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Modelo Kronig-Penney. Física do Estado Sólido 2017/2018, 7 Maio Modelo Kronig-Penney FES-21-KP 1 / 18

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Texto

(1)

Modelo Kronig-Penney

(2)

Outline

1 Equação de Schrödinger

2 Forma matricial

3 Discussão Física

(3)

O potencial

O modelo de Kronig-Penney com uma barreira “Dirac” é o mais simples dos modelos analíticos para partículas a uma dimensão num potencial periódico.

O potencial periódico é dado por

V (x ) = U ∞ X

n=−∞

δ(x − na)

onde a é a periodicidade do potencial e U o coeficiente dos deltas de Dirac.

(4)

Função de onda

A solução da equação de Schrödinger para uma energia E no intervalo na < x < (n + 1)a é dada por

ψ(n)(x ) = Aneiκ(x −na)+Bne−iκ(x−na) onde κ =p2mE/~2e A

ne Bnsão constantes a determinar pelas condições de fronteira em x = na.

A função de onda é assim

ψ(x ) =                  .. . A0eiκ(x )+B0e−iκ(x) se 0 < x < a A1eiκ(x −a)+B1e−iκ(x−a) se a < x < 2a A2eiκ(x −2a)+B1e−iκ(x−2a) se 2a < x < 3a ..

(5)

Condições de fronteira: continuidade da função

A condição de fronteira

ψ(n+1)((n + 1)a) = ψ(n)((n + 1)a) dá uma primeira condição

An+1eiκ[(n+1)a−(n+1)a]+Bn+1e−iκ[(n+1)a−(n+1)a] =Aneiκ[(n+1)a−na]+Bne−iκ[(n+1)a−na] que simplifica para

(6)

Condições de fronteira: discontinuidade da derivada

A condição de fronteira

ψ0(n+1)((n + 1)a) − ψ0(n)((n + 1)a) = 2mU ~2 ψ

(n)((n + 1)a)

dá a segunda condição

iκAn+1eiκ[(n+1)a−(n+1)a]− iκBn+1e−iκ[(n+1)a−(n+1)a] −iκAneiκ[(n+1)a−na]+iκBne−iκ[(n+1)a−na] = 2mU

~2 

Aneiκ[(n+1)a−na]+Bne−iκ[(n+1)a−na] que simplifica para

iκAn+1− iκBn+1 =iκAneiκa− iκBne−iκa+ 2mU

~2 

Aneiκa− Bne−iκa 

(7)

Juntando as condições

As duas condições são

An+1+Bn+1 =Aneiκa+Bne−iκa iκAn+1− iκBn+1 =iκAneiκa− iκBne−iκa+2mU

~2 

Aneiκa+Bne−iκa 

dividindo a segunda por iκ temos An+1+Bn+1 = Aneiκa+Bne−iκa

An+1− Bn+1 = Aneiκa− Bne−iκa− 2iQ(κ)Aneiκa− 2iQ(κ)Bne−iκa onde definimos Q(κ) = 2mU

~2κ que depende da energia. As equações têm a solução

An+1 = Aneiκa− iQ(κ)Aneiκa− iQ(κ)Bne−iκa Bn+1 = Bne−iκa+iQ(κ)Aneiκa+iQ(κ)Bne−iκa

(8)

Forma matricial da equação

Esta equação

An+1 = Aneiκa− iQ(κ)Aneiκa− iQ(κ)Bne−iκa Bn+1 = Bne−iκa+iQ(κ)Aneiκa+iQ(κ)Bne−iκa pode escrever-se da forma matricial

An+1 Bn+1



=(1 − iQ(κ))e

iκa −iQ(κ)e−iκa iQ(κ)eiκa (1 + iQ(κ))e−iκa

 An Bn  =MAn Bn 

onde definimos uma matriz M que não depende de n. Vamos ter assim que

An Bn  =MnA0 B0 

(9)

