o desempenho dos operadores. A preocupação em avaliar constantemente o desempenho e propor ações para melhoria dos serviços

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prestados reside no fato de que os operadores logísticos estão em contato direto com os clientes e, portanto, representam as empresas contratante.

Conforme Zamcopé et al. (2010), a metodologia MCDA-C (Metodologia Multicritérios de Apoio à Decisão – Construtiva) é usada devido à necessidade de avaliar os operadores logísticos não somente no início da contratação, mas principalmente para identificar as oportunidades de melhoria de desempenho quando:

i) da seleção do operador; ii) da prestação dos serviços.

Esta ferramenta já existe há mais de dois séculos, mas sua consolidação aconteceu a partir dos anos 80. Ela é utilizada principalmente no momento de negociação com os operadores, para determinar suas responsabilidades e seus direitos. Ainda conforme Zamcopé et al. (2010), a metodologia multicritério a qual o modelo deve ter como propósito aumentar o entendimento do decisor sobre a cadeia logística e seus operadores. Esta maior compreensão permitiu ao decisor identificar, organizar e mensurar os aspectos críticos, bem como visualizar o perfil da situação atual por meio dos indicadores. A partir desse entendimento, foi possível melhor gerenciar os operadores logísticos.

Já a Análise de Envoltória de Dados (Data Envelopment Analysis – DEA) é uma metodologia que usa programação linear para avaliação de eficiências comparativas de Unidades de Tomada de Decisão (Decision Making Unit – DMU) desenvolvida há mais de 30 anos. A eficiência relativa de uma DMU é definida como a razão da soma ponderada de produtos (outputs) pela soma ponderada de insumos necessários para gerá-los (inputs). Os pesos usados nas ponderações são obtidos através de um programa com atribuição fracionária a cada DMU. Seu uso é de particular interesse quando se deseja determinar a eficiência de unidades produtivas, onde não seja relevante ou não se deseja considerar somente o aspecto financeiro (GOMES et al. 2001). A análise dos dados é usada para avaliar a eficiência em relação às decisões tomadas sobre as entradas e saídas.

A DEA é considerada uma poderosa ferramenta para medir a eficiência, sobretudo por ser capaz de processar simultaneamente múltiplos inputs e outputs, além de proporcionar aos gestores um meio de apoio à tomada de decisão. Em conjunto com técnicas multivariadas de análise de dados, permite medir o impacto de variáveis contextuais nos níveis de eficiência (WANKE et al. 2011). Neste método, a relação causal é medida através de um ajuste de fronteira, calculado pela eficiência média de todas as DMUs. Já o poder de discriminação, leva em conta o número de DMUs com a mesma eficiência. Como é improvável que DMUs ineficientes tenham o mesmo índice de eficiência, optou-se pela simplificação de considerar como descritor do poder de discriminação o número de DMUs na fronteira. Note-se que, quanto maior este número, menor o poder discriminatório do modelo (NANCI et al. 2004).

Na construção de modelos de DEA, deve ser selecionado inicialmente uma quantidade de inputs (insumo ou entrada) e de outputs (ação de produzir) comuns a todos os OLs integrantes da pesquisa. Podem ser escolhidas unidades de medida que traduzem recursos críticos não só financeiramente, mas também para consecução dos serviços. Com relação aos inputs, o número total de funcionários do OL é um exemplo de medida empregada para traduzir a utilização da força de trabalho, incluindo envolvidos tanto em atividades estratégicas quanto operacionais (WANKE, 2011).

Outro meio de avaliação de operadores logísticos é o método ABC (Custeio Baseado em Atividade), o qual tem como objetivo avaliar as atividades desenvolvidas em uma empresa, onde se avalia o custo das atividades, o tempo de operação e mão de obra. A vantagem da utilização do método ABC é evitar distorções na composição dos custos que possam comprometer o desempenho econômico e operacional do operador logístico. À medida que o serviço vai sendo oferecido ao longo do tempo, a tendência é observar mudanças significativas nos índices operacionais, sendo decorrente da evolução da demanda ou por atitudes dos clientes. O método ABC evita distorções desse tipo e se

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adapta, sem maiores problemas, a alterações marginais nas variáveis do sistema (NOVAES, 1999). Para que se possa decidir sobre a aplicabilidade desta técnica, em primeiro lugar, deve ser verificado se as empresas apresentam setores ou atividades com despesas elevadas em recursos indiretos ou de suporte, também se essas despesas vêm crescendo ao longo do tempo. Além disso, é importante que a empresa apresente uma grande diversidade de tipos de produtos ou serviços, classes de clientes e uso de processos (NOVAES, 1999).

5. CONCLUSÃO

No mercado atual, a concorrência é consideravelmente grande entre os operadores logísticos, ao mesmo tempo que precisam ter controle sobre suas características como flexibilidade e medidas de redução de custo, para que se mantenham no mercado, e assim possam manter seus consumidores e conquistar novos clientes.

Com o tempo, esta classe de trabalhadores começou a evoluir de uma forma considerável. Atualmente, o setor de operações logística possui nível alto de qualidade e conta com agregação de valores, tem atuação abrangente desde a matéria prima até produto acabado, alcançando também pós-venda. Com tais estratégias, é possível atingir metas de redução de custos e aumento de nível de qualidade do serviço prestado aos seus consumidores.

No presente estudo, a análise bibliométrica enfatizou o sucesso na aplicabilidade de ambas as ferramentas de avaliação DEA, DMU, MCDA-C e Custeio ABC. Na literatura, é frequente a percepção de aprimoramento constante com reconhecimento pelo trabalho que realizam. As estratégias utilizadas estão em constante estudo e desenvolvimento de melhorias com sucessos destacados na redução de custos e flexibilidade e agilidade na entrega de produtos. Como a evolução dos operadores logísticos, a rede de serviços vem aumentando, abrangendo uma ampla cadeia de logística. Em busca da melhoria contínua, é necessário que se avalie constantemente as estratégias empregadas.

6. REFERÊNCIAS

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7. DIREITOS AUTORAIS

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