• Nenhum resultado encontrado

PROJETO DE INTERVENÇÃO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "PROJETO DE INTERVENÇÃO"

Copied!
21
0
0

Texto

(1)

2022/2026

Rosa Maria Dias Fernandes

PROJETO DE INTERVENÇÃO

Concurso prévio à eleição do Diretor do Agrupamento de Escolas Braamcamp Freire Aviso nº22391/2021 de 29/11/2021 do Diário da República

Equidade

(2)

Página 1 de 20 Rosa Fernandes – dez/2021

“Desencadear as mudanças necessárias de modo a que todos os alunos, incluindo os que têm contextos, educação e capacidades diferentes, possam ter sucesso.”

(UNESCO, 2004)

(3)

Página 2 de 20 Rosa Fernandes – dez/2021

Índice

Introdução………3

Índice de Siglas...5

I CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO ..……….………..6

1.1. Área Geográfica...6

1.2. Estabelecimentos de Ensino...6

1.3. Caracterização da População Escolar...7

II ANÁLISE SWOT………..………….……….………….. 9

2.1 Identificação de Pontos Fortes...9

2.2 Identificação das Áreas de Melhoria...11

III ORGANIZAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO……….……….13

3.1. Missão...13

3.2. Metas...13

3.3. Linhas Orientadoras Gerais...14

3.4. Linhas Orientadoras de Desenvolvimento...14

3.5. Plano Estratégico 2021/2025...15

 Área de Intervenção I...15

 Área de Intervenção II...16

 Área de Intervenção III...17

 Área de Intervenção IV...18

 Área de Intervenção V...18

Bibliografia...20

(4)

Página 3 de 20 Rosa Fernandes – dez/2021

Introduçã o

Na sequência da abertura do procedimento concursal prévio à eleição do Diretor para o Agrupamento de Escolas Braamcamp Freire, conforme estipulado no Aviso n.º 22391/2021 de 29 de novembro, publicado no Diário da República, 2.ª série, nº 231 de 29 de novembro de 2021 e nos termos do disposto no artigo 22.º do Decreto-lei n.º 75/2008, de 22 de abril, alterado pelo Decreto-lei nº 137/2012, de 2 de julho, venho submeter, para apreciação do Conselho Geral do Agrupamento de Escolas Braamcamp Freire, o presente Projeto de Intervenção.

A minha candidatura alicerça-se na larga experiência que possuo no desempenho de cargos de coordenação em estruturas intermédias e de Adjunta do Diretor e também no profundo conhecimento que tenho da realidade educativa de todos os estabelecimentos de ensino deste Agrupamento.

Nesta candidatura pretendo dar continuidade ao cessante Projeto Educativo do Agrupamento, no qual participei ativamente, mas simultaneamente proponho-me ampliar e aprofundar o seu âmbito de intervenção e de ação com base no Plano Estratégico do presente Projeto de Intervenção.

Os valores que defendo, e que procurarei exercer e fazer aplicar, fundamentam-se na concretização de uma Escola Inclusiva que procura minimizar as desigualdades sociais existentes proporcionando ambientes educativos de equidade, facilitadores e impulsionadores do sucesso educativo de todos os alunos.

Estes ambientes educativos serão, seguramente, potenciados se neles se desenvolverem processos participativos de planeamento, organização e cooperação num trabalho que se pretende colaborativo e empenhado, assente em todos os elementos da Comunidade Educativa.

O objetivo, que garantidamente todos nós pretendemos, é o desenvolvimento de uma aprendizagem de qualidade que realize o potencial de cada aluno contribuindo para que alcance as competências consignadas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Para que tal objetivo seja desenvolvido é imperioso investir em áreas de intervenção que sejam facilitadoras da promoção do sucesso educativo. As principais áreas em que me proponho intervir, pelas razões seguintes, são:

(5)

Página 4 de 20 Rosa Fernandes – dez/2021

- Articulação Horizontal e Vertical – porque acredito que a qualidade dos processos de ensino-aprendizagem melhorará significativamente se os ciclos de ensino e as áreas disciplinares não funcionarem como compartimentos fechados e estanques.

- Avaliação Formativa e Diferenciação Pedagógica - porque entendo que o sucesso das aprendizagens é indissociável de uma contínua avaliação formativa e de uma necessária diferenciação pedagógica de acordo com a especificidade de cada aluno.

- Mecanismo de Monitorização/Avaliação - porque constato que a melhoria dos processos organizacionais e pedagógicos só se alcança com a regular monitorização dos resultados e com a fundamentada avaliação dos mesmos.

