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MY OWN LISBON. lisboa CENTRAL E IMPERDÍVEL O MELHOR DA TRADIÇÃO E DA MODERNIDADE VERA CORTÊS PELOS CORREDORES DA ARTE

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ARTE TEATRO DANÇA MÚSICA NOITE ARTE TEATRO DANÇA MÚSICA NOITE

lisboa

������

MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA

CENTRAL E IMPERDÍVEL

BELÉM REDESCOBERTA

O MELHOR DA TRADIÇÃO

E DA MODERNIDADE

ENTREVISTA

VERA CORTÊS

PELOS CORREDORES DA ARTE

MY OWN

LISBON

(2)

SPA

Comece com uma infusão de ervas e uma revitalizante massagem aos pés, seguida do tratamento da sua escolha.

CIRCUITOS

TURÍSTICOS

Descubra a Lisboa que se estende ao longo do estuário do Tejo, com os seus bairros antigos em anfi teatro e uma luminosidade atingindo o máximo da intensidade.

ARTE

Sentir o pulsar de uma cidade é também conhecer o que de mais interessante está aqui a acontecer em matéria de criação contemporânea.

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MY OWN LISBON

A revista-guia dos turistas que visitam Lisboa

Nº 2

PROPRIEDADE

Turismo de Lisboa

Rua do Arsenal, 15

1100-038 Lisboa

T: +351 210 312 700; F: +351 210 312 899

E-mail: atl@visitlisboa.com

www.visitlisboa.com

DIRECTORA

Paula Oliveira

EDITOR

Edifício Lisboa Oriente

Av. Infante D. Henrique, 333H, Esc. 49

1800-282 Lisboa

T: +351 21 850 81 10; F: +351 21 853 04 26

Email: lpmcom@lpmcom.pt

IMPRESSÃO

Sogapal

100.000 exemplares

português, espanhol, inglês,

francês, alemão, italiano

Depósito Legal nº 231744/05

INDEX

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CASINO LISBOA

O novíssimo Casino Lisboa, localizado no Parque das Nações, mesmo em frente ao Oceanário, é o mais recente equipamento turístico de entretenimento da capital.

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CENTRO CULTURAL DE BELÉM AGENDA FAMILIAR

CASAS DO TEJO

CAMINHADAS INTELIGENTES BELÉM REDESCOBERTA VINTAGE PARA A BAIXA A MINHA LISBOA, por Zé Pedro

DESIGN

DE FLORES

No carismático Bairro Alto, amado pelos jovens, boémios e intelectuais, e por entre a animação dos bares, das tasquinhas, das lojas fashion e dos restaurantes trendy, instalaram-se os três criadores de fl ores mais interessantes da cidade.

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MUSEU

DE ARTE ANTIGA

O Museu Nacional de Arte Antiga guarda inúmeros motivos para uma visita. Uma vasta e importante colecção de arte europeia, incluindo a mais completa colecção de arte portuguesa, tornam-no um dos maiores, senão o maior, e mais importante museu português.

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Quando me convidaram para escrever sobre Lisboa,

fi quei sem saber o que dizer sobre esta cidade minha

que tanto gosto, mas, munido de caneta e papel em

branco, vieram-me lentamente à memória milhares

de imagens do meu passado, das minhas vivências,

das minhas noites, enfi m “da minha Lisboa do rock

n’roll”.

E assim, nesta partilha de lembranças, que

remon-tam ao pós 25 de Abril de 74, apeteceu-me começar

por enumerar sítios que fi zeram parte do que sou

hoje e certamente de muitos de vocês.

O primeiro deles foi o Zodíaco, na Infante Santo, que

tanto me fez sonhar, e por pensar que era ali onde

“tudo acontecia”.

O Brown’s, na Av. de Roma, a primeira boite punk de

Lisboa, onde todos se encontravam e se exibiam ao

nível de qualquer espaço londrino.

Passei neste vaguear de passados, para o Bairro Alto,

para o Frágil, e consequentemente para toda a

“revo-lução” cultural/estética/social que este representou.

Contemporâneo ao Frágil foi também o “RockHouse”,

sítio sagrado para mim, mítico, onde como

especta-dor atento, podia conviver lado a lado com músicos

nacionais e estrangeiros, que normalmente aí

apa-reciam depois do convívio no extraordinário Rock

Rendez Vous, sem dúvida, o melhor clube de rock

que Lisboa teve até hoje. Noites inesquecíveis, a ver

e a fazer concertos, a encontrar amigos ou a

conhe-cer desconhecidos. Enfi m, este sítio foi, sem dúvida

nenhuma, um marco na minha vida, como músico e

como pessoa.

Mais tarde o Plateau, na 24 de Julho. Uma bomba!

Revolucionário em tudo, foi oalicerce para o

apareci-mento de outros espaços, imprescindíveis de referir

tais como o “Alcântara-mar” e o “Kremlin”. Neste

tem-po, e modéstia à parte, foi no meu Johnny Guitar que

parei no meu debitar de memórias. Por ali me

demo-rei mais um bocado, por ali fi quei a vaguear pelos 10

anos da sua existência. Tantas noites, tantos

concer-tos, tanto rock n’roll, num sitio único, que também

A MINHA

LISBOA

“A minha Lisboa

do rock n’roll”

era meu…. Muito tinha a contar, mas pareceu-me

bem parar neste ponto, e deixá-los a sonhar comigo,

assim, nesta Lisboa revisitada.

Mas como sou nostálgico q.b., e os caracteres

come-çam a escassear, gostava de falar também da minha

cidade actual. E de rapidamente partilhar com vocês,

os sítios que frequento, os lugares que me enchem

de luz, desta luz de Lisboa, que me faz acreditar que

sim.

O Chiado, tão bom numa tarde de sol, ou numa

manhã de Inverno! Há tantas lojas para visitar, para

encher o olho ou para comprar, há a FNAC, há o

Largo do Adamastor (onde encontro sempre algum

amigo…ou algum interessante desconhecido), o

Restaurante “Velha Gruta” onde o meu amigo Pierre

não desiste de me deliciar com o seu “Canard Bretão”.

Mais acima, no Bairro Alto ou só no Bairro como é

costume chamar, aí tenho os concertos na ZDB (Zé

dos Bois), ou o Velvet, onde por vezes sou eu, outras

vezes outros, os protagonistas das músicas da noite.

É inevitável a visita ao Incógnito, na Calçada do

Com-bro, onde o meu amigo D’Artanhã lidera a simpatia

e a porta, e onde eu também, por vezes, partilho

al-guns discos eleito com amigos presentes.

Para terminar, não em tom de despedidas, mas sim

de até já, uma passagem pelo Mercado, na Rua das

Taipas, ou então ao Maxime, para ver como “param

as modas” e onde normalmente a noite “rende”.

E também o Tokyo e o Jamaica, no Cais Sodré,

com-panheiros e cúmplices de tantas aventuras e tantas

memórias! E O Lux? De já tanto falado e elogiado

não me vou demorar, mas é, evidentemente, um dos

espaços mais bonitos e mais para a “frentex” desta

“minha cidade”.

E por aqui me fi co, com a caneta afi nal já quente, o

papel já cheio, com a saudade do bom que passou e

com o privilégio de vivenciar este presente sem fi m.

Foi para mim um momento mágico partilhar tudo

isto convosco.

Até Sempre.

ZÉ PEDRO

(5)

CIRCUITOS TURÍSTICOS

UMA CIDADE

AMADA

PELO RIO

Descubra a Lisboa que se estende ao longo

do estuário do Tejo, com os seus bairros

antigos em anfi teatro e uma luminosidade

atingindo o máximo da intensidade.

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Fazer um pequeno cruzeiro ao longo do Tejo,

conhe-cendo assim os contornos de uma Lisboa antiga e

moderna constitui um programa sem rival.

