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COMPETÊNCIA PROFISSIONAL, GESTÃO E TERCEIRO SETOR

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Academic year: 2022

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IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE POLÍTICA SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL:

DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

V SEMINÁRIO NACIONAL DE TERRITÓRIO E GESTÃO DE POLÍTICAS SOCIAIS IV CONGRESSO DE DIREITO À CIDADE E JUSTIÇA AMBIENTAL

EIXO:

Fundamentos do Serviço Social.

COMPETÊNCIA PROFISSIONAL, GESTÃO E TERCEIRO SETOR

Alan Farley Prates Oliveira1 Leni Maria Pereira Silva2

RESUMO: O presente artigo tem como objetivo refletir acerca da competência profissional no âmbito do terceiro setor. Entende-se por competência profissional em Serviço Social a capacidade critica-analítica de elaborar, criar, avaliar entre outras ações para a construção de uma intervenção que possa projetar emancipação. De modo a apreender sobre competência acerca do que vem sendo acumulado nas produções que projeta na profissão a apreensão necessária de sua competência? E pressupôs que as determinações institucionais tendem a controlar a competência profissional. Trata-se de um estudo qualitativo tendo como procedimento a pesquisa bibliográfica. Considera-se que a competência profissional difere da competência tecnocrática presente nas instituições.

Palavras chave: Competência, Serviço Social , Terceiro Setor

ABSTRACT: This article aims to reflect on professional competence in the scope of the third sector. Professional competence in Social Work is understood as the critical-analytical capacity to elaborate, create, evaluate, among others, actions for the construction of an intervention that can project emancipation. In order to learn about competence, was it asked about what has been accumulated in the productions that project the necessary apprehension of its competence in the profession? And he assumed that institutional determinations tend to control professional competence. This is a qualitative study using a bibliographic research procedure. Professional competence is considered to differ from the technocratic competence present in institutions.

Keywords: Competence, Social Service, Third Sector

1 INTRODUÇÃO

1OLIVEIRA, Alan Farley P. Assistente Social. Aluno do Programa de Pós- Graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-PUCSP.E-mail:alanfarleyp@gmail.com

2Professora do Curso de Serviço Social da Universidade Estadual de Montes Claros/MG. Doutora em Ciências Sociais pela UERJ. E-mail: leni_2575@yahoo.com

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O presente estudo discute a competência em Serviço Social frente as complexas relações sociais e, em destaque no âmbito do Terceiro Setor. Trata-se de uma investigação que se dedicou a apreender a partir dos acúmulos de Iamamoto (2004, 1998) e outros autores a questão da competência em Serviço Social e seus constructos de resistência a lógica (neo)conservadora. Parte-se da premissa de que a profissão traz em si competências indispensáveis às Organizações Não Governamentais (ONG’s).

Nesse sentido, o principal objetivo deste trabalho é compreender as competências do assistente social na gestão de entidades do Terceiro Setor. Para desenvolver a proposta supramencionada definiu-se como problemas de pesquisa o que vem sendo acumulado nas produções que projeta na profissão a apreensão necessária de sua competência? quais as principais contribuições do assistente social na gestão de entidades do Terceiro Setor?

O conceito dominante de Terceiro Setor o distingue do Estado (Primeiro Setor) e do Mercado (Segundo Setor), uma vez que envolve um variado número de iniciativas que oferecem bens e serviços sem fins lucrativos. Todavia, o objeto deste estudo trata especificamente das instituições do Terceiro Setor que atuam na defesa de direitos e na promoção da cidadania.

O gerenciamento de muitas dessas organizações ainda se encontra atrelado a práticas tradicionais, filantrópicas e caritativas, baseadas na centralidade, cujas ações em sua maioria são exercidas por pessoas não especializadas, desfavorecendo a existência de projetos setoriais que propiciem a formação continuada dos recursos humanos; forneçam atendimento de qualidade social a população; gerem captação de recursos a partir da perspectiva de investimento social e não de caridade e filantropia e, possibilitem a avaliação contínua do trabalho realizado (COSTA, 2006).

Ao assistente social, consideradas suas atribuições e competências, esse contexto atua estrategicamente na gestão dos serviços prestados pelas entidades sem fins lucrativos, planejando ações de intervenção no âmbito de enfrentar os impactos das expressões da questão social no cotidiano institucional.

