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EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL LICENÇA AMBIENTAL RESUMO NÃO TÉCNICO

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RESUMO NÃO TÉCNICO

Janeiro de 2018

EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL

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9 EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

LICENÇA AMBIENTAL

RESUMO NÃO TÉCNICO

Nota de Apresentação

O CENTRO TECNOLÓGICO DAS INDÚSTRIAS DO COURO (CTIC) apresenta o Resumo Não Técnico da Licença Ambiental (LA) da EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL, SA, localizada em Peniche.

Nota de Introdução

A EUROPEAN SEAFOOD INVESTIMENTS PORTUGAL, SA, (ESIP) desenvolve as suas atividades em dois edifícios contíguos, designados ao longo do documento como “edifícios principais da ESIP” e “edifícios da Docapesca”. Esta designação permite unicamente facilitar a diferenciação de algumas zonas da unidade industrial e deve-se ao facto dos edifícios da Docapesca serem arrendados.

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LICENCIAMENTO AMBIENTAL

ÍNDICE

ÍNDICE DE TEXTO

1. MOTIVO DO PEDIDO DE LICENÇA AMBIENTAL ... 3

2. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA ... 4

3. LOCALIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO INDUSTRIAL ... 4

4. DESCRIÇÃO SUMÁRIA DA INSTALAÇÃO INDUSTRIAL ... 7

5. EFEITOS DAS EMISSÕES NO AMBIENTE NO SEU TODO ... 32

6. SÍNTESE CONCLUSIVA ... 39

ÍNDICE DE FIGURA Figura 1 - Enquadramento a Nível Nacional, Regional e Administrativo ... 5

Figura 2 - Planta de Localização ... 6

Figura 3 - Fotoplano com localização da Instalação ... 6

Figura 4 – Planta Geral da Instalação ... 8

Figura 5– Fluxograma da Produção de Sardinha Inteira ... 12

Figura 6– Fluxograma da Produção de Sardinha em filete ... 15

Figura 7– Fluxograma da Produção de Cavala sem Pele e em Filete ... 19

Figura 8– Fluxograma da Produção de Cavala To Pan ... 21

Figura 9– Fluxograma da Produção de Saladas ... 23

Figura 10- Fluxograma da Produção de Atum ... 25

Figura 11- Fluxograma da Produção Cavala Fumada ... 27

Figura 12– Fluxograma da Produção de Molhos ... 28

Figura 13- Fluxograma das atividades nos edifícios da “Docapesca” ... 29

Figura 14– Diagrama de utilização de água por sector (dados 2016). ... 30

ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1 – Edificações existentes ... 7

Quadro 2 – Outros parâmetros urbanísticos ... 8

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EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL

LICENÇA AMBIENTAL

Resumo Não Técnico

1. MOTIVO DO PEDIDO DE LICENÇA AMBIENTAL

O presente documento constitui o Resumo Não Técnico da Licença Ambiental (LA) da European Seafood Investments Portugal, SA, localizada em Peniche, que se encontra em fase de exploração.

A empresa European Seafood Investments Portugal dedica a sua atividade à transformação de produtos da pesca frescos e congelados em conserva. O recinto da instalação apresenta uma área de construção de cerca de 24 294 m2, num terreno com cerca de 41 355 m2.

O Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de Agosto, que estabelece o Regime das Emissões Industriais (REI) aplicável à prevenção e controlo integrados da poluição (PCIP), prevê que determinadas atividades listadas no seu anexo I (instalações PCIP), sejam sujeitas a um processo de Licenciamento Ambiental.

A atividade da empresa encontra-se incluída na categoria de Tratamento e transformação, com exceção de atividades exclusivamente de embalagem, das seguintes matérias-primas, anteriormente transformadas ou não, destinadas ao fabrico de produtos para a alimentação humana ou animal, a partir de iii) Matérias-primas animais e vegetais, em produtos combinados ou separados.

O Licenciamento Ambiental é, para as atividades abrangidas, parte integrante do processo de licenciamento, tal como estabelecido no Sistema da Indústria Responsável (SIR) – Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de Agosto, que regula o exercício da atividade industrial.

Face à capacidade instalada da ESIP ultrapassar o limiar de aplicabilidade do estabelecido no Anexo I do Decreto-Lei nº 127/2013 a empresa encontra-se abrangida pelo diploma de licenciamento ambiental.

Neste sentido, a Licença Ambiental (LA) que se apresenta foi elaborada pelo Centro Tecnológico das Indústrias do Couro (CTIC) e desenvolvido com o objetivo de submeter o pedido de licenciamento ambiental, através do preenchimento do Formulário PCIP.

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técnicas disponíveis e respetivos valores de emissão a que as instalações PCIP estão sujeitas, procurando assim responder a todos os requisitos legais deste tipo de instalações.

Ao abrigo da referida legislação, considerando a atual capacidade instalada de transformação de produtos de 100 toneladas por dia, a Instalação industrial da ESIP encontra-se sujeita ao procedimento de Licença Ambiental, por apresentar uma capacidade instalada superior ao limiar estabelecido de 75 toneladas por dia.

Na elaboração da LA foi ainda considerada a Portaria n.º 1074/2001, de 1 de Setembro, que fixa o modelo para o pedido de licenciamento ou de autorização das atividades abrangidas pelo Decreto-Lei nº 194/2000, de 21 de Agosto, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 173/2008, de 26 de Agosto.

A presente LA tem assim como objetivo submeter ao pedido de Licenciamento Ambiental a instalação na sua atual capacidade de produção, tratando-se portanto do licenciamento de uma instalação existente.

De salientar que a fábrica da ESIP não se encontra abrangida pela Avaliação de Impacte Ambiental.

2. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

A EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL (ESIP) desenvolve as suas atividades na transformação de produtos da pesca frescos e congelados em conserva de sardinha, cavala e atum e em saladas de atum e salmão e reacondicionamento e embalagem de conservas.

A empresa foi adquirida em Novembro de 2010 pela THAI UNION, o maior produtor mundial de conservas de pescado, que permitiu à ESIP aumentar as suas produções de sardinha e cavala bem como retomar a produção de conservas de atum.

3. LOCALIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO INDUSTRIAL

A instalação da European Seafood Investments Portugal, localiza-se no distrito de Leiria e concelho e freguesia de Peniche.

Nas figuras apresentadas seguidamente, pode visualizar-se o Enquadramento da área de estudo a nível nacional, regional e administrativo (Figura 1), a Planta de Localização das instalações (Figura 2) e o Fotoplano com a indicação da localização da instalação industrial (Figura 3).

Na área ocupada pela instalação industrial em apreço não se regista a existência de áreas sensíveis, nem a ocorrência de áreas de proteção de monumentos nacionais ou de imóveis de interesse público.

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Figura 2 - Planta de Localização

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4. DESCRIÇÃO SUMÁRIA DA INSTALAÇÃO INDUSTRIAL

4.1. CARACTERIZAÇÃO ATUAL DA UNIDADE INDUSTRIAL

O conjunto edificado existente é composto por um núcleo central afeto à produção (atividade industrial) e restantes edificações com funções acessórias e de apoio à atividade principal.