Um passeio tranquilo em ambiente de conforto,

combinado com refeições e serviços de grande

qua-lidade é o que poderá esperar dos sightseeing

regu-lares da Lisboa Vista do Tejo, realizados durante o dia

e à noite. Os cruzeiros Lisboa Vista do Tejo (LVT)

re-alizam passeios com um trajecto-base entre a Torre

de Belém e o Parque das Nações, podendo-se avistar

vários ícones da capital portuguesa, como o Palácio

da Ajuda, o Centro Cultural de Belém, o Mosteiro dos

Jerónimos, o Padrão dos Descobrimentos, a Ponte 25

de Abril, o Cristo Rei, o Castelo de S. Jorge, o Panteão

Nacional, entre outros.

Com capacidade para cerca de 250 pessoas, os

cru-zeiros partem da Doca de Alcântara Norte e

funcio-nam de quinta a sábado entre as 19h30m e as 23h,

com jantar ao som de música ao vivo ou apenas

como sightseeing. A LVT disponibiliza uma oferta de

vários menus, sendo todas as refeições

confecciona-das na cozinha do barco.

O Lisboa Vista do Tejo dispõe de um deck exterior

com 50 lugares, que pode ser alugado em exclusivo,

onde por certo desfrutará em pleno da

luminosida-de da cidaluminosida-de. O convés aberto convida a saborear a

brisa e o sol, abrindo ângulos da cidade que só do

rio se obtêm.

Toda a margem prende o olhar, o Padrão dos

Des-cobrimentos em primeiro plano. Em frente abre-se

a foz, para além da qual o rio passa a mar. Atrás do

Jardim e Estátua de Afonso de Albuquerque, vice-rei

da Índia, surgem o Palácio de Belém, o Mosteiro dos

Jerónimos e o Centro Cultural de Belém,

imponen-tes. O olhar dirige-se depois à Torre de Belém, antes

rodeada de água.

Quando ultrapassa a Praça do Comércio e a Sé,

sur-ge o colossal Mosteiro de São Vicente de Fora. Mais

à frente, os traços da arquitectura contemporânea

portuguesa mais premiada, falamos da belíssima

zona do Parque das Nações, nascida no espaço em

tempos ocupado pela ‘Expo 98’.

No LVT, a decoração sóbria, com elementos

maríti-mos a dominarem o ambiente, estende-se ao salão

principal, com capacidade para 120 pessoas

senta-das, e ao salão bar para 32 pessoas. A decoração

in-terior do barco é da responsabilidade do arquitecto

Miguel Câncio Martins, autor de projectos como o

Budha Bar, em Lisboa, e do Man Ray, em Paris.

As reservas poderão ser feitas através do telefone

+351 21 391 30 30.

Toda a margem prende

o olhar, o Padrão

dos Descobrimentos

em primeiro plano.

Em frente abre-se a foz,

para além da qual o rio

passa a mar.

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O cruzeiro poderá ser também realizado a

bordo de um tradicional cacilheiro, os barcos

que outrora cruzavam o Tejo fazendo o

trans-porte das populações locais.

Estes passeios são organizados diariamente

pela Transtejo, iniciando-se na gare da

Pra-ça do Comércio, com o Castelo e Alfama no

cimo duma colina.

Estes cruzeiros no Tejo realizam-se em

caci-lheiros remodelados, com capacidade para

279 pessoas. Dois dos quatro salões são

ex-teriores e todos eles dispõem de serviço de

bar e de informações turísticas, em vários

idiomas, assegurado pelas assistentes de

bordo. O preço de cada bilhete é de 20 euros

para adultos e de 10 euros para crianças. Os

passeios partem às 15h00, tendo a duração

de duas horas e meia.

Conhecer a cidade, entre ruelas e colinas,

tal-vez mesmo após ter apreciado a cidade vista

do Tejo, poderá ser uma experiência

realiza-da num dos famosos eléctricos amarelos de

Lisboa. Os emblemáticos eléctricos amarelos

sobem e descem as encostas da cidade,

aven-turando-se pelas ruelas mais estreitas.

A empresa Carristur recuperou fi elmente os

interiores dos eléctricos dos anos 30 e 40,

pre-servando o seu charme e carácter inicial,

pro-movendo passeios por dois circuitos. O circuito

Colinas percorre os bairros mais antigos e

tradi-cionais dando a provar aos seus passageiros o

verdadeiro sabor da cidade. Mouraria, Alfama,

Chiado, São Bento, Estrela são apenas alguns

dos pontos que podem ser vistos a bordo do

eléctrico. As explicações podem ser ouvidas

em 8 idiomas distintos, através do sistema de

som instalado para o efeito. Já o circuito dos

Descobrimentos é acompanhado por um guia

que, para além das explicações turísticas, não

hesita em dar alguns conselhos. O trajecto é

muito completo. Depois de uma volta pela

Colina do Castelo, segue para Belém fazendo

uma paragem no museu da Carris. Em Belém,

a paragem de 10 minutos é o tempo ideal para

comprar uns pastéis de Belém e abrir o apetite

para uma visita mais demorada.

Mas a Carristur não oferece apenas circuitos

em eléctricos. Os autocarros amarelos de 2

pisos também já fazem parte da cidade. Está

interessado em conhecer a zona central da

ci-dade e a zona de Belém? Ou gostava mais de se

deixar fascinar pela arquitectura de vanguarda

do Parque das Nações? Só tem de escolher

en-tre o circuito Tagus e o Olisipo! Pode aproveitar

o bilhete de 24h para conhecer tudo o resto

que reserva cada um destes circuitos, tirando

partido do sistema Up On Up Off . Este sistema

permite ao visitante sair em cada paragem,

visitar a zona envolvente, que será sempre um

local de interesse, e voltar a apanhar o circuito.

As explicações são aqui também fornecidas em

8 idiomas.

Um circuito mais completo é conseguido em

Lisbon – Monuments & Viewing points Tour.

É um circuito com guia, feito a bordo de um

mini-bus, que o levará a percorrer as ruelas

estreitas da Graça e de Alfama. Para além das

zonas tradicionalmente visitadas pelos turistas,

este circuito passa ainda pelo palácio da Ajuda,

última residência da monarquia portuguesa.

Inclui ainda a visita às monumentais Basílica da

Estrela e Igreja dos Jerónimos (Igreja de Santa

Maria de Belém).

Para mais informações, visite o eléctrico

en-carnado na Praça do Comércio ou ligue para o

telemóvel + 351 966 298 558.

N

AV

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A

S

DE

CACILHEIRO,

PELO TEJO

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Sentir o pulsar de uma cidade

é também conhecer o que de

mais interessante está aqui a

acontecer em matéria de criação

contemporânea. É poder ser

surpreendido pelo olhar e talento

de algum jovem criador, cujo

percurso iremos acompanhar, pelo

mundo fora.

PELOS

CORREDORES

DA

A

RT

E

PELOS

CORREDORES

DA

DA

CORREDORES

CORREDORES

DA

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Vera Cortês é o novo nome incontestado que

sur-ge quando nos aproximamos dos circuitos da arte

e dos jovens criadores. Curators internacionais são

visita regular do espaço da Av. 24 de Julho.

Ao contrário do que acontece noutras cidades

europeias, em Lisboa as galerias de arte não se

circunscrevem a um bairro ou zona da cidade.

Conhecer a diversidade das galerias exige assim

uma maior dedicação, seguindo circuitos mais

fa-cilmente realizados com a ajuda do guia editado

pela Associação Portuguesa das Galerias de Arte

ou pelo Roteiro da Câmara. A questão

complica-se, sobretudo para o visitante ocasional

interes-sado em conhecer o trabalho de novos criadores,

pelo facto de algumas das galerias de referência

nesta área não fazerem parte de qualquer

asso-ciação. Esse é o caso da Agência de Arte Vera

Cortês, um nome bem conhecido de curators

internacionais, coleccionadores e instituições

li-gadas à arte.

Até há bem pouco tempo atrás, seria preciso

fazer o circuito geral das galerias para procurar

novos artistas, por entre aqueles que cada uma

delas representava.

