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Gás LP, confiabilidade aliada à segurança

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Com uma produção anual de 5,6 mi-lhões de toneladas, o mercado de gás LP no Brasil caminha para a autossu-ficiência, fato que deve ocorrer entre 2015 e 2020. Segundo energético mais utilizado pelo setor comercial, o GLP ainda tem grande potencial de consumo no País e o setor busca sua consolidação como um combustível confiável, sustentável e conveniente para a sociedade.

Uma das entidades atuantes neste trabalho é o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Li-quefeito de Petróleo (Sindigás), que tem na presidência Sérgio Bandeira de Mello.

Graduado em engenharia civil pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em 1985, passou por uma rápida experiência na indústria quí-mica, mas logo entrou para o setor de petróleo, na área de exploração. Em 1987, foi trabalhar na Texaco, na construção de infraestrutura para plataformas de exploração onshore, na Ilha de Marajó, no Pará.

Lá ainda desempenhou funções na área de distribuição de combustíveis e, em outras, como engenharia, lo-gística e comercial, até que assumiu a presidência da Texaco no Peru. Já em 2001, foi para o Sindicato Na-cional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes

Gás LP, confiabilidade aliada à

segurança

PRESIDENTE DO SINDIGÁS AFIRMA QUE SEGURANÇA É OBSTINAÇÃO NO SETOR

POR ADRIANE DO VALE | redacao@cipanet.com.br FOTOS DIVULGAÇÃO

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(Sindicom) como diretor de Meio Ambiente e, em 2003, foi convidado para assumir o Sindigás, onde está há oito anos.

Em entrevista concedida à revista

Incêndio, Sérgio Bandeira de Mello

fala dos desafios do setor e da segu-rança oferecida pelo gás LP.

INCÊNDIO: Peço que o senhor fale

um pouco do trabalho e dos obje-tivos do Sindigás. Quem são seus membros e as principais lutas?

SÉRGIO: O Sindigás tem como

obje-tivo coordenar esforços para posi-cionar o gás LP como combustível confiável, sustentável e conveniente para a sociedade, aumentando sua relevância na matriz energética por meio do desenvolvimento contínuo de novas tecnologias e aplicações, tornando-o cada vez mais atrativo aos diversos públicos de interesse. Em nossa agenda, temos o desenvol-vimento e aprimoramento de normas técnicas e operacionais e a busca do cumprimento por todos os agentes como uma das tarefas principais. O foco na segurança é uma obstina-ção no setor, pois a confiabilidade no produto está ligada à segurança que ele oferece para os usuários e a sociedade de forma ampla. As asso-ciadas ao Sindigás são as principais empresas distribuidoras de gás LP do Brasil: Amazongás, Fogás, Su-pergasbras, Liquigás, Nacional Gás e Ultragaz, empresas com enorme tradição no mercado nacional.

Que avaliação o senhor faz do mer-cado de gás LP no Brasil?

O mercado de gás LP é um dos mais capilares do Brasil. Não existe um serviço de utilidade pública que

te-“... o Brasil é o 5º maior mercado

consumidor de gás LP em todo o

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nha seu alcance. Os botijões de gás chegam a lugares onde não há ser-viços de correios ou, ainda, de sa-neamento básico e água potável. O Brasil é o 5º maior mercado consu-midor de gás LP em todo o mundo e o produto representa uma enorme comodidade para o consumidor fi-nal. Imagine-se sem o gás LP ao seu serviço. Quem cataria e cortaria a le-nha? Quantas horas se despenderiam com essa tarefa? Quantos acidentes ocorreriam com lenha? Quantos problemas de saúde teríamos com os gases inalados da queima ou de outros combustíveis sólidos? Lenha é um combustível interessante e até romantizado, mas o gás representa uma comodidade sem igual e, além disso, tem baixíssima emissão de CO2 e particulados, tanto que usa-mos a queima direta para cozinhar. Somente o gás Natural e o gás LP são usados (derivados de petróleo) para cozimento com contato direto com a comida.

A maioria das pessoas associa o gás LP ao uso exclusivo para cozinhar. Quais são suas outras aplicações?

