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A motivação da aprendizagem no adulto jovem

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Academic year: 2018

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Texto

(1)

A MOTIVAÇÃO

DA APRENDIZAGEM

NO

ADUL TO JOVEM

*

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

SANDRA FRANCESCA CONTE DE ALMEIDAzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA**

Texto de caráter didático-pedagógico destinado a profes-sores e estudantes universitários que trabalham na educa-ção e formaeduca-ção de adultos jovens. Analisa as dimensões que compõem a noção de adulto jovem e diferentes con-cepções teóricas da motivação da aprendizagem.

ABSTRACT

Didactic and pedagogic text addressed to teachers and coIlege students who work in the field of formation and education of young adults,

It analises the dimensions within the expression young aduIt and the different _ theorical conceptions from learning motivation.

É muito importante para o professor de adultos jovens conhecer melhor os motivos que levaram o estudante a optar por este ou aquele tipo de formação. O ponto de partida de toda aprendizagem

é

uma necessidade, um desejo ou_um

mo-~IVO por parte de quem está aprendendo. Os motivos

consti-tuem o aspecto dinâmico do processo educacional, represen-tando um dos pré-requisitos básicos de toda aprendizagem for-mal. O professor, como orientador ou facilitador das ativida-des em sala de aula, deve reconhecer a necessidade de se estudar o processo da motivação, pois tanto o conteúdo como

* Ler

YXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

n o t a e x p l i c a t i v a no final do texto.

** Professor-Adjunto do Departamento de Psicologia da Universidade Fe-deral do Ceará. Mestre e Doutora em Ciências da Educação pela Uni versidade René Descartes, Paris. Diplomada em Psicologia Escolar pelo Instituto de Psicologia da Universidade de Paris.

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us métodos de ensino devem respeitar os motivos individuais

e os da comunidade onde vive o aluno. _

Antes de iniciarmos o estudo da motivação da aprendiza-gem propriamente dito, veremos algumas das principais ca~ac-terísticas dos estudantes adultos, pois os professores, muitas vezes, por desconhecerem os aspectos biopsi~o.ssociais que compõem a noção de homem adulto, sentem dificuldades em detectar as motivações de seus alunos.

Segundo Léon, o homem adulto apresenta determinadas características biopsic\..lssociológlcas que o identificam:

"- no plano físico ser adulto é sentir-se

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

à

vontade em relação ao próprio corpo, que tomou forma estável; . _

- no plano intelectual o adulto compensa certa lentidão na assimilação por exigência maior em matéria de compreen-são e de integração dos conhecimentos teóricos e práticos;

- no plano da personalidade a maturidade é marcada pela possibilidade de ser responsável pela própria conduta, centro-lar os impulsos e agir de maneira autônoma e realista;

- no plano dos sentimentos o adulto é atento a outrem e se revela capaz de estabelecer relação amorosa completa, as-sociada

à

ternura e aos impulsos do corpo;

- no plano profissional a maturidade é marcada pela pos-sibilidade de organizar a vida em função de um objetivo e de manter-se no caminho escolhido" (Léor, 1977, p. 48). .

A nocão de homem adulto está, pois, ligada aos critérios de maturidade e de suficiência. Na teoria psicanalítica, a fase da maturidade corresponde a um longo período que vai aproxi-madamente dos vinte aos cincoenta anos. A primeira etapa corresponde ao adulto jovem (mais ou menos dos vinte aos trinta e cinco anos) e a segunda etapa caracteriza a me.a-idade (dos trinta e cinco aos cincoenta anos, aproximadamente).

Segundo Fortes d'Andrea, "o jovem adulto, superado

opro-blerna

de sua identidade, agora deve enfrentar, através de um mais amadurecido relacionamento interpessàal, três grandes responsabilidades. em relação à- sociedade e a si mesmo: o ajustamento profissional, o casamento e a paternidade" (Fortes d'Andrea, 1972, p. 109).

O professor, ao se interessar pelos motivos que levaram o aluno a empreender a continuação da aprendizagem, particu-larmente no caso dos adultos j-ovens, encontrará certamente o interesse de realização. ou promoção profissional entre as prin-cipais razões que determinaram a continuidade dos estudos.