Mas, helás, a situação alterou-se. Em vez de

per-correr as mesmas galerias de há quinze anos

atrás, será interessante conhecer estes novos

players e visitar espaços como o de Cristina

Guer-ra ContempoGuer-rary Art (Rua Santo Antonio à

Estre-la 33, próximo da Assembleia da República) ou a

Agência de Arte Vera Cortês. Os circuitos de arte,

também em Lisboa, constituem um universo em

mutação, onde para além do tradicional galerista

e coleccionador se vislumbram uma pluralidade

de gate-keepers, corredores e concorrências.

Em três anos e meio a Agência de Arte

afirmou-se. Vera Cortês tem 35 anos e é reconhecida no

meio pelo seu entusiasmo, empreendorismo e

profissionalismo.

Depois de ter estado oito anos ligada à gestão

da moda e de ter trabalhado com o galerista Luís

Serpa, aventurou-se na mediação artística. Abriu

portas com um grupo de artistas bem

escolhi-dos, que não estavam representados nas galerias

tradicionais, casos em que se um coleccionador

quisesse comprar não sabia onde se dirigir.

A experiência alcançada ao lado de Luís Serpa, na

viabilização de projectos culturais, e depois já

so-zinha, foi-lhe fundamental. Ainda hoje não delega

em ninguém as áreas que a conquistaram para

o métier: a produção com os artistas e a relação

com os coleccionadores. A produção,

organiza-ção e gestão deste negócio é por si levado às

últi-mas consequências, desde a relação próxima com

os artistas e o desenvolvimento dos projectos, ao

contacto e consultadoria a coleccionadores.

LISBOA ENTRE

AS CIDADES

DE MAIOR

ACTIVIDADE

CULTURAL

A actividade profi ssional de Vera Cortês leva-a a

estar em permanente circulação entre as

capi-tais de arte do mundo. Na sua opinião, “Lisboa

tem uma actividade cultural imensa e muito

diversifi cada”. Aos visitantes estrangeiros que

frequentemente recebe, Vera costuma

aconse-lhar que apostem em explorar o Chiado (“uma

zona privilegiada a vários títulos”), o Bairro Alto

e a zona ribeirinha. “Essa é a zona. Tem o rio, a

boa arquitectura, as lojas de design, o Museu do

Chiado, alguns dos melhores restaurantes,

gale-rias, a Rua do Norte para as compras, a noite mais

divertida. Ou mesmo o antigo Cabaret Maxim’s,

agora tão em moda junto dos artistas”.

Em matéria de equipamentos culturais, e

ultra-passando os possíveis melindres: “penso que

não fará sentido não visitar o Centro Cultural

de Belém e a Culturgest, de programação

in-ternacional, o Museu Nacional de Arte Antiga

ou o Museu Vieira da Silva. Mas também vale

a pena conhecer um lugar alternativo como o

DDLx, no Chiado”.

Agência Vera Cortês. Aberta ao público das

11h00 às 19h00. Sábados das 15h00 às 20h00.

Av. 24 de Julho, 54, 1º esquerdo.

Mais informação sobre a agência e os artistas

em www.veracortes.com.

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A Agência de Arte Vera Cortês está longe de ser uma

galeria ortodoxa. “Quis criar um espaço menos

inti-midante, menos formal ou institucional”, confessa. A

porta da agência não é fechada nem mesmo durante

a montagem das exposições, há sempre um artista a

entrar, uma reunião a decorrer, um novo projecto e

um coleccionador de quem se fala.

As inaugurações têm um público fi el, convocado por

convites recebidos por sms. Todas as semanas

acon-tece qualquer coisa no espaço da Av. 24 de Julho,

em permanente mudança de maneira a mostrar, nas

condições apropriadas, um grande número de obras

de artistas jovens.

O grande apartamento, pintado de branco e de pé

direito muito alto, ao lado da loja Armani Casa,

carac-teriza-se por uma enorme versatilidade de acção.

Recentemente Vera Cortês foi convidada a colocar

arte no Hotel Bairro Alto, localizado na Praça Luís

de Camões. Frequentemente é solicitada a pôr arte

em eventos ou para o cinema - são também seus os

artistas que estão na casa onde decorreram as fi

lma-gens do mais recente fi lme de Paul Auster. Depois

de dois anos de concentração no território nacional,

a agência começa agora a convidar artistas

interna-cionais e a participar em feiras.

As suas produções não se têm confi nado à sede,

ani-mando outros espaços em intervenções realizadas

tanto em espaços abandonados como em

institui-ções, como a recente exposição “pinturas inglesas e

outros trabalhos”, que decorreu na galeria de pintura

rei D. Luís, no Palácio da Ajuda.

A CIDADE DAS

MALAS DE RUI

CALÇADA BASTOS

Rui Calçada Bastos está entre o grupo de 26 artistas

que trabalham com Vera Cortês. Em 2005 mostrou

“the mirror suitcase man”, comissariada por Miguel

Amado, uma série de trabalhos em que a cidade

surgia projectada em malas de espelhos. Nascido em

Lisboa, Rui Calçada Bastos vive e trabalha tanto em

Berlim como em Lisboa, depois de ter realizado

resi-dências artísticas em Paris e em Berlim.

PODE VER ATÉ FINAL DO ANO 8 Setembro a 7 de Outubro Thomas Kratz

13 de Outubro a 11 de Novembro Daniel Malhão

17 de Novembro a 23 de Dezembro Rui Calçada Bastos

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MOMENTOS

ZEN

Comece com uma infusão de ervas e uma revitalizante massagem aos

pés, seguida do tratamento da sua escolha. Esqueça por algum tempo a

animação da cidade e deixe-se levar pelo relaxamento de um spa completo,

tranquilizante e recuperador.

MOMENTOS

ZEN

Comece com uma infusão de ervas e uma revitalizante massagem aos

pés, seguida do tratamento da sua escolha. Esqueça por algum tempo a

tranquilizante e recuperador.

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rador, para alívio das dores de pés cansados.

Muito em voga, pelos seus efeitos garantidos,

es-tão os envolvimentos, realizados em ambos destes

centros. O envolvimento em algas desintoxicantes,

ou em lama regeneradora, ideal para o alívio das

dores e problemas cutâneos superfi ciais, são alguns

dos exemplos.

O Lapa Wellness Centre, a funcionar no hotel de

cinco estrelas denominado de Hotel da Lapa, fará

com que obtenha uma descontracção total,

ofe-recendo uma grande variedade de técnicas.

Trata-mentos e massagens ao ar livre, no jardim recolhido

do hotel, sessões de Aromaterapia e Hidroterapia,

Terapia com Pedras, Tratamentos Spa Jet, Shiatsu e

Refl exologia, são só algumas das possibilidades. No

mesmo local poderá ainda contar com o

aconse-lhamento e técnicas desenvolvidas do La Prairie Art

of Beauty Centre. O centro dispõe ainda da piscina

exterior do hotel, de uma piscina interior e do

giná-sio de cardio-fi tness totalmente equipado. Poderá

também usufruir da sauna ou do banho turco.

Encontrar a tranquilidade e o poder das técnicas

ancestrais do Oriente, rendendo-se à satisfação

que um dia ou algumas horas de tratamentos lhe

podem proporcionar, não é uma fantasia. No Ritz

Spa ou no Lapa Wellness Centre vai encontrar um

oásis de recolhimento e bem-estar. Os tratamentos

são aconselhados pelos técnicos, de acordo com as

suas necessidades pessoais.

No Ritz Spa a viagem começa com uma infusão de

ervas e uma revitalizante massagem aos pés,

segui-da do tratamento segui-da sua escolha. O estilo oriental,

marcante, e se bem que respeitador de muitos

elementos tradicionais, não exclui a evolução da

ciência e aquilo que de melhor a tecnologia tem

para oferecer. Ciência e sabedoria oriental unem-se

assim a nosso favor, dando lugar a uma série de

tra-tamentos exclusivos deste spa.

