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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

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Academic year: 2022

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Texto

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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Em defesa da dúvida

Numa época em que tantos parecem ter tanta certeza sobre tudo, vale a pena pensar no prestígio que a dúvida já teve. Nos diálogos de Platão, seu amigo Sócrates pulveriza a certeza absoluta de seus contendores abalando-a por meio de sucessivas perguntas, que os acabam convencendo da fragilidade de suas convicções. Séculos mais tarde, o filósofo Descartes ponderou que o maior estímulo para se instituir um método de conhecimento é considerar a presença desafiadora da dúvida, como um primeiro passo.

Lendo os jornais e revistas de hoje, assistindo na TV a entrevistas de personalidades, o que não falta são especialistas infalíveis em todos os assuntos, na política, na ciência, na economia, nas artes. Todos têm receitas imediatas e seguras para a solução de todos os problemas. A hesitação, a dúvida, o tempo para reflexão são interpretados como incompetência, passividade, absenteísmo. É como se a velocidade tecnológica, que dá o ritmo aos nossos novos hábitos, também ditasse a urgência de constituirmos nossas certezas.

A dúvida corresponde ao nosso direito de suspender a verdade ilusória das aparências e buscar a verdade funda daquilo que não aparece. Julgar um fato pelo que dele diz um jornal, avaliar um problema pelo ângulo estrito dos que nele estão envolvidos é submeter-se à força de valores já estabelecidos, que deixamos de investigar. A dúvida supõe a necessidade que tem a consciência de se afastar dos julgamentos já produzidos, permitindo-se, assim, o tempo necessário para o exame mais detido da matéria a ser analisada. A dúvida pode ser o primeiro passo para o caminho das afirmações que acabam sendo as mais seguras, porque mais refletidas e devidamente questionadas.

(Cássio da Silveira, inédito)

1. A valorização da dúvida se deve ao fato de que ela:

(A) constitui o meio pelo qual se empreende uma contestação ilusória de verdades dadas como irrefutáveis.

(B) vale-se astutamente de sua fragilidade como método para poder impor algumas verdades definitivas.

(C) permite abrir um caminho para o conhecimento ao questionar verdades dadas como absolutas.

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(D) contribui para a valorização de verdades pré-estabelecidas por métodos seguros de conhecimento.

(E) implica a tentativa de se chegar a um tipo de conhecimento cuja validade dispensa qualquer comprovação.

2. Diferentemente da maneira pela qual Sócrates e Descartes qualificavam a dúvida, o texto nos lembra que há:

(A) quem pulverize a certeza inabalável com que alguns afirmam seus pontos de vista, juízos e convicções.

(B) aqueles que já de saída se apresentam como especialistas infalíveis em temas da política, da ciência, das artes.

(C) aquele que se dispõe a se pronunciar sobre algum assunto depois de ter aberto várias hipóteses de abordagem.

(D) quem sempre suspenda a verdade das aparências, não se furtando a questioná-las antes de aceitá-las.

(E) quem se afaste de julgamentos definitivos para se deter sobre o que há de problemático numa matéria.

Texto

Embora o meu vocabulário seja voluntariamente pobre – uma espécie de Brasileiro Básico – a única leitura que jamais me cansa é a dos dicionários. Variados, sugestivos, atraentes, não são como os outros livros, que contam sempre a mesma estopada* do começo ao fim. Meu trato com eles é puramente desinteressado, um modo disperso de estar atento... E esse meu vício é, antes de tudo, inócuo para o leitor.

Na minha adolescência, todo e qualquer escritor se presumia de estilista, e isso, na época, significava riqueza vocabular... Imagine-se o mal que deve ter causado a autores novos e inocentes o grande estilista Coelho Neto: grande infanticida, isto é o que ele foi.

Orgulhávamo-nos, como das nossas riquezas naturais, da opulência verbal de Rui Barbosa. O seu fraco, ou o seu forte, eram os sinônimos. (...)

*aquilo que é maçante, enfadonho, aborrecedor.

