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O grave problema do nosso lixo

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ANO I - Nº 1 - 5 DE DEZEMBRO DE 2009 DIRETOR-PRESIDENTE: SAMUEL FERREIRA DOS SANTOS DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

O grave problema do nosso lixo

Samuel Ferreira

Além do problema da falta de local sufi- ciente para a destina- ção do lixo urbano, as cidades sofrem com a falta de edu- cação ambiental de seu povo.

Parte da popula- ção prefere jogar lixos e detritos em córregos, rios, calça- das e vias públicas, ao invés de deposi- tar esses materiais em cestos de lixo ou outro local apropria- do.

A equipe de repor- tagem do jornal Mí- dia Ambiental saiu às ruas e constatou de perto esse com- portamento anti-hi- giênico.

Página 3 Prejuízo ao meio ambiente: cada vez mais povo joga lixo em ruas, rios e terrenos baldios

Catadores realizam a 1ª feira Expocatadores 2009

Lula observa máquina que transforma PET em fios

Catadores organi-

zados, ligados ao Mo- vimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), realizaram, pela pri- meira vez, uma gran- de feira tecnológica do setor, além de um encontro internacio- nal com a participação de catadores de todos os Estados brasileiros, América Latina e Cari- be, os quais trocaram experiências. Pág. 7

CRIME ANIMAL

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PROJETO

CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL

Ricardo Stuckert

Bagaço de cana é usado como adubo orgânico

Samuel Ferreira

Um bom exemplo de conscientização ambiental é dado pelo aposentado Carmo Pereira Gomes, que percorre a cidade em

Gomes dá várias viagens em busca do bagaço da cana

busca de bagaços de cana jogados fora por garapeiros. Ele utili- za o material para a preparação de adubo orgânico. Pág. 4

Fibra de bananeira vira artesanato para comercialização

Moradores de baixa renda criam artesana- to com fibra da bana- neira e comercializam em escala industrial. O grupo de artesãos saiu do anonimato para se tornar exemplo de em- preendedorismo 100%

sustentável. O grupo, formado por pessoas de baixa renda e sem tra- balho fixo, inaugurou em Rio Grande da Serra a sede da Associação Fibras da Serra, projeto de responsabilidade so- cioambiental e econo- mia solidária. Pág. 6

Chuva causa estragos e transtorno na região

Samuel Ferreira

As fortes chuvas que caíram nos últi- mos dias causaram es- tragos e grande trans- torno à população. A maioria das ruas das

Estrago: Rua São José, na Água Vermelha, em Poá

cidades apresenta bu- racos em toda sua ex- tensão. Em São Paulo, deslizamento de ter- ras provocou mortes e destruição. Pág.3

Polícia acaba com abatedouro de cães em casa de Suzano

Duas pessoas foram presas sob suspeita de manter um abatedouro de cães no bairro Mi- guel Badra, em Suzano.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a carne dos animais era vendida para restauran- tes coreanos em São Paulo. Os animais eram- presos para engorda e depois mortos. Pág. 4 Carne guardada em frizer

CALAMIDADE

NOVO PROJETO

Após muitos anos estu- dando o tema, o jornalis- ta Samuel Ferreira lança o jornal Mídia Ambiental, produto que classifica como mais um sonho profissional realizado.

Amazônia

A floresta amazônica de- verá sofrer uma perigosa diminuição de sua área até o fim deste século, devido ao aumento da frequência de seca nas suas regiões Sul e Oeste. Pág. 8

Ecoturismo

Salesópolis e Guararema ofe- recem ótimas programações para a prática de turismo ecológico, além de outras atrações naturais. Pág. 5

Saúde

Importante alimento do povo amazonense, além de ser apreciado em vários Estados, o açaí detém propriedades benéficas à saúde. Pág. 8

Mel: um importante alimento natural Pág. 8

Opinião...02

Cidades...03

Cidades...04

Cidades...05

Cidades...06

Geral...07

Geral...08

Cultura & Lazer...09

Classiambiental...10

Classiambiental...11

Social...12

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Palavra do Leitor

“Esse espaço é destinado aos leitores que desejarem externar críticas, elogios, sugestões e reclamações por meio desse veículo de comunicação. Basta enviar cartas para a redação ou e-mail do jornal, não es- quecendo de mencionar o nome completo, a função, o endereço e o número do Registro Geral (RG)”.

Direito de expressão

Equipe de Redação do jornal Mídia Ambiental

“Parabéns aos idealizadores do jornal Mídia Ambiental, um veículo de comunicação que, antes mesmo de ser lan- çado, já provocava grande expectativa e entusiasmo aos admiradores do tema. Que esse periódico seja realmente o porta-voz de uma socieda- de responsável e um fator de conscientização ambiental junto aos vários protagonis- tas sociais”.

O jornal que faltava

Flávio Aquino, 28, Repórter Fotográfico - Poá

Editorial

Graças a Deus, o so- nho da criação do jor- nal Mídia Ambiental se torna realidade após um cuidadoso trabalho de pesquisa sobre o meio ambiente na região do Alto Tietê que, final- mente, acaba de ganhar um jornal voltado intei- ramente ao tema e seus derivados.

Dessa forma, estu- dantes, profissionais, ambientalistas, pesquisa- dores, políticos, donas- de-casa, aposentados, comerciantes e empre- sários poderão acompa- nhar de perto todos os acontecimentos relacio- nados ao tema.

Sabemos que para a conscientização global a respeito da causa am- biental nada melhor que

Semeando em terra fértil

“As pessoas saem com bolsa e sacola mas não colocam o lixo dentro da sacola, jogan- do-o no chão. Futuramente, tudo ficará mais difícil, pois, isso pode provocar enchen- tes, mortes e muitas outras coisas. A preservação do meio ambiente pelas pessoas contribui com a vida futura de seus filhos”.

Falta de educação!