O Ritz Spa concebeu uma massagem tonificante

especial para golfistas, baseada na combinação

de uma massagem dorsal relaxante (para alívio

da tensão muscular) e um envolvimento

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regene-TERAPIA

COM PEDRAS

A terapia com pedras baseia-se

num ritual dos nativos americanos

destinado a curar. O folclore nativo

defende que as pedras estão

asso-ciadas à Terra Mãe e aos elementos

essenciais da vida. Usa-se a energia

e o poder das pedras para tratar,

revigorar e equilibrar o corpo e o

espírito. O calor e o peso das pedras

quentes abrem um caminho

tran-quilo para o regresso à verdadeira

natureza de cada um e trazem um

alívio quase espiritual.

As pedras quentes são utilizadas

para aumentar a circulação e o

aquecimento corporal, enquanto

massajam toda a superfície do

cor-po. Logo aos primeiros movimentos

circulares das mãos dos terapeutas,

o desconforto, o mal-estar e as

do-res ver-se-ão aliviados.

É uma terapia muito efi caz na

cria-ção de harmonia, pois a energia

po-sitiva fl ui, promovendo uma

sensa-ção de equilíbrio, energia e paz.

12_ 13

COMO MARCAR Ritz Spa

As reservas poderão ser efectuadas directamente junto do spa pelo telefone (+351) 21 384 30 05, ou pelo fax (+351) 21 381 14 17. O spa abre às 6h30 e encerra às 22h30. Os tratamentos estão disponíveis das 8h00 às 21h00.

Lapa Wellness Centre

As reservas poderão ser efectuadas directamente através do telefone (+351) 21 394 94 94, ou pelo fax (+351) 21 395 06 65. Aberto das 8h00 às 20h00, todos os tratamentos podem ser marcados com antecedência.

(14)

CENTRO CULTURAL DE BELÉM

O Centro Cultural de

Belém vai ver reforçada

a sua componente

museológica, a par da

sua programação. A

colecção que virá para

Belém reúne um total

de mais de quatro mil

obras de arte moderna

e contemporânea,

percorre todo o século

XX e inclui obras de

artistas como Picasso,

Miró, Dali, Bacon e

Warhol.

IMPARÁVEL

(15)

A COLECÇÃO

QUE O CCB

ESPERA

A próxima integração do Museu de

Arte Contemporânea-Colecção

Berar-do no CCB nasceu de um acorBerar-do entre

o Ministério da Cultura e o empresário

Joe Berardo, tendo em vista a

conti-nuidade em Portugal da colecção, até

então dispersa entre o Museu de Arte

Moderna, em Sintra e o CCB. No futuro,

o módulo 3 das instalações do Centro

Cultural de Belém será co-partilhado

pela Fundação das Descobertas, que

gere o Centro, e pela futura Fundação

de Arte Moderna e Contemporânea

Colecção Berardo.

Segundo a crítica internacional

tra-ta-se de uma das mais signifi cativas

colecções de arte contemporânea do

mundo. A colecção do empresário

madeirense, com um total de mais

de quatro mil obras de arte moderna

e contemporânea, percorre todo o

século e foi disputada por várias

insti-tuições internacionais.

Centro Cultural de Belém

Praça do Império, Lisboa; Tel. +351 21 361 24 00; Fax +351 21 361 25 00

E-mail: ccb@ccb.pt; Internet: www.ccb.pt

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IMPARÁVEL

E

EMBLEMÁTICO

Simbolicamente localizado próximo do Mosteiro dos

Jerónimos e do Padrão dos Descobrimentos, o

Cen-tro Cultural de Belém (CCB) foi construído no início

dos anos 90 e inaugurado como sede da presidência

portuguesa da Comunidade Europeia. Ainda hoje é o

maior equipamento cultural do país, ocupando uma

área total de 100.000 m

2

, sobranceiros ao rio Tejo.

Riscado pelos arquitectos Manuel Salgado e

Vitto-rio Gregotti, com inteVitto-riores assinados pelo designer

Daciano Costa, o seu perfi l marca decididamente

a zona ribeirinha da cidade e veio contribuir para a

qualifi cação da dinâmica cultural da cidade. Em 1993

iniciou a sua actividade como centro cultural,

desta-cando-se no seu programa a música e artes visuais.

Grandes concertos e exposições memoráveis, de

ex-tensa lista, aqui se têm sucedido.

Internacionalmen-te, como parceiro e interlocutor, o CCB afi rmou-se

junto das mais prestigiadas instituições culturais.

O CCB integra um centro de exposições e, desde

Maio de 1999, o Museu do Design, que integra peças

de autor, produzidas desde o fi m dos anos trinta, e

que merece bem uma visita.

O café e o restaurante têm vistas para os jardins de

oliveiras e relvados geométricos, que disfarçam o

ru-ído do trânsito, de onde se vê o cais e o rio Tejo. Aos

fi ns-de-semana o centro enche-se de artistas de rua,

actores e patinadores em linha.

Actualmente, o CCB é constituído por três núcleos

distintos, embora complementares, de acordo com

uma concepção modular que permite a máxima fl

e-xibilidade e funcionalidade. O seu centro de

reuni-ões vem garantindo estreita e dinâmica ligação aos

mais variados sectores empresariais e profi ssionais.

O centro de espectáculos está equipado com dois

auditórios e uma sala de ensaio com a capacidade

de 72 lugares. O centro de exposições dispõe de

am-plos espaços e galerias exibindo simultaneamente

exposições de artes plásticas, arquitectura, fotografi a

e design. O centro de pedagogia e animação

privi-legia uma íntima articulação entre a fundação e as

escolas dos vários graus de ensino, bem como

ou-tras instituições, apostando na formação cultural dos

mais novos. O centro de formação organiza cursos,

seminários e conferências que visam a actualização,

aprofundamento e especialização nas diferentes

áre-as dáre-as artes e da cultura.

O CCB já acolheu eventos importantes como a

cimei-ra dos chefes de Estado da Organização de Segucimei-rança

e Cooperação Europeia (OSCE) e, em 1992, a

presidên-cia portuguesa do Conselho da União Europeia.

(16)

O novíssimo Casino Lisboa,

localizado no Parque das Nações,

mesmo em frente ao Oceanário, é o

mais recente equipamento turístico

de entretenimento da capital.

CASINO LISBOA

GRANDES

PRODUÇÕES

EM

AGENDA

(17)

Casino Lisboa, Alameda dos Oceanos,

Parque das Nações, Lisboa. Tel.+351 21 466 77 00.

Introduzindo um conceito de salas

mistas, o Casino Lisboa irá dispor numa

primeira fase de 800 máquinas de

jo-gos (slot machines) e 21 mesas de jogo

bancado. A dimensão dos prémios

será idêntica à que é hoje praticada

nas várias salas de máquinas do Casino

Estoril.

O maior casino da Europa possui 1200

máquinas automáticas de última

ge-ração e oferece um volume médio de

prémios diários superior a 800 mil euros

e super-jackpots que ultrapassam um

milhão de euros.

Com o objectivo de garantir aos

clien-tes de Lisboa emoções só imagináveis

nos maiores Casinos de Las Vegas, no

Parque das Nações a taxa de retenção

será das mais generosas da Europa. Em

média, por cada cem fi chas adquiridas

os apostadores recebem 94,5, afi rmam

os promotores.

SLOTS

À ALTURA DE LAS VEGAS

O recém-aberto casino, de arquitectura minimalista e largas

pa-redes de vidro, distribui-se por 3 andares com 1000 slot machines

e 22 mesas de jogo.

Com um terço do seu espaço total destinado ao jogo, o Casino

Lisboa dispõe ainda de uma grande sala de espectáculos, o

Au-ditório dos Oceanos, além de bares, três restaurantes e zonas de

animação, distribuídos por três pisos. O equipamento, para além

de constituir-se como casa de jogo, pretende ser um forte pólo

de oferta artística e cultural, à semelhança do que tem

aconte-cido com o Casino Estoril. Para este espaço estão programadas

grandes produções internacionais, levadas à cena por períodos

médios de três semanas. Será dada preferência à realização de

ciclos temáticos, nomeadamente de jazz. Os principais nomes

da música portuguesa também poderão ser aqui vistos.

