QUESTÃO 1
Observe atentamente os dois gráficos e responda às questões de 1 a 3.
Os dados indicam que de 2001 a 2010, no Brasil,
a) a produção de petróleo aumentou, mas as reservas diminuíram.
b) a produção de petróleo aumentou e as reservas também aumentaram. c) a produção de petróleo diminuiu, mas as reservas aumentaram.
d) a produção de petróleo diminuiu e as reservas também diminuíram. e) tanto a produção quanto a reserva de petróleo mantiveram-se estáveis. RESOLUÇÃO: Resposta: B Colégio endereço: ______________________________________________________________ data: __________ Telefone:_________________ E-mail: _________________________________________________________ Disciplina: PoRTUGUÊs nota: PARA QUEM CURSARÁ O 9º ANO EM 2012
Prova:
QUESTÃO 2
De acordo com os dados apresentados, de 2001 a 2010, a produção de petróleo diminuiu apenas
a) na Rússia, no México e no Brasil.
b) na Arábia Saudita, no Canadá e na Venezuela. c) no Irã, nos Emirados Árabes e no Brasil.
d) nos EUA, no México e na Venezuela. e) no Irã, na China e no Kuwait. RESOLUÇÃO:
Resposta: D
QUESTÃO 3
Considere as afirmações
I. Tanto em 2001 quanto em 2010, a Rússia foi o país que mais produziu petróleo no mundo.
II. As reservas de petróleo provadas no mundo apresentaram variação de 2001 para 2010 em todos os países citados.
III. Tanto a produção de petróleo quanto as reservas provadas deste produto apresentaram aumento significativo no Brasil.
Podemos afirmar que a) I e II estão corretas. b) II e III estão corretas. c) apenas a I está correta. d) apenas a II está correta. e) apenas a III está correta. RESOLUÇÃO:
Resposta: E
Texto para as questões de 4 a 13.
Tentação
Ela estava com soluço. E como se não bastasse a claridade das duas horas, ela era ruiva.
Na rua vazia as pedras vibravam de calor – a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava. Ninguém na rua, só uma pessoa esperando inutilmente no ponto de bonde. E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado na mão. Que fazer de uma menina ruiva com soluço? Olhamo-nos sem
marca ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de mulher? Por enquanto ela estava sentada num degrau faiscante da porta, às duas horas. O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida. Segurava-a com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra os joelhos.
Foi quando se aproximou a sua outra metade neste mundo, um irmão do Grajaú. A possibilidade de comunicação surgiu no ângulo quente da esquina, acompanhando uma senhora, e encarnado na figura de um cão. Era um basset lindo e miserável, doce sob a sua fatalidade. Era um basset ruivo.
Lá vinha ele trotando, à frente de sua dona, arrastando seu comprimento. Desprevenido, acostumado, cachorro.
A menina abriu os olhos pasmados. Suavemente avisado, o cachorro estacou diante dela. Sua língua vibrava. Ambos se olhavam.
Entre tantos seres que estão prontos para se tornarem donos de outro ser, lá estava a menina que viera ao mundo para ter aquele cachorro. Ele fremia suavemente, sem latir. Ela olhava-o sob os cabelos, fascinada, séria. Quanto tempo se passava?
Um grande soluço sacudiu-a desafinado. Ele nem sequer tremeu. Também ela passou por cima do soluço e continuou a fitá-lo.
Os pelos de ambos eram curtos, vermelhos.
Que foi que se disseram? Não se sabe. Sabe-se apenas que se comunicaram rapidamente, pois não havia tempo. Sabe-se também que sem falar eles se pediam. Pediam-se, com urgência, com encabulamento, surpreendidos.
No meio de tanta vaga impossibilidade e de tanto sol, ali estava a solução para a criança vermelha. E no meio de tantas ruas a serem trotadas, de tantos cães maiores, de tantos esgotos secos – lá estava uma menina, como se fora carne de sua ruiva carne. Eles se fitavam profundos, entregues, ausentes de Grajaú. Mais um instante e o suspenso sonho se quebraria, cedendo talvez à gravidade com que se pediam.
Mas ambos eram comprometidos.
Ela com sua infância impossível, o centro da inocência que só se abriria quando ela fosse uma mulher. Ele, com sua natureza aprisionada.
A dona esperava impaciente sob o guarda-sol. O basset ruivo afinal despregou-se da menina e saiu sonâmbulo. Ela ficou espantada, com o acontecimento nas mãos, numa mudez que nem pai nem mãe compreenderiam. Acompanhou-os com os olhos pretos que mal acreditavam, debruçada sobre a bolsa e os joelhos, até vê-lo dobrar a outra esquina.
Mas ele foi mais forte que ela. Nem uma só vez olhou para trás.
(LISPECTOR, Clarice. “Tentação”. In: Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)
Vocabulário
1. Flamejava – ardia, brilhava como chama.
2. Insolente – que, por seu caráter fora do comum, é como uma provocação, um desafio à condição humana, inacreditável, incrível.
3. Pasmados – admirados, surpreendidos, espantados. 4. Fremia – bramia, rugia, gemia.
QUESTÃO 4
Leia as afirmações abaixo:
I. Pode-se concluir que a menina estava sozinha na rua até o aparecimento de uma senhora e seu cão.
II. A menina estava triste, pois além de estar com soluços, era ruiva, diferente da maioria das outras garotas, que eram morenas.
