RESOLUÇÃO BACEN N.º 3.207, DE 24/06/04
Dispõe sobre alterações em programas de investimento, amparados em recursos equalizados elo Tesouro Nacional junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sobre prorrogação do vencimento de parcelas de financiamentos dos referidos programas e sobre ajustes nas condições dos financiamentos ao amparo do Programa de Geração de Emprego e Renda Rural (Proger Rural).
O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na forma do art. 9º da Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público que o CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL, em sessão extraordinária realizada em 17 de
junho
de 2004, tendo em vista as disposições dos arts. 4º, inciso VI, da referida lei, 4º e 14 da Lei 4.829, de 5 de novembro de 1965, e 5º da Lei 10.186, de 12 de fevereiro de 2001,
R E S O L V E U:
Art. 1º Estabelecer os seguintes ajustes na regulamentação dos programas de investimento amparados em recursos equalizados
pelo
Tesouro Nacional junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES), codificada no MCR 13:
I - Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota):
a) destinar até R$5.500.000.000,00 (cinco bilhões e quinhentos milhões de reais), a serem aplicados no período de 1º de julho de 2004 a 30 de junho de 2005;
b) autorizar a cobrança, pelo BNDES, dos fabricantes que desejarem participar do sistema de financiamento sob as condições do Moderfrota, contribuição de até 4% (quatro por cento) do valor de cada liberação, observado que o risco de flutuação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), nos seguintes termos, será assumido:
1. caso a TJLP seja fixada acima de 10% a.a. (dez por cento ao ano):
pelo Tesouro Nacional, que repassará ao BNDES o montante equivalente à diferença entre a TJLP e a taxa de 10% a.a. (dez por cento ao ano), aplicada sobre o saldo devedor das operações realizadas nos termos desta resolução;
2. se a TJLP ficar abaixo de 10% a.a. (dez por cento ao ano): pelo BNDES, que repassará ao Tesouro Nacional a diferença apurada, aplicada sobre o saldo devedor das operações realizadas nos termos desta resolução;
c) admitir, observados os respectivos requisitos, a concessão de mais de um crédito para o mesmo tomador até 30 de junho
de 2005;
II - Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop):
a) destinar até R$550.000.000,00 (quinhentos e cinqüenta milhões de reais), a serem aplicados no período de 1º de julho de 2004 a 30 de junho de 2005;
b) alterar a redação dos seguintes incisos da alínea "d" do MCR 13-8-1:
1. "IV - instalação e modernização de unidades industriais de beneficiamento, padronização e processamento de frutas, legumes, hortaliças e dos setores de sucos e vinhos";
2. "VII - implantação de indústrias de moagem de cereais, via seca e via úmida";
3. "XIII - instalação e modernização de unidades industriais para produção de cafés torrado, solúvel e de bebida superior, contemplando equipamentos de benefício e rebenefício, desde que se trate de projeto voltado para exportação";
4. "XXII - frigoríficos de suínos e respectivas Unidades de Produção de Leitões (UPL), quando vinculados à própria indústria ou cuja cooperativa esteja vinculada a uma cooperativa central com capacidade para industrializar os suínos oriundos dessas UPL";
c) atualizar o MCR 13-8-1 para incluir incisos nas seguintes alíneas:
1. "d": "XXIII - instalação, ampliação e modernização de unidades de produção aqüícola, contemplando construção de tanques, laboratórios, equipamentos de aeração e demais itens de infra- estrutura";
2. "e": "IX - aquisição de máquinas e equipamentos também de forma isolada, quando destinados à modernização no âmbito dos setores e ações enquadráveis no programa";
d) limite de crédito: até R$20.000.000,00 (vinte milhões de
reais) por cooperativa para empreendimentos em uma única unidade da federação, observados os tetos estabelecidos, admitindo-se que referido limite seja incrementado em até 100% (cem por cento), quando os recursos adicionais forem destinados a empreendimentos da própria cooperativa em outra unidade da federação;
e) admitir, observados os respectivos requisitos, a concessão de mais de um crédito para o mesmo tomador até 30 de junho
de 2005;
III - Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Propflora):
a) destinar até R$50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais), a serem aplicados no período de 1º de julho de 2004 a 30 de junho de 2005;
b) incluir na alínea "d" do MCR 13-6-1: "III - implantação e manutenção de espécies florestais para produção de madeira destinada à queima no processo de secagem de produtos agrícolas";
IV - Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais (Moderagro):
a) destinar até R$900.000.000,00 (novecentos milhões de reais), a serem aplicados no período de 1º de julho de 2004 a 30 de junho de 2005;
b) admitir, observados os respectivos requisitos, a concessão de mais de um crédito para o mesmo tomador até 30 de junho
de 2005;
V - Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem (Moderinfra):
a) destinar até R$700.000.000,00 (setecentos milhões de reais), a serem aplicados no período de 1º de julho de 2004 a 30 de junho de 2005;
b) atualizar o MCR 13-3-1 para:
1. alterar a redação da alínea "c": "II - implantação,
ampliação, recuperação, adequação ou modernização de unidade armazenadora, individual ou coletiva";
2. incluir alínea "d": "localização do empreendimento: na propriedade rural do beneficiário, admitindo-se que, quando se tratar de crédito coletivo, a unidade armazenadora seja edificada em local da zona rural mais próximo possível da área de produção dos beneficiários do crédito";
3. alterar o limite de crédito para R$600.000,00 (seiscentos mil reais) para empreendimento individual e estabelecer valor máximo de R$1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais) para empreendimento coletivo, respeitado o limite individual por participante, independentemente de outros créditos concedidos ao amparo de recursos controlados do crédito rural;
c) estabelecer os seguintes encargos financeiros:
1. para financiamentos de empreendimento individual de até R$400.000,00 (quatrocentos mil reais): taxa efetiva de juros de 8,75%
a.a. (oito inteiros e setenta e cinco centésimos por cento ao ano);
2. para financiamentos de empreendimento individual superior a R$400.000,00 (quatrocentos mil reais): taxa efetiva de juros de 10,75% a.a. (dez inteiros e setenta e cinco centésimos por cento ao ano);
3. para financiamentos de empreendimento coletivo: a mesma regra de que tratam os itens 1 e 2, de acordo com o valor atribuído a cada participante;
d) admitir, observados os respectivos requisitos, a concessão de mais de um crédito para o mesmo tomador até 30 de junho
de 2005;
VI - Programa de Desenvolvimento do Agronegócio (Prodeagro):
a) incorporar em suas normas os itens financiáveis do
Programa de Incentivo à Mecanização, ao Resfriamento e ao Transporte Granelizado da Produção de Leite (Proleite);
b) destinar até R$200.000.000,00 (duzentos milhões de reais), a serem aplicados no período de 1º de julho de 2004 a 30 de junho de 2005;
c) alterar o MCR 13-7 para incluir a seção 13-9, bem como os seguintes comandos:
1. na alínea "a" como setores apoiados, "a pecuária leiteira e a defesa animal, particularmente o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT)";
2. no inciso IV da alínea "c", a expressão: "aquisição de alevinos e ração no primeiro ciclo de produção, entendido como custeio associado ao investimento";
3. inciso VII na alínea "c": "à construção de instalações para silagem, distribuidor de adubo, de calcário e de esterco líquido, ensiladeira, material de inseminação artificial, misturador de ração, ordenhadeira mecânica, picadeira, equipamentos de geração de energia alternativa à eletricidade convencional, tanque de resfriamento, triturador e vagões forrageiros";
4. inciso VIII na alínea "c": "à reposição de matrizes
bovinas ou bubalinas, por produtores rurais que: tenham aderido à certificação de propriedades livres ou monitoradas em relação à brucelose ou à tuberculose, ou cujas propriedades estejam participando de inquérito epidemiológico oficial em relação às doenças citadas; tenham tido animais sacrificados em virtude de reação positiva a testes detectores de brucelose ou tuberculose;
atendam a todos os requisitos referentes à Instrução Normativa 6, de 8 de janeiro de 2004, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e outros normativos correlatos";
d) acrescentar, na alínea "d", que, exclusivamente no
âmbito do PNCEBT, para a reposição de matrizes bovinas ou bubalinas, o limite de crédito será de R$75.000,00 (setenta e cinco mil reais) por produtor e de R$1.500,00 (mil e quinhentos reais) por animal;
e) acrescentar, na alínea "g", que, no caso de
financiamento destinado à pecuária leiteira, as amortizações podem ser mensais;
f) admitir, observados os respectivos requisitos, a concessão de mais de um crédito para o mesmo tomador até 30 de junho
de 2005;
VII - Programa de Desenvolvimento da Fruticultura (Prodefruta):
a) destinar até R$200.000.000,00 (duzentos milhões de reais), a serem aplicados no período de 1º de julho de 2004 a 30 de junho de 2005;
b) atualizar o MCR 13-5 para:
1. alterar a redação do inciso III da alínea "c" do item 1:
"projeto técnico específico da lavoura cacaueira, elaborado pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), como necessários à recuperação de áreas degradadas e à enxertia, recomposição do stand e melhoria em infra-estrutura, assim entendidas como construção e recuperação de barcaças, secadores, casa-de- fermentação, resfriadores, armazéns e depósitos";
2. incluir inciso V na alínea "c": "implantação de planta
agroindustrial para beneficiamento e transformação de produtos de cacau e de outras frutíferas tropicais em chocolates, sucos, geléias, licores, vinagres e doces";
c) admitir, observados os respectivos requisitos, a concessão de mais de um crédito para o mesmo tomador até 30 de junho
de 2005.
