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Bibliografia. A organização da política económica O papel do Estado e do mercado e a organização da Política Económica

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(1)

1.3.

O papel do Estado e do mercado e a organização da Política Económica

POLÍTICA ECONÓMICAE ACTIVIDADE EMPRESARIAL Licenciaturas em Economia e Gestão

1. O contexto histórico e teórico da Moderna Política Económica

Bibliografia

‡ Nicola ACOCELLA (2005). Economic Policy in the Age of Globalisation, Cambridge University Press, pp. 89-115

‡ Augusto Mateus (1994). Política Económica: Notas Metodológicas. ISEG.

A organização da política económica

1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica

'HILQLo}HV«

1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica

™³Política económica (PE) é a conjugação deliberada de certos meiospara alcançar determinados fins³(TINBERGEN, 1961)

™³3(3URFHVVRSHORTXDORJRYHUQRhierarquizacertos objectivos, à luz dos seus fins de política económica geral e usa instrumentosou alterações institucionais para os DOFDQoDU³.,56&+(1

™" PE: Conjunto de decisões coerentestomadas pelos poderes públicos visando alcançar certos objectivosrelativos à situação económica de um conjunto nacional, infranacional ou supranacional, através de diversos instrumentose num quadro de maior ou menor prazo" (MOSSÉ, 1978).

™" PE: Conjunto das decisões dos poderes públicos visando orientar a actividade económica num sentido julgado desejável aos olhos de todos" (GREFFE, 1989)

™" PE: Disciplina que investiga as regras de conduta tendentes a influenciar os fenómenos económicos com vista a orientá-ORVQXPVHQWLGRGHVHMDGR³(BALDUCCI/CANDELA, 1991)

(2)

OS GRANDES EIXOS DA POLÍTICA ECONÓMICA

1. Articulação entre a economia e a política.

2. Relação com diferentes espaços de inserção e influência.

3. Os objectivos da PE envolvem relações de hierarquia e conflitualidade.

4. A PE requer um conjunto coerente de decisões.

5. Os seus instrumentos são diversificados.

6. É uma intervenção com prazos definidos.

RELAÇÕES ENTRE OBJECTIVOS DA PE

7 PEAE - 2007/2008

EIXOS PRINCIPAIS DE ENQUADRAMENTO DA NOÇÃO DE POLÍTICA ECONÓMICA

Os instrumentos da política económica

1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica

Conhecimento / diagnóstico

Intervenção Avaliação

(execução /eficácia, eficiência

e impacto/

resultados)

8 PEAE - 2007/2008

EIXOS PRINCIPAIS DE ENQUADRAMENTO DA NOÇÃO DE POLÍTICA ECONÓMICA

Estabilização / regulação

Desenvolvimento

³Caminho estreito´

1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica

Os prazos e a amplitude

(3)

9 PEAE - 2007/2008

™POLÍTICA: decisão -hierarquização de problemas e objectivos, escolha de instrumentos e de meios

™TÉCNICA: estudos de apoio à identificação dos problemas, tendências, rupturas (diagnóstico, prospectiva); construção e aplicação de modelos de simulação

A ARTICULAÇÃO ENTRE AS DIMENSÕES DA POLÍTICA ECONÓMICA

Representação simplificadado funcionamento das economias, nos planos:

ƒ Macroeconómico: variáveis e mecanismos de equilíbrio

ƒ Microeconómico: comportamento dos agentes

ƒ Mesoeconómico: dimensões infranacionais:

sectores e regiões OS MODELOS NA POLÍTICA ECONÓMICA

(pressupõe) Sustentação teórica

Exemplo de modelo analítico

Abordagem keynesiana

1 1 N (1 )A

c

S

1 1

N 1 I G

c

S

1

G ª¬S c Nº¼I

1

G ª¬S c Nº¼I

Y N

Y C A C cY

S (4.1)

(4.2)

(4.3)