O conceito de casino que foi adoptado lembra em muito a

Ave-nida da Broadway, em Manhattan (Nova Iorque). O recurso à

ex-pressão máxima da iluminação nocturna recorda Times Square,

a mais conhecida praça da avenida nova-iorquina.

O casino promete uma programação que incluirá a presença

constante de espectáculos de sucesso de bilheteira em Nova

Iorque, Londres e Paris, na capital portuguesa.

TRANSPARÊNCIA

E VISIBILIDADE

Concebido pelo arquitecto Fernando Jorge Correia, o Casino

Lis-boa reparte-se por três pisos interligados por sucessivos lanços

de escadas rolantes. O espaço gira em torno de um átrio central,

observável de todos os outros locais, devido ao recurso do

vi-dro para separar cada uma das salas. Na exploração máxima do

espaço aberto, o tecto do auditório é amovível e o palco conta

com um fundo transparente.

Ao desafi o de conceber um edifício onde tudo é claro, Fernando

Jorge Correia teve ainda de encontrar resposta para a

preocu-pação de inserir o Casino de Lisboa, de uma forma coerente, na

malha urbana e arquitectónica do Parque das Nações.

No edifício central, o Arena Lounge é talvez a principal

novida-de do novo casino. Trata-se novida-de um bar circular, funcionando em

três anéis concêntricos, onde todos vão girando em sentidos

opostos. Ao centro, um pequeno palco circular onde poderão

ir actuando grupos musicais. Tudo está montado para admitir

também actividades circenses, como trapezistas pendurados no

tecto, por exemplo. O brilho e exuberância do Arena Lounge irão

contribuir para que o Casino Lisboa seja sinónimo da sofi

stica-ção tecnológica.

A dois passos da Feira Internacional de Lisboa, o Casino Lisboa

tem uma localização privilegiada para servir os estrangeiros que

se deslocam à capital em viagens de negócios. Por isso mesmo,

o Casino concentra um elevado grupo de restaurantes de

quali-dade, com variados estilos de gastronomia.

16_ 17

(18)

Pintura, escultura, ourivesaria, mobiliário, cerâmica,

têxteis e outras artes decorativas, num percurso de

vários séculos, entre a Idade Média ao início do século

XIX. Aqui pode ainda encontrar um notável

conjun-to de objecconjun-tos de arte ornamental oriundo de África,

Índia, China e Japão, que ilustram bem as infl uências

recíprocas entre Portugal e as suas ex-colónias.

Este antigo palácio do século XVII tem, enquanto

museu, uma centenária e prestigiada história de

acontecimentos centrais na vida cultural do país.

A origem do Museu Nacional de Arte Antiga

remon-ta à Exposição Retrospectiva de Arte Ornamenremon-tal

Portuguesa e Espanhola, que teve lugar em 1882. O

acervo do principal museu do país radica

fundamen-talmente no vastíssimo espólio artístico proveniente

dos numerosos conventos extintos pela lei liberal de

1834, posteriormente enriquecido com aquisições e

generosas doações.

A sua relação com o Tejo, apenas mediada na ala sul

por um extraordinário e bem cuidado jardim (onde

poderá almoçar, apreciando a nostalgia do

movimen-to lenmovimen-to dos barcos de carga, ao fundo) movimen-tornam-no

também um lugar vivido e próximo dos lisboetas. Nos

últimos tempos, o museu tem aberto portas a diversas

CENTRAL

E

IMPERDÍVEL

iniciativas, ligadas ao design e à criação

contemporâ-nea, no sentido de o aproximar de novos públicos.

A inovação está também presente na recente adesão

ao telemóvel, como canal de informação. De forma

pioneira em Portugal, foi criado um serviço de

infor-mação, por "SMS", sobre algumas das mais

emblemá-ticas peças de arte do acervo do museu. O telemóvel

poderá ser ainda utilizado como "áudio-guia".

Em termos práticos, se quiser saber um pouco mais

sobre, por exemplo os painéis de São Vicente, basta

enviar um "SMS" com a palavra "Arte", seguido do

nú-mero da obra escolhida e o seu email pessoal para

o número "4774", ou utilizar o dispositivo como um

autêntico "áudio-guia".

Durante o Verão, o Museu estende o seu horário de

abertura, mantendo aberta a cafetaria e restaurante

do jardim.

Na última quinta-feira de cada mês, este

equipa-mento cultural tem as portas abertas até às 22 horas,

integrado nas noites (Design)5, verdadeiro “Design

district”. As noites (Design)5 reúnem lojas e

restau-rantes da zona na mesma iniciativa, bem como o

Museu das Comunicações, o Museu da Marioneta e

o Museu Nacional de Arte Antiga.

O Museu Nacional de Arte Antiga guarda

inúmeros motivos para uma visita. Uma vasta

e importante colecção de arte europeia,

incluindo a mais completa colecção de arte

portuguesa, tornam-no um dos maiores, senão

o maior, e mais importante museu português.

(19)

UM ACERVO

O museu comporta vários núcleos que se mostram

em exposição permanente.

No piso 1 encontra uma signifi cativa colecção de

pintura europeia que contempla várias

proveniên-cias geográfi cas, com obras de pintores célebres

como Piero della Francesca, Hieronimus Bosch,

Dürer, Cranach, Holbein, entre muitos outros e onde

se exprimem o pensamento, técnicas e actividades

de tempos variados, que vão do século XIV a meados

do XIX.

No núcleo de artes decorativas europeias -

mobiliá-rio, tapeçaria, cerâmica, porcelana e ourivesaria, uma

panorâmica da arte francesa do século XVIII,

pode-rá apreciar a faustosa baixela real encomendada ao

mais famoso ourives da época, o francês François

Thomas Germain e a seu fi lho Pierre.

No piso 2 pode ver a rica e variada colecção de

ouri-vesaria portuguesa e europeia, dos sumptuosos

ob-jectos litúrgicos e sagrados medievais, ao período das

Descobertas, evoluindo para formas que expressam

uma simplicidade e equilíbrio clássico e

culminan-do numa apoteótica ostentação de formas barrocas,

realçadas pelas pedrarias provenientes do Brasil no

século XVIII.

As colecções de artes ornamentais - a cerâmica, os

móveis, os tapetes, as jóias - transportam-nos às

me-lhores casas senhoriais.

A não perder é a viagem feita através de esplêndidos

e exóticos objectos de artes decorativas, executadas

em África, na Índia, na China e Japão por artífi ces

locais a partir de encomendas de portugueses, para

satisfazer sensibilidades e gostos ocidentais e que

são, afi nal, marcas das relações artísticas deixadas

pelos portugueses através do mundo.

No piso 3 encontra um dos mais importantes

con-juntos de pintura portuguesa do país, entre o século

XV (Painéis de S. Vicente) e o início do XIX (Domingos

António de Sequeira, pelo meio encontramos as salas

dedicadas à pintura da primeira geração do século

XVI, que incluem os mestres luso-fl amengos, outras

dedicadas à segunda geração onde predominam as

grandes estruturas retabulares e narrativas, magnífi

-cos retratos, as salas dedicadas à pintura maneirista

e barroca e fi nalmente, a última grande sala que nos

mostra exemplares do século XVIII e início do XIX.

A escultura, fundamentalmente de temática religiosa,

conduz-nos ao imaginário medieval e aos grandes

pre-sépios aristocráticos de fi nais do século XVIII.

