• Nenhum resultado encontrado

H I H I S I É R I D DRS GOMUHICRCaES. ADMINISTRAÇAO-GERAL 00 PORTO DE LISBOA Direcção dos Serviços Financeiros - Cais do Sodré- LISBOA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "H I H I S I É R I D DRS GOMUHICRCaES. ADMINISTRAÇAO-GERAL 00 PORTO DE LISBOA Direcção dos Serviços Financeiros - Cais do Sodré- LISBOA"

Copied!
49
0
0

Texto

(1)

LISBOA

Julho de 1957

H I H I S I É R I D DRS G O M U H I C R C a E S

ADMINISTRAÇAO-GERAL 00 PORTO DE LISBOA — Direcção dos Serviços Financeiros - Cais do Sodré - LISBOA

DIRECTOR: Dr. Raúí H u m b e r l e d e U m a S i m i e s

LISBOA,

das naus e das caravelas.

(2)

S U M A R I O

Os navios que utilizam o porto de Usboa b) — Navios estrangeiros

Zonas francas portuárias

A zona franca do porto do Pireu

Ronda de sefe porfos

VI— Instalações de armazenagem

Armazéns de cais e edifícios de depósito de mercadorias

Ideias e realizações alheias

O sistema de sinalização das viaturas automóveis aplicado aos navios

Construção, na Dinamarca, de um tanque experimental p a r a estudo de querenas A mocidade no mar

Cruzeiros marítimos gratuitos p a r a estudantes Um bailado sobre acidentes de trabalho

A organização de bibliotecas nos navios

À descoberta da Europa — 9

Holanda — Na terra do V. V. V.

Legislação e oufras deferminacões legais aplicáveis ao Porfo de Lisboa Bilhete de Identidade — Sua obrigatoriedade

Polícia Judiciária

Existências de mercadorias do ultramar português nos enfreposfos do porfo de Lisboa em 3) de Julho de 1957

Paquefès no porfo de Lisboa em Agosfo de 1957 Datas prováveis de chegada e de saida

Navios de carga no porto de Lisboa em Agosfo de 1957 Datas prováveis de saída

O Porto de Lisboa em Julho de 1957 /—Movimento de navios

2 — Movimentação de mercadorias 3 — Passageiros

4 — Produção do porto j — Receita cobrada 6 — Situação de contas

Resumo

Transcrições e referências ao «Boletim do Porto de Lisboa»

Pubíicações recebidas

B U L L E T I N DU P O R T D E L I S B O N N E — Sommaire et résumé de quelques articles P O R T O F L I S B O N B U L L E T I N — Contents and summary of some articles.

(3)

• JANEIRO FeVEREIRO MARÇO ABfilL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO ..OUTUBRO NOVEMBRO OEZEMEJRO

N A V I O S

M i l h a r e s de loneledes de arqueação brula

'.+/S

, i.soa

MIRCÂDORIAS,

M i l h a r e s de loneladas

PASSAGEIROS

2 B 3 1 S

Unidades

R E C E I T A C O R RE N T E

Conros

(Rectificações anuais não incluidas)

(4)

ANO VII — N.o 78 — JULHO 1957

Os navios que ufilizam o porfo de Lisboa

b) — Navios estrangeiros

É o porto de Lisboa, mercê da sua categoria, de grande porto marítimo internacional, Visitado por nume- rosos navios estrangeiros.

Assim, no último ano, de 1956, utilizaram o porto de Lisboa, excluídos os navios arribados, nada menos de 826 navios diferentes, de bandeiras, praticamente, de todos os países marítimos do Mundo.

A relação destes navios consta do seguinte quadro :

Nome do navio

Aalsum . . Abbotsford . Acadia. . . Achileus . Adele . . . Adine . 0. . Admirai Bastia Adonis. . . Adria . . . Adria .

Aeneas . . Ah us . . . Alabe ;. . . Albatross. . Alblasserdyk . Alcala.. . . Alcantara .

Alceias . . Aldershot. . Alex . . . Alexis . . . Alfonso . Algéria , . Algerian . Algier . . . Alhama

Alise . . . Allobrogia. . Almdyk . . Almeria . . Alpe .. . . Alsterpark Amalfi. . .

Bandeira ,

Holanda .-. . . . Reino Unido.

Noruega . . . . Grécia . . . . Alemanha . . . Holanda . . . . Alemanha . . . Holanda . . . . Alemanha. . Suécia . . . . Holanda . . . . Suécia .,

Panamá .. ... .. . Reino Unido . . . Holanda . . . . Espanha . . . . Reino Unido. . . Holanda . . . Libéria . . . . Costa Rica . . . Alemanha.

Bélgica . . . . Suécia . . . . Reino Unido.

Alemanha. . Reino Unido .. . Marrocos — Francês Suiça

Holanda . . . . Suécia.. . . . Itália

Alemanha. .. . . Itália

1 Número . de entradas

' 1 • 14

1 1 1 12 1 1 . 2

2 1

1 3

3

3

2 3 13 2 1

' 3

14 6

•4 1 1

1 1 1

2

3 1 1

1 1

Nome do navio Bandeira .

Ambiorix

Amérigo Vespucci . Amilcar . . . . Amor . . Amsteldyk

Amyntas . . . . Ana Tolian . Anastasia. . . . Andes. . . Andrea Gritti . . Andros . . . . Andyk.

Anglia.

Anglian . . . . Ankara . . . . AnnaC . . . . Annie Hugo Stinnes.

Antártico . . . . Anton Casteus . Antoniotto O.sodimare Apollo

Apollo

Appian . . . . Appingedam .

Arbedo . . . . Arcadia . . . . Arcangel San Rafael Ardeas

Arendskerk . Argentina. . . . Argentina Star . . Argos . . . Ariadne . . . .

Holanda Itália . Panamá Holanda

Reino Unido Grécia. . , Reino Unido, Itália

Dinamarca Holanda . Suécia. . Reino Unido , Turquia .. , Itália . . . Alemanha. . Espanha . Alemanha. . Itália .

Itália . Noruega Holanda . . Suiça . . . Reino Unido.

Espanha .• . Holanda . .

*

Argentina. . Reino Unido . Holanda . .

Número entradas de

4 4 1 4 1 3 1 1 10 1 3 3 1 3 1 15 1 2 1 3 2 1 1 12 4 1 1 3 1 11 11 2 1

(5)

Nome do navio

Aries . . . Aries . . . Arion . . . Arkansas . Armenia . . Arndale . . Arnica. . . Arnoudspolder Askot . . . Astra . . . Atalanta . . Atlanticus. . Atlantik . . Atlas . . . Atlas . . . Augamos . . Augustos . . Auriga. . . Badagry Palm Balblom . . Bali . . . Báltico. . ...

Barcia. . . Baron Elibank Baron Elisabeth Bastia .

Batory. . Beauregard Bel Maré.

Belgien . Belgion . Belita . . Bellona . Beltyne . Bengal.. . Benno. . Bergamo . Bergerac . j Berm Nubel

Bernard John Bernisse . Betty Anne S Biesbosch.

Bilbao. . Birkholm . Blaafjeld .

Bandeira

Alemanha.

Holanda . Alemanha.

Dinamarca Itália . . Reino Unido Itália . . Holanda . Noruega . Panamá . Dinamarca E. U. A. . Alemanha.

Alemanha.

Holanda . Chile . . Itália . .

Reino Unido Noruega . Suécia. . Costa Rica Espanha . Reino Unido França.

Polónia E. U. A.

Suécia. . Dinamarca

Grécia. . Noruega . Alemanha.

Reino Unido Suécia. . Alemanha.

Noruega .

»

Alemanha.

Holanda .

»

»

Alemanha.

Dinamarca.

Noruega .

Numero entradas de

1 1 7 2

18 6 1

2 I 1

3 2 i

1 I

20

i

4 2

5 i

6 4

4 2 l

Nome do navio

Blockland. . . Blue Ocean . . Boge . . . . Bohemund. . . B o h u s . . . . Bolzano . . . Bonita. . . . Boogabilia . . Boreas. . . Borga . . . . Borkum . . . Braga . . . . Bramora . . . Brand VI . . . Brasil Star . . Bravo . . . . Brazza. . . . Brede . . . . Breezand. . . Brem . . . . Brest . . . . Brezza. . . . Brillant . . . Britanic . . . Bruce M . . . Brunneck. . . Bucklaw . . . Bullarm . . Burgos.

