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Aula 1. Língua Portuguesa para a ANAC (Teoria e Exercícios) Verbos Professor: Albert Iglésia

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Academic year: 2021

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Aula 1

Língua Portuguesa para a ANAC (Teoria e Exercícios) Verbos

Professor: Albert Iglésia

(2)

Na aula de hoje tratarei do verbo – um tema que dá o que falar (perdoe o trocadilho), pois é a classe de palavra mais rica em flexões: tempo, modo, número, pessoa e voz. Além dessas categorias, há o aspecto verbal, ou seja, o ponto de vista do qual o locutor considera a ação expressa pelo verbo.

Pode ele considerá-la concluída (observada no seu término, no seu resultado) ou não concluída (observada na sua duração, na sua repetição).

O estudante que deseja se submeter a uma prova da Esaf precisa estar atento às flexões verbais e reconhecer as implicações de cada uma delas na frase em que se insere.

Eis abaixo o conteúdo desta aula.

Flexões Verbais ... 3

Voz ... 3

Ativa. ... 3

Passiva... 3

Reflexiva. ... 5

Número e Pessoa ... 14

Modo e Tempo ... 16

Tempos Simples ... 16

Tempos Compostos... 16

Locução (ou Perífrase) Verbal ... 18

Emprego dos Modos Verbais ... 19

Indicativo. ... 19

Subjuntivo. ... 19

Imperativo. ... 19

Emprego dos Tempos Verbais ... 21

Presente do Indicativo ... 21

Pretérito Perfeito do Indicativo. ... 22

Pretérito Imperfeito do Indicativo ... 22

Sumário

(3)

Pretérito Mais-que-Perfeito do Indicativo. ... 22

Futuro do Presente do Indicativo ... 22

Futuro do Pretérito do Indicativo ... 23

Subjuntivo. ... 23

Formas Nominais do Verbo ... 27

Infinitivo. ... 27

Gerúndio. ... 27

Particípio. ... 27

Tempos Compostos ... 29

Classificação dos Verbos em Relação à Forma ... 31

Regular ... 31

Irregular. ... 32

Anômalo ... 32

Defectivo. ... 32

Abundante. ... 33

Correlação Verbal ... 35

Lista das Questões Comentadas ... 48

Gabarito das Questões Comentadas ... 67

Começo expondo alguns conceitos essenciais. À medida que os exercícios de provas anteriores surgirem, a explicação será desenvolvida.

Flexões Verbais Voz

1. ATIVA indica que o processo verbal foi praticado pelo sujeito do verbo.

Ex.: Cabral descobriu o Brasil.

2. PASSIVA indica que o processo verbal foi sofrido pelo sujeito do verbo.

Ex.: O Brasil foi descoberto por Cabral.

(4)

ATENÇÃO! 1 – Observe, de acordo com os exemplos anteriores, que o SUJEITO da voz ativa (Cabral) torna-se AGENTE DA PASSIVA, assim como o OBJETO DIRETO da voz ativa (o Brasil) torna-se SUJEITO da voz passiva.

2 – Entretanto, quando o SUJEITO da voz ativa for INDETERMINADO, na voz passiva não haverá AGENTE DA PASSIVA.

Ex.: Resolveram as questões. – voz ativa com sujeito indeterminado.

As questões foram resolvidas. (ou Resolveram-se as questões.) – voz passiva sem agente da passiva.

3 – A voz passiva pode ser dividida em verbal ou analítica e pronominal ou sintética.

Ex.: Aquelas crianças foram abandonadas. – verbo auxiliar + verbo principal no particípio = analítica.

Abandonaram-se aquelas crianças. – verbo TRANSITIVO DIRETO + pronome SE = sintética.

Agora considere o seguinte trecho: “[...] Pacientes afetados pela síndrome ultrapassaram muito a ‘fronteira da adaptabilidade às demandas’

[...]”. Novamente, vamos treinar a transformação da voz ativa para a passiva.

VOZ ATIVA VOZ PASIVA

Sujeito

Pacientes

afetados pela síndrome

Agente da

passiva

pelos pacientes afetados pela síndrome

Verbo transitivo direto

ultrapassaram (o que?)

Locução verbal (voz passiva analítica)

foi ultrapassada

Objeto direto

a fronteira da adaptabilidade às demandas

Sujeito paciente

A fronteira da adaptabilidade às demandas

Há ainda alguns cuidados a respeito das vozes passiva e ativa:

(5)

a) Ficou-se feliz com o resultado. – verbo de LIGAÇÂO + SE = sujeito indeterminado

b) Vive-se bem neste lugar. – verbo INTRASITIVO + SE = sujeito indeterminado

c) Precisa-se de professores. – verbo TRANSITVO INDIRETO + SE = sujeito indeterminado

d) Ama-se a Deus. Verbo TRANSITIVO DIRETO + SE + OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO = sujeito indeterminado

3. REFLEXIVA indica que o processo verbal é praticado e sofrido pelo sujeito ao mesmo tempo.

Ex.: Não me considero tão importante.

Reservamo-nos o direito de ficar calado.

Ele se deu um presente.

ATENÇÃO! 1 – Observe, de acordo com os exemplos anteriores, que o verbo vem acompanhado de um pronome oblíquo que lhe serve de objeto e representa a mesma pessoa do sujeito.

2 – Na prática, identifica-se a voz reflexiva acrescentando, conforme a pessoa, as expressões a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo, etc.

Ex.: Feri-me a mim mesmo.

Julgai-vos a vós mesmos.

3 – No plural, a voz reflexiva pode indicar reciprocidade.

Ex.: Os amigos se cumprimentaram.

Amavam-se um ao outro.

1. (Esaf/MF/ATA/2009 – adaptada) Julgue a afirmação abaixo a respeito dos elementos linguísticos do texto.

[...] Em menos de uma semana, invadiram-se duas

6 instalações militares para roubar armas, com êxito absoluto. [...]

(6)

(Muniz Sodré, Ruas de presas e de caçadores, 17/3/2009, (com cortes), em:

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=529JDB002)

“Invadiram-se duas instalações militares”(ℓ.5 e 6) pode ser substituída por:

“duas instalações militares foram invadidas”, sem prejuízo da correção gramatical.

Comentário – Agora, na passagem da passiva sintética para a passiva analítica, houve o devido respeito à regra anterior. “Invadiram” (passiva sintética) e “foram” (passiva analítica) encontram-se flexionados no mesmo tempo e modo: pretérito perfeito do indicativo.

Resposta – Item certo.

2. (Esaf/SEFAZ-SP/APOFP/2009 – adaptada) Em relação ao texto, julgue a proposição seguinte.

15 [...] Sabe-se que uma redução da

taxa Selic nunca repercute plenamente nas taxas de juros dos bancos, que, sob o pretexto da elevação da inadimplência, aumentaram os seus spreads (diferença entre a taxa de captação e de aplicação). [...]

(O Estado de S. Paulo, Editorial, 16/1/2009)

Em “Sabe-se”(ℓ.15), o pronome “-se” indica voz reflexiva.

Comentário – Fique de olho na estrutura formada por VTD + SE, pois ela geralmente caracteriza voz passiva, com sujeito expresso no período: “que uma redução da taxa Selic...”

Resposta – Item errado.

3. (Esaf/RFB/Analista/2009) Em relação à função do “se”, assinale a opção correta.

A queda de rentabilidade das exportações se agrava(1) a cada dia em razão da valorização do real. Tudo indica que a moeda nacional deve

(7)

continuar a se valorizar(2) e o Banco Central (BC), apesar das suas intervenções cada vez maiores, está impotente diante dessa valorização, que torna mais difícil a exportação e favorece a importação, ameaçando o crescimento da indústria nacional. O governo se mostra(3) incapaz de encontrar um modo de compensar esse efeito.