18_ 19

(20)

Auguste Renoir (1841-1919)

Busto de Senhora ou Senhora com Rosa

Óleo sobre tela

Pierre Bonnard (1867-1947)

Janela aberta em Uriage

Óleo sobre tela

Bernardo Bellotto (1721-1780)

A torre de Marghera, 1735-1742

Óleo sobre tela

Paul Cézanne (1839-1906)

O mar em Estaque, 1876

Óleo sobre tela

Museu Nacional de Arte Antiga Rua das Janelas Verdes Lisboa

Tel. +351 391 28 00

EXPOSIÇÃO

GRANDES

MESTRES DA PINTURA

DE

FRA ANGELICO A BONNARD

GRANDES

EXPOSIÇÕES

O Museu Nacional de Arte Antiga acolhe

uma exposição que apresenta um magnífi co

conjunto de 95 pinturas de uma grande

colecção privada da segunda metade do

século XX, a colecção do médico e fi lantropo

Dr. Gustav Rau, constituída a partir da década

de 60.

A exposição convida a um fascinante percurso

por grandes mestres da história da arte

ocidental, com algumas obras-primas da

pintura europeia.

Quase metade das obras expostas

inscrevem--se num arco cronológico que vai do século

XV ao XVIII, distribuindo-se pelas “escolas”

italiana, fl amenga, holandesa, alemã, francesa,

espanhola e britânica e são criações de mestres

como Fra Angelico, Bernardino Luini, António

Solario, Guido Renni, Canaletto, Tiepolo,

Porbus, Van Goyen, Van Ruysdael, Gerard Dou,

Siberechts, Cranach, Philippe de Champaigne,

Largillière, Boucher, Latour, Greuze, Fragonard,

Robert, Vigée-Le Brun, El Greco, Ribera,

Reynolds e Gainsborough. As restantes

pinturas são especialmente demonstrativas de

autores e movimentos artísticos dos séculos

XIX e XX: Impressionismo, Simbolismo e Nabis,

Fauvismo, expressionismo. Corot, Courbet,

Cézanne, Manet, Degas, Monet, Renoir, Pissarro,

Sisley, Liebermann, Signac, Lautrec, Redon,

Bonnard, Vuillard, Vlaminck, Dufy, Derain,

Macke e Morandi são alguns dos artistas que se

destacam na exposição.

Bernardino Luini (c. 1485-1532)

Retrato de jovem mulher, c. 1525

Óleo sobre madeira

El Greco (1541-1614)

São Domingos em oração

Óleo sobre tela

(21)

Lisboa é uma cidade

bastante amigável para os

mais pequenos e perfeita

para passar alguns dias com

a família. De clima ameno

e bastante segura pode

descobrir-se a pé, em passeios

conjugados de forma a

incluírem pontos de interesse

e diversão para as crianças.

Os passeios ao longo do rio Tejo, a pé ou em bicicleta,

ou pelos vários parques podem proporcionar um dia

bem passado, nos dias de sol. A cidade oferece

inúme-ras actividades especialmente pensadas para os

miú-dos, tanto ao ar livre como dentro de portas.

Se estiver bom tempo, aproveite a enorme variedade

de parques e jardins da capital. No centro da cidade, o

mais tradicional será, sem dúvida, o Jardim da Estrela,

localizado entre o bairro da Lapa e a zona de São Bento

– conhecida pelos seus antiquários – e o Bairro Alto.

Pode ainda pensar em levá-los ao Jardim Zoológico,

onde poderão assistir ao espectáculo na baía dos

golfi nhos, à alimentação dos leões-marinhos e até

andar de teleférico.

O Jardim Zoológico situa-se próximo do centro da

cidade e num local de fácil acesso. É servido por uma

excelente rede de autocarros públicos, pelo

metro-politano e por uma praça de táxis.

Para mais, tem uma das melhores colecções animais

de todo o mundo, com cerca de 2000 animais de 335

espécies diferentes, muitos deles com origem nas

ex-colónias portuguesas em na África e no Brasil.

Como espaço complementar, situado na área de

entrada do Jardim Zoológico, o parque de diversões

Animax tem entrada livre e oferece uma série de

equipamentos de diversão, como o carrossel, as

gai-votas, o helicóptero louco, restaurantes, lojas e áreas

de descanso.

20_ 21

AGENDA

FAMILIAR

(22)

Outra sugestão a anotar na agenda familiar é a visita ao Pavilhão de Conhecimento – Ciência Viva, um

museu interactivo de ciência e tecnologia. De carácter essencialmente lúdico, as suas exposições e

acti-vidades permitem às crianças explorar muitos e variados temas, de forma activa e descontraída.

Localizado no Parque das Nações, o Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva foi desenhado pelo

ar-quitecto João Luís Carrilho da Graça e distinguido com o Grande Prémio do Júri FAD 1999. É um edifício

emblemático, representativo da mudança arquitectónica que aconteceu em Lisboa com a EXPO’98.

Com uma média de 800 visitantes por dia, o Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva é hoje um dos

museus mais visitados de Portugal.

O Oceanário de Lisboa, também no Parque das Nações, na zona oriental da cidade está, sem dúvida,

entre as preferências dos mais novos. A visita ao maior oceanário da Europa é um constante desafi o ao

conhecimento, a todos os níveis. Povoado por dez mil animais e plantas de mais de 350 espécies, numa

reconstituição dos vários ecossistemas dos oceanos, será uma experiência irrepetível. Uma noite

ines-quecível na companhia dos tubarões estará ao alcance dos seus fi lhos, desde que sujeita a marcação.

Ainda na mesma zona, e no caso de sobrarem energias para gastar, pode surpreendê-los com um

pas-seios de bicicleta ou de karts a pedal, alugados na Porta do Tejo e junto ao Pavilhão Atlântico.

Depois, e bem perto, terá bastantes alternativas para bem almoçar ou jantar.

A ORIENTE,

NO PARQUE

DAS NAÇÕES

A ORIENTE,

A OCIDENTE,

COMECE POR

MONSANTO

Se o bom tempo continuar a falar mais alto, não

hesite em considerar levá-los a Monsanto. Deixe-os

gastar energias nos baloiços, escorregas, insufl áveis

e outras diversões do Parque dos Índios. O Parque

dos Índios dispõe de duas zonas diferenciadas: para

os mais novos, até aos 5 anos, e dos 6 aos 12. Um

farol, um barco, o labirinto, além dos baloiços típicos,

caracterizam o espaço. Existe ainda um circuito de

condução infantil, porque nunca é cedo para

apren-der as regras da boa circulação rodoviária e uma

pis-ta para skaters.

Os pais poderão desfrutar de alguns momentos de

tranquilidade na esplanada.

Para as famílias apreciadoras da botânica e da

jardi-nagem, aconselhamos um passeio guiado pelo

Jar-dim Botânico da Ajuda, o primeiro jarJar-dim botânico

português, criado no século XVIII pelo rei D. José.

Contíguo ao jardim poderá almoçar no restaurante

“Estufa Real”, que oferece uma cozinha requintada e

uma excelente panorâmica sobre o Jardim.

Se o dia fi car repentinamente nublado, não

desani-me, pode sempre levá-los a museus ou bibliotecas,

onde se entreterão com actividades e ateliers. No

Planetário Calouste Gulbenkian, junto ao Mosteiro

dos Jerónimos, em Belém, eles poderão fi car a saber

tudo sobre as estrelas do céu.

No Museu da Criança, ao lado do Planetário e

provi-soriamente instalado no Museu de Marinha, a

fanta-sia e os jogos encantarão os mais pequenos.

Bem perto, o relvado e baloiços dos jardins de Belém

e as suas esplanadas, próximos do Museu dos

Co-ches, são também de particular agrado das crianças

lisboetas.

(23)

PLANEIE O SEU DIA

JARDIM ZOOLÓGICO

Estrada de Benfi ca, 158/160 (metro: Jardim Zoológico). Todos os dias das 10:00 às 18:00.

Mais informações em www.zoolisboa.pt

PAVILHÃO DO CONHECIMENTO – CIÊNCIA VIVA

Alameda dos Oceanos, Parque das Nações (metro: Oriente). De Terça a Sexta das 10:00 às 18:00,

fi m-de-semana e feriados das 11:00 às 19:00. Bilhetes de criança dos 3 aos 6 anos a 2,5 euros e dos

7 aos 17 anos a 3 euros; bilhetes de adulto a 6 euros. Bilhete de família (dois adultos com fi lhos até

17 anos) a 13 euros. Mais informações em www.pavconhecimento.pt

OCEANÁRIO DE LISBOA

Esplanada D. Carlos I, Doca dos Olivais, Parque das Nações (metro: Oriente). Todos os dias das 10:00

às 19:00. Bilhete de criança (dos 4 aos 12 anos) a 5,25 euros, bilhete de adulto a 10,50 euros.

