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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA DIRECÇÃO-GERAL DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA CENTRO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DE JUSTIÇA TEXTO INFORMATIVO

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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

DIRECÇÃO-GERAL DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

CENTRO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DE JUSTIÇA

“Todos têm direito a que uma causa em que intervenham seja objecto de decisão em prazo razoável e mediante processo equitativo”

Constituição da República Portuguesa artº 20 nº4

... ...

1

TEXTO INFORMATIVO

Assunto: Medidas de descongestionamento das pendências judiciais e alterações ao Código das Custas Judiciais, constantes do Capítulo XIII – Art.ºs 66º e 67º e Capítulo XVIII – Art.º 94º da Lei 60/A/2005 de 30 de Dezembro.

I

Face à publicação da Lei 60-A/2005 de 30 de Dezembro que aprovou o Orçamento de estado para 2006, cumpre elaborar texto explicativo das medidas de incentivo consagradas no referido diploma para descongestionamento das pendências judiciais assim como as alterações introduzidas ao Código das Custas Judiciais, para divulgação aos oficiais de justiça junto dos Tribunais, uma vez que se encontra em vigor desde 1 de Janeiro de 2006, nos termos do art.º 108º da Lei 60-A/2005 de 30 de Dezembro.

Assim, atento o disposto nos art.ºs 66º, 67º e 94º da referida Lei, tendo em vista a uniformização de procedimentos e sempre sem prejuízo de opinião diversa dos senhores Magistrados, a orientação do CFOJ vai no sentido de:

I - Aplicação

- Às acções declarativas1 ou executivas que tenham sido propostas até 30.09.2005, tendo-se em particular atenção o disposto nos art.ºs 150.º, n.º 1 e

1

Enquadram-se nesta previsão os pedidos de indemnização civil, previstos no art.º 71º do Código de Processo Penal.

Av. 5 de Outubro, 125, 2.º 1069 - 044 Lisboa ∴ Telef.: 21790 62 21 ∴ Fax: 21 790 64 29 ∴ E-Mail: cfoj@dgaj.pt ∴ website: www.dgaj.pt

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“Todos têm direito a que uma causa em que intervenham seja objecto de decisão em prazo razoável e mediante processo equitativo”

Constituição da República Portuguesa artº 20 nº4

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2 267.º, n.º 1, ambos do Código de Processo Civil e 33.º, n.º 4 da Lei n.º 34/2004, de 29 de Julho;

- Às acções declarativas2 que resultem da apresentação à distribuição de quaisquer procedimentos de injunção, conquanto estes tenham sido requeridos até 30.09.2005.

II - Finalidade

a) Incentivar a extinção da instância das referidas acções nos termos do art.º

66.º, tendo como base:

Desistência do pedido (não da instância) art.ºs 287.º-b); 293.º; 295.º, n.º 1; 296.º, n.º 2; 297.º a 301.º do CPC. Confissão art.ºs 287.º-d); 293.º; 294.º; 297.º a 301.º do CPC. Transacção art.ºs 287.º-d); 293.º; 294.º; 297.º a 301.º do CPC.

Compromisso arbitral art.ºs 287.º-d); 290.º do CPC.

Apresentados no tribunal ou lavrados nos próprios autos até 31/12/2006 2

A referência feita às injunções pelo n.º 1 do art.º 66.º da Lei n.º 60-A/2005, de 30 de Dezembro, reporta-se unicamente às acções declarativas provenientes das injunções enviadas a distribuição, que tenham sido requeridas até 30 de Setembro de 2005.

Note-se que, por via da distribuição, as injunções convolam-se apenas em acções declarativas - cfr. art.ºs 16.º e 17.º do Dec.Lei n.º 269/98, de 1 de Setembro, com a Declaração de Rectificação n.º 16-A/98, de 30 de Setembro, e sucessivamente alterado pelos Decretos-Leis n.ºs 383/99, de 23 de Setembro, 183/2000, de 10 de Agosto; 323/2001, de 17 de Dezembro; 32/2003, de 17 de Fevereiro; 38/2003, de 8 de Março; 324/2003, de 27 de Dezembro, considerando a Declaração de Rectificação n.º 26/2004, de 24 de Fevereiro; e 107/2005, de 1 de Julho.