Caracteriza-se pela abordagem qualitativa com apropriação da pesquisa bibliográfica do Serviço Social e artigos científicos que trazem o debate acerca da competência como categoria central e sua relação com o Terceiro Setor.

Considera-se que a competência expressa na Lei que regulamenta a profissão se manifesta em todo e qualquer atuação profissão desenvolvido pelo/a assistentes social independe do espaço sócio-ocupacional.

A fragilidade que ascende no campo da mediação quando se pensa a competência é mais resultante do processo de formação e das determinações econômicas e sociais postas do que representar uma perda de competências acumula ao longo dos oitenta anos da profissão. Entende-se que a precarização dos espaços de trabalho corroboram para

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enfatizar esta profissão que no Brasil existe há mais de 80 anos, atuando diretamente nas expressões da questão social, e no processo excludente da metamorfose do sistema capitalista.

2- ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS E O SERVIÇO SOCIAL

A presença de instituições sem fins lucrativos no Brasil é notada desde o período colonial. Em articulação com o governo português, essas organizações colocavam em prática um projeto que trazia em seu bojo o objetivo de dominar o território e expandir o catolicismo (CARVALHO, 2006; JUNQUEIRA, 2015).

Nesse sentido, as ações desenvolvidas por tais instituições se voltavam, sobretudo para as áreas de saúde e educação. Algumas eram mantidas por grupos filantrópicos, entretanto, a maioria pela Igreja Católica, as quais eram permeadas por valores e caridade cristãs. Foram criados nesse contexto asilos, colégios, orfanatos e Santas Casas de Misericórdia, entre outros.

Há uma percepção sobre esse modelo, a qual afirma que “Ao longo da história do Brasil, constata-se que o poder público repassou para as entidades filantrópicas e para a Igreja a prestação da assistência dirigida aos pobres [...]” (GUEIROS; OLIVEIRA, 2005, p.

122).

Por longos anos, a igreja católica seguida das igrejas protestantes e instituições filantrópicas ou Organizações Não Governamentais – ONGs, assumiram a responsabilidade pela assistência no Brasil, realizavam trabalhos voluntários, garantindo roupa, comida, e incentivando que aquela pessoa fosse a igreja. Houve momentos que até rivalizaram entre si na oferta dos serviços caritativos.

No final do século XIX e na Primeira República formou-se uma disputa entre as tendências dominantes no Brasil: a caridade e a filantropia. A caridade acusava os filantropos de serem impiedosos intrusos no lar e destituídos de fé. A filantropia, numa crítica mais pragmática, apontava a desorganização do atendimento e a falta de cientificismo. Criticava também a falta de controle do Estado sob as instituições confessionais ou de misericórdia, a falta de controle sobre os destinos e vida dos atendidos, a alta mortalidade e também a proposta vazia da distribuição de esmolas aos pobres, avaliadas como nem tão preventivas e nem tão educativas. Enfim, para a filantropia, a caridade era desorganizada, dispersa, irrefletida, de duração efêmera, com efeitos nulos, promotores da preguiça, do descuido e da degenerescência humana (PAULA, 2005, p. 241).

Com a criação do Estado brasileiro, este por sua vez, apenas cooperava com algum donativo, mas não assumia de fato essa responsabilidade. Fato que sofreu mudanças somente a partir das primeiras décadas do século XX, quando o país se desenvolvia industrialmente e tinha início a organização da classe trabalhadora.

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De acordo com Sposati et al. (2014), salvo exceções, até então não havia consciência dos governantes de que a pobreza traduzia a expressão da questão social e, quando era colocada para o Estado, este a tratava como “caso de polícia”. Os problemas sociais eram mascarados e entendidos como fatos esporádicos e excepcionais, a pobreza nunca foi encarada enquanto fenômeno, enquanto expressão do desenvolvimento capitalista, e do desenvolvimento tecnológico.

Nesse sentido, nos anos de 1930, um novo cenário se colocou para as ONGs, com o Estado assumindo seu papel na assistência à população, através da formulação e implementação de políticas sociais. Destaca-se que, em tal postura do Estado, o escopo propriamente dito não era o de atuar sobre a desigualdade social. Todavia, residia da percepção de que era preciso ao órgão, instituir mecanismo de intervenção junto a pobreza, haja vista a insatisfação gerada e a ameaça de “desordem” do sistema.