- Estruturas Intermédias – porque defendo que o empenhamento e a motivação dos agentes intermédios são imprescindíveis na partilha de responsabilidades com o objetivo que se pretende de alcançar o sucesso educativo.

- Processos/Resultados Escolares - porque reconheço que a qualidade das relações socioafetivas, processos e metodologias pedagógicas utilizados estão intrinsecamente ligados, e são condição, para a melhoria dos resultados.

É com esta cultura de Agrupamento e nestas linhas condutoras que estou disposta a abraçar este desafio e, embora ciente das dificuldades e dos obstáculos a ultrapassar, num trabalho desenvolvido em equipa, comprometo-me a cumprir as propostas consignadas neste Projeto de Intervenção.

(6)

Página 5 de 20 Rosa Fernandes – dez/2021

Índice de Siglas

AEBF – Agrupamento de Escolas Braamcamp Freire GAAF – Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família SPO – Serviço de Psicologia e Orientação

Projeto IDEA – Investigação de Dificuldades para a Evolução da Aprendizagem PADDAE – Plano de Ação e Desenvolvimento Digital para as Escolas

EPIS - Empresários pela Inclusão Social

EMAEI – Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva PDPSC - Plano de Desenvolvimento Pessoal, Social e Comunitário PASEO - Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória PIEF – Programa Integrado de Educação e Formação

CCH - Cursos Científico-Humanísticos GGC - Gabinete de Gestão de Conflitos

TIC -Tecnologias da Informática e Comunicação

(7)

Página 6 de 20 Rosa Fernandes – dez/2021

I. Cãrãcterizãçã o do Agrupãmento

1.1. Á

REA

G

EOGRÁFICA

O Agrupamento está localizado na União de Freguesias Pontinha e Famões, concelho de Odivelas, que integra a Área Metropolitana de Lisboa. É a segunda maior freguesia deste concelho, com cerca de 35073 habitantes (Censos 2021).

A área geográfica correspondente à rede escolar do Agrupamento de Escolas Braamcamp Freire é constituída por bairros heterogéneos nos quais estão alojadas famílias com características muito divergentes. Verifica-se a existência de várias áreas urbanas de génese ilegal (AUGI), com habitação de baixa qualidade, sem infra estruturas de apoio cultural e social, direcionada para o arrendamento a famílias de baixo rendimento e oriundas de países estrangeiros. A população residente recorre com regularidade a serviços de apoio social, providenciados pelas instituições competentes, dependendo destes para a manutenção da sua situação financeira. Simultaneamente, existem áreas onde predomina uma classe média-alta, com famílias nucleares securizantes, cujos menores frequentam atividades privadas extracurriculares e de apoio escolar. Além desta diversidade socioeconómica, no presente ano letivo, o AEBF acolhe alunos de 24 nacionalidades.

1.2. E

STABELECIMENTOS DE

E

NSINO

O Agrupamento de Escolas Braamcamp Freire resulta da agregação do anterior Agrupamento de Escolas da Pontinha com a Escola Secundária Braamcamp Freire, em 3 de maio de 2013.

É constituído por 10 estabelecimentos que acolhem os diferentes níveis de ensino:

 JI Gil Eanes – Educação Pré-Escolar

 EB Vale Grande – Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo

 EB Qta. Paiã – Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo

 EB Qta. Condessa – Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo

 EB Casal da Serra – Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo

 EB Mello Falcão – 1º Ciclo

(8)

Página 7 de 20 Rosa Fernandes – dez/2021

 EB Serra da Luz – 1º Ciclo

 EB Dr. Mário Madeira – 1º Ciclo

 EB da Pontinha - 2º e 3º Ciclos

 ES Braamcamp Freire - 3º Ciclo, Secundário (Cursos Científico- Humanísticos e Profissional) e Programa Integrado de Educação e Formação

1.3. C

ARACTERIZAÇÃO DA

P

OPULAÇÃO

E

SCOLAR

No Agrupamento de Escolas Braamcamp Freire os alunos encontram-se distribuídos da seguinte forma:

Por Níveis de Ensino/Anos de Escolaridade Níveis de Ensino Ano de

Escolaridade Turmas

Alunos Totais

Pré-Escolar E. Pré-Escolar 14 311 311

1º Ciclo

1º Ano 11 190

2º Ano 10 216 809

3º Ano 9 217

4º Ano 9 186

2º Ciclo 5º Ano 10 211

6º Ano 11 203 414

3º Ciclo

7º Ano 10 181

585

8º Ano 10 203

9º Ano 9 201

PIEF 6º Ano 2 18

9º Ano 3 32 50

Secundário CCH

10º Ano 7 156

11º Ano 5 112 374

12º Ano 5 106

Secundário Profissional

10º Ano 5 88

355

11º Ano 5 81

12º Ano 5 86

(9)