A instalação confronta a Norte e Este com a Estrada Nacional 114 (atual IP6) e a Sul e Oeste com caminho público (Rua da escola da pesca).

Na tabela seguinte apresenta-se as edificações existentes, associados tanto à instalação industrial, como aos processos auxiliares.

Quadro 1 – Edificações existentes

DESIGNAÇÃO DA EDIFICAÇÃO Altura máxima (m)

Escritório Administrativo 7

Armazém Vazio 8

Armazém de Ingredientes 8

Nave de Produção: Preparação, limpeza, enlatamento, cravação, inspeção visual, esterilização 6

Saladas 5

Casa dos Molhos 4

Atum 3,5

Armazém de Embalagem 9

Armazém de Expedição (produto acabado) 9

Portaria 3

Edifício do PT 4

Casa dos Empilhadores 3

Oficina Mecânica 3

Oficina Elétrica 2,5

Oficina das Cravadeiras 8

Caldeira 9

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DESIGNAÇÃO DA EDIFICAÇÃO Altura máxima (m)

Área de Congelação do Pescado 10

Área de Cozimento do Atum 10

Área de Fumagem da Cavala 10

Quadro 2 – Outros parâmetros urbanísticos

Designação Área de Implantação (m2)

Área total da propriedade 41.355 Área de implantação total 40.255

Área de construção total 24.294

Na Figura 4 apresenta-se a planta das instalações.

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4.2. PROCESSO PRODUTIVO

A EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL, SA, desenvolve as suas atividades na transformação de produtos da pesca frescos e congelados em conserva de sardinha, cavala e atum e em saladas (de atum e salmão).

A Empresa fabrica conservas com peixe fresco capturado diariamente na costa Portuguesa ou com peixe congelado. Minuciosamente selecionado na altura da compra, o peixe é avaliado quanto à sua frescura. Procuram-se peixes intactos, com olhos e pele brilhantes, de carne firme ao toque, com guelras bem vermelhas e com cheiro a maresia.

Após a aquisição do pescado na lota procede-se ao seu transporte em condições apropriadas, em unicubos estanques com gelo, para a fábrica situada nas imediações do porto de pesca de Peniche, mantendo assim as condições favoráveis à preservação das suas qualidades, procedendo-se então à receção do mesmo na unidade fabril.

A descrição dos processos de Produção de Sardinha Inteira, Sardinha em Filete, Cavala Sem Pele, Cavala Filetada, Saladas, Atum e Molhos é apresentada em seguida.

4.2.1. Descrição dos Processos 4.2.1.1. Produção de Sardinha Inteira

Para a produção de uma conserva de sardinha inteira podemos utilizar como matéria-prima peixe fresco ou peixe congelado.

No caso de processarmos sardinha inteira congelada, esta sofre um processo de descongelação, onde o peixe é mergulhado numa descongeladora. Este processo ocorre num equipamento com cerca de 20 m3 de capacidade,

com água e injeção de ar, garantindo-se um determinado tempo de exposição e temperatura.

Após a descongelação, a sardinha sofre evisceração (corte de cabeça e rabo e remoção das vísceras), por meios mecânicos, com recurso a 3 descabeçadoras SEAC e 3 descabeçadoras Mecal.

Se for processada sardinha fresca, ocorrerá em primeiro lugar o processo de descabeçamento e evisceração. O processo de evisceração poderá ser manual ou mecânico, dependendo da especificação do produto.

Também poderá ser utilizada sardinha congelada e eviscerada, ocorrendo desta forma apenas o processo de descongelação.

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benéficos tais como uma melhor preservação do pescado, melhorar a textura do músculo, melhorar a aderência da pele e aumentar a concentração de sal no peixe.

Em seguida ocorre o enlatamento (enchimento), existindo para o efeito duas mesas, nas quais as operadoras colocam, de forma manual, o pescado no interior da lata, alternando a posição da “zona da cabeça e cauda” de forma a ficar bem acondicionado. Este processo é feito manualmente de forma tradicional, permitindo preservar ao máximo a qualidade do produto. Estas mesas possuem, no final, um mecanismo automático de jatos de água, para lavagem da lata. Nesta fase, consoante a receita, também poderão ser adicionados ingredientes (limão, ervas aromáticas, pepino, piri-piri).

A lata segue em tapetes transportadores para ser colocada sob tabuleiros. Através de um mecanismo manual de viragem, os tabuleiros são virados, ficando a lata invertida sobre os mesmos.

A operação de cozedura ocorre no cozedor Mecal e Hermasa. No cozedor Mecal, os tabuleiros são colocados de forma manual. No cozedor Hermasa as latas entram pelo tapete transportador, de forma automática, não sendo necessário o recurso a tabuleiros.

Ambos os cozedores trabalham com vapor. Na entrada de ambos os equipamentos existem chuveiros para nova lavagem da lata e do produto.

O cozimento tem como função principal parar a atividade microbiana ou enzimática e sobretudo expulsar toda a água extra-celular que, caso contrário, viria a aparecer no molho do produto final.

Após a cozedura o produto é pesado.

Consoante o produto a processar, poderão ser adicionados molhos, imediatamente antes da entrada das latas nos equipamentos de fecho (cravadeiras), de modo a realçar todo o sabor e valor nutritivo do peixe. Nesta fase, as latas são hermeticamente fechadas (cravação). A cravação consiste na operação mecânica de união do tampo e corpo da lata, de modo a obter uma embalagem hermeticamente fechada, que garante a conservação do produto. Após cravação, ocorre a lavagem das latas (lavadouras), para eliminar possíveis registos de gordura, passando posteriormente à sua secagem com ar comprimido.

Segue-se a marcação do produto (com indicação da data e hora de fabrico, prazo de validade, local onde foi pescado). A marcação ocorre com recurso a equipamentos a jato de tinta e laser.

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deterioração do produto em condições normais, não refrigeradas, durante o armazenamento, transporte e distribuição.

Após a esterilização das latas de conserva, os cestos são colocados numa área restrita para arrefecimento por um período estabelecido (cerca de 2 horas ou até a temperatura ser igual ou inferior a 40ºC). Esta etapa previne o manuseamento a quente que poderia provocar o desenvolvimento de microrganismos patogénicos.

Os cestos seguem para o armazém de embalagem e, com recurso a mesas de despaletização, as latas são retiradas e colocadas em passadeiras para embalamento, passando posteriormente por um sistema de inspeção por raio X que permite detetar corpos estranhos (vidro, pedra, metal) dentro dos produtos enlatados. Caso se verifique alguma deteção, esse produto é rejeitado e é investigada a origem do corpo estranho. O restante produto deste lote é isolado e passado novamente no raio X para garantir a sua conformidade.

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4.2.1.2. Produção de Sardinha em Filete

A Produção de Sardinha Filetes inicia-se igualmente na descongelação onde o peixe é desembalado e colocado na descongeladora, com o tempo e temperatura estabelecidos e controlados.

Caso a sardinha não esteja descabeçada e eviscerada, será necessário recorrer à utilização de 2 equipamentos de descabeçamento, evisceração e filetagem (2 VMK).

Posteriormente o peixe é colocado dentro de um pequeno tanque com salmoura, para garantir a correta percentagem de sal no produto acabado.