(Adaptado de: QUINTANA, Mário. Dicionários. Caderno H. 7. ed. São Paulo: Globo, 1998, p.176)

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3. Do texto, pode-se depreender a contraposição feita entre:

(A) o período da adolescência, em que não se sabe ainda dar o devido valor às palavras, e a maturidade, em que se adquire a capacidade de reconhecer um grande escritor justamente por conta das palavras que ele emprega.

(B) a leitura desinteressada dos dicionários, que não tem reflexo imediato na produção escrita, e a procura de palavras difíceis e raras para conferir ao texto um estilo pomposo e supostamente mais nobre.

(C) um vício inocente, como a leitura de dicionários para passar o tempo, e vícios que podem ser transmitidos dos adultos para as crianças, levando-as ao uso de substâncias que causam dependência e podem mesmo levá-las à morte.

(D) a leitura de livros que contam sempre a mesma história maçante e a leitura de livros que, devido ao vocabulário variado e sugestivo, podem ser ao mesmo tempo interessantes e tão importantes para o aprendizado como a leitura dos dicionários.

(E) a influência prejudicial de Coelho Neto sobre os novos escritores, ainda que fosse considerado um grande estilista, e o grande exemplo de Rui Barbosa, cuja expressão era tão rica como a nossa natureza.

MONTE CASTELO

Ainda que eu falasse a língua dos homens E falasse a língua dos anjos

Sem amor eu nada seria

É só o amor, é só o amor Que conhece o que é verdade O amor é bom, não quer o mal Não sente inveja ou se envaidece

O amor é o fogo que arde sem se ver É ferida que dói e não se sente

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É um contentamento descontente É dor que desatina sem doer

Ainda que eu falasse a língua dos homens E falasse a língua dos anjos

Sem amor eu nada seria

É um não querer mais que bem querer É solitário andar por entre a gente É um não contentar-se de contente É cuidar que se ganha em se perder

É um estar-se preso por vontade É servir a quem vence, o vencedor

É um ter com quem nos mata a lealdade Tão contrário a si é o mesmo amor

Estou acordado e todos dormem Todos dormem, todos dormem Agora vejo em parte

Mas então veremos face a face

É só o amor, é só o amor Que conhece o que é verdade

Ainda que eu falasse a língua dos homens E falasse a língua do anjos

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Sem amor eu nada seria.

Composição: Renato Russo.

4 – Caracteriza o amor, segundo a letra da música:

a) Um sentimento de lealdade.

b) O conhecimento da falsidade.

c) A presença da maldade.

d) Um sentimento alheio à solidariedade.

e) Sensações e sentimentos contraditórios.

5 – É correto afirmar que, no texto, a função da linguagem que predomina denomina- se:

a) Referencial;

b) Emotiva;

c) Conativa;

d) Fática;

e) Metalinguística.

6 - Analisando a letra da música Monte Castelo, pode-se afirmar que a figura de linguagem predominante é:

a) Metonímia.

b) Paradoxo.

c) Antítese.

d) Prosopopeia.

e) Hipérbole.

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7 - “João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909. Em 1925, o famoso antropólogo Kurt Nimuendaju tentou encontrar Miracanguera, mas a ilha já tinha sido tragada pelas águas do rio Amazonas. Arqueólogos americanos também vasculharam áreas arqueológicas da Amazônia, inclusive no Equador, Peru e Guiana Francesa, no final dos anos de 1940. Como não conseguiram achar Miracanguera, “decidiram" que a descoberta do brasileiro tinha sido “apenas uma subtradição de agricultores andinos.".

Mantendo-se o sentido original, na frase Como não conseguiram achar Miracanguera...

(5o parágrafo), o elemento sublinhado pode ser corretamente substituído por:

a) De modo que b) Uma vez que c) Por mais que d) Conforme e) Ainda que

A morte e a morte do poeta

Ao ler o seu necrológio no jornal outro dia, o pianista Marcos Resende primeiro tratou de verificar que estava vivo, bem vivo. Em seguida gravou uma mensagem na sua secretária eletrônica: “Hoje é 27 e eu não morri. Não posso atender porque estou na outra linha dando a mesma explicação”. Quando li esta nota, me lembrei de como tudo neste mundo caminha cada vez mais depressa. Em 1862, chegou aqui a notícia da morte de Gonçalves Dias.