Página 8 de 20 Rosa Fernandes – dez/2021

NEE 9%

91%

Fonte: Plataforma Inovar Alunos

Análise do Sucesso na Avaliação por Nível de Ensino

Nível de Ensino 2017/2018 2018/2019 2019/2020 2020/2021

1º Ciclo 95,2% 97% 97,1% 97,2%

2ª Ciclo 82,4% 87% 89,5% 89,3%

3º Ciclo 81,1% 82,6% 83,8% 82,4%

Secundário 76,9% 79,8% 79,9% 84,3%

Fonte: Plataforma KSTK

Dos dados apresentados verifica-se uma evolução positiva no sucesso dos alunos com a excepção do 3º ciclo no ano 2020/2021 onde se verificou uma diminuição em 1,4 pontos percentuais.

No presente ano letivo lecionam no Agrupamento 315 docentes, integrando os não docentes quatro psicólogos, seis técnicos especializados, 12 assistentes técnicos e 110 assistentes operacionais.

ASE A 23%

ASE B 14%

63%

Alunos com Medidas Seletivas e Adicionais de Suporte à Aprendizagem e à Inclusão

Alunos com Ação Social Escolar (ASE):

(10)

Página 9 de 20 Rosa Fernandes – dez/2021

II-Anã lise SWOT

Para se ter uma perspetiva mais fidedigna da situação atual do Agrupamento é importante serem identificados os pontos fortes e as áreas de melhoria a desenvolver.

Para este efeito recorreu-se ao Observatório de Qualidade e ao Relatório de Autoavaliação dos quais destacamos os seguintes dados:

2.1 Identificação de Pontos Fortes

AUTOAVALIAÇÃO

Como instrumento essencial da autoavaliação foi criado o Observatório de Qualidade. Este permite não só o desenvolvimento sistemático de processos de autoavaliação na e da escola, mas também a manutenção da sua consistência e impacto através de evidências.

LIDERANÇA E GESTÃO

Revela-se como ponto forte do AEBF a sua visão estratégica orientada para a qualidade do ensino através da definição clara das Aprendizagens Essenciais e o PASEO constituindo-se os mesmos como referencial de base para a planificação das aprendizagens. Esta definição traduz-se na clareza e coerência dos objetivos/metas neles contidos.

A direção incentiva os seus docentes a mobilizarem recursos que promovam a qualidade das aprendizagens com vista à participação ativa da Comunidade Educativa para o desenvolvimento de projetos, parcerias e soluções.

A este desafio as lideranças intermédias têm respondido empenhadamente recorrendo à flexibilidade curricular como meio para atingir os propósitos do Projeto Educativo.

Na gestão eficaz de recursos humanos a direção consigna, desde o início do ano letivo, nos horários dos docentes tempos comuns para a operacionalização e rentabilização do trabalho colaborativo. As opções tomadas têm em conta práticas de organização promotoras de um ambiente escolar inclusivo e desafiador da aprendizagem,

(11)

Página 10 de 20 Rosa Fernandes – dez/2021

utilizando para este fim a afetação de recursos humanos e materiais que permitem diversidade e eficácia dos objetivos delineados.

De acordo com os dados do Observatório de Qualidade, a eficácia dos circuitos de comunicação e informação tem contribuído para o acesso à informação rigorosa e essencial, facilitadora da rápida adequação e divulgação.

PRESTAÇÃO DE SERVIÇO EDUCATIVO

De modo a promover o desenvolvimento pessoal e o bem-estar dos alunos o AEBF inclui no seu Plano de Desenvolvimento Pessoal e Social, o GAAF, SPO e Medidas de Orientação Escolar e Profissional, Apoio Tutorial e Mentorias. Através da atuação destas estruturas constatou-se um nível elevado de satisfação dos alunos e Encarregados de Educação, o qual promove e facilita o sucesso educativo. Estas respostas educativas, adaptadas às necessidades dos alunos, visam o desenvolvimento das suas competências, atitudes e valores, integrando práticas de inovação curricular e pedagógica.

A articulação curricular vertical e horizontal é desenvolvida a nível das planificações e desenvolvimento curricular, articulando com projetos transdisciplinares no âmbito da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania. Destacam-se, entre outros, o Plano Nacional de Artes e a Academia de Lideres Ubuntu.

No seu Projeto Educativo, o AEBF evidencia-se pela delineação de estratégias de ensino e aprendizagem diversificadas e orientadas para o sucesso educativo. Tomando como valores fundamentais a equidade e a inclusão de todos os alunos, desenvolveram- se práticas de promoção de excelência que visam a prevenção da retenção, e o abandono, e simultaneamente, atuam como promotoras da qualidade das aprendizagens.