Está-se(4) observando também uma queda no quantum das exportações de manufaturados, de 17,4% nos sete primeiros meses do ano, junto com uma queda de preços de 5,5%, enquanto nos produtos básicos um aumento de 6,5% no quantum correspondeu a uma queda de 16,1% nos preços.

Não se pode(5) pensar que o fluxo de dólares possa diminuir nos próximos anos e, assim, criar um ambiente muito favorável a uma desvalorização, pois os Investimentos Diretos Estrangeiros devem crescer, a Bolsa de Valores acompanhará a melhora da economia e a produção de petróleo, apesar da criação de um fundo especial, aumentará as receitas.

(O Estado de S. Paulo, Editorial, 14/10/2009)

a) (1) Indica voz passiva analítica.

b) (2) Indica sujeito indeterminado.

c) (3) Funciona como objeto indireto.

d) (4) Indica voz reflexiva.

e) (5) Indica sujeito indeterminado.

Comentário – Originalmente, esta foi a questão 13 da aprova da analista da Receita Federal. Na época, propus um recurso contra o gabarito preliminar oficial, por causa do motivo que passo a expor. Leia tudo com atenção.

Refiro-me à questão 13 da prova 1 – Conhecimentos Gerais, gabarito 2, para solicitar a anulação dela e de suas correspondentes nos demais gabaritos divulgados, em virtude do que passo a expor.

A opção E, apresentada preliminarmente como correta, estabelece que a função do “se” presente no segmento textual “Não se pode(5) pensar que o

(8)

fluxo de dólares possa diminuir nos próximos anos...” indica sujeito indeterminado. Entretanto, é licito considerá-lo como pronome apassivador e interpretar a construção como voz passiva formada:

a) quer com o verbo auxiliar pode (locução verbal: pode pensar; sujeito paciente: que o fluxo de dólares possa diminuir...),

b) quer com o verbo principal pode – e nesse caso a locução verbal inexiste e o verbo pensar integra o sujeito.

É isso o que nos ensina, por exemplo, Domingos Paschoal Cegalla (Novíssima gramática da língua portuguesa – 48. ed. rev. – São Paulo: Companhia Editora Nacional – 2008 – páginas 461 e 462.

Essa instituição já demonstrou entendimento semelhante ao anular corretamente a questão 9 (prova 1, gabarito 1) do concurso para o cargo de especialista em políticas públicas e gestão governamental do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que suscitou a mesma discussão ao apresentar, inicialmente, a opção E como errada. Vejamos:

“09- Em relação ao uso das estruturas linguísticas do texto, assinale a opção correta.

[...]

e) Em ‘se pode’ (l. 23), o pronome ‘se’ indica voz passiva. [alusão feita à passagem: ...não se pode esperar do setor externo nenhuma contribuição ao crescimento da atividade industrial.]”

Por tudo isso, solicito que a questão 13 da prova 1 – Conhecimentos Gerais, gabarito 2, seja anulada, bem como as suas correspondentes nos demais gabaritos divulgados.

Ressalto, porém, que a banca examinadora apoiou-se provavelmente no saudoso mestre Said Ali e em seus seguidores – Bechara, por exemplo – para sustentar a alternativa E como opção correta. Para eles, o SE como índice de indeterminação de sujeito – inicialmente exclusivo em combinações com verbos desacompanhados de objeto direto – alcançou os

(9)

transitivos diretos. Essa nova sintaxe faz com que a interpretação passiva adquira uma interpretação impessoal: “Vende-se casas e frita-se ovos” (=

alguém tem casas para vender e alguém frita ovos). Apesar de repudiada pela

“genuína linguagem literária”, essa transformação de passiva à indeterminação desobrigou o falante a fazer a concordância natural e esperada entre o verbo da oração e o seu sujeito, pois este passou a ser considerado objeto direto.

Eis o comentário às demais alternativas:

Alternativa A: a voz é ativa. O “se” é parte integrante do verbo intransitivo agravar-se, que indica mudança de estado ou condição. Note que o sujeito não sofre ação pratica por outro agente.

Alternativa B: o sujeito está bem claro: “a moeda nacional”. O

“se” também integra o sentido do verbo, que indica aumento de valor.

Alternativa C: para funcionar como objeto indireto, o “se”

deveria completar o sentido de verbo transitivo indireto, o que não é o caso do verbo mostrar (algo ou alguém). O pronome integra o verbo mostrar-se.

Alternativa D: o “se” junto a verbo de ligação indica voz ativa e sujeito indeterminado.

Resposta – Obtivemos êxito no recurso e a Esaf anulou a questão.

4. (Esaf/MPOG/APO/2010) Assinale a opção incorreta a respeito do uso das estruturas linguísticas no texto

[...]

Assim como a ideia de civilização implica a ideia de barbárie, a experiência da modernidade (que não deve

10 ser pensada como algo que já aconteceu, mas como algo que deve estar sempre acontecendo, um porvir) implica a experiência da violência que a tornou possível – a violência fundadora da modernidade. O processo civilizatório se constitui a partir da conquista de territórios

15 e posições ocupados pela barbárie. Tal processo se dá

(10)

de forma contínua, num movimento insistente que está sendo sempre recomeçado. [...]

a) O uso da voz passiva em “ser pensada” (ℓ.10) indica que o verbo pensar está empregado como pensar em, e a oração na voz ativa correspondente deve ser escrita como pensar na experiência da modernidade.

b) Embora a substituição de “está sendo”(ℓ.16 e 17) por é respeite a correção gramatical e a coerência do texto, a opção pelo uso da forma durativa enfatiza a ideia de continuidade do processo civilizatório.

Comentário – Para solucionar a questão, o candidato precisava apenas se lembrar de que voz passiva é, antes de tudo, inerente a verbos transitivos diretos. Ao dizer que “o verbo pensar está empregado como pensar em”, a banca afirmou, com outras palavras, que o mencionado verbo é transitivo indireto, como no exemplo a seguir: Ele pensa em todos os detalhes. Com essa transitividade, não é possível a formação de voz passiva, como regra geral. A Esaf facilitou muito a vida dos candidatos aqui.

A “forma durativa” é caracterizada pelo uso do gerúndio em

“está sendo”. O gerúndio é a forma nominal do verbo que, antes de qualquer outra, enfatiza a continuidade de um processo.

Resposta – A

5. (Esaf/MPOG/APO/2010) A partir do artigo “Olhando o futuro”, de José Márcio Camargo, publicado em IstoÉ 2077, de 2/9/2009 foram construídos pares de fragmentos que compõem as opções abaixo. Assinale a opção em que a transformação dos períodos sintáticos em apenas um período, no segundo termo de cada par, resulta em incoerência ou erro gramatical.

A pergunta é quanto da retomada da economia depende dos estímulos fiscais e quanto é sustentável sem eles. Por quanto tempo os bancos

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centrais e os governos ainda poderão manter estes estímulos sem gerar pressões inflacionárias?

Pergunta-se quanto da retomada da economia depende dos estímulos fiscais e quanto é sustentável sem eles e, ainda, por quanto tempo os bancos centrais e os governos poderão manter estes estímulos sem gerar pressões inflacionárias.

Comentário – Você já percebeu que esta é mais uma questão adaptada, certo? Eu extraí apenas o que é importante para a aula de hoje. Despreze o texto, você não precisará dele aqui.

Embora a nova estrutura configure voz passiva, não há erro gramatical nem incoerência. O verbo que inicia o período flexionou-se na terceira pessoa do singular em razão da concordância atrativa com o sujeito.

No original, a última pergunta, apesar de separada das demais por meio do ponto, é simplesmente a continuação de uma serie de questionamentos que podem (e foram) encadeados em um mesmo período.

Resposta – Item certo.

6. (Esaf/SMF-RJ/Agente de Fazenda/2010) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical inserido no texto.

