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VARIABILIDADE DA RESSURGÊNCIA DE CABO FRIO AO LONGO DO HOLOCENO COM BASE NAS ASSOCIAÇÕES DE FORAMINÍFEROS PLANCTÔNICOS

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VARIABILIDADE DA RESSURGÊNCIA DE CABO FRIO AO LONGO DO HOLOCENO COM BASE NAS ASSOCIAÇÕES DE FORAMINÍFEROS PLANCTÔNICOS

Alice Cruz Candido da Silva¹; Ana Luiza Spadano Albuquerque¹; Clarissa Mattana de Oliveira¹;

Eliza Celis Correa¹; Michelle Morata de Andrade¹; Abdelfettah Sifeddine²; Bruno Jean Turcq¹², Claudia Gutterres Vilela³, Maurício Leal Domingues¹.

¹ Universidade Federal Fluminense (jadda@terra.com.br) ² Institut de Recherche pour le Devellopement (IRD)-França ³ Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Abstract: It was collected a marine sedimentary profile in Cabo Frio coastal shelf – RJ (23

º

11´ S and 42

º

47´ W), with the aim to verify the upwelling variability during the Holocene. The 274 cm- long profile was collected using a gravity core. Core lithology was descripted and sub-samples were separated each centimeter. The radiocarbon chronology has been performed from 13 samples of organic matter and biogenic carbonate. Planktonic foraminifera were analyzed in 95 samples along the core. Globigerinoides ruber (Gr) and Globigerina bulloides (Gb) were the most abundant species identified along the core. These two species can be considered as markers of the presence Brazil Current and SACW (South Atlantic Central Water), respectively. The Gb/Gr ratio allowed us to tracer a pattern of upwelling variability during the Holocene. The upwelling seems to be stronger between 271-263cm, 228-205cm, 111-103cm, 80-68cm, 57-61cm e 27-30cm. The variation of foraminifera abundance and total organic carbon content (TOC) showed that productivity variability in Cabo Frio coastal shelf can be, at least, partially related to upwelling effects.

Palavras-chave: ressurgência, paleoceanografia, foraminíferos planctônicos Introdução

As regiões de ressurgência são consideradas áreas de alta produtividade e despertam interesse científico também no que se refere ao contexto climático, já que as ressurgências estão intimamente relacionadas aos fatores atmosféricos.

No litoral sudeste do Estado do Rio de Janeiro ocorre a ressurgência costeira Cabo Frio que, embora seja considerada um fenômeno local, intermitente e de baixa amplitude (Valentin, 1984), ela confere a região um microclima peculiar do tipo semi- árido quente, com baixas precipitações e altas taxas de evaporação anuais (Barbieri, 1984).

Vários estudos sobre os aspectos biológicos e físico-químicos da ressurgência de Cabo Frio foram realizados. Por outro lado, estudos sobre o comportamento da

ressurgência durante uma longa escala de tempo são muito recentes. Para este trabalho foi utilizada a distribuição dos foraminíferos planctônicos como ferramenta principal no estudo da variabilidade da ressurgência de Cabo Frio ao longo do testemunho analisado. Os foraminíferos planctônicos têm sido amplamente utilizados em estudos de reconstrução paleoambiental e paleoceanográfica de áreas de ressurgência (Huang et al., 2002; Peeters et al., 2002;

Höll e Mücke, 2000),

Área de Estudo

A região de Cabo Frio está localizada no litoral sudeste do Estado do Rio de Janeiro, entre a latitude 23°11´ S e longitude 42°47´

W (figura 1), onde a orientação NE-SW da

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costa é interrompida para ser predominantemente E-W.

O regime de ventos da região, controlado pelo Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul, é predominantemente de direção do quadrante E, com maior freqüência de NE. A intensidade de tais ventos aliada às características topográficas da área resultam no fenômeno da ressurgência costeira. No entanto, durante a passagem de frentes frias que atingem o litoral do Estado do Rio de Janeiro, o padrão dos ventos é modificado quanto à sua direção e velocidade. Os ventos NE, predominantes na primavera-verão, tornam-se enfraquecidos e são substituídos pelos ventos SW durante os eventos de passagens de frentes frias (Moreira da Silva, 1977).