Burkhard Brõham Burma. . . . Bygholm . . . C. A. Falkland C. Sadiskoglu.

Caen . Cala Gat . . Cala Marsal . Caland. . . Califa . . . Camélia . . Camillo . . Campania.

Campo Amor.

Campo Grande Cap. Carbon.

Cap. Sparte! .

Bandeira

Alemanha Suécia.

>

Noruega Suécia.

Noruega Alemanha Suécia.

Holanda Noruega Alemanha Noruega

Reino Unido Noruega França.

Noruega Holanda

»

França.

Itália . Alemanha.

Reino Unido

» » Alemanha.

Reino Unido Suécia. . Noruega . Alemanha.

Suécia.

Dinamarca Suécia.

Turquia ..

França. . Espanha .

Holanda .

Marrocos Espanhol Suécia. .

Reino Unido Suécia. . Espanha . França

Marrocos Francês

Número entradas de

1 1 1 1 2 6 1 1 5 1 1 8 3 1 11 4 2 1 1 1 1 1 1 1 1 7 5 1 4 1 2 3 1 1 1 1 1 1 9 2 1 3 1 1 1 1

(6)

ANO VII — N.o 78 — JULHO 1957

Nome do navio

Capitaine PleVen Captain Lukis Capo Faro Capo Miseno Cardrona . Carla . . Caronia . Cartorp . Castel Bianco Castillo Gibralparo

> Maqueda

» Montesa.

» Riasa Castor. . . Casablanca . Cernay. . . Ceylon. . .- Chandler . . Charles . . Charles Tellier Chindwara . Chinon

Chris . . . Christos . . Chusan. . Cindad de Toledo Cinula. .- . Claude Bernard Colombia . Colonel Pleven Condesa . . Congo. . . Constitution . Conte Biancamano Conte Grande Corrientes. . Costa Africana Costa de Marfil Cotopaxi . Cotton. State Covadonga Credo. . Critt . . Crosbian . Da Capo Dago .

Bandeira

França Panamá Itália . Reino Unido Suécia. . Reino Unido Alemanha Espanha .

>

>

Alemanha.

França. . Suécia. . Reino Unido Bélgica . França. . Reino Unido França. . Libéria .

>

Reino Unido Espanha . Holanda . França Dinamarca França. . Espanha . Dinamarca E. U. A. . Itália . Argentina.

Espanha .

>

Reino Unido E. U. A. . Espanha . Noruega .

Marrocos Espanhol Reino Unido Holanda . Reino Unido

Número entradas de

1 1

ii

3 1 1 2 1 1 1 1 1 2 2 1 3 1 1 7 7 1 1 1 1 4 1 1 1 1 1 12 6 1 7 10 11 1 1 1 1 1 1 1 4 10

8

Nome do navio

Dahlia. . . . Daje Bõhmer. . Daniel. . . . Daniela Barchard Darinian . . . Darro. . . . Denis . . . . Deo Favente. . Diamant . . Diana . . . . Diddo . . . . Dido . . . . Dijon . . . . Diligentia.

DiodatoTripcoVich Dixy Porr. . . Djemila . . . Domino . . . Douglas . . Draco . . . . Drajonera. . . Drente. . . . Duchy of Normandy Duffield . . . Duisburgo. . . Duquesne. . . Ebro . . . . Eclat . . . . Eduard Schupp . Eemdyk. . . . Eghoim. . . . Eifel . . . . Eleonora Maersch Elsa Tholstrup . Else .

Entopan Eos Equatory Erasmus Erich .

Erika Schulte . Erin Nubel . . Ernst Friesecke . Esso Le Caroubier Estkon.- . . . Exanthia .

Bandeira Número entradas de

Suécia.

Holanda

>

Israel . Reino Unido

Holanda . Alemanha.

Noruega . E. U. A. . Holanda .•

França Holanda . Itália . . Alemanha.

França. . Reino Unido Noruega . Holanda . Espanha . • Holanda . Reino Unido

* • *

Alemanha.

França. . Holanda . Panamá . Alemanha.

Holanda . Dinamarca Alemanha.

Dinamarca

»

Alemanha.

Costa Rica Holanda .

Alemanha.

*

*

França Reino Unido E. U. A. .

5 3 1 1 3 1 3 3 3 1 1 1 1 2 1 1 7 8 1 2

• 2

1 2 1 13 3 2 1 1 3 4 1 1 3 1 1 2 2 2 3 3 3 1 1 5 12

(7)

"Nome do navjo Bandeira;

Exceller . . Exiria ., .. ., . .' Extavia. . . . Fandango. .. . .' Farida. .. . . . Fauna.. ... ., . Fehmarn . . . . . Ferdinando Fassi'o . Fernando Suarez . Fiaccola ... .. . Flamingo ., .. .. . Flevo .. . .. . . Flora .. .. .. . •.

Floria .. .„ ., .. . Fortuna ... . .. ..

Foucauld . .. . . Francesco Morosini.

Francis N. .. . . FranciskaHendrik Fisser Frans Doeremkairip..

Frans van Seumeren Fro. . , . . . . , Erontenac. . Froste.. . .. . . . Fylgia . . . Gaasterkerk ".,

Galatea ., ..

Galtgarben ...

Gartwopd.. ..

Gdynia. .. . Gdynia. .. .

General CherniachoVsky General Dufour . General Lecleirk.

Genziana.. . . Georgios S . . Gerry S . . . Giessenkerké.. . Gironde . .. . Giulio Cesare, . Glinimaren . . Glória. . . . Gordias . . . Grand Hermine . Grandson. . .

E. U. A.

Noruega Suécia.

Alemanha

»

Itália . Espanha Itália . Sué.cia.

Holanda Alemanha Sué.cia.

>

França Itália . Honduras Alemanha

',»

Holanda

•Noruega França.

Suécia.

Holanda Noruega Alemanha Reino Un Polónia Suécia.

Rússia.

Suiça . França.

Itália . Costa Rica Holanda

»

•. >

Itália ..

Suécia.

Alemanha Holanda Reino Unido Suiça . ..

ido

Número entradas de

I

12 13

1 2 15.

1 2 8 1 3 1 1 4 1 1 2 1 14.

2 1

Nome do navio

Greta .. ..

Gretafield.

Grundsunda Guadalupe Gudvang ..

Halland . Hallaren . Hans Brõban Haringoliet Havbõr.

Havny.

Hector.

Helena.

Helios.

Helios.

Helvetia Henny T Henrica Hera . Hermes Hermia Hersilia Hervatska Hestia.

Heywood Broun Highland Brigade

i. Chieftain

» Monarch,

» Princess Hilary . . . .

Hildebrand Hinrich . Hjortholm.

Hoegh Rider Holmialand Holmside . Holstein ..

Homberg . Hubert. . Hubst.. ...

Hundseck..,, Hunneberg Ibéria . Ibéria .

Bandeira

Noruega . Reino Unido Suécia. . Espanha . Noruega . Suécia. . Alemanha. . Holanda . Noruega . Finlândia . Noruega . Finlândia . Alemanha.

Suécia. . Suiça . Holanda . Holanda ..

Alemanha.

Finlândia . Suécia. . Holanda . Jugoslávia Alemanha.

E. U. A. . : Reino Unido

>

>

>

Reino Unido .Alemanha.

Dinamarca Noruega . Suécia. ..

Reino Unido Alemanha..

. »

Reino Unido Holanda . Alemanha.

Reino Unido Suécia. .

Número entradas de

1 1 6.

• • 2 .

2 1 1 16 1 1 2 6 1 1 1 1 2 5 3 6 . 3 1 1 2 1 4 7 9 10 4 9 4 3 .1 1 1 1 1,3 9 15 7' 1 1 1

(8)

A2V0 VU — N.o 78 — JULHO 1957 11

Nome do navio

Ice Pearl Iciar . Ilias . Ilos. . Immen.

Import.

Independence Industria

Inge Maersk . . . . Inger Tholstrup . . . Inger Toft

Irak Irene Irish Fern Irish Rose

Irmgard Plenger.

Irpinia

Islãs Canárias . . . Istar . . . Japan

Johann Halterman . John Wilson . . . . Joliette

Jonan

lose Marti . . . . José Pumarino . . Julia Mary . . . . Julian

Jupiter

Justus Waller Jutland

Kamerum

Kantara . . . Karin Cords . . . . Karitind

Katha . . . Katina

Kaupo

Kenitra . .