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b) Dispensar, nas referidas acções:

1. O pagamento das custas judiciais que normalmente3 seriam devidas por autores, réus ou terceiros intervenientes;

2. A restituição4 do que já tiver sido pago;

3. A elaboração da conta, salvo motivo justificado5.

Não há lugar a elaboração da conta de custas, salvo motivo justificado (Art.º 67º nº3), nas acções executivas de custas, multas processuais6 e outros valores contados7, que tenham sido instauradas até 30 de Setembro de 2005.

3

São de excluir as ocorrências estranhas ao desenvolvimento normal da lide (incidentes), em que se verifique condenação transitada em julgado.

4

Exceptuam-se os casos em que se verifique existirem taxas em excesso (procedendo-se à respectiva restituição nos termos previstos no CCJ); preparos para despesas (operando-se o pagamento atenta a finalidade a que se destinam, se já efectuada a diligência e/ou já fixada a remuneração, ou restituindo-se ao depositante); outras quantias depositadas à ordem do processo - cfr. art.º 124º nºs 3 e 4 do CCJ ( rendas, cauções, descontos no vencimento, tornas, etc. )

5

Pode-se considerar motivo justificado, para além das questões referidas na anotação 3, quaisquer outras circunstâncias invocadas pelas partes e judicialmente deferidas.

6

Consideram-se abrangidas as multas processuais resultantes da aplicação, em sede de Código de Processo Civil, as seguintes normas:

- Art.º 154º nº 5 – Condenação em multa devido a infracções à ordem em actos processuais; - Art.º 170º nº 2 – Multa resultante da falta de restituição de processo dentro do prazo;

- Art.º 519º nº 2 - Multa resultante da omissão ou recusa do dever de cooperação com o Tribunal para a descoberta da verdade;

- Art.º 523º nº 2 - Multa resultante da apresentação extemporânea de documentos;

- Art.º 532º - Multa aplicada ao notificado quando ele não efectuar a entrega, nem fizer nenhuma declaração, ou quando declarar que não possui o documento e o requerente provar que a declaração é falsa;

- Art.º 537º - Multa aplicada às partes ou a terceiros, resultante de incumprimento de requisição feita pelo Tribunal;

- Art.º 541º nº 2- Multa aplicada à parte que não juntou cópia legível de documento quando notificada para tal;

- Art.º 570º nº 1 - Multa aplicada a perito que infrinja os deveres de colaboração com o Tribunal; - Art.º 629º nº 4 - Multa aplicada a testemunha faltosa;

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c) Admitir a extinção da instância das execuções instauradas até 30/09/2005 que

tenham por finalidade a cobrança de:

- Custas contadas ou liquidadas em quaisquer processos ou actos avulso;

- Multas processuais (vejam-se a título exemplificativo os art.ºs 519.º, n.º 2 e 629.º, n.º 2 do CPC; art.º 2.º, n.º 4 do Dec. Lei n.º 200/2003, de 10 de Setembro; art.ºs 104.º, n.º 3 e 136.º do Cód. Proc. Trabalho; 116.º, n.º 1 do Código de Processo Penal).

Excepcionam-se porém, as acções executivas de custas, multas e outros valores contados, em que se verifique uma das seguintes condições:

1. Tenham sido instauradas ao abrigo do art.º 116º nº 3 do CCJ. São estas as acções executivas instauradas pelo Mº Pº, a requerimento do interessado,

- Art.º 809º nº 2 - Multa aplicada por apresentação de requerimento manifestamente injustificado em sede de execução;

- Art.º 819º - Multa da responsabilidade do Exequente;

- Art.º 1348º nº 6 – Multa resultante da apresentação tardia da reclamação à relação de bens; - Art.º 1352º nº 4 – Multa resultante da falta a conferência de interessados;

- Art.º 1407º nº 1 - Multa resultante da falta a tentativa de conciliação, no âmbito de divórcio e separação litigiosos;

As multas processuais resultantes da aplicação, em sede de Código de Processo Trabalho, das seguintes normas:

- Art.º 104º nº 3 – Omissão do dever de colaboração com o MºPº em sede de Processos emergentes de acidente de trabalho;

- Art.º 136º - Falta de comparência a diligência ou incumprimento de determinação do Tribunal; As multas processuais resultantes da aplicação, em sede de Código de Processo Penal, do Artº 116º nº1 – Falta injustificada de comparecimento de pessoa regularmente convocada ou notificada.

7

Nomeadamente os previstos nos Artºs 105º e 106º do Código das Custas Judiciais, tais como, entre outros, os resultantes de actos contados por citação pessoal por oficial de Justiça, notificação judicial avulsa, contagem de certidão.