Nessa mesma década ocorreu a inserção do Serviço Social no Brasil. A primeira instituição formadora da categoria foi estabelecida na cidade de São Paulo, no ano de “[...]

1936 através do Centro de Estudos e Ação Social (CEAS), um dos promotores da Ação Católica de São Paulo. A problemática operária era uma preocupação do CEAS” (SPOSATI et al., 2014, p.63)3.

Nesses moldes, a ação do Serviço Social incidia em trabalhar as potencialidades de indivíduos, grupos e comunidades, com o propósito de fazer emergir “energias” de autodesenvolvimento. A profissão então teve início como apaziguador das insatisfações da população, conciliando os interesses da burguesia industrial, Igreja Católica e oligarquias cafeeiras.

Em meados dos anos de 1940 e início da década subsequente, como agente do Estado, o assistente social promoveu a amplitude do discurso social do governo atuando em programas de pronto-socorro, que se destinavam a prestação de serviços sociais básicos aos hipossuficientes economicamente. Entretanto, uma evolução se engendrava no seio da categoria, que em busca da sistematização de seus conhecimentos, visando uma aproximação com a cientificidade, passou a discutir a dicotomia entre assistência e promoção social.

Nos anos de 1950, a categoria avançou na compreensão de que o seu fazer profissional apenas atendia a propósitos do modo de produção capitalistas. Ou seja, que reiterava:

3 É preciso esclarecer que, a entrada da profissão de assistente social no cenário brasileiro não ocorreu devido ao clamor das demandas da população. Sua gênese foi marcada pela ausência de legitimidade junto àqueles que posteriormente constituíram sua “clientela”. Por outro lado, também não se tratou de uma medida coercitiva emanada pelo Estado. Antes disso, Surge de iniciativa particular de grupos e frações de classe, que se manifesta, principalmente por intermédio da Igreja Católica. Possui em seu início uma base social bem delimitada e fontes de recrutamento e formação de agentes sociais informados por uma ideologia igualmente determinada (CARVALHO et al., 1981, p. 143).

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[...] a subordinação e o anestesiamento através do atendimento tutelado e ilusório prestado pelos programas assistenciais. E retirava desses exércitos aqueles que, com maiores potencialidades – seleção dos mais aptos -, podiam rapidamente atender às novas exigências da produção industrial, qualificando-os a custos mais baixos (SPOSATI et al., 2014, p. 69).

Esse “despertar” da profissão resultou na ruptura com o conservadorismo e na sua reconceituação, a fim de redefinir práticas e bases conceituais. Contudo, com o golpe militar a partir de 1964, o Estado ditatorial reforçou o caráter assistencial das políticas sociais.

[...] o Estado, ao recriar programas assistenciais com a intenção de obter apoio do regime e despolitizar as organizações dos trabalhadores, passa a tratar a questão social através da articulação repressão-assistência.

A repressão se faz sentir especialmente na desmobilização social e na desarticulação dos instrumentos de pressão e de defesa das classes populares (SPOSATI et al., 2014, p. 72).

Ocorre que os assistentes sociais se mantêm na busca por novas bases para sua prática, recorrendo a contribuições teóricas de outros países latino-americanos, na tentativa de desvincula-la da reprodução ideológica dos interesses do capital.

A intensificação das mobilizações da sociedade, com a união de movimentos sociais e organizações filantrópicas, levou ao enfrentamento dos regimes militares, especialmente a partir de 1979. No que concerne ao Serviço Social, a leitura crítica do contexto vivenciado favoreceu com que na contemporaneidade, ele se assentasse no compromisso com a liberdade e a justiça social, e entre outros, atuasse na criação de estratégias para reverter políticas públicas, especialmente as de corte social (que possuem critérios de elegibilidade), com a finalidade de favorecer os acessos.

O processo de redemocratização do país se deu em um momento de crise do capital mundial e para conter essa realidade o cenário possibilitou a ascensão do projeto neoliberal.

Esse modelo de gestão política pressupõe a desresponsabilização do Estado, que passa a ofertar apenas serviços mínimos (Estado mínimo), este voltados para garantir a ordem.