Kirstine Toft. . . . Kitty H . . . Klosterfrau . . . . Koh — Y - . N o o r . . . Kollfinn

1 Kolno .

Bandeira

Noruega . . . . Espanha

Holanda

J

Suécia.

Holanda E. U. A.

Suécia.

Dinamarca .

* . . .

* . . . Alemanha. .

Costa Rica .

Irlanda . . . .

>

Alemanha. . Itália . . . Espanha . •. . . Itália

Suécia

Alemanha. .

Libéria . . . . França

Holanda . . . . E. U. A

Espanha . . . . Holanda

Noruega . . . . Holanda . . . . Suécia . . . . Holanda .

Alemanha. . . Reino Unido . Alemanha. . Noruega . . . . Reino Unido.

Costa Rica . Reino Unido.

Holanda . . . . Dinamarca

Holanda . . . . Alemanha

Holanda . . ' . Noruega . . ' . . Polónia' .

Numero entradas de

1 1 3 1 1 12 5

3

1 1 1 1 1 ' 8

2

1 3 6 1 1 1 1 1 1 1 1 13 1 2 2 1 2 1 1 1 1 3

3

! 2 1 2 1 1

2

1

Nome do navio

Kong Inge . . . . Kosmaj

Kota Baroe Kungaland.

Kybfels. . i Kylefisth .

Kylequeen Kyloe . . Kyoto . ; Labiosa . Labrador . Laennec . Lannion . Las Palmas Latona. . Laugfonn . Laupen Laverock . Lavoisier . Le Lavandou Lemnos . Lenverkerk Leo

Levante .' Libertad .

| Lillois . . Linda Dan.

Liparus .

| Lisa Essberger Lisboa . . . .

| Lisellote Essberger Lochwood.

Loide Argentina

» Canadá.

» Equador

> Guatemala

» S. Doming

» Venezuela Loire . . . . Lolita Artazo.

London Glory London Spirit Lasinj .

Louis Lumière Lucas Peeper Lucian. .

OS

Bsndeira

Noruega . . . . Jugoslávia

Holanda . Suécia Alemanha.

i Reino Unido

» >'

» >

| Suécia. .

! Reino Unido Panamá . França

>

Alemanha.

1 * Noruega . Suiça . Reino Unido França. .

» 1 Dinamarca

Holanda . Reino Unido Alemanha.

Argentina.

França. . Dinamarca Reino Unido Alemanha.

i » .

» Reino Unido Brasil . .

*

* '• •'

» . .

» . .

> . . Holanda . Espanha . Reino Unido

> * Juguslávia França. . Alemanha.

1 Reino Unido

Número í entradas de

1 1 2 1 1

1 1

3

1

2

1 2 1 2 2 9

1

3

2

4

7 4 5 12

• 4

7 2

9 11

(9)

Nome do navio

Lucifer. . Lucy .

Lucy Essberger Luna . . . Maas . . . Maashaven . Mageolia . Mahronda.

Malmo. . . Maloja. . . . Maltasian.

Manchester . Manto.

Maquelone . Mar Adriático

» Cantábrico

» Caribe . Marathon.

Marcel. . . Marco Polo . Margarete Peters Margriet Anja Marguerite . Maria Dan . Maria Fausta G Maria Noriega Maria R . . Maria Tereza G Mariaeck . Mariam . Marichu . Marietje Bõhmer Marina G. Parod Marina Luisa.

Markelo . . Marmara . Marquete . Marseille . Marxburg.

Mary : Massilia . Massilon Victory, .Mastro Stélios

Mayumbe. .

;Meligunis. . Melilla. . .

Bandeira

França. . Costa Rica Alemanha.

Holanda . Holanda .

*'

Panamá . Reino Unido

» » Suiça .

Reino Unido

» » Holanda França Espanha

Holanda Bélgica Itália . Alemanha Holanda Bélgica Dinamarca Itália . Espanha

»

Itália . Alemanha Grécia.

Espanha Holanda Itália . Espanha Holanda Alemanha França Alemanha Costa Rica Suécia.

E . U . A Costa Rica Dinamarca Itália '. . Alemanha

Número d ^ entratias

5 3 i

ó 1

6 1

1 4 3 5 2 3

Nome do navio

Meios . Menapia . Menchy . Mercian . Merida. . Merkland . Meropi. . Messina . Meteor . Michael M Midgard . Mina Cantinquim Mindoro .

Minikoi . Mirror . Mitra

Mónica Smith Montcalm Monte Albertia Monte Ayala Monte Naranco Monte Nuria.

Monte Orduna Monte Soja.

Monte Sollube Monte Teide.

Montrose Murcia Nagara Najade Nantilus Naxos Neritina Nerissa Nero . Netta.

Nicolay PirogoV Nigella

Nigéria Nigéria Noordkaap Nordbo Nordpol Nordraak Noroit Norrland

Bandeira,

Dinamarca Irlanda . Costa Rica Reino Unido Honduras Reino Unido Costa Rica Alemanha.

Noruega . Alemanha.

» Espanha . Suécia. .

»

Reino Unido Holanda . Suécia Reino Unido Espanha .

>

Reino Unido Suécia . Suécia . Alemanha Dinamarca Reino Unido Alemanha Holanda .

» Rússia Suécia . Alemanha Holanda .

» Noruega . Dinamarca Noruega . França . Alemanha.

Número entradasl de

6 7 2 9 1 16 1 2 2 3 1 1 2 2 1 1 1 7 3 2 1 1 2 2 2 1 3 4 1 3 1 3 1 1 4 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 4

(10)

ANO VII — N.o 78 — JULHO 1957 13

Nome do navio

Norse King Nort King.

Notos . . Oberhausen Ocean Joyce Olav Ringdal H Olbers. . Oldenburg Olympia . Olympic Breeze Olympic Brook Oranjepolder Orcades Orinoco Orion . Oris ; Orkanger Orkdal.

Orsova Oslofjord Oti. . Otto Nubel Overijsel . P. L. Páhlsson Palácio Pallas . Palmelian.

Pan . Panaos

Paraguay Star Pasages Patagonia Star Patricia

Pazifik.

Pelayo.

Penelope Peregrine.

Perth . Petra . Petra . Phecda Phidias Philetas Philomel Phoenix

Bandeira

Noruega . Panamá . Holanda .

Alemanha.

E. U. A. . Noruega . Alemanha.

>

Libéria .

Holanda .

! Reino Unido Noruega . Holanda . Noruega .•

Reino Unido Noruega . Reino Unido Alemanha.

Holanda . Suécia. . Reino Unido Alemanha.

Reino Unido Alemanha.

Panamá . Reino Unido Alemanha.

Reino Unido Suécia. . Alemanha.

Reino Unido Itália . . Reino Unido

» » Alemanha.

Espanha Holanda

>

>

Reino Unido Dinamarca

Numero entradas de

2 5 1

1 1 7 14 18 1 1 1 3 1 2 5 1 1 1 2 1 2

1 1 12 14 5 1 10 1 1 2 5 1 1 2 2 3 1 1 3 3 1 2

Nome do navio

Plata . . . Plata . . . Plêiade . . Pollux. . . Polymoon. . Polystar . . Pont Aven . Ponzano .. . Port Said . ..

Porto . . . Poukoulet. . Priamus . . Primero . Prins Bernard Prometheus . Puerto Somoza Puglia. . . Pula . . . Punta Regofía Purfina-Tunisie Rabat . . . Radnik. . . Ragunda .. . Ramona . Ranée. . . Rapacino . . Ravens Point.

Reconquista . Regulus . . Reina dei Pacífico Remédios. . Rempang . . Rene . . . Rharb . .. . Rhodos. . . Ria de Ares . Ria de Camarifias Ria de Vigo . Richard Borchard Rijeka. . . Rimberg . . Ringas. .. . RioNansa. ..

Rio Primeiro . Rion .. .. . Rita Garcia .

Bandeira

Número entradas de

Espanha . Holanda . Itália . ...

Alemanha.

Noruega .

»

França. . Reino Unido Egipto. . Alemanha.

Panamá . Alemanha.

Espanha . Holanda . Noruega .

>

Itália . . Jugoslávia

Espanha . França. ..

Alemanha.

Jugoslávia Suécia. . Itália . . Reino Unido

> »

» » Argentina.

Finlândia.