O gás LP oferece inúmeras opções para sua utilização. As principais áreas favorecidas por seu uso são: residencial, comercial, industrial e agronegócios. No comércio, é a mais eficiente forma de energia para coc-ção de alimentos e aquecimento de água - é o segundo energético mais utilizado no setor comercial do País. A utilização se mostra ainda mais apropriada quando comparamos seu preço com o de outras fontes de energia aplicadas nas atividades de comércio. Seu uso é bastante eficaz e tem excelente relação custo-bene-fício em restaurantes, bares,

cozi-nhas industriais, padarias, confeita-rias, pastelaconfeita-rias, shopping centers, lavanderias e demais estabelecimen-tos comerciais, além de hospitais e casas de saúde, que precisem de um energético eficiente para fogões, for-nos, estufas, lavadoras, secadoras, aquecedores, condicionadores de ar, entre outros tipos de equipamento. O gás LP, por ser uma fonte de energia limpa e alcançar altas temperaturas controláveis, é muito adequado para uso em resorts, hotéis e pousadas, tendo ainda como vantagem o fato de ser uma fonte de energia ininter-rupta e armazenável. Pelos mesmos motivos, no segmento industrial, vem crescendo na matriz energética brasileira, pois permite o aqueci-mento homogêneo de equipaaqueci-mentos de toda natureza, o controle da pu-reza dos processos, a modulação da chama, a concentração, o controle e a estabilidade da temperatura em aplicações nas indústrias siderúr-gica, metalúrsiderúr-gica, automobilística, naval, têxtil, de fundição, de papel e celulose, vidro, cerâmica, de alimen-tos, bebida, plástico, cimento, asfal-to entre outras tantas, que fazem do gás LP um energético de alto desem-penho. Além desses usos, também pode ser aplicado em processos das indústrias química, farmacêutica e de cosméticos. É amplamente utili-zado nos Estados Unidos e na Euro-pa no agronegócio. Os fazendeiros, produtores, criadores e industriais há muito descobriram as vantagens de utilizá-lo em seus negócios na busca de maior qualidade para seus produtos e evitar a contaminação dos mesmos por poluentes derivados da queima. A aplicação do gás LP se dá na secagem e/ou torrefação de grãos, frutas, vegetais e folhas, no contro-le do crescimento e proliferação de

erva daninha e no aquecimento e hi-gienização de ambientes necessários na criação de aves.

Qual o volume de GLP produzido hoje no Brasil?

São 5,6 milhões de toneladas por ano. E o mais interessante, a cada dia cresce a oferta de gás LP vindo da produção de gás Natural. Curio-so, mas na natureza, para cada poço de gás Natural encontrado, obtêm-se os condensados associados e, entre eles, estão o butano e o propano, componentes principais do gás LP. Hoje, no Brasil, a oferta de gás LP oriundo do Natural é da ordem de 12% de toda a produção nacional, no resto do mundo essa proporção é de 60%, logo, temos um campo impor-tante para um aumento vertiginoso da oferta de nosso produto.

A produção é suficiente para aten-der ao mercado nacional ou há åimportação?

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75 95 100 Quais os riscos existentes e eles se

devem a quais fatores?

Podemos afirmar que praticamente 100% dos acidentes ocorridos com gás LP, na atualidade, se dão por má estocagem e má instalação. Esses seriam nossos grandes desafios para os próximos anos. A verdade é que, assim como outros setores da eco-nomia, o nosso foi e ainda é vítima do avanço da informalidade. Com a informalidade na comercialização de nosso produto, surgiram dois gran-des problemas de segurança, focos de nosso trabalho com a Agência Nacional do Petróleo (ANP): o pri-meiro é o armazenamento inade-quado em locais que comercializam gás sem autorização dos organismos competentes. Não se pode crer que

padarias, farmácias, casas que ven-dem ração, entre outros, possam cumprir com exigências mínimas de segurança para armazenamento. A ANP já flagrou locais informais que “escondiam” 100, 200, 400 botijões em condições inacreditáveis. Dessa forma, ser vizinho de uma revenda informal é um grande risco. Outro problema criado pela informalidade é que o informal canibaliza o comér-cio do formal, que investe em se-gurança no armazenamento e mais: treina e prepara o profissional que entrega o gás em nossas casas. O en-tregador não somente leva o gás em nossas casas, no tempo e hora que combinamos, como também verifi-ca a validade de nossas mangueiras e válvulas reguladoras, dá dicas sobre o local onde o botijão em uso e o

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serva ficam, verifica e valida as ins-talações. Hoje, os bombeiros de todo o Brasil são inequívocos ao afirmar que os acidentes que ainda ocorrem são por problemas nas instalações.