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5 se indicar bens penhoráveis do devedor e, quando esgotado o prazo legal, não tenha sido paga a nota discriminativa e justificativa de custas de parte, ou a testemunhas – cfr. n.º 6 do art.º 33º-A e n.º 4 do art.º 37.º, ambos do CCJ, respectivamente;

2. Resultem da condenação por litigância de má fé (Cfr. artºs 456.º do CPC e alínea a) do art.º 102.º do CCJ);

3. Tenham de prosseguir para execução de outra dívida8;

4. Sejam de valor igual ou superior a 400 €;

5. Já tenha sido realizada penhora de bens9;

6. Coimas ( Cfr. art.ºs 88.º e 89.º do Regime Geral das Contra-Ordenações aprovadas pelo Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de Outubro );

7. Multas Criminais (Cfr. art.s 489.º e 491.º do Código do Processo Penal );

Ê

Contudo, para que se extingam as acções executivas por dívidas de custas, multas processuais e outros valores contados ou liquidados instauradas até 30.09.2005 é necessário que nelas se verifiquem simultaneamente as seguintes condições:

8

Entre outras enquadram-se nesta previsão as execuções de sentença, quando cumuladas com custas ou multas.

9

Mesmo que da penhora resulte a garantia de satisfação parcial da dívida exequenda.

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a)- Não se destinem à cobrança de custas de parte nos termos do n.º 3 do art.º

116.º ex vi do n.º 6 do art.º 33.º-A e n.º 4 do art.º 37.º, ambos do Código das Custas Judiciais;

b)- Não se destinem à cobrança de qualquer multa por litigância de má fé –

cfr. art.ºs 456.º do CPC e 102.º, al. a) do CCJ10.

c)- Não prossigam para cobrança de “outras dívidas”, além das mencionadas

no corpo do n.º 1 do art.º 67.º da Lei n.º 60-A/2005, ou seja, custas e respectivos juros de mora (vencidos até à apresentação do requerimento executivo e nele indicados) e multas processuais.

As custas referidas na aludida norma abrangem igualmente as dos actos avulsos.

O diploma não se aplica às execuções destinadas cumulativamente ao pagamento dum crédito e das custas de parte nos termos previstos nos art.ºs 53.º do CPC e 33.º n.º 5 do CCJ.

Nas “outras dívidas” as sanções pecuniárias compulsórias, tais como a que vem prevista no n.º 7 do art.º 833.º do CPC, na redacção dada pelo Dec. Lei n.º 38/2003.

10

É o caso, por exemplo, das multas previstas nos n.ºs 2 do art.º 850.º e n.º 6 do art.º 864.º do ambos do CPC.

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d)- O valor do crédito exequendo seja inferior a € 400,00;

Não obsta à aplicação da Lei o facto de o crédito exequendo envolver custas judiciais (e os indissociáveis juros de mora vencidos até à apresentação do requerimento executivo e que nele sejam pedidos) e multas processuais, desde que o total do crédito exequendo não exceda € 399,99.

e)- Não tenha sido realizada a penhora.

Aqui poderão surgir dúvidas quanto ao momento em que se considera realizada a penhora e numa perspectiva de uniformização de procedimentos, e sempre sem prejuízo de uma opinião diversa dos senhores Magistrados, a orientação do CFOJ, no âmbito da nova acção executiva, é a seguinte:

Na penhora de bens imóveis e de bens móveis sujeitos a registo - (art.ºs 838.º e 851.º do CPC)

Pode haver desistência do pedido até ao registo na conservatória.

Na penhora de coisas móveis não sujeitas a registo (art.º 848.º do CPC) Pode haver desistência do pedido até à apreensão e remoção dos bens.

Na penhora de direitos (art.º 856.º do CPC)

Pode haver desistência do pedido enquanto não forem efectuadas as

notificações previstas nos art.ºs 856.º n.º 1, 861.º n.º 1, 861.º-A n.º 1 e 862.º n.º 1, todos do CPC.

Na penhora de estabelecimento comercial (art.º 862.º do CPC).

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8 Pode haver desistência do pedido até ao momento em que é elaborado o auto

previsto no n.º 1 do art.º 862.º do CPC.

