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M´arciaD’EliaBranco InferˆenciaBayesiana-Aula5-

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Academic year: 2022

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Inferˆ encia Bayesiana - Aula 5 -

M´arcia D’Elia Branco

Universidade de S˜ao Paulo Instituto de Matem´atica e Estat´ıstica

(2)

Estima¸c˜ ao Pontual

?Podemos usar a Moda (MAP) , a M´edia ou a Mediana da distribui¸c˜ao a posteriori.

1. A moda m0´e

argsupθ∈Θf(θ|x) =argsupθ∈Θ f(θ)f(x|θ) Isto ´e f(mo|x)≤f(θ|x),∀θ∈Θ.

Esta associada a fun¸c˜ao de perda zero-um.

Se f(θ)∝C ent˜ao mo= ˆθM V (e.m.v).

No entanto, em geral mon˜ao satisfaz a propriedade de invariˆancia como o e.m.v.

(3)

2. A m´edia ´e E[θ|x].

Esta associada a fun¸c˜ao de perda quadr´atica.

E mais apropriada quando a distribui¸´ c˜ao aa posteriori´e sim´etrica.

E bastante conveniente quando temos express˜´ oes fechadas envolvendo os parˆametros da posteriori para E[θ|x].

3. A medianamd´e tal que

P(θ≥md)≤1/2e P(θ≤md)≥1/2.

Esta associada a fun¸c˜ao de perda em valor absoluto.

Pode ser utilizada para distribui¸c˜oes sim´etricas e assim´etricas.

Usualmente n˜ao obtemos express˜oes fechadas pra esta medida.

Pode ser obtida via m´etodos de simula¸c˜ao de Monte Carlo.

(4)

Estima¸c˜ ao por regi˜ oes

Defini¸c˜ao 1: Uma regi˜ao R(x)´e uma regi˜ao de credibilidade γ paraθ se

Z

R(x)

f(θ|x)dθ =γ.

Defini¸c˜ao 2: R(x)´e uma regi˜ao de credibilidade γ(0< γ <1) com densidadea posteriorim´axima (HPD) se

R(x) ={θ:f(θ|x)≥Cγ} comCγ >0 a maior constante tal que

Z

R(x)

f(θ|x)dθ =γ.

(5)

A regi˜aoR(x) ´e a de menor volume entre as de mesma probabilidade. (Prova feita em sala)

Se a distribui¸c˜ao ´e sim´etrica, ent˜ao a regi˜ao de menor volume

´

e sim´etrica ou de caudas iguais.

Se θ´e cont´ınuo, unidimensional e a densidade ´e unimodal, ent˜ao o HPD ´e uma intervalo [a, b]. Outras formas de densidade podem gerar regi˜oes que s˜ao uni˜oes disjuntas de intervalos.

(6)

Estima¸c˜ ao por regi˜ oes

Exemplo 1: x amostra de X|θ∼U(0,θ)

f(θ|x) =b1cb11θ−(b1+1)Ind(c1,∞)(θ)

comb1 =b0+n ,c1=max(x(n), c0)e x(n)=max{x1, . . . , xn}.

HPD de probabilidadeγ ´e dado por

c1; c1

(1−γ)1/b1

.

(7)

Exemplo 2: x amostra de X|θ∼Exp(θ). Considere a distribui¸c˜aoa priori conjudadaGa(a, b), ent˜ao

f(θ|x)∝θa−1e−bθθne−θt onde

n

P

i=1

xi =t. Portanto,θ|x∼Ga(A, B) comA=a+n, B=b+t.

Comof(θ|x)´e unimodal a regi˜ao de credibilidade HPD ´e um intervalo(θi, θs) tal que

f(θi |x) =f(θs |x) ⇔ θiA−1e−BθiA−1s e−Bθs.

A obten¸c˜ao do intervalo requer a utiliza¸c˜ao de m´etodos num´ericos.

(8)

Estima¸c˜ ao por regi˜ oes

* O IC de caudas iguais ´e invariante por transforma¸c˜oes * De fato, sejamα= 2Bθ eµ= 1/θ ent˜ao

γ =P(θi < θ < θs) =P(2Bθi< α <2Bθs) =

=P(θ−1s < µ < θ−1i )

Logo,(2Bθi,2Bθs) e (1/θs,1/θI)s˜ao IC paraα e µ, respectivamente.

* O HPD n˜ao ´e, em geral, invariante por transforma¸c˜oes *

(9)

Comoθ|x∼Ga(A, B) ent˜aoα|x∼Ga(A,1/2)e µ|x∼GI(A, B). Assim,

h1(α|x)∝αA−1e−α/2, α >0, h2(µ|x)∝µ−(A+1)e−B/µ, µ >0.