Há regulamentos quanto à segu-rança do produto? Quais são?

O principal fator de segurança de qualquer recipiente de gás LP é o lo-cal em que ele será instalado. Todo botijão em uso e também o de reser-va devem ficar do lado de fora da casa, não exposto ao sol, à chuva ou à umidade. Caso isso não seja pos-sível, deve ficar em local aberto e arejado, distante pelo menos 1,5 me-tro de distância de fontes de ignição (tomadas, interruptores e instalações elétricas) e na mesma distância de ralos ou grelhas de escoamento de água. Por ser mais pesado que o ar, o gás LP pode se depositar nesses lo-cais e assim qualquer chama ou faís-ca poderá provofaís-car um acidente. O botijão não deve ficar em lugares

fe-chados, como armários de pia, porão ou banheiro. É um recipiente seguro se utilizado de acordo com as nor-mas técnicas e deve ser instalado por um funcionário da empresa distri-buidora, pela revendedora ou mesmo por um consumidor que conheça as normas de segurança. Recomenda-se nunca virar ou deitar o botijão, pois, caso ainda exista algum resíduo de gás, poderá escoar, anulando a fun-ção do regulador de pressão e poden-do provocar acidentes. O botijão não deve ser trocado com qualquer tipo de chama acesa nas proximidades e, durante o processo, não devem ser utilizados martelo ou qualquer tipo de ferramenta. Para verificar se há vazamento de gás antes ou depois de trocar o botijão, passe uma esponja com água e sabão sobre a conexão do cone-borboleta com a válvula. Se houver vazamento, aparecerão bo-lhas na espuma de sabão. Nunca use fósforo ou qualquer tipo de chama para verificar se há vazamentos. Quais procedimentos devem ser

ob-servados na utilização do botijão de gás?

No caso da mangueira, o tipo padrão é de plástico PVC transparente com tarja amarela, exibindo a inscrição NBR 8613, o prazo de validade e o nome do fabricante. Seu compri-mento pode ser de 80 centímetros, um metro e 1,2 metro. A mangueira nunca deve passar por trás do forno ou fogão ou ser encostada ao fogão. A temperatura nessa região é alta, por causa do forno, podendo derreter a mangueira ou provocar rachaduras e possíveis vazamentos. As abraça-deiras servem para fixar a mangueira no regulador de pressão de gás do botijão. Nunca use arame, espara-drapo ou outro material diferente das abraçadeiras. Já o regulador de pressão de gás é o instrumento que permite reduzir a pressão interna do botijão e regular a vazão de gás. No regulador devem constar o código do Inmetro e o prazo de validade. Use sempre o regulador de pressão com a inscrição NBR 8473. Não se

reco-“Use sempre o

regulador de

pressão com a

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menda o uso de fogareiros acima de qualquer botijão. Nos botijões com maior capacidade, como os P5, P7, P8 e P13, os plugues-fusíveis são programados para se romper a uma temperatura aproximada de 70ºC. O plugue-fusível é um dispositivo de segurança que, se aquecido, entende que o botijão está sendo submetido a um incêndio, pelo aumento consi-derável da temperatura. Assim, ele expulsa o gás LP da parte interna do botijão para evitar uma explosão. Ao comprar um novo recipiente, o con-sumidor deve observar se ele está em boas condições. Botijões amassados ou enferrujados devem ser evitados. É importante verificar a presença do lacre, do rótulo de segurança e do nome da empresa em relevo. Não se deve comprar botijões em locais informais ou clandestinos como pe-quenos mercados ou até mesmo em calçadas. As empresas distribuidoras utilizam modernas técnicas e equipa-mentos para que o consumidor final tenha em casa um produto seguro e de acordo com rígidos critérios de qualidade. Comprar um produto certificado é uma segurança para o consumidor, pois permite a identifi-cação dos responsáveis pelo produto. É bom lembrar que as mangueiras e os reguladores possuem prazo de va-lidade de cinco anos da fabricação. Passado esse tempo, podem apresen-tar trincas, fissuras e outros defeitos. É de extrema importância a manu-tenção dentro do prazo de validade. O símbolo do Inmetro é a indicação de que o regulador é aprovado. Já a data de validade vem estampada na mangueira. As abraçadeiras ficam enferrujadas, passado o prazo de validade. O uso de reguladores e de mangueiras vencidas pode causar vazamento de gás LP.