Por conseguinte, ocorre a separação das esferas: Estado, mercado e sociedade Civil. Esta última abrange as ONGs, fundações e associações, entre outros, e dá origem ao uso no Brasil da expressão Terceiro Setor4.

Assim, o termo é constituído a partir de um recorte do social em esferas: o Estado (“primeiro setor”), o mercado (“segundo setor”) e a “sociedade civil (“terceiro setor”).

Recorte este [...] claramente neopositivista, estruturalista, funcionalista ou liberal, que isola e autonomiza a dinâmica de cada um deles, que, portanto, desistoriciza a realidade social. Como se o “político” pertencesse à esfera estatal, o “econômico” ao

4 A expressão acima aludida não nasceu no Brasil, sua origem remete aos Estados Unidos, em referência a adoção de uma política de incentivo ao voluntariado e individualismo neoliberal. Do mesmo modo, o Terceiro Setor foi criado no Brasil, servindo aos propósitos do projeto neoliberal de responder às demandas carências da população, através de ações da sociedade civil.

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âmbito do mercado e o “social” remetesse apenas à sociedade civil, num conceito reducionista (MONTAÑO, 2007, p. 53)

Considerando a função da sociedade civil dentro da perspectiva neoliberal, Gonçalves (2006) reconhece que as instituições sem fins lucrativos criadas a partir da implementação desse projeto não se assemelham as até existentes.

Para esse autor deve-se denominar associações laicas e religiosas, as organizações criadas no período colonial até a república velha; de associações de voluntários, aquelas instituídas durante o processo de urbanização e industrialização, e de ONGs, as que foram suscitadas pelo neoliberalismo. Nesse ponto de vista, o surgimento das ONGs:

[...] ocorreu nos últimos trinta anos e foi baseado no sistema internacional de cooperação para o desenvolvimento. Originaram-se de movimentos mais ou menos formais, pulverizados territorialmente, organizados em função de causas sociais e como expressão de resistência à ditadura militar e seus métodos repressores.

Possuíam como questões de fundo: a ampliação de participação política e social e a redemocratização do país, a revitalização dos direitos civis e a proteção de grupos sociais marginalizados (GONÇALVES, 2006, p. 106).

No cenário de redemocratização do país então crescem o número de ONGs, entendidas por uns como equipamento a serviço do Estado e, por outros, como possibilidade de ampliação da participação política e social. O marco legal do Terceiro Setor no país encontra-se na a Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999, que reconhece como entidades desse domínio, aquelas juridicamente qualificadas como Organizações da Sociedade Civil (OSCs) de interesse público, que se dedica a algumas das seguintes atividades:

a- Assistência social;

b- Promoção da cultura e defesa e conservação do patrimônio histórico, artístico, arquitetônico e paisagístico nacional;

c- Promoção da educação em qualquer nível (excluídas as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras);

d- Promoção da saúde pública e da saúde em geral (excluídos os hospitais não gratuitos e assemelhados e suas mantenedoras);

e- Promoção de alimentação, nutrição e da segurança alimentar e nutricional;

f- Defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;

g- Promoção do voluntariado;

h- Promoção do desenvolvimento social e combate à pobreza;

i- Experimentação de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito;

j- Defesa e promoção de direitos estabelecidos e construção de novos direitos, inclusive os coletivos, difusos e emergentes;

k- Promoção da ética, da paz, da cidadania, da democracia de outros valores universais; e

l- Pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico e produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos relativos às atividades acima mencionadas (BRASIL, Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999).

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Portanto, as instituições sem fins lucrativos, que como visto recebem diferentes denominações, são regidas por lei, a qual agregou relevância social, política e econômica ao Terceiro Setor, considerada sua representatividade nas áreas de educação, saúde, assistência social, cultura e recreação, dentre outros.

A maior parte dessas entidades atua no âmbito da assistência social, ou seja, cuidam, protegem, reabilitam, educam, profissionalizam e dão suporte às pessoas, combatem a violência e promovem direitos (OLIVEIRA, 2005). Ademais, seu espaço de intervenção não cobre grandes parcelas populacionais, assim, atuam em “microespaços”

isolados sem garantir uma repercussão nacional (MONTAÑO, 2003).