(12)

a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

Comentário – Observe a estrutura verbal “se impõe”. Ela indica voz passiva sintética. O pronome apassivador está antecipado porque é atraído pelo pronome relativo “que”. É esse mesmo pronome que, sintaticamente, funciona como sujeito do verbo. Quando o sujeito é o pronome relativo que, a concordância deve ser feita com o antecedente que o próprio pronome substitui. No caso sob análise, a concordância é com o termo plural “temas”:

...há temas que se impõem às agendas dos países... Se transformarmos a voz passiva sintética em voz passiva analítica, a ideia fica mais clara: ...temas são impostos às agendas dos países...

Cuidado com o item 4. O “se” não é pronome apassivador.

Ele ajuda a indeterminar o sujeito da oração “não se trata de algum peculiar desvio de caráter deste ou daquele governo”. O verbo tratar(-se) é transitivo indireto e está na voz ativa. Esse verbo aparece nas provas da Esaf para confundir os candidatos.

(13)

Resposta – A

7. (Esaf/MDIC/ACE/2012) Em relação às estruturas linguísticas do texto, assinale a opção incorreta.

a) A substituição de “se considere”(L.6) por sejam considerados mantém a correção gramatical do texto.

b) A substituição da expressão “uma ninharia”(L.4) por insignificante respeita as relações de sentido do texto e confere-lhe mais formalidade.

c) O pronome “seu”(L.3) retoma o antecedente “produção manufatureira”(L.1).

d) O emprego da voz passiva em “Espera-se”(L.10) é recurso de impessoalização do texto.

e) A forma verbal “pressionados”(L.13) está no masculino plural porque concorda com “alguns setores”(L.12).

Comentário – Alternativa A: errada. Na linha 6, observa-se a voz passiva sintética do verbo considerar. O pronome apassivador “se” está antecipado ao verbo por causa da locução conjuntiva subordinativa “Mesmo que”. Toda

(14)

voz passiva tem sujeito, e o verbo deve concordar com ele. No caso, o verbo está no singular porque o sujeito é a expressão “um período mais longo”. A substituição por sejam considerados gera problema. Ainda que o verbo continue flexionado na voz passiva (analítica), a concordância no singular com o sujeito não é respeitada.

Alternativa B: certa. As palavras “ninharia” e “insignificante”

podem ser usadas no texto como sinônimas, porém a primeira caracteriza linguagem coloquial.

Alternativa C: certa. O pronome “seu” retoma a expressão

“produção manufatureira” e nos ajuda a compreender que se está falando do crescimento dela.

Alternativa D: certa. Temos aqui uma voz passiva sintética (ou pronominal). Nela, o ser que “espera” a retomada não é mencionado.

Assim, o enunciador lança mão de um recurso linguístico para provocar a impessoalização do texto.

Alternativa E: certa. A forma “pressionados” representa o particípio do verbo pressionar. No particípio, o verbo concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere.

Resposta – A

Número e Pessoa

singular eu tu ele/ela plural nós vós eles/elas

8. (Esaf/TEM/AFT/2012) Assinale a opção que, ao substituir elemento destacado no texto, acarreta erro gramatical.

(15)

a) "vem tomando" (L.2) > tem tomado

b) "vinham divulgando"(L.9) > tem divulgado

c) "permitirá identificar" (L.13) > vai permitir que se identifiquem d) "prejudicando com isso" (L.19) > o que tem prejudicado

e) "Contribuindo" (L.21) > Ao contribuir

Comentário – A questão é fácil. Só requer um pouquinho de atenção para que a malícia do examinador seja notada e o erro seja apontado. Observe o primeiro item. Os verbos vir e ter foram conjugados na terceira pessoa do singular porque se referem à “Conselho Nacional de Justiça” (ele vem tomando/tem tomado). Logo em seguida, na opção B, a fim de manter o candidato “anestesiado”, o examinador utiliza os mesmos verbos: vir e ter.

Porém a referência é feita à terceira pessoa do plural: “alguns tribunais”. Na

(16)

terceira pessoa do plural e no presente do indicativo, o verbo ter recebe acento circunflexo para se diferenciar do singular: ...alguns tribunais têm divulgado...

Resposta – B

Modo e Tempo

Os modos indicam as diferentes maneiras de um fato se realizar.

Os tempos situam o fato ou a ação verbal dentre de determinado momento (durante o ato da comunicação, antes ou depois dele). Mais à frente falarei melhor sobre o emprego dos tempos e modos.

MODOS TEMPOS SIMPLES

indicativo

presente (tenho)

pretérito

perfeito (tive)

imperfeito (tinha) mais-que-perf. (tivera)

futuro do presente (terei)

do pretérito (teria)

subjuntivo

presente (tenha)

pretérito imperfeito (tivesse)

futuro (tiver)

imperativo afirmativo (tem tu)

negativo (não tenhas tu)

MODOS TEMPOS COMPOSTOS

Indicativo

pretérito Perfeito (tenho/hei cantado) mais-que-perfeito (tinha/havia cantado)

futuro do presente (terei/haverei cantado) do pretérito (teria/haveria cantado) Subjuntivo pretérito Perfeito (tenha/haja cantado)

mais-que-perfeito (tivesse/houvesse cantado)

(17)

futuro (tiver/houver cantado) ATENÇÃO! 1. O quadro acima é uma síntese da formação dos tempos compostos da voz ativa. Eles são formados pelos verbos auxiliares ter ou haver, seguidos do particípio do verbo principal.

Ex.: Temos estudado muito.

Tinha posto a televisão na sala.

Havíamos chegado tarde.

2. Note que não há tempos compostos relativos ao presente e ao pretérito imperfeito. Eles são usados para formar, respectivamente, o pretérito perfeito composto e o pretérito mais-que-perfeito composto. Também não há tempo composto relativo ao modo imperativo.

3. O tempo composto da voz passiva é formado com o emprego simultâneo dos auxiliares ter ou haver e ser, seguidos do particípio do verbo principal.

Ex.: Temos sido ensinados pelo professor.

O casal havia sido visto no restaurante.

9. (Esaf/MPOG/APO/2010) Provoca-se erro gramatical ou incoerência na argumentação do texto ao substituir “havia sido”(ℓ.10) por fora.

[...]

iniciada no século XVIII, na Inglaterra. A estagnação da

10 renda per capita havia sido a característica da história.

[...]

Comentário – A estrutura “havia sido” tem o mesmo valor semântico que

“fora”; ambas as formas estão no pretérito mais-que-perfeito, sendo que a primeira é forma composta, e a segunda, simples. Lembre-se de que a forma composta é formada com os verbos auxiliares ter e haver + verbo principal no particípio: tenho estudado, havendo estudado.

(18)

Resposta – Item errado.

10. (Esaf/DNIT/Analista Administrativo/2013) Analise as opções a respeito do período “Tem um personagem de Voltaire que um dia descobre, encantado, que falou em prosa toda a sua vida, sem saber.”

a) O sentido com que foi empregada a forma verbal “Tem” possibilitaria, sem que houvesse alteração do sentido do período, a seguinte organização dos termos da primeira oração: Voltaire tem um personagem.

b) A organização dos tempos verbais no período possibilitaria a substituição da forma verbal “descobre” por “descobrira”.

Comentário – Alternativa A: errada. A forma verbal em destaque foi usada no mesmo sentido de existir, haver. Na nova redação proposta pelo examinador, o verbo “tem” significa possuir, criar.

Alternativa B: errada. Observe que a ação de descobrir é posterior à ação de falar. Primeiro o personagem fala e depois ele descobre que falou, essa é a ideia. Então, a possibilidade de se flexionar no pretérito mais-que-perfeito é do verbo falar. Lembre-se de que o pretérito mais-que- perfeito indica um acontecimento anterior a outro.

Resposta – Itens errados.

Locução (ou Perífrase) Verbal

É o conjunto constituído de dois ou mais verbos, dos quais um é o principal (o último), e os demais, auxiliares. As flexões de número, pessoa, modo e tempo ocorrem no verbo auxiliar.