Ana Paula dos Santos, 19, Auxiliar de Cobrança - Poá

Fundado em 05/12/2009 - O jornal Mídia Ambiental é uma publicação do Grupo Ferreira & Gomes de Comunicação

Redação, Administração e Publicidade:

Av. Antônio Massa, 355 - 1º Andar - Sala 4 Poá - SP - CEP 08550-350 - Tel.: 4746-1949 e-mail: midiaambiental@yahoo.com.br

Edição Mensal - Circulação em todas as cidades do Alto Tietê - Tiragem: 10 mil exemplares

Diretor-Presidente: Samuel Ferreira dos Santos Diretora Financeira: Sueli Gomes Ferreira dos Santos

Editor-Chefe e Jornalista Responsável: Samuel Ferreira (Mtb 43.391) Diretor Comercial: Gilberto Gaspar de Lima

Consultor Comercial: Paulo Gilberto Maranhão Assistente de Arte: Renato dos Santos Maranhão

Projeto Gráfico: Ferreira & Gomes - Assessoria de Comunicação

As informações emitidas nos artigos de opinião não refletem, necessariamente, a posição desse veículo de comunicação.

Frases

“Se fosse em outros tem- pos eu estaria aqui pe- dindo outra coisa ao in- vés de café”

Presidente Lula, ao tomar um café durante visita a uma lan- chonete da Expocatadores 2009

COLETA SELETIVA Parabéns aos organi-

zadores da 1ª Expoca- tadores 2009, feira e congresso que reuniu quase 2.000 catadores de materiais recicláveis do Brasil, América La- tina e Caribe, além de milhares de visitantes.

O presidente Lula foi o convidado de honra!

CATADORES & LULA

A cooperativa Cruma desenvolve o progra- ma de Coleta Seletiva Solidária em alguns bairros de Poá, onde famílias cadastradas separam todo o lixo re- ciclável para ser entre- gue aos catadores em dias pré-determinados da semana. Boa ação!

Uma área de proteção ambiental em Nova Poá não foi devida- mente protegida por representantes da pre- feitura de Poá, cujos caminhões despeja- ram entulho e lixo no local. Árvores da área também foram corta- das. Péssima ação!

AÇÃO AMBIENTAL?

Presente ao evento, o prefeito Gilberto Kas- sab foi vaiado pelos catadores, os quais alegam que o chefe do Executivo paulista não oferece a devida aten- ção que os catadores organizados da capital e entorno merecem!

Ficou feio para ele...

KASSAB VAIADO

Neste mês, o jornal Mídia Ambiental pro- moverá o “Natal Am- biental”, com distri- buição de presentes e realização de palestras educativas sobre meio ambiente às crianças de instituições assis- tenciais de Poá e de- mais cidades da região.

SOCIOAMBIENTAL

Lamentável o caso do abatedouro clandes- tino de cães em uma residência no bairro Miguel Badra, em Su- zano, onde a carne era vendida a restaurantes coreanos. Que todos os responsáveis sejam punidos e não apenas o casal preso no local.

CARNE DE CÃES

OPINIÃO

O P I N I Ã O

2 Mídia Ambiental

05 de Dezembro de 2009

Minha Opinião

Por Samuel Ferreira

Sucesso

“Samuel, estou muito feliz por você. Tenho certeza que o jor- nal Mídia Ambiental será um grande sucesso!”

Maguinilson de Oliveira Sil- va,17, estudante

Ricardo Stuckert-PR

Na Expocatador 2009, Lula ‘varre’ chão com vassoura cujas cerdas são feitas de garrafa PET

GRIPE SUÍNA

Catadores da Coope- rativa de Reciclagem Unidos pelo Meio Am- biente (Cruma), de Poá, também estive- ram no evento, que foi organizado pelo Mo- vimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), do qual a Cruma faz parte.

PRESENÇA DA CRUMA

Em início de manda- to, o prefeito Testinha disse à imprensa que iria incentivar a popu- lação a colaborar com a Cruma, oferecendo isenção do pagamen- to da taxa de lixo às famílias que aderirem ao programa de Coleta Seletiva. Aguardamos!

ISENÇÃO DA TAXA

Uma notificação da Cetesb havia dado um prazo de 30 dias para que a prefeitura de Poá retirasse todo o entu- lho jogado no local.

Graças às denúncias de moradores à Cetesb e à Polícia Ambiental, a ação clandestina foi descoberta. Senão...

RETIRADA DE LIXO

o trabalho divulgador da imprensa, seja ela escrita, falada, via internet ou te- levisionada, uma vez que a mídia desenvolve um importante papel na co- municação social.

Assim, esse jornal promete ser um eficaz formador de opinião junto à população e, dessa forma, contribuir para um mundo melhor, onde as futuras gerações poderão viver com mais saúde, paz e dignidade.

O meio ambiente não é formado apenas por animais e vegetais e sim por uma série de me- canismos necessários à existência da vida. Den- tro dessa premissa, é re- levante lembrar ao caro leitor que nossa publi- cação abordará assuntos

de diferentes natureza, como reciclagem do lixo, saneamento básico, saú- de e qualidade de vida, responsabilidade socio- ambiental, sustentabili- dade, turismo ecológi- co, educação ambiental, aquecimento global, se- gurança no trabalho e até esportes, lazer e cul- tura como qualidade de vida.

Entendemos que, apesar de nossa capacida- de técnica, não consegui- remos fazer um trabalho sério de jornalismo am- biental sem a colabora- ção dos diversos setores e atores sociais, uma vez que meio ambiente é um tema universal. Assim, cremos que estamos se- meando em terra fértil, à espera de bons frutos.

Parabéns

“Que a equipe do jornal Mí- dia Ambiental possa ter pleno sucesso em seu lançamento, buscando sempre as melhores informações sobre o tema”

Samuel Santos, 40, empresário de Comunicação

“Não quero uma está- tua na Times Square.

Não quero pombos em cima da minha cabeça”

Cantor inglês Sting, em entre- vista à imprensa, ao explicar que não faz questão de ser lembrado daqui a meio século

“Quando o presidente Lula me deu uma me- dalha, ele disse que não ia assinar a construção da barragem de Belo Monte”

Líder indígena Raoni, contrá- rio à construção da hidrelé- trica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA).

“Do Lixo à Cidadania”

Roberto Laureano da Rocha é líder do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis

Sou Catador

Por Roberto Rocha

“A vida dá várias voltas e eu comecei a compreender.

