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Proposta de plano de ação, modelo 5W2H, para o Ifes campus Colatina visando melhor manejo dos resíduos sólidos

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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SANEAMENTO AMBIENTAL

HELOÍSA LIMA DE FREITAS IASMYN VALDETÁRIO ROSSI

PROPOSTA DE PLANO DE AÇÃO, MODELO 5W2H, PARA O IFES CAMPUS CO- LATINA VISANDO MELHOR MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Colatina 2021

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HELOÍSA LIMA DE FREITAS IASMYN VALDETÁRIO ROSSI

PROPOSTA DE PLANO DE AÇÃO, MODELO 5W2H, PARA O IFES CAMPUS CO- LATINA VISANDO MELHOR MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresen- tado à Coordenadoria do Curso de Tecnolo- gia em Saneamento Ambiental do Instituto Federal do Espírito Santo como requisito par- cial para obtenção do título de Tecnólogo em Saneamento Ambiental.

Orientador: Prof. Ma. Julimara Alves Devens Souza

Colatina 2021

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(Biblioteca do Campus Colatina)

CDD: 628.746098152 Bibliotecário/a: Richards Sartori Corrêa CRB6-ES nº 767

F866p Freitas, Heloísa Lima de.

Proposta de plano de ação, modelo 5W2H, para o Ifes campus Colatina visando melhor manejo dos resíduos sólidos / Heloísa Lima de Freitas, Iasmyn Valdetário Rossi. - 2021.

45 f. : il. ; 30 cm.

Orientador: Julimara Alves Devens Souza

TCC (Graduação) Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Colatina, Saneamento Ambiental, 2021.

1. Lixo - Eliminação. 2. Redução de resíduos. 3. Instituto Federal do Espírito Santo, campus Colatina - Eliminação de resíduos. I. Souza, Julimara Alves Devens. II.Título III. Instituto Federal do Espírito Santo.

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DEDICATÓRIA 1

Dedico este trabalho à minha família, que me apoiou, incentivou e acreditou em mim desde a entrada na faculdade, o que me encorajou em todo o processo e a persistir no objetivo de concluir este trabalho. Ao meu namorado João, pelo incentivo e ajuda de sempre.

Iasmyn

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DEDICATÓRIA 2

Dedico este trabalho à minha mãe, guerreira que sempre sonhou junto comigo, ao meu pai que nas pequenas coisas me ensinou o valor de estudar, ao meu esposo Felipe que foi quem me levou pela mão e não me deixou desistir durante a caminhada e a minha filha, Íris, minha razão de viver.

Heloísa

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos, primeiramente, a Deus, pela força, perseverança e coragem para pas- sar por todo processo de aprendizagem e construção deste trabalho.

À Profª Márcia por nos acompanhar e auxiliar em todo o desenvolvimento deste tra- balho.

À Profª Julimara, que além de nos orientar, nos ajudou a todo momento a não desistir e a persistir com garra e determinação, estando sempre ao nosso lado e nos man- tendo com foco, para finalizar nosso projeto.

Ao IFES Campus Colatina, que mesmo diante de um momento difícil, nos apoiou e autorizou que este estudo fosse realizado no Instituto.

Ao SANEAR, na pessoa do Renato Moreira, que colaborou gentilmente cedendo in- formações do manejo do município de Colatina.

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RESUMO

A temática ambiental tem sido pauta de várias reuniões mundiais importantes, pois a maior parte dos desastres que acontecem são frutos da má gestão humana sobre o meio em que se vive, por isso, é de suma importância saber administrar corretamente os resíduos sólidos, visto que os mesmos podem causar sérios danos à saúde, pro- porcionando qualidade de vida precária. Atrelado a isso, o presente estudo objetivou analisar a atual situação do manejo dos resíduos sólidos do Instituto Federal do Espí- rito Santo – Campus Colatina, consultando programas federais e municipais, as eta- pas do manejo e por fim apresentar um plano de ação, modelo 5W2H, com propostas de ações de melhoria no processo de manejo. Para isso, na primeira etapa do estudo foi consultada as legislações municipais e federais sobre resíduos, a próxima etapa foi analisar, com o método dedutivo, por meio de visita a campo, as ações realizadas no ambiente escolar que são relacionadas ao manejo dos resíduos sólidos, como por exemplo, a coleta de lixo, serviços de varrição e limpeza em geral. Durante a visita foi aplicado uma entrevista a Coordenação dos serviços gerais, para aprofundar os co- nhecimentos que não puderam ser extraídos com o método dedutivo. Posteriormente também se aplicou uma entrevista aos professores e técnicos dos laboratórios, para entender os tipos de resíduos gerados por cada um e se há descarte correto. Após a conclusão do estudo notou-se: que no município de Colatina não foi encontrado uma ferramenta de controle de grandes geradores, tão pouco de Instituições de ensino; o Campus Colatina ainda não dispõe de um sistema eficiente de manejo dos resíduos;

há deficiências de conhecimentos técnicos na equipe dos auxiliares de serviços gerais sobre a temática e na triagem dos resíduos por características, fazendo com que o lixo orgânico seja destinado diretamente ao aterro, sem possibilidade de reciclagem dentro do próprio campus. Além disso, o Instituto não possui um Sistema de Gestão Ambiental. Diante do exposto, é sugerido que o Campus Colatina, por meio do seu núcleo de educação ambiental, crie um Sistema de Gestão Ambiental, com base no Plano de Ação, produto deste estudo, para que as ações deixem de acontecer de forma isolada e incorpore valores sustentáveis a realidade da Instituição.

Palavras-chave: Manejo. Gerenciamento. Plano de Ação.

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ABSTRACT

The environmental thematic it has been schedule of the various importante reunion world, bacause the mosto f disasters what happen they are fruit of the administer ter- rible on the half what if we live, therefore is of the supreme important to be know car- rectly administer of the solids waste, whereas of the same they can cause damage serious to of the health, providing a poor quality of life. Harness to this, the presente study objectify analyze of the actual situation of handling the solids waste from the Federal Institute of Holy Spirit – Colatina Campus, consulting federals and municipals programs, the stages of magnagement and ultimately to introduce a action plan, model 5W2H, with proposals of improvement actions in the magnagement process. For this, at first stage of the study was been consulted of them municipals and federals legisla- tions about wastes, the next stage was been analyze, with the deductive method, by means of the field visit, them actions performed in the school environment that are relate tho the solids waste magnagement, for example, the garbage collect, services of sweepand genarageneraling. During the visit was been applied the interview to ge- neral services cordination, in order to deepen the knowlegde than extracted with thw deductive method. Posteriorly also applied a interview to the theachers and laboratory technicians, to understand the types of the wastes generated for each and if there is correct disposal. After the study conclusion noticied: that in the municipality of Colatina a tool for controlling large generators was not found, nor for educational institutions;

the Colatina Campus not yet have of the eficiente system the magnagement waste; be have deficiency of technical knowledge on the tean of general servisse assistants about the thematic anda t screening of waste by characteristics, causing the organic waste be on campus recycling. Furthermore, the Instictutedo not it has Environmental Magnagement System. Given the above, it’s suggested that the Colatina Campus, by means of your environmental education nucleus, creat the Environmental Magnage- ment System, baseada t the action plan, product of this study, so that stop to happen isolated form and incorporate sustainable values into the Instituction reality.

Keywords: Handling. Management. Action plan.

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LISTA DE SIGLAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

ASCCOR – Associação de Catadores Colatinenses de Materiais Recicláveis CETREU – Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos

EPI – Equipamento de Proteção Individual IFES – Instituto Federal do Espírito Santo MMA – Ministério do Meio Ambiente NEA – Núcleo de Educação Ambiental

PGLS – Plano de Gestão de Logística Sustentável

PMGIRS – Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico

PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos

SANEAR – Serviço Colatinense de Saneamento Ambiental SEAMA – Secretaria Estadual de Meio Ambiente

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 12

2 OBJETIVOS ... 14

2.1 OBJETIVO GERAL ... 14

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 14

3 REFERENCIAL TEÓRICO ... 15

3.1 DEFINIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ... 15

3.2 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ... 15

3.3 MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ... 15

3.2.1 Coleta Seletiva ... 15

3.4 GERENCIAMENTO INTEGRADO NO MUNICÍPIO DE COLATINA ... 16

3.5 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ... 17

3.6 AGENDA 3P ... 18

3.7 PLANO DE AÇÃO 5W2H ... 19

4 METODOLOGIA ... 21

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ... 21

4.2 TIPO DE PESQUISA ... 22

4.3 COLETA DE DADOS ... 23

4.3.1 Programas ambientais ... 23

4.3.2 Método Dedutivo ... 23

4.3.3 Entrevistas ... 24

4.4 PLANO DE AÇÃO 5W2H ... 24

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 25

5.1 O PLANO DE GESTÃO INTEGRADA MUNICIPAL ... 25

5.2 PROGRAMAS AMBIENTAIS MUNICIPAIS... 26

5.3 MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO IFES ... 27

5.3.1 Coleta e Acondicionamento ... 27

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5.3.2 Coleta Seletiva e Reciclagem ... 29

5.3.3 Serviço de varrição e limpeza ... 30

5.4 RESULTADOS DO MÉTODO DEDUTIVO ... 31

5.5 RESÍDUOS DOS LABORATÓRIOS ... 32

5.5.1 Laboratórios de desenho técnico e maquetes ... 32

5.5.2 Laboratórios de Informática e equipe de robótica ... 33

5.5.3 Laboratório de Microbiologia e Química ... 34

5.5.4 Laboratório de Instalações Hidrossanitárias e Elétricas ... 34

5.5.5 Laboratório de Material de Construção ... 34

5.6 AÇÕES DE MELHORIA NO MANEJO DOS RESÍDUOS ... 35

5.6.1 Plano de Ação 5W2H... 35

6 CONCLUSÃO ... 41

REFERÊNCIAS ... 43

APÊNDICE A – Entrevista de diagnose auxiliar de serviços gerais ... 45

APÊNDICE B – Entrevista de diagnose para técnicos e professores dos laboratórios ... 46

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1 INTRODUÇÃO

O cuidado com o meio ambiente tornou-se pauta de reuniões mundiais importantes, visto que muitos desastres acontecem devido à má gestão humana sobre o meio em que se vive. Destinar corretamente os resíduos sólidos produzidos é um grande de- safio, principalmente para os países em desenvolvimento, que carecem de um bom planejamento urbano para segregar e alocar seus resíduos, recorrentemente tendo que adaptar lugares para a destinação e/ou disposição final.

A disposição inadequada do resíduo pode interferir diretamente na qualidade de vida da população, promovendo o aumento de doenças e contribuindo para a diminuição da expectativa de vida para aqueles que tem contato direto ou indiretamente com o

“lixo”. Além disso, pode acarretar no aumento da poluição do solo, devido ao chorume, das águas superficiais e do ar, acelerando o processo de degradação ambiental, tor- nando – o contínuo. (fonte)

Portanto, almejando a mitigação dos impactos ambientais causados pela disposição final dos resíduos, em 2010 foi criada a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010 (BRASIL, 2010). A Política Nacional tem como principal objetivo a gestão integrada e o gerenciamento de resíduos sólidos, incluindo todo o seu ciclo produtivo, a responsabilidade do governo público, dos geradores e os instrumentos econômicos aplicáveis.

No município de Colatina, em 2015, foi estabelecido o Plano Municipal de Sanea- mento Básico e Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, em atendimento a Lei 12.305/2010. O Plano teve como objetivo fazer uma diagnose do saneamento básico e dos resíduos sólidos, facilitando assim, o planejamento de ações voltadas para uni- versalização do serviço de saneamento e o gerenciamento de resíduos sólidos (PMGIRS, 2015).

Neste sentido surgem as demandas do município. Segundo Jr, Romério e Bruna (2014) o significado da palavra gerenciar neste cenário é expresso através das ações de gerir;

administrar; de gerenciar resíduos sólidos e por fim, significa cuidar do resíduo do

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berço ao túmulo, é cuidar para que se exerçam ações, direta ou indiretamente, ambi- entalmente corretas, baseado em critérios sanitários, ambientais, e econômicos para coletar, tratar e dispor o lixo (JR; ROMÉRIO; BRUNA, 2014).

Deste modo, para que o gerenciamento desses resíduos seja efetivo, é necessário uma parceria entre sociedade civil, instituições de ensino e o poder público, onde se desenvolvam trabalhos de educação ambiental, criando consciência crítica na socie- dade sobre a problemática dos resíduos sólidos. Por isso, as Instituições de ensino têm um papel fundamental na mudança de mentalidade, pois elas, são os modelos da efetiva mudança, é na escola que pequenas ações podem atingir grandes futuros.

Segundo Tauchen e Brandli (2006, p. 1), “as Universidades ou Instituições de Ensino Superior precisam praticar aquilo que ensinam”.

Segundo Adriana Klippel (2015, p. 11) “[...] as instituições de ensino também podem ser comparadas com pequenos núcleos urbanos, pois geram vários tipos de resíduos oriundos do seu funcionamento, desde alimentação às salas de aula”. Nesse contexto, o Programa Estadual de Educação Ambiental (SEAMA, 2017, p.45), afirma que “[...] a Educação Ambiental assume um importante papel na formação do senso comum so- bre o assunto, em que problemas decorrentes sobre resíduos sólidos estejam incor- porados às ações diárias do mesmo”.

Por isso, para que a Educação Ambiental ocorra é necessário, que as Instituições de ensino incorporem essa esses princípios e práticas sustentáveis a sua realidade, ini- ciando um processo de conscientização dos usuários do ambiente da Instituição de ensino.

Portanto, este estudo objetiva avaliar o manejo dos resíduos do Instituto Federal do Espírito Santo Campus Colatina, tendo como base o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar o manejo dos resíduos sólidos do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), Campus Colatina, localizado no município de Colatina – Espírito Santo.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Identificar o atual sistema de gerenciamento dos resíduos sólidos do Ifes cam- pus Colatina;

 Propor plano de ação, modelo 5W2H, para a instituição de ensino visando me- lhor manejo dos resíduos sólidos.

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 DEFINIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), efetivada pela lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, define os resíduos como:

Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de ativida- des humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível (BRASIL, 2010, p.11).

3.2 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O Gerenciamento de Resíduos Sólidos é definido pela PNRS, como:

Conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambien- talmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambiental- mente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de ges- tão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta lei (BRASIL, 2010, p. 11)

3.3 MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O manejo de resíduos foi proposto pela primeira vez na Política Nacional de Sanea- mento Básico, lei 11.445 de 5 de janeiro de 2007. De acordo com a referida Política, manejar resíduos sólidos significa:

Conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo do- méstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas (BRASIL, 2007, p. 2)

Arlindo Philippe Jr (2014), em seu livro, “Curso de Gestão Ambiental”, aborda a im- portância do manejo de resíduos sólidos, de forma operacional, ou seja, manejar, é o conjunto de atividades feitas com os resíduos envolvendo as etapas citadas acima, de acordo com a Política Nacional de Saneamento Básico.