Resulta que:

h1(2Bθi |x) =h1(2Bθs|x) Portanto(2Bθi,2Bθs)´e um HPD para α.

Por outro lado,

h2s−1|x)6=h2−1i |x) Portanto,(1/θs,1/θi)n˜ao ´e uma HPD para µ.

(10)

Teste de Hip´ oteses

H0 :θ∈Θ0 Vs H1 :θ∈Θ1 = Θ−Θ0 A chancea posterioriem favor deH0

O(H0, H1 |x) = P(H0|x) P(H1|x) Pode-se definir um processo de decis˜ao da forma:

O(H0, H1 |x)> k1 → aceita-seH0

O(H0, H1 |x)< k2 → rejeita-seH0

O fator de Bayes em favor deH0 ´e

BF01(x) = O(H0, H1 |x) O(H0, H1) em queO(H0, H1) = PP(H(H0)

1) ´e a chance a priori.

(11)

O logaritmo na base 10 do fator de Bayes ´e uma medida conhecida como peso da evidˆencia

log BF01(x) =log O(H0, H1 |x)−log O(H0, H1) Jeffreys prop˜oe a seguinte escala de evidˆencia em favor deH0: - Fraca selogBF01∈(0; 0.5)

- Substancial selogBF01∈(0.5; 1) - Forte selogBF01∈(1; 2)

- Decisiva selogBF01>2.

Note queBF10= [BF01]−1 .

(12)

Teste de Hip´ oteses

Note que

F B01(x) = f(x|H0)P(H0) f(x|H1)P(H1)

P(H1)

P(H0) = f(x|H0)

f(x|H1) = m0(x) m1(x) Em quemi(x)´e a distribui¸c˜ao preditivaa priori(ou marginal) sob Hi obtida por

mi(x) = Z

Θi

f(x|θ)hi(θ)dθ

sendohi(θ) = C1

ih(θ)IndΘi(θ) a distribui¸c˜ao a priorirestrita ao conjuntoΘi eCi = R

Θi

h(θ)dθ .

* De um modo geral o fator de Bayes depende da distribui¸c˜aoa prioriparah(θ).*

(13)

Exemplo 3: Num processo de produ¸c˜ao observou-se 2 pe¸cas fora de determinada especifica¸c˜ao de qualidade entre as 9 selecionadas aos acaso do processo. Considereθ propor¸c˜ao de pe¸cas na

produ¸c˜ao dentro das especifica¸c˜oes e a seguinte distribui¸c˜ao `a priori subjetivaθ∼Be(2,1). Avalie as chances de haver no m´aximo10% de pe¸cas fora das especifica¸c˜oes.

H0 :θ≥0.90 V s H1 :θ≤0.90

P(H0) =P(θ≥0.9) = 1−F(0.9) = 0.190 ondeF(x)´e a f.d.a. daBe(2,1).Neste caso,

O(H0, H1) = 0.19

0.81 = 0.235

EquivalentementeO(H1, H0) = 4.25(a chance a priori em favor deH1).

(14)

Teste de Hip´ oteses

A distribui¸c˜ao a posteriori´e dada porθ|x= 7∼Be(9,3)ent˜ao P(H0 |x= 7) = 1−F(0.90) = 0.0896e

O(H0, H1|x) = 0.098 EquivalentementeO(H1, H0|x) = 10.2.

Portanto, a posteriori a probabilidade deH1 ´e 10.2 vezes a probabilidade deH0.

Al´em disso, BF10(x) = 2.4.

Portanto, a chance em favor deH1 aumentou 2.4 vezes ap´os a observa¸c˜ao de x.

(15)

Considere um outro resultado amostral,x= 9. Neste caso, θ|x= 9∼Be(11,1).Ent˜ao,

P(H0 |x= 9) = 0.6861e O(H0, H1 |x) = 2.186.

Neste caso, nossa opini˜ao a posteriori muda de sentido, isto ´e, a probabilidade a posteriori deH0 ´e 2.186 vezes a de H1.

O fator de Bayes ´e dada por

B(x) = 2.186 0.235 = 9.3

Evidenciando que este dado ´e muito mais informativo que o primeiro.

(16)

Teste de Hip´ oteses

Exemplo 4: x1, x2, . . . , xn observa¸c˜oes de umaN(µ, σ2),com σ2 conhecida eh(µ)∝C. Portanto,

µ|x¯∼N(¯x, σ2/n).