Catando material reaproveitável achava que nunca alguém iria

me reconhecer;

200,300 Kg de sol a sol, de chuva a chuva para sobreviver;

Entendi que sozinho pequeno seria, mas juntos, organizados, força teríamos para Justiça, Dignidade e Reconhecimento;

Hoje eu sei que participo nacionalmente na luta de um grande Movimento. Movimento

esse que luta dia a dia”

Roberto Rocha (Para sempre Catador)

Rodrigo Nunes

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05 de Dezembro de 2009

Por Samuel Ferreira

OPINIÃO

CIDADES

05 de Dezembro de 2009

Mídia Ambiental 3

Fotos: Samuel Ferreira

Povo joga lixo nas ruas e rios!

Despejo de lixo e entulhos em vias públicas, terrenos baldios e rios reflete a falta de conscientização ambiental das pessoas

Samuel Ferreira

No início da década de 70, uma das campanhas de saúde e de higiene promovidas pelo Governo Federal fez surgir o personagem ‘Sujismundo’, um tipo de cidadão dotado de hábitos anti-higiênicos, como não tomar banho e jogar pa- pel na rua, entre outros.

Décadas depois, parece que o conceito de educa- ção ambiental ainda não foi plenamente absorvido pela maioria da população, de- monstrando que nossa cul- tura socioambiental nesse sentido ainda mostra certa defasagem.

Apesar do esforço das campanhas voltadas à preser- vação ambiental e seus deri- vados, nota-se que o povo não está muito conscientiza- do a respeito dessa necessi- dade vital.

Um fator que demons- tra essa deficiência pode ser apontado quando é constata- do o hábito de as pessoas jo- garem seus lixos – orgânicos ou secos – em ruas, rios e de- mais áreas públicas, como se os locais a céu aberto fossem latas de lixo colossais.

Sabemos que o governo, em suas diferentes esferas, tem sua responsabilidade quanto à limpeza e conser- vação dos espaços públicos,

Córrego cheio de lixo e entulho no Jardim Monte Cristo, em Suzano Avenida Paulista, no Monte Cristo: cena comum bem como a destinação cor-

reta do lixo gerado pela po- pulação. No entanto, perce- be-se que há certa ignorância social quanto ao conceito de que todos - e não somente o governo – têm responsabili- dade no trato com o lixo ge- rado, ao menos no que tange à destinação correta de seus resíduos.

Em um trabalho realizado pela equipe de reportagem do jornal Mídia Ambiental na re- gião do Alto Tietê, foi cons- tatado o que já era aparente:

mais de 50% da população joga lixo em terrenos, rios e vias públicas, realidade so- mada ao fato de que somente 10% das pessoas reciclam o lixo seco, separando-o para catadores de materiais reci- cláveis.

O resultado disso é uma visão feia e triste durante a circulação por várias cidades da região. Um exemplo pôde ser encontrado na Avenida Paulista, no Jardim Mon- te Cristo, em Suzano, um dos bairros visitados. Lixo,

sujeira e diversos tipos de produtos descartáveis reve- laram a facilidade em que a própria comunidade possui em jogar lixo nas ruas, como o material encontrado em um córrego, além de plásticos e demais embalagens expostos na extensão da mesma via.

Outro modelo de falta de educação ambiental foi ave- riguado em ruas próximas ao Córrego Guaió, no bairro Calmon Viana, em Poá, além de lixos jogados na própria margem do rio e em seu lei- to. Vias e terrenos situados próximos à Fonte Áurea, no mesmo município, também foram usados para o despejo de lixo e entulho, num ce- nário vergonhoso de hábitos anti-higiênicos.

Morador da divisa do bairro Calmon Viana, em Poá, com Jardim Monte Cris- to, em Suzano, o aposentado Antonio Gomes da Silva, de 59 anos, se posiciona contrá- rio a esse tipo de comporta- mento da sociedade.

“É errado as pessoas jo- garem lixo no rio e nas ruas, pois, além de entupir os buei- ros, isso provoca enchentes.

Inclusive, havia muitas en- chentes aqui. A maior delas ocorreu entre 1986 e 1987”, disse.

De opinião semelhante, o comerciante Samuel Leonel da Silva, 50 anos, se mostra indignado com as pessoas que jogam lixo nas ruas sem qualquer noção do que está fazendo.

“Além de entupir toda a canalização, o despejo de lixo nas ruas provoca a proli- feração de ratos nos esgotos.

Tem pessoas que pegam gar- rafas e papelão para reciclar.

Basta separar esse material para eles”, salienta.

Na opinião da auxiliar de cobrança Ana Paula dos San- tos Maranhão, de 19 anos, moradora do Jardim São José, em Poá, tal situação é ridícula, onde as pessoas chegam, inclusive, a sair car- regando bolsa e sacola, mas preferem jogar o lixo nas vias públicas.

“Futuramente, isso pode provocar enchentes, mortes e muitas outras coisas. A pre- servação do meio ambiente pelas pessoas contribui com a vida futura de seus filhos e das crianças que estão nas- cendo”, afirmou.

Lixo e entulho jogados na rua Osvaldo Guimarães Lanza, na Vila Maria de Maggi, em Suzano

As chuvas que caem na região já provoca- ram danos extremos a moradores de diversas cidades do Alto Tietê.

A força das águas chegou a abrir enor- mes ‘crateras’ em inú- meras ruas e avenidas, oferecendo perigo ao tráfego de veículos e pedestres.

Um exemplo da gra- ve situação está na rua José de Almeida, pró- xima a uma escola do Jardim Márcia, em Su-

Fotos: Samuel Ferreira

Rua José de Almeida, próxima ao Jardim Monte Cristo

Chuva provoca grandes buracos nas vias públicas

Lixo jogado em área próxima à Fonte Áurea, em Poá

“O lixo jogado nas ruas atrai ratos, entope a canalização e provoca en- chentes. Muitos desses produtos deveriam ser doados a catadores de materiais recicláveis”

Samuel Leonel da Silva, comerciante - Suzano

“Muitas pessoas saem com bolsa e sacola mas jogam as coisas no chão. Isso é ridículo e pode provo- car enchentes e outras coisas, como doenças e mortes”

Ana Paula, auxiliar de cobrança - Poá

DICAS AMBIENTAIS

Ao invés de colocar o lixo seco (plásticos, metais, vidros e papéis) junto ao lixo orgânicos (restos de alimentos), separe-os e doe aos catadores de materiais recicláveis que passam à sua porta ou ligue para uma cooperativa de catadores existente em sua cidade, para que possam retirar. Muitas delas realizam coleta seletiva nas casas.