3.2.1 Coleta Seletiva

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A PNRS, estabelece a coleta seletiva como um instrumento de alcance a sustentabi- lidade e estabelece também a obrigação de cada município realizar a coleta seletiva do lixo produzido pelos munícipes. Além disso a mesma ressalta que, as metas rela- cionadas a coleta seletiva deverão ser expostas no Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos municipal. Desta forma, pode – se definir, coleta seletiva, de acordo com a PNRS: “coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição” (BRASIL, 2010, pg 10).

3.4 GERENCIAMENTO INTEGRADO NO MUNICÍPIO DE COLATINA

A gestão integrada compreende todas as ações voltadas para as soluções dos pro- blemas relacionados de resíduos sólidos. É a parceria firmada entre os três âmbitos de governo: federal, estadual e municipal. Isso inclui a realização de planos, nacionais, estaduais, intermunicipais, microrregionais e os de gerenciamento (MMA, 2013).

Em 2015, o município, em atendimento a Lei n° 12.305/2010 publicou o Plano Muni- cipal de Saneamento Básico e Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que basica- mente consiste em:

[...]relatório síntese do Plano Municipal de Saneamento Básico e Ges- tão Integrada de Resíduos Sólidos de Colatina, resultado da compila- ção das informações contidas nos Relatórios de Diagnóstico da Situa- ção do Saneamento Básico, de Prognósticos e alternativas para a uni- versalização, condicionantes, diretrizes, objetivos e metas, de Progra- mas, projetos e ações, plano de execução e ações para emergência e contingência e de Mecanismos e procedimentos para a avaliação sis- temática da eficiência, eficácia e efetividade das ações (PMGIRS, 2015, pg. 8).

O Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) e o Plano Municipal de Gestão Integrada de resíduos Sólidos (PMGIRS), são instrumentos exigidos pelas leis fede- rais que regulamentam a Política Nacional de Saneamento Básico e a Política Nacio- nal de Resíduos Sólidos, respectivamente. Sua implementação possibilitará o plane- jamento das ações de gestão para as melhorias das condições de saneamento básico e universalização do atendimento, também como ações de melhorias para o gerenci- amento de resíduos municipal (PMGIRS, 2015).

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Atualmente o município possui grandes deficiências no gerenciamento dos resíduos, como por exemplo, a forma de acondicionamento do lixo urbano e a falta de uma estação de transbordo.

A coleta é feita de forma convencional em todos os bairros e distritos, por uma em- presa terceirizada pela companhia de saneamento municipal. “O resíduo coletado é transportado diretamente para o aterro sanitário de Colatina” (PMGIRS, 2015).

“O resíduo gerado é acondicionado em sacos plásticos e dispostos no chão em pontos de coleta determinados dessa forma” (PMGIRS, 2015).

O Plano destaca ainda sobre o acondicionamento dos Resíduos:

Todos os resíduos provenientes da limpeza pública no município, à ex- ceção dos resíduos da construção civil e resíduos verdes, são acondi- cionados em sacos plásticos e coletados pelos caminhões compacta- dores junto aos resíduos sólidos domiciliares e comerciais. (PMGIRS, 2015. pg. 128;129)

3.5 EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A educação ambiental é construída a partir da junção de informação e formação dos indivíduos acerca da crescente produção de resíduos e poluição ambiental, onde a partir da aprendizagem, pode haver mudança de atitudes e conscientização sobre a atual realidade global (TEIXEIRA, 2007).

O desenvolvimento da consciência e preocupação individual e coletiva para a questão ambiental é um dos principais objetivos da educação ambiental, a partir do uso de uma linguagem de fácil entendimento, buscando construir valores sociais e atitudes voltadas para a conservação do meio ambiente, para assim, modificar o comporta- mento humano em relação a natureza, utilizando os recursos atendendo às necessi- dades presentes e ainda pensar nas gerações futuras, no sentido de promover um desenvolvimento sustentável.

Considerando que grande parte dos resíduos gerados ainda possui valor comercial, se manejado de maneira adequada, deve-se ter em mente isso para adotar um novo comportamento, vendo o resíduo como uma matéria-prima em potencial.

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A reciclagem, pode ser entendida como “um processo que torna reutilizável um mate- rial que teve sua matéria-prima retirada da natureza após sofrer mudanças em suas propriedades físicas ou físico-químicas”(TEIXEIRA, 2007, p.28), tem papel fundamen- tal na educação ambiental, pois permite amenizar e solucionar parte dos problemas existentes em relação à geração de resíduos. Contudo, uma grande produção de re- síduos acarreta em uma dificuldade no processo de reciclagem, pois sobrecarrega o sistema.

A partir da ideia de que educação ambiental e reciclagem devem estar atreladas, a utilização da Política dos 3 Rs é primordial. Essa política foi inicialmente conhecida como Política dos 3 Rs (Reduzir, Reciclar e Reutilizar), atualmente já foram adiciona- dos outros 2 Rs (refletir e recusar). Cada “R” da política pode ser explicitado conforme:

[...] uma profunda reflexão sobre o que nos é realmente necessário;

coragem de recusar os produtos de consumo supérfluos ou desneces- sários; ponderação para reduzir o consumo dos produtos considerados necessários; decisão de reutilizar embalagens e outros produtos, reno- vando seus usos tanto quanto possível, aumentando sua vida útil e re- tardando seu descarte; iniciativa de encaminhar todos os produtos uti- lizados e quando possível, reutilizados, para a reciclagem (TEIXEIRA, 2007, pg 29).

Tendo uma postura mais crítica e consciente em relação a compra e consumo de produtos e mercadorias, haverá um aumento da participação individual e coletiva em medidas de conservação e preservação ambientais, o que contribuirá para um desen- volvimento sustentável da sociedade.

Unido a este pensamento que o Instituto Federal do Espírito Santo- Campus Colatina, criou o NEA, Núcleo de Educação Ambiental, que tem suas atribuições e funciona- mento estabelecido no Regimento Interno dos Campi IFES. Sua estruturação no Cam- pus Colatina foi determinada pela Portaria nº 458, de 15 de outubro de 2018, que também designa seus membros. Através de voto e indicação popular, em 1º de março de 2019, recebeu o nome de Tabocas (IFES, 2019).

3.6 AGENDA 3P

A Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) é uma política pública do go- verno federal criada em 1999, para estimular os órgãos públicos, da esfera federal, estadual e municipal a adotarem práticas em prol da sustentabilidade. Atualmente é

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desenvolvida como projeto de sustentabilidade do Ministério do Meio Ambiente e a adesão a essa iniciativa é voluntária, não há normativas que obriguem os órgãos a aderir e nem fiscalização para o cumprimento ou não do que é proposto (MMA, 2019).

Em 2013 o Instituto Federal do Espírito Santo, em virtude de preocupação com o meio ambiente aderiu ao projeto e criou um Plano de Gestão de Logística Sustentável (PGLS), que fornece orientações aos campi sobre o projeto e como adotar em cada campus (PGLS, 2013).

Dentro do PGLS, há ações para oito eixos temáticos: água e esgoto, resíduos sólidos, compras e contratações, deslocamento de pessoal, energia elétrica, material de con- sumo e qualidade de vida no trabalho. As ações de resíduos sólidos têm foco na di- minuição dos resíduos gerados, na coleta seletiva e reciclagem (PGLS, 2013).

Entretanto para que o plano seja eficaz é necessário que seja contínuo, englobando a participação da comunidade escolar para os projetos saírem do papel. É interes- sante que as ações propostas dentro do plano façam parte do cotidiano da Instituição e devem ser trabalhadas de forma contínua, incentivando a participação da comuni- dade municipal e escolar, cumprindo assim um ciclo.