III. A cabeça da menina flamejava porque ela havia brigado com sua mãe por esta ter-lhe pintado o cabelo de ruivo.
De acordo as proposições acima sobre o texto, podemos afirmar que a) I e II estão corretas.
b) II e III estão corretas. c) I, II e III estão corretas. d) apenas I está correta. e) apenas II está correta. RESOLUÇÃO:
Resposta: E
QUESTÃO 5
A presença do narrador na cena é confirmada pelo seguinte trecho: a) “E como se não bastasse a claridade das duas horas...”
b) “O soluço a interrompia de momento a momento...” c) “Olhamo-nos sem palavras, desalento contra desalento.” d) “... ela passou por cima do soluço e continuou a fitá-lo.” e) “Os pelos de ambos eram curtos e vermelhos.”
RESOLUÇÃO: Resposta: C
QUESTÃO 6
Em:
“Na rua deserta nenhum sinal de bonde. Numa terra de morenos, ser ruivo era uma revolta involuntária. Que importava se num dia futuro sua marca ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de mulher?”
O termo destacado refere-se à
a) rua deserta. b) terra de morenos. c) revolta involuntária.
d) menina. e) mulher.
RESOLUÇÃO: Resposta: D
“O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida. Segurava-a com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra os joelhos.”
O trecho acima indica que, naquele momento, a menina possuía com a bolsa uma relação de a) afeto e cumplicidade. b) recordação e desprezo. c) curiosidade e generosidade. d) paciência e desconfiança. e) agressividade e egoísmo. RESOLUÇÃO: Resposta: A QUESTÃO 8
“A menina abriu os olhos pasmados. Suavemente avisado, o cachorro estacou diante dela. Sua língua vibrava. Ambos se olhavam.”
Com esta frase, o autor indica que a cena, no momento em que ocorreu, provocou na menina
a) resignação. b) indignação. c) medo.
d) revolta profunda. e) atração irresistível. RESOLUÇÃO:
Resposta: E
QUESTÃO 9
Em:
“Que foi que se disseram? Não se sabe. Sabese apenas que se comunicaram rapida -mente, pois não havia tempo.”
O conectivo destacado, sem alterar o sentido do texto, poderia se substituído por
a) que. b) entretanto. c) porque.
d) contudo. e) portanto.
RESOLUÇÃO: Resposta: C
QUESTÃO 10
Entre as afirmações a seguir, a que melhor se aplica ao texto Tentação é
a) O texto preocupa-se em recriar, com precisão de detalhes, os diálogos das personagens, por meio do discurso direto, o tempo e o espaço presentes na narrativa.
b) Mais do que as ações, o texto valoriza a riqueza interior das personagens – destacando aspectos como a descoberta do outro – e a beleza poética de instantes do cotidiano.
c) Embora seja uma ficção, a finalidade principal do texto é denunciar o problema do preconceito vivido por pessoas consideradas diferentes da maioria das outras.
d) O texto acaba promovendo uma reflexão sobre o amor entre duas pessoas e entre uma pessoa e um objeto inanimado como uma bolsa de senhora com alça partida.
e) O texto aborda o amor que os animais demonstram pelas pessoas – principalmente dos cães pelos homens.
RESOLUÇÃO: Resposta: B
QUESTÃO 11
“A dona esperava impaciente sob o guarda-sol.”
Se o trecho em destaque fosse reescrito no plural, teríamos a) os guardas-sóis. b) os guarda-sóis. c) o guarda-sóis. d) os guardas-sol. e) os guarda-sol. RESOLUÇÃO: Resposta: B QUESTÃO 12
Dos trechos abaixo, só não apresenta linguagem figurada o trecho a) “Na rua vazia, as pedras vibravam de calor...”
b) “... ela estava sentada num degrau faiscante da porta...” c) “Era um basset lindo e miserável, doce sob a sua fatalidade.” d) “Ali estava a solução para a criança vermelha.”
e) “A dona esperava impaciente sob o guarda-sol.” RESOLUÇÃO:
“Até vê-lo dobrar a outra esquina.”
Assinale a alternativa em que o termo sublinhado exerce a mesma função sintática do termo em destaque no fragmento acima.
a) “E se não bastasse a claridade das duas horas...” b) “Suavemente avisado, o cachorro estacou diante dela.”
c) “lá estava a menina que viera ao mundo para ter aquele cachorro.” d) “Também ela passou por cima do soluço e continuou a fitá-lo.” e) “O basset ruivo despregou-se da menina e saiu sonâmbulo.” RESOLUÇÃO:
Resposta: A
Texto para as questões 14 e 15.
Anúncios como o apresentado a seguir são publicados, frequentemente, nas colunas de classificados dos jornais ou distribuídos em panfletos nas ruas de qualquer grande cidade brasileira.
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QUESTÃO 14
O trecho em branco, de acordo com as normas ortográficas, deveria ser preenchido com a) expirituais com busios, tarôs, runas.
b) expirituais com búzios, taros, runas. c) espirituais com búzios, tarôs, runas. d) espirituais com búsios, tarôs e runas. e) espirituáis com buzios, taros e runas. RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 15
“Qualquer que seja teu problema, como desemprego, finanças, amor...”
Mantendo a mesma classificação gramatical, as palavras acima destacadas poderiam ser substituídas por
a) empregatício, financeiro, amor. b) trabalho, financeiro, amoroso. c) trabalhista, financeiro, amoroso. d) trabalho, dinheiro, amor.
e) desemprego, financeiro, amoroso. RESOLUÇÃO:
