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1. RESUMO 2. INTRODUÇÃO

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Academic year: 2022

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1. RESUMO

Por conta da pandemia do vírus COVID-19 as informações sobre a nutrição, que objetivam orientar a população sobre o consumo de suplementos e alimentos no combate ou prevenção da doença, acabam ganhando muita repercussão. A alimentação é um componente essencial no desenvolvimento e na saúde humana. Se for equilibrada e saudável está relacionada, dentre outras coisas, ao crescimento adequado na infância, melhor resposta imune, menor risco de desenvolvimento de doenças, e a uma expectativa de vida maior. Portanto, este trabalho objetiva estudar quais as alterações que os idosos tiveram e tem na alimentação e higiene alimentar por conta da pandemia. Para isto o projeto foi aprovado junto ao Comitê de Ética e Pesquisa e atualmente um questionário para idosos a partir dos 60 anos, enfocando as questões objetivadas no estudo, está sendo aplicado utilizando as redes sociais para atingir os alvos. Após a análise dos dados os resultados parciais são 52,6% dos participantes relatam mudanças nutricionais. Com relação ao aumento no consumo de alimentos ricos em vitaminas C, D e A 78,9%, 52,6% e 52,6%, respectivamente, relataram que o fizeram. Além disso, 21,1% relataram o aumento no consumo de suplementos. 52,6% dos participantes apresentaram dificuldade para dormir e 73,7%

se sentem mais cansados. Das alterações corporais sentidas, após o início da pandemia, 57,9% ganharam peso, 10,5% perderam peso. A partir dos resultados encontrado, verifica-se a importância do controle alimentar adequado e da importância das orientações de nutricionistas para que sinais e sintomas decorrentes da pandemia possam ser evitados, principalmente na população idosa que necessita de mais atenção na questão alimentar.

2. INTRODUÇÃO

Em março de 2020 foi declarado pelo Ministério da Saúde brasileiro situação de transmissão comunitário do vírus COVID-19 em todo o país. Por conta desta situação, as informações sobre a nutrição, que objetivam orientar a população sobre o consumo de suplementos e alimentos no combate ou prevenção da doença, acabam ganhando muita repercussão (CFN, 2020). O vírus podia ser fatal para qualquer um porém, dentre as pessoas que corriam mais risco, estavam a população idosa. Logo após o país se notificar do que acontecia algumas medidas drásticas tiveram de ser feitas.

Todos os cidadãos então, fizeram quarentena e com o tempo foram se adaptando ao

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novo estilo de vida. Não há qualquer comprovação cientifica a respeito do uso de alimentos ou suplementos alimentares para prevenção (BRASIL, 2020; WATKINS, 2020).

Com relação à importância da alimentação no sistema imune já se tem a comprovação científica que alguns nutrientes como vitamina A, C, ferro, zinco e selênio podem atuar auxiliando-o (MAGGINI et al., 2018; CFN, 2020; DUTRA et al., 2020). É necessário que se tenha um estilo de vida saudável, com uma dieta balanceada, prática de atividade física e bons hábitos relacionados a saúde como um todo (KHAN et al., 2020). Com objetivo de melhorar a imunidade, e consequentemente, minimizar os efeitos do coronavírus no organismo, a ideia de fazer uso de suplementos alimentares vem sendo amplamente divulgada nas redes sociais e veículos de massa, em sua maioria por pessoas leigas e sem nenhum embasamento científico (CFN, 2020).

Outra questão, ligada ao acesso e preparo de refeições, é a possibilidade de contaminação mediante o contato com superfícies inanimadas. Pesquisas revelam que plástico, metal, vidro e papel podem ser veículos de contaminação por coronavírus (KAMPF et al., 2020). Dessa forma, embalagens de alimentos devem ser higienizadas com água e sabão, ou aplicar álcool 70% ou solução de hipoclorito de sódio 0,1% (KAMPF et al., 2020), conforme disponibilidade no domicílio. Em relação aos alimentos, o uso das boas práticas de higiene já consagradas é necessário, isto porque considerando-se a distribuição dos surtos de doenças de origem alimentar, observa-se que o maior percentual acontece nas residências (BRASIL, 2018). Os alimentos devem passar pelo processo de cocção adequada (atingindo 70ºC em todas as suas partes), e aqueles consumidos crus devem ser previamente lavados e sanitizados (CFN, 2020a) com solução de hipoclorito de sódio 0,1% e, posteriormente, enxaguados com água potável.

3. OBJETIVO

Identificar os hábitos alimentares e de higiene dos alimentos da população idosa e analisar quais mudanças adquiridas com o início da pandemia do COVID -19.

4. METODOLOGIA

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Está sendo realizada uma pesquisa quantitativa e de natureza descritiva para o levantamento de dados sobre as mudanças de comportamento nutricional dos idosos devido a pandemia do COVID-19. Foi solicitada aprovação do Comitê de Ética da Instituição, conforme às exigências da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CAAE: 45826921.0.0000.5514). A população do estudo será constituída por pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.