Art. 2º O Programa de Geração de Emprego e Renda Rural (Proger Rural), divulgado pela Resolução 3.132, de 31 de outubro de 2003, passa a vigorar com os seguintes ajustes:
I - recursos, fontes e destinações: R$1.000.000.000,00 (um bilhão de reais), a serem aplicados no período de 1º de julho de 2004 a 30 de junho de 2005, observado que:
a) até R$150.000.000,00 (cento e cinqüenta milhões de reais), oriundos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), dos quais devem ser aplicados:
1. até R$50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais), em créditos de custeio pelo Banco da Amazônia S.A.;
2. até R$100.000.000,00 (cem milhões de reais), em créditos de investimento pelo Banco do Brasil S.A.;
b) até R$350.000.000,00 (trezentos e cinqüenta milhões de reais), oriundos de recursos próprios de bancos cooperativos, devem ser aplicados em créditos de custeio;
c) até R$300.000.000,00 (trezentos milhões de reais), oriundos dos recursos obrigatórios de que trata a seção 6-2 do MCR, também devem ser aplicados em créditos de custeio;
d) até R$200.000.000,00 (duzentos milhões de reais), oriundos dos Fundos Constitucionais de Financiamento, para aplicação em créditos de investimento;
II - encargos financeiros: taxa efetiva de juros de 8% a.a.
(oito por cento ao ano);
III - na área de abrangência dos Fundos Constitucionais de Financiamentos a concessão de créditos de investimento fica restrita à fonte de recursos e às condições vigentes para aqueles fundos, em especial quanto aos prazos e encargos financeiros;
IV - para efeito de enquadramento dos beneficiários no programa, deve ser rebatida em 50% (cinqüenta por cento) a renda bruta proveniente das seguintes atividades intensivas em capital:
avicultura não integrada, pecuária leiteira, piscicultura, olericultura, sericicultura e suinocultura não integrada;
V - para efeito de cumprimento da exigibilidade de recursos obrigatórios de que trata a seção 6-2 do MCR, o valor correspondente ao saldo das aplicações deve ser computado mediante sua multiplicação pelo fator de ponderação de 1,1.
Art. 3º Fica autorizada a prorrogação, pelo prazo de um ano após a data de vencimento da última prestação dos financiamentos formalizados ao amparo dos programas de investimento com recursos do
BNDES, das parcelas que seriam pagas em 2004 com o resultado da safra
frustrada, de mutuários que tiveram perdas superiores a 50%
(cinqüenta por cento) da produção, em decorrência de estiagens ou do furacão "Catarina".
Parágrafo único. A prorrogação autorizada neste artigo deve:
I - ser realizada mediante análise caso a caso, mantida a periodicidade originalmente pactuada e independentemente da formalização de aditivo ao instrumento de crédito;
II - contemplar empreendimentos implantados em municípios dos Estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina que estejam relacionados na Portaria Interministerial 110, de 13 de maio de 2004, ou daquela que a suceder, dos Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário;
III - ser feita sem prejuízo da observância do disposto na Resolução 2.682, de 21 de dezembro de 1999, relativamente à classificação das operações de que se trata.
Art. 4º Em conseqüência, com vistas à consolidação das normas relativas aos programas de que trata esta resolução, encontram se anexas as folhas necessárias à atualização do MCR.
Art. 5º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de julho de 2004, quando ficarão revogadas as Resoluções 2.233, de 25 de janeiro de 1996, 3.076 e 3.077, ambas de 24 de abril de 2003, 3.086, 3.088, 3.092, 3.093 e 3.095, todas de 25 de junho de 2003, 3.131, 3.132 e 3.139, todas de 31 de outubro de 2003, 3.148, de 28 de novembro de
2003, e 3.182 e 3.183, ambas de 29 de março de 2004.
Brasília, 24 de junho de 2004.
Paulo Sérgio Cavalheiro Presidente, substituto
--- TÍTULO: CRÉDITO RURAL
CAPÍTULO: Programa de Geração de Emprego e Renda Rural - 8 SEÇÃO: Proger Rural - 1
--- 1 - As operações do Programa de Geração de Emprego e Renda Rural
(Proger Rural) ficam sujeitas às normas gerais do crédito rural e às seguintes condições especiais:
a) beneficiários: proprietários rurais, posseiros, arrendatários ou parceiros que:
I - tenham o trabalho familiar como predominante na exploração do estabelecimento, podendo manter até 2 (dois) empregados permanentes, sendo admitido ainda o recurso eventual à ajuda de terceiros, quando a natureza sazonal da atividade o exigir;
II - não detenham, a qualquer título, inclusive sob forma de arrendamento, área de terra superior a 15 (quinze) módulos fiscais;
III - tenham, no mínimo, 80% (oitenta por cento) de sua renda originária da atividade agropecuária ou extrativa vegetal;
IV - residam na propriedade ou em local próximo;
V - possuam renda bruta anual de até R$80.000,00 (oitenta mil reais);
b) itens financiáveis: custeio e investimento;
c) limites de crédito, observado o disposto nas alíneas "b" e "c"
do item seguinte:
I - custeio: R$48.000,00 (quarenta e oito mil reais) por beneficiário, por safra;
II - investimento: R$48.000,00 (quarenta e oito mil reais) por beneficiário, por ano safra, para empreendimento individual;
d) recursos, fontes e destinações: R$1.000.000.000,00 (um bilhão de reais), a serem aplicados no período de 1/7/2004 a 30/6/2005, observado que: (*)
I - até R$150.000.000,00 (cento e cinqüenta milhões de reais), oriundos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), dos quais devem ser aplicados:
- até R$50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais), em créditos de custeio pelo Banco da Amazônia S.A.;
- até R$100.000.000,00 (cem milhões de reais), em créditos de investimento pelo Banco do Brasil S.A.;
II - até R$350.000.000,00 (trezentos e cinqüenta milhões de reais), oriundos de recursos próprios de bancos cooperativos, devem ser aplicados em créditos de custeio;
III - até R$300.000.000,00 (trezentos milhões de reais), oriundos dos recursos obrigatórios de que trata a seção 6-2, também devem ser aplicados em créditos de custeio;
IV - até R$200.000.000,00 (duzentos milhões de reais), oriundos dos Fundos Constitucionais de Financiamento, para aplicação em créditos de investimento;
e) encargos financeiros: taxa efetiva de juros de 8% a.a. (oito por
cento ao ano), ressalvado o disposto no item 3; (*) f) prazos de reembolso:
I - custeio agrícola: até 2 (dois) anos, observado o ciclo de cada empreendimento;
II - custeio pecuário: até 1 (um) ano;
III - investimento: até 8 (oito) anos, incluídos até 3 (três) anos de carência, ressalvado o disposto no item 3;
g) amortizações:
I - custeio agrícola: vencimento no prazo de até 90 (noventa) dias após a colheita ou em até 3 (três) parcelas mensais, iguais e sucessivas, vencendo a primeira 60 (sessenta) dias após a data prevista para a colheita;
II - investimento: semestrais ou anuais, de acordo com o fluxo de receitas da propriedade beneficiada;
h) risco operacional: do agente financeiro;
i) equalização de encargos dos recursos do FAT e dos bancos cooperativos: a cargo do Tesouro Nacional (TN).
2 - Com relação ao disposto no item anterior deve ser observado que:
a) para efeito de enquadramento no programa, deve ser rebatida em 50% (cinqüenta por cento) a renda bruta proveniente das seguintes atividades intensivas em capital: avicultura não integrada, pecuária leiteira, piscicultura, olericultura, sericicultura e suinocultura não integrada; (*)
b) o somatório dos créditos de custeio e de investimento não pode ultrapassar R$60.000,00 (sessenta mil reais), por beneficiário;
c) na hipótese de concessão de crédito de investimento para empreendimento coletivo, deve ser observado o limite individual de cada participante;
d) para efeito de cumprimento da exigibilidade de recursos obrigatórios de que trata a seção 6-2, o valor correspondente ao saldo das aplicações deve ser computado mediante sua multiplicação pelo fator de ponderação de 1,1 (um inteiro e um décimo). (*)
3 - Na área de abrangência dos Fundos Constitucionais de Financiamento a concessão de créditos de investimento fica restrita à fonte de recursos e às condições vigentes para aqueles fundos, em especial quanto aos prazos e encargos financeiros. (*)
4 - Para a concessão de financiamentos sob a modalidade de crédito rotativo, ao amparo do Proger Rural, devem ser observadas as seguintes condições:
a) finalidades: custeio agrícola e pecuário, em função de orçamento simplificado abrangendo as atividades desenvolvidas pelo produtor, admitida a inclusão de verbas para atendimento de pequenas despesas conceituadas como de investimento e
manutenção
do beneficiário e de sua família;
b) prazo: máximo de 2 (dois) anos, em harmonia com os ciclos das atividades assistidas, podendo ser renovado;
c) desembolso ou utilização: livre movimentação do crédito pelo beneficiário, admitindo-se utilização em parcela única e reutilizações;
d) amortizações na vigência da operação: parciais ou total, a critério do beneficiário, mediante depósito.
5 - O crédito rotativo será considerado genericamente como de custeio
agrícola ou pecuário, segundo a predominância da destinação dos recursos prevista no orçamento.
--- TÍTULO: CRÉDITO RURAL
CAPÍTULO: Programa com Recursos do BNDES - 13 SEÇÃO: Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) - 2 ---
1 - As operações do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), ao amparo de recursos equalizados pelo Tesouro Nacional (TN) junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame), ficam sujeitas às normas gerais do crédito rural e às seguintes condições especiais:
a) beneficiários: produtores rurais e suas cooperativas;
b) finalidade: aquisição financiada, isoladamente ou não, de tratores agrícolas e implementos associados, colheitadeiras e equipamentos para preparo, secagem e beneficiamento de café;
c) limites de crédito:
I - beneficiários com renda agropecuária bruta anual inferior a R$150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais): 100% (cem por cento) do valor dos bens objeto de financiamento;
II - beneficiários com renda agropecuária bruta anual igual ou superior a R$150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais): 80%
(oitenta por cento) do valor dos bens objeto de financiamento;
d) encargos financeiros:
I - para os beneficiários de que trata o inciso I da alínea anterior: taxa efetiva de juros de 9,75% a.a. (nove inteiros e setenta e cinco centésimos por cento ao ano);
II - para os beneficiários de que trata o inciso II da alínea anterior: taxa efetiva de juros de 12,75% a.a. (doze inteiros e setenta e cinco centésimos por cento ao ano);
e) prazos de reembolso:
I - tratores, implementos e equipamentos para preparo, secagem e beneficiamento de café: até 5 (cinco) anos;
II - colheitadeiras: até 6 (seis) anos;
f) recursos: até R$5.500.000.000,00 (cinco bilhões e quinhentos milhões de reais), a serem aplicados no período de 1/7/2004 a 30/6/2005; (*)
g) risco operacional: do agente financeiro.