Em termos oceanográficos, Cabo Frio é caracterizada pela presença de diferentes massas d’água, dentre elas, as águas quentes e oligotróficas da Corrente do Brasil e as águas frias e ricas em nutrientes da Água Central do Atlântico Sul (ACAS) (Svredrup et al. 1942) que afloram na plataforma continental de Cabo Frio nos períodos de ressurgência. A formação desta massa d’água se dá na zona de convergência subtropical, onde há confluência da Corrente do Brasil com a Corrente das Malvinas (Valentin, 1994).

Assim, durante a primavera-verão, a ACAS ressurge na plataforma continental de Cabo Frio, influenciando as condições ecológica, atmosférica, econômica e social local. Enquanto, no inverno, o ciclo de ressurgência é interrompido (Valentin, 1984) pela passagem de frentes frias que modificando o padrão de circulação atmosférica proporcionam o empilhamento das águas superficiais quentes da Corrente do Brasil próxima à costa, caracterizando a subsidência.

Figura 1- Área de Estudo.

Metodologia

Em agosto de 2002, o testemunho CF02-02B, de274cm, foi retirado na plataforma continental de Cabo Frio (coordenadas 23”15' 59S e 41” 48' 01W) com auxílio de um “Gravity corer”, em duplicata, de uma profundidade de 124 metros. Para tal, utilizou-se a logística do Navio Oceanográfico Astrogaroupa, cedido pela Petrobrás.

No Laboratório de Estudos Paleoambientais– UFF, o testemunho foi aberto em seção longitudinal, descrito quanto à sua litologia e fracionado em subamostras de 1cm que foram pesadas e acondicionadas em freezer para posteriores análises geoquímicas e biológicas.

Para geocronologia foram selecionadas 13 amostras de matéria orgânica e carbonatos biogênicos que estão sendo analisadas pelo método

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C.

Para análise do conteúdo de foraminíferos planctônicos foram selecionadas 95 amostras as quais continham 10 cm

3

de sedimentos úmidos. As amostras foram lavadas com a utilização de peneiras de malhas 500, 125 e 63 µm, secas em estufa

CF02-02B

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à 60 ºC durante 24 horas. As análises foram feitas nas amostras provenientes da malha de 125 µm, pois, de acordo com Vicalvi (1997) a fauna cujo tamanho varia entre 250 e 125 µm é a mais representativa para as determinações de mudanças climáticas.

Quando necessário, as amostras foram quarteadas e triadas até um total de aproximadamente 200 indivíduos em cada amostra. A identificação dos foraminíferos planctônicos baseou-se em Stainforth et al.(1975), Parker (1962), Kennett e Srinivasan (1983), Bolli (1985), Loeblich e Tappan (1988). As abundâncias absolutas de foraminíferos bentônicos e planctônicos também foram registradas.

Para a análise do teor de carbono orgânico total (COT) foram selecionadas 117 amostras ao longo do perfil. Tais amostras foram descarbonatadas com HCl 1N/24h e analisadas em analisador automático CHNS LECO no Laboratório de Geologia da Matéria Orgânica da Universidade de Orleans, França

Resultados e Discussão

Características Sedimentológicas e Geocronologia

A descrição litológica dos sedimentos baseou-se na Munsell Chart e permitiu a identificação de 6 unidades litológicas no testemunho CF02-02B (figura 2): I (274-251 cm) - areia argilosa 4/1-5Y (“dark-gray”); II (250-243 cm) - argila orgânica 4/1-5Y (“dark- gray”); III (242-229 cm) - areia argilosa 4/1- 5Y (“dark-gray”); IV ( 228-206 cm) argila arenosa 4/1-5Y (“dark-gray”); V(205-171 cm) - argila arenosa 4/1-5Y (“dark-gray”) e VI (171cm ao topo) -argila orgânica 4/2-5Y (“olive-gray”).

Figura 2 – Litologia e geocronologia do testemunho CF02-02B. Idades calibradas com respectivos erros.

Paleoressurgência e Paleoprodutividade na região de Cabo Frio

As espécies mais abundantes ao longo do testemunho foram Globigerina bulloides, espécie típica de águas frias, é considerada um marcador de ressurgência e tem sido muito utilizada, principalmente, para indicar variações na intensidade da ressurgência (Huang et al., 2002; Peeters et al., 2002; Farmer et al., 2002). Por outro lado, Globigerinoides ruber, espécie típica de águas quentes, representa a predominância da Corrente do Brasil (Boltovskoy, 1959). Assim, foi utilizada a razão Gb/Gr, proposta por Tolderlund e Bé (1971) e registrada, a variação da intensidade da ressurgência ao longo do

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50

100

150

200

250 274

Testemunho CF 0202B

Idade cal AP Prof (cm)

(2.210 - 2.300 – 2.336) (2.518 - 2.605 – 2669)

(5.760- 5.845 – 5.874)

(8.963 - 9.000 - 9.085)

(8.550 - 8.595 – 8.688)

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perfil de 274cm de sedimentos, que cobre grande parte do Holoceno da plataforma continental de Cabo Frio.