Reino Unido

J > ' »

Holanda . Bélgica . França. . Dinamarca Reino Unido

Jugoslávia Alemanha.

Noruega ..

Reino Unido Argentina.

E. U. A. ..

Espanha .

1 2 1 1 4 9 24 11 5 1 1 14 1 2 2 2 1 2 1 1 15 1 3 1 1 1 3 1 1 1 1 1 8 1 2 1 1 1 1 2 2 1 1 1 1 2

(11)

Nome do navio

Roble . . . Rode Zee. . Rolla . . . Roelf . . . Rolandseck . Roma . . Rosa . . . Roseneck. . Rouennais. . Ruhrort . . Rumney . . Ryndam . . Rytter . . . Sabino. . . Safi. . . . Saint Ernst . Saint Kilda . Saint Marcett Saint Tropez.

Salaga. . . Salamanca Sallust. . . Salta . . . Samos. . . San Andres . San José II . San Miguel . San Venâncio Sandefjord . Santander. . Santiago . Santirso . Sardinia . Saturnia . . Scandinavia . Scania. . Scherdir . . Schie .' . . Schwanec. . Seamew . . Seetramper . Senang . . Sergey Botkin Sestriere . . Sete . . . Sherbo . .

Bandeira

Reino Unido Holanda . Libéria . Holanda . Alemanha.

Itália . . Bélgica . Alemanha.

França. . Alemanha.

Reino Unido Holanda . Noruega . Itália . . Alemanha.

Reino Unido

> » França. .

>

Reino Unido

Argentina.

Dinamarca Noruega . Costa Rica Noruega' . Reino Unido Noruega . Reino Unido Bélgica . Espanha . Noruega . Itália . . Suécia. . Itália . . Holanda . Alemanha.

Reino Unido Alemanha Holanda . Rússia. . Itália . ..

França. . Reirio Unido

Número entradas

2 1 9 6

f

11 1 IO 12

1 5

5 6 18 1 3

i

2

I

1

l

9

I

1 7 I i i

1

i 1 5

r

! 1

Nome do navio

Sheridan . Sicília. . Sicilian Sidérea . Silvia . . Silvretta . Sirena . Sises . . Slamat. . Slesvig. . Sabo . . Sofia . Solchiaro.

Somió. . Sommerstad Soneck . Sonsbeek.

Soro . Souss . Soya Birgitta Spica . Spitzerdorf Srbija . St. Arvans.

St. Essylt.

St. Helena St. John . St. Margaret St. Michael St. Thomas Star of Assuan Starling . Stavik. . Stella Alpina Stella Polaris Stella Prima Stientje Mensinga Stratidores

Strabo. . Sudan. . Suederholm Sumatra . Sunny Prince Suri Patrol Svanaas . Svealand . Sysla . .

Bandeira

Reino Unido Suécia. . Reino Unido Itália . Suécia.

Holanda Itália . Holanda Dinamarca Reino Unido Libéria Itália . Espanha Noruega Alemanha Holanda Espanha França Suécia.

Alemanha Reino Unido

* *

» »

» >

» >

» »

Alemanha.

Reino Unido Egipto. . Reino Unido Noruega . Itália . . Suécia. . Holanda .

»

Reino Unido Holanda . Suécia.

Alemanha.

Suécia. . Noruega . Reino Unido Noruega . Alemanha.

Noruega .

Número entradas de

1 4

1 3 1 1 1 3 1 1 1 1 1 1 1 15 2 1 1 4 1 2 1 1 1 1 2 1 2 1 7 10 1 12 2 1 1 1 2 2 2 1 1 1 2 5 2

(12)

o H

3 • 03

o' H 3 rr.

O fD

3

fD

H H H H

03>

3

<3- fD •^t.

H o H

3 ^ ft)

3 - t

•o o

03 ftl

H

3 "

ft_

3

03

H ar

ft>_

n' o

3 c

H

3 "

f t O*

fD 3

H

3*

EL fD

<-*

03 en

H

fD 03 (/J

H tn - t fD N 03

O o

c_

Õ'

3 "

H H . H

(T fD ÍT"

3 3 3 fD D3

n. oa o c c

cn

fD

H H

fD_ if Di

fD o '

3

03 O

o

03 N 03 O O fD

H

03

H 03 cn 03 3

3

CA)

03 H

cn —t c cn

H H H H H

03 03 03 03 03 O

oa 3 03 03

3 03

H H H H

03 03 03 03 3 3 3

7 ? OQ o a

3 * fD ro o - i

3- 3 n

fD cn cn

H

03

3

•u 03

H

03

3

fD cn

H

03

3

fD - 1

H

03

3

fD

H H

03 03

3

6=

— — fD <T3 03 3 rt

fD

H EL

cn'

3

H H B. £

03 c ' a - 3 , O - . 03

H

03

C/)

3 "

S oa

? ^

03 3

• OQ

H H H

03 03 03

— oa oa

cn

z n : z a z p o z r c = o o " > ? o z - z > Z 7 3 H r o z?o z > z s ^ a i z r a z Z P C

S 2. ° 3' ° £. ° o. 2. 3' £^ fo" 2. o 52: o ÃT o 2L e Es- 0 2. 0 FT ° 03 2. g, o ^ o . ° 2.

, ' c p a , « , c g « » . ' » c 5 3 f u " 3 B > 5 ' 3 3 S S ' c 3 3 5 . 3 S » c ? > ( w 3 3 ^ «» v 3 ' 3 5 n ' v 3 o 3 - r ; » c ^ f D 3 n> 3 f D ^ í í s O g S ^ f D f D ^ f D ^ c s f D 0 * fP S f D O 0 ^ ' n » 3 « f"

o a o ; OQ03 o a , — . o a c L — a s - a f — o a - o a s o a , — — - o . oo. _ 0 Q 3 o a n f — ^ . o a s * orq ^ r -

0 3 0 3 D 3 - t ^ C 03 BJ (—• Ej 3 " ^ - ' O S O S E r O S 1 — c 0 3 O S C T 0 3 5 - S S O1 — 03 03 03 0 3 ^ - .

£ 3 . 3 . £ 03 3 . os 3 . w 3 os . ^ 3. • . . „ . 3.

o o o o g * _?o o

. . . . . . - . » . • • •

3 n cn

K J O I — í t o t o — " t o — t o c c a i — •t^ — —' — c \ o o i ^ - C H a i — ' — C O C O — t O — ' — C O — ' — ' C O t \ 0 — — CO — t O — — ' — ' — ' C O — »

3 it

0 0

§

~3

S3 Z

* Í Í 3 Q.™ rt

m o

< < < < < < < < < < < < < < < < < < < < < < C C C C C C H H H H H H H H H H H H H H H H H

= ; - ^ - 3 - ~ ~ = : — — ^ : r - f D r D n 3 f D f D f D n > r D f D D 3 0 3 0 3 .r* - • - > = : r r c ' - e c c c - ' - ' r ; . 3 . n . r í r í o o o o o o

111 i f I I - I - H l i l I 8 "? | I f | I I I 01 1? s l i | i * l i I | l i i | I l a

g. g. a - % 3 s - i g. - o » | s- ^ ^ - s - • • • o . ^ - . - s - s g -

roro-3' ^ . • p j . ^ -

- 0 3 - P •

o r o

3 - OT

• - O • . fD

—t 03 • '.

3 N • 03 ro

• O (n 03 3 3 * 03

>

fD

3

03 3

- r 03

n

3 03

3

03

r. ~1 03

?0

f D " • ro

• C ! 3 v 03

o C

. 3 O

3 3 "

03

r-

y ( D ' 03

03 CA>

c ft).

o 3

03 3 3 ^ 03

z

o c oa fD 03

ro. ÍT

- 1 03- 03 — 03 .

c

fD.

O

Z o'

" t

c fD

oa

03

Z o c oa fD 03

03

C/)

3 fD- O

fD

3

03 3 3 "

03

?0

fD

^-i.

- 1

C

3 ^

3.' O

>

" t

oa fD

3

3"

03

CA)

c f D . n 03

>

fD

4 03 3 - V 03

rr,

O 03 3 03

• - • -

ro 03

3 03

3

03, CAi 3 f D .