2 - Com relação ao disposto no item anterior deve ser observado:
a) o financiamento para aquisição de equipamentos de preparo, secagem e beneficiamento de café fica sujeito às seguintes condições adicionais:
I - somente pode ser concedido a produtores rurais com renda bruta anual inferior a R$60.000,00 (sessenta mil reais);
II - não pode exceder o valor de R$20.000,00 (vinte mil reais) por mutuário;
b) admite-se a concessão de mais de um crédito para o mesmo tomador até 30/6/2005, quando: (*)
I - a atividade assistida requerer e ficar comprovada a capacidade de pagamento do beneficiário;
II - no caso de financiamento para aquisição de equipamentos
para preparo, secagem e beneficiamento de café, o valor do crédito não ultrapasse o limite estabelecido no inciso II da alínea anterior.
3 - O BNDES está autorizado a cobrar dos fabricantes que desejarem participar do sistema de financiamento, sob as condições do programa, contribuição de até 4% (quatro por cento) do valor de cada liberação, observado que o risco de flutuação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), nos seguintes termos, será assumido: (*)
a) caso a TJLP seja fixada acima de 10% a.a. (dez por cento ao ano): pelo TN, que repassará ao BNDES o montante equivalente à diferença entre a TJLP e a taxa de 10% a.a. (dez por cento ao ano), aplicada sobre o saldo devedor das operações realizadas nos termos desta seção;
b) se a TJLP ficar abaixo de 10% a.a. (dez por cento ao ano):
pelo BNDES, que repassará ao Tesouro Nacional a diferença apurada, aplicada sobre o saldo devedor das operações realizadas nos termos desta seção.
4 - Podem ser prorrogadas, pelo prazo de um ano após a data de vencimento da última prestação do financiamento formalizado ao amparo do programa de que trata esta seção, as parcelas que seriam pagas em 2004 com o resultado da safra frustrada, de mutuários que tiveram perdas superiores a 50% (cinqüenta por cento) da produção, em decorrência de estiagens ou do furacão "Catarina". A prorrogação deve: (*)
a) ser realizada mediante análise caso a caso, mantida a periodicidade originalmente pactuada e independentemente da formalização de aditivo ao instrumento de crédito;
b) contemplar empreendimentos implantados em municípios dos Estados do Mato Grosso do Sul (MS), Paraná (PR), Rio Grande do Sul (RS) e Santa Catarina (SC) que estejam relacionados na Portaria Interministerial 110, de 13/5/2004, ou daquela que a suceder, dos Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário;
c) ser feita sem prejuízo da observância do disposto no MNI 2-1- 6, relativamente à classificação das operações de que se trata.
--- TÍTULO: CRÉDITO RURAL
CAPÍTULO: Programa com Recursos do BNDES - 13 SEÇÃO: Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem
(Moderinfra)
- 3
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1 - As operações do Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem (Moderinfra), ao amparo de recursos equalizados pelo Tesouro Nacional (TN) junto ao Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ficam sujeitas às normas gerais do crédito rural e às seguintes condições especiais:
a) objetivos do crédito:
I - apoiar o desenvolvimento da agropecuária irrigada sustentável, econômica e ambientalmente, de forma a minimizar o risco na produção e aumentar a oferta de
alimentos para os mercados interno e externo;
II - ampliar a capacidade de armazenamento nas propriedades rurais;
b) abrangência: todo o território nacional;
c) itens financiáveis: investimentos fixos ou semifixos relacionados com a:
I - implantação, ampliação, renovação ou reconversão de sistemas de irrigação, inclusive obras de infra-estrutura associadas;
II - implantação, ampliação, recuperação, adequação ou modernização de unidade armazenadora individual ou coletiva; (*) d) localização do empreendimento: na propriedade rural do beneficiário, admitindo-se que, quando se tratar de crédito coletivo, a unidade armazenadora seja edificada em local da zona rural mais próximo possível da área de produção dos beneficiários do crédito; (*)
e) limites de crédito: R$600.000,00 (seiscentos mil reais) por beneficiário para empreendimento individual e R$1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais) para empreendimento coletivo, respeitado o limite individual por participante,
independentemente de outros créditos concedidos ao amparo de recursos controlados do crédito rural; (*)
f) encargos financeiros: (*)
I - para financiamentos de empreendimento individual de até R$400.000,00 (quatrocentos mil reais): taxa efetiva de juros de 8,75% a.a. (oito inteiros e setenta e cinco centésimos por cento ao ano);
II - para financiamentos de empreendimento individual superior a R$400.000,00 (quatrocentos mil reais): taxa efetiva de juros de 10,75% a.a. (dez inteiros e setenta e cinco centésimos por cento ao ano);
III - para financiamentos de empreendimento coletivo: a mesma regra de que tratam os incisos I e II, de acordo com o valor atribuído a cada participante;
g) prazo de reembolso: até 8 (oito) anos, incluídos até 3 (três) anos de carência;
h) amortizações: semestrais ou anuais, de acordo com o fluxo de receitas da propriedade beneficiada;
i) recursos: até R$700.000.000,00 (setecentos milhões de reais), para aplicação no período de 1/7/2004 a 30/6/2005; (*) j) risco operacional: do agente financeiro.