A razão Gb/Gr demostrou alta variabilidade ao longo do período estudado.

Foi possível observar fases onde a temperatura das águas de Cabo Frio esteve mais baixa: (1) 271-263cm; (2) 228-205 cm; (3) 111-103; (4) 80-68cm; (5) 57-61cm; (6) 44cm; (7) 40cm;

(8) 27-30cm (figura 3), sugerindo a intensificação da ressurgência costeira. A interconexão deste fenômeno com a atmosfera permite sugerir que estas fases de intensificação da ressurgência foram acompanhadas pelo fortalecimento dos ventos alíseos de NE, o que teria promovido um clima mais árido na região.

A situação oposta, ou seja, o enfraquecimento da ressurgência foi observada na fase especialmente entre 205 e 111cm . Nesta fase, ocorreu um provável enfraquecimento dos ventos NE, os quais podem Ter sido acompanhados por um aumento na freqüência de frentes frias.

Figura 3 – Ratio Gb/Gr CF02-02B

No que se refere ao aumento da produtividade devido à ressurgência, considerou-se a abundância de foraminíferos planctônicos e bentônicos e os valores obtidos nas análises do COT.

Segundo Marchant et al (1999), o aumento na abundância de foraminíferos pode ser um reflexo do aumento da produtividade durante um determinado período. Além disso, a biomassa de foraminíferos bentônicos covaria com a produtividade, e, como conseqüência, o registro de foraminíferos bentônicos pode ser usado para fornecer uma estimativa independente da quantidade de matéria orgânica introduzida no ecossistema bêntico (Herguera, 1992). Assim, as flutuações na abundância de foraminíferos bentônicos e planctônicos podem indicar a ocorrência de variações da paleoprodutividade da região de Cabo Frio para o perfil de 274 cm analisados. O valores obtidos estiveram entre 55 ind/cm³ em 260 cm e 4186 ind/cm³ em 48 cm para os foraminíferos bentônicos, enquanto, os foraminíferos planctônicos apresentaram valores 3 ind/cm³ em 260cm e 1542 ind/cm³ em 63 cm (figura 4).

Figura 4 – Concentração volumétrica de foraminíferos bentônicos e planctônicos.

0 2 4 6

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5 0

10 0

15 0

20 0

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Razão Gb/Gr

Prof. (cm)

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0 2000 4000 6000

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F. bentônicos (ind/cm³)

F. planctônicos

(ind/cm³)

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Estas flutuações apontam períodos de maior paleoprodutividade que coincidem com o fortalecimento da ressurgência e com os períodos de aumento do conteúdo de carbono orgânico total, o qual variou entre 2,4%, na profundidade 92cm e 3,93% na profundidade 50cm (figura 5).

No entanto, há intervalos, por exemplo, entre 67-63 e 50-48cm, de provável aumento da produtividade, inferidos pela abundância de foraminíferos, que não coincidem com o fortalecimento da ressurgência, porém estão de acordo com o aumento do COT, sugerindo uma relação com outro evento e não com a ressurgência. Tal evento teria como efeito o aumento do aporte de material continental, provavelmente proveniente do Rio Paraíba do Sul, o qual representa a provável principal fonte de material terrígeno para região de Cabo Frio (Alves et al. ,1980).

Figura 5 – Curva de COT testemunho CF02- 02B.

Conclusões

O modelo cronológico obtido até agora não permite a interpolação das idades.

No entanto, foi possível identificar com clareza um padrão de variabilidade da ressurgência de Cabo Frio, o qual permitirá uma interpretação dos mecanismos climáticos atuantes no Holoceno.

Agradecimentos

Á PETROBRÁS – Apoio do Navio Oceanográfico Astrogaroupa;

CAPES- bolsa de doutorado; Convênio CNPq/IRD-França – Projeto PALEOTROPICA; FAPERJ – Processo E-26/170698/2004; CNPq – Processo 471117/2004-8.

Referências

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prof(cm)

%COT

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