De seguida a sardinha é cozida (cozedor a vapor), passando posteriormente para a fase de enlatamento (enchimento). O cozimento tem como função principal parar a atividade microbiana ou enzimática e sobretudo expulsar toda a água extra-celular que, caso contrário, viria a aparecer no molho do produto final.

De acordo com a receita a produzir, a sardinha poderá também ser grelhada, em substituição da cozedura, existindo para o efeito 3 conjuntos de grelhadores (2 numa linha e 1 noutra). Após a grelhagem segue-se o enlatamento (enchimento).

Nesta fase o peixe é cuidadosamente arrumado nas latas, numa camada ou duas, alternando a posição da “zona da cabeça e cauda” de forma a ficar bem acondicionado. Um processo feito manualmente de forma tradicional e que permite preservar ao máximo a qualidade do produto final. Consoante a receita, também poderão ser adicionados ingredientes (limão, rodelas de azeitona).

Após este processo o produto é pesado.

Consoante o produto a processar, poderão ser adicionados molhos, imediatamente antes da entrada das latas nos equipamentos de fecho (cravadeiras), de modo a realçar todo o sabor e valor nutritivo do peixe. Nesta fase, as latas são hermeticamente fechadas (cravação). A cravação consiste na operação mecânica de união do tampo e corpo da lata, de modo a obter uma embalagem hermeticamente fechada, que garante a conservação do produto. Após cravação, ocorre a lavagem das latas (lavadouras), para eliminar possíveis registos de gordura, passando posteriormente à sua secagem com ar comprimido.

Segue-se a marcação do produto com indicação da data e hora de fabrico, prazo de validade e número do fabrico. A marcação ocorre com recurso a equipamentos a jato de tinta e laser.

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deterioração do produto em condições normais, não refrigeradas, durante o armazenamento, transporte e distribuição.

Após a esterilização das latas de conserva, os cestos são colocados numa área restrita para arrefecimento por um período estabelecido (cerca de 2 horas ou até a temperatura ser igual ou inferior a 40ºC). Esta etapa previne o manuseamento a quente que originaria o desenvolvimento de microrganismos patogénicos.

Os cestos seguem para o armazém de embalagem e, com recurso a mesas de despaletização, as latas são retiradas e colocadas em passadeiras para embalamento, passando posteriormente por um sistema de inspeção por raio X que permite detetar corpos estranhos (vidro, pedra, metal) dentro dos produtos enlatados. Caso se verifique alguma deteção, esse produto é rejeitado e é investigada a origem do corpo estranho. O restante produto deste lote é isolado e passado novamente no raio X para garantir a sua conformidade.

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Figura 6– Fluxograma da Produção de Sardinha em filete

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4.2.1.3. Cavala Sem Pele

A Produção de Cavala Sem Pele inicia-se igualmente na descongelação onde o peixe é desembalado e colocado na descongeladora, com o tempo e temperatura estabelecidos e controlados.

Posteriormente o peixe é cozido num cozedor a água e vapor. Este processo tem como função principal parar a atividade microbiana ou enzimática e sobretudo expulsar toda a água extra-celular que, caso contrário, viria a aparecer no molho do produto final.

Após o cozimento, o pescado passa num pequeno tanque com água para arrefecimento e lavagem, seguindo para a mesa de limpeza, onde é retirada a pele, a barriga e as espinhas. O peixe limpo é colocado em tabuleiros onde segue para a fase de enlatamento (enchimento), no qual é cuidadosamente colocado nas latas, de forma a ficar bem acondicionado. Um processo feito manualmente de forma tradicional e que permite preservar ao máximo a qualidade do produto final. Segue-se o controlo do peso e a adição de molhos e ingredientes (piri-piri, louro, pepino), imediatamente antes da entrada das latas nos equipamentos de fecho (cravadeiras), de modo a realçar todo o sabor e valor nutritivo do peixe. Nesta fase, as latas são hermeticamente fechadas (cravação). A cravação consiste na operação mecânica de união do tampo e corpo da lata, de modo a obter uma embalagem hermeticamente fechada, que garante a conservação do produto. Após cravação, ocorre a lavagem das latas (lavadouras), para eliminar possíveis registos de gordura, passando posteriormente à sua secagem com ar comprimido.

Segue-se a marcação do produto com indicação da data e hora de fabrico, prazo de validade e número de fabrico. A marcação ocorre com recurso a equipamentos a jato de tinta e laser.

Posteriormente segue-se uma inspeção visual (de modo a eliminar latas com possíveis defeitos de cravação), que poderá dar origem ao desenvolvimento microbiano patogénico. A lata conforme é colocada em cestos, utilizando mesas paletizadoras, com recurso a sistema hidráulico, passando de seguida à fase de esterilização. Durante a esterilização (autoclaves), as latas são submetidas a um processo de tratamento térmico, que tem como objetivo a destruição da flora patogénica que possa existir na conserva, que poderá provocar a deterioração do produto em condições normais, não refrigeradas, durante o armazenamento, transporte e distribuição.

Após a esterilização das latas de conserva, os cestos são colocados numa área restrita para arrefecimento por um período estabelecido (cerca de 2 horas ou até a temperatura ser igual ou inferior a 40ºC). Esta etapa previne o manuseamento a quente, que originaria o desenvolvimento de microrganismos patogénicos.

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verifique alguma deteção, esse produto é rejeitado e é investigada a origem do corpo estranho. O restante produto deste lote é isolado e passado novamente no raio X para garantir a sua conformidade.

Após este procedimento as conservas conforme são colocadas em paletes identificadas, paletizadas e transferidas para o armazém de produto acabado, de onde é expedido para o destino estabelecido.

4.2.1.4. Cavala em Filetes

A Produção de Cavala em filetes inicia-se igualmente na descongelação onde o peixe é desembalado e colocado na descongeladora, com o tempo e temperatura estabelecidos e controlados.

Caso o peixe esteja inteiro, terá de passar pela fase de descabeçamento e evisceração, para remoção das vísceras, cabeça e cauda, com recurso a meios mecânicos (2 descabeçadoras).

Posteriormente o peixe é cozido num cozedor a vapor. A cozedura tem como função principal parar a atividade microbiana ou enzimática e sobretudo expulsar toda a água extra-celular que, caso contrário, viria a aparecer no molho do produto final.

Após o cozimento, o pescado passa num pequeno tanque com água para arrefecimento e lavagem, seguindo para a mesa para limpeza e enlatamento (enchimento). Neste processo é retirada a barriga e as espinhas, sendo o peixe limpo colocado nas latas, de forma a ficar bem acondicionado a que se segue o controlo do peso. O processo é feito manualmente de forma tradicional, permitindo preservar ao máximo a qualidade do produto final. Nesta fase, consoante a receita, também poderão ser adicionados ingredientes (ex: legumes, ervas aromáticas, limão, etc). Segue-se o controlo do peso e, consoante o produto a processar, poderá ser adicionado sal ou molhos, imediatamente antes da entrada das latas nos equipamentos de fecho (cravadeiras), de modo a realçar todo o sabor e valor nutritivo do peixe. Nesta fase, as latas são hermeticamente fechadas (cravação). A cravação consiste na operação mecânica de união do tampo e corpo da lata, de modo a obter uma embalagem hermeticamente fechada, que garante a conservação do produto. Após cravação, ocorre a lavagem das latas (lavadouras), para eliminar possíveis registos de gordura, passando posteriormente à sua secagem com ar comprimido.