(4.4) (Acocella, pp. 91-92)

VARIÁVEIS DO MODELO

N ݶVolume de emprego Y ݶRendimento C ݶConsumo

I ݶInvestimento privado A ݶDespesa autónoma G ݶDespesas públicas

ʌݶProdutividade média do trabalho c ݶPropensão a consumir

ݶVolume de emprego desejado ݶVolume de investimento desejado N

I

Vários tipos de equações do modelo

(a) Equações de definição

(b) Equações de comportamento (C=cY) (c) Equações técnicas (Y=ʌN)

(d) Equações de equilíbrio (Y=C+A)

(e) Equações institucionais ou de restrições

1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica 1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica

(4)

A utilização de modelos na PE

Articulação entre um processo de natureza política e outro de natureza técnica

Variáveis exógenas

São as que determinam outras variáveis mas que, em

contrapartida não são influenciadas por qualquer outra variável (em 4.1 temos dados como cou instrumentos como G).

Variáveis endógenas

São as que podem determinar o valor de uma outra variável mas cujo valor, em qualquer caso, depende de outras variáveis (em 4.1, podemos exemplificar com a variável objectivo N e as YDULiYHLV³LUUHOHYDQWHV´Ce Y).

15 PEAE - 2007/2008

Amplitude /ambição dos modelos Natureza das políticas Oportunidade

Problemáticas Incerteza Viabilidade

Técnica Estatística Recursos 1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica

16 PEAE - 2007/2008

A organização da política económica (Tinbergen) 1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica

(5)

O ciclo da concepção e execução da política económica

Objectivos Instrumentos

Mecanismos de transmissão

18 PEAE - 2007/2008

Objectivos: são os fins a atingir, expressos em metas

Instrumentos: exprimem-se em medidasque visam atingir os objectivos.

™Controle pelos decisores políticos

™Efectividade: influenciam os objectivos

™Separabilidade ou independência: cada instrumento deve ser distinguível em termos de controle e

efectividade

CARACTERÍSTICAS DOS INSTRUMENTOS DA PE

Para que uma variável possa ser considerada um instrumento da política económica é necessário que as três condições seguintes sejam satisfeitas:

z Os decisores políticos podem controlar essa variável (possibilidade de controle)

z A variável cujo valor foi fixado pelos decisores tem influência sobre outras variáveis, as quais podem ser consideradas metas ou alvos (efectividade). No caso simples de um objectivo e de um instrumento ligados através de uma relação funcional, a efectividade pode ser medida pela derivada do objectivo em relação ao instrumento, dy/dx, onde o objectivo é ye o instrumento x.

z Deve ser possível distinguir essa variável de outros instrumentos em termos do grau de controle e da efectividade: dois instrumentos com os mesmos efeitos em todas as metas não são de facto dois instrumentos distintos (separabilidade e independência).

Acocella, p. 99

1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica

Mecanismos de transmissão da PE

1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica

(6)

Variáveis intermédias

9DULiYHLVHQGyJHQDV³LUUHOHYDQWHV´GRVPRGHORVGH3(

‡ Indicadores

Variáveis intermédias mais próximas dos instrumentos, directa e principalmente influenciáveis por eles através de relações estáveis e observáveis de forma clara e directa.

‡ Quase-objectivos

Variáveis intermédias mais próximas dos objectivos, possuindo com eles uma relação bem identificada e sendo influenciadas e observadas com um menor desfasamento do que o verificado com os objectivos.