2 - Com relação ao disposto no item anterior, admite-se a concessão de mais de um crédito para o mesmo tomador até 30/6/2005, quando: (*)
a) a atividade assistida requerer e ficar comprovada a capacidade de pagamento do beneficiário;
b) o somatório dos valores concedidos não ultrapasse os limites de crédito estabelecidos.
3 - Podem ser prorrogadas, pelo prazo de um ano após a data de vencimento da última prestação do financiamento formalizado ao amparo do programa de que trata esta seção, as parcelas que seriam pagas em 2004 com o resultado da safra frustrada, de mutuários que tiveram perdas superiores a 50% (cinqüenta por cento) da produção, em decorrência de estiagens ou do furacão "Catarina". A prorrogação deve: (*)
a) ser realizada mediante análise caso a caso, mantida a
periodicidade originalmente pactuada e independentemente da formalização de aditivo ao instrumento de crédito;
b) contemplar empreendimentos implantados em municípios dos Estados do Mato Grosso do Sul (MS), Paraná (PR), Rio Grande do Sul (RS) e Santa Catarina (SC) que estejam relacionados na Portaria Interministerial 110, de 13/5/2004, ou daquela que a suceder, dos Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário;
c) ser feita sem prejuízo da observância do disposto no MNI 2-1- 6, relativamente à classificação das operações de que se trata.
--- TÍTULO: CRÉDITO RURAL
CAPÍTULO: Programa com Recursos do BNDES - 13 SEÇÃO: Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais (Moderagro) - 4
---
1 - As operações do Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais (Moderagro), ao amparo de recursos equalizados pelo Tesouro Nacional (TN) junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ficam sujeitas às normas gerais do crédito rural e às seguintes condições especiais:
a) finalidades do crédito:
I - correção de solos;
II - recuperação de áreas de pastagens cultivadas degradadas, observado que, nos estados da Região Sul, é admitida também a recuperação de áreas de pastagens nativas;
III - sistematização de várzeas com vistas ao aumento da produção de grãos;
b) abrangência: todo o território nacional;
c) itens financiáveis:
I - aquisição, transporte, aplicação e incorporação de corretivos (calcário, gesso e outros);
II - gastos realizados com adubação verde;
III - implantação de práticas conservacionistas do solo;
IV - no caso de recuperação de pastagens, além dos valores relacionados com as finalidades mencionadas nos incisos anteriores: operações de destoca; implantação e recuperação de cercas nas áreas que estão sendo recuperadas; aquisição de energizadores de cerca; aquisição e plantio de sementes e de mudas forrageiras e aquisição, construção ou reformas de pequenos bebedouros e de saleiros ou cochos de sal;
V - investimentos definidos em projeto técnico específico como necessários à sistematização de várzeas;
d) limite de crédito: R$200.000,00 (duzentos mil reais) por produtor, independentemente de outros créditos concedidos ao amparo de recursos controlados do crédito rural;
e) encargos financeiros: taxa efetiva de juros de 8,75% a.a.
(oito inteiros e setenta e cinco centésimos por cento ao ano);
f) prazo de reembolso: até 5 (cinco) anos, incluídos até 2 (dois) anos de carência;
g) amortizações: semestrais ou anuais, de acordo com o fluxo de receitas da propriedade beneficiada;
h) recursos: até R$900.000.000,00 (novecentos milhões de reais), para aplicação no período de 1/7/2004 a 30/6/2005; (*)
i) risco operacional: do agente financeiro.
2 - Com relação ao disposto no item anterior deve ser observado:
a) cabe à instituição financeira, em créditos para correção de solos ou recuperação de pastagens:
I - exigir do proponente a apresentação de comprovantes de análise do solo (inclusive para adubação verde, quando for o caso) e recomendação agronômica expedida por profissional habilitado;
II - comprovar o uso dos recursos na forma do item 2-5-11;
b) nos financiamentos para recuperação de pastagens ou sistematização de várzeas deve a instituição financeira:
I - exigir do proponente a apresentação de projeto técnico;
II - identificar a área total do imóvel e juntar o croqui da área a ser recuperada;
III - fornecer ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, quando solicitadas, informações básicas sobre a área objeto de financiamento, segundo orientação
específica;
c) admite-se a aplicação de recursos deste programa com cooperativas para repasse a seus cooperados;
d) admite-se a concessão de mais de um crédito para o mesmo tomador até 30/6/2005, quando: (*)
I - a atividade assistida requerer e ficar comprovada a capacidade de pagamento do beneficiário;
II - o somatório dos valores concedidos não ultrapasse o limite de crédito estabelecido.
