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Cartilha PCD. Pessoa com Deficiência. Em busca da inclusão universal

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Cartilha PCD

Pessoa com Deficiência

Em busca da inclusão universal

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DEFICIÊNCIA

Para podermos falar em acessibilidade precisamos primeiro conhecer o que é de- ficiência e quais são os tipos de deficiência existentes.

O termo “deficiência” é apresentado a partir de diversas definições, pois envolve caracte- rísticas não só físicas, mas também questões subjetivas do ser humano. Conforme a Norma Técnica ABNT 9050, deficiência é a “redução, limitação ou inexistência das condições de percepção das características do ambiente ou de mobilidade e de utilização de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e ele- mentos, em caráter permanente ou temporário”

(ABNT 9050, 2004, p.03).

Nos termos da Lei nº 13.146, que institui a LBI, em seu art. 2º: “Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, in- telectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir

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sua participação plena e efetiva na socieda- de em igualdade de condições com as demais pessoas”.

Já segundo Dischinger, Ely e Piardi (2012) deficiência se refere ao problema específico de uma disfunção no nível fisiológico do indiví- duo (por exemplo, cegueira, surdez, paralisia).

Nesse contexto, as dificuldades resultantes da relação entre as condições dos indivíduos e as características do meio ambiente na realiza- ção de atividades são chamadas restrições.

A partir deste segundo conceito podemos perceber que a incapacidade não é um atribu- to da pessoa, e sim o resultado de um conjun- to complexo de condições que muitas vezes são criadas pelo ambiente social. Desta for- ma, é responsabilidade de toda a sociedade solucionar este problema, fazendo as modifi- cações necessárias para a participação plena das pessoas com deficiência em todas as áre- as da vida.

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CLASSIFICAÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS

Deficiências Físico Motoras

São aquelas que alteram a capacidade de motricidade geral do indivíduo, acarre- tando dificuldades ou impossibilidade, de realizar quaisquer movimentos. São pro- vocadas pela ausência, má formação, le- sões, ou paralisia de membros superiores e/ou inferiores.

De forma geral, as deficiências físico motoras afetam a realização de atividades que demandam força física (agarrar, puxar, levantar, bater, etc.), coordenação motora e precisão (rotacionar, pinçar, escrever), ou ainda aquelas relativas à mobilidade do indivíduo no espaço (caminhar, correr, pular).

Se a deficiência for situada nos mem- bros e articulações inferiores (incluindo

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quadris, pés e pernas) implica na redução da mobilidade e da locomoção. Já nos membros e nas articulações superiores (incluindo ombros, braços e mãos) geralmente implica na redução da força, do alcance, da coordenação e da pre- cisão nos movimentos.

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Deficiência Auditiva

Falando sobre a surdez temos alguns níveis de compreensões que são estas:

Na perda total da capacidade de perceber estímulos sonoros, ou surdez, o indivíduo não é capaz de ouvir a fala humana com ou sem a ajuda de aparelhos, prejudicando sua capa- cidade de adquirir, naturalmente, o código da linguagem oral.

Na audição reduzida, o indivíduo possui dificuldades diversas, porém não está im- possibilitado de compreender a fala humana ou de expressar-se oralmente, com ou sem a ajuda de aparelhos auditivos. No caso da

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perda total da audição em um dos ouvidos, a orientação espacial é afetada devido à im- possibilidade de localizar a origem de eventos sonoros. (Decreto nº 5.296 de 2 dezembro de 2004).

As pessoas com deficiência auditiva desen- volvem outras habilidades como a leitura labial e aprendizado de distinção de vibrações sono- ras. Para as pessoas surdas, a Língua Brasilei- ra de Sinais (LIBRAS) é essencial para sua co- municação, mas alguns indivíduos adquirirem a linguagem oral.

Alfabeto manual

D E F G

H I J K

P Q R S

T U V W

X Y Z

A B C Ç

L M N O

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D E F G

H I J K

P Q R S

T U V W

X Y Z

A B C Ç

L M N O

D E F G

H I J K

P Q R S

T U V W

X Y Z

A B C Ç

L M N O

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Deficiências Sensoriais

São aquelas em que há perdas significativas nas capacidades dos sistemas de percep- ção (visual e auditivo), gerando dificulda- des em perceber diferentes tipos de infor- mações ambientais.