SAÚDE PÚBLICA

Esquina com avenida João Peckny, em Poá: cratera perigosa

zano, que apresenta um enorme buraco em seu leito, Além de outros em toda sua extensão.

Em Poá, ruas de vá- rios bairros apresentam buracos e rachaduras, fatores devidos à chuva e à má qualidade do ser- viço de pavimentação.

Em São Paulo, chuvas na zonas Norte, Sul e Oeste provocaram caos e destruição, bem como mortes de crianças e adultos, na última sema- na. (SF)

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C I D A D E S

4 Mídia Ambiental

05 de Dezembro de 2009

Uma vez coletado, bagaço é armazenado ao ar livre para se decompor...

Bagaço de cana vira adubo orgânico em horta caseira

Samuel Ferreira

Quando se trata de prati- car ações ambientais volta- das à sustentabilidade e pre- servação da natureza, nem sempre o ser humano precisa de muito esforço, alta apli- cação financeira ou investi- mento tecnológico, mas sim ser munido de uma boa cons- cientização ambiental, onde faça valer a máxima ‘pensar global e agir local’. Exem- plo disso pode ser adquirido por meio do belo trabalho do aposentado Carmo Pereira Gomes, de 77 anos, morador da Vila Maria de Maggi, pe- queno bairro de Suzano.

Zelador de um terreno situado próximo à sua resi- dência - onde cultiva pés de café, bananeira e hortaliças, entre outras plantas -, ele pratica ações de cultivo poli- ticamente corretas ao utilizar adubo orgânico, resultante da decomposição do bagaço de cana-de-açúcar. Para isso, pega sua bicicleta e pedala pela cidade afora, à procura dos bagaços.

“Os vendedores de cal- do-de-cana nas ruas ficam o dia inteiro vendendo. À tarde, eles vão embora e eu pego o bagaço”, afirma Go- mes, demonstrando prazer ao falar do trabalho, feito como uma espécie de ‘hobby am- biental’. Após a coleta dos resíduos, que são colocados na bicicleta, ele deixa o local

‘bem limpo’ para o comer- ciante. De volta ao terreno, senta numa banqueta e co- meça a cortar os bagaços de cana em pedaços pequenos, para facilitar o processo.

Todo o bagaço de cana coletado ao longo dos dias e meses soma cerca de quatro metros cúbicos, material que é armazenado e curtido ao ar livre. “Comecei a ajuntar em abril. Está com oito me- ses. Deve dar duas toneladas.

Depois que o bagaço de cana

...depois de picado, para se ganhar espaço e acelerar processo orgânico

Bagaço antes (esquerda) e durante o período de decomposição

Fotos: Samuel Ferreira

Observando a rotina diária de uma escola, percebemos que é exa- tamente na instituição escolar que se inicia o ciclo de consumo. O tra- tamento dado aos livros didáticos, por exemplo, como algo totalmente descartável, ensina aos pequenos a se torna- rem bons produtores de lixo.

De que adianta co- memorar o Dia do Meio Ambiente, Dia da Con- servação do Solo, Dia dos Animais, Dia da Ár- vore... se a escola não se preocupa em incorporar as questões ambientais ao seu cotidiano, na sua estrutura.

Até os programas de Coleta Seletiva (que vi- raram moda) realizados nas escolas ficam com uma função muito res- trita, se o primeiro e o segundo dos 3 R’s não forem levados à sério:

o primeiro R refere-se à redução de consumo, o segundo, à reutiliza-

Educação antiecológica

Silvia Carolina

ção do que está sendo ou do que já foi consumido, numa postura contra a des- cartabilidade e o terceiro R à reciclagem propriamen- te dita, pois a reciclagem é um processo industrial que também causa danos a natureza.

O material escolar en- volve papel, água, energia elétrica, árvores, poluição atmosférica, etc. É preciso que a criança tenha no- ção de que as coisas que ela utiliza não vêm pron- tas e que os recursos na- turais utilizados em todo o processo industrial são estanques e causam gran- de impacto na natureza. A conscientização está dire- tamente ligada a práticas que possam se tronar há- bitos.

Não adianta apresen- tar as crianças matérias e informações sobre Meio Ambiente sem que elas se percebam dentro dele, ou seja, que as modificações ambientais (conseqüên- cias) estão intimamente ligadas às suas ações.

Artigo

Silvia Carolina é educadora e defensora dos animais

Crime: polícia estoura matadouro de cães em residência do Badra, em Suzano

Duas pessoas foram pre- sas na manhã do dia 12 de novembro sob suspeita de manter um abatedouro de cães no bairro Miguel Badra, em Suzano. Segundo a Se- cretaria de Segurança Públi- ca (SSP), a carne dos animais era vendida para restaurantes

coreanos em São Paulo.

De acordo com a Secre- taria, a polícia investigou o casal por cerca de um mês.

Nesse período, constatou que os animais eram pegos nas ruas da cidade, ficavam presos para engorda e eram mortos, onde a carne era

Um dos cães vivos encontrados pela polícia em abatedouro

vendida para a comunidade oriental. Dois restaurantes do bairro Bom Retiro, na região central de São Paulo, foram identificados como possíveis compradores.

A polícia ressaltou que o abatedouro funcionava ha- via cerca de três anos. Foram apreendidos no local um cão vivo, duas mesas de abate, um freezer com carne arma- zenada, além de ganchos e outros materiais. O casal e o material apreendido foram encaminhados para a 2º De- legacia de Saúde Pública, do DPPC (Departamento de Po- lícia e Proteção à Cidadania), responsável pela investiga- ção.

Segundo a polícia, o casal preso por abater os animais recolhia sua matéria-prima das ruas havia três anos. Eles atraíam os bichos com peda- ços de carne e ossos.

A importância do ornitólogo para a vida e a preservação da rica fauna silvestre

Uma atuação de muita re- levância no meio ambiente é a do ornitólogo, profissio- nal especialista em aves, que estuda, protege e observa as aves silvestres e dos ambien- tes às quais elas pertencem.

São pessoas interessadas pe- las aves a ponto de fazerem observações em campo e co- letarem dados constantes.

Eles pesquisam o com- portamento das espécies, o que inclui o estudo de seu habitat, alimentação e repro- dução, bem como tudo o que as aves precisam para se de- senvolver plenamente.