Ex.: Ninguém poderá sair. – O juiz deixou de marcar a falta.

Nós estamos estudando. – Ninguém podia estar cantando.

Tínhamos estudado muito para a prova. A questão havia sido anulada pela banca.

(19)

Emprego dos Modos Verbais

Indicativo: é associado a ações presentes, pretéritas (ou passadas) ou futuras que consideramos de ocorrência certa.

Subjuntivo: também é associado a acontecimentos presentes, pretéritos ou futuros; mas com ocorrência provável, hipotética, duvidosa.

Imperativo: associado a ordens, pedidos, súplicas.

11. (Esaf/MF/ATA/2009 – adaptada) Em relação ao texto julgue a opção abaixo.

A OAB nacional está pedindo ao Supremo Tribunal

2 Federal uma súmula vinculante que discipline o uso do segredo de Justiça, prerrogativa que tem sido utilizada

4 por juízes nem sempre em defesa do interesse público, mas, em alguns casos, na proteção a suspeitos de

6 falcatruas. [...]

(Zero Hora, 27/2/2009)

O emprego do subjuntivo em “discipline”(ℓ.2) justifica-se por se tratar de uma informação categórica, de uma afirmação indiscutível.

Comentário – Uma “informação categórica” ou “afirmação indiscutível”

divorcia-se do modo subjuntivo e reclama o emprego do indicativo, modo verbal que se associa a ações presentes, pretéritas (ou passadas) ou futuras que consideramos de ocorrência certa.

O uso da forma “discipline” se justifica porque a existência da tal súmula ainda se encontra no plano da possibilidade. O instrumento até poderá existir (caso o STF defira o pedido da OAB); mas aidna não é uma realidade.

É digna de nota a presença da conjunção “que” auxiliando a conjugação verbal no presene do subjuntivo: “que discipline”.

Resposta – Item errado.

(20)

12. (Esaf/MPOG/EPPGG/2009 – adaptada) Em relação ao uso das estruturas linguísticas do texto, julgue a proposição abaixo.

[...] A recuperação, segundo eles, dependerá principalmente do consumo e o resultado poderá

16 ser inferior ao previsto, se as condições de emprego piorarem e os incentivos fiscais forem

18 revertidos. [...]

(O Estado de S. Paulo. Editorial, 29/06/2009)

O emprego do subjuntivo em “piorarem” e “forem” (l .17) justifica-se porque se trata de orações que apresentam ideia de suposição.

Comentário – O período encerra clara noção de incerteza, suposição, possibilidade, hipótese – o que é confirmada pelo uso do modo subjuntivo e por outros elementos linguísticos: “poderá” (cuja carga semântica exprime possibilidade); “se” (conjunção condicional).

Resposta – Item certo.

13. (Esaf/MPOG/APO/2010) A opção pelo uso do modo subjuntivo em

“resolva” (ℓ.5) indica que se trata de uma hipótese ou possibilidade, pois a estrutura sintática estaria igualmente correta com o uso do modo indicativo, resolve.

O efeito da supervalorização cambial sobre a indústria atinge muito mais fortemente os níveis da produção e do emprego que os demais setores. Essa é uma situação que precisa ser repensada. É claro que não

5 se trata de um problema simples, que se resolva com providências rápidas, pois exige medidas que às vezes podem ser classificadas como heterodoxas. [...]

Comentário – Está correto o que a banca examinadora afirmou. Em relação ao subjuntivo, os tempos podem indicar hipótese, condição ou vontade do

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indivíduo que fala enunciadas no presente, no pretérito ou no futuro. Veja algumas aplicações:

Meu desejo é que todos sejam aprovados. (presente do subjuntivo)

Paula talvez lhe telefonasse à noite. (pretérito imperfeito do subjuntivo)

Se estudares, terás bom resultado. (futuro do subjuntivo) Resposta – Item certo.

Emprego dos Tempos Verbais

O presente do indicativo pode indicar valores semânticos tais como:

1. fato que se realiza no momento do discurso.

Ex.: A turma toda estuda agora.

2. fato permanente Ex.: O sol aquece a Terra.

3. fato habitual.

Ex.: Aquele atleta levanta cedo, alimenta-se bem e treina intensamente.

4. presente histórico, ou seja, substitui o pretérito para enfatizar a descrição do fato, conferir mais vivacidade a ele.

Ex.: Antes de subir aos céus, Jesus diz a seus discípulos: “Eu sou o caminho, a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6).

5. certeza do fato a que nos referimos e que acontecerá brevemente, substituindo o futuro do presente.

Ex.: O artilheiro disse que joga amanhã.

Presidente americano chega amanhã ao Brasil.

linguagem jornalística

(22)

ATENÇÃO! Esses dois últimos casos têm surgido com frequência em provas.

O pretérito perfeito do indicativo indica que o fato foi perfeitamente concluído.

Ex.: O réu recorreu da decisão do juiz.

Também é frequente em provas a discussão sobre os aspectos indicados pelo pretérito imperfeito do indicativo. Fique atento aos valores semânticos desse tempo verbal:

1. indica fato que ocorria habitualmente.

Ex.: Joãozinho era o primeiro a terminar as provas.

2. seu uso em substituição ao presente traduz cortesia e atenua uma afirmação ou um pedido.

Ex.: Eu queria saber se o diretor já chegou.

3. indica simultaneidade entre dois fatos passados.

Ex.: Os alunos estudavam para o concurso quando o edital foi publicado.

4. denota consequência de um fato hipotético; substitui, nesses casos, o futuro do pretérito.

Ex.: Houvesse estudado mais, passava em primeiro lugar.

O pretérito mais-que-perfeito do indicativo indica um fato passado e anterior a outro também passado.

Ex.: Quando o candidato chegou ao local do concurso, o portão já se fechara.

Pode também surgir em frases optativas:

Ex.: Quem me dera casar com ela...

O futuro do presente do indicativo pode, além de indicar um fato que ainda se há de realizar, sugerir valor semântico de imperativo:

Ex.: Nas férias, viajaremos para Caldas Novas.

“Não adulterarás” (Êxodo 20:13)

É possível também empregá-lo para exprimir dúvida, incerteza, possibilidade.

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Ex.: “Terá realmente piado a coruja? Será a mesma que piava há dois anos?”

(Graciliano Ramos).

Entre os valores semânticos do futuro do pretérito do indicativo, destaco:

1. o que indica ação futura em relação a outra no passado.

Ex.: Em virtude dos acontecimentos, decidiram que ficariam em casa.

2. aquele que indica um fato cuja realização depende de uma condição que não se concretizou no passado e que, provavelmente, não se realizará. Nesse caso, é reforçado o caráter hipotético da declaração.

Ex.: Se estudássemos mais, obteríamos a classificação.

CUIDADO! Empregando-se a forma verbal da primeira oração no presente ou no futuro do subjuntivo (estudemos ou estudarmos), com as devidas modificações, a condição expressa por ela será tomada como uma hipótese que poderá ocorrer, ou não.

Caso estudemos mais, obteremos a classificação.

Se estudarmos mais, obteremos a classificação.

Em relação ao subjuntivo, note que os tempos podem indicar hipótese, condição ou vontade do indivíduo que fala enunciadas no presente, no pretérito ou no futuro.

Ex.: Meu desejo é que todos sejam aprovados. (presente do subjuntivo) Paula talvez lhe telefonasse à noite. (pretérito imperfeito do subjuntivo)

Se estudares, terás bom resultado. (futuro do subjuntivo)

Também é digno de nota o emprego do pretérito imperfeito do subjuntivo como condição para a ocorrência de outra ação verbal.

Ex.: Se estudássemos mais, obteríamos a classificação.

(24)

14. (Esaf/MF/ATA/2009 – adaptada) Julgue a proposição abaixo, quanto aos elementos linguísticos e semânticos do texto.