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Rev,YXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAe l e P s i c o l o g i a , Fortaleza, 4 (1): jan,/jun., 1986

Além dos motivos profissionais, podemos identific r, t

rn-bérn,

motivos pessoais, ligados à necessidade de um m I r desenvolvimento pessoal, como aumentar a cultura 9 r I. desenvolver interesses específlcos: motivos sociais, multa vezes relacionados à promoção social e obtenção de s t e t u ,

necessidade de convívio social, participação em atividades ex-tra-familiares etc. Estes motivos, entre outros, explicam a opção realizada pelo adulto jovem na continuação da aprendizagem formal.

Malcon S. Knowles, citado por Lück e Carneiro, define as quatro características básicas dos alunos adultos, as quais o professor deve respeitar no processo ensinar-aprender:

"- auto-conceito - o aluno vê-se como um ser capaz de dirigir-se;

-'-.. experiência _. o adulto é um ser que viveu e acumulou experiências que geram um conhecimento de vida;

- prontidão para aprendlzaçern - ela varia, no adulto. de acordo com suas fases de desenvolvimento que são, é óbvio, bem diversas das fases de desenvolvimento da criança e do

adolescente:

_. orientação para a aprendizagem - para o adulto a aprendizagem é mais útil quando pode ter aplicação imediata" (Knowles, i n Lück e Carneiro, 1982, p. 78).

Para que não haja problemas de motivação, o que conduz a aumento de tensão emocional, problemas disciplinares, abor-recimento, fadiga e uma aprendizagem não eficiente, o pro-fessor deve adotar uma metodologia de ensino e planificar o seu programa a partir destas características básicas.

O objetivo principal do professor, na educação e formação do adulto jovem.

é

facilitar o seu processo de maturação pes-soal, para que este ocorra de forma sistemática e equilibrada. segundo as seguintes dimensões:

DIMENSÕES DE MATURIDADE

DE PARA

I. Dependência Autonomia 2. Passividade --- ~ Atividade 3. Subjetividade -} Objetividade

(3)

4. Ignorância , ~ 5. Habilidades restritas ~ 6. Responsabilidades restritas ---) 7. Interesses restritos ~

8. Egoísmo ~

9. Auto-rejeição ~ 1C. Auto-identidade amorfa -- ~ 11. Preocupação com detalhes -- ~ 12. Preocupações superficiais -- ~

13. Imitação ~

14. Necessidade de segurança -- ~ 15. Impulsividade ~

Sabedoria

Habilidades amplas Responsabilidades amplas Interesses amplos

Altruísmo Auto-aceitação

Auto-identidade integrada Preocupação com princípios Preocupações profundas Originalidade

Tolerância à ambigüidade Racionalização (Lück e Carneiro,

1982, p. 72).zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Analisados os aspectos biopsicossociais que compõem a noção do adulto jovem, podemos passar aqora ao estudo da motivação da aprendizagem.

É de suma importância que o professor compreenda real-mente este processo, pois ele deve criar condições educa?io-nais apropriadas para que o aluno se engage o .m~ls possivel na auto-análise de seus motivos, interesses e objetivos, perce-bendo, assim, que a aprendizagem

é

um processo interno que depende, fundamentalmente, do próprio aluno.

Do ponto de vista etimológico a p.alavra motivo vem do latim

YXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

m o v e r e , m o t u m , que significa aquilo que

=.

mover. ~o-tivar significa, então, provocar movimento ou atividade no

in-divíduo.

Do ponto de vista funcional o conceito. de motivo pode ser definido como uma condição interna, relativamente duradoura. que leva o indivíduo ou o pr~di~põe a p~r~i.stir num C0':lpor~a-mento orientado para um objetivo. possibilitando a

satlsfação

do que era visado.

Os motivos. segundo Maslow. derivam das necessidades. que significam carência, déficit, falta de algo no or.ganismo. Este autor elaborou uma teoria das necessidades explicando-as dentro de um sistema integrado e hierarquizado no qual as necessidades de nível' mais alto não se desenvolvem até que

2S de nível mais baixo estejam satisfeitas.

A figura abaixo 'mostra a hierarquia das necessidades,

se-gundo Maslow:' .

5 L '· R e v , d e P s i c o l o g i a , Fortaleza, 4 (1): jan,/jun .. 1986

HIERARQUIA DAS NECESSIDADES - Maslow

Necessidades de Au-to ..rea Iização: rea Iiza-ção e compreensão das próprias poten-cialidades ...