Segue-se a marcação do produto, com indicação da data e hora de fabrico, prazo de validade e número de fabrico. A marcação ocorre com recurso a equipamentos a jato de tinta e laser.

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deterioração do produto em condições normais, não refrigeradas, durante o armazenamento, transporte e distribuição.

Após a esterilização das latas de conserva, os cestos são colocados numa área restrita para arrefecimento por um período estabelecido (cerca de 2 horas ou até a temperatura ser igual ou inferior a 40ºC). Esta etapa previne o manuseamento a quente que originaria o desenvolvimento de microrganismos patogénicos.

Os cestos seguem para o armazém de embalagem e, com recurso a mesas de despaletização, as latas são retiradas e colocadas em passadeiras para embalamento, passando posteriormente por um sistema de inspeção por raio X que permite detetar corpos estranhos (vidro, pedra, metal) dentro dos produtos enlatados. Caso se verifique alguma deteção, esse produto é rejeitado e é investigada a origem do corpo estranho. O restante produto deste lote é isolado e passado novamente no raio X para garantir a sua conformidade.

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Figura 7– Fluxograma da Produção de Cavala sem Pele e em Filete

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4.2.1.5. Cavala To Pan

A Produção de Cavala To Pan inicia-se igualmente na descongelação onde o peixe é desembalado e colocado na descongeladora, com o tempo e temperatura estabelecidos e controlados.

Na fase seguinte o peixe poderá necessitar de ser descabeçado e eviscerado, para remoção das vísceras, cabeça e cauda, com recurso a meios mecânicos (2 evisceradoras).

Posteriormente o peixe é cozido num cozedor a vapor. A cozedura tem como função principal parar a atividade microbiana ou enzimática e sobretudo expulsar toda a água extra-celular que, caso contrário, viria a aparecer no molho do produto final.

Após o cozimento, o pescado segue para a mesa de limpeza, onde é retirada a barriga e as espinhas, de forma manual. Após esta fase, o peixe entra num túnel de congelação (com azoto líquido). Os filetes de peixe congelado seguem para ensacamento, pesagem e fecho da embalagem (equipamento próprio de termoselagem da embalagem).

Posteriormente é feita a marcação do fabrico, com indicação da data e hora de fabrico, prazo de validade e número de fabrico.

O produto sofre inspeção visual (de modo a eliminar embalagens com possíveis defeitos de selagem ou marcação), passando de seguida à fase de esterilização.

Durante a esterilização (autoclaves), as embalagens são submetidas a um processo de tratamento térmico, que tem como objetivo a destruição da flora patogénica que possa existir no produto, que poderá provocar a deterioração do produto em condições normais, não refrigeradas, durante o armazenamento, transporte e distribuição.

Após a esterilização segue-se um período de incubação (incubadora), durante 7 dias a 37.º C.

Após esta fase o produto segue para a área de embalagem onde, previamente ao seu embalamento, é realizada nova inspeção visual, para identificação e eliminação de embalagens com possíveis defeitos de selagem ou marcação.

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Figura 8– Fluxograma da Produção de Cavala To Pan

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4.2.1.6. Saladas

A Produção de Saladas inicia-se igualmente na descongelação de lombos (loins) de atum ou salmão. Pode também ser utilizado atum que foi previamente descongelado, cozido e limpo (o processo de produção de atum é descrito no subcapítulo seguinte).

Em simultâneo com a descongelação do pescado é também realizada a descongelação dos vegetais. O produto é desembalado e é realizada uma inspeção visual, de forma a garantir a sua boa qualidade (e ausência de corpos estranhos). Os vegetais são descongelados e misturados num equipamento próprio (Bamix).

Após a descongelação, ocorre a adição de molho à embalagem.

Em seguida os vegetais seguem num tapete transportador próprio, para doseamento (enchimento) de forma automática.

Também o pescado é doseado de forma automática (doseadora multi cabeçal), para cada embalagem.

Na fase seguinte é realizada uma inspeção visual para controlo das extremidades a selar iniciando-se posteriormente a pré selagem da embalagem em equipamento automático, com injeção de azoto no túnel de expansão. Posteriormente ocorre a termoselagem da embalagem.

Segue-se a pesagem, lavagem da embalagem e marcação, com indicação da data e hora de fabrico, prazo de validade e número de fabrico.

As embalagens termoseladas seguem por tapete de transporte aéreo, para equipamento próprio (mesa de paletização), onde são colocadas em cestos para esterilização.

Durante a esterilização (autoclaves), as embalagens são submetidas a um processo de tratamento térmico, que tem como objetivo a destruição da flora patogénica que possa existir no produto, que poderá provocar a deterioração do produto em condições normais, não refrigeradas, durante o armazenamento, transporte e distribuição.

Após a esterilização, as embalagens são colocadas numa área restrita para arrefecimento por um período estabelecido (cerca de 2 horas ou até a temperatura ser igual ou inferior a 40ºC). Esta etapa previne o seu manuseamento a quente, que originaria o desenvolvimento de microrganismos patogénicos.

Os cestos seguem para o armazém de embalagem onde as embalagens são retiradas e colocadas em paletes para sofrerem um período de incubação (7 dias, a 37.º C) em incubadora própria.

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Após este procedimento as embalagens conforme são colocadas em paletes identificadas, paletizadas e transferidas para o armazém de produto acabado, de onde é expedido para o destino estabelecido.

Figura 9– Fluxograma da Produção de Saladas

Descongelação Armazenamento Desembalamento Recepção de embalagem primária Armazenamento Recepção de embalagem secundária Armazenamento Entrada de Tampos

Resíduos Dosagem de molho

Dosagem Multipond do atum

Pré Selagem

Injeção azoto/túnel de expansão Controlo das extremidades

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4.2.1.7. Atum

A Produção de Atum inicia-se igualmente na descongelação onde o peixe é colocado em cestos e descongelado, com tempo e temperatura estabelecidos e controlados.

De seguida o atum vai para a câmara de refrigeração e é cozido (cozedor a vapor), passando posteriormente para a câmara de humidificação, para arrefecimento sem ocorrer desidratação.

Após o processo de cozedura, o peixe segue para as mesas de limpeza, onde é retirada a cabeça, a pele, as espinhas e as vísceras.

O peixe limpo passa por um equipamento de deteção de metais, previamente programado, para deteção de corpos estranhos metálicos. Caso de verifique uma deteção, o produto é rejeitado.

Posteriormente o peixe é introduzido na lata (enlatamento) de acordo com as especificações do produto e é adicionada água /salmoura através de doseamento automático, caso seja necessário, de acordo com a especificação do produto acabado.

A fase seguinte, cravação (fecho das embalagens) consiste na operação mecânica de união do tampo e corpo da lata, de modo a obter uma embalagem hermeticamente fechada, que garante a conservação do produto. Após cravação, as latas são inspecionadas visualmente, por amostragem, de modo, a eliminar latas com possíveis defeitos de cravação que poderão dar origem a desenvolvimento microbiano patogénico.