Z o r> « e

03

•- •

fD 03

?0

fD

• ^ •

G EI o

z

o n:

fD

oa

Z o

C a oa

CO sa

3

OS

U J

* . O l 0 0 co — — o i — c o t o — — — — cn. o ^ o o — t o — co — — — — — *> * • — t o — t o i o — — c o t o t o t o t o c o t o to

S 3

(13)

Nome do navio

Virginia . . . Vis . . . . Volharding . . Vormann Rass . Vrissi . . . . Vulcania . . . Waal . . . . Waiwera . . . Waldemar Peter.

Walter. . . . Westmeàth . . Westpolder . . Wilbold Bõhmer.

Wilhelmina . . Willempje. . .

Bandeira

Sucéia. . Jugoslávia.

Holanda . Alemanha.

Grécia. . Itália . . Holanda . Reino Unido Alemanha.

»

Reino Unido Holanda .

»

Suécia. . Holanda .

Número entradas

1

I

1

I

1

I

2

I

2

I

17 3

l

1

6 1 3 l

1

Nome do navio

Wiril Suécia.

Bandeira

Wittorf. . Woodford.

Xaquim . Xrona. . Yssel . Yvette.

Yvonne Yvonne Zadar . . . Zelma Salém.

Zevenbergen.

Alemanha.

Reino Unido Espanha . Reino Unido Holanda . Finlândia . Bélgica . Suécia. . Jugoslávia Suécia. . Holanda .

Número entradas de

10 1 1 4 1 3 1 3 1 1

(Repartição de estatística da A. G P. L.)

Na sua maioria, como se Verifica, estes navios vieram ao porto de Lisboa, no aludido ano de 1956, mais de uma vez.

De todos eles, o que contou maior número de entradas foi o zPont Aven*, de bandeira francesa, da carreira Ruão-Bordeus-Baiona-Lisboa, da Union

i

Industrielle et Maritime, de Paris, representada por Orey, Antunes, & C.a Lda., que veio ao porto de Lis-

;boa, só no referido ano, 24 vezes.

Em segundo lugar figura o f Baron Elibank*, do Reino Unido, da carreira Glasgow-Lisboa dos arma- dores H. Hogarth & Sons, de Glasgow, representa- dos por E. Pinto Basto & C.a, Lda., que entrou no porto de Lisboa 20 vezes durante aquele ano.

Outros navios bons frequentadores do porto de

Lisboa: | Arnoudspolder, holandês, 18 vezes (carreira Norte

Europa; armador N. V. Stoomv. Maats Westpol- der, Roterdão; agentes Norton & C.0, Ltd.);

Saturnia, italiano, 18 Vezes (carreira Linha do Me diterrâneo— América do Norte; armador Itália, Soc. per Azioni di Navigazione — Trieste; agen- tes E. Pinto Basto & C . \ Lda.);

Olympia, com bandeira da Libéria, 18 vezes (car- reira Mediterrâneo-América do Norte; armador.

Osmos Shipping Co, Lt. — Monrovia; agente Carlos Gomes);

Vulcania, italiano, 17. vezes (carreira Linha do Medi- terrâneo— América do Norte; armador Itália Soc. per Azioni di Navigazione — Trieste;'agen- tes E. Pinto Basto & C.a, Lda.);

Hans Brohan, alemão, 16 Vezes (arreira Linha do Mediterrâneo; armador Richard Brohan— Ham- burgo; agentes Orey, Antunes & C.a Lda.);

Merkland, inglês, 16 vezes (carreira Lisboa-Londres;

armador Currie Line Lt. —Leith; agentes Borges

& Irmão Comercial);

Anna C, italiano, 15 vezes (carreira América do Sul- -Mediterrâneo; armador Giacomo Costa Fu Andrea — Génova ; agentes Orey, Antunes & C."

Lda.);

Fauna, alemão, 15 vezes (carreira Alemanha, Bélgica, Holanda, Portugal, Espanha; armador Dampfs- chifffahrts—Gesellschaft Neptun—Bremen; Agen- tes Marcus & Harting, Lda.);

Hub;st, holandês, 15 Vezes (carreira Antuérpia e Rotterdão; armador Pieter's Algemeene Scheep Maats — Rotterdão ; agentes James & Co, Ltd.);

Rabat, alemão. 15 Vezes (carreira Alemanha, Holanda, Portugal, Espanha, Marrocos; armador Kusen;

Heitmann K. G. — Hamburgo; agentes Marcus

& Harting, Lda.);

Soneck, alemão, 15 vezes (carreira Alemanha, Por;

tugal, Espanha; armador Dentsche Dampfs- chifffahrts Gesellschaft Hansa-Bremen; agentes

Marcus & Harting, Lda.);

Verifica-se, deste modo, que mais de oitocentos diferentes navios de bandeira estrangeira Vieram ao porto de Lisboa no decurso do ano de 1956, e que d mais assíduo deles entrou no porto vinte e quatro, vezes durante o mesmo ano, havendo ainda muitos outros também com elevado número de entradas.

(14)

ANO VII — N.o 78 — JULHO 1957 17

Zonas francas portuárias

A zona fronca do porto do Pireu

Possui o porto do Pireu, principal porto da Grécia, uma zona franca de apreciável actividade, ligada por via férrea a toda a Europa e pelo mar a -todo o Mundo.

É o tráfico ali chamado de trânsito, correspon- dente em rigor ao regime aduaneiro português de transferência, que tem animado a referida zona franca mas espera-se estender a sua actividade também ao estabelecimento de pequenas indústrias logo que se tenha efectivado o aumento da área da mesma zona franca como está projectado.

A mercadoria pode estar na zona franca do porto do Pireu quer naquele chamado regime de trânsito, quer entrepositada. A primeira permanece temporariamente nos armazéns da zona franca -enquanto aguarda embarque para outros portos do ipaís; a segunda fica em armazém nos depósitos de

^mercadorias da zona franca («bonded Warehouses») esperando que se lhe fixe o seu destino ulterior.

De harmohia com o regime de franquia adua- neira, a mercadoria armazenada na zona franca do porto não está sujeita, quando da sua saída, nem a

•direitos aduaneiros nem a quaisquer impostos por- tuários. Não impendem, do mesmo modo, imposições aduaneiras ou portuárias sobre as mercadorias entra- das na zona franca e que dali saem para forneci- mento de bancas à navegação, para gastos de bordo

•e para aplicação em reparações navais. E se o seu

•destino é serem reexportadas podem ser livremente sujeitas a tratamentos de beneficiação, de limpeza, de

«escolha, de lotagem, de novo empacotamento, etc.

Relativamente às mercadorias depositadas nos

armazéns da zona franca podem ser passados certi- ficados de armazenagem, ou títulos de propriedade, negociáveis e transferíveis por endosso, o que repre- senta um meio de mobilização do Valor da merca- doria.

Verificam-se portanto na zona franca do porto do Pireu as facilidades usuais do regime portuário de franquia de que o porto franco ou a zona franca portuária representam o tipo mais completo.

A movimentação da referida zona franca atingiu em 1956 cerca de. 760.000 t. das quais 650.000 de carga geral e 110.000 de carvão, o que representa, feita abstracção de cereais, de combustíveis líquidos e das mercadorias que descarregam fora doporto central, 54 por cento, aproximadamente, do tráfico de mercadorias do estrangeiro.

A maior parte desta tonelagem refere-se a mer- cadorias no referido regime chamado ali de trânsito, destinadas a vários pontos do país, e a mercadorias a desalfandegar no Pireu; a parte restante, cerca de 85.000 t. em 1956, ficou armazenada no território da zona franca.

Acontece, muitas vezes, ficar esta mercadoria depositada a descoberto nos cais para evitar despe- sas de deslocação, desde que a natureza da merca- doria o permita e não seja longo o tempo de perma- nência no porto.

A zona franca do porto do Pireu, exclusivamente comercial, até à data, tem-se desenvolvido, mercê da existência de correntes comerciais de trânsito interior, ou melhor, de transferência, e está. em vés- peras, por isso, de ser ampliada.