Necessidades do Ego: Auto-es-tima, autonomia, autoconfiança, reconhecimento, apreciação ...

Necessidades Sociais:

Participação, aceitação, associação. esti-ma, apreço ...

Necessidades Fisiológicas:

Alimento, água, ar, sono, satisfação sexual. ati-vidades ...

/~. teoria das necessidades humanas, de Maslow, apresen-ta um referencial teórico importante a ser considerado na educação do adulto jovem. Como <firmam Lück e Carneiro, esta teoria "indica a importância de se considerar variações entre os indivíduos em relação ao estágio de desenvolvimento em que se apresentam quanto às suas necessidades pessoais. evitando-se a irrefletida tendência de se considerar que todos os que procuram a educação de adultos (no nosso caso, o en-sino superior) tenham a mesma motivação. Muitos o fazem em busca de alcançar algumas condições fundamentais para que possam garantir a realização de suas necessidades básicas (fisiológicas ou de segurança); outros, que já conseguiram rea-lizar estas necessidades. podem perceber a educação como um meio de reali.rar necessidades de aplicação e apreço" (Lück e Carneiro, 1982. p. 43).

Os conceitos de estímulo, incentivo. interesse e impulso

são, freqüentemente, associados à motivação da aprendizagem

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e de forma nem sempre correta. Veremos o que significa, exa-tamente, cada um destes conceitos.

O estímulo é considerado como algo de natureza física

que desperta uma reação no indivíduo. Entretanto, o estímulo

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é

sempre externo à reação, enquanto o motivo participa da mesma. Assim, o calor de uma chapa quente é um estímulo que provoca a retirada ~a mão, reação da qual não faz parte o estímulo senão para provocá-Ia. O motivo é de natureza psi-cológica: a percepção da queimadura leva o inc:víduo a mer-gulhar a mão na água, agindo por um motivo que é o de fugir

à

dor da queimadura.

Incentivo é todo objeto ou situação que se introduz no con-texto educacional com o objetivo de determinar ou valorizar a

ação

do indivíduo. Assim, notas escolares, prêmios, elogios do orofessor funcionam como incentivos à aprendizagem.

• O interesse pode ser dc.finido Gomo a atração emotiva exercida por um objeto ou situação sobre o indivld-:o. Um aluno ao optar por determinada formação profissional se sente atraído por ela, isto é, ele tem interesse pelas atividades, si-tuações ou objetivos que envolvem tal profissão.

O conceito de Impulso está estreitamente vinculado às necessidades individuais. Ao surgir uma necessidade o indi-víduo apresenta uma forte tendência para a ação, para a ati-vidade, isto é, ele é impulsionado a agir, buscando a satisfa-cão da necessidade.

. Na concepção pedagógica tradicional, a motivação é vista sob duas formas ou tipos:

a) Motivação Intrínseca - a aprendizagem se realiza in-dependentemente de elementos externos, derivando-se da satis-fação inerente à própria atividade de aprender. Os resultados da aprendizagem, neste caso, geralmente são considerados efi-cientes e duradouros.

b) Motivação Extrínseca - quando a aprendizagem é de-terminada por fatores externos, isto é, não é derivada da pró-pria vontade ou interesse do aprendiz com relação à matéria em si ou com relação à atividade de aprender. Segundo esta concepção, os resultados da aprendizagem, neste tipo de

mo-tívaçãn,

geralmente são pouco duradouros, caindo facilmente no esquecimento e não permitindo a transferência ou aplicação cio conhecimento em outras situações ou setores da vida.

Uma segunda concepção da motivação da aprendizagem, a tecnológica, é baseada na teoria assoei acionista e aceita as

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fontes externas como motivos importantes da apr ndlz g m. "O homem é visto como um organismo reativo, motiv d p r recompensas retiradas do ambiente exterior. Estas r comp n-sas agem como forças que vão moldar seu comportam nto, A aprendizagem é um ato mecanicista" (Gooding, 1971, p. 115).