Feliz aniversário, Darwin!

Charles Darwin completaria hoje 200 anos, não fosse

2 pela seleção natural. [...]

10 A contribuição de Darwin para a ciência e para a história, porém, continua viva, e muito viva, exatamente com a

12 ideia de seleção natural. Só por isso ele já merece os parabéns. Feliz aniversário, Darwin.

(Marcelo Leite, em: http://cienciaemdia.folha.blog.uol.com.br/arch2009-02-08)

A forma verbal “completaria”(ℓ.1) se refere a uma ação que vai ocorrer no futuro, a menos que acontecimentos no tempo presente o impeçam.

Comentário – O verbo destacado foi usado no futuro do pretérito do indicativo para exprimir um fato (o 200º aniversário de Darwin) cuja realização não se concretizou no passado nem se realizará, pois ele não está mais entre nós.

Portanto a declaração está no plano hipotético, irreal.

Resposta – Item errado.

15. (Esaf/CVM/Analista de TIC/Infraestrutura/2010) Assinale a opção correta a respeito do uso das estruturas linguísticas no texto.

[...]

a) O uso do modo subjuntivo em “sejam”(l.21) ressalta a ideia de uma hipótese, uma possibilidade; para se fazer uma afirmação, o desenvolvimento textual admitiria a forma de indicativo: são ou serão.

(25)

b) Preserva-se a coerência entre os argumentos e a correção gramatical do texto ao usar o verbo existir em lugar de “haver”(l.20), desde que se faça a concordância adequada, escrevendo pode existirem circunstâncias.

Comentário – Esta questão (cujas sentenças selecionadas são as que dizem respeito ao tema da aula de hoje) originou muita polêmica na época do concurso. Aqui tentarei explicar tanto a posição da banca quanto a de quem recorreu.

Alternativa A: como já explicamos anteriormente, de fato o modo subjuntivo (“sejam”) põe em relevo uma ideia hipotética. Por sua vez, o indicativo (são ou serão) é o modo verbal apropriado para se fazer uma afirmação. O examinador apoiou-se nesse argumento. Entretanto, a primeira opção sugerida pelo examinador (são) afeta a correlação verbal, a coerência argumentativa. Repare como ficaria a sentença: Mas pode haver circunstâncias em que os controles cambiais são úteis... Sem substituir também a locução pode haver por há (Mas há circunstâncias em que os controles cambiais são úteis...), o desenvolvimento textual não admite a forma do indicativo.

Alternativa B: a primeira parte da sentença está correta, pois os verbos existir e haver são equivalentes no contexto. O grande problema está na concordância indicada pelo examinador. Numa locução, cabe ao verbo auxiliar se flexionar em número e pessoa para concordar com o sujeito:

podem existir circunstâncias. Esse papel não é do verbo principal.

Resposta – A, conforme o gabarito oficial; mas com ressalva.

(26)

16. (Esaf/2014/Receita Federal/Auditor) No desenvolvimento da argumentação do texto, o modo e tempo verbais são usados para indicar uma possibilidade, uma hipótese em

a) “ajudar a financiar” (l. 4 e 5).

b) “queiram participar” (l. 8).

c) “são abatidos” (l. 14).

d) “deve procurar” (l. 19).

e) “analisará e aprovará” (l. 26).

Comentário – Repare que o único verbo que está conjugado no modo subjuntivo é o “queiram” (presente).

Resposta – B

(27)

Formas Nominais do Verbo

São formas verbais que só exprimem tempo e modo através do contexto e desempenham funções de substantivos, adjetivos e advérbios:

Ex.: O brincar alegra as crianças. (substantivo) Cozida, a batata fica mais saborosa. (adjetivo) Venceu na vida trabalhando. (advérbio)

Infinitivo É a forma como designamos os verbos. O infinitivo é impessoal quando, não flexionado, não se refere a nenhuma pessoa gramatical e desempenha a função de substantivo. Por outro lado, será pessoal quando, flexionado, referir-se a uma pessoa gramatical. Não transmite nenhuma noção temporal.

Ex.: Minha diversão predileta é dançar. (substantivo)

Estamos felizes por termos conseguido a vitória. (nós: sujeito)

Gerúndio Expressa a ação em desenvolvimento.

Ex.: Pessoas sorrindo compunham a foto. (adjetivo) Chegando o dinheiro, viajou. (advérbio)

Particípio Assume valor de substantivo e de adjetivo.

Ex.: A chegada do avião foi pontual. (substantivo)

Os fogos de artifício tornaram a cidade iluminada. (adjetivo)

(28)

17. (Esaf/2015/MPOG/APO) No que diz respeito às estruturas linguísticas do texto, assinale a opção correta.

a) O trecho “alimentada principalmente pelo extremismo islâmico e por governos repressivos" (l. 2 a 4) é uma oração reduzida de gerúndio.

b) O verbo “alarmar" (l. 9) também pode ser usado no plural para concordar com a expressão “ataques a cristãos" (l. 7).

c) Na expressão “uma deterioração significativa" (l. 11), “deterioração" é o núcleo do objeto direto.

d) A expressão “nos últimos anos" (l. 11 e 12) tem a função sintática de adjunto adverbial de lugar.

e) O autor encerrou o período “Nesta terceira guerra mundial, travada em capítulos, que hoje experimentamos, ocorre uma forma de genocídio, que tem de terminar" (l. 18 a 21) entre aspas para conferir-lhe destaque.

Comentário – Alternativa A: errada. Você pode não ter ainda a exata noção do que seja uma oração reduzida, mas note que não há nenhum verbo na

(29)

forma nominal gerúndio no trecho destacado. A forma “alimentada”

corresponde ao particípio do verbo alimentar.

Alternativa B: errada. A flexão do verbo se dá em virtude do núcleo do sujeito: “escala”, com o qual concorda em número e pessoal.

Alternativa C: certa. A expressão “uma deterioração significativa” complementa diretamente o sentido da forma verbal “relata”. A parte principal dela é de fato o substantivo “deterioração”.

Alternativa D: errada. A circunstância é de tempo.

Alternativa E: errada. As aspas indicam a transcrição da fala do papa Francisco, num claro exemplo de discurso direto.

Resposta – C

FORMAS NOMINAIS TEMPOS COMPOSTOS infinitivo

impessoal

cantar ter/haver cantado

infinitivo pessoal

cantar ter/haver cantado cantares teres/haveres cantado cantar ter/haver cantado

cantarmos termos/havermos cantado cantardes terdes/haverdes cantado cantarem terem/haverem cantado gerúndio cantando tendo/havendo cantado particípio cantado

ATENÇÃO! 1. Para as 2ª e 3ª conjugações, a terminação do particípio é ido: vendido, partido.

2. Perceba que não há tempo composto relativo ao particípio.

18. (Esaf/MI/Nível Superior/2012) Assinale a opção que interpreta de maneira incorreta o uso das estruturas linguísticas no texto.

(30)

a) Considerando que o uso do presente do indicativo também preservaria a correção gramatical do texto, a opção pelo futuro do presente em “será”

(L.2) indica que a argumentação focaliza situações futuras.

b) A relação semântica entre as ideias do texto mostra que o termo “em que”

(L.7) corresponde a onde.

c) O emprego da preposição a antes de “o destino” (L.8) indica que esse termo complementa a expressão “em relação” (L.6 e 7), assim como “o modelo” (L.7) também a complementa.

d) A presença do travessão depois de “ônibus” (L.17) torna desnecessário o uso da vírgula; por isso, sua omissão manteria a correção gramatical do texto.

e) O valor semântico que o gerúndio assume em “construindo” (L.12) corresponde ao valor da expressão porque construiu.

Comentário – Esta é uma questão que abrange outros tópicos do programa, os quais ainda serão estudados. Mas ela é ótima porque nos ajuda a compreender melhor a utilização dos verbos.