Deficiência Visual

Provoca limitações na capacidade de enxer- gar. As deficiências parciais da visão, muitas vezes denominadas de baixa visão, são mais comuns do que a sua perda total (ceguei- ra). Existem diferentes tipos de visão parcial, oriundas de patologias que acometem estru- turas distintas do sistema visual (como frente do olho, fundo do olho, nervo óptico e cére- bro). Essas patologias afetam a visão de di- ferentes formas: perda de nitidez, perda de visão periférica ou de visão central, manchas no campo visual, ofuscando, incapacidade de distinção de cores, etc. Isso significa que pes-

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soas com baixa visão podem ter dificuldades, tais como não po- der reconhecer uma face, não conseguir orientar-se e deslocar- se espacialmente, não distinguir contornos de um ambiente pela ausência de visão periférica, não poder focar no objetivo desejado ou não poder ler sem auxílio de instrumentos na falta de visão central, etc.

Um número reduzido en- tre os deficientes visu- ais é cego (em torno de 10%). Segundo o decreto nº5296|2004, na situa- ção de cegueira a acui- dade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho com a melhor correção óp- tica. Isso significa que alguns indiví- duos cegos só têm alguma percepção da luz (distinguem a claridade) ou ne- nhuma visão.

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Deficiência Intelectual

São aquelas que se referem às dificuldades para a compreensão e tratamento das informa- ções recebidas (atividades mentais), podendo afetar os processos de aprendizado e aplicação conhecimento, a comunicação linguística e in- terpessoal. As deficiências cognitivas podem comprometer as habilidades de concentração, memórias e raciocínio. Consequentemente, a pessoa pode apresentar dificuldades para re- solução de problemas e para concentrar-se, aprender e utilizar a linguagem oral ou escrita, enfrentar situações novas e tomar decisões, implicando a dependência de outras pessoas e, algumas vezes, em dificuldades de convívio social.

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Então incluídas as pessoas com deficiência intelectual, que de acordo com o Decreto nº 5296|2004 é o funcionamento intelectual significativamente abaixo da média, manifes- tado antes dos 18 anos de idade e coexistindo com limitações relativas a duas ou mais das seguintes áreas de habilidades adaptativas:

comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, participação familiar e comunitária, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, de lazer e trabalho.

Deficiências múltiplas

Ocorre quando o indivíduo apresenta a as- sociação de mais de um tipo de deficiência.

Por exemplo, uma pessoa com lesão cerebral congênita pode possuir uma deficiência cog- nitiva associada a uma deficiência visual e fí- sica-motora. Devemos considerar que mesmo que o indivíduo não possua deficiências múlti- plas geralmente a ocorrência de uma deficiên- cia acarreta alterações em outras estruturas ou funções corpóreas. Por exemplo, uma criança que nasce com uma deficiência visual grave se não tiver acesso a estímulos visuais, mes- mo que suas condições de motricidade sejam normais.

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Segundo o art. 3º, inci- so IX, da Lei 13.146/15

“pessoa com mobilidade reduzida: aquela que te- nha, por qualquer moti- vo, dificuldade de movi- mentação, permanente ou temporária, gerando redução efetiva da mo- bilidade, da flexibilidade, da coordenação moto- ra ou da percepção, in- cluindo idoso, gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obe- so”.

O que é uma pessoa com mobilidade reduzida?

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BARREIRAS

Barreiras físico-espaciais

Elementos físicos, naturais ou construídos, que dificultam ou im- pedem a realização de atividades desejadas de forma independente.

Por exemplo, a colocação de cantei- ros reduz a área de circulação num passeio público e impede o desloca- mento de uma pessoa cadeirante, sendo também um obstáculo para todos os pedestres. Podemos ainda distinguir as barreiras físico-espaciais em permanentes e dinâmicas, de acordo com sua duração no tempo e no espaço. Um poste é um obstá-

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culo permanente num passeio, no entanto um carrinho de pipoca pode constituir-se numa barreira dinâmica. Para as pessoas com defici- ência visual, as barreiras dinâmicas são mais graves do que as permanentes, pois não po- dem ser memorizadas quanto a sua posição e duração.