Quantas são e qual o nível das dis-tribuidoras brasileiras no quesito segurança?

O Brasil conta com 23 distribuido-ras autorizadas pela ANP e mais de 43 mil postos revendedores de gás LP igualmente autorizados. Das 23 distribuidoras existentes, 10 enva-sam e comercializam em botijões. As demais operam somente com a modalidade granel. Posso dizer que mais de 90% do mercado nacional tem um atendimento no mais alto grau de segurança, responsabilidade e capacidade técnica. O mercado de gás exige uma grande capacidade fi-nanceira e estrutural para atuar como distribuidora. No entanto, algumas empresas que pretendem operar nes-se nes-setor, no mercado de envasados ou de granel, não somam requisitos mínimos para esse desafio. A ANP cobra níveis de investimentos míni-mos e cumprimento das mais exigen-tes normas. Podemos considerar que o Brasil está muito bem atendido, mas a vigilância deve ser contínua e a avaliação e reavaliação das normas um exercício permanente.

E em relação às revendedoras?

As cerca de 43 mil revendas de gás LP passaram, desde 2003, por um processo de cadastramento na ANP e tiveram de cumprir com exigên-cias de normas desenvolvidas pela ABNT em parceria com o Sindi-gás, a ANP, o Corpo de Bombeiros e muitos outros especialistas, além de terem de cumprir com normas das Corporações de Bombeiros de cada Estado. Esse processo de ca-dastramento representou um gran-de avanço na segurança e pogran-demos dizer que as revendas estão em um

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nível mais que aceitável de seguran-ça, assistência técnica e prestação de serviços.

Como o senhor avalia a qualida-de dos botijões comercializados no Brasil?

Temos problemas. Muitos botijões ainda têm aspectos antigos. Mesmo assim, certamente, temos alguns dos melhores botijões de todo o mundo. Atualmente, um milhão de botijões são requalificados por mês. Estão disponí-veis no mercado 102 milhões de boti-jões, destes, mais de 33 milhões são comercializados mensalmente sempre em perfeitas condições de segurança. O consumidor, no entanto, tem uma tarefa nesse processo, pois ele pode fa-zer uma verificação relativamente fá-cil: ver o selo, a data da requalificação e recusar botijões com estado acentua- do de ferrugem e amassados profun-dos. Com todo esse volume, tanto re-venda como consumidor final devem assumir parte do controle da quali-dade. Isto não representa negligência ou pretensão de escapar a qualquer responsabilidade, nossas associadas conhecem-nas, mas sabemos que pre-cisamos de verificações continuadas e múltiplas.

Quais as principais irregula-ridades enfrentadas dentro do setor e por que ocorrem? Falta fiscalização?

O comércio informal de gás LP é o principal mal desse setor. A ANP tem sido implacável com essa ir-regularidade, mas existe uma per-cepção equivocada de que todos os problemas de informalidade são responsabilidade da agência. Na verdade, a informalidade é um pro-blema de toda a sociedade e, quan-do vemos pela óptica quan-do poder pú-blico, o primeiro responsável pelo controle dessa irregularidade é o município, depois temos outros or-ganismos que precisam se engajar no trabalho de combate à informa-lidade como corpos de bombeiros, departamentos de polícia, Procon e uma infinidade de outros. Desde a criação do Programa Gás Legal da ANP, em setembro de 2010, há um trabalho harmonizado e colaborati-vo, tanto que já houve uma redução de 50% na existência de pontos in-formais. Mas muito ainda precisa ser feito.

Quais as ações do Sindigás no sentido de combater essas irregularidades?

Apoiar o Programa Gás Legal, dar apoio às autoridades, ceder capaci-dade de armazenamento, transporte e logística para produto apreendido. O Sindigás elabora e distribui cartilhas com todas as informações necessá-rias para uso, manuseio e armazena-mento do botijão.

Deixamos espaço para suas consi-derações finais.

Referências

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