Ê

Uma vez que, resulta do n.º 2 do Art.º 67º da Lei 60/A/2005 de 30 de Dezembro, a não instauração de acções executivas de dívidas de custas, multas processuais e outros valores contados, cujo prazo de pagamento voluntário tenha decorrido até 30 de Setembro de 2005 e relativamente às quais se verifique cumulativamente não terem sido instauradas ao abrigo do n.º 3 do Art.º 116º do CCJ, não decorram de condenação por litigância de má fé, não tenham de prosseguir para execução de outra dívida, sejam de valor inferior a 400 €, e, não tenha sido realizada a penhora de bens, não haverá lugar á informação prevista no n.º 1 do Art.º 115º do CCJ.

II

Alterações aos artigos 40º e 131º do Código das Custas Judiciais.

Foi alterada parte do segmento final do n.º 6 do Art.º 40º do CCJ no sentido de, a partir de 1 de Julho de 2006, a procuradoria que até então era contada a favor dos SSMJ,

reverterá para o Cofre Geral dos Tribunais, nos seguintes casos:

1. Nas execuções por custas;

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2. Nos processos em que a parte vencedora seja isenta ou dispensada do pagamento de custas;

3. Nos processos em que a parte vencedora não seja representada por advogado ou solicitador;

4. Nas acções que terminem antes de oferecida a contestação ou sem esta.

Ao n.º 1 do Art.º 131º é aditada uma nova alínea h), que versa sobre o destino a dar ao produto das coimas cobradas por via judicial, no sentido de passarem a reverter para o Cofre Geral dos Tribunais, excepcionando aquelas em que se verifique um dos seguintes condicionalismos:

1. Constituir receita das Regiões Autónomas;

2. Constituir receita do orçamento da segurança social;

3. Constituir receita das autarquias locais;

4. A percentagem que por lei tiver direito o autuante, o participante ou outra entidade.

Esta nova norma, é aplicável a partir de 1 de Janeiro de 200611, cfr. art.º 108º da Lei 60-A/2005, de 30 de Dezembro.

11

Releva para efeitos de aplicação desta norma quer nas execuções por coima, quer nos recursos de

contra-ordenação, o momento da prática do acto de contagem.

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10 Finalmente, é aditado o n.º 9 ao Art.º 131º do CCJ, preceito que determina que as receitas previstas na alínea d) do n.º 3 e no n.º 4 do citado artigo deixam de reverter a favor dos Serviços Sociais do Ministério da Justiça, a partir de 1 de Julho de 2006.

Em rigor as operações decorrentes desta alteração, enquadram-se no âmbito do Instituto de Gestão Financeira e Patrimonial da Justiça, não tendo qualquer repercussão nos tribunais em termos de novos ou alteração de procedimentos.

III

Questões práticas

• Numa execução sujeita ao regime instituído pelo Decreto-Lei n.º

38/2003, de 8 de Março, que se enquadre nos requisitos exigidos pelo n.º 1 do art.º 67.º da Lei n.º 60-A/2005, como é que se extingue a instância?

Sem prejuízo do mérito de interpretação dos senhores Magistrados, a extinção da instância, no caso concreto, é decretada pelo juiz, já que não tem enquadramento legal quer no art.º 918.º quer no art.º 919.º, ambos do CPC.

• Numa execução por custas em que se tenham penhorado determinados

bens e em que tenha sido deduzida oposição (à execução e ou à penhora) ou embargos de terceiro, pode haver lugar à desistência do pedido ?

Se da sentença resultar o levantamento da penhora de todos os bens penhorados, após o trânsito em julgado, havendo desistência do pedido, e visto que tudo

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11 se passa como não havendo penhora, a instância executiva é declarada extinta caso obedeça cumulativamente aos requisitos elencados no n.º 1 do art.º 67.º da Lei.

• Numa execução por custas com valor de € 399,00 foram penhorados

bens no valor de € 150,00.

Pode haver lugar à extinção da instância?

O facto de ter sido feita penhora exclui a execução do âmbito de aplicação do regime excepcional consagrado nos art.ºs 66.º e 67.º da Lei n.º 60-A/2005, de 30 de Dezembro.

Se não forem encontrados outros bens susceptíveis de penhora, há lugar ao arquivamento condicional, nos termos do n.º 1 do art.º 122.º do CCJ.

• Numa execução por custas, em que tenha havido deferimento do

pagamento em prestações, verifica-se que o valor ainda em dívida é inferior a € 400,00.

Pode haver lugar à extinção da instância?

Esta questão não é pacífica porquanto para haver deferimento em prestações, tal como previsto no artº 882º do CPC, pressupõe ter havido a penhora (cfr. nº 2 daquela norma), facto que, a verificar-se, afasta a execução do âmbito destas medidas de descongestionamento.