É nessa conjuntura que assumem gradativamente a responsabilidade pelas políticas e serviços sociais no Brasil, atuando por meio de projetos e parcerias.

2- SERVIÇO SOCIAL E COMPETÊNCIA PROFISSIONAL

Nos estudos de Iamamoto (2012) percebe-se que o Serviço Social, na primeira quadra de sua existência esteve vinculado a uma ideia de ser um profissional do “fazer”. Ou seja, para a autora no início da profissionalização as demandas de trabalho do assistente social eram meramente executivas, negando sua produção intelectual e definindo se posto de “mero executor terminal de politicas sociais”. Duas situações que só foram superadas por volta dos anos de 1980 e 1990 quando principia o amadurecimento intelectual a partir das pós-graduações e a imersão na realidade e cotidiano sob o qual está submetido o exercício profissional.

E, inevitavelmente numa realidade complexa de controle e intensificação da pobreza e da exploração do trabalho urgia, segundo Iamamoto (2012) a compreensão de se constituir, ali , um competência intelectual que pudesse para além de intervir na realidade, mas estrategicamente decifrá-la. Ao ponto de construir mediações capazes de confrontar as determinações e atender os anseios e demandas de uma classe trabalhadora que o Assistente Social é parte e recurso de resistência.

A autora esclarece que os novos tempos demandam um profissional propositivo e não somente executor. “Nos tempos atuais é necessário romper com uma visão endógena, focalista, uma visão de dentro do Serviço Social prisioneira em seus muros internos”

(IAMAMOTO, 2015 p. 20).

Por competência apropria-se das defesas hercúleas realizada por Iamamoto (2005, 1998, 2012...) em suas pesquisas desde a obra Renovação e Conservadorismo no Serviço Social e demais reflexões incansáveis. Seu pioneirismo nos fundamentos histórico e teórico- metodológicos do Serviço Social é um contributo no campo da produção do conhecimento e na assertiva de se verificar no horizonte dessa profissão para uma competência profissional

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que se distingue dos discursos ligados a racionalidade burguesa que incutem um burocratismo e falsa ideia de participação e acesso à riqueza socialmente produzida.

Discursos que encobrem o seu real sentido da dominação empregada.

Nessa estratégia de ocultamento e dissimulação do real, o poder aparece como se emanasse de uma racionalidade própria do mundo da burocracia, acoplado a um discurso neutro da cientificidade. São as exigências burocráticas e administrativas que têm de ser cumpridas, obedecendo a formas de ação pré- traçadas, que devem ser apenas executadas com eficácia. A competência é aí personificada no discurso do administrador burocrata, da autoridade fundada na hierarquia que dilui o poder sob a aparência de que não é exercido por ninguém.

(IAMAMOTO, 2009,p.16).

A autora aponta a necessidade de se fugir das facilidades dos discursos oficiais e institucionais que regulam a vida da classe trabalhadora. De um modo prudente, propositivo assentado numa dimensão teórico-metodológica que contribua tanto para apreensão da realidade quanto para a sua transformação.

Iamamoto (2009) pondera sobre competência.:

a competência crítica capaz de desvendar os fundamentos conservantistas e tecnocráticos do discurso da competência burocrática. O discurso competente é crítico quando vai à raiz e desvenda a trama submersa dos conhecimentos que explica as estratégias de ação. Essa crítica não é apenas mera recusa ou mera denúncia do instituído, do dado. Supõe um diálogo íntimo com as fontes inspiradoras do conhecimento e com os pontos de vista das classes por meio dos quais são construídos os discursos: suas bases históricas, a maneira de pensar e interpretar a vida social das classes (ou segmentos de classe) que apresentam esse discurso como dotado de universalidade, identificando novas lacunas e omissões (IAMAMOTO, 2009,p.16-17)

No exercício de trazer racionalidade ao que deve ser considerado de especifico no Serviço Social a autora, como projeção respostas ao leitor, de antemão, decifra o que seria competência crítica. Desse modo, para contrapor a horda de uma competência assentada tecnocrático e conservantista, ou seja, que se está diante da uma era da competência do

“discurso oficial” em que é possível verificar uma ideologização da competência, determinada pela burocracia e pela organização, que não afeta só o Estado, mas atravessa a sociedade civil (IAMAMOTO, 2004,p.183)

A competência oficial seria aquela que determina o modo operandi profissional;

aligeira sua autonomia e rastreia sua liberdade. É uma competência personificada no discurso da autoridade fundada na hierarquia que dilui o poder sob a aparência de que não exercício por ninguém. E, não se considera que esse poder tem uma finalidade e emanado numa lógica institucional. Mas, da forma como ele é diluído na realidade fica a impressão que ele é onipresente , tem um força própria advindo de uma neutralidade institucional (IAMAMOTO, 2004,p.183).