Barreiras atitudinais

São estabelecidas na esfera social, quando as relações humanas centram-se nas dificul- dades dos indivíduos e não em suas habilida- des, criando empecilhos para sua participação na sociedade. É muito difícil vencer atitudes de discriminação e preconceitos arraigados sobre o que as pessoas com deficiência podem ou não fazer. Entre suas causas, podemos citar a falta de conhecimento sobre as diferentes de- ficiências e a relativa novidade das ações de inclusão na sociedade. Por exemplo, é difícil reconhecer que uma pessoa com deficiência visual e que não pode deslocar-se sem auxílio de bengala devido à ausência de visão perifé- rica, mas que pode ler, pois possui visão cen- tral, estaria apta a exercer função administrati- va numa empresa para qual prestou concurso e foi aprovada.

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ACESSIBILIDADE

Uma cidade para todos

A Lei 13.146/2015 (LBI) visa assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais das pessoas com deficiên- cia, visando à sua inclusão social e sua cidadania.

O que é acessibilidade?

É o ato de tornar fácil o acesso de todas as pessoas a todos os lugares, de forma segura e autônoma, ou seja, cada cidadão pode desfrutar do seu direito de liberdade de locomoção sozinho, sem precisar pedir ajuda a ninguém. A Acessibilidade, portanto, apre- senta-se como um meio de garantia ao acesso

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à saúde, ao trabalho, ao lazer e à educação, com total facilidade de deslocamento.

Ainda, segundo a Lei 13.146/15, art. 3º, inciso I:

I – acessibilidade

Possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.

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Como tornar a cidade acessível a todos?

• Removendo obstáculos nas calçadas, in- clusive vegetação que obstrua a mobilidade das pessoas;

• Oferecendo vias de circulação adequadas e construindo rampas de acesso;

• Equipando calçadas e edifícios públicos com piso tátil;

• Adaptando balcões de atendimento para pessoas que precisem ficar sentadas e as de baixa estatura, como também adaptando: tele- fones públicos, caixas de correio, bebedouros, caixas bancários, lixeiras, estacionamentos, ônibus urbano, paradas de ônibus, banheiro público.

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Rampas

O uso de rampas, é uma alternativa às es- cadas quando se quer vencer um desnível e ao mesmo tempo assegurar o acesso de quem tem dificuldades de locomoção. Para melho- rar a acessibilidade, essas rampas devem ser suaves, sem exigirem grande esforço de quem necessita delas.

As rampas devem ser construídas junto às esquinas, nos meios de quadra, nos canteiros divisores de pista e onde os rebaixos das cal- çadas devem estar localizados, edifícios que não disponham de elevadores, em acessos à prédios públicos e privados.

O que uma rampa no passeio público deve conter?

•As rampas para rebaixamento de calçadas devem ter inclinação máxima de 8,33%.

h

c

i=hx100 c

Onde:

i = a inclinação da rampa em porcentagem;

h = a altura do desnível;

c = o comprimento da projeção horizontal;

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• Deve ter piso tátil de alerta.

Piso podo tátil alerta Piso podo tátil direcional

• Não deve haver des- nível entre o término do re- baixamento de calçada e a pista para veículos.

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O que deve conter nas rampas, no acesso e interior das edificações?

• Piso tátil de alerta

• Corrimão duplo;

• Linha-guia;

• Patamar junto as portas;

• Inclinação máxima de 8,33%;

• Necessidade de dois ou mais lances de rampas, quando o desnível for maior que 1,50m e a necessidade de patamares de des- canso no início, na troca de direção e no fim da rampa.

EscAdAs

As dimensões dos pisos e espelhos das es- cadas devem ser constantes (iguais) em toda a escada. Espelhos menores que 15cm devem ser evitados. Deve haver no mínimo um pata- mar a cada 3,20m de desnível, e sempre que houver mudança de direção.