(15)

Ronda de seíe portos

VI — Insialações de armazenagem

Armazéns de cais e edifícios de depósito de mercadorias

Nos portos a que nos temos referido, de maibr importância, as instalações de armazenagem com- preendem armazéns dé cais, ou armazéns de pri- meira linha, e armazéns propriamente ditos, ou seja, edifícios de depósito de mercadorias, ou armazéns de

segunda linha. j Os primeiros são armazéns baixos, de constru-

ção ligeira, localizados nos cais, em frente e juríto

aos postos de acostagem. • São armazéns de trânsito, para breve armaze-

nagem, são armazéns de passagem para as mercado- rias, destinados ao serviço dó tráfico entre a terra e o navio. É, nesses portos estrangeiros, o chamado

«hangar», «transit shed» ou «Kaischuppen»,consoante a língua local, servido por via férrea, para o trans- porte ferroviário, e por uma via de circulação rodo- viária, para o transporte por camionagem, e, também, naturalmente, pelo guindaste, cujo raio de acção abrange, em estreita coordenação, o navio, o camião e o vagão. Torna-se possivel assim a deslocação directa das mercadorias, por meio do guindaste, entre o navio, e o Vagão ou o camião, e vice-Versa. j É.de importância fundamental para a rapidez jde trabalho do porto a eficiência das vias de comunica- ção dos armazéns do porto com o exterior. Por isso, em Hamburgo, nos novos cais têm sido instala- das nada menos que três linhas ferroviárias (uma das quais passa, por sinal, para melhor aproveita- mento da área disponível, por baixo dos guindas- tes ali instalados) além da faixa de rodagem para o transporte rodoviário. E, noutros cais, estão proce- dendo ao alargamento da sua área, à custa do meio aquático, a fim de instalarem idêntico sistema ide linhas de transporte. Assim, tanto o camião como o Vagão de caminho de ferro penetram no porto e vão, com facilidade, até ao armazém de cais em frente jdo

navio acostado. O camião, e, até, o Vagão, em certos casos, como tivemos ocasião de observar, entram mesmo no armazém.

O armazém dispõe assim das necessárias condi- ções de acessibilidade, no que respeita a adequado nivel de pavimento, tanto para aquele efeito como também para tornar possível a utilização, no seu inte- rior, dos aparelhos de mecanização do tráfego (car- ros transportadores, empilhadores, etc) que deslocam a mercadoria para o armazém e vice-versa.

E há sempre, justamente, a preocupação de asse- gurar o máximo possível de luz natural no interior do armazém: assim é que em vários portos encon- trámos modernos armazéns de cais, com largas pare- des envidraçadas, onde a luz natural penetra sem obstáculos para iluminar convenientemente o amplo e limpo interior.

Foi o que Vimos, por exemplo, em Hamburgo (figura 1).

A outra categoria de armazéns, ou armazéns de segunda linha, a que nos referimos, respeita a edifí- cios para longo depósito de mercadorias, situados não já em frente dos postos de acostagem, mas mais retirados para o interior do porto, nos terraplenos fora da zona de tráfego.

São edifícios altos de cinco e, até, mais pavimen- tos, em que a mercadoria é içada, do exterior, para os Vários andares por meio de um sistema de cabos e roldanas que trabalha em suportes fixados na empena mais alta da frontaria.

É típico exemplo destas construções de armaze- nagem a «cidade dos armazéns* («Speicherstadt») do porto de Hamburgo, situada no porto franco. Há ali vários arruamentos bordados de altos edifícios de cinco e mais andares (figura 2), com acesso por via aquática, por via férrea e por estrada, o que propor-

(16)

ANO VII — N.o 78 — JULHO 1957

19

ciona às respectivas mercadorias conveniente trans- porte quer por batelão, quer por vagão, quer ainda por camionagem.

onze armazéns especiais, providos de sistema de aquecimento que mantém no interior o grau de calor indispensável para a conservação da mercadoria.

IFigura i )

Além destas construções principais para a carga corrente existem, naturalmente, nos vários portos Visitados, entre eles, em Hamburgo, por exemplo, armazéns especiais para mercadorias também espe- ciais. Assim para as frutas do sul da Europa, ali re- cebidas em apreciável Volume, existem, naquele porto,

E, para produtos que se deslocam em câmaras frigorí- ficas, existem cinco entrepostos frigoríficos que pro- porcionam temperaturas adequadas até-25. Ham- burgo é hoje, mesmo, diga-se de passagem, o mais importante centro portuário do tráfico de mercado- rias refrigeradas.

V'-' .-y: • ' ^ ^ y r ^ ^ - . ^ ^

( F i g u r a 2)

(17)

Ideias e realizações alheias

O sistema de sinalização das viaruras auto-

m ó v e i s aplicado aos navios !

Um novo meio de .defesa contra abalroamentojs

que por Vezes se verifitam em" determinadas circuns- tâncias, entre unidades navais, não obstante a utili- zação do radar, está, ao que parece, na aplicação aos navios do sistema de sinalização utilizado pelos

automóveis. i Este sistema, com efeito, tem sido empregado

desde há dois anos por um barco da carreira Lon- dres-Amesterdão e consiste na adopção de flechas

i

de direcção ou de luzes de «pisca-pisca* nos lados de bombordo e de estibordo e ainda de flechas Ver- ticais orientadas para cima e para baixo para indi- car a marcha para a frente ou a marcha-atrás. |

Por meio deste sistema consegue-se dar a conhe- cer o sentido da marcha do barco dentro do runío que está seguindo, sem prejuízo do recurso aos si-

nais sonoros regulamentares. j

! Construção, na Dinamarca, de u m Ianque

e x p e r i m e n t a l para estudo de querenas

Está em curso de construção na Dinamarca uin tanque experimental para o estudo de querenas des- tinado, naturalmente, à indústria de construção naval e que ficará dependente ;da Academia das Ciências Técnicas. O edifício desta instalação terá 250 m. de comprimento e erguer-se-á num terreno de 43.000 m2.

Este edifício comportará, além do referido tatji- que, várias salas de cursos e conferências e labora- tórios, e será provido do mais aperfeiçoado equipa-

mento hidro e aerodinâmico. j Quatro milhões de coroas, equivalentes a cerca

de 17.000 contos, dos dinheiros do Plano Marshall, serão empregados na referida construção, para cujo financiamento também cofitribiiirão os estaleiros dina- marqueses quanto à parte restante da respectiva

despesa. !

A m o c i d a d e no m a r j

i

Cruzeiros m a r í t i m o s g r a t u i t o s para estu-

dantes i

Uma companhia francesa de navegação, que

organizou um cruzeiro à Grécia a bordo de um seu paquete, convidou cerca de vinte estudantes das fa- culdades de letras de França eda Argélia,escolhidos entre os melhores alunos, a participarem gratuita- mente no referido cruzeiro. A aludida companhia de navegação ofereceu também um prémio especial para os dois melhores trabalhos, sobre a viagem, que lhe forem entregues pelos referidos estudantes.

Um bailado sobre acidentes de trabalho

A propaganda da organização da prevenção de acidentes de trabalho originou recentemente em Paris a exibição de nada mais nada menos que um origi- nal bailado de propaganda.

Com a significativa designação de «Perigo>, o referido bailado põe em relevo os riscos a que se sujeitam os trabalhadores na sua actividade profissio- nal quando não estão submetidos a uma conveniente organização da prevenção de acidentes de trabalho, conforme as normas a que temos repetidamente feito alusão neste «Boletim».

Á organização de bibliotecas nos navios

A «Junta nacional do bem-estar do marinheiro», da Noruega, notável pela acção que desempenha em prol do conforto do marítimo em serviço nos barcos noruegueses, já criou cerca de quatrocentas e cin- quenta bibliotecas que circulam entre os seiscen- tos navios noruegueses que em média, estão no mar.

Cada uma dessas pequenas mas úteis bibliote- cas compreende trinta e cinco livros, dos quais um terço se compõe de romances, outro terço de livros técnicos e o terço restante de livros de vários outros assuntos: história, geografia, narrativas de viagens, etc.

A referida Junta promove também a Venda aos

marítimos de livros educativos e romances a preços

muito reduzidos, notando-se que os bons atlas são os

livros que figuram em primeiro lugar nas estatísticas

destas vendas.

(18)

ANO VII — N.o 78 — JULHO 1957

21

A descoberfa da Europa — 9

Holanda — N a terra do V. V. V.

«Terra maldita>, assim os Romanos considera- vam a terra da Holanda, região do lodo e da bruma, em que a terra era cortada, em mil pedaços, pelas águas quer do Oceano quer dos rios.

Nessa região anfíbia, imenso pântano coberto de trevas, habitavam homens de raça desconhecida e misteriosa, homens sem dúvida abandonados pelos Deuses atento o desolado e quase impossível meio em que viviam.

Tais homens eram certamente culpados de acções sinistras, altamente reprováveis, pensavam os soldados de Roma, para terem provocado a te- mida cólera dos Deuses e.terem assim ficado conde- nados a viverem numa terra instável, de céu sem luz, numa terra continuamente à mercê da água, sem sol e sem segurança.