Contudo, como lembra Souza Campos, a motivação xtrln-seca "não é alguma coisa artificial, pois para ser eficlent , precisa ser fundamentada em alguma tendência, algum motivo ou necessidade própria do aprendiz, ou intrínseca à sua na-tureza. As experiências psicopedagógicas já concluiram da existência de uma série de motivos (necessidades, desejos, in-teresses, impulsos, tendências etc.) tais como o desejo de sucesso, a necessidade de aprovação social, a necessidade ele real ização, curiosidade etc., que poderão ser empregados pelos educadores para a maior eficiência da aprendizagem" (Souza Campos, 1975, p. 109).

Na concepção associacionista, uma das importantes fun-ções do professor é a que se refere ao despertar da motivação. O professor é, em última análise, a chave para a motivação da aprendizagem em sala de aula.

Uma terceira concepção pedagógica de motivação da aprendizagem, baseada na teoria da Gestalt, estabelece algu-mas premissas considere Jas necessárias para a compreensão do problema:

a) Todo comportamento é causado - o comportamento humano é complexo, pois inúmeros fatores intervêm e deter-minam o comportamento. Muitos destes fatores não podem ser observados de forma direta e imediata, pois eles atuam dentro do indivíduo. A importância dos fatores internos, isto é, fato-res relacionados às necessidades, interesses, valores, ideais, atitudes pessoais é de extrema importância, pois o comporta-mento do ser humano está sempre em relação com o estado de seu organismo em um dado momento. A interação dos fa-tores internos e fatores externos, isto é, ligados ao meio am-biente, determina o comportamento do indivíduo numa dada situação.

b) A motivação é uma condição interna do indivíduo -isto significa que o termo motivação, nesta concepção, est ligado às causas, aos porquês do comportamento e esta causas e porquês se situam nas condições internas do orga-nismo, OLl seja, são as necessidades e interesses do indivíduo que o levam a agir desta ou daquela maneira numa determinada

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ituação. Assim, nenhum elemento da situação externa, por si só, pode ser chamado de motivo, pois o processo de motiva-ção, segundo esta concepmotiva-ção, não se reduz a uma resposta me-cânica a estímulos ou incentivos ambientais. A motivação pode ser iniciada externamente, por um estímulo ambiental, mas ela não permanece exterior ao organismo. Desta forma, o ma-terial didático utilizado por um professor pode despertar o in-teresse do aluno pelo conteúdo do ensino, mas este resultado dependerá das respostas individuais dos alunos que, por sua vez, dependem do que se passa dentro de cada um.

c) A motivação não

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é

diretamente observável, ela tem de ser inferida ou deduzida. Tratando-se de uma condição interna

do organismo, o processo de motivação não pode ser direta-.,'lente observado. Entretanto, mediante observações cuida-dosas,

é

possível estabelecer relações entre certas formas de comportamento ou atividades apresentadas pelo indivíduo e as condições internas que as determinaram. É importante lem-brar que estas relações são deduções ou inferências estando, portanto, sujeitas a erros de interpretação por parte de quem as formula.

A partir destas premissas, a motivação

é

definida como um processo que provoca mudanças energéticas no indivíduo '3

modificacões no seu estado afetivo, determinando respostas antecipadas aos objetivos previstos.

O ciclo motivacional pode ser esquernatlzado da seguinte forma:

CICLO DA MOTIVAÇÃO

4

motivo

2

I

I

3

desequi- I' -~ aumento de

líbrio

I

tensões . ~

:---1

déficit -E---carência

6

satisfacão -E---equilíbrio

5

objetivo

o

organismo em estado de satisfação e equilíbrio repre-senta um campo de energias latentes, temporariamente ador-mecidas. A partir do momento em que há rompimento deste equilíbrio, isto é, ao surgir uma necessidade qualquer, o orga-nismo entra em atividade (física, mental, social, emocional,

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gundo as características da necessidade surgida). A p rUr d ste momento o processo da motivação está m and m nto, pro-vocando uma dinamização, uma mudança nerq lic 11 indi-víduo.

As modificações afetivas se caracterizam, sobr tudo, p 10 estado de tensão psicológica que acompanha a dlnarnlz ç dc

organismo até o momento em que este, alcançando o obJ liv , reduz a tensão emocional satisfazendo a necessidade

cuperando o equilíbrio perdido.

Quando o comportamento do indivíduo é motivado, uas reações ou respostas são selecionadas em vista do objetivo que deseja alcançar, isto é, são respostas que prevêem ou an tecipam a obtenção de um objetivo.