3.7 PLANO DE AÇÃO 5W2H

Segundo Marcelo Nakagawa, professor de empreendedorismo do INSPER, instituição sem fins lucrativos de ensino superior e pesquisa reconhecida como referência em Administração, Economia, Direito e Engenharia em São Paulo, o Plano de Ação 5W2H é uma ferramenta administrativa utilizada para solucionar problemas, de forma orga- nizada e planejada, almejando uma solução a partir de ações a serem tomadas pelos entes competentes para cada problema encontrado. Por ser uma ferramenta óbvia e muito utilizada, não se sabe ao certo sua origem e nem mesmo seu criador ou cria- dora. Apesar de ser uma ferramenta administrativa, o Plano pode ser utilizado em vários âmbitos e setores, assim como por qualquer pessoa, do ramo empresarial ou não, sendo prático e simples, comparado à um check list de atividades, com prazos e responsabilidades que devem ser desenvolvidas com máximo clareza e eficiência por todos os envolvidos, podendo ser utilizado para a gestão e organização de uma em- presa, ou para organização de um lar.

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Nakagawa discorre ainda que, o Plano de ação 5W2H é formado por sete perguntas ou passos, tendo seu nome designado por uma sigla que contém todas as inicias dos passos em inglês, sendo: What (O quê?), Why (Por que?), Who (Quem?),Where (Onde?), When (Quando?), How (Como?) e How Much (Quanto Custa?).

O primeiro passo ou pergunta, What- O que, vem a ser a ação, o problema ou desafio em si a ser solucionado, que foi previamente diagnosticado e analisado. Posterior a ele, tem-se o Why, o Por que, os motivos e os objetivos do que está sendo solucio- nado. O próximo passo é definir quem (Who) será responsável por executar o que foi planejado, seguido por Where, ou seja, onde cada procedimento deverá ser feito. O When é composto pela data em que as ações deverão ser realizadas, o cronograma.

Representando o primeiro “H”, tem-se a explicação sobre como serão executados os procedimentos para alcançar as ações pré-estabelecidas. Finalizando o Plano, serão estabelecidos os custos, detalhando quanto cada processo custará, assim como o custo final, unindo todos os procedimentos.

Neste estudo, o plano será empregado para montar um modelo de gerenciamento de resíduos sólidos, com ações plausíveis a realidade da Instituição O modelo de Plano de Ação utilizado como base contém as siglas e seus significados, assim como breve instrução do que cada uma representa enquanto ação prática, conforme apresentado na tabela 1.

TABELA 1 – Modelo do plano de ação 5W2H

What (O que)

Where (Onde)

Why (Por que)

Who (Quem)

When (Quando)

How (Como)

How Much

(quanto custa)

Detalhar as ações com base nas me- tas.

Delimitar locais es- pecíficos para as ações, como por exemplo:

salas de aula, cozi- nha, ba- nheiro, quadra de esportes,

Detalhar o real mo- tivo para realizar as ações

Designar quem irá executar as ações, quem será o res- ponsável.

Estabelecer o início e o fim do prazo para a realização de cada uma das ações.

Sugerir o método para execu- tar cada uma das ações pro- postas.

Propor um valor, quando necessá- rio, para que a ação seja cum- prida.

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cantina e pátio.

Fonte: As autoras (2021).

4 METODOLOGIA

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

O estudo foi realizado no Instituto Federal do Espírito Santo, IFES, campus Colatina, localizado na Avenida Arino Gomes Leal, n°1700, no bairro Santa Margarida, no lado sul da cidade de Colatina - Espírito Santo.

O IFES Campus Colatina foi inaugurado em 13 de março de 1993. O campus foi a primeira Unidade de Ensino Descentralizada (UnED) do Estado, depois disso passou a ser Centro Federal de Educação tecnológica do Espírito santo (CEFET-ES), mu- dança que possibilitou a diversificação do ensino, e em 2008, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei n°11.892, que criou trinta e oito institutos federais de educação, ciência e tecnologia no país. No estado do Espírito santo, o Cefetes e as escolas agrotécnicas se integraram a uma única estrutura, o IFES, Instituto federal do Espírito Santo, possibilitando assim a oferta de cursos técnicos, graduação, pós- graduação e também cursos de extensão (IFES, 2016).

Em 2020, o Campus Colatina ampliou a sua estrutura inaugurando um novo bloco de estudo, o bloco 7. O mesmo recebeu o nome de José Mauro Lorençutti, uma home- nagem da Instituição ao seu ex servidor. No novo bloco funcionará salas de empreen- dedorismo e também laboratórios voltados para inovações tecnológicas. Devido a pandemia do novo Corona vírus, o prédio ainda não foi utilizado e por isso, não se tornou objeto deste estudo (IFES, 2020).

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De acordo com a Coordenadoria de Registro Acadêmico (CRA) e a coordenadoria de Recursos Humanos do campus Colatina, o Instituto comporta 1418 alunos (cursos técnicos integrados ao Ensino Médio e Concomitante, cursos de graduação e pós- graduação) e possui cerca de 158 servidores, técnicos administrativos, docentes efe- tivos e contratados. A Figura 1 ilustra a visão por satélite da área construída do Cam- pus Colatina.

Figura 1 – Delimitação geográfica IFES Campus Colatina

Fonte: As autoras (2021).

4.2 TIPO DE PESQUISA

Este estudo fez uso de dois tipos de pesquisas para que se pudesse alcançar efetiva- mente os resultados, foi utilizada uma combinação de pesquisa aplicada com o mé- todo dedutivo.

A pesquisa aplicada “concentra-se em torno dos problemas presentes nas atividades das instituições. Está empenhada na elaboração de diagnósticos, identificação de pro- blemas e busca de soluções” (THIOLLENT, 2009).

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O método dedutivo contempla a própria percepção do pesquisador em relação ao tema abordado. De acordo com André Fontenelle, nesse tipo de pesquisa o autor parte de uma observação mais geral a respeito de um determinado assunto, para explicar então suas características. Essa percepção pode ser construída com visitas a campo e entrevistas aos funcionários.

4.3 COLETA DE DADOS 4.3.1 Programas ambientais

O primeiro passo para a coleta de dados foi explorar programas e legislações munici- pais sobre resíduos sólidos. Como descrito no item 3.3, em 2015, Colatina confeccio- nou o PMGIRS, que foi utilizado como base para este estudo, visto que o mesmo é uma diagnose da situação do município em relação aos resíduos sólidos.

O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do município foi encontrado dispo- nível para download no site do Laboratório de Gestão do Saneamento Ambiental (LA- GESA), da Universidade Federal do Espírito Santo.

Foi importante verificar se existia legislação sobre o manejo dos resíduos escolares, para que houvesse a verificação da forma atual de manejo e a avaliação do seu fun- cionamento em atendência a PNRS.

4.3.2 Método Dedutivo

A próxima ação foi explorar com o método dedutivo, ou seja, utilizando a própria per- cepção, observando in loco, as ações que acontecem no ambiente escolar que são relacionadas ao manejo dos resíduos sólidos.

Como atuantes da área ambiental e alunas do Instituto há quatro anos, muito sabe-se sobre a rotina do Campus, mas foi preciso olhar com atenção para todas as etapas do manejo, como por exemplo, serviço de varrição e limpeza, coleta de lixo, transbordo, reciclagem, a fim de entender o que funciona e propor projetos ao que ainda não é concretizado.

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Além disso, com o método dedutivo, realizou-se ainda a análise da estrutura da escola:

se as quantidades de lixeiras são suficientes para efetivar a coleta seletiva, se estas estão muito degradadas ou não, a forma de acondicionamento dos resíduos, se há ou não triagem dos mesmos, se há ou não reciclagem e por fim mapear os pontos de coleta dos resíduos.