22 PEAE - 2007/2008

Estrutura de um modelo de simulação de política económica

23 PEAE - 2007/2008

OS LAGS / DESFASAMENTOS DA POLÍTICA ECONÓMICA (Friedman)

™LAGS INTERNOS (na tomada de decisão): detecção do problema ->

reconhecimento -> selecção da política -> aplicação

™LAGS EXTERNOS (na produção de resultados): transmissão dos efeitos às variáveis intermédias e objectivos

Estabilizadores automáticos: ajudam a estabilizar as flutuações macroeconómicas (Ex: subsídio de desemprego e taxa de imposto)

Eliminam os lags internos

1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica

24 PEAE - 2007/2008

Objectivos: são os fins a atingir, expressos em metas:

™Metas fixas para todos os objectivos

™Prioridades: fixa-se um objectivo e maximiza-se (minimiza-se) o outro

™Objectivos flexíveis com taxa marginal de substituição variável ou constante (a ver adiante)

Forma reduzida de um modelo de duas metas fixas (Y) e dois instrumentos (X)

) , (

) , (

2 1 2 2

2 1 1 1

X X f Y

X X f Y

) , (

) , (

2 1 2 2

2 1 1 1

Y Y X

Y Y X

I I

) , (

) , (

2 1 2 2

2 1 1 1

Y Y X

Y Y X

I I

Escolha dos instrumentos e a sua combinação temporal

Consistência / coerência dos instrumentos e da sua afectação aos objectivos 1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica

(7)

25 PEAE - 2007/2008

1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica

Princípio de Tinbergen: A condição para uma solução única num modelo de metas fixas é a de o número de objectivos independentes ser igual ao número de instrumentos independentes: m=n

Se m<n não há solução para a política pretendida

Se m>n há mais do que uma solução => escolha da solução (m-n= graus de liberdade)

Flexibilização do Princípio de Tinbergen: segmentação de

comportamentos microeconómicos => novos instrumentos ou aplicação selectiva dos existentes (GRJEBINE,1986)

A regra de ouro da política económica (Tinbergen):

No caso de metas fixas, a solução de um problema de política económica requer que o número de instrumentos (m) seja pelo menos igual ao número de metas (n).

O

Y Norte

Y Sul Inclinação = MRT

Metas fixas: Objectivos de rendimento³bem´fixos± conhecimento perfeito da curva de transformação

Metas fixas A

Deslocação da curva não é possível no curto prazo: => aumento dos recursos Curva de transformação: combinações de objectivos

com uso integral dos recursos disponíveis

27 1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica

O

Y Norte

Y Sul Prioridadesde rendimento³bem´±conhecimento

imperfeito da curva de transformação

Fixação do objectivo Y Sul e maximização do objectivo Y Norte

B A

<6¶

Prioridade / restrição 28

1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica

(8)

O

I3 I2 I1

Y Norte

Y Sul

Inclinação = MRS Objectivos flexíveis(bens) com função de bem-

estar social com MRS variável

Combinação de objectivos que gera maior nível de bem-estar social Curvas de indiferença

Social

29

O

Inflação

Desemprego Metas fixasde inflação e desemprego³PDOHV´

Inclinação = MRT

Curva de transformação (curva de Philips): combinações possíveis de inflação e desemprego no curto prazo

A Meta fixa

30

O

Inflação

Desemprego Prioridadesinflação e desemprego³PDOHV´- conhecimento imperfeito da curva de transformação

Fixação do objectivo inflação e minimização do objectivo desemprego Prioridade / restrição

31 1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica

O

Inflação

Desemprego Objectivos flexíveis³PDOHV´com função de bem-

estar social com MRS variável

Curvas de indiferença social

I1 I2

I3 Curva de transformação

Combinação de objectivos que gera maior nível de bem-estar social

32 1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica

(9)

33 PEAE - 2007/2008

TRAJECTÓRIAS DE APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS:

ESCOLHA E COMBINAÇÃO TEMPORAL DOS OBJECTIVOS

Princípio de MUNDELL: cada instrumento deve ser afectado ao objectivo no qual tem maior eficácia relativa

˜21˜,1˜22˜,1!˜21˜,2˜22˜,2)

Interpretação da aplicação à combinação de política orçamental e fiscal (G) com a política monetária (I)