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E a armadilha é não se aperceber dominado. E estar diante de uma atuação que, a cada tempo, a atuação, as demandas e interesses dos sujeitos/usuários passa a ser subordinada por meio da aceitabilidade das determinações das organizações.

No entanto, o reverso da competência profissional está consubstanciada numa dimensão teórico-metodológica crítica que é subsídio para o enfrentamento dos discursos.

Para Iamamoto a competência Profissional se estrutura em pilares sólidos que projetam horizontes e aprofunda os compromisso ético-políticos, historicamente construídas pela profissão. Pondera a autora:

um diálogo crítico com a herança intelectual incorporada pelo Serviço Social e nas autorrepresentações do profissional, cuja porta de entrada para a profissão passa pela história da sociedade e pela história do pensamento social na modernidade, construindo um diálogo fértil e rigoroso entre teoria e história; b) um redimensionamento dos critérios da objetividade do conhecimento, para além daqueles promulgados pela racionalidade da burocracia e da organização, que privilegia sua conformidade com o movimento da história e da cultura. A teoria afirma-se como expressão, no campo do pensamento, da processualidade do ser social, apreendido nas suas mútuas relações e determinações, isto é, como

“concreto pensado” (MARX, 1974). Esse conhecimento se constrói no contraponto permanente com a produção intelectual herdada, incorporando-a criticamente e ultrapassando o conhecimento acumulado. Exige um profissional culturalmente versado e politicamente atento ao tempo histórico; atento para decifrar o não-dito, os dilemas implícitos no ordenamento epidérmico do discurso autorizado pelo poder; c) uma competência estratégica e técnica (ou técnico-política) que não reifica o saber fazer, subordinando-o à direção do fazer. (IAMAMOTO, 2004,p.184-185).

O debate acerca da competência profissional compõem o amplo campo de preocupações sobre o Serviço Social, especialmente, no que concerne compreender o avanço das forças (neo)conservadoras que se espraiam a cada tempo, se renovando e reinventando no/para o Serviço Social brasileiro. Uma discussão que ganha centralidade quando se tem como objeto de intervenção nos diversos espaços socio-ocupacionais, especialmente por se ter uma previsão legal, conforme o artigo 4º da Lei 8662/93. Nesse artigo é possível verificar o crescimento no campo propositivo, analítico e qualificará tanto apreensão da realidade quanto o processo interventivo a ser construindo com sujeitos/usuários, profissionais, instituições e outros profissionais.

Para Terra (1998) é possível encontrar na redação do artigo 4º da lei 8662/93 um conjunto de competências que não são exclusivas dos serviço social. No entanto, no mesmo artigo é possível verificar que o legislador se atentou em delimitar/destacar aqueles ações que se manifestam tanto no campo das competências quanto nas atribuições. Fragilidade de redação mas, considera-se, nesse momento, como zelo e cuidado de delinear aquilo que no bojo das ações ficaria claro para a sociedade.

A competência prevista na lei que regulamenta a profissão supera a lógica tecnocrática e instaura a dimensão investigativa, propositiva e interventiva. Sinaliza também a articulação entre as três dimensões que consubstanciam o exercício profissional no campo

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da complementariedade entre dimensão ético-politica, teórico-metodológica e técnico- operativa.

Tais dimensões como sinaliza Vasconcelos (2015) se dão no campo de uma a importância em assumir valores ,princípios compromissados com emancipação e referencias teóricas necessárias à apreensão da lógica e das leis fundamentais da organização capitalista (VASCONCELOS, 2015, p.477). São esses constructos que diferem uma competência baliza num projeto profissional emancipatório por também possibilitarem o fornecimento de uma direção e estratégias de ação para criação de condições objetivas daquele historicamente que se mantém no contraponto da história, uma vez, que tende cada vez mais acirrar as desigualdades uma vez que burocratiza e mitiga o acesso a riqueza socialmente produzida.