Todo degrau ou escada deve possuir sinaliza- ção visual na borda do piso, em cor contrastan- te (geralmente amarela), medindo entre 2cm e 3 cm de largura por 20 cm de extensão.

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Corrimão

Corrimãos devem ser instalados em ambos os lados das rampas, escadas, bem como de- graus isolados. Podem ser embutidos dentro da parede ou sobressalentes, respeitando um espaço livre mínimo de 4cm que permita a em- punhadura e o escorregamento das mãos.

Rampas devem possuir corrimão adicional a 70 cm de altura do piso. Em escadas, o cor- rimão adicional é opcional.

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Estacionamento Acessível

A vaga para estacionamento de veícu- los que transportem ou sejam conduzidos

por pessoas com deficiência deve:

•Ter sinalização horizontal (no piso) e vertical (placas);

• Contar com espaço adicio- nal de circulação ao menos de

um lado da vaga;

• Estar associada a rampa quando a vaga estiver em ní-

vel diferente do local de desti- no ou área de circulação (rota acessível);

• Estar localizada em local de fácil acesso e próximo ao lo- cal de destino, evitando a circu- lação de veículos.

Portas, corredores e passarelas

• As portas, inclusive de sanitários e elevadores, de-

vem possuir vão livre mínimo

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de 0,80m de largura por 2,10m de altura.

• Corredores e passarelas de pedestres de- vem ser dimensionados de acordo com o com- primento e o fluxo de pessoas, adotando-se como largura mínima as seguintes medidas:

a) 0,90m para corredores;

b) 1,50m para passarelas de pedestres, rampas e escadas, sendo admissível 1,20m em casos extremos.

Sanitários Públicos

A instalação de bacia sanitária deve prever área de transferência a partir da cadeira de ro- das, com barras de apoio que garantam maior praticidade e segurança. O assento da bacia sanitária deve estar a 0,46m de altura do piso.

Se necessário, deve elevar a bacia sanitária instalando-se um suplemento em sua base.

Importante destacar, em se tratando de acessibilidade, é fundamental seguir as orien- tações dadas através das normas de constru- ção descritas na LBI, NBR 9050 e 16.537.

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Além de conceitos sobre o assunto, a Lei nº 13.146 (LBI) trata de questões como a igual- dade e não discriminação e do atendimento prioritário.

Traz, igualmente, os direitos fundamentais como o direito à vida, à habilitação e reabi- litação, à saúde, à educação, à moradia, ao trabalho, à assistência social, à previdência social, à cultura, esporte e ao lazer, ao trans- porte a à mobilidade.

Trata, ainda, da acessibilidade, do acesso à informação e à comunicação, da tecnologia assistida, do direito à participação na vida pú- blica e política, ciência e tecnologia.

Assegura o acesso à justiça em igualdade de condições com as demais pessoas discri- minando crimes e infrações administrativas, fazendo com que a pessoa com deficiência conquiste em definitivo a inclusão universal, proporcionando, com isso, o cumprimento do princípio constitucional do exercício pleno da cidadania, (COMPED Lages, 2019).

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• Todas as pessoas com deficiência podem receber órteses e próteses do Sistema Único de Saúde - SUS como cadeira de rodas, ben- gala, muleta, perna mecânica, aparelho audi- tivo, óculos, prótese ocular.

• Pessoas com deficiência podem soli- citar isenções de impostos na compra de carros 0KM.

• Acompanhantes de pessoa com deficiência podem receber desconto na passagem aérea.

• 5% do total das vagas em concurso públi- co são destinadas às pessoas com deficiência.

Conheça alguns direitos da

Pessoa com

Deficiência

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Você sabia que

O termo correto para referir-se a alguém com deficiência é “pessoa com deficiência”

Está em vigor desde 2006 quando houve a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU e que foi ratificado no Brasil com efeito de emenda constitucional, através do Decreto Legislativo 186 em 2008.

Então, risque estes termos da sua caderneta:

“portador de deficiência”, “deficiente” e “porta- dor de necessidades especiais”, “paralítico”.

Todo surdo é mudo?