A incorreção encontra-se na letra D. Os travessões foram bem empregados para isolar uma expressão acessória e que nos explica o que devemos entender por “modelo que realmente pode chegar a todos os cantos

(31)

da cidade”. Parênteses também poderiam ser usados: ...cidade (os corredores de ônibus),... Devo ressaltar que o travessão não dispensa o uso de vírgula.

Isso é um mito. Dependendo do caso, a vírgula deve ser empregada. No texto, ela foi usada para encerrar o isolamento do seguinte trecho: “bem como ampliar os investimentos no modelo que realmente pode chegar a todos os cantos da cidade”. Note que, já no início desse segmento, há uma vírgula iniciando essa separação.

Antes que você me pergunte, esclareço que o termo “em que”

(alternativa B) corresponde ao pronome relativo onde e se refere ao substantivo “cidade”, que transmite a ideia de lugar. Com respeito à letra E, a oração “construindo mais ou maiores avenidas” transmite um motivo que deveria servir de solução para o problema apresentado. Por isso o emprego da expressão porque construiu no lugar do gerúndio “construindo” preserva o valor semântico aflorada no trecho.

Resposta – D

Classificação dos Verbos em Relação à Forma

Regular não apresenta irregularidade no radical nem nas desinências, seguindo o paradigma de sua conjugação (cantar – 1ª conjugação; vender – 2ª conjugação; partir – 3ª conjugação)

Ex.: amar, aguar, averiguar, coar, mobiliar, optar, saudar, suar, viajar, beber, unir, atribuir, etc.

ATENÇÃO! 1. Para sabermos se um verbo é regular, precisamos conjugá-lo no presente e no pretérito perfeito do indicativo.

Ex.: toc-o, toc-a-s, toc-a, toc-a-mos, toc-a-is, toc-a-m / toqu-e-i, toc-a-ste, toc-o-u, toc-a-mos, toc-a-stes, toc-a-ram

2. Os verbos terminados em IAR são regulares: vigiar, arriar, etc.

Exceções: Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar e Odiar (MARIO) recebem a letra E nas formas rizotônicas (= a sílaba tônica integra o radical)

(32)

odiar – odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam

Irregular apresenta irregularidades no radical e/ou nas desinências.

Ex.: caber, fazer, acudir, aderir, atrair, cear, construir, dizer, crer, poder, prover, prever, saber, dar, rir, vir, etc.

perder = perco, perdes, perde fazer = faço, fazes, faz

caber = caibo, cabes, cabe

ATENÇÃO! Os verbos terminados em EAR são irregulares, recebem a letra I nas formas rizotônicas.

Ex.: arrear – arreio, arreias, arreia, arreamos, arreais, arreiam

passear – passeio, passeias, passeia, passeamos, passeais, passeiam

Anômalo É o verbo que apresenta grandes alterações no radical. Segundo Luiz Antônio Sacconi, João Domingues Maia, Ulisses Infante e Pasquale Cipro Neto, por exemplo, em português só existem dois: ser e ir.

Entretanto, Celso Cunha registra que a NGB também classifica como anômalo os verbos ter, haver, estar, vir e pôr.

Defectivo É o verbo que não possui determinados tempos, modos e pessoas. Incluem-se nesta categoria os verbos impessoais e unipessoais.

Ex.: reaver, precaver, falir, computar, abolir, haver (sentido de existir), nevar, trovejar, trovejar, latir, rugir, etc.

ATENÇÃO! Quando se tratar de sentido conotativo, os verbos que indicam fenômenos da natureza podem ser usados como pessoais.

Ex.: Os estudantes amanheciam para uma nova época.

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Abundante é o verbo que apresenta mais de uma forma equivalente, geralmente no particípio.

Ex.: aceitar = aceitado, aceito – prender = prendido, preso – imprimir = imprimido, impresso

ATENÇÃO! 1. O particípio regular é normalmente usado na voz ativa, com os auxiliares ter ou haver.

Ex.: Ele não tinha aceitado as minhas desculpas.

2. O particípio irregular é normalmente usado na voz passiva com os auxiliares ser ou estar.

Ex.: Minhas desculpas não foram aceitas por ele.

3. Admitamos, porém, que essas recomendações não são rigorosamente seguidas, havendo numerosas formas irregulares que se usam tanto na voz ativa como na passiva, e algumas formas regulares também empregadas na voz passiva.

VOZ ATIVA VOZ PASSIVA

Tinha aceitado (aceito) o convite. Os convite foram aceitos.

Tinha elegido (eleito) os candidatos. Os candidatos são eleitos.

Tinha entregado (entregue) a carta. As cartas eram entregues.

Tinha ganhado (ganho) o prêmio. O prêmio foi ganho.

Tinha imprimido (impresso) a obra. Foi impressa a obra.

Tê-lo-iam pegado (pego) de surpresa. O ladrão foi pego pela polícia.

Tinha salvado (salvo) muitas vidas. A vida foi salva.

19. (Esaf/MI/CENAD/Nível Superior/2012) Assinale a opção em que ocorre erro na transcrição e adaptação do texto O real valor das coisas, de Lívia Lisboa, publicado em Vida simples, dezembro 2011, edição 113, p.44.

Quanto custa aquilo que você compra no supermercado? Com certeza, bem além do (A) preço que está marcado na etiqueta! Raj Patel, autor do

(34)

livro O valor de nada, investigou a distorção que existe quando ignoramos os custos escondidos além do binômino oferta-procura. “A eterna busca por (B) crescimento econômico transformou a humanidade em um agente da extinção, por meio da contínua desvalorização dos serviços ecossistêmicos que mantém (C) nossa Terra viva”, diz Patel. “Muitas vezes não nos damos conta de que (D) nossa escolha por uma ou outra marca, em busca da melhor pechincha, determina o grau de estrago no meio ambiente. Quem paga essa diferença? Associações e organizações do mundo todo estão tentando rastrear as pegadas que deixamos ao longo do processo: desde a produção de cada item, e seu transporte, até chegar às (E) gôndolas, passando pela forma como o usamos, até seu descarte.

a) A b) B c) C d) D e) E

Comentário – Muito cuidado com a conjugação do verbo manter. Como todo derivado do verto ter (deter, conter, reter etc.), deve ser conjugado de acordo com este: Exemplo: eu tenho – eu mantenho; tu tiveste – tu mantiveste; nós tínhamos – nós mantínhamos; vós tereis – vós mantereis etc. Até o emprego do acento diferencial deve ser observado. Exemplo: ele tem/eles têm (o cento circunflexo diferencia a terceira pessoa do plural da terceira pessoa do singular); ele mantém/eles mantêm (o acento agudo justifica-se porque a forma mantém é paroxítona terminada em EM; o circunflexo faz diferença entre a terceira pessoa do plural e a terceira pessoa do singular). Assim, o correto é: ...por meio da contínua desvalorização dos serviços ecossistêmicos que mantêm nossa Terra viva..., pois a flexão leva em conta o termo serviços ecossistêmicos (= eles mantêm nossa Terra viva). Lembre-se de que o novo Acordo Ortográfico não aboliu este tipo de acento.

Resposta – C

(35)

Correlação Verbal

Termino a exposição da parte teórica desta aula com explicações sobre correlação verbal – coerência que, em uma frase ou sequência de frases, deve haver entre as formas verbais utilizadas. Ou seja, é preciso que haja articulação temporal entre os verbos, que eles se correspondam, de maneira a expressar as ideias com lógica. Tempos e modos verbais devem, portanto, combinar entre si. Veja este exemplo:

Seu eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderia a lição.

O verbo dormir está no pretérito imperfeito do subjuntivo.

Sabemos que o subjuntivo expressa dúvida, incerteza, possibilidade, eventualidade. Assim, em que tempo o verbo aprender deve estar, de maneira a garantir que o período tenha lógica?