As latas conformes, são colocadas em cestos e são submetidas a um processo de tratamento térmico com o objetivo de destruição da flora patogénica que possa existir na lata.

Após a esterilização das latas de conserva, as mesmas são colocadas numa área restrita para arrefecimento por um período de tempo estabelecido. Esta etapa pretende prevenir o manuseamento incorreto das latas e possíveis deformações que originam desenvolvimento de microrganismos patogénicos.

Os cestos seguem para o armazém onde as latas são retiradas e colocadas em passadeiras para embalamento, de acordo, com o tipo de produto e quantidade.

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Recepção de Loins

Descongelação

Enlatamento

Adição de Água Salmoura

Armazenamento Armazenamento Adição de Molho Cravação Inspecção Visual Preparação da Salmoura Esterilização Arrefecimento Embalamento Expedição Resíduos Resíduos Resíduos Recepção de embalagem primária Armazenamento Recepção de embalagem secundária Armazenamento Entrada de lata Entrada de Tampos Cozedura Recepção de Peixe Armazenamento Água Potável Entrada de Ingredientes Limpeza Desembalamento

Armazenamento Detetor de Metais

Resíduos

Descongelação

Humidificação

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4.2.1.8. Cavala Fumada

A Produção de cavala inicia-se com a descongelação que é efetuada durante um período de tempo e temperatura estabelecidos e controlados.

Caso necessário, é efetuada a evisceração por meios mecânicos, que consiste na remoção de vísceras e cabeça do peixe.

Na fase seguinte, o peixe passa pelo tanque de salmoura e, em seguida, é cozido, com tempo e temperatura estabelecidos e controlados.

A fase seguinte é a da refrigeração para arrefecimento, para isso o peixe é colocado em câmaras de refrigeração. Segue-se o processo de fumagem que consiste na exposição do produto à ação do fumo que confere propriedades conservativas ao peixe. De seguida, vai para a câmara de refrigeração.

O peixe é enlatado de acordo com as especificações do produto, e poderá ser adicionado molho através de doseamento automático.

A etapa seguinte é a cravação, que consiste na operação mecânica de união do tampo e corpo da lata, de modo a obter uma embalagem hermeticamente fechada. É esta hermeticidade do fecho da embalagem que confere uma das garantias de conservação do produto.

A inspeção visual é o passo seguinte, onde as latas são inspecionadas, por amostragem, de modo, a eliminar latas com possíveis defeitos de cravação que poderão dar origem a desenvolvimento microbiano patogénico. As latas conformes são colocadas em cestos e são submetidas a um processo de tratamento térmico, com objetivo de destruição da flora patogéncia que possa existir na lata.

Após a esterilização, durante um período de tempo estabelecido, os cestos são colocados numa área restrita para arrefecimento. Esta etapa pretende prevenir a contaminação que originaria desenvolvimento de microrganismos patogénicos.

Os cestos seguem para armazém onde as latas são retiradas e colocadas na linha de embalagem, de acordo, com o tipo de produto.

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LICENCIAMENTO AMBIENTAL Descongelação Evisceração Cozedura Arrefecimento Armazenamento Cravação Inspecção Visual Esterilização Arrefecimento Embalamento Expedição Resíduos Resíduos Resíduos Resíduos Recepção de embalagem primária Armazenamento Recepção de embalagem secundária Armazenamento Entrada de tampos Armazenamento Resíduos Armazenamento Água Potável Salmoura Armazenamento Fumagem Resíduos Madeira Arrefecimento Armazenamento Limpeza Armazenamento

Enlatamento Entrada de lata

Molho

Água Potável

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4.2.1.9. Produção de Molhos

Na Casa dos molhos são preparados os legumes para adição em linha de enlatamento assim como os molhos, de acordo com as diversas receitas.

A preparação dos legumes congelados inicia-se com o processo de desembalamento e inspeção visual dos mesmos. Em seguida, são misturados, colocados num recipiente próprio (carros fechados) e transportados para as linhas de Produção, para serem integrados na lata de conserva.

No caso de produção de receitas de molhos, de acordo com a receita, é necessário proceder à pesagem, adição e mistura de ingredientes em panelas próprias.

Os molhos são transportados em transporte próprio (papamóbil) ou por tubagens, para adição à lata de conserva, imediatamente antes da cravação (processo de fecho da lata).

Figura 12– Fluxograma da Produção de Molhos

Armazenagem Transporte Transporte (1) Recepção de embalagem primária Armazenagem (Depósitos) (2) Armazenamento Resíduos Pesagem Adição e mistura de ingredientes Transporte em papamobil (3) Aquecimento (3) Receção da Matéria-prima Armazenamento Alergénicos Armazenagem (Casa dos molhos) Receção de Matéria-prima Alergénicos Inspeção Legumes Armazenagem Pesagem (1) Armazenagem (1) Resíduos Armazenagem (Silos)

Transporte nas tubagens para a linha de produção (3) Adição de molho (Fluxograma de produção) Transporte (1) Transporte (1) Mistura de Ingredientes Transporte de carros fechados Adição de ingredientes (Fluxogramas de produção) Transporte de ingredientes para a linha de produção

Preparação de ingredientes Resíduos Resíduos

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4.2.1.10. Docapesca

Nos edifícios da Docapesca as atividades desenvolvidas estão essencialmente relacionadas com conservação do pescado, ocorrendo também a descongelação e cozimento do atum e descongelação de cavala fumada, conforme descrito nos pontos 4.2.1.7 e 4.2.1.8.

O pescado é rececionado fresco ou congelado. Caso seja rececionado fresco, procede-se à respetiva congelação (túnel de congelação ou congelação estática), para respetivo armazenamento. O pescado fresco pode também ser armazenado em câmaras de refrigeração e ser utilizado diretamente na Produção.

Caso o pescado seja rececionado congelado, o mesmo é armazenado em câmaras de congelação, para posterior utilização.

Receção de Loins

Armazenamento Congelação

Receção de Peixe Fresco

Armazenamento

Água Potável

Embalamento

Transferência para produção

Resíduos

Túnel congelação

Armazenamento

Resíduos

Congelação Estática Armazenamento

Descongelação

Recepção de embalagem primária

Armazenamento

Expedição

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4.3. DESCRIÇÃO DAS INFRAESTRUTURAS DA UNIDADE INDUSTRIAL

O abastecimento de água da ESIP é efetuado unicamente a partir da rede pública de abastecimento. A água da rede pública é fornecida pela empresa SMAS de Peniche, entidade gestora com a qual a ESIP tem um contrato de fornecimento. A unidade tem dois contadores de água independentes. Um para a água que abastece os edifícios principais da unidade e outro para os edifícios da Docapesca.

A água da rede pública que abastece os edifícios principais da ESIP aflui até à entrada da unidade pelo ramal de ligação e é encaminhada por bombagem para um depósito central, de capacidade unitária de cerca de 400 m3,

localizado junto à entrada, de onde é feita a ligação para os diferentes sectores da unidade industrial. Este depósito permite garantir sempre a disponibilidade de água à produção.