O poeta estava a bordo do Grand Condé havia cinquenta e cinco dias. O brigue chegou a Marselha com um morto a bordo.

À falta de lazareto, o navio estava obrigado à caceteação da quarentena. Gonçalves Dias tinha ido se tratar na Europa e logo se concluiu que era ele o morto. A notícia chegou ao Instituto Histórico durante uma sessão presidida por d. Pedro II. Suspensa a sessão, começaram as homenagens ao que era tido e havido como o maior poeta do Brasil. Suspeitar que podia ser mentira? Impossível. O imperador, em pleno Instituto Histórico, só podia ser verdade. Ofícios fúnebres solenes foram celebrados na Corte e na província. Vinte e cinco nênias saíram publicadas de estalo. Joaquim Serra, Juvenal Galeno e Bernardo Guimarães debulharam lágrimas de esguicho, quentes e sinceras. O grande poeta! O grande amigo! Que trágica perda!

As comunicações se arrastavam a passo de cágado. Mal se começava a aliviar o luto fechado, dois meses depois chegou o desmentido: morreu, uma vírgula! Vivinho da silva. A

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carta vinha escrita pela mão do próprio poeta: “É mentira! Não morri, nem morro, nem hei de morrer nunca mais!” Entre exclamações, citou Horácio: “Não morrerei de todo.” Todavia, morreu, claro. E morreu num naufrágio, vejam a coincidência. Em 1864, trancado na sua cabine do Ville de Boulogne, à vista da costa do Maranhão. Seu corpo não foi encontrado.

Terá sido devorado pelos tubarões. Mas o poeta, este de fato não morreu.

(Adaptado de: RESENDE, Otto Lara. Bom dia para nascer. São Paulo: Cia das Letras, 2011, p.107-8)

8. No texto, o autor contrapõe fundamentalmente:

A) as boas condições do porto de Marselha, em território francês, às péssimas condições do porto brasileiro localizado no Maranhão, perto do qual o navio Ville de Boulogne acabou por naufragar.

B) a demora com que a notícia da suposta morte de Gonçalves Dias, no século XIX, pôde ser contestada pelo poeta à rapidez com que o pianista Marcos Resende, contemporâneo do cronista, pôde contestar a própria morte.

C) a comoção com que foi recebida a notícia da suposta morte do poeta Gonçalves Dias à indiferença com que se recebeu a notícia da morte do pianista Marcos Resende, buscando- se esclarecê-la com um simples telefonema.

D) a resistência do navio Grand Condé, onde Gonçalves Dias pôde permanecer em segurança por mais de cinquenta dias, à fragilidade do Ville de Boulogne, que levou pouco tempo para naufragar na costa do Maranhão.

E) a banalização das notícias em seu próprio tempo, mesmo as mais trágicas, à solenidade com que eram dadas no século XIX, muitas vezes em sessões no Instituto Histórico, com a eventual presença do próprio Imperador.

9. De acordo com o texto, a falsa notícia da morte de Gonçalves Dias teria se originado de uma conjunção de acontecimentos que incluem:

A) a morte de um passageiro no navio em que ele viajava, a impossibilidade dos passageiros do navio cumprirem o período de quarentena em terra e a motivação da viagem do poeta para a Europa.

B) a inexistência de lazareto no Grand Condé, a motivação da viagem do poeta para a Europa e as falhas de comunicação entre o navio e o porto de Marselha.

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C) a impossibilidade dos passageiros do navio cumprirem o período de quarentena em terra, a presença do Imperador no Instituto Histórico e as homenagens feitas no Brasil ao grande poeta.

D) a morte de um passageiro no navio em que ele viajava, a motivação da viagem do poeta para a Europa e as falhas de comunicação entre o navio e o porto de Marselha.

E) a inexistência de lazareto no Grand Condé, a morte de um passageiro no navio e as homenagens feitas no Brasil ao grande poeta.