Mais informações em www.oceanario.pt

PARQUE DOS ÍNDIOS

Parque Infantil do Alto da Serafi na (Monsanto). Sábados, Domingos e Feriados, das 9:00 às 20:00.

MUSEU DA CRIANÇA

Praça do Império, Belém (instalado no 1º andar do Museu da Marinha).

De Terça a Domingo, das 10:00 às 18:00.

MUSEU DOS COCHES

Praça Afonso de Albuquerque (Belém). De Terça a Domingo das 10:00 às 18:00 (última visita às

17:30). Entrada livre a crianças com menos de 14 anos, bilhetes para jovens dos 14 aos 25 anos a

1,50 euros, bilhete de adulto a 3 euros.

JARDIM BOTÂNICO DA AJUDA

Calçada da Ajuda.

Todos os dias, excepto às Quartas, das 9:00 às 20:00 (até às 18:00, de Outubro a Maio).

MUSEU DA MARIONETA DE LISBOA

Convento das Bernardas, Rua da Esperança, 146 (Santos).

De Terça a Domingo, das 10:00 às 13:00 e das 14:00 às 18:00.

PLANETÁRIO CALOUSTE GULBENKIAN

Praça do Império (Belém). Sessões Sábados às 15:30, Domingos às 11:00 e às 15:30.

Mais informações em www.planetario.online.pt

CENTRO VASCO DA GAMA

Avenida D. João II, Parque das Nações (metro: Oriente). Todos os dias das 10:00 às 00:00.

CENTRO COLOMBO

Avenida Lusíada, junto ao Estádio da Luz (metro: Colégio Militar)

Todos os dias das 10:00 às 00:00.

AMOREIRAS SHOPPING CENTER

Rua Carlos Alberto da Mota Pinto/Avenida Eng. Duarte Pacheco (Amoreiras).

Todos os dias das 10:00 às 23:00.

EL CORTE INGLÊS

Avenida António Augusto Aguiar (metro: São Sebastião).

De Segunda a Sábado das 10:00 às 22:00.

m). De Ter

as com menos de 14 anos, bilhetes para jovens dos 14 aos 25 anos a

1,50 euros, bilhete de adulto a 3 euros.

JARDIM BOT

Cal

Mais informações em www.oceanario.pt

Parque Infantil do Alto da Serafi na (Monsanto). S

22_ 23

EM DIRECÇÃO

AO CENTRO

DA CIDADE

No Museu da Marioneta de Lisboa, uma colecção de

marionetas vindas de todo o mundo merece uma

vi-sita. Aqui fi cará a conhecer a história e as origens das

marionetas, assim como as técnicas de manipulação

e máscara. No núcleo dedicado à Marioneta

Portu-guesa poderá ver os típicos Bonecos de Santo Aleixo,

marionetas vindas da região do Alentejo, peças do

Teatro do Mestre Gil ou do Teatro Robertoscope, e as

marionetas de São Lourenço.

Se pretender aproveitar o tempo das diversões dos

mais novos para fazer algumas compras,

sugerimos-lhe o Centro Colombo (junto ao Estádio da Luz), o

Centro Vasco da Gama (no Parque das Nações), o

Amoreiras Shopping Center (na zona da cidade com

o mesmo nome) e o El Corte Inglês (no topo do

Par-que Eduardo VII). Muitos centros comerciais dispõem

de espaço de jogos para crianças, que deverão ser

acompanhadas.

À noite, e se estiver acompanhado de adolescentes,

o lugar certo para os levar será a zona das Docas, em

Alcântara, o lugar de culto dos adolescentes

lisbo-etas. Mas nesse caso, prepare-se, não irá regressar

ao hotel muito cedo... ou regressará sozinho, muito

provavelmente.

(24)

NO BAIRRO ALTO E CHIADO

DESIGN

DE FLORES

No carismático Bairro Alto, amado pelos jovens,

boémios e intelectuais, e por entre a animação

dos bares, das tasquinhas, das lojas fashion e

dos restaurantes trendy, instalaram-se os três

criadores de fl ores mais interessantes da cidade.

(25)

ONDE ESTÃO OS

NOVOS DESIGNERS

EM NOME DA ROSA Rua D. Pedro V, 97/99 Tel. +351 91 975 51 22 ATMOSPHERE Rua da Trindade, 28 Tel. +351 21 321 47 66 FLOWER POWER Calçada do Combro, 2 Tel. +351 21 342 23 81 www.fl owerpower.com.pt 24_ 25

Maurício Fernandes é um deles. Madeirense, é

licen-ciado em Educação e deu aulas durante oito anos,

até se render à arte das fl ores, impulsionado pelos

amigos que se surpreendiam com a originalidade

dos trabalhos feitos para festas e jantares privados.

Enquanto estudava em Lisboa, habituou-se a

visi-tar todos os fi ns de visi-tarde o Mercado da Ribeira e a

chegar a casa com braçadas de fl ores, que dispunha

com toda a liberdade. Mais tarde vieram as viagens

a Bruxelas e à Holanda, a pesquisa dos materiais e

a descoberta e aperfeiçoamento das técnicas mais

vanguardistas.

Existe uma forte componente de cenografi a e

deco-ração na arte de Maurício, o seu espaço da Rua D.

Pedro V demonstram-no bem. Todas as

segundas-feiras chegam novas fl ores da Holanda, Equador,

África do Sul e Bruxelas e a loja é redecorada. As

por-tas aberpor-tas, às vezes até muito tarde e marcadas pela

luz de inúmeras velas, convidam à entrada. As fl ores

encomendadas no mercado de escala internacional,

através de intermediários altamente especializados,

juntam-se às caixas das fl ores nacionais e da

esta-ção, muitas delas vindas directamente de pequenos

fornecedores, por vezes de produção biológica. É

com paixão que Maurício negoceia com todos eles,

acompanhando diariamente as entradas no

merca-do merca-dos produtos, não querenmerca-do perder nenhuma

estrela da saison.

Como não poderia deixar de acontecer, actualmente

o criador fornece também grandes empresas, hotéis,

lojas e restaurantes da Grande Lisboa, incluindo

Cas-cais e Sintra. Mas a loja que baptizou de “Em nome

da Rosa” (situada na esquina com a Rua da Rosa)

continua a estar aberta a todas as visitas. Existe

sem-pre alguém que passa e quer somente mergulhar os

olhos naquele mundo de poderosa beleza, alguém

que vem comprar um pequeno ou grande bouquet,

alguém que pede para fotografar a loja, algum

ha-bitante do bairro que dá dois dedos de conversa e

segue o seu caminho. Uma pequena prateleira com

velas, cerâmicas, jarras e doces caseiros é uma

recen-te atracção, bem enquadrada no espírito da loja.

Continuando a ronda do design de fl ores,

encontra-mos, bem perto do Teatro da Trindade, no Chiado,

a Atmosphere, de Christophe Giudici. Também aqui

as criações são sofi sticadas, deslumbrantes e de uma

inesgotável criatividade. Christophe Giudici, de

ori-gem belga, fi xou-se em Portugal e dá hoje cartas no

cenário nacional, sendo o criador de eleição de

mui-tos decoradores e revistas de interiores.

Andando um pouco mais chegamos à Flower Power.

Mais minimalista, o criador Carlos Filipe escolheu um

espaço de pé-direito muito alto, onde o som da água

se ouve correr em permanência. As teorias orientais do

feng shui ordenam o espaço e lá estão, como seria de

esperar, os cinco elementos: a madeira, na árvore logo à

entrada que nos recebe com toda a força da natureza; a

água, em todo o lado, em cascata; o fogo, representado

pela lareira recuperada do edifício original; a terra, das

plantas; e o metal, da coluna antiga também original.