No tempo de Estrabão dizia-se, mesmo, que aquela região tenebrosa, não podia ser visitada senão saltando de árvore para árvore sem se pôr os pés no chão, escondido pelas águas.

E muitos séculos depois continuavam tais pre- cárias condições de Vida a prevalecer na terra holan- desa, pois Filipe II, de Espanha, ainda haveria de dizer que a Holanda era o «país mais próximo do Inferno».

País concavo, como o seu nome de Holanda anuncia (de hohl. concavo, e land, terra), escavado profundamente, situado na fronteira do mar, pro.

curado e retalhado por alguns dos maiores rios da Europa, como o Reno, o Mosa, o Escalda, a Holanda está, com efeito, condenada à servidão da água.

A vida da Holanda é a luta contra a água. O seu esforço centenário. tem sido orientado sempre no sentido de conter a água, e de a transformar, de ini- miga, em elemento benéfico.

Mais de metade da sua população Vive em terras situadas abajxo do nível do mar, do mar que os dis- ques e as dunas contêm, do mar que está ali sempre sobranceiro, empreitando teimosamente a terra baixa, pronto a assaltá-la. .: ,

As suas ; cidades mais , importantes são cidades construídas sobre: #,, água, sobre espaços roubados ao mar, cortadas de canais, guarnecidas de pontes.

Amesterdão tem assim nada menos de cinquenta canais e quatrocentas pontes. Edifícios, palácios, são construídos sobre estacaria, certas estradas sobre diques. Toda a obra do homem, ali, é um testemunho permanente do esforço de luta contra a invasão e o domínio da água.

Toda a parte ocidental e setentrional do país holandês, do país concavo, verdadeiramente holan- dês, fica atrás do dique, baluarte do mar, porten- tosa obra de engenharia hidráulica, única em todo o Mundo.

Na verdade, «Deus fez o Mundo e o holandês a Holanda». Foi ali preciso, porque era preciso viver, criar o solo, arrebatá-lo ao mar invasor e ao rio que se espraiava pelas terras poupadas pelo mar.

E, como sempre, o esforço, de penoso labor, teve a sua recompensa. Terras ricas, os «polders»

magníficos das terras baixas arrancadas ao mar, com os seus prados de infinita extensão, fazem Viver a Holanda e abrigam grande parte do seu povo.

Mas não bastava conter o mar, repeli-lo um pouco para o largo. Era preciso manter um controle permanente da água que se infiltra teimosamente, Vinda do mar e vinda dos rios não obstante os diques e não obstante os canais, drenar as terras enso- padas. Para isso, ergueram-se milhares de moinhos de vento, que ainda hoje evocam tão sugestivamente a paisagem holandesa.

Mas a técnica moderna também ali interveio, e hoje só ppucas centenas destes .moinhos estão a funcionar, pois, na sua maior parte, foram substi- tuídos por estações de bombeamemto eléctricas ou diesel.

Contida a água do mar pelo dique e a do rio pelo canal, o holandês lançou-se à. conquista de novas terras ao mar, aos lagos, aos pântanos, obtendo assim mais terras para cultivo, novos e fer- íeis «polders». , . .

A mais recente e notável obra, neste aspecto,

é a representada pelo aproveitamento do Zuider-

-Zee, graças . ao extenso dique de cobertura, de

32 km. de comprimento, construído em 1932. For-

(19)

maram-se já, por meio de diques interiores e de dre- nagem, dois enormes «polders» e estão em. vias dè formação dois outros. O aproveitamento do Zuideij- -Zee, com a formação destes «polders» e de um lago de água doce, fornecida pelo Yssel, afluente do Reno, estará terminado dentro de vinte anos, e dará à Holanda uma área adicional de 220.00p Ha. de terra cultivável, ou seja, um acréscimo de

dez por cento do total existente. j Esquecido talvez por Deus, o holandês continua

a fazer a Holanda... j Na sua luta contra a água, luta séria pela vida,

pela subsistência, luta pela terra, pela sua terra, io povo holandês criou arreigado amor ao seu solo.

Por isso, se é certo que se ergueu constante- mente contra o mar, não menos certo é que, povo pequeno embora, ele se ergueu, em vários momentos da História, contra a dominação estrangeira, de for- tes nações. Forjou assim, no meio de povos podero- sos e mais favorecidos do que ele pela Natureza, uma personalidade própria, um caracter nacional, incon-

fundível, que lhe assegurou o futuro. i Os conquistadores passaram, entre outros, io

Duque de Alba, e até mesmo esse grande génio militar, Napoleão, mas a Holanda ficou, mais holan-

desa que nunca. ' j Gravou, para isso, epopeias, como a da resis-

tência de Leyde perante os exércitos de Castela:

«Quando para nos alimentarmos faltar a erva das ruas e faltar a casca nas árvores, havemos de cortar o braço esquerdo e comê-lo. Fica-nos ainda o braço direito para defender as nossas mulheres, ia

nossa religião e a nossa liberdade...» 1 E porque não haveria de assim ser, se foi 'o

holandês que fez a sua Holanda, que construiu cida- des sobre as águas, que <edificou Amesterdão sobre espinhas de arenque*, segundo o prolóquio holandêà, que ergueu o seu palácio real, naquela grande cidade,

sobre treze mil estacas? ; Por tudo isto, a Holanda é tipicamente holan-

desa; as suas casas, os seus lares, as suas ruas,

têm um cunho próprio, característico. I As casas antigas, nas ruas das velhas cidade|s,

cumprimentam-se umas às outras. Com os seus amplamente envidraçados rez-do-chão, para deixar entrar a parca luz, elas inclinam-se, esguias, umas para a frente, outras para trás, com os seus ara- bescos e ornamentações de tempos idos.

E os interiores destas casas, tranquilos, assea-

dos, acolhedores, como eles definem a Holanda de sempre, estes «velhos lares holandeses, tão simples, tão modestos, tão recolhidos e tão meigos», de que fala Ramalho Ortigão no seu belo livro «A Holanda».

A Vida, nas próprias ruas, tem um aspecto incon- fundível, característico da Holanda. Quatro vezes por dia, nas horas de entrada e de saída dos escri- tórios, das oficinas, as ruas holandesas, principal- mente nas grandes cidades, são percorridas por enormes pelotões de ciclistas. Toda a população, praticamente, ali passa sobre duas rodas, sem dis- tinção de idade, de sexo, de posição social.

País de terras baixas, de extensas planuras, a Holanda aproveita, assim, largamente, neste aspecto da circulação, o desfavor da Natureza.

As guerras impiedosas prejudicaram porém, por Vezes, irremediavelmente, o pitoresco, o caracterís- tico cunho holandês das suas cidades pelas muti- lações que causaram. O mais típico exemplo, a este respeito, é o de Roterdão, a cidade com a qual só Amesterdão poderia talvez rivalizar em pitoresco.

O centro da cidade, ou seja, a parte mais impor- tante, foi totalmente destruído em 14 de Maio de 1940, pois foi Roterdão uma das primeiras cidades europeias que foram alvo das incursões em massa dos bombardeiros.

A cidade ressurge hoje, com imponentes cons- truções de cunho, porém, absolutamente moderno.

A cidade que perdeu o passado, que perdeu o pito- resco das suas velhas casas, voltou-se inteiramente para o futuro, abraçando as mais ousadas concepções arquitecturais.

É hoje a cidade-século XX.

E, para recordar o pesadelo que Viveu e que provocou tão funda transformação, lá está, assente no terrapleno dum dique, em face do mar, apesar de tudo menos cruel que o homem, o monumento à «Cidade destruída», do célebre escultor Ossip Zadkine, em que se perpetua a Visão desolada da cidade esventrada durante a grande catástrofe.

Nos canais tranquilos da planície holandesa,

onde morre o majestoso Reno de 10.000 afluentes, de-

pois de banhar 114 cidades e de embalar com as suas

ondas «a história de trinta séculos e de trinta poVos»,

Voga hoje, porém, de novo calmamente a barca de

transporte, o «treckschuit». Como disse Ramalho

Ortigão, «em todo o campo da Holanda, a antiga,

a honrada, a larga barca nacional perpassa ao pé e

(20)

ANO VII — N.o 78 — JULHO 1957

23

ao longe, impelida pela Vela ou tirada à sirga, lenta, silenciosa e calma, como o fantasma benigno da pátria, a aquática alma errante do pais, modesta e livre, obscura e satisfeita, sem vertigem, sem alu- cinação, sem impetuosidade, sem ânsia,— feliz em

ir boiando sempre, terra a terra, onda a onda, ao cheiro salino da Vaga que escachoa à proa no alto imar, ao perfume tépido dos junquilhos na água doce

•dos canais, pelo interior das terras».