10. Fiquei com medo da canoa e apavorado com o rio. Só mais tarde é que voltaria ele a ser para mim mestre de vida.

A canoa foi descendo de rio abaixo aos arrancos da água. Não havia força que pudesse contê- la.

Nas grandes secas o povo comia aruá que tinha gosto de lama.

Nas frases acima, os pronomes sublinhados referem-se respectivamente a:

(A) rio − canoa − aruá

(B) Zé Guedes − água − aruá (C) rio − correnteza − povo (D) Zé Guedes − canoa − povo (E) Zé Guedes − correnteza – aruá

11. As virtudes e os perfumes são da natureza; _____ duram pouco e _____ perduram por longo tempo, mas ambos perdem a essência quando expostos. As formas dos demonstrativos que preenchem corretamente as lacunas são:

(A) estes / aqueles.

(B) aqueles / estes.

(C) esses / aqueles.

(D) estes / aquelas.

(E) esses / aquelas.

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12. O pesquisador e médico sanitarista Luiz Hildebrando Pereira da Silva tornou-se professor titular de parasitologia em 1997, assumindo a direção dos programas de pesquisa em Rondônia − numa das frentes avançadas da USP na Amazônia −, que reduziram o percentual de registros de malária em Rondônia de 40% para 7% do total de casos da doença na região amazônica em uma década. (Adaptado de:

revistapesquisa.fapesp.br/2014/10/09/o-cientista-das-doencas-tropicais).

O elemento que justifica a flexão do verbo acima é:

(A) casos da doença.

(B) frentes avançadas da USP na Amazônia.

(C) registros de malária.

(D) programas de pesquisa em Rondônia.

(E) investigações sobre a malária em Rondônia.

Fragmentos de texto

Mas também se produzem modos de apropriação dos lugares. A indústria do turismo produz um modo de estar em Nova York, Paris, Roma, Buenos Aires... É evidente que não se pode dizer que essas cidades sejam simulacros, pois é claro que não o são; entretanto, o pacote turístico ignora a identidade do lugar, sua história e modo de vida, banalizando-os.

(...)

Essa rapidez impede que os olhos desfrutem da paisagem. Passa-se em segundos por séculos de civilização, faz-se tábula rasa da história de gerações que se inscrevem no tempo e no espaço. Num autêntico tour de force consentido, pouco espaço é destinado à criatividade.

Por sua vez, o turista vê sufocar um desejo que nem se esboçou, o de experimentar.

13. ... pois é claro que não o são...

... banalizando-os.

... que se inscrevem no tempo e no espaço.

Os elementos sublinhados acima referem-se, respectivamente, a:

(A) simulacros − a identidade do lugar, sua história e modo de vida − gerações (B) pacote turístico − modo de vida − tábula rasa

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(C) cidades − os pacotes turísticos − gerações (D) simulacros − os pacotes turísticos − história

(E) pacote turístico − a identidade do lugar, sua história e modo de vida − tábula rasa.

14. Victor fracassou porque cedeu a uma predisposição da natureza humana…

O elemento grifado na frase acima tem o mesmo sentido de:

a) ainda que.

b) conquanto.

c) enquanto.

d) embora.

e) uma vez que.

15. Fragmento do texto: Os autores da obra sobre Trump estão cientes da norma. Ela é objeto de longo debate na parte dois do livro. O que alegam é que, por vezes, a obrigação do médico de alertar a comunidade para riscos que ela corre prevalece sobre a privacidade. Se o médico desconfia de que seu paciente psicótico planeja assassinar alguém, precisa alertar a vítima potencial, mesmo que isso implique violação do sigilo profissional.

Na frase do parágrafo do texto “... mesmo que isso implique violação do sigilo profissional.”, o termo em destaque refere-se:

(A) ao conhecimento da norma pelos autores da obra.

(B) ao longo debate na parte dois do livro.

(C) à colocação da privacidade em primeiro plano.

(D) à desconfiança do médico quanto à intenção do paciente.

(E) à atitude de alertar a vítima em potencial.