No processo de ensino aprendizagem são utilizados recursos educativos adequados às características e diversidade dos alunos que facilitam e otimizam a apreensão, compreensão, aplicação e desenvolvimento das competências das aprendizagens essenciais.

Na avaliação para e das aprendizagens utiliza-se práticas e instrumentos diferenciados que permitem a aferição de critérios que têm sempre como finalidade primordial a avaliação formativa.

(12)

Página 11 de 20 Rosa Fernandes – dez/2021

Como escola inclusiva, a importância do envolvimento das famílias na vida escolar dos seus educandos assume um papel de relevância indispensável a uma participação ativa, informada e eficaz.

No que se refere à prática educativa e letiva a comunidade educativa reconhece que no Agrupamento existe uma boa relação entre os docentes e os seus alunos, constituindo-se a base fundamental para a qualidade dos resultados do processo de ensino aprendizagem.

Nestes processos relacionais acresce referir o reconhecimento da comunidade educativa do respeito pela diferença, colocando os valores da cidadania ativa ao serviço de todos.

Na planificação e acompanhamento das práticas educativa e letiva refere-se a importância de mecanismos de autorregulação consistentes e eficazes com vista à melhoria das aprendizagens e práticas pedagógicas.

2.2 Identificação das Áreas de Melhoria

As Áreas de Melhoria, a seguir identificadas, tiveram em conta a relevância dos principais problemas detetados, procurando nelas respostas ativas e inovadoras orientadas para o sucesso educativo.

 Consolidação de práticas de articulação horizontal e vertical conducentes ao desenvolvimento das áreas de competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória;

 Promoção de práticas de avaliação formativa e de diferenciação pedagógica, como forma de possibilitar uma resposta eficaz às especificidades de cada aluno/criança e de o/a orientar/apoiar no seu processo de aprendizagem;

 Implementação de mecanismos eficazes de monitorização e avaliação das medidas de promoção da inclusão e do sucesso escolar dos alunos/crianças;

 Valorização das lideranças intermédias conferindo-lhes autonomia e responsabilidade no exercício das suas competências, em coerência com as orientações estruturantes;

 Promoção da qualidade dos processos de ensino e aprendizagem de forma a melhorar os resultados escolares.

(13)

Página 12 de 20 Rosa Fernandes – dez/2021

Estas Ações de Melhoria visam não só dar continuidade ao Projeto Educativo do Agrupamento em vigor, mas igualmente ampliar e aprofundar o seu âmbito de ação recorrendo a novas propostas.

Propostas de ampliação e aprofundamento do Projeto Educativo em vigor Objetivos

Gerais

Propostas do Projeto Educativo em vigor

Propostas de ampliação e de continuidade

Melhorar os resultados escolares e o ambiente da aprendizagem

Coadjuvação; Aprendizagem em contextos diferenciados e inovadores; Trabalho de entreajuda; Tutorias; PIEF;

EMAEI; GGC; Parcerias;

Mentorias e Parcerias; Salas de Estudo;

Clubes e projetos extracurriculares; Estruturas ambientais; Projeto IDEA;

EPIS – Ensino Básico; SPO;

GAAF/GAAF Migrante; PADDAE;

Reforço de PLNM; Reforço da Avaliação Formativa Docente e Não Docente Reforçar

estratégias de comunicação, articulação do currículo, colaboração pedagógica

Equipas Educativas Partilha de estratégias, instrumentos e recursos da prática pedagógica, Estratégia Nacional para a Cidadania, utilização das TIC

Portal do Agrupamento

Otimização das estruturas de coordenação e das lideranças intermédias;

Desenvolvimento do Plano Nacional das Artes;

Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania - iniciativas interdisciplinares;

Reuniões temáticas;

Dinamização do Portal do Agrupamento Promover a

qualidade [da organização]

pedagógica

Avaliação Interna, Planos de Melhoria, Formação Continua, Supervisão Pedagógica

Avaliação Interna - alocação de meios;

Formação/Capacitação;

Reforço e articulação de estruturas intermédias.

Rentabilizar recursos Humanos, Financeiros e Materiais

Atividades conjuntas com instituições da comunidade envolvente, contratação de técnicos especializados.

Ampliação da rede de técnicos especializados;

Atualização/reforço de equipamentos;

Integração em projetos/estruturas sociais.

(14)

Página 13 de 20 Rosa Fernandes – dez/2021

“O foco não pode ser compreender qual o défice do aluno, ou problema da sua relação familiar, ou o percurso educativo, mas sim o que pode fazer a escola, a turma, o professor para promover o seu sucesso.”