4.3.3 Entrevistas

As entrevistas aconteceram com a pessoa responsável pela gerência do serviço de limpeza nas dependências do Ifes campus Colatina. O objetivo da entrevista foi reali- zar o levantamento sobre as atividades de varrição, coleta, acondicionamento e peri- odicidade do serviço de limpeza. Considerou-se para fins da pesquisa o período atí- pico da Pandemia da COVID 19.

O mesmo levantamento aconteceu com os professores e técnicos responsáveis pelos laboratórios de ensino e pesquisa, a fim de entender os tipos de resíduos gerados, as formas de descarte dos mesmos e as ações ambientais existentes que possam vir a contribuir de maneira significativa no gerenciamento adequado de resíduos sólidos dentro dos laboratórios.

O questionário semiestruturado é apresentado no Apêndice B. A aplicação aconteceu via WhatsApp, a fim de agilizar o processo de coleta de dados.

4.4 PLANO DE AÇÃO 5W2H

Para o presente estudo o plano de ação, modelo 5W2H, foi estruturado utilizando o programa Microsoft Word, de acordo com as normas da ABNT, e construído com base no que foi proposto nas etapas anteriores, que contempla a visita a campo e as entre- vistas, podendo, com base na análise dos dados coletados, propor ações de melhorias ou resoluções.

No plano há ações que encaminhem a Instituição para a construção de um Sistema de Gestão Ambiental unificado e contínuo, para que assim, o Campus atinja metas em relação ao seu próprio gerenciamento de resíduos e possa servir de modelo para as demais Instituições. São ações simples, visando a realidade da escola, mas que os funcionários possam estar de acordo em cumpri-las.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para a execução deste estudo, a coleta de dados foi feita em quatro etapas: explorar o plano de gestão integrada municipal, análises do método dedutivo, visita a campo para entrevista e contato com os professores e técnicos, desta forma, os resultados serão descritos e discutidos em sessões, para facilitar a conclusão do estudo.

5.1 O PLANO DE GESTÃO INTEGRADA MUNICIPAL

Conforme relatado pelo Serviço Colatinense de Saneamento Ambiental (SANEAR), no município de Colatina, a coleta seletiva e a reciclagem são de responsabilidade da Associação de Catadores Colatinenses de Materiais Recicláveis (ASCCOR). A asso- ciação foi fundada em 27 de fevereiro de 2014 e integra o Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCMR).

Os resíduos são acondicionados em pontos de entrega voluntária, denominados de ECOPONTOS, que a própria para que a população contribuísse com o projeto. Atual- mente há cerca de cento e trinta ecopontos espalhados pela cidade, sendo que a localização dos mesmos pode ser encontrada em um mapa dentro do site do SANEAR.

No IFES Campus Colatina também há um ponto de entrega voluntária, onde alunos e servidores podem depositar os resíduos para serem reciclados e uma vez por semana a ASCCOR faz a coleta, geralmente acontece na quarta-feira.

De acordo com o SANEAR, Colatina produz cerca de noventa toneladas por dia de resíduos sólidos e desde a implantação da Coleta Seletiva em 2011, mais de quatro mil toneladas foram recicladas. O gráfico 1 retirado do controle de pesagem do Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos de Colatina (CETREU), mostra a evolução posi- tiva da Coleta Seletiva do ano de 2012 ao ano de 2020.

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Gráfico 1 – Progressividade da Coleta Seletiva em Colatina – 2012 a 2020

Fonte: As autoras. Base de dados do SANEAR (2021).

Também há no município a coleta seletiva porta a porta, onde o caminhão da AS- CCOR passa pelas ruas de 22 bairros recolhendo o lixo seco, o que corresponde a 30,5% da população, contribuindo ainda mais para a efetivação do serviço em Cola- tina (SANEAR, 2021).

Com a evolução da coleta, o município, pôde trazer dignidade de vida para os cata- dores que dependiam de coletar lixo no aterro para sobreviver e além disso, retomar projetos.

Essas ações que crescem a cada ano fizeram com que Colatina ocupasse posição de destaque no prêmio Inoves 2016 (SANEAR, 2021).

5.2 PROGRAMAS AMBIENTAIS MUNICIPAIS

Durante o levantamento das informações sobre os instrumentos legais municipais de gestão de resíduos sólidos, não foi localizada um instrumento regularizado específico sobre gerenciamento de resíduos sólidos em Instituições de ensino. No entanto, ape- sar de o Campus não ser fiscalizado a cumprir a legislação acerca do tema, ele em

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parte, realiza o manejo adequado, faltando apenas realizar ações de cunho contínuo e duradouro.

O estudo não detectou um procedimento operacional padrão para o manejo de resí- duos sólidos de Instituições de Ensino oferecidos pelo município de Colatina, e nem foi localizado um plano de controle sobre os resíduos gerados, sendo assim, cada instituição age de acordo com suas próprias orientações, já que não há cobrança le- gal.

Contudo, o governo federal criou o projeto agenda 3P, descrito no item 3.5, que pos- sibilitou que o Campus Colatina trabalhasse algumas ações relacionadas aos resíduos, mas o projeto ainda não saiu do papel, pois para que isso ocorra, faz-se necessário incluir toda a comunidade acadêmica, é um ciclo, que requer, planejamento, execução, verificação e pôr fim a ação.

Porém, é evidente a preocupação do Instituto com as temáticas ambientais, visto que, mesmo sem uma legislação orientadora, há coleta seletiva e ações de educação am- biental, propostas pelo Núcleo de Educação Ambiental Tabocas.

5.3 MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO IFES

Para melhor entender como funciona o manejo dos resíduos sólidos dentro do Instituto, foi feita uma visita a campo no dia 23/02/2021 às 9:00h da manhã. Nessa visita, foi aplicada uma entrevista com a Coordenadora da Manutenção, a pessoa responsável pelo manejo na escola, que forneceu as informações necessárias para o estudo. As ações do manejo são de responsabilidade de empresa terceirizada, que disponibiliza para a escola jardineiros e auxiliares de serviços gerais.

5.3.1 Coleta e Acondicionamento

A coleta dos resíduos é feita diariamente pelos auxiliares em todos os blocos, exceto na cantina, não há horários estabelecidos para a realização da coleta, a mesma acon- tece conforme a demanda, que é observada pelos auxiliares. Nos locais de maior mo- vimentação, como nos banheiros e nas salas dos professores, é feito coleta em todos os turnos de funcionamento das atividades escolares, matutino, vespertino e noturno.

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28

Para a realização desta ação os auxiliares utilizam luvas de borracha como equipa- mento de proteção individual (EPI).

A cantina e o refeitório da escola também são de responsabilidade de empresa tercei- rizada e é a própria empresa quem acondiciona e coleta os resíduos gerados pelo ambiente. Ao questionar a coordenadora sobre volume de geração no campus, ela destacou que a cantina é onde se dá a maior geração, por isso, as lixeiras disponíveis para descarte são tonéis.

Após coletados, os resíduos escolares são dispostos em local de acondicionamento temporário para o lixo úmido até que a empresa responsável dê a destinação final. A figura 2, abaixo, relata o local de acondicionamento temporário do lixo úmido do Cam- pus. No dia da visita, não haviam resíduos acondicionados no local, em virtude da Pandemia do novo corona vírus, a escola está pouco movimentada, consequente- mente gerando menos resíduos.

FIGURA 2 – Fotografia do local de acondicionamento temporário dos resíduos úmidos do Campus Colatina

Fonte: As autoras (2021).

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A coleta externa e o transporte até o Centro de Tratamento de Resíduos de Colatina (CETREU) é de incumbência do SANEAR. Por meio de empresa terceirizada o SA- NEAR realiza a coleta em dias determinados conforme a tabela a seguir.