Princípio de MEADE: Cada instrumento deve ser colocado à disposição de uma autoridade particular com a rsponsabilidade de alcançar tanto quanto possível um objectivo específico

As tipologias da política económica

OS TRÊS PRINCIPAIS TIPOS DE INSTRUMENTOS

POLÍTICA CAMBIAL

Procura influenciar a taxa de câmbio, i.e., a quantidade de uma moeda necessária para a compra de uma unidade de outra moeda POLÍTICA MONETÁRIA

Opera na base da liquidez da economia através de mudanças na base monetáriae no coeficiente de reservas

POLÍTICA ORÇAMENTAL E POLÍTICA FISCAL

Instrumentos ligados a alterações nasdespesas públicase nos impostos

1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica

36 PEAE - 2007/2008

Combinação de política orçamental e fiscal (G) com a política monetária / taxa de juro (I)

Aplicação a outras combinações 1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica

(10)

37 PEAE - 2007/2008

Sequência temporal: minimizar a amplitude de aplicação de cada um dos instrumentos

38 PEAE - 2007/2008

A Critica de Lucas e a revisão da eficácia dos modelos de Política Económica

z Os modelos analíticos utilizados para a tomada de decisões são normalmente produto da análise econométrica que estabelece uma especificação exacta das funções de comportamento, das variáveis independentes e do valor dos parâmetros.

z Os testes econométricos baseiam-se em dados disponíveis no passado.

z Em seguida, o modelo é usado a fim de prever as consequências de certas políticas e definir uma política óptima.

z Isto é feito considerando como dados e invariantes os valores estimados para os parâmetros e a forma das funções de comportamento dos agentes privados.

Ora, não há garantia nenhuma que as coisas se passem assim na nova situação.

Conclusão:

Há mudanças no comportamento dos agentes privados à medida que as próprias políticas públicas se alteram.

‡ Nos anos 1970, muitas relações macroeconómicas alteraram-se em consequência de grandes mudanças nos regimes de política económica, uma vez que os agentes privados ajustavam o seu comportamento ao novo ambiente.

‡ Um aspecto subestimado pela CL: as interacções

recíprocas entre agentes privados e governo É preciso mudar o tipo de modelo (o exemplo da teoria dos jogos).

A Crítica de Lucas ...

1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica

&RQVHTXrQFLDVGD³&UtWLFDGH/XFDV´

z As tendências económicas são muitas vezes o resultado de convenções ou modas³IDGV´HQHVWDVLWXDomRVyDpolítica públicapode fazer mover a economia de forma a resolver problemas como armadilhas da liquidez, desemprego, e, mais geralmente, equilíbrios que não se desejam.

z A política pública deve, todavia, levar em conta a natureza activa da conduta dos agentes privados bem como os efeitos sobre a formação das suas expectativas. Portanto, a acção pública não deve alimentar

expectativas que não a tornem efectiva; pelo contrário, devem ser criadas expectativas que produzam os comportamentos desejáveis. Estes traços necessários da política pública tendem a limitar o leque das políticas possíveis.

1.3. O papel do Estado e do mercado e a organização da política económica

(11)

&RQVHTXrQFLDVGD³&UtWLFDGH/XFDV´

z As tendências económicas são muitas vezes o resultado de convenções ou modas³IDGV´HQHVWDVLWXDomRVyDpolítica públicapode fazer mover a economia de forma a resolver problemas como armadilhas da liquidez, desemprego, e, mais geralmente, equilíbrios que não se desejam.

z A política pública deve, todavia, levar em conta a natureza activa da conduta dos agentes privados bem como os efeitos sobre a formação das suas expectativas. Portanto, a acção pública não deve alimentar

expectativas que não a tornem efectiva; pelo contrário, devem ser criadas expectativas que produzam os comportamentos desejáveis. Estes traços necessários da política pública tendem a limitar o leque das políticas possíveis.

Referências

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