(Bernard da Costa, 1996)

III- Orgãnizãçã o do Projeto de Intervençã o

3.1. Missão

O presente Projeto de Intervenção fundamenta-se na concretização da seguinte missão:

«Dinamizar ambientes educativos inclusivos, seguros e potenciadores de uma comunidade educativa que, por meio de processos participativos optimizadores de excelência, objetivem um ensino e aprendizagem de qualidade que minimize as desigualdades e promova o sucesso educativo.»

3.2. Metas

Para concretizar os objetivos gerais estabelecidos, definem-se as seguintes metas:

Melhorar os resultados escolares e o ambiente de aprendizagem

Aumentar o sucesso escolar em 0,2 a 0,5 pontos percentuais (ver quadro Análise do Sucesso na Avaliação por Nível de Ensino);

Reduzir a indisciplina entre 2 e 4 pontos percentuais relativamente à média dos últimos anos letivos.

Reforçar estratégias de comunicação, articulação do currículo, colaboração pedagógica

Aumentar a diversidade de ferramentas de divulgação e comunicação;

Implementar práticas regulares de auto e hétero avaliação;

Estabelecer mecanismos de acompanhamento regular entre níveis de ensino.

Promover a qualidade [da organização] pedagógica Aumentar em 5 pontos percentuais o número de ações de formação;

(15)

Página 14 de 20 Rosa Fernandes – dez/2021

Melhorar a qualidade e quantidade dos equipamentos pedagógicos;

Promover o acesso a projetos de inovação pedagógica.

Rentabilizar recursos Humanos, Financeiros e Materiais Elaborar propostas de cabimentação orçamental de resposta relevante;

Rever e ajustar periodicamente a distribuição de serviço;

Avaliar anualmente a utilização de equipamentos existentes;

Dotar anualmente a rubrica a “aquisição e renovação dos equipamentos tecnológicos e educativos” com 20 pontos percentuais das receitas próprias do Agrupamento.

3.3. Linhas Orientadoras Gerais

Para alcançar as metas delineadas estabelecem-se e privilegiam-se as seguintes linhas de orientação gerais:

 Promover o desenvolvimento de indivíduos intervenientes, confiantes e responsáveis que aspirem realizar o seu potencial;

 Encorajar em cada aluno o senso de independência, responsabilidade e respeito por si e pelos outros;

 Promover ambientes educacionais centrados no aluno que estimulem o seu potencial e o seu desenvolvimento holístico;

 Construir relações de proximidade entre os intervenientes da comunidade educativa e com a comunidade em geral;

 Proporcionar a formação e capacitação de todos os agentes integrantes da comunidade educativa.

3.4. Linhas Orientadoras de Desenvolvimento

As linhas de orientação gerais concretizam-se pelas seguintes linhas orientadoras de desenvolvimento:

 Reforçar o PASEO e as Aprendizagens Essenciais como referencial fundamental para a planificação de todo o processo de ensino, promovendo práticas e disponibilizando instrumentos que viabilizem a sua concretização.

 Trabalhar as diferentes dimensões da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania de forma emergente;

 Diversificar a oferta curricular procurando responder às necessidades eminentes;

(16)

Página 15 de 20 Rosa Fernandes – dez/2021

 Sensibilizar para práticas de inclusão e de apoio aos alunos com mais dificuldades;

 Fomentar um ambiente de respeito e disciplina através de estratégias que convergem para a resolução articulada entre GAAF, GGC e Diretores de Turma;

 Incentivar a construção de uma cultura de Agrupamento assente em relações interpessoais saudáveis que estimulam o trabalho colaborativo;

 Promover uma mentalidade de atuação pro-ativa transversal a todas as estruturas intermédias, valorizando a sua autonomia e responsabilidade;

 Fomentar uma colaboração institucional entre os órgãos/estruturas por meio de uma gestão participada e integradora;

 Promover a implementação de projetos, parceria e atividades com entidades externas que enriqueçam o processo de acompanhamento, inclusão e ensino;

 Praticar uma distribuição de serviço integrada e eficaz dos recursos humanos;

 Viabilizar iniciativas de uma participação ativa das famílias no processo educativo;

 Melhorar a eficiência dos canais de informação e comunicação;

 Disponibilizar à Comunidade Educativa uma oferta formativa, diversificada e assertiva que responda aos desafios eminentes.

3.5. Plano Estratégico 2021/2025

Dando cumprimento à missão, metas e linhas de orientação atrás definidas, estabelecem-se as seguintes áreas de intervenção, operacionalizadas por objetivos específicos.