Borboletas

Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.

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As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as delas.

Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.

As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.

Com o tempo, você vai percebendo que, para ser feliz com a outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem gosta de você.

O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

16. Segundo o Texto, a relação afetiva deve caracterizar-se, fundamentalmente, pela(o):

(A) busca (B) carência

(C) compartilhamento (D) indiferença

(E) insistência

17. Segundo as ideias do Texto, projetar no outro nossas ansiedades torna-nos:

(A) condescendentes para com os outros (B) vulneráveis a possíveis insucessos

(C) seguros quanto à consecução do objetivo

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(D) indiferentes a quaisquer consequências (E) mais resistentes aos obstáculos

18. Segundo as ideias do Texto, a felicidade de duas pessoas marca-se pelo (a):

(A) dedicação incondicional de uma delas à outra (B) desnecessidade existente em ambas

(C) capacidade de uma controlar a relação (D) submissão de uma à outra

(E) empenho mútuo de uma subjugar a outra

O futuro do trabalho

Esqueça os escritórios, os salários fixos e a aposentadoria. Em 2030, você trabalhará em casa, seu chefe terá menos de 30 anos e será uma mulher.

Admita: você também não gosta de trabalhar. Passar o dia inteiro sob luzes fluorescentes, tomando café ruim, sentado em uma cadeira desconfortável e usando um computador velho certamente não faz parte do seu sonho de infância. Admita. E não se sinta culpado. Nossos ancestrais – que nem conheciam as torturas de um escritório – também não eram muito chegados a essa história de trabalho.

Para gregos e romanos, colocar a mão na massa era considerado tarefa das classes inferiores e escravos. Domenico de Masi, professor de Sociologia do Trabalho na Universidade La Sapienza de Roma e autor do livro O Ócio Criativo, que defende uma abordagem mais lúdica do trabalho, apontou um ponto de convergência em todas as religiões: em nenhuma delas se trabalha no Paraíso. "Tenha o Paraíso sido criado por Deus, tenha sido inventado pelos homens, se o trabalho fosse um valor positivo, no Paraíso se trabalharia", afirma. Ou seja, alguma coisa está errada, e não é de hoje.

Felizmente, nunca houve tantas ferramentas disponíveis para mudar o modo como trabalhamos e, consequentemente, como vivemos. E as transformações estão acontecendo.

A crise despedaçou companhias gigantes tidas até então como modelos de administração.

Em vez de grandes conglomerados, o futuro será povoado de empresas menores reunidas em torno de projetos em comum. Os próximos anos também vão consolidar mudanças que vêm acontecendo há algum tempo: a busca pela qualidade de vida, a preocupação com o

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meio ambiente, e a vontade de nos realizarmos como pessoas também em nossos trabalhos.

"Falamos tanto em desperdício de recursos naturais e energia, mas e quanto ao desperdício de talentos?", diz o filósofo e ensaísta suíço Alain de Botton em seu novo livro The Pleasures and Sorrows of Works

19. “Esqueça os escritórios, os salários fixos e a aposentadoria. Em 2030, você trabalhará em casa, seu chefe terá menos de 30 anos e será uma mulher.”

O fragmento parece se dirigir diretamente ao leitor do texto. Gramaticalmente, só NÃO contribui para produzir esse efeito:

A) o modo verbal de “Esqueça”.

B) a pessoa do discurso a que se refere à forma verbal “Esqueça”.

C) a presença de um pronome de tratamento.

D) a presença de um pronome possessivo com referência extratextual.

E) o artigo indefinido “uma”.

20. Em “Dias atrás, ao listar meus 10 filmes favoritos, percebi ele que vinha em terceiro, atrás de O último tango em Paris e Texas....”, a oração destacada expressa:

(A) condição.

(B) causa.

(C) concessão.

(D) tempo (E) proporção.

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Gabarito:

1.c 11.d 2.b 12.d 3.b 13.a 4.e 14.e 5.b 15.e 6.b 16.c 7.b 17.b 8.b 18.b 9.a 19.e 10.a 20.d

Referências

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