Não, nem sempre. Pessoa Muda é aquela que não faz uso do seu aparelho fonador para fala ou qualquer outra manifestação vocal. O ponto é que a “Mudez" não está relacionada com a "surdez". São minoria os surdos que também são Mudos. Então, a ideia de que todo surdo é mudo deve ser completamente extinta de nossas mentes. É importante ressaltar que

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mesmo que o surdo não consiga falar de forma oral, ele fala com as mãos. A linguagem de si- nais é também um tipo de fala, pois é através dela que se comunicam.

como as pessoas cegas usam a internet?

Quem não usa, nos dias de hoje né? Gra- ças a softwares de voz que lêem tudo que está na tela, as pessoas com cegueira ou baixa visão podem surfar pelos sites que bem en- tenderem. Bom, desde que os sites estejam preparados para serem lidos por estes softwa- res, é claro! Estes leitores de telas podem ser instalados em qualquer dispositivo equipado com multimídia. No caso do uso em computa- dores, os softwares mais comuns são: JAWS, NVDA, Virtual Vision e DOSVOX. No caso de dispositivos móveis, os mais conhecidos são o Talkback (plataforma Android) e o VoiceOver (plataforma iOS), que por sinal já vêm instala- dos nos smartphones e tablets.

LIBRAs não é uma LINGUAGEM e sIM uma LÍNGUA.

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O sURdO pode explorar os sONs através das vibrações sENTIdAs em seu cORPO.

deficiência intelectual e doença mental:

são a mesma coisa?

Nãão! São coisas totalmente diferentes. A deficiência intelectual (e não “mental”, como alguns dizem) pode ser consequência de uma doença, mas ela não é uma doença; é uma

“condição”, uma determinada limitação. Além de doenças, pode ser causada por acidentes, condições s o c i o- e c o n ô- m i c a s

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desfavoráveis que levam à privação de estímu- los, desnutrição, por fatores orgânicos, here- ditários e por fatores genéticos. Vale a pena frisar que, por não ser uma doença, não pode ser contraída por meio de contágio. Ou seja, ninguém vai “pegar” nada convivendo com pessoas com Deficiência Intelectual.

As pessoas com deficiência intelectual são mais agressivas e/ou muito carinhosas (“grudentas”)?

A agressividade é uma forma da pessoa ad- ministrar sua convivência na realidade, desen- volvida no período de sua história de vida. Não está associada a qualquer deficiência e pode ser característica de qualquer pessoa, tendo ou não uma deficiência. As pessoas com de- ficiência intelectual podem ou não ser muito carinhosas, como uma pessoa sem deficiên- cia. Os comportamentos podem ser alterados de acordo com a necessidade de um grupo de pessoas, portanto, explicar ao novo funcionário com deficiência intelectual, caso seja necessá- rio, que naquele ambiente de trabalho ele deve agir de determinada forma, é fundamental para um bom relacionamento com essa pessoa.

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As pessoas com deficiência física têm sensibilidade?

O que muda é a forma como as sensações se manifestam, isso varia muito de pessoa para pessoa e qual tipo de lesão, elas podem ser mais altas ou mais baixas, em alguns casos a sensibilidade pode voltar em partes do corpo.

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33 As pessoas com deficiência não são infeli-

zes e nem deprimidas?

O que interfere no humor de uma pessoa com deficiência é ser barrada de fazer algo por falta de acesso, a falta de respeito, e a falta de conhecimento em relação as pessoas com deficiência, mas isso não nos torna in-

felizes, pelo contrário: nos faz querer derrubar barreiras todos os dias para buscar a felicidade. Está cheio de gente que não tem deficiência por aí buscando um sentido para viver.

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Uma pessoa com deficiência pode sentir mui- to prazer e também proporcionar o mesmo?

O mesmo vale para os homens e mulheres com deficiência física, que também continu- am a vida sexual depois da lesão medular e podem ter ereção. E, tanto o homem quanto a mulher com deficiência podem fazer e gerar filhos e constituir família.

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Realização

Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência COMPED

Secretaria Municipal de Assistência Social e Habitação SMASH

Diagramação e ilustração Kelly Stradioto Marques Parceiros

Lages-SC

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Referências

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