(26)

MAIS PERTO DA LUZ

CASAS

DO TEJO

São sete lugares de magia e charme,

com muito carisma e uma excepcional

inserção na cidade. Por alguns dias veja

a cidade do seu quarto, por cima

dos telhados, encante-se com

a luminosidade, o casario, os jardins

e as vistas para o Tejo.

(27)

YORK

HOUSE

Próximo do Museu Nacional de Arte Antiga, do Tejo

e de um dos melhores bairros da cidade,

encontra--se a inconfundível York House.

Falamos do antigo Convento dos Marianos,

cons-truído nos primórdios do século XVII, adaptado há

décadas em hotel. Um muro cor-de-rosa esconde

um pátio-jardim repleto de árvores, que se

mis-turam com as trepadeiras da casa. Um verdadeiro

oásis de tranquilidade tão perto e tão longe da

confusão do centro, tendo em funcionamento uma

esplanada, restaurante e bar. A decoração sóbria

estende-se aos 34 quartos disponíveis, todos

dife-rentes entre si.

York House, Rua das Janelas Verdes, 32-1°, Lisboa.

Tel. +351 21 396 24 35.

SOLAR

DOS MOUROS

Em pleno coração da antiga Lisboa, este é o refúgio

preferido de muitos nomes ligados ao mundo do

ci-nema, da arte e da moda. O hotel está assente sobre

fundações de uma antiga porta de entrada mourisca

do castelo de S. Jorge, a “porta de alfofa”.

Os quartos abraçam o Tejo e são dominados pela luz

única da cidade, tornando os fi nais de tarde

inesque-cíveis.

Uma discreta sala de estar, com acesso pelo exterior,

revela um pequeno jardim zen de água.

O ambiente é de manifesta criatividade, esculturas

originais africanas e contemporâneas fi guram ao

lado de originais de Luís de Lemos, Luis Feito,

Mar-tin Barré, John F. Koenig, Joe Downing, entre outros

objectos de referência como um candeeiro art déco

de Le Corbusier.

Solar dos Mouros, Rua do Milagre de Santo António, 6,

Lisboa. Tel. +351 21 885 49 40.

PALÁCIO

BELMONTE

Na colina do Castelo de São Jorge fi ca o Palácio

Bel-monte, o mais antigo palácio da cidade de Lisboa,

convertido em hotel depois de um longo e exemplar

processo de restauro. Localizado em pleno centro

histórico da cidade, foi edifi cado em 1449,

agregan-do três torres, sobre um rocheagregan-do de quarenta metros

e por cima das mais antigas muralhas mouras e

ro-manas da cidade. Em 1640 foi ampliado com a

cons-trução de um terraço e cinco fachadas clássicas.

A sua reconversão foi pensada de forma a aproveitar

as antigas estruturas do palácio, as madeiras e ferros

da época, bem como uma extensa e fabulosa

colec-ção de azulejos do século XVIII. O resultado fi nal é

um conforto de estética irrepreensível, num

ambien-te único, que mereceu honras de destaque na revista

“Wallpaper”.

Os quartos foram decorados individualmente e em

estilo contemporâneo, tendo sido atribuído a cada

um deles o nome de uma personalidade da cultura

portuguesa, harmonizando mobiliário antigo com

arte contemporânea.

Não deixe de apreciar a pequena capela, a biblioteca

e as deslumbrantes vistas das torres sobre a cidade

de Lisboa.

Palácio Belmonte, Páteo Dom Fradique, 14, Lisboa.

Tel. + 351 21 881 66 00.

PESTANA

PALACE HOTEL

A curta distância de alguns dos mais importantes

monumentos de Lisboa, como o Palácio da Ajuda, o

Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, o Padrão

das Descobertas e o Museu dos Coches, o Pestana

Palace Hotel nasceu da recuperação.

O edifício, datado do fi nal do século XIX, está

classi-fi cado como monumento nacional, tendo sido alvo

de um rigoroso restauro, que lhe devolveu o seu

es-plendor original.

As vistas maravilhosas sobre o rio Tejo e o luxuriante

jardim que o circunda, assim como a decoração

so-fi sticada contribuíram para colocar o hotel no top do

alojamento de 5 estrelas. O espaço e o restaurante

é local de encontro de empresários e tem recebido

algumas das convenções políticas e empresariais de

maior relevo do país.

O antigo Palácio Valle Flor, nome de uma das

famí-lias da nobreza portuguesa com particular peso no

comércio com o Brasil, fi ca também particularmente

próximo das Docas de Santo Amaro, um dos pontos

fulcrais da animada vida nocturna lisboeta.

Pestana Palace Hotel, Rua Jau, 54, Lisboa.

Tel. +351 21 361 56 00.

YORK HOUSE

PALÁCIO BELMONTE

SOLAR DOS MOUROS

PESTANA PALACE HOTEL

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SOLAR DO CASTELO

Erguido na colina do Castelo de S. Jorge, o Solar do

Castelo atravessou oito séculos de história da cidade.

Ainda hoje conhecido como “Palacete das

Cozi-nhas”, na sua origem está um palacete do século

XVIII, construído dentro das muralhas do castelo no

local das antigas cozinhas dos paços da alcáçova.

Com dois pisos e mansarda, pátio nobre e jardins,

o palacete das cozinhas possui vestígios medievais,

como a cisterna, que terão pertencido às

depen-dências do paço.

Classificado como de relevante interesse histórico,

o palacete vive hoje num projecto contemporâneo

da autoria do arquitecto Vasco Massapina,

conju-gando elementos da original arquitectura

pomba-lina, com traços da arquitectura contemporânea.

Os quartos dispõem-se em redor do jardim interior,

com o acesso feito por um original corredor em

chão de madeira e parede de pedra.

Solar do Castelo, Rua das Cozinhas, 2, Lisboa.

Tel. +351 21 887 09 09.

LAPA PALACE

SOLAR DO CASTELO

AS JANELAS VERDES

AS JANELAS VERDES

Próximo do rio e de uma das zonas de maior animação

nocturna, um encantador palacete do século XVIII foi

recuperado e decorado em estilo clássico e é hoje um

dos hotéis da cadeia Hotéis Heritage Lisboa.

Um pequeno jardim acolhe os hóspedes e é a escolha

certa para o pequeno-almoço. Na biblioteca poderá ler

tranquilamente, avistando o Tejo, num ambiente em

que os quadros e objectos de arte se misturam com

os livros.

O famoso escritor português do século XIX, Eça de

Queirós, está por tradição ligado ao palacete e há

quem afi rme que o famoso romancista viveu aqui e

nele se inspirou para a escrita de uma outra

enigmá-tica casa, “O Ramalhete”, descrita num dos seus mais

célebres livros, Os Maias.

As Janelas Verdes, R. das Janelas Verdes, 47, Lisboa.

Tel. +351 21 396 81 43.

LAPA PALACE

Rafael Bordalo Pinheiro, por muitos considerado o maior

artista plástico do século XIX, e o seu irmão Columbano,

um notável pintor, foram alguns dos artistas famosos que

participaram na decoração do palácio mandado

cons-truir em 1883 pelos condes de Valenças, ampliando uma

construção existente desde 1870.

Columbano, o maior retratista do seu tempo, a que

al-guns chamam o “pintor das almas quebradas”, pintou as

paredes e o tecto do salão de baile original (que é hoje a

Sala Columbano), desenvolvendo o tema da dança

atra-vés dos tempos. Muitas das personagens retratadas nas

pinturas das paredes eram aristocratas da alta sociedade

de Lisboa, tais como o Conde de Arnoso, o Visconde de

Santarém ou o fi lho mais velho do conde.

O palácio permaneceu uma casa de família até 1992, ano

em que a família do conde a vendeu à família Simões de

Almeida, que a transformou em hotel. A Orient-Express

Hotels adquiriu-o, em 1998, e inaugurou a Villa (uma nova

ala) em 2002.

Referências

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