Um bom ornitólogo deve ter uma boa pitada de cora- gem para encarar situações de risco em matas fechadas, além de uma boa dose de disposição para permanecer acordado, já que as aves co- meçam a se movimentar an- tes de o dia clarear.

O Brasil é o lugar onde mais se retira animais de seu habitat

DICAS ECOLÓGICAS

01 - Evite o desperdício de água em casa, no trabalho ou em qualquer outro lugar, utilize somente o necessário. Em casa conserte os vazamentos;

02 - Os reservatórios como cisternas, tanques e caixas d’água devem permanecer limpos e tampados;

03 - As calçadas e quintais não devem ser lavados com água corrente, prefira varrer ou reutilizar água da lavan- deria;

04 - Rios e praias não são depósitos de lixo e devem ser preservados;

05 - Reutilize água ou aproveite água da chuva sempre que possível e seguro.

06 - Quando for colher folhas de uma planta, não retire todas as folhas de um só galho.

07 - Quando for coletar plantas em local público (mata, cerrado), deixe sempre algumas de cada espécie, para que possam crescer e multiplicar depois.

08 - As cascas devem ser retiradas apenas de plantas adul- tas e sadias. Recomenda-se retirar pequenos pedaços ape- nas de um dos lados da planta de cada vez.

09 - O lixo nunca deve ser jogado diretamente no chão ou em terrenos baldios, muito menos por janelas de carros e ônibus e sim em lixeiras;

10 - As plantas protegem o solo e evitam desmoronamen- tos principalmente nos períodos chuvosos, portanto evite o desmatamento.

11 - Prefira a compra de produtos biodegradáveis (todo material que após o seu uso pode ser decomposto pelos microorganismos no meio ambiente).

CRIME CONTRA OS ANIMAIS PROFISSÕES ECOLÓGICAS

CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL

está curtido, faço um buraco em volta dos pés de café e das bananeiras, onde o adubo é enterrado. Também espa- lhamos e misturamos com a terra”, disse.

A adubagem química dei- xa o solo seco, ao passo que o esterco conserva a umida- de da terra. “As couves e as demais plantações ficam bo- nitas e isso contribui com o meio ambiente. Pelo menos esse lixo orgânico não vai para o lixão, onde azeda e ajunta moscas. Trazendo para cá e misturando na terra, logo o processo acaba”, salienta.

No terreno, de aproxima- damente 800 metros quadra- dos, há 24 pés de café com aproximadamente três me- tros de altura, quatro pés de banana, árvores frutíferas e verduras, para consumo ca- seiro.

Quando começou a traba- lhar no local – que hoje está limpo e bem aproveitado -, Gomes encontrou pedras, ferros e concreto em seu ca- minho. Foi limpando tudo com um enxadão. “Só de pe- dra, pedregulho e entulho eu tirei duas caçambas de apro- ximadamente quatro metros cúbicos cada. Deixei a terra limpinha e agora, em duas horas, eu corro a enxada em todos os 800 metros”, disse.

De acordo com a dona- de-casa Maria de Lourdes da Rocha Gomes, de 44 anos, esposa de Gomes, antes de o local ser utilizado para o plantio, havia muito mato e ratos em sua extensão. Lem- bra que seu pai começou a cuidar da horta em 1980.

Além do pai, ela e os ir- mãos também cuidavam da área. Hoje, o trabalho é con- tinuado pelo esposo. “Com certeza, isso é um bom exem- plo de educação ambiental”, disse ela.

“Eu acho que todos de- vem preservar o meio am- biente”, finaliza Gomes.

Divulgação

A atuação desse profissio- nal é muito relevante para a preservação das aves, assim como o sabiá-cica e muitas outras espécies, que estão em sério perigo de extinção, cor- rendo o risco de em alguns anos desaparecer da face da Terra!

O Brasil está entre os três primeiros países em di- versidade de aves, junto à Colômbia e ao Peru, além de se destacar como um dos lugares onde mais se retiram os bichos de seu habitat para vendê-los como animais de estimação ou para coleção.

Divulgação

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05 de Dezembro de 2009

OPINIÃO

C I D A D E S

05 de Dezembro de 2009

Mídia Ambiental 5

Salesópolis e Guararema: boas

opções para o turismo ecológico

Famosa por abrigar a nascente do mais famoso rio paulista, a Estância Turística de Salesópolis oferece vários passeios, que podem ser feitos em um fim de semana. O Parque Nascente do Rio Tietê, localizado no bairro da Pedra Rajada, a 17 quilôme- tros do centro, pos- sui 134 hectares, dos quais 9,6 já estão sob controle ambiental, protegendo os diver-

Portal de Salesópolis: cidade de boa opção turística A histórica nascente do Rio Tietê, em Salesópolis

Parque Municipal da Pedra Montada, em Guararema Rio Paraíba, uma das belas atrações naturais da cidade

Parque Estadual das Nascentes do Rio Tietê

Estrada do Pico Agudo - km 6, Bairro da Pedra Rajada - acesso pela SP 88, km 107,4

Telefone: (11) 4696 5233

Funcionamento: diariamente, das 8h às 17h - Entrada: R$ 2,00.

Parque Ecológico do Tietê - Núcleo Ilha do Tamboré

Avenida Doutor Dib Sauaia Neto, 1600 Alphaville - Barueri

Telefone: (11) 4191 9844

Funcionamento: seg. à sex. 8h às 17h Sábado, domingo e feriado: 9h às 17h Entrada Gratuita.

Parque Ecológico do Tietê - Núcleo Engenheiro Goulart

Rua Guira Acangatara, 70, Engenheiro Goulart - Zona Leste

Telefone: (11) 6958-1477

Funcionamento: diariamente, das 8h às 17h - Entrada Gratuita.

PARQUES DA REGIÃO

O maior parque linear do mundo

O Estado de São Paulo ganhou um reforço verde. Até 2016, o percurso do Rio Tietê desde a nas- cente até a capital se tornará o Parque Vár- zeas do Tietê. Ele terá 75 km de extensão e 107 km² de área, o que corresponde à metade do tamanho da cidade paulista- na. Será o maior par- que linear do mundo.

Para sua construção está previsto um in- vestimento de R$ 1,7 bilhão.