Área de Intervenção I

Consolidação de práticas de articulação, horizontal e vertical, conducentes ao desenvolvimento das áreas de competências do perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória

• Reforçar a promoção da articulação horizontal e vertical através da avaliação dos resultados do processo ensino-aprendizagem, de modo a promover a sequencialidade e recuperação das aprendizagens, programando um acompanhamento regular das turmas em final de ciclo, por parte de docentes do ciclo seguinte.

(17)

Página 16 de 20 Rosa Fernandes – dez/2021

• Calendarizar mensalmente reuniões de avaliação formativa das Equipas Educativas para a recolha de informação objetiva e sintética, definindo uma atuação eficaz e assertiva das dificuldades diagnosticadas.

• Implementar e monitorizar o Plano 21|23 Escola+, no seu eixo “Ensinar e Aprender promovendo ações específicas dos domínios: Leitura e Escrita (Ler - conhecer, aprender e ensinar); Autonomia Curricular (Equipas Educativas, Calendário Escolar); Recursos Educativos (Recuperar com arte e humanidades, recuperar com o digital); Família (família mais perto) Avaliação e diagnóstico (aferir, diagnosticar e intervir); Inclusão e bem-estar (apoio tutorial específico, plano de desenvolvimento pessoal, social e comunitário (PDPSC), desporto escolar).

• Investir no empenhamento da comunidade educativa na concretização do Plano Nacional das Artes em articulação com o Plano Nacional do Cinema, Bibliotecas Escolares e Plano Nacional de Leitura através da divulgação de atividades/projetos e da promoção de ações de sensibilização e informação.

• Proporcionar e promover oportunidades interdisciplinares no âmbito da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania com reforço da assembleia de turma e de escola.

• Melhorar os espaços envolventes instalando equipamentos promotores de uma sociedade ambientalmente sustentável (mais recipientes de reciclagem, formação e educação ambiental, melhoria dos espaços verdes).

Área de Intervenção II

Promoção de práticas de avaliação formativa e de diferenciação pedagógica

• Dar continuidade ao Projeto IDEA, objetivando a estimulação dos alunos para a superação das dificuldades na aprendizagem da escrita e da leitura.

• Criar Salas de Estudos como espaços abertos e de frequência facultativa, por anos de escolaridade (2º e 3º ciclo e secundário).

• Melhorar as condições de inclusão e de trabalho com os alunos do Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF), disponibilizando recursos humanos e materiais.

• Alargar o programa de Mentorias a todos os ciclos de escolaridade.

• Alocar crédito horário à criação e dinamização de clubes e projetos extracurriculares.

(18)

Página 17 de 20 Rosa Fernandes – dez/2021

• Valorizar os Serviços de Psicologia e Orientação com foco no prosseguimento de estudos e na orientação profissional, mediante uma calendarização de ações junto das turmas em final de ciclo (9ºano).

• Prosseguir com o aperfeiçoamento dos procedimentos a adoptar no acompanhamento de casos sinalizados e de alunos com medidas seletivas e adicionais de suporte à aprendizagem e inclusão, monitorizando regularmente a evolução da situação.

• Apoiar e reforçar as estruturas de inclusão e acolhimento a alunos migrantes, alocando crédito horário a tutorias e dinamizando atividades específicas para este grupo.

• Implementar e monitorizar o Projeto 21|23 Escola+, no seu eixo “ Apoiar as Comunidades Educativas”, promovendo ações específicas dos domínios: Equipas Qualificadas (reforço do PDPSC e da EMAEI); Formação (Formação para Pessoal Docente e Não Docente); Ensino Profissional (Equipar para aprender, orientar); Digital (Literacia digital, Escola Digital).

• Expandir a rede de apoios externos estabelecendo novos acordos e parcerias que promovam a qualidade da relação Escola/Comunidade.

Área de Intervenção III

Implementação de mecanismos eficazes de monitorização e avaliação das medidas de promoção da inclusão e do sucesso escolar dos alunos/crianças

• Solicitar às áreas disciplinares relatórios/listas de verificação que permitam uma reflexão e intervenção atempada, em dois momentos: no final do primeiro semestre e após o termo do ano letivo, de modo a alocar recursos na distribuição de serviço.

• Prosseguir a alocação de crédito horário para a avaliação interna - Observatório de Qualidade.

• Acompanhar a eficácia das estruturas intermédias através do reporte periódico ao Conselho Pedagógico, valorizando a comunicação e a transparência dos processos.

• Alargar a parceria EPIS ao 1º ciclo do Ensino Básico.

• Manter e acompanhar as mentorias e parcerias.