Mercê da enorme rede aquática do país, é, com -efeito, intensa a navegação interior, bastando dizer

que muito antes da última guerra mundial, aii exis- tiam nada menos que 13.000 barcos de navegação interior, com a tonelagem global de cerca de dois -milhões de toneladas.

A navegação interior, favorecida pela «terra côncava» da Holanda, por este desfavor geológico, .abrange todo o país e mesmo grande parte dos países vizinhos, e contribui para a grandeza do porto de Roterdão, hoje o primeiro da Europa.

Longe de ser a antiga «terra maldita», a Holanda é hoje, mercê do esforço persistente dos seus filhos, .uma terra de beleza, de arte, de pitoresco, de flores.

Ali viveram grandes artistas, desde Rembrandt ao moderno Van Gogh, sem esquecer Franz Hals, o

•Tintoreto holandês». Ali nasceram as primeiras túlipas, cujos bolbos, há alguns séculos, chegaram a ler cotação na Bolsa de Haarlem e atingiram preços fabulosos, de milhares de florins. Um bolbo raro, há quatro séculos, equivalia a «dois carros de trigo, .quatro carros de cevada, quatro bois, doze ovelhas,

dois toneis de vinho, quatro toneis de cerveja, mil libras de queijo, um fato completo e uma taça de prata»...

Por tudo o que se aponta, nestas notas ligeiras, a Holanda é na verdade um país do maior interesse.

Razão tem ela em desenvolver o movimento turís- tico. Há ali muito que ver.

E é curioso Verificar que, quase sempre, junto ou a pequena distância das estações de caminho de ferro que servem as cidades, pequenas e grandes, mas todas cheias de encanto, da terra holandesa, se encontram os característicos escritórios de turismo, dos Sindicatos de Iniciativa das localidades holan- desas, designados todos eles pelas iniciais V. V. V.

da sua denominação. O viajante, ao sair da estação, ao entrar numa cidade desconhecida, tem imediata- mente ali à sua disposição, em qualquer momento, de dia ou de noite, em dia útil ou ao domingo, ou dia feriado, todos os meios de informação desejáveis de caracter local ou regional, folhetos elucidativos, pre- ços e outras indicações sobre alojamentos, etc. Não é ele que vai à procura de informações, estas é que Vêm ao seu encontro.

Turismo prático, como se Vê, turismo forçosa-

mente produtivo, turismo... turístico. O Viajante, o

turista quer naturalmente saber, ter informações para

Ver a terra, e lá está, à porta da "estação, no lugar

apropriado, no momento oportuno, para o servir efi-

cientemente, o V. V. V., que, com efeito, lhe propor-

ciona a satisfação do seu desejo de ver.^. de ver e

de admirar merecidamente um pequeno grande País.

(21)

Legislação e outras determinações legais aplicáveis ao Porto de Lisboa

Bilhete de Identidade —Sua obrigatoriedade

(Decreto-Lei n.

0

41.077, de 19-4-1957 —transcrito na Ordem de Serviço n.

0

22, Série A, de

29-6-1957).

Art.

0

7.° — A posse do bilhete de identidade é obrigatória nos seguintes termos:

1.° — Para exercício de qualquer emprego público civil ou dos organismos corporativos e de coordenação económica;

§ 2.° — Quando os funcionários públicos não puderem obter o bilhete de identidade antes da investidura no cargo, a posse ser-lhes-á confe- rida provisoriamente, cumprindo aos interessa- dos apresentá-lo no prazo de sessenta dias, para que a posse provisória seja convertida, por avei- bamento, em definitiva.

A posse provisória considerar-se-á sem efeito no caso de o bilhete de identidade não ser apre- sentado dentro do prazo indicado.

Art.

0

8.° — O exercício das profissões ou misteres enumerados no artigo antecedente sem que o interessado esteja na posse do bilhete dè identidade constitui transgressão punível com a multa de 100$00.

Na sentença que aplicar a multa declarai- -se-á que o transgressor fica proibido, sob pena de desobediência, de exercer a respectiva pro- fissão ou mister, até que apresente em juízo o bilhete de identidade para fins de anotação np

respectivo processo. | O pagamento voluntário da multa não será

admitido sem que o transgressor exiba bilhete de identidade ou prove tê-lo requerido.

Art.

0

10.° — Nos bilhetes de identidade serão obrigatoriamente averbados, pela repartição que os tenha emitido, todas as alterações de elemen- tos de identificação do portador, ocorridas pos-

teriormente à sua emissão. |

§ 1.° — Os averbamentos deverão ser reque- ridos no prazo de sessenta dias, a contar da data em que se tenha verificado o facto a aver- bar, sob pena de multa de 100$00.

§ 2." — A realização dos averbamentos nas condições previstas neste artigo poderá ser subs- tituída, a requerimento do interessado, pela pas- sagem de novo bilhete de identidade.

Art.

0

11.° — A entidade que empossar qual- quer funcionário público ou empregado de orga- nismos corporativos ou de coordenação econó- mica remeterá, no prazo de três dias, o bilhete de identidade do empossado ao respectivo ser- viço de identificação, para averbamento do cargo que o titular passa a exercer.

Art.

0

12.° —Sempre que um funcionário pú- blico seja exonerado ou colocado ha situação de aposentado ou de licença ilimitada, deverá o seu bilhete de identidade ser remetido, pelo chefe da repartição, ao serviço de identificação compe- tente, para efeito de averbamento.

§ único — Para os fins do disposto neste artigo, será o bilhete de identidade entregue pelo interessado ao chefe da repartição, no prazo de oito dias, a contar da publicação do despacho que o tenha colocado em qualquer das situações referidas.

Art.

0

14.° —A falta de cumprimento do dis- posto nos artigos 11.° a 13.° fará incorrer o trans- gressor na multa de 100$00.

Art." 15.° —A validade do bilhete de identi- dade mantém-se durante cinco ou dez anos, con- forme tiver sido passado antes ou depois de o portador atingir 40 anos, e subsiste, independen- temente de renovação, quando passado depois de o portador perfazer 50 anos.

§ único — O disposto neste artigo não pre- judica o prazo de validade fixado nos bilhetes de identidade já emitidos à data da publicação dq presente diploma.

Art.

0

16.° —São nulos os bilhetes de identi- dade cujo prazo de validade tenha expirado, devendo ser apreendidos por todas as autorida- des ou repartições públicas perante as quais venham a ser exibidos e remetidos à secção ou subsecção que os tenha emitido.

( Continua na página J 4 )

Referências

Documentos relacionados

Pregão Ata RP Objeto Vigência da Ata Valor Total Valor Utilizado Saldo Disponível Perc... Pregão Ata RP Objeto Vigência da Ata Valor Total Valor Utilizado Saldo

C URSO A VANÇADO DE I NGLÊS T ÉCNICO - L ESSON T EN 41 Expressions Expressions Expressions Expressions Expressions Grammar Points Grammar Points Grammar Points Grammar

ELETRICOS LTDA Global REFERE-SE AS DESPESAS COM FORNECIMENTO DE MATERIAL ELETRICO E DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA, PARA ATENDER AS. Histórico: Nº Lic/Disp/Inex: PP008/2018 Vl de

A atividade de ensino no ensino fundamental, em particular, no ensino de geometria, pode ser considerado um recurso didático para o professor, capaz de desenvolver nos alunos a

Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo analisar a variação do consumo, da potência e consequentemente da eficiência de um motor de combustão interna,

As empresas que não efetuaram o pagamento dos salários nas condições estabelecidas, conforme Cláusula de Reajuste e pisos salariais, considerando a data da

(ORTIZ,2015), no ciclo de vida indireto os ovos deste parasito são presentes nas fezes já embrionados estes são ingeridos por gafanhotos ou baratas e permanecem eu seu trato

• Os demais alunos de cada Turma Pré-40, classificados do décimo primeiro lugar em diante, disputarão, juntamente com todos os alunos das turmas de 5.° Ano Especializado (Turmas