Os edifícios da Docapesca são também eles abastecidos apenas por água da rede e possuem contador próprio. A água aflui à entrada da unidade pelo ramal de ligação e é encaminhada aos diversos sectores existentes nestes edifícios, não havendo armazenamento de água.

Na figura seguinte apresenta-se o circuito das águas na instalação da EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL, identificando-se todas as águas utilizadas no processo.

Água da Rede Pública

Depósito de água (400 m3) Água edifícios Docapesca Refeitório 100m3/mês Wc/Balneários 1000 m3/mês EPTAR 500m3/mês Condensador Evaporativo

(Equi pamento de Frio) 400 m3/mês Lavagens 6 500 m3/mês Produção 15 000 m3/mês Caldeira 2774 m3/mês 315 294 m3/ano 21 282 m3/mês 4 992 m3/mês

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Relativamente ao sistema de saneamento da instalação, a ESIP possui três redes de drenagem de águas residuais: a rede de drenagem de águas residuais industriais; a rede de drenagem de águas residuais domésticas; e a rede de drenagem de águas pluviais.

As águas residuais industriais provenientes do processo de fabrico dos edifícios principais da ESIP e da Docapesca são encaminhadas por tubagem para a Estação de Pré-tratamento de Águas Residuais (EPTAR), após a qual, o efluente é descarregado no coletor municipal para posterior tratamento na ETAR de Peniche. As águas residuais provenientes da lavagem de equipamentos e pavimentos da zona da Docapesca são encaminhadas, para a rede de saneamento municipal do SMAS de Peniche, a Entidade Gestora dos Sistemas Públicos de Saneamento do Município de Peniche, seguindo posteriormente para tratamento final na ETAR de Peniche. As águas residuais domésticas produzidas têm a sua origem nos sanitários e balneários. As que são produzidas nos edifícios principais da ESIP são encaminhadas para caixas de visita, ligadas diretamente à rede de coletores municipais no exterior da unidade através de pontos de descarga, ou, encaminhadas para a rede de efluentes industriais da instalação com ligação à EPTAR da unidade.

As águas residuais domésticas produzidas nos sanitários e balneários na zona da Docapesca são descarregadas no coletor após mistura com efluentes produzidos nas lavagens diárias de pavimentos e equipamentos, (cestos onde é colocado o pescado para descongelação e cozedura, equipamentos de pesagem e separação por tamanho) e mistura com algumas águas pluviais.

A descarga das águas residuais domésticas dos edifícios principais da ESIP na rede pública encontra-se devidamente licenciada.

Parte das águas pluviais geradas na instalação são conduzidas através de diversas caleiras espalhadas pela instalação para a rede de efluentes industriais para a EPTAR da unidade, e posteriormente para a rede de coletores municipais geridos pelos SMAS de Peniche. As águas pluviais junto ao edifício de produto acabado e junto ao edifico da Docapesca, encontram-se a ser encaminhadas diretamente para a rede de águas pluviais dos SMAS de Peniche, estas águas são recolhidas em zonas limpas (Armazém de expedição/Congelação).

4.4. CONSUMOS

Atualmente a água utilizada na ESIP é proveniente unicamente da rede de água pública. Durante o ano 2016 foram consumidos cerca de 315 294 m3 de água, ou seja cerca de 876 m3/dia.

Na instalação em apreço, verifica-se essencialmente a utilização de água para os seguintes fins: processo produtivo, no funcionamento de caldeira, na EPTAR, nas lavagens e no consumo humano.

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do fuelóleo. A energia elétrica está presente em praticamente todos os processos, nomeadamente para acionamento de motores, máquinas, comando e iluminação dos diferentes espaços.

O fuelóleo, por seu lado, é consumido na caldeira, para produção de vapor e aquecimento de água quente a ser utilizada no processo. Esta caldeira, a funcionar a fuelóleo, passará a ser uma caldeira de reserva funcionando apenas em situações de emergência ou de paragem da caldeira a gás natural, que foi instalada no início do ano de 2017 mas que ainda aguarda a ligação do gás natural para poder entrar em funcionamento.

O GPL é utilizado atualmente nos grelhadores de peixe e o gasóleo é usado no gerador de emergência. Os grelhadores de peixe aquando da ligação do gás natural passarão também a funcionar com este combustível sendo o GPL retirado da instalação.

No Quadro 3 apresentam-se os consumos energéticos médios anuais da instalação.

Quadro 3 –– Consumos Energéticos registados na instalação industrial (2016)

Forma de Energia Destino Consumo de energia

GPL Grelhadores 35 Ton

Energia Elétrica Produção 8400 MWh

Fuelóleo Caldeira 1700 Ton

Gasóleo Gerador de Emergência 150 Litros

Gás Natural Caldeira/Grelhadores 1754,5 m3 (Previsão)

Em termos de matérias-primas e subsidiárias referem-se os seguintes consumos anuais na instalação: Sardinha – 9678 Ton, Atum – 3561 Ton, Cavala – 9430 Ton, Vegetais – 1455 Ton, Condimentos e aditivos – 732 Ton, Embalagens – 116 milhões e Azeites e Óleos -2230 Ton.

5. EFEITOS DAS EMISSÕES NO AMBIENTE NO SEU TODO

Uma vez que se trata de uma instalação já existente e que se encontra muito alterada e fragmentada devido à intervenção humana, os impactes ambientais causados encontram-se minimizados.

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No decurso do processo de Licenciamento Ambiental não foram identificados impactes negativos muito significativos, em nenhum dos processos de gestão e em nenhum dos descritores ambientais.

Seguidamente apresenta-se uma síntese da análise efetuada em termos de caraterização da situação de referência e de análise de impactes verificados durante a fase de exploração da instalação industrial.

Em termos climáticos, a exploração em estudo insere-se na Província Atlântica Média, que se estende desde Coimbra até aproximadamente à latitude de Torres Vedras (39ºN). O Verão e o Inverno são um pouco mais quentes do que a Província Atlântica do Norte. Apresenta fraca continentalidade térmica, e chuvas anuais de precipitação de 600 a 1000mm. Apresenta apenas um a dois meses secos, muitas trovoadas e brisas da terra e do mar, nos tipos de tempo com contraste de pressão fraco (DAVEAU, 1985). O Inverno, na região, apresenta-se relativamente rigoroso e o Verão é quente. A área em estudo apresenta condições favoráveis à ocorrência de fenómenos micro-climatológicos, nomeadamente nevoeiros e neblinas de irradiação ocasionadas pela localização e pela tipologia da ocupação do solo.

De um modo geral, considera-se que a instalação em estudo não é suscetível de causar impactes significativos no microclima da região em que se irá inserir.

Quanto à geologia e geomorfologia a zona da instalação, de acordo com a Carta Geológica de Portugal, Peniche integra-se na chamada Orla Meso-cenozóica Ocidental de Portugal mais particularmente na Bacia Lusitânica.

Em termos litológicos caracteriza-se pelo Plio-Plistocénico que está representado por formações localizadas a diferentes níveis, cujas cotas são variáveis de acordo com os autores, e que correspondem a depósitos de praias antigas e a terraços fluviais, sendo formadas por areias e cascalheiras. No entanto, os depósitos predominantes nesta costa são os holocénicos, divididos em três grandes conjuntos: depósitos de aluviões, areias de dunas e areias de praia.