• Estabelecer novos acordos com parceiros que promovam a qualidade da relação Escola/Comunidade.

• Reforçar a Avaliação Formativa docente e não docente através de ações de formação contínua e da implementação de programas/projetos.

(19)

Página 18 de 20 Rosa Fernandes – dez/2021

• Intervir de forma preventiva e permanente, minimizando as situações de indisciplina em ambiente escolar.

• Implementar e aprofundar o Plano 21|23 Escola+, no seu eixo “Conhecer e avaliar”

promovendo ações específicas dos domínios: Dados (Construção de indicadores, monitorização); Informação (Partilhar eficácia, partilhar eficiência).

Área de Intervenção IV

Valorização das lideranças intermédias para exercerem as suas competências com autonomia e responsabilidade, em coerência com as orientações estruturantes

• Delegar responsabilidades nas estruturas intermédias, de acordo com as funções inerentes, monitorizando periodicamente em reuniões conjuntas a eficácia dos procedimentos;

• Analisar e refletir regularmente em reuniões de equipas sobre os resultados obtidos, otimizando as estruturas de coordenação e as lideranças intermédias, em articulação com os órgãos de gestão pedagógica.

• Monitorizar e refletir sistematicamente a eficácia das decisões, de modo a otimizar os recursos disponíveis e sustentar a tomada de novas resoluções.

• Constituir uma equipa responsável pela atualização dos documentos estruturantes, tornando-os um efetivo instrumento de gestão pedagógica e organizacional.

• Incentivar à dinamização e intervenção em reuniões temáticas regulares através de processos de auscultação e participação ativa.

Área de Intervenção V

Promoção da qualidade dos processos de ensino aprendizagem de forma a melhorar os resultados escolares

• Aumentar os recursos de apoio e acompanhamento de modo a diminuir as taxas de retenção dos alunos.

• Diminuir os casos de indisciplina promovendo uma intervenção preventiva, educativa e corretiva, de acordo com as situações específicas.

• Aumentar a percentagem dos alunos que conclui o 1.º ciclo quatro anos após a entrada no 1.º ano de escolaridade.

• Aumentar a percentagem dos alunos que conclui o 2.º ciclo dois anos após a entrada no 5.º ano.

(20)

Página 19 de 20 Rosa Fernandes – dez/2021

• Aumentar a percentagem de alunos que obtêm positiva nas provas nacionais do 9.º ano após um percurso sem retenções nos 7.º e 8.ºanos.

• Aumentar a percentagem de alunos que obtêm positiva nos exames nacionais do 12.º ano após um percurso sem retenções nos 10.º e 11.ºanos.

• Aumentar as taxas de qualidade de sucesso escolar (alunos que transitam para o ano escolar seguinte sem qualquer classificação insuficiente).

• Aumentar a taxa de sucesso dos alunos integrados em tutorias.

• Diminuir a percentagem de alunos retidos por faltas, intensificando os processos de acompanhamento e prevenindo o abandono escolar.

• Divulgar o relatório anual da avaliação interna, com discussão em reunião de Conselho Pedagógico.

Ciente das dificuldades deste desafio, mas igualmente confiante na participação ativa e colaborante de todos os membros da Comunidade Educativa deste Agrupamento, tenho a convicção de que trabalhando em equipa, colaborativamente, conseguiremos alcançar o objetivo que nos é comum, o sucesso educativo dos alunos!

“Um professor que não acredite na diferença positiva que pode fazer, que não acredita no que a escola pode modificar, que não creia que o que está a fazer é uma missão a favor dos direitos humanos dos seus alunos, o que está, afinal, a fazer na escola?”

David Rodrigues (2019)1

1 Conferência proferida no âmbito do Ciclo de Conferências de Odivelas- Novos Rumos, Novos Desafios na Educação

(21)

Página 20 de 20 Rosa Fernandes – dez/2021

Bibliografia

Agrupamento de Escolas Braamcamp Freire (2015). Projeto Educativo 14-18: (Re)construir uma escola para todos, com todos. Retirado de https://aebf.pt/images/14-15/projeto_educativo_14_18.pdf\

Agrupamento de Escolas Braamcamp Freire (2015). Regulamento Interno.

Retirado de https://aebf.pt/images/18-19/RIA_aebf/ria_aebf.html

Agrupamento de Escolas Braamcamp Freire (2020). Relatório de Autoavaliação.

Agrupamento de Escolas Braamcamp Freire (2021).Observatório de Qualidade (1º e 2º momento).

Agrupamento de Escolas Braamcamp Freire (2021). Plano de Ação para o Desenvolvimento Digital.