3 - Podem ser prorrogadas, pelo prazo de um ano após a data de vencimento da última prestação do financiamento formalizado ao amparo do programa de que trata esta seção, as parcelas que seriam pagas em 2004 com o resultado da safra frustrada, de mutuários que tiveram perdas superiores a 50% (cinqüenta por cento) da produção, em decorrência de estiagens ou do furacão "Catarina". A prorrogação deve: (*)
a) ser realizada mediante análise caso a caso, mantida a periodicidade originalmente pactuada e independentemente da formalização de aditivo ao instrumento de crédito;
b) contemplar empreendimentos implantados em municípios dos Estados do Mato Grosso do Sul (MS), Paraná (PR), Rio Grande do Sul (RS) e Santa Catarina (SC) que estejam relacionados na Portaria Interministerial 110, de 13/5/2004, ou daquela que a suceder, dos Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário;
c) ser feita sem prejuízo da observância do disposto no MNI 2-1- 6, relativamente à classificação das operações de que se trata.
--- TÍTULO: CRÉDITO RURAL
CAPÍTULO: Programa com Recursos do BNDES - 13 SEÇÃO: Programa de Desenvolvimento da Fruticultura (Prodefruta) - 5 ---
1 - As operações do Programa de Desenvolvimento da Fruticultura (Prodefruta), ao amparo de recursos equalizados pelo Tesouro Nacional (TN) junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), ficam sujeitas às normas gerais do crédito rural e às seguintes condições especiais:
a) objetivos do crédito: apoiar o desenvolvimento da fruticultura brasileira, por meio de investimentos que proporcionem o incremento da produtividade e da produção, assim como as melhorias do padrão de qualidade e das condições de comercialização dos produtos frutícolas;
b) abrangência: todo o território nacional;
c) itens financiáveis: investimentos fixos ou semifixos relacionados com:
I - implantação ou melhoramento de espécies de frutas;
II - atividades de substituição de copas de cajueiros, de novos plantios (em sequeiro e irrigado) e de produção de mudas, desde que sejam utilizadas variedades de cajueiro anão-precoce, e de implantação de unidades de processamento de castanha e de pedúnculo;
III - projeto técnico específico da lavoura cacaueira, elaborado pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), como necessários à recuperação de áreas degradadas e à enxertia, recomposição do stand e melhoria em infra-estrutura, assim entendidas como construção e recuperação de barcaças, secadores, casa-de-fermentação, resfriadores, armazéns e depósitos; (*)
IV - implantação ou reconversão de vinhedos;
V - implantação de planta agroindustrial para beneficiamento e transformação de produtos de cacau e de outras frutíferas tropicais em chocolates, sucos, geléias, licores, vinagres e doces; (*)
d) limite de crédito: R$200.000,00 (duzentos mil reais) por beneficiário, independentemente de outros créditos concedidos ao amparo de recursos controlados do crédito rural;
e) encargos financeiros: taxa efetiva de juros de 8,75% a.a.
(oito inteiros e setenta e cinco centésimos por cento ao ano);
f) prazo de reembolso: até 8 (oito) anos, incluídos até 3 (três) anos de carência;
g) amortizações: semestrais ou anuais, de acordo com o fluxo de receitas da propriedade beneficiada;
h) recursos: até R$200.000.000,00 (duzentos milhões de reais), para aplicação no período de 1/7/2004 a 30/6/2005; (*) i) risco operacional: do agente financeiro.
2 - Com relação ao disposto no item anterior deve ser observado:
a) o financiamento de plantio de caju, em regime de sequeiro, fica restrito às áreas indicadas pelo Zoneamento Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou, na ausência do zoneamento, às áreas recomendadas pela pesquisa oficial;
b) não podem ser objeto de financiamento a aquisição de tratores, implementos e colheitadeiras;
c) admite-se a concessão de mais de um crédito para o mesmo tomador até 30/6/2005, quando: (*)
I - a atividade assistida requerer e ficar comprovada a capacidade de pagamento do beneficiário;
II - o somatório dos valores concedidos não ultrapasse o limite de crédito estabelecido.