Na frase, aprender é usado no futuro do pretérito (aprenderia), um tempo que expressa, dentre outras ideias, uma afirmação condicionada (que depende de algo), quando esta se refere a fatos que não se realizaram e que, provavelmente, não se realizarão. O período, portanto, está coerente, já que a ideia transmitida por dormisse é exatamente a de uma dúvida, a de uma possibilidade que não temos certeza se ocorrerá.

Veja o mesmo exemplo, mas sem correlação verbal:

Se eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderei a lição.

Temos dormir no subjuntivo, novamente. Mas aprender está conjugado no futuro do presente, um tempo verbal que expressa, dentre outras ideias, fatos certos ou prováveis. Nesse caso, não podemos dizer que jamais aprenderemos a lição, pois o ato de aprender está condicionado não a uma certeza, mas apenas à hipótese (transmitida pelo pretérito imperfeito do subjuntivo) de dormir.

A seguir, veja alguns casos em que os tempos verbais são concordantes:

1. presente do indicativo + presente do subjuntivo:

Exijo que você faça o dever.

(36)

2. pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo:

Exigi que ele fizesse o dever.

3. presente do indicativo + pretérito perfeito composto do subjuntivo:

Espero que ele tenha feito o dever.

4. pretérito imperfeito do indicativo + mais-que-perfeito composto do subjuntivo:

Queria que ele tivesse feito o dever.

5. futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:

Se você fizer o dever, eu ficarei feliz.

6. pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo:

Se você fizesse o dever, eu leria suas respostas.

7. pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito composto do indicativo:

Se você tivesse feito o dever, eu teria lido suas respostas.

8. futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:

Quando você fizer o dever, dormirei.

9. futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo:

Quando você fizer o dever, já terei dormido.

20. (Esaf/SMF-RJ/Fiscal de Rendas/2010) As revoluções inglesas do século XVII foram, na verdade, marcos políticos importantes do avanço de ideias libertárias e igualitárias. Deixaram como resultado um núcleo fundamental de direitos individuais, os direitos civis, que foi sendo ampliado(a). As ideias de liberdade e igualdade não se deteram(b), no entanto, no espaço individual, mas invadiram a esfera política. O marco fundamental aqui foi(c) a criação e o funcionamento de instituições representativas. A autoridade é, assim, necessária para a vida em sociedade, mas só será(d) legítima se fundada no consentimento daqueles sobre os quais(e) é exercida.

(37)

(Roberto Freire, Vilma Figueiredo & Caetano de Araújo. Estado e democracia.

In: Contemporâneos do Futuro, p. 50-51, com adaptações)

a) a b) b c) c d) d e) e

Comentário – Diversas pessoas erraram esta questão porque foram com muita sede ao pote e assinalaram logo a primeira alternativa. Pensaram que a locução verbal “sendo ampliado” se referia à expressão “os direitos civis”. Se você também ficou em dúvida, olhe agora a forma verbal “deteram”, derivada do verbo deter. Conjugado na terceira pessoa do pretérito perfeito do indicativo (elas = “As ideias de liberdade e igualdade”), esse verbo deve ser flexionado da seguinte maneira: detiveram. Esse é o erro! Então, a locução verbal “sendo ampliado” se refere, na verdade, à expressão “um núcleo fundamental de direitos individuais”.

Resposta – B

21. (Esaf/MI-CENAD/Nível Superior/2012) Assinale a opção que, na sequência, preenche corretamente as lacunas do texto, de modo a manter o correto uso dos modos e tempos verbais e a coerência entre as ideias.

Assim que o governo divulgou o crescimento zero do produto interno bruto brasileiro no terceiro semestre, não faltaram prognósticos negativos a respeito da economia do país e houve até quem _____(1)_____ em risco de recessão no futuro próximo. Basta um olhar mais atento aos números de 2011 para _______(2)_______ que o pessimismo não se justifica. Entre os empresários não são poucas as vozes que______(3)______dos alarmistas. Não faltam motivos para supor que, em 2011, os números da economia brasileira_____(4)______vir ainda mais fortes. Além dos juros menores, conforme ______(5)______ a

(38)

maioria dos economistas, do crédito em expansão, e dos incentivos fiscais, está previsto para janeiro um reajuste no salário mínimo, o que _____(6)_____ impactos significativos à renda dos trabalhadores e aposentados. Nesse ciclo, o mercado interno seguirá aquecido.

(Mariana Queiroz Barbosa, O país não vai parar. Isto É, 14/12/2011)

1 2 3 4 5 6

a) fale percebermos discordassem possam prevera trará b) falasse perceberem discordassem pudessem prevê trouxera c) falasse perceber discordam possam prevê trará d) falou percebermos discordaram podem prevera traria e) falou perceberem discordaram podem previssem trouxera

Comentário – É muito proveitoso passar o olho rapidamente em cada opção para perceber qual é o “ponto-chave” da questão. Por exemplo, observe a última lacuna. O verbo que irá preenchê-la faz prte de uma declaração que aponta para o futuro: “está previsto para janeiro”. Também é importante notar que o efeito do reajuste do salário mínimo é considerado certo, real, e não uma hipótese. Assim sendo, não podemos usar verbos no tempo passado (“trouxera”) nem verbos que denotem suposição (“traria”), pois precisamos manter a coerência textual. Com isso, sobram apenas as alternativas A e C:

“está previsto para janeiro um reajuste no salário mínimo, o que trará impactos significativos à renda dos trabalhadores e aposentados”. Um pouquinho mais de atenção nos faz entender que a primeira lacuna não pode ser preenchida com a forma verbal “fale” (letra A), presente (do subjuntivo).

Os fatos estão situados no passado. Basta observar os verbos “divulgou”,

“faltaram” e “houve”, todos no mesmo período. A coerência nos obriga a empregar a forma “falasse”, no pretérito (imperfeito do subjuntivo).

Resposta – C

(39)

22. (Esaf/MPOG/EPPGG/2009) Assinale a opção que completa corretamente a sequência de lacunas no texto abaixo.

A crise financeira e econômica nos induz ____(1)_____ a Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS) sem mais tardar. Não conseguiremos reduzir a pobreza e construir sociedades mais equitativas, duradouras e focalizadas na paz se _____(2)_____ os indivíduos, em todas as épocas da vida, com conhecimentos, competências, valores que _____(3)_____ permitam informar-se e tomar decisões de maneira responsável. Uma educação de qualidade que facilite a tomada de consciência, a abertura, a solidariedade e a responsabilidade deve fazer parte de qualquer resposta à atual crise mundial. Mas, acima de tudo, é necessário que os dirigentes e os tomadores de decisão _____(4)______

as condições indispensáveis a fim de que a educação se oriente para a construção de uma maior equidade entre as sociedades.

(Eduardo Araia, Educar para salvar a Terra. Revista Planeta, julho de 2009, p.76, com adaptações)

1 2 3 4

a) a aplicação dotamos os estabeleçam

b) à aplicação não dotamos os estabelecessem

c) a aplicar dotamos lhes estabelecem

d) a aplicarmos não dotamos lhe estabelecessem e) a aplicar não dotamos lhes estabeleçam

Comentário – A essa altura, você tem condições de ir direto à última lacuna.

O período em que ela está inserida traz a forma verbval “é” (presente do indicativo) e a conjunção “que”, percebeu? Esses elementos fornecem as condiçãoes para que a lacuna seja preenchida com um verbo no presente do subjuntivo, em respeito à correlaçã verbal: estabeleçam.

Creio que seu “problema” diminuiu significativamente. Mas ainda restam as alternativas A e E, não é verdade? Então, perceba outro fato importantíssimo: a terceira lacuna constitui um dos complementos do verbo

“permitiam” (permitir algo a alguém). O outro complemento dele já nos foi

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apresentado: “informar-se e tomar decisões de maneira responsável”. Notou a presença de alguma preposição regendo esse complemento? Não? Então esse termo é o objeto direto do verbo “permitiam”. Ao outro complemento, restou-lhe a função de objeto indireto. Nesse caso, está descartada a hipótese de o pronome oblíquo “os” preencher a lacuna, pois ele só pode ser objeto direto.