As populações das

cidades de São Paulo,

Concepção do projeto é audaciosa e reforçará o cenário turístico da região

TURISMO ECOLÓGICO

MATRIZ: Rua Carlos Gomes, 74 - Centro - Poá - SP Tel.: (11) 4639-4685

FILIAL: Rua Benjamin Constant, 29 - Centro - Suzano Tel.: (11) 4748-5122

Site: www.poaturismo.com.br e-mail: poaturismo@poaturismo.com.br

Fotos:Divulgação

Guarulhos, Itaquaque- cetuba, Poá, Suzano, Mogi das Cruzes, Biri- tiba Mirim e Salesópo- lis serão beneficiadas diretamente. “A prin- cipal função desse parque é proteger o rio e funcionar como um regulador de en- chentes, diminuindo a poluição sobre o rio Tietê. Ao mesmo tem- po, vai ser uma gigan- tesca área de lazer”, disse o governador José Serra.

O Parque Várzeas do Tietê será criado - e reflorestado - em três etapas. A conclu-

são da primeira está prevista para 2012, as demais a cada dois anos seguintes.

Serão construídos 33 núcleos de esporte e lazer como 230 km de ciclovia, 77 cam- pos de futebol e 129 quadras poliesporti- vas.

Segundo o Gover- no do Estado, as mais de 3.100 famílias que ocupam irregularmen- te as margens serão transferidas para lo- cais próximos ao par- que, cujo projeto me- lhorará o conceito de turismo na região.

Divulgação

sos olhos d”água que irão formar o mais importante rio do Es- tado.

Há ainda muitas cachoeiras na região, como a Cachoeira do Ponto, da Porteira Pre- ta, do Zé Bim e a Ca- choeira Tobogã. Tam- bém pode ser visitada a usina da Eletropaulo (antiga Light).

Merecem destaque ainda o Mirante da Torre - que propor- ciona uma linda vis-

ta da cidade -, o Pico Agudo - local propício para a prática de vôo livre e escalada - e a Igreja Matriz de São José, que, construída em 1908, mantém até hoje sua pintura origi- nal.

GUARAREMA

Por sua vez, a cida- de de Guararema ofe- rece várias opções de turismo, tanto para quem quer conhecer

pontos históricos, quanto para as pes- soas que gostam de praticar turismo eco- lógico.

O Parque Munici- pal da Pedra Montada

“Isidoro Martins Ruiz”

é um dos recantos naturais obrigatórios para visitas.

Localizado às mar- gens da Estrada da Petrobrás, o parque abriga uma verdadei- ra escultura da natu- reza. Ninguém pode

explicar essa belíssi- ma sobreposição de pedras que ali se en- contra. Além da bele- za natural, o parque conta com lanchone- te, playground, fonte e vista panorâmica.

Por todos esses atra- tivos, a Pedra Monta- da é um dos pontos turísticos mais pro- curados pelas pesso- as que visitam Guara- rema.

Outro belo ponto turístico que Gua- rarema oferece aos seus cidadãos e aos

turistas é a Ilha Gran- de, localizada no cen- tro da cidade, que foi reurbanizada e ga- nhou trilhas que per- correm a ilha, tota- lizando 400 metros, além de área para prática de exercícios físicos e quiosques.

Ainda há a opor-

tunidade de o turista

contemplar o belo ce-

nário do Rio Paraíba,

emoldurado por ár-

vores, flores e pontes

suspensas, através

das quais se chega às

ilhas.

(6)

C I D A D E S

6 Mídia Ambiental

05 de Dezembro de 2009

Moradores de baixa renda criam artesanato com fibra da bananeira

Da Redação

26 de novembro foi dia de festa para 30 moradores de Rio Grande da Serra. O gru- po de artesãos saiu do anoni- mato para se tornar exemplo de empreendedorismo 100%

sustentável para o Brasil.

O grupo, formado por pessoas de baixa renda e sem trabalho fixo, inaugu- rou na cidade a sede da As- sociação Fibras da Serra, projeto de responsabilidade socioambiental e economia solidária, desenvolvido pela empresa Solvay Indupa jun- to às comunidades vizinhas da fábrica, com objetivo de gerar fonte de trabalho e ren- da para as famílias envolvi- das, com sustentabilidade.

Instalado num galpão de 250 m², da rua do Autono- mista, 357, centro, o Fibras da Serra começa a produzir em escala comercial artesa- nato, feito com palha e fibra de bananeira, como bolsas, cestas, bijuterias, artigos de decoração e outros frutos do talento e descobertas do grupo, sempre à caça de no- vas aplicações da abundante matéria-prima em Rio Gran- de da Serra e região.

Com as mãos marcadas pelo trabalho de pedreiro, Agnaldo Ribeiro Dantas, 44 anos, produz cestas, bolsas femininas, jogos-america- nos, portas-copos e outros objetos, uma arte que con- sidera terapia. Dantas faz parte do Núcleo Duro, o grupo de frente com funções fixas no projeto, que são a gestão da associação, ope-

racionalização do trabalho e disseminação da arte. No Núcleo, Dantas ajudará a cuidar do plantio manejado de 800 mudas de bananeira, para a extração da fibra e a sustentabilidade do projeto.

Aparecida Damazia Gomes, 49 anos, é uma dona-de-casa que fazia panos de prato para as amigas e adora cestaria.

“Na verdade, gosto de todo tipo de artesanato, tanto que se eu vejo um diferente des- cubro rápido e faço igual”, diz Cida Gaia, como é co- nhecida a artesã, desde que entrou para o Fibras da Serra há quatro anos. O nome da associação, Cida Gaia tam- bém ajudou a escolher.

ORIGINALIDADE “Fibras é uma atribuição à matéria-prima, o pseudo- caule extraído da bananeira, e serra é uma homenagem à Rio Grande da Serra, área de proteção aos mananciais onde há facilidade do plantio de bananal”, explica Maria Aparecida Falceti, presiden- te da associação e escultora de portas de madeira.

Aparecida Falceti explica que o Fibras da Serra utiliza derivados da bananeira des- cartados quando a árvore dá os frutos. “Reaproveitamos o material para extração de palhas e fibras para confec- ção de produtos”, adianta Aparecida Falceti.

O Fibras da Serra con- ta com o trabalho direto de 30 pessoas da comunidade, maioria mulheres, num total aproximado de 170 fami- liares e, destes, mais de 40

Divulgação

SUSTENTABILIDADE

Cientistas israelenses desenvolveram um méto- do de criar células cardía- cas a partir de células da pele reprogramadas como células-tronco. A desco- berta abre a possibilidade de restauração total do coração e dos tecidos da- nificados por doenças car- díacas.