Na fase de exploração os impactes não têm expressão, uma vez que não são registadas quaisquer afetações nesta vertente, decorrentes da exploração da instalação.

No que se refere aos solos, o impacte mais significativo decorrente do funcionamento da atividade da Unidade Industrial da ESIP, encontra-se associado à eficácia da gestão de resíduos e águas residuais geradas nas instalações.

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As águas residuais domésticas e industriais são drenadas para a EPTAR existente na propriedade com ligação através de coletor municipal à ETAR de Peniche, sendo as lamas acumuladas em local apropriado e encaminhadas periodicamente para um operador licenciado de gestão de resíduos.

O impacte mais significativo decorrente do funcionamento da ESIP encontra-se associado à eficácia da gestão de resíduos e águas residuais geradas nas instalações.

Em termos de recursos hídricos, o projeto em estudo insere-se na Bacia hidrográfica das Ribeiras do Oeste.

No que se refere aos recursos hídricos subterrâneos, as instalações localizam-se no Maciço Calcário Estremenho, pertencente à unidade hidrológica da Orla Ocidental indiferenciado das bacias das ribeiras do oeste. Refere-se a existência de várias direções de escoamento uma vez que se trata de um meio hidrogeológico essencialmente poroso e do tipo multicamada, com a existência de várias camadas impermeáveis entre as formações aquíferas identificadas.

Durante o funcionamento da atividade da unidade, os principais impactes sobre os recursos hídricos estão relacionados com o consumo de água e com a produção de efluentes industriais que possam contaminar o meio hídrico superficial e subterrâneo.

Salienta-se porém que o consumo de água é proveniente da rede de abastecimento pública não havendo por isso qualquer afetação do nível freático ou em outras captações de água existentes na envolvente. No que se refere ao impacte sobre os efluentes industriais, refere-se que a EPTAR existente nas instalações possui licença/autorização do SMAS de Peniche e cumpre com os valores limites de descarga, com exceção dos Cloretos, situação que está a ser revista com o estudo de solução de melhoria.

Embora ocorram atualmente algumas violações aos valores limite estabelecidos na Autorização de Ligação e Descarga na Rede Pública de Drenagem nº26/2016/DAR, a ESIP encontra-se a analisar/estudar, alterações ao processo produtivo e/ou ao tratamento de efluentes, que prevê a melhoria do sistema de tratamento, com vista ao cumprimento da licença de descarga.

No que se refere a outras fontes de contaminação das águas superficiais e subterrâneas associadas à atividade da ESIP estas não são expetáveis, desde que seja mantida a adequada gestão de resíduos e armazenamento de produtos químicos.

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Na fase de funcionamento da atividade, os impactes sobre a qualidade do ar originados pela dispersão, por ação do vento, de poeiras e partículas devido à circulação de viaturas afeto à atividade industrial, não terão expressão, face ao tráfego atualmente verificado nas estradas de acesso principais (especialmente o IP6). Consideram-se os impactes relacionados com a qualidade do ar, pouco significativos, permanentes e reversíveis.

A instalação industrial em estudo possui como fontes fixas de emissão de poluentes atmosféricos, correspondentes às chaminés industriais, uma caldeira a fuelóleo (que passará a funcionar em situações pontuais), uma caldeira a gás natural, ambas para produção de vapor, um equipamento de fumados, dois geradores de emergência que funcionam também de forma pontual e três chaminés associadas a 22 grelhadores.

Devido às suas características apenas cinco destas fontes fixas necessitam de monitorizar as emissões de poluentes atmosféricos. Sendo que quando a caldeira a fuelóleo passar a funcionar em regime pontual (menos de 500 horas por ano) apenas quatro necessitarão de monitorização das emissões atmosféricas, caldeira a gás e as três fontes fixas dos grelhadores.

De acordo com as análises efetuadas no âmbito da caracterização das fontes fixas de emissão os valores obtidos à saída da chaminé da caldeira a fuelóleo estão abaixo dos valores limite de emissão estabelecidos na legislação, com exceção de parâmetros de Partículas e Sulfuretos, em resultado da combustão do Fuelóleo (combustível atual).

Por forma a cumprir com os valores limite de emissão, a ESIP optou por substituição da Caldeira e de respetivo combustível, passando a funcionar a gás natural. A caldeira a gás natural já se encontra instalada, no entanto, aguarda que o gás natural seja ligado para poder entrar em funcionamento. Esta medida está agendada para Maio de 2018, pelo que se prevê a melhoria da afetação da qualidade do ar, passando a ter um impacte positivo.

Em termos de ambiente sonoro, as fontes de ruído existentes, estão associadas sobretudo ao funcionamento da atividade da unidade industrial e prendem-se essencialmente com o sistema de desodorização da EPTAR e com as Torres de Arrefecimento e à circulação rodoviária verificada na rede rodoviária da área de estudo, nomeadamente a Av. Monsenhor Manuel Bastos, já que é a artéria principal de acesso às praias, ao centro de Peniche e à Rua do Juncal. A influência de movimento local de pessoas (vozes) e o ruído de aves (gaivotas) também têm influência nas fontes de ruído predominantes.

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implementação de medidas de condicionamento acústico para redução do ruído com origem na Fábrica, apercebido nas habitações situadas junto à Av. Monsenhor Bastos, a Norte da Fábrica.

Algumas dessas medidas já se encontram implementadas, como é o caso da alteração do sistema de desodorização da EPTAR, tendo sido colocados sistemas atenuadores na chaminé de saída dos gases e a saída dos mesmos foi virada para o interior da instalação.

As restantes medidas foram aprovadas pela CM Peniche condicionado à apresentação de projetos de especialidade que foram entregues em Março de 2017.

Assim, estima-se que os impactes no ambiente sonoro decorrente do funcionamento da unidade industrial são negativos, diretos, embora pouco significativos.

Relativamente à ecologia, a área encontra-se muito alterada e fragmentada devido à intervenção humana e não se encontra inserida em nenhuma área classificada, embora se encontre no limite da área especial interesse para a conservação da natureza - Sítio Peniche/Santa cruz (PTCON0056).

No que se refere à caraterização socioeconómica, a instalação em estudo localiza-se na sub-região Oeste, distrito de Leiria, concelho de Peniche, freguesia de Peniche. A cidade de Peniche, sede do concelho, situa-se no Cabo Carvoeiro, a 13 metros de altitude. É uma cidade de pescadores, sendo um importante centro piscatório. Faz ainda parte do município as Berlengas ou Ilha da Berlenga, situada a sete milhas a NNO do Cabo Carvoeiro. O concelho é limitado a Norte e a Poente pelo Oceano Atlântico, a Sul pelos concelhos da Lourinhã e a Nascente pelo concelho de Óbidos. No que se refere à população residente, os últimos dados disponíveis apontam para 27.753 habitantes no concelho de Peniche (Censos 2011).