Vamos testarH0 :µ≤µ0 contra H1 :µ > µ0 Temos que

P(H0 |x) =P(µ≤µ0 |x) = Φ

µ0−¯x σ/

n

e

O(H0, H1) = Φ

µ0−¯x σ/

n

1−Φ µ0−¯x

σ/ n

Observe que o n´ıvel descritivo do teste MP cl´assico ´e P( ¯X ≥x¯|µ0) = 1−Φ

x¯−µ0 σ/√

n

=P(H0 |x).

(17)

Sejamn= 4,x¯= 106, σ2= 400 eµ0 = 100. Ent˜ao, P(H0|x) = 0.274

Sob o ponto de vista cl´assico n˜ao rejeita-se H0. Mesmo que O(H1, H0|x) = 2.653

Portanto, a probabilidade deH1 ser verdadeira ´e 2.6 vezes a deH0.

(18)

Teste de Hip´ oteses

O Problema de Hip´oteses categ´oricas

Um problema importante surge quando as dimens˜oes de Θ0 e Θ1

n˜ao s˜ao concidentes. Por exemplo,

H0 :θ=θ0 Vs H1 :θ6=θ0

Se utilizarmos com distribui¸c˜ao a prioriuma f.d.p. h(θ), ent˜ao P(θ=θ0) = 0.

Poss´ıveis solu¸c˜oes:

1) Usar o argumento de que este problema n˜ao ´e realista, pois se a v.a. ´e cont´ınua deveriamos testar H0 :θ∈V0)contra

H1 :θ /∈V0), onde V0) ´e uma pequena regi˜ao contendoθ0. 2) Construir uma regi˜ao de credibilidade (HPD) paraθ e observar seθ0 pertence ou n˜ao a esta regi˜ao.

(19)

3) Considerar uma distribui¸c˜ao a priorimista para θ, tal que P(H0) =p0 e P(H1) = 1−p0 =p1.O ´ultimo valor de probabilidade ser´a distribu´ıdo pelos pontos em θ6=θ0 segundo uma densidadeh1(θ).

A distribui¸c˜ao a posterioriresulta em h(θ|x) =

( p0f(x|θf(x)0), θ=θ0

(1−p0)h1(θ)f(x|θ)f(x) , θ6=θ0 onde,

f(x) =p0f(x|θ0) + (1−p0)f1(x) e f1(x) =

Z

θ6=θ0

f(x|θ)h1(θ)dθ.

(20)

Teste de Hip´ oteses

Portanto,

P(H0 |x) =h(θ0 |x) =

1 +1−p0

p0

1 BF01(x)

−1

comBF01(x) = ff(x|θ0)

1(x) .

Exemplo 5: Um laborat´orio farmacˆeutico deseja avaliar a efic´acia de um novo medicamento relativamente ao existente no mercado.

Para tal considerou 10 pares de pacientes (sob condi¸c˜oes similares em rela¸c˜ao a outra vari´aveis de controle). Um elemento de cada par tomou o novo medicamento enquanto o outro tomou o antigo.

Observados os resultados verificou-se uma melhora relativa de 6 tratados com o novo medicamento e 4 tratados com o antigo.

Deseja-se saber se os medicamentos s˜ao igualmente eficientes.

(21)

X : n´umero de pares de pacientes que tiveram o melhor resultado com o medicamento novo.

θ: ´e a probabilidade do novo medicamento produzir um melhor resultado do que o antigo.

Hip´oteses: H0 :θ= 1/2 contraH1 :θ6= 1/2.

A distribui¸c˜ao a priori: Be(a, a) sim´etrica em torno de 1/2. Al´em disso, o analista crˆe que 97.5 % dos valores de θest˜ao entre 0.10 e 0.90. Com o uso destes percentis chegamos a uma distribui¸c˜ao Be(2,2)como uma priori raso´avel para θ.

Assumindop0 = 1/2, temos

f1(6) =C10,6Beta(8,6)/Beta(2,2) = 0.12e BF01(6) = 1.68 e O(H0, H1|x) = 0.63/0.37 = 1.7

Favorecendo a hip´oteseH0 de equivalˆencia entre os medicamentos.

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Teste de Hip´ oteses

Tabela 1: Fatores de Bayes e probabilidadesa posteriori Be(2,2) Be(1,1) Be(1/2, 1/2)

BF01(x) 1.68 2.26 3.32

P(θ= 1/2|x) 0.63 0.69 0.77 Evidˆencia 0.225 0.354 0.521

valor−P = 0.75 Be(1/2,1/2)´e a priori de Jeffreys.

Referências

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