O comportamento direcionado a um fim específico

é

cha-mado comportamento instrumental porque o indivíduo que se empenha nesta atividade vê nela um instrumento para a con-secução de um objetivo, isto é, para obter aquilo que deseja.

Concluindo:

a) A motivação. em geral, envolve um complexo de neces sidades e não apenas uma necessidade isolada.

b) O ciclo da motivação se encadeia com os demais pro-cessos psicológicos.

c) O ciclo completo da motivação envolve mais que o le-antamento dos interesses e das necessidades: inclui o esta-belecimento de relacões entre esss interesses e o comporta-mento instrumental 'que conduzirá aos objetivos previstos.

d) A motivação é um processo que se passa no interior do indivíduo com o sentido de satisfazer necessidades me-diante a obtencão de determinados objetivos, O professor pode atuar no processo de motivação da aprendizagem descobrindo, dirigindo e capitalizando os interesses, necessidades e moti-vos do aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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EPU/EDUSP, 1971.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

SUGESTÕES DE LEITURA:

ADES. M o t i v a ç ã o H u m a n a , São Paulo, EPU, 1985.

CORIA-SABIN1, M. A. "Motivação da Aprendizagem" in P s i c o l o g i a a p l i c a d a

à E d u c a ç ã o , São Paulo, EPU, 1986, p. 35-46.

FERREIRA, B. W. P s i c o l o g i a P e d a g ó g i c a , Porto Alegre, Sulina, 1977. PUENTE, M. de Ia. T e n d ê n c i a s c o n t e m p o r â n e a s e m P s i c o l o g i a d a M o t i v a ç ã o ,

São Paulo, Autores Associados/Cortez, 1982.

WITTER, G. P. E d u c a ç ã o d e a d u l t o s : t e x t o s e p e s q u i s a s , Rio de Janeiro. Achiarné, 1983.

WITTER, G. P. "Aprendizagem e Motivação" in P s i c o l o g i a d a A p r e n d i z a g e m .

São Paulo, EPU, 1984, p. 37-57.

N O T A E X P L I C A T I V A : Este texto compõe. juntamente com outros, o

ma-terial didático-pedagógico intitulado "UNIDADE DE FUNDAMENTAÇÃO PEDAGOGICA E SENSIBIUZAÇÃO DO PROFESSOR PARA O ENSINO

DE 3," GRAU", Tal material foi elaborado pelas professoras Sandra Franccsca

Conte de Almeida (autora do texto em questão c, n a época, professora da PUC-Pr), Corina Lúcia Costa Ramos e Maria Amélia Sabbag Zainko. pro-fessoras da Universidade Federal do Paraná.

O material foi organizado com o objetivo de atender às necessidades da PUC-Pr, no sentido de fornecer aos estudantes dos cursos de especialização (pós-graduação l a t o s e n s u ) uma adequada formação didático-pedagógica, cum-prindo-se determinações da Resolução n," 12/83 do Conselho Federal de Edu-cação. Todos os textos que cor ipõem a U IDADE são, portanto, textos didá-ticos, organizados de forma a atender a objetivos específicos de ensino e aprendizagem e destinados, originalmente, à clientela heterogênea dos cursos de especialização.

Os "GUIAS PARA APRENnIZAGEM" que acompanham os textos fo-ram elaborados a partir de referencial teórico adotado dos trabalhos de Robert GAGN~ no que diz respeito aos tipos de aprendizagem pretendidos e con-seqüentes desempenhos a serem demonstrados pelo estudante. A estrutura de cada GUIA é composta de O B J E T I V O S , Q U E S T O E S , que se subdividem em

C o m p r e e n s ã o d o ( s ) textots), A n á l i s e d e experiênciats) e O r g a n i z a ç ã o d e s u a

p r á t i c a , e ainda do momento final de A V A L I A Ç Ã O .

O texto aqui publicado MOTIVAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO ADUL-TO JOVEM vem acompanhado de seu respectivo GUIA PARA APRENDI-ZAGEM. Espera-se, assim, que ambos possam ser trabalhados por estudantes universitários, sob forma de auto-instrução, ou que venham a ser utilizados pelo professor, em sala de aula, através de aprendizagem interativa. O GUIA poderá, evidentemente, ser adaptado ao nível de escolaridade dos alunos.