3 - Podem ser prorrogadas, pelo prazo de um ano após a data de vencimento da última prestação do financiamento formalizado ao
amparo do programa de que trata esta seção, as parcelas que seriam pagas em 2004 com o resultado da safra frustrada, de mutuários que tiveram perdas superiores a 50% (cinqüenta por cento) da produção, em decorrência de estiagens ou do furacão "Catarina". A prorrogação deve: (*)
a) ser realizada mediante análise caso a caso, mantida a periodicidade originalmente pactuada e independentemente da formalização de aditivo ao instrumento de crédito;
b) contemplar empreendimentos implantados em municípios dos Estados do Mato Grosso do Sul (MS), Paraná (PR), Rio Grande do Sul (RS) e Santa Catarina (SC) que estejam relacionados na Portaria Interministerial 110, de 13/5/2004, ou daquela que a suceder, dos Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário;
c) ser feita sem prejuízo da observância do disposto no MNI 2-1- 6, relativamente à classificação das operações de que se trata.
--- TÍTULO: CRÉDITO RURAL
CAPÍTULO: Programa com Recursos do BNDES - 13 SEÇÃO: Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Proflora) - 6
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1 - As operações do Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Propflora), ao amparo de recursos equalizados pelo Tesouro Nacional (TN) junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ficam sujeitas às normas gerais do crédito rural e às seguintes condições especiais:
a) objetivos:
I - econômicos: contribuir para a redução do déficit existente no plantio de árvores utilizadas como matérias-primas pelas indústrias, principalmente a indústria moveleira;
incrementar a diversificação das atividades produtivas no meio rural; gerar emprego e renda de forma descentralizada e alavancar o desenvolvimento tecnológico e comercial do setor, assim como a arrecadação tributária;
II - sociais: fixar o homem no meio rural e reduzir a sua migração para as cidades, por meio da viabilização econômica de pequenas e médias propriedades;
III - ambientais: contribuir para a preservação das florestas nativas e ecossistemas remanescentes;
b) beneficiários: produtores rurais, pessoas físicas ou jurídicas, associações e cooperativas de produtores rurais;
c) abrangência: todo o território nacional;
d) finalidade do crédito:
I - implantação e manutenção de florestas destinadas ao uso industrial;
II - recomposição e manutenção de áreas de preservação e reserva florestal legal;
III - implantação e manutenção de espécies florestais para produção de madeira destinada à queima no processo de secagem de produtos agrícolas; (*)
e) itens financiáveis:
I - investimentos fixos ou semifixos;
II - custeio associado ao projeto de investimento, limitado a 35% (trinta e cinco por cento) do valor do investimento,
relacionado com gastos de manutenção no segundo, terceiro e quarto anos;
f) limite de crédito: R$150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais) por beneficiário, independentemente de outros créditos concedidos ao amparo de recursos controlados do crédito rural;
g) liberação dos recursos: de acordo com os gastos a serem realizados nas fases de preparação, plantio e manutenção do cultivo;
h) encargos financeiros: taxa efetiva de juros de 8,75% a.a.
(oito inteiros e setenta e cinco centésimos por cento ao ano);
i) prazo de reembolso: até 12 (doze) anos, com carência:
I - em projetos para implantação e manutenção de florestas destinadas ao uso industrial: até a data do primeiro corte acrescida de 6 (seis) meses e limitada a 8 (oito) anos;
II - em projetos para recomposição e manutenção de áreas de preservação e reserva florestal legal: de 1 (um) ano, a partir da data de contratação;
j) cronograma de reembolso: de acordo com o fluxo de receitas da propriedade beneficiada;
l) recursos: até R$50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais), para aplicação no período de 1/7/2004 a 30/6/2005; (*) m) risco operacional: do agente financeiro.
2 - Com relação ao disposto no item anterior deve ser observado:
a) o crédito destinado à recomposição e manutenção de áreas de preservação e reserva florestal legal pode ser concedido quando necessário para o desenvolvimento de atividades agropecuárias na respectiva propriedade, cuja rentabilidade terá de assegurar a quitação das obrigações inerentes a esse crédito;
b) a carência admitida no inciso I da alínea "i" pode ser estendida ao pagamento dos juros, quando necessária;
c) admite-se a concessão de mais de um crédito para o mesmo tomador, quando:
I - a atividade assistida requerer e ficar comprovada a capacidade de pagamento do beneficiário;
II - houver decorrido pelo menos 1 (um) ano da formalização da operação anterior.
3 - Podem ser prorrogadas, pelo prazo de um ano após a data de vencimento da última prestação do financiamento formalizado ao amparo do programa de que trata esta seção, as parcelas que seriam pagas em 2004 com o resultado da safra frustrada, de mutuários que tiveram perdas superiores a 50% (cinqüenta por cento) da produção, em decorrência de estiagens ou do furacão "Catarina". A prorrogação deve: (*)
a) ser realizada mediante análise caso a caso, mantida a periodicidade originalmente pactuada e independentemente da formalização de aditivo ao instrumento de crédito;
b) contemplar empreendimentos implantados em municípios dos Estados do Mato Grosso do Sul (MS), Paraná (PR), Rio Grande do Sul (RS) e Santa Catarina (SC) que estejam relacionados na Portaria Interministerial 110, de 13/5/2004, ou daquela que a suceder, dos Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário;
c) ser feita sem prejuízo da observância do disposto no MNI 2-1- 6, relativamente à classificação das operações de que se trata.