Tabela 2 – Horário de coleta de lixo úmido lado Sul

Dias da Semana Horário de Coleta

Terça-feira 12h às 17h

Quinta-feira 12h às 17h

Sábados Pela manhã

Fonte: SANEAR (2021).

Em 2020, devido a pandemia do novo Corona vírus, foi preciso fazer alterações no ritmo de trabalho da escola, as atividades presenciais foram suspensas e com isso não houve grande geração de resíduos, os laboratórios e salas de aulas foram fecha- dos e só foram abertos para limpeza. Desta forma, somente a administração do cam- pus funcionou com atividades presenciais reduzidas, diminuindo drasticamente a ge- ração dos resíduos.

5.3.2 Coleta Seletiva e Reciclagem

O Campus faz a coleta seletiva conforme a orientação municipal e conforme desta- cado no item 5.1 deste estudo, o esforço conjunto tem feito com que haja uma pro- gressividade da coleta seletiva a cada ano. Por isso, em parceria com o SANEAR a Instituição solicitou que fosse colocado um ecoponto dentro do campus, estando o mesmo localizado no estacionamento dos funcionários, ao fundo do campus, próximo ao espaço que o lixo úmido é acondicionado e uma vez por semana a ASCCOR reco- lhe o lixo para a reciclagem, geralmente na quarta-feira.

São depositados no ecoponto, papéis, papelão e embalagens plásticas. Na equipe de auxiliares, não há uma pessoa responsável por essa função, qualquer funcionário pode fazer uma pequena triagem antes do lixo ir para o ponto de entrega voluntária.

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Em visita ao ecoponto foi verificado que o mesmo se encontrava em bom estado de conservação e em uso, visto que estava com folhas de papelão. A figura 3, a seguir, ilustra o local do ecoponto dentro do Instituto e atual situação de conservação do mesmo.

FIGURA 3 – Ecoponto localizado na área externa do Campus próximo ao estaciona- mento dos fundos

Fonte: As autoras (2021).

5.3.3 Serviço de varrição e limpeza

A varrição e a limpeza no campus são feitas diariamente. A parte externa da escola é de responsabilidade dos jardineiros, são quem varrem e fazem as podas necessárias nas árvores do estacionamento e jardins do campus. Os resíduos da variação geral- mente são folhas secas, são acondicionados em sacos plásticos pretos, recolhidos e levados pelos jardineiros até o local de acondicionamento temporário.

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Durante a semana a varrição interna da escola é feita pelos auxiliares de serviços gerais, em horários que tem pouca movimentação de alunos e aos sábados todos os blocos são lavados por eles.

5.4 RESULTADOS DO MÉTODO DEDUTIVO

O Instituto Federal do Espírito Santo Campus Colatina, comporta diariamente, em épocas de atividades presenciais, cerca de 1556 pessoas, alunos e servidores, dividi- dos entre os três turnos. Todos os dias há uma grande circulação de pessoas e con- sequentemente geração volumosa de resíduos. Segundo Faroni (2019), por dia há produção de 41,8 kg de lixo, sendo que 81,5% desse valor é considerado resíduo misturado, isso se deve a ineficiência do serviço de triagem dos resíduos. Além disso vale ressaltar que a cantina é o maior gerador do Campus e que os resíduos orgânicos ainda não são reciclados.

Ao ser questionada sobre triagem a gerência do serviço de limpeza relatou que sabe da importância e da necessidade dela, apesar da pouca orientação, os resíduos são coletados separadamente, visto que cada setor possui suas particularidades na gera- ção de resíduos, favorecendo assim a coleta seletiva, por fim, as auxiliares de serviços gerais só precisam saber o que é reciclável e o que é rejeito.

Apesar de não haver a triagem depois da coleta, as lixeiras do campus também favo- recem que o resíduo seja descartado corretamente conforme a classificação: rejeito, plástico, papel e metal, elucidado na figura 4. Porém, é pertinente que na equipe de limpeza tenha uma pessoa responsável por essa triagem, para evitar que ocorra a mistura dos resíduos.

As lixeiras de coleta seletiva estão presentes nos corredores de todos os blocos e também na parte externa, apesar de degradadas. Não se encontrou lixeiras para os resíduos orgânicos e vidros, a manutenção relatou que nunca houve. Portanto, para que a coleta seletiva e a triagem funcionem de forma mais eficiente, é necessário ter lixeiras para todos os resíduos: orgânicos, papel, metal, plástico, vidros e os rejeitos, além de instruir a comunidade acadêmica a descartar corretamente o resíduo. Para isso, são interessantes, folders, palestras, cartazes, preparados pelo Núcleo de Edu- cação Ambiental Tabocas.

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FIGURA 4 – Foto do modelo de lixeira do Campus

Fonte: As autoras (2021).

5.5 RESÍDUOS DOS LABORATÓRIOS

O Campus Colatina é uma Instituição que oferta várias modalidades de ensino: ensino médio, cursos técnicos, cursos de graduação, pós-graduação e até mestrado. Isso faz com que tenha variedade em laboratórios, para oferecer uma melhor formação ao discente. Atualmente, o Campus conta com laboratórios de informática, química, mi- crobiologia, instalações hidrossanitárias e elétricas, desenho técnico, maquetes e ma- terial de construção, todos gerando tipos e quantidades de resíduos diferentes.

5.5.1 Laboratórios de desenho técnico e maquetes

Esses laboratórios são mais utilizados pelo curso de Arquitetura e Urbanismo, por isso, o coordenador do curso encarregou-se de fornecer as respostas os resíduos sólidos.

Os Laboratórios de desenho técnico e maquetes não geram grande quantidade de resíduos se comparado aos laboratórios de informática, pois não são utilizados com

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frequência, mas quando utilizados, geram em maior quantidade papel e isopor. O co- ordenador declarou que esses resíduos ficam armazenados nas lixeiras do laboratório até que os auxiliares de serviços gerais recolham e façam o descarte. O papel é levado até o ecoponto para ser reciclado e o isopor jogado no lixo comum.

O coordenador relatou ainda que sempre que possível os alunos utilizam materiais de maquetes antigas e que durante as aulas os mesmos são conscientizados a trazerem de casa materiais que são descartados, de forma a evitar a compra excessiva de itens novos para compor os trabalhos. Também expôs que recebe orientações da Instituição para formar consciência ambiental nos alunos através de ações do NEA Tabocas.

5.5.2 Laboratórios de Informática e equipe de robótica

Os laboratórios de informática são os que recebem maior quantidade de alunos, há laboratórios em todos os blocos do Campus, com grande movimentação de alunos.

Esses laboratórios são utilizados por todos os cursos e ensino médio, por isso, não há apenas um responsável pelos mesmos.

O resultado da pesquisa para a geração de resíduos, foi: há geração de resíduos como conectores de cabos de redes, restos de fios e às vezes papel. Na maioria das vezes, os resíduos são peças contendo cobre e fios, não havendo local específico para o descarte. Também não há ações de reciclagem envolvendo esses resíduos, conse- quentemente são descartados no lixo comum ou enviados para o setor de manuten- ção da escola.

No IFES, há uma equipe de robótica em atuação, a essa equipe de robótica a pesquisa também foi realizada. De acordo com o coordenador, atualmente, a equipe não utiliza materiais recicláveis e resíduos para a confecção dos trabalhos, é usado sempre equi- pamento novo ou em boa condição. A equipe por ser focada em competições de ro- bótica, não fazem aproveitamento, pois precisam sempre de equipamentos de boa qualidade, o que é um alto investimento.