Valores próprios de M

A matriz

M =(1 − iQ(κ))e

iκa −iQ(κ)e−iκa iQ(κ)eiκa (1 + iQ(κ))e−iκa



tem valores próprios λ dados pela solução da equação quadrática (1 + Q(κ)2) − λ



1 − iQ(κ))eiκa+ (1 + iQ(κ))e−iκa 

+ λ2− Q(κ)2=0 Definindo a funçãoreal

X (κ) = 1 2 

(1 − iQ(κ))eiκa+ (1 + iQ(κ))e−iκa 

A equação quadrática fica

(10)

Valores próprios de M

A equação

λ2− 2λX (κ) + 1 = 0 tem então duas soluções

λ±=X (κ) ± q X (κ)2− 1 Se |X (κ)| ≤ 1 então λ±=X (κ) ± i q 1 − X (κ)2 definindo cos(φ) = X (κ) temos

λ±=e±iφ Se |X (κ)| > 1 então

λ+ >1 e λ−= 1 λ

(11)

Condição para soluções físicas

Vamos estar numa situação parecida com o problema de

espalhamento, onde não há soluções estacionárias normalizáveis da equação de Schrödinger, mas podemos construí-las a partir de soluções que não divergem para ±∞.

No caso de |X (κ)| > 1 escolhendo para (A0,B0)o vector próprios de M associado a λ+temos que os coeficientes de (An,Bn)vão crescer exponencialmente para n → +∞. No caso de λ−esses coeficientes vão crescer exponencialmente para n → −∞. Estas soluções matemáticas não são aceitáveis.

(12)

Condição para soluções físicas II

No caso |X (κ)| ≤ 1 e escolhendo para (A0,B0)um dos vectores próprios de M, vamos ter que os coeficientes

An Bn  ± =e±inφA0 B0  ±

ou seja os coeficientes vão adquirindo uma fase cada vez que se atravessa uma das barreiras delta.

(13)

Relação com o Teorema de Bloch

Se |X (κ)| ≤ 1 e (A0,B0)é um dos vectores próprios de M temos que An Bn  ± =e±inφ(κ)A0 B0  ± Se definirmos k = φ(κ) a = 1 aarccos(X (κ)) temos que

ψ(n)(x ) = Aneiκ(x −na)+Bne−iκ(x−na)

= e±ik (na)A0eiκ(x −na)+B0e−iκ(x−na) 

= e±ik (na)ψ(0)(x − na)

(14)

A função X (κ)

Analisando a função X (κ) = 1

2 

(1 − iQ(κ))eiκa+ (1 + iQ(κ))e−iκa  = <(1 − iQ(κ))eiκa= <  (1 − i2mU ~2κ )eiκa = <F (κ)

onde definimos F (κ) temos que |F (κ)| > 1 e |F (κ)| é uma função decrescente de κ, enquanto que o seu argumento é uma função decrescente (para κ > 0) variando entre π/2 e 0. Vamos ter assim uma função F (κ) que se enrola à volta do círculo unitário no plano complexo, e portanto X (κ) vai sempre alternando entre as situações |X (κ)| ≤ 1 e |X (κ)| > 1, ou seja entre bandas de energia permitidas e proibidas.

(15)

Análise dimensional

As constantes do problema são ~, m, a e U. Escolhendo as três primeiras grandezas para o nosso sistema de dimensões, podemos definir o coeficiente adimensional da barreira de potencial como

e

U = U2ma ~2 Definindo ainda ˜κ = κa e ˜k = ka vamos ter

e

F (˜κ) = (1 − i2 eU ˜ κ )e

(16)

A função e

F (˜

κ)

A função eF (˜κ)para eU = 4 no plano complexo é a seguinte:

(17)

As bandas

(18)

Conclusão

Obtemos bandas de energia permitidas e bandas de energia proibidas (hiatos).

Na resolução deste problema as soluções aparecem com a forma de funções de Bloch. Mas a sobreposição das soluções com κ e −κ têm a mesma energia, são soluções da equação de

Schrödinger, mas não são funções de Bloch. Para eU → 0 obtemos o limite da partícula livre.

Para eU → ∞ obtemos o limite da partícula num poço de potencial de largura a.

Use o notebook associado a esta apresentação para analisar o problema.

Referências

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