O trabalho do profes- sor Lior Gepstein, do Te- chnion-Israel Institute of Technology, gerou um tipo de célula-tronco denomi- nada iPSC (induced pluri- potent stem cells) a partir de células de pele humana.

A experiência comprovou que as células iPSCs po- dem se transformar em quase qualquer tipo de cé- lula humana - característi- ca que se acreditava exclu- siva das células-tronco de embriões.

Células para coração

O número de ex-fumantes já é maior do que o de fumantes no País. Entre a população brasileira adul- ta, 17,2% fumam - o que equivale a 24,6 milhões de pessoas. Por outro lado, 26 milhões pararam de fu- mar, a maioria há mais de dez anos. É o que mostra a primeira Pesquisa Especial Sobre Tabagismo (Petab), divulgada nesta sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, (IBGE), e que traça um per- fil completo do consumo de tabaco no Brasil.

Ex-fumantes superam

Ao concluir o mapeamento topográfico da Caverna de Trapiá, uma equipe de ana- listas ambientais do Cen- tro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (Cecav), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICM- Bio), chegou a uma cons- tatação: com seus 2.302 metros de projeção hori- zontal e 2.330 metros de desenvolvimento linear, a Trapiá é a maior gruta do Rio Grande do Norte e uma das maiores do Brasil.

Só para se ter uma ideia, o seu tamanho correspon- de a mais de três vezes o da segunda maior caverna do estado, que tem 730 metros, e ultrapassa o de uma das maiores grutas do Nordeste, a Ubajara, que fica no Parque Nacional de Ubajara, no Ceará, e tem, segundo o Cecav, 2.200 metros.

Descoberta de caverna

As mudanças climáti- cas, com ênfase no aque- cimento global, a variabi- lidade habitual do clima, como esses fatores têm in- fluenciado a agricultura e o que fazer para minimizar os impactos serão alguns dos assuntos em pauta o blog da Secretaria de Agri- cultura e Abastecimento do Estado de São Paulo na próxima segunda-feira (7 de dezembro), às 14h30.

O engenheiro agrôno- mo, agrometeorologista e pesquisador do Institu- to Agronômico da Pasta (IAC), Marcelo Bento Paes de Camargo, é quem vai conduzir as discussões. O visitante pode - e deve - participar do chat, fazendo perguntas, comentários e colaborando para enrique- cer o debate.

Debate em blog

A Coca-Cola FEMSA Brasil, empresa do Grupo FEMSA, em parceria com o Programa Ação Jovem da Secretaria Estadual de As- sistência e Desenvolvimen- to Social, realiza no próxi- mo dia 18 de dezembro, a formatura da 9ª turma do Programa Educação para o Trabalho - PET, no Parque Estadual Fontes do Ipiran- ga, em São Paulo. O curso durou seis meses.

Formação de jovens

RESUMO

Associação Fibras da Serra, nome esco- lhido pelo grupo de artesãos, inaugurou dia 26 de novembro sede própria em Rio Grande da Serra para a criação e fabrica- ção, em escala comercial, de produtos feitos com a matéria-prima, abundante na região dos mananciais.

Fibra coletada é preparada pelas mulheres antes de virarem artesanato

Tapetes ecológicos feitos com fibras da bananeira

Material oferece diversas aplicações artesanais prestam pequenos serviços

ao grupo em grandes enco- mendas. “Todos têm algum talento para artesanato e muitos exercem a ativida- de para ajudar na renda fa- miliar”, afirma Lisandre de Assis, coordenadora de Co- municação da Solvay Indupa e responsável pelo Fibras da Serra na empresa petroquí- mica.

Além de consultoria es- pecializada, o projeto for- nece apoio na aquisição de materiais e infra-estrutura para produção da palha e fi- bra e o desenvolvimento de derivados.

“Esse apoio visa garantir a sustentabilidade do proje- to até alcançar a comercia- lização dos produtos”, diz Lisandre. Atualmente, os integrantes do Núcleo Duro recebem treinamento com profissional de design para desenvolvimento de produ- tos com valor estético e com processos de produção com- patíveis com a condição am- biental da região. Isso inclui visitas técnicas e participa- ção em seminários, eventos e feiras.

28 de Nov embr

o de 2009

N at al A mb ien ta l N at al A mb ien ta l

“Que o Natal de todos seja repleto de paz, alegria e felicidade, onde a conscientização am

biental possa

invadir nossas mentes e corações!!!”São os sinceros

votos da Direção

e de toda

Equipe do Giardino Hotel

“Que todos nós possamos ter um Natal Ambiental, munido de responsabilidade e

práticas de boas ações com relão ao meio am

biente

“O espírito natalino e a

conscientização ambiental jamais devem se ausentar de nossas vidas,

de maneira que possam sempre oferecer ao nosso ser as

propriedades que precisamos no eterno

caminho em busca da perfeição”

Jornalista Samuel Ferreira

“Praticar esportes e exercer a cidadania do ponto de

vista ambiental são ótimos ingredientes para um feliz

Natal Ambiental

NATAL AMBIENTAL Mensagens para

Edição Especial de Natal com dados da

empresa ou pessoa Tamanho do espaço:

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“Que neste Na tal

possamos e xercer

nossa conscientização ambiental”

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NATAL AMBIENTAL NATAL AMBIENTAL

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Ou mande um e-mail para midiaambiental@yahoo.com.br

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OPINIÃO

G E R A L

Reciclagem: um negócio

ambientalmente sustentável

Lucro com o lixo seco: sustentabilidade e visão de negócios na reciclagem

Samuel Ferreira

Antes defendido apenas por ambientalistas, o setor da reciclagem nunca rece- beu tanto incentivo como nos dias atuais. Responsa- bilidade essa que passou da hora de ser assumida por todos os atores sociais.

Considerando que mais da metade dos municípios brasileiros não oferece des- tinação adequada ao lixo e que em mais de 30% dos casos o destino são locais a céu aberto e apenas 1%

é reciclado, nota-se que o incentivo à indústria da reciclagem nunca foi tão necessário.