O Oeste possui uma estrutura produtiva heterogénea que reflete a vocação multifacetada de especialização de alguns concelhos (piscatória, agrícola, industrial e turística). A par de uma agricultura diversificada com segmentos competitivos, a sub-região conta com zonas e empresas de pesca com expressão nacional, possui um sector industrial caracterizado pela predominância das PME’s em atividades de especialização tradicional e tem o turismo em franco desenvolvimento, para além das atividades de armazenagem, transporte, construção e distribuição que se encontram em crescimento e apresentam atualmente níveis de estruturação mais satisfatórios.

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Em termos de condicionantes e ordenamento do território, segundo o Plano Diretor Municipal (PDM) de Peniche, a propriedade onde se localizam as instalações da ESIP, ocupa “Espaços Industriais Existentes”. Em matéria de ordenamento municipal, considera-se que o impacte da Unidade industrial da ESIP é positivo, permanente e progressivo.

Em termos de património, o levantamento de informação bibliográfica executadas tiveram resultados nulos, ou seja, na área da unidade, não foram identificadas ocorrências patrimoniais à superfície do terreno, quer de natureza arqueológica, quer arquitetónica ou etnográfica. Neste ponto, não se preveem impactes negativos (diretos ou indiretos) no decorrer do funcionamento da unidade.

No que se refere à paisagem, a instalação localiza-se numa área onde se concentra a mancha urbana mais significativa do concelho. Embora seja de salientar a acessibilidade visual a partir de quem circula na estrada municipal que se desenvolve junto à instalação da ESIP, considera-se que a capacidade de absorção visual da paisagem na totalidade área de estudo é elevada em resultado da morfologia plana do relevo, e do predomínio da ocupação urbana/industrial que constitui uma limitação forte à obtenção de grandes amplitudes visuais para os observadores próximos.

Face à média qualidade visual da paisagem e à sua elevada capacidade de absorção visual, considera-se como reduzida a sensibilidade aos impactes visuais potenciais resultantes da presença da unidade industrial da ESIP, apesar de se tratar de uma instalação com dimensão significativa.

Relativamente à gestão de resíduos e subprodutos, na atual fase de funcionamento da instalação refere-se a produção de:

 Subprodutos – resíduos da preparação e processamento de peixe;

 Resíduos sólidos urbanos: provenientes do refeitório e instalações sanitárias;

 Resíduos de oficina: filtros de óleo, óleos usados, peças de substituição;

 Lamas de EPTAR e outros.

Todos estes subprodutos e resíduos gerados são sujeitos a armazenamento temporário na instalação devidamente acondicionados e são encaminhados para operadores de gestão de resíduos devidamente licenciados. Tendo em conta a adequada gestão de resíduos e subprodutos, os impactes nesta matéria, classificam-se de negativos e pouco significativos.

No que se refere aos riscos associados à atividade industrial, foram identificadas as seguintes situações de probabilidade de ocorrências com eventuais danos sobre os valores ambientais do meio envolvente:

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à circulação geral de veículos de e para a instalação, principalmente os de transporte de matérias-primas, de produto final e de resíduos.

 Riscos de afetação da qualidade geral do ambiente pela contaminação acidental do meio envolvente à unidade industrial - riscos de contaminação que podem resultar da ocorrência de derrames acidentais de substâncias com carga poluente que gere episódios de contaminação acidental da área da propriedade da unidade industrial e sua envolvente, ou da ocorrência de derrame acidental de lamas da EPTAR durante o processo de remoção.

É importante realçar que a empresa adotou todas as medidas de segurança para a contenção de derrames decorrentes de rutura ou colapso de reservatórios de substâncias perigosas e mantem verificadas com a frequência obrigatória as estruturas de armazenamento das mesmas.

Todas as medidas de prevenção e mitigação de riscos já implementadas na unidade industrial, concertadas com os mecanismos de planeamento para prevenção de riscos ambientais permitem manter reduzida a probabilidade de ocorrência de situações de risco ambiental. No entanto, em caso de ineficácia das medidas supra mencionadas e falha dos mecanismos de emergência, a ocorrência de qualquer uma das situações acidentais anteriormente descritas corresponderia a um impacte negativo significativo a muito significativo, temporário e reversível.

 Riscos gerais para os trabalhadores expostos na atividade industrial:

 Riscos Químicos - nas instalações são armazenados e utilizados vários compostos químicos que poderão, durante a sua manipulação, representar riscos para os trabalhadores.

 Riscos biológicos - os agentes biológicos a ter em atenção serão aqueles que os próprios trabalhadores poderão transmitir entre si nas atividades laborais ou no uso dos espaços comuns, nomeadamente nas instalações sanitárias.

 Riscos de dano para o património genético – associados a agentes químicos, físicos e biológicos ou outros fatores que possam causar efeitos genéticos hereditários, efeitos prejudiciais não hereditários na progenitura ou atentar contra as funções e capacidades reprodutoras masculinas ou femininas.

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A ESIP possui procedimentos e planos para prevenir, investigar e responder a situações de emergência que conduzam ou possam conduzir a impactes ambientais negativos.

Por forma a evitar problemas de funcionamento ou fugas que possam potenciar contaminações, deverá ser garantida a manutenção periódica das redes de águas residuais industriais, de águas residuais domésticas e de águas pluviais.

Foi elaborado e vai sendo atualizado com a frequência necessária um Relatório de Avaliação de Riscos da Instalação, onde é estabelecido que:

 para a atuação na prevenção de riscos biológicos, são adotadas as boas práticas de higiene pessoal e de higienização frequente das instalações.

 para a atuação na prevenção de riscos de dano para o património genético, são adotadas as medidas de controlo da exposição dos trabalhadores;

 para a atuação na prevenção de riscos químicos associados à atividade, encontram-se já implementadas algumas medidas de controlo da exposição dos seus trabalhadores aos vários agentes químicos nela existente.

A empresa garante a formação contínua dos seus funcionários, no sentido de conhecerem os meios e métodos de prevenção de riscos e de as atuações face a situações de emergência.

6. SÍNTESE CONCLUSIVA

A EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL, SA desenvolve as suas atividades na transformação de produtos da pesca frescos e congelados em conserva de sardinha, cavala e atum e em saladas.

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O presente pedido de Licenciamento Ambiental (LA) teve como objetivo a análise da instalação na sua atual área de implantação e com as atuais capacidades de produção, tratando-se portanto da regularização de uma instalação existente, tendo sido caracterizadas todas as componentes ambientais (emissões para o ar e para a água, resíduos produzidos, água e energia consumidas, etc.), bem como quais as melhores técnicas disponíveis e respetivos valores de emissão a que as instalações PCIP estão sujeitas, procurando assim responder a todos os requisitos legais deste tipo de instalações.

Da avaliação efetuada no presente estudo, refere-se que na generalidade dos descritores ambientais, os impactes negativos resultantes da exploração da instalação industrial, são pouco significativos a significativos e quase sempre reversíveis.

De realçar que a instalação em apreço está associada à ocorrência de impactes positivos significativos, durante a respetiva fase de exploração, que se farão sentir maioritariamente ao nível dos aspetos socioeconómicos. Tendo em conta a situação atual do País e concretamente do concelho de Peniche, relativamente ao aumento da taxa de desemprego da população, a manutenção e criação de postos de trabalho constitui um impacte bastante positivo.

Referências

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