OS DESAFIOS POSTOS AO SERVIÇO SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR

As organizações do terceiro setor partem da iniciativa da sociedade civil em várias linhas e matrizes tanto para distintos públicos quanto na oferta de serviços, especialmente, em segmentos que o Estado não chega a alcançar. Não são serviços de Estado, mas se fazem como agentes complementares dos serviços do Estado. Em alguns casos, se revestem de caráter público na medida em que se dedicam a causas e problemas sociais e em que , apesar de serem sociedades civis privadas , não têm como objetivo o lucro , e sim o atendimento das necessidades da sociedade (TENÓRIO, 2001 p. 07)

Segundo Fernandes (1997)

o Terceiro Setor é composto de organizações sem fins lucrativos , criadas e mantidas pela ênfase na participação voluntária , num âmbito não-governamental, dando continuidade a práticas tradicionais de caridade , da filantropia e do mecenato e expandindo o seu sentido para outros domínios , graças , sobretudo , à incorporação do conceito de cidadania e de suas múltiplas manifestações na sociedade civil. (FERNANDES, 1997 p.27).

Pode-se caracterizar o terceiro setor como entidades sem fins-lucrativos, que atuam em territórios desprovidos de atenção estatal seja de modo inexistente ou irregular.

Compõem o conjunto e enfrentamentos das expressões da questão social oriundas da iniciativa da sociedade civil organizada.

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Outra característica que regimenta a filantropia se situa no contexto do incipiente orçamento para prover seus serviços ofertados. Muitas organizações da sociedade civil organizada dependem recursos do Estado e, em especial da própria sociedade.

Essas característica tem gestado um movimento histórico de solidariedade e voluntarismo. Seja por meio de campanhas ou pela vinculação de trabalhadores e profissionais como atuantes de forma voluntária.

Porfírio (2016) destaca que a inserção do Serviço Social no Terceiro Setor é uma realidade instituída, e por isso não pode ser negado, bem como seus benefícios para a população.

[...] que fique evidente que o mesmo não poderá ocupar o papel do Estado na execução e formulação das políticas sociais no enfrentamento da questão social brasileira, contando assim com a atuação e contribuição do assistente social que deve e pode ser um trabalho contextualizado e de qualidade social (PORFÍRIO, 2016, p. 32).

A autora acrescenta que ocorreram, ainda ocorrem e ocorrerão mudanças nos planos social, político, econômico e legal do país, e que estas inevitavelmente afetaram as instituições, sendo importante acompanhar as transformações do Terceiro Setor.

Por isso, é fundamental a atuação comprometida com um novo projeto societário, participativa na mobilização se tornando parte dessa construção, de forma crítica, construtiva, criativa, equilibrada e cuidadosa de forma a compreender sua contribuição neste espaço (PORFÍRIO, 2016, p.33).

Nesse sentido, tendo em vista o saber profissional, são diversos os aspectos possíveis de intervenção do Serviço Social no Terceiro Setor. Considerando o recorte do tema deste estudo, as discussões a seguir referem-se ao assistente social na gestão das instituições do Terceiro Setor.

Costa (2005) relaciona algumas competências dos assistentes sociais, estabelecidas na Lei de regulamentação da profissão nº 8.662/93, direcionando seu foco para a atuação na gestão do Terceiro Setor.

Conforme o art. 4º dessa Lei constitui-se competência do assistente social, entre outras: “[...] elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil”.

A autora então orienta que na gestão das OSCs compete ao profissional do Serviço Social: “Subsidiar e auxiliar a administração da instituição na elaboração, execução e avaliação do Plano Gestor Institucional, tendo como referência o processo de planejamento estratégico para organizações do Terceiro Setor” (COSTA, 2005, p. 07).

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O processo de planejamento possibilita identificar as oportunidades e fraquezas da organização, por conseguinte, também permite que sejam formuladas estratégias de intervenção.

Outra competência desse profissional refere-se à “[...] planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais” (Art. 4º). A esse respeito, Costa (2005, p. 07) sugere na gestão do Terceiro Setor ao assistente social “Participar, coordenar e assessorar estudos e discussões de casos com a equipe técnica, relacionados à política de atendimento institucional e nos assuntos concernentes à política de assistência social”.