Assim e tomando como base o exemplo acima referido, numa execução por custas de € 500 em que à data de 1 de Janeiro estavam por pagar € 300 e o executado deixou de cumprir o plano de pagamento, será que tal incumprimento pode dar origem à extinção da instância nos moldes da presente Lei?

A solução poderá ter duas leituras possíveis:

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12 1- O facto de já se encontrarem pagas algumas prestações exclui a execução do âmbito de aplicação do regime excepcional consagrado nos artºs 66º e 67º da Lei nº 60-A/2005, de 30 de Dezembro, porquanto o montante original ultrapassa os € 400. Assim, caso não sejam pagas mais prestações e encontrados outros bens susceptíveis de penhora, há lugar ao arquivamento condicional, nos termos do n.º 1 do art.º 122.º do CCJ.

2- Por nos encontrarmos face a uma medida de descongestionamento, e considerando que o plano de pagamentos é, objectivamente, um acordo forjado no âmbito do próprio processo executivo - e que o seu cumprimento implica necessariamente a suspensão da instância - poderá entender-se que, em caso de incumprimento de parte das prestações, o que prevalece para efeitos de extinção é o valor das prestações que estiverem em dívida, desde que este incumprimento ocorra durante o ano de 2006.

Apesar de ser uma questão polémica, parece-nos que a solução apontada em último lugar se enquadra melhor no espírito do pacote legislativo "descongestionamento dos tribunais". Contudo, não devemos esquecer que aqui o exequente é o Ministério Público e que a decisão caberá sempre ao Juiz.

• Em acção declarativa proposta em 8 de Abril de 2005, verifica-se que o

Autor efectuou o pagamento de taxa de justiça inicial, bem como os 4 Réus contra quem a mesma foi proposta, sendo que cada um destes apresentou contestação autónoma e autoliquidou a respectiva taxa. Em 9 de Janeiro de 2006, o Autor desistiu do pedido.

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Qual o procedimento a adoptar?

Uma vez que se mostram pagas 5 autoliquidações de taxa de justiça inicial,

conclui-se que a taxa de justiça do processo se encontra assegurada. Estamos assim em presença de um excesso12 de taxa de justiça que deverá ser restituída em obediência ao estabelecido no nº 2 do artº 31º do CCJ.

• Foi proposta execução por coima em 12 de Julho de 2005. Mostra-se,

neste momento, em fase de elaboração de acto de contagem. Qual o procedimento a adoptar?

Ao elaborar o acto de contagem dever-se-á atender à redacção dada à alínea h) do nº 1 do artº 131º do CCJ introduzida pelo artº 94º da Lei 60-A/2005, de 30 de Dezembro uma vez que esta entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2006 (Cfr. artº 108º deste diploma) e não contempla em relação a esta matéria normas de carácter transitório.

• Em processo ao qual é aplicável legislação anterior a 1 de Janeiro de

2004, verifica-se existirem taxas depositadas que se encontram em saldo no conta corrente e em que haja de aplicar-se o disposto no artº 66º da Lei 60-A/2005, de 30 de Dezembro, como proceder?

Uma vez que as taxas depositadas revertem para o CGT, dever-se-á emitir uma nota de restituição a favor deste, utilizando-se para tanto o documento existente na aplicação.

12

Com o presente caso prático pretende-se apenas ilustrar que a taxa em excesso se afere em relação à taxa devida pelo processo (soma das taxas de justiça de parte), sendo objecto de restituição, nos termos do artº 31º do CCJ.

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(16)

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

DIRECÇÃO-GERAL DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

CENTRO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DE JUSTIÇA

“Todos têm direito a que uma causa em que intervenham seja objecto de decisão em prazo razoável e mediante processo equitativo”

Constituição da República Portuguesa artº 20 nº4

... ...

14 • Qual o destino a dar a uma coima cobrada em Juízo, em processo ao

qual é aplicável o Decreto-Lei 369/99, de 18 de Setembro?

Nos termos das disposições conjugadas do artº 2º do Decreto-Lei 369/99, de 18 de Setembro e a redacção dada à alínea h), do nº 1, do artº 131º do CCJ, introduzida pelo artº 94º da Lei 60-A/2005, de 30 de Dezembro, a referida coima tem o seguinte destino: 40% para o CGT; 30% para a entidade fiscalizadora (PSP, GNR); 20% para a DGV (adicionar-se-á o montante relativo às custas administrativas) e 10% para o Governo Civil.

Lisboa, CFOJ, 13 de Janeiro de 2006

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