O coordenador relatou ainda que quando há geração de resíduos eletrônicos, eles são descartados no lixo comum, somente as pilhas e baterias que são postas no ponto de descarte que há no Ifes. Entretanto, a geração de resíduos é considerada pequena,

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34

por isso, os alunos ainda não recebem orientação a respeito da coleta, reciclagem e destinação final correta dos resíduos gerados.

5.5.3 Laboratório de Microbiologia e Química

Os laboratórios de Microbiologia e Química, são utilizados esporadicamente pelos alu- nos do ensino médio e pelos cursos ambientais que a Instituição oferece. Neles são feitos mais experimentos, por isso, geram resíduos como: papel craft, algodão hidro- fóbico e barbante, materiais que são utilizados para a autoclavagem das vidrarias e meios de cultura, além disso, restos de vegetais e material descartável perfuro cor- tante, sendo os primeiros três resíduos gerados em maior quantidade.

Em relação ao descarte dos resíduos, os materiais recicláveis são colocados em uma lixeira para recicláveis dentro do laboratório e após uma semana os auxiliares de ser- viços gerais levam ao ecoponto. Os resíduos perfuro cortantes são colocados no Des- carpack pelo técnico do laboratório e recolhidos periodicamente pela vigilância sani- tária. Os restos de vegetais, por sua vez são colocados no lixo comum pela equipe de limpeza e conservação da escola.

Os alunos durante as aulas recebem do professor e do técnico orientações sobre o descarte correto dos materiais recicláveis, o NEA também desenvolve ações periódi- cas envolvendo a importância da reciclagem e educação ambiental, por ser um labo- ratório mais utilizado pelos cursos ambientais.

5.5.4 Laboratório de Instalações Hidrossanitárias e Elétricas

Esse laboratório é pouco usado, quando utilizado pelos alunos do ensino médio, é gerado principalmente papel. O descarte é feito na lixeira do laboratório e uma vez por semana os auxiliares de serviços gerais depositam no ecoponto.

5.5.5 Laboratório de Material de Construção

O laboratório de Material de Construção, MATECO, produz resíduo proveniente do rompimento de corpos de prova de concreto, blocos de solo de cimento, que são uti- lizados nos ensaios de laboratório, sendo similar ao resíduo de Construção Civil.

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35

Esse resíduo fica acondicionado dentro do laboratório, até que a equipe de manuten- ção do Campus faça o reuso em bases e sub-bases de construções. Desta forma, já acontece uma educação ambiental no que tange a esse resíduo, pois ele tem um potencial muito grande de reciclagem, basta apenas triturar ou diminuir o tamanho para ser encaminhado a manutenção.

Também foi relado pelo técnico responsável do laboratório, que os alunos fazem de- bates e apresentações de trabalhos acadêmicos, indicando possíveis locais onde possa ser reciclado esse resíduo.

5.6 AÇÕES DE MELHORIA NO MANEJO DOS RESÍDUOS

Durante a coleta de dados muito foi observado a respeito dos resíduos na Instituição que o IFES – Campus Colatina realiza a coleta seletiva, mas ainda há necessidade de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da escola, pois assim, as ações ambientais partirão de um ponto em comum e não isoladamente.

Desta forma, este estudo objetivou auxiliar no diagnóstico dos resíduos no Campus e propor um plano de ação, modelo 5W2H, com propostas de ações simples para que a Instituição construa aos poucos um ambiente sustentável e com eficiência em todas as etapas do manejo, podendo assim, ser uma referência ambiental para todas as demais escolas.

As ações do plano, modelo 5W2H, são sugestões de melhoria do que já acontece no Instituto, também é uma forma de organizar e unificar o sistema de manejo, para que as ações deixem de acontecer de forma isolada, futuramente podendo servir de base para a construção de um Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos.

5.6.1 Plano de Ação 5W2H

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36

WHAT WHY WHO WHERE WHEN HOW HOW MUCH

Criar um sis- tema de gestão ambiental - SGA

Para criar um padrão de ações ambien- tais na Institui-

ção

NEA Tabocas Em toda Institui-

ção Prazo imediato

Contatar todos os profissionais da área ambien-

tal que traba- lham na escola

e elaborar o SGA

Mão de Obra e Tecnologia local

Eleger um pro- fissional respon-

sável pela tria- gem de resíduos

sólidos

Para evitar mis- tura dos tipos de

resíduos e a destinação de resíduos reciclá-

veis no aterro

Equipe de auxili- ares de serviços

gerais

No local de

transbordo Prazo imediato

Fazer uma reu- nião de equipe e

eleger um res- ponsável perio-

dicamente

Mão de obra local

Projetar uma estação de transbordo

Para auxiliar na triagem dos re-

síduos e tam- bém melhorar o

acondiciona- mento temporá- rio dos mesmos

Gestão do Cam- pus

Área dos fun- dos, próximo ao estacionamento dos professores

2021-2022

Contatar os pro- fessores da área

ambiental e en- genheiros para

criar o projeto

Custos a orçar

(38)

37

Construir uma estação de transbordo

Para auxiliar na triagem dos re-

síduos e tam- bém melhorar o

acondiciona- mento temporá- rio dos mesmos

Gestão do Cam- pus

Área dos fun- dos, próximo ao estacionamento dos professores

2022-2024

Contatar em- presa terceiri- zada para cons-

truir o projeto

Custos a orçar

Ampliar o quan- titativo de lixei- ras identificadas

(coleta seletiva) no Campus

Escassez de li- xeiras identifica-

das

Setor de com- pras

Corredores prin- cipais de todos os blocos, can- tina, entrada do

campus, área externa.

3 meses

Criar uma co- missão local para levantar as lixeiras adeque-

das

Custos a orçar

Confeccionar uma compos- teira no campus.

O resíduo orgâ- nico é o de maior geração, por isso, reciclar diminui significa-

tivamente a quantidade de

resíduo desti- nada ao aterro.

Possível projeto para os alunos confeccionarem

com a supervi- são de professo-

res.

Poderá ficar lo- calizada na área externa do cam-

pus.

2021 - 2022

Organizar um projeto junta- mente com os alunos do cam- pus para a con- fecção da com-

posteira.

Custos a orçar

(39)

38

Criar um projeto de reciclagem.

Para que o corpo discente seja incentivado

a ter uma visão diferente dos re- síduos sólidos, tendo a percep- ção de que há a possibilidade de transformação a partir do que é

jogado fora.

NEA (Núcleo de Educação Ambi-

ental)

Sem local espe-

cífico. 2021 - 2030.

A elaboração do projeto poderá ser feita a partir

da reunião do Núcleo de Edu- cação Ambien-

tal, analisando as possibilida- des e constru- indo um modelo de projeto viável para o campus.

Sem custos.

Iniciar projeto de reciclagem

Motivar o corpo discente a trans- formar o que se- ria jogado no

lixo

NEA (Núcleo de Educação Ambi-

ental)

Sem local espe-

cífico 2021 - 2025

Os professores podem envolver

os alunos para manter o projeto

ativo

Custos a orçar

Incluir Seminá- rios sobre Edu- cação Ambiental

para todos os cursos ofertados

pelo Campus.

Pela importância da obtenção de

conhecimento acerca do as-

sunto para o corpo discente.

NEA (Núcleo de Educação Ambi-

ental)

Nas salas de aula ou auditó-

rio.

2021 - 2023

A escolha do profissional ca-

pacitado será feita pelo NEA.

Sem custos

(40)

39 Aplicar seminá-

rios de capacita- ção para os co-

laboradores da instituição, fo- cando no setor

de limpeza.

Para auxiliar nas dúvidas e defici-

ências de co- nhecimento que a equipe possui

NEA (Núcleo de Educação Ambi-

ental)

No auditório da Instituição.