Direção Geral de Educação. Plano 21/23 Escola +. Retirado de https://escolamais.dge.mec.pt/

Bénard da Costa, A. M. (1996). A escola inclusiva: do conceito à prática. Inovação, 9(12), 151-163.

Direção Geral da Educação (2017). Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania.

OCDE. (2015). Futuro da Educação e Competências 2030.

Retirado de: https://www.dge.mec.pt/estrategia-nacional-de-educacao-para-cidadania

Presidência do Conselho de Ministros. (2019). Plano Nacional de Artes – 2019-2024. Diário da República, 1.ª Série - N.º 37 de 21 de fevereiro de 2019, pp. 1390-1393. Lisboa: Imprensa Nacional da Casa da Moeda.

Retirado de https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Projetos/PNA/Legislacao/pnartes_dr_21fev2019.pdf UNESCO (2004). Education for All: The quality imperative. EFA Global Monitoring Report 2005.

Paris: UNESCO. Retirado de https://www.oecd.org/education/2030-project/about/

Legislação

Decreto-Lei n.o54/2018. (2018, julho 6). Diário da República n.o129/2018, Série I. https://dre.pt/dre/detalhe/decreto-lei/54-2018-115652961

Decreto-Lei n.o55/2018. (2018, agosto 6). Diário da República n.o129/2018, Série I. https://data.dre.pt/eli/dec-lei/55/2018/07/06/p/dre/pt/html

Decreto-Lei n.o75/2008. (2008, abril 22). Diário da República n.o79/2008, Série I. https://dre.pt/dre/legislacao-consolidada/decreto-lei/2008-34457775 Despacho n.o6478/2017. (2017, julho 26). Diário da República n.o143/2017, Série II. https://dre.pt/dre/detalhe/despacho/6478-2017-107752620

Despacho n.o6605-A/2021. (2021, julho 6). Diário da República n.o129/2021, 1o Suplemento, Série II. https://dre.pt/dre/detalhe/despacho/6605-a-2021-166512681

Despacho n.o6944-A/2018. (2018, julho 19). Diário da República,

2.a Série — n.o138. https://www.dge.mec.pt/aprendizagens-essenciais-ensino-basico Despacho n.o8209/2021. (2021, agosto 19). Diário da República n.o161/2021, Série II. https://dre.pt/dre/detalhe/despacho/8209-2021-169831748

Lei n.o115/97. (1997, setembro 19). Diário da República n.o217/1997, Série I-A. https://data.dre.pt/eli/lei/115/1997/09/19/p/dre/pt/html

Lei n.o51/2012. (2012, setembro 5). Diário da República n.o172/2012, Série I. https://dre.pt/dre/LinkELI?search=lei/51/2012/09/05/p/dre/pt/html

Portaria n.o223-A/2018. (2018, agosto 3). Diário da República n.o149/2018, 1o Suplemento, Série I. https://data.dre.pt/eli/port/223-a/2018/08/03/p/dre/pt/html

Portaria n.o226-A/2018. (2018, agosto 7). Diário da República n.o151/2018, 1o Suplemento, Série I. https://data.dre.pt/eli/port/226-a/2018/08/07/p/dre/pt/html

Portaria n.º 235-A/2018. (2018, agosto 23). Diário da República n.º 162/2018, 1º Suplemento, Série I. https://dre.pt/dre/detalhe/portaria/235-a-2018-116154369

Referências

Documentos relacionados

Com isso, três categorias, recomendadas por Sasseron e Carvalho (2011), como eixos estruturantes de alfabetização científica, afloraram: compreensão básica de

Com base nesses normativos, a Administração Pública federal, estadual e municipal deve aplicar de imediato, já em 2011, os Princípios da Contabilidade, com destaque para os

O teste de condutividade elétrica individual é eficiente para a avaliação de potencial fisiológico dos lotes de sementes de trigo, pois apresentou resultados

2 - OBJETIVOS O objetivo geral deste trabalho é avaliar o tratamento biológico anaeróbio de substrato sintético contendo feno!, sob condições mesofilicas, em um Reator

De acordo com estes resultados, e dada a reduzida explicitação, e exploração, das relações que se estabelecem entre a ciência, a tecnologia, a sociedade e o ambiente, conclui-se

Se a pessoa do marketing corporativo não usar a tarefa Assinatura, todos as pessoas do marketing de campo que possuem acesso a todos os registros na lista de alvos originais

O presente regulamento é elaborado ao abrigo do disposto nos arti- gos 112.º e 241.º da Constituição da Republica Portuguesa, artigo 117.º e 118.º do Código do

(Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis. Este trabalho consiste na aplicação do método de