Nesse sentido, compondo a equipe de gestão, o assistente social deve emitir sua percepção sobre a política de atendimento da organização e auxiliar na construção de fluxos, sobretudo que se refere ao campo da assistência social.

Relacionado a essa função tem-se também a competência: “[...] elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares” (art. 4º), o qual Costa (2005, p. 07) traduz no contexto do Terceiro Setor, “Implantar, no âmbito institucional, a política de assistência social, conforme as diretrizes da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS/93) e Sistema Único de Assistência Social (SUAS/05), de acordo com a área e o segmento atendido [...]”.

Discutir esses pressupostos nas equipes de trabalho se faz necessário, visto que a assistência social nos moldes atuais como política pública de direito, com fundamentos legais e estrutura de organização são ainda recentes e suscetíveis a dúvidas por parte profissionais de outras áreas, colaboradores, direção e demais envolvidas nas atividades do Terceiro Setor.

Tem-se ainda “[...] planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais” (art. 4º). A essa competência Costa (2005, p. 07) associa o “Desenvolver pesquisas junto aos usuários da instituição, definindo o perfil social desta população, obtendo dados para a implantação de projetos sociais, interdisciplinares”.

No âmbito dos recursos humanos a legislação que regulamenta a profissão estabelece “Orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos” (art. 4º).

Sobre essa última competência apresentada, Costa (2005, p.07) entende que na gestão do Terceiro Setor , o trabalho do assistente social também deva “Identificar, continuamente, necessidades individuais e coletivas, apresentadas pelos segmentos que

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integram a instituição, na perspectiva do atendimento social e da garantia de seus direitos, implantando e administrando benefícios sociais”.

Observa-se que o olhar do profissional deve estar atento não apenas às necessidades do público atendido, como também dos segmentos que integram a instituição.

É preciso atuar no desenvolvimento das capacidades dos funcionários, de seus anseios pessoais e coletivos e, ainda no potencial de absorverem a missão da entidade, o que contribui para um maior engajamento e identificação com as ações desenvolvidas.

Assim, percebe-se que a inserção do assistente social é necessária na gestão do Terceiro Setor. Ademais, trata-se de entidades já reconhecidas pela população, as quais promovem uma aproximação do Serviço Social com a classe trabalhadora e suas demandas, carecidas de intervenção para transformação da realidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O debate acerca das competências do Serviço Social segue o curso da inquietação.

Necessário manter as investigações na perspectiva de se debruçar, cada vez mais, acerca dos fundamentos do Serviço Social e quanto sua história e seu conjunto de rupturas se apresentam como matrizes indispensáveis para confrontar a onda (neo)conservadora que se espraia no processo de formação e, que desemboca na intervenção.

Acerca da competência profissional entende-se a luz das produções de Iamamoto (2004) que apreensão desta promove a desconstrução dos discursos oficiais institucionais que sacramentam uma competência de mercado e, cada vez mais comprometida, com a manutenção do status quo. No entanto, se torna imprescindível esse debate que se situa na centralidade da relação teoriaxprática. Especialmente, por dar centralidade a questão teórico-metodológica no campo da produção de conhecimento acerca do exercício profissional em instituições que gestão seus serviços e, que em alguns momentos, adotam direções que convergem e não assumem as mesmas defesas do Serviço Social. O debate sobre competência contribui para superação do pragmatismo e utilitarismo , haja vista, o acumulo teórico-crítico que as entidades de representação e o conjunto de profissionais estão construído no campo das resistências teórico-práticas.

Os desafios postos ao Serviço Social no âmbito do Terceiro setor /organizações da sociedade civil se assentam na direção que as instituições, muitas vezes, assumem uma condução no campo da filantropia e assistencialismo; outro desafio se assenta na dimensão de sustentabilidade de orçamento. O provimento das ONGs e outras ainda está vinculados à doações ou subvenções isso tem colaborado para um histórico ascendente de precarização

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das condições de trabalho postas para os profissionais; a inserção frágil das organizações no âmbito do Controle Social dos Conselhos de direitos e de políticas. A ausência e/ou participação incipiente dos profissionais nesses espaços deliberativos corrobora também para a fragilidade da oferta dos serviços das instituições.

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