Por todos os anos de funcio-

namento do Campus

A escolha do profissional ca-

pacitado será feita pelo NEA.

Sem custos

Melhorar a es- trutura do local de acondiciona- mento dos resí- duos úmidos e secos (estação de transbordo).

Para que os re- síduos não fi- quem sujeitos as intempéries

climáticas, ou mesmo gerem aparecimento de

roedores, inse- tos e vetores em

geral.

Gestão do Cam- pus.

Área externa próxima a gara-

gem.

Prazo indefinido.

Contratar uma empresa tercei- rizada para a construção de uma estrutura que atenda a

demanda.

Custos a orçar.

Elaborar e im- plantar um plano

de gerencia- mento de resí- duos para cada

laboratório do campus

Pela geração de resíduos de di- versas caracte- rísticas em cada

laboratório

Coordenador de cada laboratório

Laboratórios de Informática, Quí- mica, Microbio-

logia, Instala- ções Hidrossani-

tárias e Elétri- cas, Desenho

Prazo imediato

Cada coordena- dor de laborató- rio será respon- sável pela pes- quisa e elabora- ção do plano de

gerenciamento de resíduos

Sem custos

(41)

40 Técnico, Maque-

tes e Material de Construção

para seu labora- tório de atuação

Fonte: As autoras (2021).

(42)

41

6 CONCLUSÃO

O desenvolvimento do presente estudo possibilitou analisar e avaliar a atual forma de manejo dos resíduos sólidos do Instituto Federal do Espírito Santo - Campus Colatina, a fim de contribuir com a construção de uma gestão sustentável e organizada, possi- bilitando, a partir de uma didática clara e objetiva, controlar e gerenciar todo o pro- cesso que envolve o manejo de resíduos sólidos.

O estudo do manejo de resíduos sólidos proporciona um conhecimento prático da ge- ração desenfreada de resíduos que vem se tornando cada vez maior e mais frequente, não só no meio acadêmico, que foi o foco do estudo, mas também dentro de toda sociedade mundial, o que vem desencadeando uma poluição progressiva e agressiva quando se tratando do meio ambiente, afetando negativa e diretamente a população.

Ao concretizar o estudo de manejo dos resíduos sólidos do Campus, ficou notável que o mesmo perece de uma organização para que as ações ambientais deixem de acon- tecer de forma isolada, o que não traz resultados significativos, e passem a ser um sistema unificado criado e gerido pelo NEA Tabocas. Além do mais, há escassez de informações técnicas na equipe de auxiliares de serviços gerais que faz com que o lixo orgânico seja mandado diretamente para o aterro, não tendo oportunidade de re- ciclagem.

Portanto, sugere-se ao IFES – Campus Colatina, propor aos seus funcionários as ações descritas no plano de ação, apresentado nesse estudo, a fim de iniciar o pro- cesso de criação de um Sistema de Gestão Ambiental, incorporando valores de sus- tentabilidade a realidade da Instituição, sendo referência ambiental para as demais escolas da região e os outros Campi. Além disso, continuar o trabalho de conscienti- zação ambiental dos alunos, professores e funcionários, pois o conhecimento tem o poder de transformar o mundo.

A avaliação do manejo de resíduos sólidos do Instituto Federal do Espírito Santo - Campus Colatina, foi efetivada, apontando todas as deficiências e escassez existen- tes, dando uma melhor visão para buscar soluções cabíveis, possibilitando a criação do Plano de Ação 5W2H, que propõe melhorias no manejo de resíduos.

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42

Com a busca constante na preservação ambiental e redução de geração de resíduos, bem como seu manejo correto, é imprescindível o aprofundamento e estudo contínuo, tanto sobre as buscas de diversas soluções para estes problemas, como para a edu- cação ambiental que deve estar presente em todos os aspectos, sejam eles, sociais, econômicos, culturais ou políticos dentro da sociedade.

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43

REFERÊNCIAS

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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm. Acesso em:

2 nov. 2020.

BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a política nacional de resí- duos sólidos. Política nacional de resíduos sólidos, Brasília, 2017. Disponível em:

https://bd.camara.leg.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/14826/politica_residuos_soli- dos_3ed.reimp.pdf?sequence=20&isAllowed=y. Acesso em: 5 mar. 2021.

ESPÍRITO SANTO. Plano de Gestão de Logística Sustentável. Vitória: Instituto fe- deral do Espírito Santo, [2013]. Disponível em: https://ifes.edu.br/images/stories/fi- les/Logistica_Sustentavel/relatorio_FINAL_PGLS.pdf. Acesso em: 22 jul. 2021.

ESPÍRITO SANTO. Plano Municipal de Saneamento Básico e Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Colatina: Prefeitura Municipal, [2015]. Disponível em:

http://www.lagesa.ufes.br/planos-municipais-de-saneamento-basico-e-gestao-inte- grada-de-residuos-solidos-e-o-plano-regional-de. Acesso em: 07 mar. 2021

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APÊNDICE A – Entrevista de diagnose auxiliar de serviços gerais 1. O que você entende por "resíduos sólidos"?

2. O que é separação de resíduos?

3. O resíduo passa por triagem antes de ser descartado?

4. Você sabe a diferença entre lixo e resíduo sólido?

5. Você já recebeu alguma orientação sobre resíduos sólidos aqui no Campus Colatina?

6. Você acha importante separar os resíduos que são produzidos aqui no Campus Colatina?

7. Onde são colocados os resíduos sólidos no Campus Colatina?

8. Existe uma separação dos tipos de resíduos, como: orgânico, papel, seco?

9. Quais os horários de coleta? A coleta é feita em toda a área do Campus Cola- tina, nos horários propostos?

10. Tem dias específicos de coleta para cada setor do Campus Colatina, ou faz-se a coleta de resíduos em todos os dias?

11. Existe algum horário que se observa mais geração de resíduos sólidos?

12. Quem encaminha os resíduos ao ecoponto?

13. Quem é responsável por coletar o lixo do ecoponto? Quando são feitas as co- letas?

14. Quais os resíduos que são colocados dentro do ecoponto?

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APÊNDICE B – Entrevista de diagnose para técnicos e professores dos laboratórios 1. Durante as atividades escolares realizadas no laboratório, há geração de algum

tipo de resíduo sólido? Se sim, qual (is)?

2. Qual resíduo é gerado em maior quantidade?

3. O que é feito com o resíduo gerado? É armazenado em alguma lixeira tempo- rária, ou tem local específico para armazenar até ser descartado?

4. Quem faz o descarte desse tipo de resíduo?

5. Acontece alguma ação de reciclagem, caso seja possível?

6. Há alguma conscientização dos alunos por parte do professor quanto a geração desse resíduo?

7. O professor recebe alguma orientação da Instituição sobre Resíduos Sólidos?

Como armazenar? Como descartar? O que são resíduos sólidos?

8. Os projetos realizados pelos alunos do curso de informática e equipe de robó- tica, já são um projeto de reciclagem de resíduos eletrônicos? Como é feita a coleta desses resíduos para a confecção desses projetos?

9. A desmontagem desses resíduos (peças) é feita pelos alunos?

10. Quando não há o aproveitamento de todos os materiais, quem é o responsável pela destinação dos resíduos eletrônicos gerados?

11. Os alunos recebem alguma orientação em relação a importância da coleta, re- ciclagem e destinação final correta dos resíduos eletrônicos usados por eles?

12. Quais os tipos de resíduos eletrônicos que são gerados? Ex: Bateria? Peças de computador? Fios?

13. Onde se gera maior volume de resíduos eletrônicos, nos laboratórios ou equipe de robótica?

Referências

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