Hoje, a cadeia da reci- clagem é vista como uma alavanca para criação de novos empregos e aumen- to da renda. As oportu- nidades de negócios são muitas e milhares de pes- soas vivem da coleta e da reciclagem do lixo.

Além de gerar renda e reduzir a destinação de lixo para os ‘lixões’, a reciclagem de materiais acaba colaborando com as prefeituras, que são as responsáveis pela coleta e destinação do lixo. Para isso, em muitas cidades as

Fotos: Samuel Ferreira

Fardos de papel prensado, prontos para comercialização

A importância das cooperativas

As cooperativas de ca- tadores desempenham um importante papel no cená- rio sociambiental de uma comunidade, pois, além de promover a união de vários catadores - que muitas vezes trabalham sozinhos e ficam à mercê de exploradores -,

oferecem condições para que esses trabalhadores te- nham um relevante aumento em seus rendimentos, já que, com a cooperação entre eles, os materiais que antes eram adquiridos individualmente passam a ser coletados em grupo, gerando maior volu-

me e obtendo mais valor, re- sultando assim na obtenção de melhor preço na venda para a indústria recicladora.

Isso sem falar na redução do material a ser destinado aos aterros sanitários.

Além do compromisso com a sustentabilidade e da vantagem econômica, muitas cooperativas acertam ao pro- mover inclusão social entre seus cooperados e a comuni- dade local. Parte das coope- rativas promove a coleta se- letiva nas casas e nos estabe- lecimentos da cidade, onde a população separa o lixo seco e entregam aos catadores, em dias pré-determinados.

Em Poá, esse serviço é feito pela Cooperativa de Re- ciclagem Unidos pelo Meio Ambiente (Cruma). Mais informações pelo telefone:

4639-4028.

Cooperativa Cruma: contribuição socioambiental

Coleta Seletiva Solidária

Participe e ajude a melhorar o meio onde você vive

PAPEL - jornais, revistas, caixas, papelão, envelopes, embalagens de ovo de papelão, cartolinas, restos de papel cortado, impressos em geral.

PLÁSTICO - Tampas, potes de alimentos, frascos, embalagens, garra- fas PET, recipientes de produtos de higiene e limpeza, PVC, tubos e co- nexões, sacos plásticos em geral, brinquedos quebrados, engradados de bebidas e baldes, entre outros.

METAL - Latas de alumínio, latas de conservas, latas de leite em pó, chapas metálicas, panelas, fios, arames, pregos, sucatas de ferro e cobre, entre outros.

VIDRO - Copos, garrafas, potes, frascos e cacos, entre outros.

Material Reciclável (lixo seco)

Material Não-Reciclável (lixo úmido)

ORGÂNICO - Restos de comida, cascas de frutas e legumes, cascas de ovos, papel higiênico, lenços e guardanapos de papel sujos.

REJEITOS - Espelho, cerâmica, porcelona, absorvente feminino, fralda e esponja de aço.

RESÍDUOS - Baterias, pilhas, lâmpadas fluorescentes e fibra de vidro.

ESPECIAIS - Resíduos hospitalares.

Coloque todos os materiais recicláves em um único saco, que será recolhido pela cooperativa de materiais recicláveis de sua cidade

Catadores do Brasil e do mundo se encontram na Expocatadores 2009

Com ampla cober- tura da mídia impres- sa, falada e televisio- nada, aconteceu, nos dias 28 a 30 de outu- bro a 1ª Reviravolta Expocatadores, feira tecnológica e con- gresso direcionado às cooperativas e ca- tadores de materiais recicláveis do Brasil, da América Latina e do Caribe, além de demais atores sociais.

Considerada uma das maiores mobiliza- ções dos catadores de materiais recicláveis organizados, o even- to foi realizado pelo Movimento Nacio- nal dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), com apoio do Governo Federal e ini- ciativa privada, entre outros.

Uma das bases do MNCR, a Cooperativa de Reciclagem Unidos pelo Meio Ambiente (Cruma), sediada na Vila Varela, também participou do evento, que teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, bem como ministros e representantes de empresas.

No evento, Lula as- sinou documentos de parcerias com os ca- tadores, a fim de in- centivar o setor da re- ciclagem no País. Rea- lizada no Mart Center, na Vila Guilherme, em São Paulo, a feira reu- niu mais de 1.500 ca- tadores de todos Es- tados brasileiros e do mundo, além dos ca- tadores de outros pa- íses, bem como cerca de seis mil visitantes, entre empresários, ONGs, poder público e pesquisadores vol- tados aos temas da reciclagem e susten- tabilidade.

Lixo jogado em área próxima à Fonte Áurea, em Poá

05 de Dezembro de 2009 05 de Dezembro de 2009

Mídia Ambiental 7

SUSTENTABILIDADE

cooperativas de recicla- gem contam com a coleta seletiva, uma das formas mais práticas de as pesso- as contribuírem para a re- ciclagem.

Constatando que não mais poderiam ignorar as questões ambientais, os próprios governos coloca- ram a reciclagem na pauta de debates e se esforçam para alavancar a indústria da reciclagem em suas res- pectivas regiões, incenti- vando as oportunidades de negócios no setor e o uso de novas tecnologias para garantir a correta destina- ção dos resíduos sólidos.

Os gestores públicos e a sociedade em geral podem

atuar de forma conjunta para transformar os resídu- os em riqueza e com isso assegurar geração de renda e empregos.

Ainda percebe-se que a própria sociedade está des- pertando para a necessida- de de assumir uma parcela de responsabilidade com relação ao meio ambien- te e não somente visando tudo como simplesmente um negócio lucrativo.

Resta saber se todos irão fazer sua parte, para que as futuras gerações possam ter orgulho de dizer que receberam, sim, uma boa herança de seus antepas- sados: uma ampla gama de resultados sustentáveis.

Marcos Suguio

Lula confere máquina que transforma garrafa PET em varal

Integração: catadores da Índia durante a Expocatador 2009

Ricardo Stuckert

Marcos Suguio

Conceito de energia limpa: exposição de veículo elétrico da Itaipu

Foram três dias de troca de experiência, iniciativas empresariais, exposição de projetos sociais e exposição de tecnologias para o apri-

moramento da questão da coleta seletiva soli- dária. Com cerca de 30 expositores, a feira foi considerada positiva em sua primeira realização.

RESUMO

Referências

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