Resposta – E

23. (Esaf/CGU/AFC/2012) Assinale a opção em que o preenchimento das lacunas do fragmento abaixo preserva a correção gramatical e a coerência entre os argumentos do texto.

O principal componente dos juros é a taxa Selic. É referência de custo de captação: ______(1)_______ em títulos públicos, o depositante não aceitará do banco remuneração muito inferior à Selic.

Para o banco, a Selic sinaliza o custo de oportunidade:

________(2)_______ ao Tesouro à taxa Selic, só emprestará a terceiros a juros maior, pois maior é o risco.

(Adaptado de Joca Levy, Juros, demagogia e bravatas. O Estado de São Paulo, 21 de abril de 2012)

(1) (2)

a) enquanto possa aplicar se pudesse emprestar

(1) (2)

b) se pudesse aplicar quando pudesse emprestar

(1) (2)

c) caso aplicasse caso emprestasse

(1) (2)

d) se pode aplicar se pode emprestar

(41)

(1) (2)

e) quando pudesse aplicar enquanto possa emprestar

Comentário – Na primeira lacuna, o verbo “aceitará” foi empregado no futuro do presente do indicativo para transmitir um fato posterior a outro que acontece no momento da fala e é considerado como certo. Observe que os verbos das alternativas A, B, C e E estão conjugados no subjuntivo (“possa”,

“pudesse”, “aplicasse” e “pudesse’) – modo da dúvida, da incerteza. Além disso, nas alternativas B, C e E, há verbos que sugerem ações ocorridas no passado (“pudesse”, “aplicasse”, “pudesse”) e destoam da presente realidade do que acontece no momento do enunciado. O mesmo raciocínio vale para a segunda lacuna. Portanto só nos resta preencher as lacunas, respectivamente, com “se pode aplicar” e “se pode emprestar”.

Resposta – D

24. (Esaf/SMF-RJ/Agente de Fazenda/2010) Assinale a opção incorreta a respeito do uso das expressões verbais na organização das ideias do texto.

(42)

a) O valor da voz passiva em “faz-se representar” (L.2-3) corresponde a está representada.

b) A ideia de duração, de continuidade no tempo em “vêm circulando”(L.6) corresponde a têm circulado.

c) A forma de gerúndio em “constituindo”(L.12) estabelece relações entre os termos da oração que correspondem a são constituídas por.

d) Como o pronome em “fundem-se em”(L.11) refere- se a “nações”(L.11), sua presença é obrigatória para constituir a voz reflexiva.

e) Por se referir a “nações”(L.11), o verbo “sobreviver”(L.9) admite ser flexionado no plural: sobreviverem.

Comentário – Não é possível estabelecer tal correspondência. No texto original, a fusão das mencionadas nações em conglomerados plurais geram economias-mundo. Ou seja, a ideia é de consequência. O uso da forma verbal na voz passiva traria o sentido de que as economias-mundo é que constituem os conglomerados plurais.

Resposta – C

(43)

Fique agora com alguns exercícios de outra banca examinadora para dar consistência ao seu aprendizado.

25. (FCC/2012/TCE-AM/Analista de Controle Externo) Está correta a flexão de todas as formas verbais em:

(A) Se não deterem a escalada da censura moralista, os Estados Unidos tornar-se-ão um país cada vez mais problemático em sua falsa ortodoxia de valores.

(B) Quando todos convirmos em que é necessária uma linha divisória entre a moral pública e a privada, nossos valores terão maior legitimidade.

(C) Toda promessa hipócrita que advir de uma falsa moralidade deverá ser denunciada pelos eleitores, para que se eleve o nível das campanhas eleitorais.

(D) Os candidatos sempre se entreteram com os números das campanhas, sem atinar com a qualidade das teses e a possibilidade de cumprimento das promessas.

(E) Quando revirmos os valores morais que sempre costumamos defender, dar-nos-emos conta de quantos deles não deveriam merecer nosso crédito.

Comentário – Alternativa A: errada. O verbo deter é derivado do verbo ter.

Este, na terceira pessoa do plural do futuro do subjuntivo, assume a forma tiverem. Aquele, portanto, fica detiverem.

Alternativa B: errada. O verbo convir é derivado do verbo vir.

Na primeira pessoa do plural do futuro do subjuntivo, este assume a forma viermos. Portanto aquele fica conviermos.

Alternativa C: errada. O verbo advir também é derivado do verbo vir. Este assume a forma vier; aquele, advier.

Alternativa D: errada. Entreter deriva de ter. Se eu digo tiveram, devo dizer detiveram no pretérito mais-que-perfeito do indicativo.

(44)

Alternativa E: correta. O ponto de partida é o verbo ver conjugado no futuro do subjuntivo. A primeira pessoa do plural assume a forma virmos. Portanto rever se flexiona em revirmos.

Resposta – E

26. (FCC/2012/TRF-5ª Região/Analista Judiciário) Ou pretendia.

O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:

a) ... ao que der ...

b) ... virava a palavra pelo avesso ...

c) Não teria graça ...

d) ... um conto que sai de um palíndromo ...

e) ... como decidiu o seu destino de escritor.

Comentário – O verbo grifado está flexionado no pretérito imperfeito do indicativo. Os mesmos tempo e modo são verificados em “virava”, letra B.

Nas demais opções, temos: futuro do subjuntivo (a), futuro do pretérito do indicativo (c), presente do indicativo (d) e pretérito perfeito do indicativo (e).

Resposta – B

27. (FCC/2012/TRF-2ª Região/Técnico Judiciário) Essas são as principais conclusões da maior pesquisa já feita sobre os hábitos esportivos dos brasileiros.

O verbo que NÃO se encontra flexionado nos mesmos tempo e modo do grifado acima é:

a) ... que a prática de esportes (...) está diretamente ligada a uma vida mais saudável.

b) A pesquisa traçou ainda um mapa da prática de esportes no Brasil.

c) Poder aquisitivo e questões culturais explicam as modalidades favoritas de cada região.

(45)

d) A saúde aparece como o principal motivo para a procura por atividades físicas.

e) ... o sedentarismo figura na quarta posição ...

Comentário – O verbo destacado está flexionado no presente do indicativo.

Somente a forma verbal “traçou” diferencia-se dos demais. Ela está flexionada no pretérito perfeito do indicativo.

Resposta – B

28. (FCC/2013/TRT-18ª Região (GO)/Analista Judiciário) Não acredito que muitas pessoas sustentem nos dias de hoje uma versão tão forte da posição cartesiana...

O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado acima está em:

a) ...certamente persiste como um paliativo...

b) ...e que apenas os homens gozam de “consciência”...

c) ...criatura alguma que não seja capaz de...

d) ...desde que os territórios reservados suprissem suas necessidades corporais...

e) ...os nossos ancestrais racistas argumentavam que...

Comentário – A forma verbal “sustentem” está conjugada no presente do subjuntivo: (que) eu sustente, (que) tu sustentes, (que) ele/ela sustente, (que) nós sustentemos, (que) vós sustenteis, (que) eles/elas sustentem.

Semelhantemente, a forma verbal “sejam” (letra C) também está conjugada no mesmo tempo e modo: (que) eu seja, (que) tu sejas, (que) ele/ela seja, (que) nós sejamos, (que) vós sejais, (que) eles/elas sejam.

Alternativas A e B: os verbos estão conjugados no presente do indicativo. Alternativa D: o verbo está conjugado no pretérito imperfeito do subjuntivo. Alternativa E: o verbo está conjugado no pretérito imperfeito do indicativo.

Resposta – C

Referências

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