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R e v . d e P s i c o l o g i a , Fortaleza, 4 (1): jan./jun., 1986

GUIA PARA APRENDIZAGEM

T E X T O : A motivação da aprendizagem no adulto jovem.

Ao realizar a leitura do texto, você dever fa-zê-Ia visando:

OBJETIVOS

- Identificar os conceitos envolvidos nas noções de adulto jovem e motivação da aprendizagem, ilustrando com exemplos.

- Classificar procedimentos de ação do professor relacionando-os às teorias de motivação da aprendizagem estudadas.

- Demonstrar comportamentos relacionados ao pro-cesso de motivacão, concluindo sobre as fases, o nível motivacional e o estágio de desenvolvimento das necessi-dades nestes comportamentos.

- Originar proposta de ação educacional, apresen-tando procedimentos para orientar o processo de moti-vação da aprendizagem.

- Escolher valores a serem adotados na prática edu-cacional, estabelecendo princípios de ação e propostas educacionais relacionados ao processo de motivação do aprendizagem.

- Criar solução para resolver problema específico de motivação da aprendizagem, propondo alternativas à situação-problema.

QUESTÕES

Para compreensão do texto \

a) Descreva as principais características que compõem noI li)

de adulto jovem.

(7)

b) Conceitue e exemplifique cada um dos conceitos abaixo: motivo

-necessidade -estímulo -incentivo -interesse -impulso

-c) Explique, com suas próprias palavras, o que você entendeu por motivação da aprendizagem e dê um exemplo retirado de sua experiência.

Para a análise de experiências

a) Identifique alguns procedimentos a serem adotados pelo

professor na facilitação do processo de

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

maturação

pessoal de estudantes adultcs jovens.

b) Converse com professores do Eru.ino de 3.° Grau sobre os procedimentos por eles adotados na motivação da aprendiza-gem de seus alunos.

A partir das informações coletadas, conclua se os procedimen-10s por eles utilizados estão embasados na concepção tradicio-nalista, associacionista ou gestaltista da aprendizagem. Justi-fique sua resposta.

c) Observe o comportamento apresentado por um estudante que pretenda alcançar determinada finalidade.

Pode-se dizer que o comportamento que você observou

é

um ato motivado? Justifique sua resposta. Em caso afirmativo, ten-te descrever o ciclo motivacional deste comportamento.

d) Identifique os motivos, necessidades e interesses que o le· varam a continuar seus estudos, após a conclusão do Ensino Superior. Relacione-os com o seu nível de motivacão atual e conclua sobre a evolução de seu processo

rnotívaclonal.

.e) A partir de deduções, identifique o estágio de desenvolvi-mento em que se encontra o seu grupo-classe, com relacão às necessidades humanas e ao processo motivacional. .

Para a organização de sua prática

GI) Estabeleça princípios de

açãr

e propostas educacionais que você poderá adotar para despertar ou facilitar o processo de

62

YXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

R e i ' . d e P s i c o l o g i a , Fortaleza, 4 (1): jan.jjun .. 1986

motivação da aprendizagem nos seus alunos.

b)

Um professor observa, em sua sala de aula, que

?

preocup~-ção básica de um grupo de alunos S0 limita a obter ~oa nota .

Preocupado com a situação, e na busca de alternativas para

contorná-Ia, ele lhe pergunta: f d t'

_ que procedimentos você adotaria se fosse pro essor es a

turma?

_ que conseqüências estes procedi~entos poderiam trazer com relação à motivação da aprendizagem deste grupo de

alunos?

AVALIAÇÃO Retorne aos objetivos previstos e comente quais os que você julga ter al~anç.ad~, qual o mais difícil, qual o que foi

atlnqtdo

~e modo mais rápido, qual o que voce mais gostou de ter atingido e qual o que men.os gostou, e outros comentários que queira realizar.

Das questões estabelecidas, comente quais delas foram mais significativas. para você, qual você preferiria não ter re~lIzado, e outros comentários que queira realizar so-bre as atividades.

O que achou do(s) texto(s) apresenta-do(s)?

Faça uma apreciação geral sobre este Guia para Aprendizagem, oferecendo suas críticas e sugestões.

Anote o tempo que você dispendeu para realizar este Guia.

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