5. DESENVOLVIMENTO

A coleta de dados é realizada mediante preenchimento de um questionário online, utilizando o google formulário, que contém variáveis como idade, estado civil, mudança no comportamento alimentar depois do início da pandemia, mudança no comportamento na higiene dos alimentos após a compra depois do início da pandemia, sendo que o questionário será aplicado no ambiente virtual e terá tempo estimado de resposta de 20 minutos, no máximo. Os pesquisadores estão utilizando as redes sociais para tentar atingir o máximo de participantes.

6. RESULTADOS PRELIMINARES

Até o presente momento teve-se a participação de 19 pessoas idosas. Destas 61,1%

tem idade de 71 anos ou mais, 27,8% de 60 a 65 anos e 11,1% de 66 a 70 anos, sendo que 89,5% são do sexo feminino.

Quando questionados sobre mudanças nutricionais durante a pandemia 52,6% dos participantes relatam que alteraram, sendo que 89,5% informam ter recebido informações que os alimentos ajudam a melhorar a saúde, sendo que 47,1% relatam que a fonte destas informações são amigos e parentes.

Quando questionados sobre os alimentos o questionário aplicado direcionava para alguns micronutrientes como a vitamina C e 78,9% dos participantes aumentaram a ingestão durante a pandemia. 52,6% aumentaram a ingesta de vitamina D e vitamina A. Foi questionado também sobre o lipídeo insaturado, no caso o ômega 3, e neste caso 31,6% aumentaram a ingesta de alimentos ricos neste lipídeo, neste caso a Organização Mundial da Saúde recomenda a ingestão de pelo menos duas porções

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por semana de peixes ricos nestes ácidos graxos insaturados, como o salmão selvagem, a cavala, a sardinha, a anchova ou o atum.

O uso de suplementar alimentar é recorrente em idosos, portanto foi questionado se durante a pandemia aumentaram o consumo dele e 21,1% relataram aumentar, sendo que destes 50% o fizeram por indicação de nutricionista e médico e os outros 50% o fizeram por conta própria. Quando analisado quais eram estes suplementos alimentar verificou-se a presença de suplementos como Nutren® e Sustagen® (40%), ômega-3 (40%), poli-vitamínicos (10%), e aminoácidos (10%).

Com relação a produtos enlatados, somente 15,8% dos participantes relataram ter aumentado o consumo após o início da pandemia e 21,1% aumentaram o consumo de comida de restaurantes. Porém, com relação ao aumento no consumo de carboidrato 57,9% relatam ter aumentado.

Após o início da pandemia 21,1% dos participantes aumentaram a quantidade de exercícios físicos praticados, 52,6% apresentaram dificuldade para dormir e 73,7% se sentem mais cansados. Das alterações corporais sentidas, após o início da pandemia, os mais citados foram ganho de peso (57,9%), perda de peso (10,5%), queda de cabelo (31,6%), unhas fracas (42,1%), sendo que estes dois últimos sintomas podem ser recorrentes de falta de nutrientes e estresse.

Com relação a cuidados de higiene alimentar 68,4% dos participantes aumentaram este cuidado, sendo a utilização de água e sabão e álcool os mais citados na higienização dos alimentos.

7. FONTES CONSULTADAS

BRASIL. Ministério da Saúde. O que é coronavírus? (COVID-19). 2020. Disponível em: https://coronavirus.saude.gov.br. Acesso em: 23 de fevereiro de 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Surtos de doenças transmitidas por alimentos no

Brasil. 2018 Disponível em:

https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/17/Apresentacao- Surtos-DTA-2018.pdf Acesso em 27 de fevereiro 2021.

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CFN. Conselho Federal de Nutricionistas. Nota Oficial: Orientações à população e para os nutricionistas sobre o novo coronavírus. 2020. Disponível em:

https://www.cfn.org.br/index.php/destaques/19913/. Acesso em: 24 de fevereiro de 2021.

CFN. Conselho Federal de Nutricionistas. Recomendações do CFN: boas práticas para atuação do nutricionista e do técnico em nutrição e dietética durante a pandemia de corona-vírus. 2020a. Disponível em: https://www.cfn.org.br/wp- content/uploads/2020/03/nota_coronavirus_3-1.pdf. Acesso em: 27 de fevereiro de 2021

DUTRA, AFFO; et al. A importância da alimentação saudável e estado nutricional adequado frente a pandemia de Covid-19. Brazilian Journal of Development. 6(9):

66464-66473, 2020.

KAMPF, G; et al. Persistence of coronaviruses on inanimate surfaces and their inactivation with biocidal agents. Journal of Hospital Infection. 104:246-51, 2020.

KHAN, SU; et al. Effects of nutritional supplements and dietary interventions on cardiovascular outcomes: an umbrella review and evidence map. Annals of internal medicine. 171(3): 190-198, 2019.

MAGGINI, S; et al. Immune function and micronutrient requirements change over the life course. Nutrients. 10(10): 1531, 2018.

WATKINS, J. Preventing a covid-19 pandemic. BMJ. 368:m810, 2020.

Referências

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